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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS


CAMPUS DE BOTUCATU

TÉCNICAS BÁSICAS PARA APLICAÇÃO


DE DEFENSIVOS

Prof. Dr. Ulisses Rocha Antuniassi


Departamento de Engenharia Rural

Botucatu - SP
1997

C.P. 237 - CEP 18603-970 - Fazenda Lageado - Botucatu/SP - F. (014) 821.3883 - FAX (014) 821.3438
ÍNDICE
Página
1. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS ................................................................................................................... 1
1.1. Tecnologia de aplicação de defensivos ..................................................................... 1
1.2. Alvo ........................................................................................................................... 1
1.2.1. Solo..................................................................................................................... 1
1.2.2. Insetos................................................................................................................. 1
1.2.3. Doenças .............................................................................................................. 1
1.2.4. Folhas e outros órgãos de plantas (daninhas/culturas) ....................................... 1
1.2.5. Relação defensivo/alvo ...................................................................................... 1
1.2.6. Volume de aplicação .......................................................................................... 2
1.3. Deriva/perdas............................................................................................................. 2
1.4. Formulações .............................................................................................................. 2
1.5. Segurança no manuseio e aplicação .......................................................................... 3
2. GOTAS ............................................................................................................................. 3
2.1. Diâmetro mediano volumétrico (DMV) e diâmetro mediano numérico (DMN) ...... 3
2.2. Densidade de gotas .................................................................................................... 4
2.3. Dinâmica das gotas .................................................................................................... 5
2.4. Efeito das condições climáticas ................................................................................. 6
2.5. Métodos para avaliação de gotas ............................................................................... 7
2.5.1. Determinação da distribuição das gotas e cobertura do alvo ............................. 7
2.5.2. Determinação do diâmetro e contagem das gotas .............................................. 7
3. BICOS PULVERIZADORES .......................................................................................... 8
3.1. Principais tipos de bicos pulverizadores ................................................................... 8
3.2. Transformação do líquido em gotas .......................................................................... 8
3.3. Características que influenciam a formação das gotas .............................................. 9
3.4. Bicos hidráulicos ....................................................................................................... 9
3.4.1. Características dos principais tipos de bicos hidráulicos com relação à formação
das gotas............................................................................................................ 9
3.4.2. Identificação ....................................................................................................... 9
3.4.3. Bicos para aplicação em área total ................................................................... 10
3.4.4. Bicos para aplicação em faixas e jato dirigido ................................................. 10
3.5. Bicos de energia gasosa........................................................................................... 11
3.6. Bicos de energia centrífuga ..................................................................................... 11
3.7. Bicos de energia cinética ......................................................................................... 11
3.8. Bicos de energia térmica ......................................................................................... 11
3.9. Avaliação da performance dos bicos ....................................................................... 11
4. PULVERIZADORES COSTAIS ................................................................................... 12
4.1. Constituição básica .................................................................................................. 12
4.2. Operação .................................................................................................................. 12
5. PULVERIZADORES DE BARRAS ............................................................................. 12
5.1. Constituição básica .................................................................................................. 12
5.1.1. Tanque .............................................................................................................. 13
5.1.2. Bomba .............................................................................................................. 13
5.1.3. Filtros................................................................................................................ 13
5.1.4. Válvula reguladora de pressão ......................................................................... 13
5.1.5. Registros de acionamento das seções da barra ................................................. 14
5.1.6. Barras de pulverização ..................................................................................... 14
5.2. Ajustes para o trabalho ............................................................................................ 14
5.2.1. Acoplamento .................................................................................................... 14
5.2.2. Montagem das barras e bicos ........................................................................... 15
5.2.3. Pressão de trabalho ........................................................................................... 15
5.3. Operação no campo ................................................................................................. 16
5.3.1. Sobreposição das passagens ............................................................................. 16
5.3.2. Reabastecimento ............................................................................................... 16
5.4. Calibração do pulverizador ..................................................................................... 16
5.4.1. Escolha do tipo de bico .................................................................................... 16
5.4.2. Escolha da faixa de pressão para o trabalho ..................................................... 16
5.4.3. Verificação do espaçamento entre bicos .......................................................... 16
5.4.4. Determinação da velocidade de trabalho.......................................................... 16
5.4.5. Cálculo da vazão necessária por bico ............................................................... 17
5.4.6. Localização do bico na tabela .......................................................................... 17
5.4.7. Calibração......................................................................................................... 17
5.4.8. Preparo da calda ............................................................................................... 17
5.4.9. Determinação de outros fatores ........................................................................ 17
5.4.10. Exemplo: aplicação de um herbicida em pré-emergência .............................. 17
6. SISTEMAS DOSADORES ............................................................................................ 19
6.1. Sistemas com vazão proporcional a velocidade de deslocamento .......................... 19
6.2. Sistema controladores da dose de aplicação............................................................ 19
7. PULVERIZADORES DE PISTOLA ............................................................................. 20
8. TURBOATOMIZADORES ........................................................................................... 20
8.1. Constituição básica .................................................................................................. 20
8.1.1. Barra de pulverização e bicos ........................................................................... 20
8.1.2. Ventilador ......................................................................................................... 20
8.1.3. Características para formação fluxo de ar ........................................................ 21
8.1.4. Cálculo da necessidade de ar ............................................................................ 21
8.1.5. Determinação do fluxo de ar gerado pela turbina ............................................ 22
8.1.6. Calibração do volume de calda aplicada .......................................................... 22
9. APLICAÇÃO DE GOTAS CONTROLADAS .............................................................. 22
10. NEBULIZAÇÃO.......................................................................................................... 23
11. APLICAÇÃO DE SÓLIDOS ....................................................................................... 23
12. APLICAÇÃO AÉREA ................................................................................................. 23
12.1. Histórico ................................................................................................................ 23
12.2. Aeronave agrícola.................................................................................................. 24
12.3. Helicóptero ............................................................................................................ 24
12.4. Ultraleve ................................................................................................................ 25
12.5. Análises comparativas ........................................................................................... 25
12.5.1. Helicóptero x avião ........................................................................................ 25
12.5.2. Ultraleve x outras aeronaves .......................................................................... 25
13. ANÁLISE OPERACIONAL DA UTILIZAÇÃO DE PULVERIZADORES
..............................................................................................Erro! Indicador não definido.
14. LITERATURA CONSULTADA ................................................................................. 26
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 1

1. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE


DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

1.1. Tecnologia de aplicação de defensivos

• Lugar certo
• Hora certa
• Maneira correta
• Economia
• Menores danos ao ambiente

1.2. Alvo

1.2.1. Solo

• Características importantes: tipo de solo, textura, granulometria, relevo, teor de água,


características químicas, restos vegetais e nível de infestação por plantas daninhas.

1.2.2. Insetos

• Características importantes: estágio de desenvolvimento, hábito (noturno/diurno, isolados,


coletivos, etc.), localização (folha, caule, raízes, solo, voadores, etc.) e nível de infestação.

1.2.3. Doenças

• Características importantes: forma de propagação, estágio de desenvolvimento da doença e nível


de infestação.

1.2.4. Folhas e outros órgãos de plantas (daninhas/culturas)

• Características importantes: estágio de desenvolvimento, cerosidade, pilosidade, rugosidade, face


(superior/inferior) e posição das folhas (ex.: fototropismo, deflexão em função do fluxo de ar do
pulverizador, etc.).

1.2.5. Relação defensivo/alvo

• Tamanho das partículas (sólidos), tamanho de gotas, tensão superficial, ângulo de incidência da
gota, forma de ação (sistêmico/contato - translocação/redistribuição), presença de espalhantes,
etc.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 2

1.2.6. Volume de aplicação

• O volume de calda aplicada por hectare deve estar relacionado com o tipo de alvo a ser atingido,
cobertura necessária, forma de ação do defensivo e técnica de aplicação, entre outros fatores.

Denominação para o volume de calda (l/ha) Culturas Árvores e arbustos


Alto volume > 600 > 1000
Médio volume 200 - 600 500 - 1000
Baixo volume 50 - 200 200 - 500
Muito baixo volume 5 - 50 50 - 200
Ultra baixo volume <5 < 50

1.3. Deriva/perdas

• Deriva: desvio do produto aplicado, fazendo com que este não atinja o alvo da aplicação.
• Endoderiva: perda do produto dentro dos domínios da planta (ex.: escorrimento causado por
excesso de calda ou gotas muito grandes).
• Exoderiva: perda do produto fora dos domínios da planta (ex.: gotas muito pequenas levadas por
correntes de ar)
• Evaporação: gotas pequenas em condições climáticas desfavoráveis (baixa umidade e alta
temperatura do ar).

1.4. Formulações

A preparação dos defensivos comerciais envolve a mistura do ingrediente ativo a diversas


substâncias, de forma que o produto obtido apresente características físicas que facilitem sua
utilização. O objetivo primordial é melhorar o contato do ingrediente ativo com o diluente (água,
por exemplo) e/ou com os alvos da aplicação. A mistura do ingrediente ativo a todos os
complementos necessários à sua adequada utilização é denominada formulação. Os defensivos são
encontrados nas mais variadas formulações, que vão desde os sólidos para aplicação direta
(grânulos, “pellets”, pós, etc.) até as pastílhas com defensivos voláteis. Para as aplicações em via
líquida, as formulações mais comumente utilizadas são:

• Pó Molhável (PM)
• Concentrado Emulsionável (CE)
• Concentrado Solúvel (CS)
• Grânulos Auto-dispersíveis em Água (GAA)
• Suspensão Concentrada (SC)

Atualmente, as formulações para aplicação em via sólida são pouco utilizadas. As aplicações
baseadas em pós apresentam grandes problemas de sensibilidade às condições climáticas (deriva por
vento e correntes convectivas, lavagem pela chuva, etc), além dos problemas relativos à própria
aplicação (efeito abrasivo nos equipamentos, segregação, dificuldade no manuseio, contaminação
do aplicador, etc.). Por outro lado, estudos recentes tem buscado novas possibilidades para a
utilização de grânulos, principalmente nas aplicações de herbicidas no solo, em função da facilidade
de aplicação, da maior persistência e dos menores problemas de deriva. Deve-se ressaltar,
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entretanto, que a ação de alguns deste produtos pode ficar muito limitada em função das condições
de umidade dos solo (o que não seria problema em áreas irrigadas, por exemplo).

