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Botucatu - SP
1997
C.P. 237 - CEP 18603-970 - Fazenda Lageado - Botucatu/SP - F. (014) 821.3883 - FAX (014) 821.3438
ÍNDICE
Página
1. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS ................................................................................................................... 1
1.1. Tecnologia de aplicação de defensivos ..................................................................... 1
1.2. Alvo ........................................................................................................................... 1
1.2.1. Solo..................................................................................................................... 1
1.2.2. Insetos................................................................................................................. 1
1.2.3. Doenças .............................................................................................................. 1
1.2.4. Folhas e outros órgãos de plantas (daninhas/culturas) ....................................... 1
1.2.5. Relação defensivo/alvo ...................................................................................... 1
1.2.6. Volume de aplicação .......................................................................................... 2
1.3. Deriva/perdas............................................................................................................. 2
1.4. Formulações .............................................................................................................. 2
1.5. Segurança no manuseio e aplicação .......................................................................... 3
2. GOTAS ............................................................................................................................. 3
2.1. Diâmetro mediano volumétrico (DMV) e diâmetro mediano numérico (DMN) ...... 3
2.2. Densidade de gotas .................................................................................................... 4
2.3. Dinâmica das gotas .................................................................................................... 5
2.4. Efeito das condições climáticas ................................................................................. 6
2.5. Métodos para avaliação de gotas ............................................................................... 7
2.5.1. Determinação da distribuição das gotas e cobertura do alvo ............................. 7
2.5.2. Determinação do diâmetro e contagem das gotas .............................................. 7
3. BICOS PULVERIZADORES .......................................................................................... 8
3.1. Principais tipos de bicos pulverizadores ................................................................... 8
3.2. Transformação do líquido em gotas .......................................................................... 8
3.3. Características que influenciam a formação das gotas .............................................. 9
3.4. Bicos hidráulicos ....................................................................................................... 9
3.4.1. Características dos principais tipos de bicos hidráulicos com relação à formação
das gotas............................................................................................................ 9
3.4.2. Identificação ....................................................................................................... 9
3.4.3. Bicos para aplicação em área total ................................................................... 10
3.4.4. Bicos para aplicação em faixas e jato dirigido ................................................. 10
3.5. Bicos de energia gasosa........................................................................................... 11
3.6. Bicos de energia centrífuga ..................................................................................... 11
3.7. Bicos de energia cinética ......................................................................................... 11
3.8. Bicos de energia térmica ......................................................................................... 11
3.9. Avaliação da performance dos bicos ....................................................................... 11
4. PULVERIZADORES COSTAIS ................................................................................... 12
4.1. Constituição básica .................................................................................................. 12
4.2. Operação .................................................................................................................. 12
5. PULVERIZADORES DE BARRAS ............................................................................. 12
5.1. Constituição básica .................................................................................................. 12
5.1.1. Tanque .............................................................................................................. 13
5.1.2. Bomba .............................................................................................................. 13
5.1.3. Filtros................................................................................................................ 13
5.1.4. Válvula reguladora de pressão ......................................................................... 13
5.1.5. Registros de acionamento das seções da barra ................................................. 14
5.1.6. Barras de pulverização ..................................................................................... 14
5.2. Ajustes para o trabalho ............................................................................................ 14
5.2.1. Acoplamento .................................................................................................... 14
5.2.2. Montagem das barras e bicos ........................................................................... 15
5.2.3. Pressão de trabalho ........................................................................................... 15
5.3. Operação no campo ................................................................................................. 16
5.3.1. Sobreposição das passagens ............................................................................. 16
