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Anotações sobre a Psicologia jurídica

Leila Maria Torraca de Brito


Nome: Luiz Manoel Martins de Almeida
RA: B511CI-2

A autora vem através desse texto apresentar um panorama da atuação


do psicólogo em interface com a justiça. Apresentado trechos da história da
psicologia jurídica no Brasil e discussões a respeito da pratica e áreas de
atuação e os desafios que cercam o profissional que optam por atuar nessa
área nos dias atuais.
A autora nos mostra que a psicologia jurídica pode ser para nós uma
área nova de atuação mas esclarece através de outros autores que a
psicologia jurídica teve um papel primordial no contexto internacional que
ajudaram a psicologia a se afirmar como ciência. No final do século XIX foram
feitas pesquisas para se buscar uma melhor fidedignidade ou não nos
testemunhos assim surgindo os laboratórios denominados de psicologia
experimental.
No Brasil essa área começou a dar seu início como matéria na
Universidade do Estado de Rio de Janeiro nos meados dos anos 60."Eliezer
Schneider (1916-1998) Considerado também um dos pioneiros dessa matéria
no Brasil, esse ilustre professor esteve à frente da disciplina eletiva Psicologia
jurídica(...)."(BRITO, 2004,p. 56). Naquela mesma universidade, em 1986, teve
início a primeira turma do Curso de Especialização em Psicologia Jurídica,
projeto que contou com a fundamental participação de Schneider. O curso em
questão, desde aquela época, mantém-se como uma referência na área.
Os primeiro trabalhos dos psicólogos junto ao poder judiciário no brasil
seguiu os mesmos caminhos realizados pelos médicos na elaboração de
perícias. Cabia a ele a elaborar um diagnóstico no campo da psicopatologia
para fornecer informações ou parecer que auxiliasse o magistrados nas suas
decisões. Nessa época os psicólogos ainda não eram servidores públicos. Mas
eram indicado como peritos pelos magistrados.
A entrada do psicólogo no judiciário (como servidor) se deu partir de
1985, quando ocorreu o primeiro concurso público para a capital de São Paulo,
com a criação de 65 cargos efetivos e 16 cargos de chefia (...). Atribuindo-lhe
funções nas Varas de Menores e nas Varas de Família e Sucessões
cumulativamente.
Umas das críticas apontadas pela autora é abertura de vagas para
atuação do psicólogo junto ao poder judiciário, mas reduzindo seu trabalho
apenas para a realização de perícias. Tema debatido no III Congresso Ibero-
americano de Psicologia Jurídica, realizado em São Paulo, em 1999.
O trabalho junto à Lei de Execução Penal de 1984 (Lei nº 7.210/84)
dispôs sobre a Comissão Técnica de Classificação que deveria existir em cada
estabelecimento penal:
Art. 7º - A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada
estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por dois
chefes de serviço, um psiquiatra, um psicólogo e um assistente social, quando
se tratar de condenado à pena privativa da liberdade.
Quanto às atribuições dessa comissão, o artigo 6º da mesma lei
dispunha:
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação,
que elaborará o programa individualizado e acompanhará a execução das
penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, devendo propor, à
autoridade competente, as progressões e regressões dos regimes, bem como
as conversões.
Um ponto onde os psicólogos questionavam que não cabiam à categoria
a competência de propor regressão ou progressão da pena. Não cabendo
avaliar se detendo poderá ou não se rescender de seu crime não sendo papel
do psicólogo pois acabaria com o elo de confiança do papel do psicólogo junto
ao seu trabalho.
O psicólogo entra de forma mais atuante na vara da infância e juventude
através do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069/1990) que prevê
através do artigo 150, a necessidade de previsão de recursos para a
manutenção de equipe Inter profissional para assessorar os juízos. Um dos
pontos que gera crítica é a elaboração de laudos internos que servira para
aferir reabilitação ou não dos adolescentes.
No campo do direito de família, as atividades exercidas como perito ou
assistente técnico sem vínculo empregatício com poder judiciário. Com o
primeiro concurso abriu-se portas para vara da infância e juventude sendo ais
tarde estendida para vara da família, assim passando a atuar em outras áreas.
A autora destaca que a designação psicologia na interface com a justiça
segundo CFP incluiria outras áreas que tivesse algum vínculo com o Poder
Judiciário. Abrangendo os psicólogos que exercem sua prática profissional em
unidades que executam medidas socioeducativas, em penitenciárias, em
Conselhos Tutelares, em CREAS e em ONGs, entre outros.
Apesar da compressão sobre o campo ha uma parcela de profissionais
que desconsideram e não supõem de conhecimento sobre seu trabalho assim
não tendo noção de suas reais atribuições.
Há autora mostra que a um mal estar dentro desse campo que remete à
indagação de “como pensar a relação entre Psicologia e Direito no que seriam
decisões da categoria dos psicólogos, que incluem a determinação de
atividades, dos procedimentos e dos limites éticos da atuação.
Por fim, com esse texto nos possibilitou ter uma melhor compreensão a
respeito no campo da Psicologia jurídica ou psicologia na interface com a
Justiça. Podemos conhecer mais um pouco da sua história e suas mudanças
do decorrer do tempo como uma força dentro da psicologia.

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