1.5. Segurança no manuseio e aplicação

Durante o processo de utilização de um defensivo, o preparo da calda e a aplicação


propriamente dita são as etapas de maior risco de contaminação do aplicador. As indústrias de
agroquímicos tem investido constantemente no desenvolvimento de novas formulações e
tecnologias de embalagens, visando a diminuição dos riscos de contaminação no momento do
preparo da calda. São exemplos as formulações em grânulos auto-dispersíveis em água e as
embalagens hidrossolúveis.
Com relação ao momento da aplicação, pesquisadores tem desenvolvido sistemas e avaliado
medidas ativas e passivas do controle dos riscos. Os EPI’s (equipamentos de proteção individual -
medida passiva de controle) tem sido estudados de maneira a se obter a máxima proteção com o
mínimo de desconforto para o operador. Pesquisas demonstraram que a via dérmica representa mais
de 99% da contaminação potencial, enquanto que a via respiratória representa menos de 1%. Da
exposição dérmica, 91,5% correspondem aos membros inferiores (pernas e pés). Desta forma,
apenas o uso de botas e de um avental impermeável (pode ser aberto na parte de trás para maior
conforto) pode reduzir em até 90% a exposição dérmica. A utilização de luvas também pode ser
considerada importante, já que as mãos correspondem a aproximadamente 6% do risco de
exposição. Com relação a proteção das vias respiratórias, pesquisas tem recomendado o uso de
máscaras semi-faciais descartáveis contra partículas (ou gotas), que devem ser substituídas a cada
um ou dois dias de trabalho. As máscaras de borracha com filtro contra vapores orgânicos tóxicos
não necessárias, já que a contaminação que se observa no campo é de gotas, e não vapores (a
maioria dos produtos apresentam baixa pressão de vapor). Além disso, a simples troca do elemento
filtrante não garante a total proteção do operador, pois a parte de borracha da máscara também
precisa ser descontaminada (o que geralmente não ocorre). Desta forma, os resíduos de defensivos
presentes no corpo da máscara ficam em contato com a pele do aplicador, aumentando os riscos de
contaminação.
No caso das medidas ativas de controle dos riscos de contaminação, destacam-se as
modificações de formato e posição das barras de pulverização, de forma a minimizar o contato do
operador com a calda (por exemplo, o uso de barras traseiras em pulverizadores costais).

2. GOTAS

2.1. Diâmetro mediano volumétrico (DMV) e diâmetro mediano numérico


(DMN)

O DMV é o diâmetro de gota que divide a massa de gotas da amostra analisada em duas
partes, de forma que a soma dos volumes das gotas de diâmetro menor que o DMV é igual a soma
dos volumes das gotas de diâmetro maior que o DMV. Entretanto, este parâmetro não pode ser
considerado, de forma isolada, como a melhor forma de avaliação do diâmetro das gotas, já que
poucas gotas grandes (grande volume) podem contribuir de maneira decisiva para o volume total da
amostra, induzindo a um valor elevado para o DMV. Outra forma de se analisar o diâmetro das
gotas de uma amostra é o diâmetro mediano numérico (DMN). O DMN é o diâmetro de gota que
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divide a massa de gotas em duas partes, sendo que 50% das gotas (em número) tem diâmetro maior
que o DMN e 50% (em número) tem diâmetro menor que o DMN. Neste caso, de maneira análoga
ao DMV, a tendência é que o DMN seja influenciado pelas gotas menores (grande número),
induzindo a um baixo valor para o DMN. Como ambos os parâmetros acabam sendo muito
influenciados pela proporção de gotas grandes e pequenas, a relação entre estes fatores fornece um
bom parâmetro para se analisar a homogeneidade do espectro de gotas produzidas. Assim, se todas
as gotas tivessem o mesmo tamanho, tanto DMV como DMN teriam mesmo valor, e assim a relação
DMV/DMN seria igual a 1. Seguindo este raciocínio, quanto maior a desuniformidade dos
tamanhos das gotas, maior será o valor de DMV/DMN.
Apesar do exposto, o parâmetro mais comumente utilizado para caracterização do tamanho
das gotas em uma pulverização é o DMV, e o resultado de uma pulverização pode ser classificado
da seguinte maneira, em função do tamanho das gotas produzidas:

DMV (µm) Classificação


< 50 Aerossol
51 - 100 Névoa
101 - 200 “spray” fino
201 - 400 “spray” médio
> 400 “spray” espesso ou grosso

O planejamento de uma pulverização passa pela escolha do tamanho de gota a ser utilizado,
que pode ser relacionado com o alvo a ser atingido:

Alvo DMV (µm)