5.3.2. Reabastecimento ............................................................................................... 16
5.4. Calibração do pulverizador ..................................................................................... 16
5.4.1. Escolha do tipo de bico .................................................................................... 16
5.4.2. Escolha da faixa de pressão para o trabalho ..................................................... 16
5.4.3. Verificação do espaçamento entre bicos .......................................................... 16
5.4.4. Determinação da velocidade de trabalho.......................................................... 16
5.4.5. Cálculo da vazão necessária por bico ............................................................... 17
5.4.6. Localização do bico na tabela .......................................................................... 17
5.4.7. Calibração......................................................................................................... 17
5.4.8. Preparo da calda ............................................................................................... 17
5.4.9. Determinação de outros fatores ........................................................................ 17
5.4.10. Exemplo: aplicação de um herbicida em pré-emergência .............................. 17
6. SISTEMAS DOSADORES ............................................................................................ 19
6.1. Sistemas com vazão proporcional a velocidade de deslocamento .......................... 19
6.2. Sistema controladores da dose de aplicação............................................................ 19
7. PULVERIZADORES DE PISTOLA ............................................................................. 20
8. TURBOATOMIZADORES ........................................................................................... 20
8.1. Constituição básica .................................................................................................. 20
8.1.1. Barra de pulverização e bicos ........................................................................... 20
8.1.2. Ventilador ......................................................................................................... 20
8.1.3. Características para formação fluxo de ar ........................................................ 21
8.1.4. Cálculo da necessidade de ar ............................................................................ 21
8.1.5. Determinação do fluxo de ar gerado pela turbina ............................................ 22
8.1.6. Calibração do volume de calda aplicada .......................................................... 22
9. APLICAÇÃO DE GOTAS CONTROLADAS .............................................................. 22
10. NEBULIZAÇÃO.......................................................................................................... 23
11. APLICAÇÃO DE SÓLIDOS ....................................................................................... 23
12. APLICAÇÃO AÉREA ................................................................................................. 23
12.1. Histórico ................................................................................................................ 23
12.2. Aeronave agrícola.................................................................................................. 24
12.3. Helicóptero ............................................................................................................ 24
12.4. Ultraleve ................................................................................................................ 25
12.5. Análises comparativas ........................................................................................... 25
12.5.1. Helicóptero x avião ........................................................................................ 25
12.5.2. Ultraleve x outras aeronaves .......................................................................... 25
13. ANÁLISE OPERACIONAL DA UTILIZAÇÃO DE PULVERIZADORES
..............................................................................................Erro! Indicador não definido.
14. LITERATURA CONSULTADA ................................................................................. 26
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 1
• Lugar certo
• Hora certa
• Maneira correta
• Economia
• Menores danos ao ambiente
1.2. Alvo
1.2.1. Solo
1.2.2. Insetos
1.2.3. Doenças
• Tamanho das partículas (sólidos), tamanho de gotas, tensão superficial, ângulo de incidência da
gota, forma de ação (sistêmico/contato - translocação/redistribuição), presença de espalhantes,
etc.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 2
• O volume de calda aplicada por hectare deve estar relacionado com o tipo de alvo a ser atingido,
cobertura necessária, forma de ação do defensivo e técnica de aplicação, entre outros fatores.
1.3. Deriva/perdas
• Deriva: desvio do produto aplicado, fazendo com que este não atinja o alvo da aplicação.
• Endoderiva: perda do produto dentro dos domínios da planta (ex.: escorrimento causado por
excesso de calda ou gotas muito grandes).
• Exoderiva: perda do produto fora dos domínios da planta (ex.: gotas muito pequenas levadas por
correntes de ar)
• Evaporação: gotas pequenas em condições climáticas desfavoráveis (baixa umidade e alta
temperatura do ar).
1.4. Formulações
• Pó Molhável (PM)
• Concentrado Emulsionável (CE)
• Concentrado Solúvel (CS)
• Grânulos Auto-dispersíveis em Água (GAA)
• Suspensão Concentrada (SC)
Atualmente, as formulações para aplicação em via sólida são pouco utilizadas. As aplicações
baseadas em pós apresentam grandes problemas de sensibilidade às condições climáticas (deriva por
vento e correntes convectivas, lavagem pela chuva, etc), além dos problemas relativos à própria
aplicação (efeito abrasivo nos equipamentos, segregação, dificuldade no manuseio, contaminação
do aplicador, etc.). Por outro lado, estudos recentes tem buscado novas possibilidades para a
utilização de grânulos, principalmente nas aplicações de herbicidas no solo, em função da facilidade
de aplicação, da maior persistência e dos menores problemas de deriva. Deve-se ressaltar,
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 3
entretanto, que a ação de alguns deste produtos pode ficar muito limitada em função das condições
de umidade dos solo (o que não seria problema em áreas irrigadas, por exemplo).
