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Professor Adjunto da Faculdade de Planaltina/UnB.
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Cf. PORTELA, Cristina. O jovem Karl Marx. Disponível em: https://emluta.net/2017/09/10/o-jovem-karl-marx/. Acesso em: 17 jan. 2019.
3
Cena cinematograficamente reproduzida no filme O jovem Marx, dirigido por Raoul Peck e disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2M5vo2n6G7Y. Acesso em: 17 jan. 2019.
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PORTELA, Cristina. O jovem Karl Marx. Ob. cit.
5
Idem.
6
Cf. ANTUNES, Maria da Penha Fornanciari. O futuro de uma ilusão. Revista da Faculdade de Educação, Ano V nº 7/8 (Jan./Dez.
2007), p. 171-176. Disponível em: http://www2.unemat.br/revistafaed/content/vol/vol_7_8/artigo_7_8/171_176.pdf. Acesso em: 17 jan.
2019.
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Esta a “epifania” que constituiu uma causa relevante em todo o esforço
analítico, no âmbito da economia, da política, da sociologia e da filosofia, de
Marx. Assim, primeiramente estabelecendo uma teoria da sociedade sob o
modo capitalista de produção, e, em segundo lugar, um prognóstico sobre a
superação do capitalismo pelo socialismo7. Este esforço cognitivo para
compreensão da realidade social sob o capitalismo foi fundamentado em dois
planos metodológicos ou referenciais teóricos: a) do materialismo dialético, e
b) do materialismo histórico.
A partir do materialismo histórico, Marx desenvolveu dois conceitos
importantes para compreensão da organização da sociedade capitalista e sua
estrutura social, apontando a sociedade como composta por dois elementos
fundamentais: a) a infraestrutura, e b) a superestrutura.8
7
Prognóstico, diga-se de passagem, abalado pela “maré tecnológica”; nos termos abordados por André Quaresma. Cf. QUARESMA,
Alexandre. A ambivalência da sociedade tecnocientífica. Filosofia, ciência & vida. São Paulo, ano VII, No. 83, junho 2013, pp. 55-61. No
mesmo sentido ver: [a] FUKUYAMA, Francis. Nosso futuro pós-humano: conseqüências da revolução da biotecnologia. Rio de Janeiro:
Rocco, 2003. [b] HABERMAS, J. O futuro da natureza humana: a caminho da eugenia liberal? São Paulo: Martins Fontes, 2004.
8
Cf. BODART, Cristiano das Neves. Infraestrutura e superestrutura em Marx. Disponível em:
https://www.cafecomsociologia.com/infraestrutura-e-superestrutura-em-marx-2/. Acesso em: 17 jan. 2019.
9
Idem.
10
Idem.
2
ideologia. Para Marx, o Estado está sempre à serviço da classe dominante,
buscando manter o status quo."11 (grifo nosso)
11
Idem.
12
Cf. LENIN, V. I. O socialismo e a religião. Disponível em: https://www.marxists.org/portugues/lenin/1905/12/03.htm. Acesso em: 17 jan.
2019.
3
semelhança das ideias, crenças, noções e interesses radicalmente humanos
[...]”.13
Mas é em Freud que o papel ideológico da religião se desnuda de forma mais
radical, ao postular sua insustentabilidade racional e, consequentemente, seu
relevante papel politico de contenção social. Para o autor, as idéias religiosas
só possuem significação psicológica; não existindo nenhuma ideia ou
argumento que a razão possa aceitar como prova de veracidade das
doutrinas religiosas. Com efeito, as igrejas têm de sustentar que as doutrinas
religiosas estão fora da jurisdição da ciência ou da razão.14
Neste sentido, detalha Antunes (2007), com fundamento em Freud, que:
As idéias religiosas têm origem psíquica. São ilusões dos desejos do homem
de, na vida adulta, continuar a receber proteção de alguém que possua força
para garanti-la como seu pai o fazia na infância.
Como a vida terrena é dura e acompanhada de muita injustiça nas relações de
toda natureza, os homens encontram forças para suportá-la acreditando na
existência da justa e benevolente providência divina.15
13
Cf. CALMON, Sacha. A história da mitologia judaico-cristã. São Paulo: Noeses, 2010, p. XIII.
14
Cf. ANTUNES, Maria da Penha Fornanciari. O futuro de uma ilusão. Ob. cit.
15
Idem.
16
Cf. MEZAN, Renato. Que tipo de ciência é, afinal, a Psicanálise? Natureza Humana, 9(2): 319-359, jul.-dez. 2007. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/nh/v9n2/v9n2a05.pdf. Acesso em: 25 jan. 2019.
17
ANTUNES, Maria da Penha Fornanciari. O futuro de uma ilusão. Ob. cit.