Insetos voadores 10 – 50
Insetos em folhagens 30 – 50
Folhagens 40 – 100
Solo (e/ou para se evitar derivas/perdas) 250 – 500

2.2. Densidade de gotas

Um outro fator que pode ser utilizado para se avaliar o resultado de uma pulverização é a
densidade de gotas (DG), geralmente expressa em gotas/cm2. A eficiência de uma maior ou menor
DG está ligada à forma de ação do defensivo (sistêmico, de contato, etc.). Para um mesmo volume
aplicado sobre uma mesma área, a divisão do líquido em gotas pequenas proporciona uma melhor
cobertura do que a divisão em gotas grandes, como pode ser visto na tabela abaixo, que corresponde
a uma aplicação de 1 l/ha:
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DMV (µm) DG (gotas/cm2)


10 19.099
20 2.387
50 153
100 19
200 2,4
400 0,298
1000 0,019 (ou 1 gota a cada 52,6 cm2)

Partindo-se do volume de calda aplicada Q (l/ha) e do diâmetro da gota d (µm), podemos


calcular a densidade de gotas DG (gotas/cm2):
3
60  100 
DG = ×   × Q
π  d 

2.3. Dinâmica das gotas

A superfície de contato com o ar para um determinado líquido aumenta consideravelmente


quando este é dividido em pequenas gotas, e isto facilita sobremaneira a evaporação. A vida útil de
uma gota pode ser estimada pela seguinte equação:

d2
t =
80 ∆T

onde:
t = vida da gota (segundos)
d = diâmetro (µm)
∆T = diferença de temperatura (ºC) entre os termômetros de bulbo seco e úmido (fator referente à
umidade relativa).

Como as gotas são arremessadas no ar para que possam atingir o alvo pretendido, pode-se
calcular a distância de queda de uma gota antes que todo o seu líquido evapore:

1,5 × 10 -3 × d 4
s =
80 ∆T

s = distância de queda (cm)


d = diâmetro (µm)
∆T = diferença de temperatura (ºC) entre os termômetros de bulbo seco e úmido

Este parâmetro permite que se faça algumas comparações importantes:


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Temperatura (ºC) 20,0 Temperatura (ºC) 30,0


∆T (ºC) 2,2 ∆T (ºC) 7,7
UR (%) 80,0 UR (%) 50,0
diâmetro tempo de vida (seg.) dist. de queda (m) tempo de vida (seg.) dist. de queda (m)
50 µm 14 0,5 4 0,15
100 µm 57 8,5 16 2,4
200 µm 227 136,4 65 39,0

A velocidade terminal de uma gota em queda livre, em função da força da gravidade pode
ser calculada pela seguinte equação:

g d 2 ρd
Vt =
18η

onde:

Vt = velocidade terminal (m/s)


d = diâmetro da gota (m)
ρd =densidade da gota (kg/m3)
g = aceleração da gravidade (m/s2)
η = viscosidade do ar (Ns/m2)

Com esta equação podemos calcular o tempo de queda de uma gota a partir de uma altura de
3 metros:

Diâmetro (µm) Tempo de queda para 3 metros


1 28,1 horas
10 16,9 minutos
100 10,9 segundos
200 4,2 segundos
500 1,7 segundos

Todos estes fatores indicam que há uma grande redução na probabilidade de ocorrer deriva
e/ou perdas quando as gotas pulverizadas são maiores do que 200 µm.

2.4. Efeito das condições climáticas

Os principais fatores climáticos que influenciam a distribuição das gotas em uma


pulverização são:
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• Temperatura do ar
• Umidade relativa do ar
• Velocidade do vento
• Direção do vento
• Características micrometeorológicas: correntes convectivas e inversões térmicas

A temperatura e umidade relativa do ar influenciam a evaporação das gotas, como visto


anteriormente. A intensidade e direção do vento podem proporcionar efeitos favoráveis e
desfavoráveis: se por um lado as gotas pequenas podem ser carregadas a longas distâncias
(exoderiva), o movimento das plantas causado pelo vento pode auxiliar as plantas a “alcançar” as
gotas pequenas que estão em suspensão no ar (neste caso, plantas com o caule mais flexível
apresentariam vantagem, como no caso da comparação entre plantas de arroz e milho)
As correntes convectivas são responsáveis por grandes perdas de gotas pequenas, daí a
recomendação de se fazer aplicações em dias nublados (quando tais correntes são minimizadas);
ainda, recomenda-se fazer as aplicações ao amanhecer e ao entardecer, quando são comuns as
situações de inversão térmica, o que possibilita uma atmosfera mais estável para a deposição das
gotas.

2.5. Métodos para avaliação de gotas

2.5.1. Determinação da distribuição das gotas e cobertura do alvo

Uma tática comum para se avaliar a distribuição das gotas em uma pulverização é a
utilização alvos artificiais (fitas de papel, por ex.), colocados próximos aos alvos verdadeiros (folha
da planta, solo, etc.). Tais alvos artificiais podem apresentar a distribuição das gotas de maneira
mais clara, pois são coloridos mais facilmente por corantes simples, diluídos na calda de
pulverização. Há ainda os papéis sensíveis, que apresentam as gotas apenas em função da
sensibilidade à umidade. Para a visualização das gotas em alvos verdadeiros (folhas, por exemplo),
pode-se usar corantes especiais, como os fluorescentes (que são visíveis sob luz ultravioleta).