2. GOTAS
O DMV é o diâmetro de gota que divide a massa de gotas da amostra analisada em duas
partes, de forma que a soma dos volumes das gotas de diâmetro menor que o DMV é igual a soma
dos volumes das gotas de diâmetro maior que o DMV. Entretanto, este parâmetro não pode ser
considerado, de forma isolada, como a melhor forma de avaliação do diâmetro das gotas, já que
poucas gotas grandes (grande volume) podem contribuir de maneira decisiva para o volume total da
amostra, induzindo a um valor elevado para o DMV. Outra forma de se analisar o diâmetro das
gotas de uma amostra é o diâmetro mediano numérico (DMN). O DMN é o diâmetro de gota que
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divide a massa de gotas em duas partes, sendo que 50% das gotas (em número) tem diâmetro maior
que o DMN e 50% (em número) tem diâmetro menor que o DMN. Neste caso, de maneira análoga
ao DMV, a tendência é que o DMN seja influenciado pelas gotas menores (grande número),
induzindo a um baixo valor para o DMN. Como ambos os parâmetros acabam sendo muito
influenciados pela proporção de gotas grandes e pequenas, a relação entre estes fatores fornece um
bom parâmetro para se analisar a homogeneidade do espectro de gotas produzidas. Assim, se todas
as gotas tivessem o mesmo tamanho, tanto DMV como DMN teriam mesmo valor, e assim a relação
DMV/DMN seria igual a 1. Seguindo este raciocínio, quanto maior a desuniformidade dos
tamanhos das gotas, maior será o valor de DMV/DMN.
Apesar do exposto, o parâmetro mais comumente utilizado para caracterização do tamanho
das gotas em uma pulverização é o DMV, e o resultado de uma pulverização pode ser classificado
da seguinte maneira, em função do tamanho das gotas produzidas:
O planejamento de uma pulverização passa pela escolha do tamanho de gota a ser utilizado,
que pode ser relacionado com o alvo a ser atingido:
Um outro fator que pode ser utilizado para se avaliar o resultado de uma pulverização é a
densidade de gotas (DG), geralmente expressa em gotas/cm2. A eficiência de uma maior ou menor
DG está ligada à forma de ação do defensivo (sistêmico, de contato, etc.). Para um mesmo volume
aplicado sobre uma mesma área, a divisão do líquido em gotas pequenas proporciona uma melhor
cobertura do que a divisão em gotas grandes, como pode ser visto na tabela abaixo, que corresponde
a uma aplicação de 1 l/ha:
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 5
d2
t =
80 ∆T
onde:
t = vida da gota (segundos)
d = diâmetro (µm)
∆T = diferença de temperatura (ºC) entre os termômetros de bulbo seco e úmido (fator referente à
umidade relativa).
Como as gotas são arremessadas no ar para que possam atingir o alvo pretendido, pode-se
calcular a distância de queda de uma gota antes que todo o seu líquido evapore:
1,5 × 10 -3 × d 4
s =
80 ∆T
A velocidade terminal de uma gota em queda livre, em função da força da gravidade pode
ser calculada pela seguinte equação:
g d 2 ρd
Vt =
18η
onde:
Com esta equação podemos calcular o tempo de queda de uma gota a partir de uma altura de
3 metros:
Todos estes fatores indicam que há uma grande redução na probabilidade de ocorrer deriva
e/ou perdas quando as gotas pulverizadas são maiores do que 200 µm.
• Temperatura do ar
• Umidade relativa do ar
• Velocidade do vento
• Direção do vento
• Características micrometeorológicas: correntes convectivas e inversões térmicas
Uma tática comum para se avaliar a distribuição das gotas em uma pulverização é a
utilização alvos artificiais (fitas de papel, por ex.), colocados próximos aos alvos verdadeiros (folha
da planta, solo, etc.). Tais alvos artificiais podem apresentar a distribuição das gotas de maneira
mais clara, pois são coloridos mais facilmente por corantes simples, diluídos na calda de
pulverização. Há ainda os papéis sensíveis, que apresentam as gotas apenas em função da
sensibilidade à umidade. Para a visualização das gotas em alvos verdadeiros (folhas, por exemplo),
pode-se usar corantes especiais, como os fluorescentes (que são visíveis sob luz ultravioleta).