2.5.2. Determinação do diâmetro e contagem das gotas

O “spray” de um bico pulverizador pode ser analisado por equipamentos sofisticados (com
leitura através de raio laser, por exemplo), onde são fornecidos todos os dados sobre as gotas
produzidas. Entretanto, tais equipamentos são caros, e estão disponíveis apenas em alguns centros
de pesquisa. Para a determinação das características das gotas, sem o auxílio destes equipamentos,
pode-se utilizar algumas superfícies coletoras padronizadas, onde as gotas são amostradas e
posteriormente analisadas, com o auxílio de lupas. Cada superfície apresenta um fator específico
que correlaciona o tamanho da gota observada no alvo com o tamanho real da gota arremessada
(fator de espalhamento). As principais superfícies coletoras utilizadas são as seguintes:

• Lâminas impregnadas com óxido de magnésio: as gotas que atingem o óxido de magnésio
(que se apresenta como um “pó”) provocam “crateras” em sua superfície, que podem ser
facilmente observadas com uma lupa. É considerado o método padrão.
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• Lâminas impregnadas com graxa de silicone: as gotas ficam aderidas ao silicone, e devem ser
cobertas com uma camada de óleo antes de evaporarem. Neste caso, não há necessidade de se
usar um fator de espalhamento, pois as gotas permanecem com formato esférico quando aderidas
ao silicone.
• Papel Kromekote: papel normalmente utilizado em artes gráficas, que apresenta grande
facilidade e versatilidade de uso. Requer a presença de um corante na calda.
• Papel sensível: papel que muda de cor quando exposto a umidade. Não requer o emprego de
corantes.

Cada método apresenta vantagens e desvantagens, e as escolha de um deles deve ser


realizada em função do custo, disponibilidade, facilidade de uso, etc. As lâminas impregnadas são
mais utilizadas em laboratório, em função da grande dificuldade de manejo e do alto custo. O papel
Kromekote é fácil de manejar e barato, porém a necessidade do corante dificulta sua utilização
durante aplicações comerciais. Os papeis sensíveis apresentam um custo relativamente elevado e
requerem cuidados especiais no manejo, pois a umidade natural no campo e a própria umidade da
mão do operador podem marcar o papel, prejudicando a observação dos resultados. Entretanto, são
muito utilizados em análises de pulverizações comerciais por dispensarem o uso de corantes.

3. BICOS PULVERIZADORES

3.1. Principais tipos de bicos pulverizadores

Energia Tipo Aplicação tradicional


Hidráulica Impacto Pulverizações em baixa pressão com gotas grandes
Leque Superfícies planas
Cone Folhagens
Gasosa Jato de ar Folhagens
Centrífuga Rotativo Aplicações de gotas controladas
Cinética - Gotas grandes
Térmica - Nebulização

3.2. Transformação do líquido em gotas

• Líquido → bico → formação de um filme de líquido → formação de perfurações/ondulações/ aro


→ formação de filamentos de líquido → formação de gotas.
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3.3. Características que influenciam a formação das gotas

• Pressão = ↑ pressão - ↓ diâmetro da gota


• Tamanho do orifício do bico = ↑ orifício - ↑ diâmetro da gota
• Tensão superficial do líquido = ↑ tensão - ↑ diâmetro da gota
• Viscosidade do líquido = ↑ viscosidade - ↑ diâmetro da gota
• ↑ viscosidade e ↓ tensão superficial - ↓ diâmetro da gota

Para líquidos com partículas em suspensão:


• ↓ concentração - não afeta as gotas
• ↑ concentração - as gotas se formam mais rapidamente no filme

3.4. Bicos hidráulicos

3.4.1. Características dos principais tipos de bicos hidráulicos com relação à


formação das gotas

• Bico leque: o formato interno do bico proporciona um choque entre correntes de líquido num
orifício de formato lenticular ou elíptico, originando um filme plano de líquido. O formato da
parte interna e do orifício é responsável, entre outras características, pela forma de distribuição
das gotas e pelo ângulo do leque, que também varia em função da pressão de pulverização.
• Bico cone: o líquido é forçado através do anel turbilhonador, que contém um ou mais furos de
formato tangencial ou helicoidal, atingindo a câmara de turbilhonamento com uma velocidade
rotacional. Passando pelo orifício da ponta, forma-se um filme em formato de cone. Se o anel
turbilhonador possuir um orifício central, o cone formado será totalmente preenchido com
líquido (cone “cheio”); se este furo não existir, o cone terá o seu centro ocupado por ar (cone
“vazio”). Alguns bicos possuem uma regulagem que altera a distância entre o anel turbilhonador
e a ponta, de forma a modificar o ângulo do cone, que também varia em função da pressão de
pulverização.
• Bico de impacto: um jato de líquido é arremessado contra uma superfície com um alto ângulo de
incidência, formando um filme plano de líquido.