O “spray” de um bico pulverizador pode ser analisado por equipamentos sofisticados (com
leitura através de raio laser, por exemplo), onde são fornecidos todos os dados sobre as gotas
produzidas. Entretanto, tais equipamentos são caros, e estão disponíveis apenas em alguns centros
de pesquisa. Para a determinação das características das gotas, sem o auxílio destes equipamentos,
pode-se utilizar algumas superfícies coletoras padronizadas, onde as gotas são amostradas e
posteriormente analisadas, com o auxílio de lupas. Cada superfície apresenta um fator específico
que correlaciona o tamanho da gota observada no alvo com o tamanho real da gota arremessada
(fator de espalhamento). As principais superfícies coletoras utilizadas são as seguintes:
• Lâminas impregnadas com óxido de magnésio: as gotas que atingem o óxido de magnésio
(que se apresenta como um “pó”) provocam “crateras” em sua superfície, que podem ser
facilmente observadas com uma lupa. É considerado o método padrão.
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• Lâminas impregnadas com graxa de silicone: as gotas ficam aderidas ao silicone, e devem ser
cobertas com uma camada de óleo antes de evaporarem. Neste caso, não há necessidade de se
usar um fator de espalhamento, pois as gotas permanecem com formato esférico quando aderidas
ao silicone.
• Papel Kromekote: papel normalmente utilizado em artes gráficas, que apresenta grande
facilidade e versatilidade de uso. Requer a presença de um corante na calda.
• Papel sensível: papel que muda de cor quando exposto a umidade. Não requer o emprego de
corantes.
3. BICOS PULVERIZADORES
• Bico leque: o formato interno do bico proporciona um choque entre correntes de líquido num
orifício de formato lenticular ou elíptico, originando um filme plano de líquido. O formato da
parte interna e do orifício é responsável, entre outras características, pela forma de distribuição
das gotas e pelo ângulo do leque, que também varia em função da pressão de pulverização.
• Bico cone: o líquido é forçado através do anel turbilhonador, que contém um ou mais furos de
formato tangencial ou helicoidal, atingindo a câmara de turbilhonamento com uma velocidade
rotacional. Passando pelo orifício da ponta, forma-se um filme em formato de cone. Se o anel
turbilhonador possuir um orifício central, o cone formado será totalmente preenchido com
líquido (cone “cheio”); se este furo não existir, o cone terá o seu centro ocupado por ar (cone
“vazio”). Alguns bicos possuem uma regulagem que altera a distância entre o anel turbilhonador
e a ponta, de forma a modificar o ângulo do cone, que também varia em função da pressão de
pulverização.
• Bico de impacto: um jato de líquido é arremessado contra uma superfície com um alto ângulo de
incidência, formando um filme plano de líquido.
3.4.2. Identificação
• Bico leque:
Os bicos “leque” são formados pela união das seguintes partes: corpo, filtro, ponta e capa.
As pontas são identificadas por uma seqüência de números (ex.: 8002): neste caso, 80 representa o
ângulo de abertura do leque (80º) e 02 identifica a vazão de água pura no bico (em galões/minuto) a
uma pressão de 40 psi (ou lb/pol2, equivalente a 2,8 bar); neste caso a vazão seria de 0,2
galões/minuto (0,76 l/minuto, com 1 gal = 3,8 litros).
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 10
• Bico cone:
Os bicos “cone” são formados pela união das seguintes partes: corpo, filtro, anel
turbilhonador, ponta e capa. As pontas geralmente são identificadas por letras e números, sendo que
o número representa o tamanho relativo do orifício. Os anéis turbilhonadores são identificados por
um par de números, onde o primeiro número indica o número de orifícios e o segundo indica o
tamanho relativo do orifício. Existem bicos cone em que a ponta e o anel se apresentam unidos em
um corpo só.
- Usar bicos com ângulos maiores, que permitem uma menor altura de pulverização, reduzindo os
riscos de deriva.
- Atenção: o ângulo do jato e a largura da faixa resultante são diretamente dependentes da pressão
de trabalho.
- Relação área da parcela/superfície tratada:
São chamados também de bicos de duplo fluido, pois a formação das gotas é obtida através
do choque do líquido com um fluxo de ar. São muito utilizados para a formação de aerosol (ex.:
“bomba de Flit”) e em alguns equipamentos para aplicação em folhagens. Existem bicos especiais
para pulverizadores de barras que trabalham com um fluxo de ar auxiliar, que atua na formação das
gotas e no arremesso desta sobre o alvo (solo, por exemplo).
A pulverização com um bico rotativo ocorre colocando-se uma massa de líquido no centro
de uma superfície (disco) que apresenta grande velocidade de rotação; através da força centrífuga, o
líquido é arremessado para as extremidades do disco, onde ocorre a formação do filme de líquido e
posteriormente as gotas. Os bicos rotativos produzem um espectro de gotas mais homogêneo do que
os bicos hidráulicos. Podem ser utilizados isoladamente ou em barras de pulverização.
• Nebulizadores: usados para aplicação em ambientes fechados (ex.: controle de pragas em galpões
ou silos) e, em alguns casos, para aplicações em folhagens.
•
• Vazão: medição do volume de líquido pulverizado em função do tempo com pressão constante:
manômetro, cronômetro e proveta.
• Ângulo do leque ou cone: medição do ângulo com transferidor.
• Distribuição: calhas para a determinação da distribuição → chapa metálica com dobras
formando canais, que são posicionados ao longo da faixa de deposição do bico ou barra de
pulverização; o resultado pode ser avaliado visualmente ou volumetricamente.
• Desgaste: a utilização normal de um bico leva a ocorrência de desgaste do orifício, ocasionando
aumento da vazão, distorções na faixa de distribuição e no tamanho das gotas formadas.
Considera-se aceitável variação de até 10 % da vazão de um bico usado com relação a um novo.
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4. PULVERIZADORES COSTAIS
• Motorizados
• Manuais (mais utilizados)
• Tanque
• Bomba
• Alavanca
• Agitador
• Alça
• Mangueira
• Gatilho
• Lança
• Barra/bico(s)
4.2. Operação
5. PULVERIZADORES DE BARRAS
5.1.1. Tanque
5.1.2. Bomba
• Vazão necessária = vazão máxima na barra + vazão mínima para o sistema de agitação.
• Bomba de pistões: é a mais comumente encontrada no mercado; adequada para altas pressões; a
vazão é diretamente proporcional à rotação do eixo; aceitável para soluções abrasivas; menos
adequada para líquidos mais viscosos. Requer câmara de compressão (compensação).
• Bomba de roletes ou engrenagens : adequada para baixas pressões (o uso em altas pressões
reduz sensivelmente a vida útil); não recomendada para soluções abrasivas.
• Bomba centrífuga : adequada para altas vazões e baixas pressões; recomendada para materiais
abrasivos.
• Bomba de diafragma: adequada para materais abrasivos; requer cuidados quando da utilização
de outros diluentes que não a água. Requer câmara de compressão (compensação).
5.1.3. Filtros
• No bico: a abertura da malha não deve exceder a metade da abertura do bico. Normalmente, as
malhas variam de 16 a 200; bicos leque “01” e “015” utilizam malha 100, bicos leque “02” em
diante utilizam malha 50 e para bicos cone a malha varia em função da vazão do bico: maior
vazão, menor o número da malha
• Na tubulação principal: o ideal seria a mesma malha do filtro do bico, com área de filtragem
suficiente para a vazão da bomba.
• Controla o fluxo da bomba aos bicos e ao retorno (para o sistema de agitação); um maior fluxo
de retorno reduz a pressão nos bicos e vice-versa.
• Quando o manômetro é acoplado próximo à válvula pode ocorrer diferenças entre a pressão no
manômetro e a efetivamente encontrada nos bicos (perda de carga na tubulação).
• O ideal seria a colocação do manômetro e da válvula reguladora próximos ao painel do trator.
• Alguns sistemas possuem regulagem elétrica, através de “motores de passo”.
• Sistemas com ajustes individuais para as diversas seções da barra: alguns pulverizadores de
barras possuem válvulas reguladoras que possibilitam um ajuste da vazão de retorno de maneira
individual para cada seção. Desta forma, igualando-se a vazão de uma seção e de seu respectivo
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 14
• Os registros para acionamento das seções da barra pode estar ou não acoplados à válvula
reguladora de pressão.
• Deveriam estar posicionados de maneira a facilitar o acionamento pelo operador.
• Os sistemas mais modernos utilizam válvulas solenóides, com acionamento através de botões,
colocados no painel do trator.
5.2.1. Acoplamento
• Engate de 3 pontos
• Nivelamento
• Acoplamento do cardan
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Vazão A Pressão A
=
Vazão B Pressão B
Exemplo:
Bico 11002 a 0,7 bar = 0, 4 l/min
Se a pressão for alterada para 2,8 bar, quanto será a vazão?
5.3.2. Reabastecimento
• Fonte de água: água limpa (análise química); evitar água de rio/represa com argila em suspensão
(inativação de alguns defensivos).
• Sistemas para auto-reabastecimento: utilizam a própria bomba do pulverizador ou bomba
suplementar.