3.4.2. Identificação

• Bico leque:
Os bicos “leque” são formados pela união das seguintes partes: corpo, filtro, ponta e capa.
As pontas são identificadas por uma seqüência de números (ex.: 8002): neste caso, 80 representa o
ângulo de abertura do leque (80º) e 02 identifica a vazão de água pura no bico (em galões/minuto) a
uma pressão de 40 psi (ou lb/pol2, equivalente a 2,8 bar); neste caso a vazão seria de 0,2
galões/minuto (0,76 l/minuto, com 1 gal = 3,8 litros).
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• Bico cone:
Os bicos “cone” são formados pela união das seguintes partes: corpo, filtro, anel
turbilhonador, ponta e capa. As pontas geralmente são identificadas por letras e números, sendo que
o número representa o tamanho relativo do orifício. Os anéis turbilhonadores são identificados por
um par de números, onde o primeiro número indica o número de orifícios e o segundo indica o
tamanho relativo do orifício. Existem bicos cone em que a ponta e o anel se apresentam unidos em
um corpo só.

3.4.3. Bicos para aplicação em área total

BICOS Herbicidas Fungicidas Inseticidas


PPI PRÉ PÓS Cont. Sist. Cont. Sist.
Cont. Sist.
Leque comum ■ ■ ■ ■ ■
Leque “XR” ■  ■  ■  ■ 
Leque de baixa deriva ■ ■ ■ ■ ■
Duplo leque ■ ■ ■
Impacto (grande ângulo) ■ ■ ■ ■ ■
Cone cheio ■ ■
Cone vazio ■ ■ ■
■ = recomendado.
 = recomendado a baixas pressões.

3.4.4. Bicos para aplicação em faixas e jato dirigido

BICOS Herbicidas Fungicidas Inseticidas


PRÉ PÓS (Faixas) Cont. Sist. Cont. Sist.
Faixas Cont. Sist.
Leque comum ■ ■ ■ ■ ■ ■
Duplo leque ■ ■ ■ ■
Cone cheio ■ ■ ■ ■
Cone vazio ■ ■ ■ ■ ■
■ = recomendado.

Recomendações úteis para aplicações em faixas:

- Usar bicos com ângulos maiores, que permitem uma menor altura de pulverização, reduzindo os
riscos de deriva.
- Atenção: o ângulo do jato e a largura da faixa resultante são diretamente dependentes da pressão
de trabalho.
- Relação área da parcela/superfície tratada:

Superfície tratada = área da parcela x (largura da faixa/espaçamento entre linhas)


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3.5. Bicos de energia gasosa

São chamados também de bicos de duplo fluido, pois a formação das gotas é obtida através
do choque do líquido com um fluxo de ar. São muito utilizados para a formação de aerosol (ex.:
“bomba de Flit”) e em alguns equipamentos para aplicação em folhagens. Existem bicos especiais
para pulverizadores de barras que trabalham com um fluxo de ar auxiliar, que atua na formação das
gotas e no arremesso desta sobre o alvo (solo, por exemplo).

3.6. Bicos de energia centrífuga

A pulverização com um bico rotativo ocorre colocando-se uma massa de líquido no centro
de uma superfície (disco) que apresenta grande velocidade de rotação; através da força centrífuga, o
líquido é arremessado para as extremidades do disco, onde ocorre a formação do filme de líquido e
posteriormente as gotas. Os bicos rotativos produzem um espectro de gotas mais homogêneo do que
os bicos hidráulicos. Podem ser utilizados isoladamente ou em barras de pulverização.

3.7. Bicos de energia cinética

• Semelhantes a um “regador”, são utilizados principalmente para aplicações no solo.

3.8. Bicos de energia térmica

• Nebulizadores: usados para aplicação em ambientes fechados (ex.: controle de pragas em galpões
ou silos) e, em alguns casos, para aplicações em folhagens.

3.9. Avaliação da performance dos bicos

• Vazão: medição do volume de líquido pulverizado em função do tempo com pressão constante:
manômetro, cronômetro e proveta.
• Ângulo do leque ou cone: medição do ângulo com transferidor.
• Distribuição: calhas para a determinação da distribuição → chapa metálica com dobras
formando canais, que são posicionados ao longo da faixa de deposição do bico ou barra de
pulverização; o resultado pode ser avaliado visualmente ou volumetricamente.
• Desgaste: a utilização normal de um bico leva a ocorrência de desgaste do orifício, ocasionando
aumento da vazão, distorções na faixa de distribuição e no tamanho das gotas formadas.
Considera-se aceitável variação de até 10 % da vazão de um bico usado com relação a um novo.
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4. PULVERIZADORES COSTAIS

• Motorizados
• Manuais (mais utilizados)

4.1. Constituição básica

• Tanque
• Bomba
• Alavanca
• Agitador
• Alça
• Mangueira
• Gatilho
• Lança
• Barra/bico(s)

4.2. Operação

• Escolha dos bicos


• Bombeamento
• Velocidade de deslocamento
• Faixa de deposição/altura da barra ou bico
• Contaminação do operador