• Carretas-tanque e veículos reabastecedores: podem trabalhar com água pura ou calda pronta.
Neste caso, é necessário um sistema de agitação.
• “Container” com defensivos.
Parâmetros:
• Tipo de defensivo
• Modo de ação
l ha × km h × E (cm)
l min =
60.000
Parâmetros:
• Vazão
• Pressão
5.4.7. Calibração
l ha × km h × E (cm)
l min =
60.000
l min × 60.000
km h =
l ha × E (cm)
l min × 60.000
l ha =
km h × E (cm)
Dados gerais:
l ha × km h × E (cm)
l min =
60.000
• Calibração
Ajustar a pressão e verificar a vazão nos bicos. Partindo de 2 bar, ir diminuindo a pressão até
encontrar a vazão necessária (1,25 l/minuto).
Obs.: através da equação que correlaciona variação de pressão com variação de vazão, podemos
estimar antecipadamente qual seria a pressão correta:
Vazão A Pressão A
=
Vazão B Pressão B
1,29 2 2 2
= ⇒ 1,032 = ⇒ 1,032 2 =
1,25 Pressão Pressão Pressão
2
Pressão = ⇒ Pressão = 1,88 bar (± 27 PSI)
1,032 2
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• Preparo da calda
600 l × 5 l ha
PC carga (l) =
250 l ha
6. SISTEMAS DOSADORES
São dispositivos que possibilitam a variação da vazão de calda e/ou dose do defensivo em
função da variação das condições de operação (velocidade de deslocamento, rotação do motor do
trator, pressão, etc.) ou pelo comando do operador.
• Bomba acionada por roda de terra: o bombeamento da calda para os bicos é realizado por uma
bomba acionada pela roda que sustenta o pulverizador, de forma que a vazão se torna
proporcional à velocidade de deslocamento. A regulagem básica do volume de calda aplicada se
faz na própria bomba; dispensando a presença da válvula reguladora de pressão. Tais
equipamentos possuem uma bomba auxiliar, acionada pela tomada de potência, apenas para a
agitação da calda dentro do tanque e para o sistema de auto-abastecimento.
• Válvula reguladora de pressão automatizada: a válvula reguladora de pressão é controlada por
um sensor ligado à roda do pulverizador. As variações de velocidade induzem mudanças na
pressão, alterando proporcionalmente o volume de calda aplicada.
• Sistemas de injeção: o sistema de bombeamento envia somente água para a tubulação das
barras. Um circuito paralelo injeta o defensivo próximo à saída dos bicos, onde ocorre a mistura
Desta forma, quando o sistema é operado utilizando sensores para variações de velocidade,
pressão, etc., é possível a manter a dose do defensivo constante. Este dispositivo propicia, ainda,
uma série de vantagens, tais como: evitar a mistura do defensivo no tanque, minimizando os
problemas de lavagem, descontaminação, etc.; eliminar a sobra de calda; possibilitar a aplicação
de mais de um defensivo simultaneamente, utilizando os mesmos bicos ou seções diferentes da
barra; permitir a substituição instantânea do defensivo aplicado; possibilita a variação da dose do
defensivo durante e aplicação.
• Sistemas logarítmicos: permitem a variação controlada da dose do defensivo ao longo do tempo,
facilitando o estudo dos efeitos de diferentes doses. Utilizado principalmente na instalação de
ensaios de defensivos.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 20
7. PULVERIZADORES DE PISTOLA
São equipamentos basicamente iguais aos pulverizadores de barras, onde as barras são
substituídas por mangueiras com pistolas. São utilizados para pulverizações em árvores e arbustos.
Suas características principais são:
• Bombas de alta pressão.
• Diversas mangueiras de saída, possibilitando o uso simultâneo de mais de uma pistola.
• Algumas pistolas possuem ponteira regulável, de forma a produzir gotas maiores ou menores,
dependendo dos objetivos da aplicação. Em alguns casos, é possível adaptar uma pequena barra
com bicos pulverizadores na ponta da pistola (semelhante às usadas em equipamentos costais).
O uso deste tipo de equipamento requer cuidados específicos no manejo, de forma a se obter
uma cobertura adequada, evitando perdas por deriva e contaminação do operador.
8. TURBOATOMIZADORES
8.1.2. Ventilador
• Centrífugos: o ar escoa pelas pás da hélice, em função da força centrífuga, sendo canalizado
para uma tubulação e direcionado para o alvo da aplicação.
• Axiais: é o tipo mais utilizado nos turboatomizadores. O ar é impulsionado pelo formato
aerodinâmico das pás das hélices, fluindo no sentido do eixo de rotação. Superfícies defletoras
direcionam o fluxo de ar para o alvo.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 21
Vel × Vol × K
F =
E
onde:
F = fluxo de ar (m3/minuto)
Vel = velocidade (m/minuto)
Vol = volume da planta (m3)
E = espaçamento (m)
K = 1 → utilizando pulverizadores que aplicam em um só lado
K = 2 → utilizando pulverizadores que aplicam dos dois lados
Exemplo:
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 22
Para árvores com 10 metros de diâmetro de copa, 6 metros de altura e espaçamento entre
plantas de 10 metros, aplicando dos dois lados do pulverizador com velocidade de 2,4 km/h
(40 m/min), temos:
2
10
Vol = × 3,14 × 6
2
Vol = 471 m3
40 × 471 × 2
F =
10
F = 3768 m3/minuto
F = 3 x π x (D/2)2 x Va
onde:
F = Fluxo de ar gerado (m3/minuto)
D = Diâmetro da entrada de ar da turbina (m)
Va = Velocidade do ar na entrada da turbina (m/minuto)
A calibração do volume de calda aplicada pode ser feita da mesma forma que para os
pulverizadores de barra, tomando-se cuidado na determinação da largura da faixa de aplicação
(geralmente igual a distância entre as linhas de plantas). A vazão dos bicos pode ser aferida por
determinação direta (proveta e cronômetro). O ventilador pode ser desligado em alguns
equipamentos para facilitar a operação de calibração.
• Utiliza bicos rotativos, fornecendo gotas com tamanho uniforme. É utilizado geralmente em
aplicações com ultra baixo volume.
• Exige tecnologia especial para as formulações.
• Variando-se o fluxo da calda e o formato e rotação do disco, obtêm-se variações no tamanho das
gotas produzidas.
• Pode ser usado em equipamentos manuais ou tratorizados.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 23
10. NEBULIZAÇÃO
• Utilizada para controle de insetos voadores e controle de pragas em ambientes fechados (galpões,
armazéns, casas de vegetação, etc.).
• Uma mistura de óleo com defensivo é aquecida até a vaporização, formando uma névoa.
Vantagens:
• Grande vantagem operacional com relação aos equipamentos terrestres
• Viabiliza as grandes áreas cultivadas em termos de fitossanidade
• Independência quanto a fatores limitantes: topografia, umidade do solo, porte das plantas da
cultura, compactação do solo
Desvantagens:
• Capacidade limitada do tanque - aplicação a baixos volumes
• Sistematização das áreas
• Investimento inicial
• Formação de mão de obra
12.1. Histórico
Características básicas:
• Tanque
- sistema de alijamento: segurança de aplicação
- visor para o piloto
- capacidade de carga - 500 a 1800 kg
• Bomba
- acionamento eólico
• Filtros
• Válvulas e registros
• Manômetro
• Alavancas de controle
• Barra
• Bicos
- bicos leque e cone: posicionamento com relação à direção de deslocamento - tamanho das gotas
- micronair (formação de gotas por energia centrífuga): ângulo da pá da hélice/rotação/velocidade da
aeronave: tamanho da gota
• Dispositivo para aplicação de sólidos
• Formação do vórtice
• Faixa útil de deposição - dependente do produto aplicado, tipo de aeronave, altura de vôo e
condições climáticas (geralmente de 8 a 20 metros)
• Velocidade de aplicação: 150 a 200 km/h
• Distância mínima para decolagem e pouso: de 100 a 500 m
• Capacidades operacionais (ha/minuto):
12.3. Helicóptero
12.4. Ultraleve
Helicóptero - vantagens:
• Adequado para áreas menores
• Versatilidade e manobrabilidade
• Segurança: na aplicação, ambiental e do operador
• Boa penetração na folhagem a baixas velocidades
Helicóptero - desvantagem:
• Alto custo: operação e manutenção
Ultraleve - vantagens:
• Baixo custo inicial e de operação
• Facilidades operacionais: manobras, pousos e decolagens
Ultraleve - vantagens:
• Não é homologado
• Baixa capacidade operacional
• Pouca segurança: colisões e contaminação do operador
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 26
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