5. PULVERIZADORES DE BARRAS

• Tratorizados (montados ou de arrasto)


• Autopropelidos

5.1. Constituição básica


1. Tanque
2. Registro do filtro
3. Filtro
4. Bomba
5. Regulador de pressão
6. Manômetro
7. Alavanca de comando geral
8. Alavanca de comando das barras
9. Mecanismo para posicionamento das barras
10. Barras
11. Bicos
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5.1.1. Tanque

• Capacidade: equipamentos acoplados ao engate de 3 pontos → capacidade de levante


• Composição: metal, fibras, plástico → resistência estrutural e facilidade de reparos
• Abertura/tampa: facilidade de abastecimento; filtro
• Dreno: facilidade de manutenção e limpeza
• Sistema de agitação: hidráulica (bicos, aspersores ou tubos perfurados); mecânica (hélice ou pás
agitadoras)
• Marcador de nível

5.1.2. Bomba

• Vazão necessária = vazão máxima na barra + vazão mínima para o sistema de agitação.
• Bomba de pistões: é a mais comumente encontrada no mercado; adequada para altas pressões; a
vazão é diretamente proporcional à rotação do eixo; aceitável para soluções abrasivas; menos
adequada para líquidos mais viscosos. Requer câmara de compressão (compensação).
• Bomba de roletes ou engrenagens : adequada para baixas pressões (o uso em altas pressões
reduz sensivelmente a vida útil); não recomendada para soluções abrasivas.
• Bomba centrífuga : adequada para altas vazões e baixas pressões; recomendada para materiais
abrasivos.
• Bomba de diafragma: adequada para materais abrasivos; requer cuidados quando da utilização
de outros diluentes que não a água. Requer câmara de compressão (compensação).

5.1.3. Filtros

• No bico: a abertura da malha não deve exceder a metade da abertura do bico. Normalmente, as
malhas variam de 16 a 200; bicos leque “01” e “015” utilizam malha 100, bicos leque “02” em
diante utilizam malha 50 e para bicos cone a malha varia em função da vazão do bico: maior
vazão, menor o número da malha
• Na tubulação principal: o ideal seria a mesma malha do filtro do bico, com área de filtragem
suficiente para a vazão da bomba.

5.1.4. Válvula reguladora de pressão

• Controla o fluxo da bomba aos bicos e ao retorno (para o sistema de agitação); um maior fluxo
de retorno reduz a pressão nos bicos e vice-versa.
• Quando o manômetro é acoplado próximo à válvula pode ocorrer diferenças entre a pressão no
manômetro e a efetivamente encontrada nos bicos (perda de carga na tubulação).
• O ideal seria a colocação do manômetro e da válvula reguladora próximos ao painel do trator.
• Alguns sistemas possuem regulagem elétrica, através de “motores de passo”.
• Sistemas com ajustes individuais para as diversas seções da barra: alguns pulverizadores de
barras possuem válvulas reguladoras que possibilitam um ajuste da vazão de retorno de maneira
individual para cada seção. Desta forma, igualando-se a vazão de uma seção e de seu respectivo
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retorno, seu acionamento ou desacionamento durante a pulverização não interferirá na atuação


das demais seções. A pressão global do sistema é determinada por uma válvula reguladora com
retorno coletivo para todas as seções, posicionada na entrada da tubulação para as seções e seus
retornos individuais.

5.1.5. Registros de acionamento das seções da barra

• Os registros para acionamento das seções da barra pode estar ou não acoplados à válvula
reguladora de pressão.
• Deveriam estar posicionados de maneira a facilitar o acionamento pelo operador.
• Os sistemas mais modernos utilizam válvulas solenóides, com acionamento através de botões,
colocados no painel do trator.

5.1.6. Barras de pulverização

• O tamanho da barra é diretamente proporcional à capacidade de trabalho. Porém, barras muito


grandes geralmente apresentam problemas estruturais (resistência mecânica) e de estabilidade
(oscilações verticais e horizontais).
• Para minimizar os problemas de oscilações, que provocam erros na distribuição da calda, alguns
pulverizadores possuem sistemas estabilizadores (mecânicos, hidráulicos ou eletrônicos).
• As barras devem possuir um sistema de segurança para evitar o rompimento da estrutura no caso
de choque com obstáculos (molas e amortecedores que limitam o movimento vertical).
• O desdobramento das barras pode ser manual ou hidráulico.
• Barra úmida: os bicos são presos em tubulações rígidas que transportam a calda.
• Barra seca: os bicos são presos à estrutura da barra, sendo interligados por mangueiras flexíveis
que transportam a calda.
• Sistemas anti-gotejo: sistema com válvula de pressão que fecha a passagem para o bico quando
a pulverização é interrompida (evita que a tubulação es esvazie, gotejando pelos bicos).
Importante para aumentar a precisão da pulverização (na abertura e fechamento das seções) e
para evitar a contaminação de áreas indevidas (exemplo: aplicação aérea).
• Sistemas anti-deriva: algumas barras possuem um sistemas que promove um fluxo de ar no
sentido de pulverização dos bicos, de modo a acelerar o carregamento das gotas para baixo, em
direção ao solo.

5.2. Ajustes para o trabalho

5.2.1. Acoplamento

• Engate de 3 pontos
• Nivelamento
• Acoplamento do cardan
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5.2.2. Montagem das barras e bicos

• Altura mínima de pulverização (cm):

BICO Espaçamento entre bicos (cm)


50 75 100
Leque - 80º 50 70 
Leque - 110º 40 50 
Cone - 120º 30 40 40
 = não recomendado
Observações:
- Atenção para o ajuste da altura das diferentes seções da barra.
- A altura de pulverização deve ser ajustada para que ocorra uma sobreposição de 30% de cada
extremidade do jato

• Posicionamento e angulação dos bicos na barra:


- Bico leque: o jato deve formar um ângulo de ± 9º com a barra.
- Bico cone: o bico deve ser direcionado para trás, fazendo um ângulo de 45º com a vertical (obs.:
alguns equipamentos não permitem tal angulação).

5.2.3. Pressão de trabalho

• Manômetros: precisão/exatidão: aferição


• Relação pressão/vazão dos bicos:

Vazão A Pressão A
=
Vazão B Pressão B

Exemplo:
Bico 11002 a 0,7 bar = 0, 4 l/min
Se a pressão for alterada para 2,8 bar, quanto será a vazão?

0,4 0,7 0,4 0,4


= ⇒ = 0,25 ⇒ = 0,5 ⇒ Vazão B = 0,8 l / min.
Vazão B 2,8 Vazão B Vazão B

• Relação pressão/ângulo dos bicos: maior pressão = maior ângulo


• Relação pressão/tamanho de gota: em geral: maior pressão = gotas menores; tamanho das
gotas: relação direta com as perdas (deriva e evaporação) e com a cobertura do alvo.
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5.3. Operação no campo

5.3.1. Sobreposição das passagens

• Manutenção da uniformidade de distribuição.


• Balizamento: estacas, bandeiras, balões, etc.
• Tráfego controlado: ajustes com relação a semeadura e outros tratos culturais.
• Marcadores: espuma.
• Uso de GPS

5.3.2. Reabastecimento

• Fonte de água: água limpa (análise química); evitar água de rio/represa com argila em suspensão
(inativação de alguns defensivos).
• Sistemas para auto-reabastecimento: utilizam a própria bomba do pulverizador ou bomba
suplementar.
• Carretas-tanque e veículos reabastecedores: podem trabalhar com água pura ou calda pronta.
Neste caso, é necessário um sistema de agitação.
• “Container” com defensivos.

5.4. Calibração do pulverizador

5.4.1. Escolha do tipo de bico

Parâmetros:
• Tipo de defensivo
• Modo de ação

5.4.2. Escolha da faixa de pressão para o trabalho

Levar em consideração a qualidade da aplicação pretendida: por exemplo: tamanho de gotas.

5.4.3. Verificação do espaçamento entre bicos

5.4.4. Determinação da velocidade de trabalho

Cronometragem do tempo necessário para percorrer uma distância determinada.


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5.4.5. Cálculo da vazão necessária por bico

l ha × km h × E (cm)
l min =
60.000

5.4.6. Localização do bico na tabela

Parâmetros:
• Vazão
• Pressão

5.4.7. Calibração

• Regular a pressão para obter a vazão necessária


• Verificar a vazão de alguns bicos das seções da barra. Substituir os bicos que apresentarem uma
variação na vazão acima de 10% com relação ao bico novo.

5.4.8. Preparo da calda

Volume de cada preparada (l) × Dose (l ha )


PC carga (l) =
Volume de calda aplicada (l ha)

5.4.9. Determinação de outros fatores

l ha × km h × E (cm)
l min =
60.000

l min × 60.000
km h =
l ha × E (cm)

l min × 60.000
l ha =
km h × E (cm)

5.4.10. Exemplo: aplicação de um herbicida em pré-emergência

Dados gerais:

Dose: 5 litros do p.c./ha


Volume de calda recomendado: 250 l/ha
Pulverizador com tanque de 600 l.
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• Escolha do tipo de bico


Aplicação em área total - herbicida em pré-emergência: Bico leque XR (baixa pressão)

• Escolha da faixa de pressão para o trabalho


Pela recomendação do fabricante: 1 a 4 bar (± 15 a 60 PSI)

• Verificar o espaçamento entre bicos


Barra com porta-bicos espaçados de 50 cm.

• Determinar a velocidade de trabalho


Cronometragem no campo:
30 metros em 18 segundos: 30 m /18 s = 1,67 m/s
1,67 m/s x 3,6 = 6 km/h

• Calcular a vazão necessária por bico

l ha × km h × E (cm)
l min =
60.000

250 (l ha) × 6 (km h) × 50 (cm)


l min =
60.000

Vazão necessária por bico = 1,25 l/minuto

• Localizar o bico na tabela


Pela tabela do fabricante:
Bico XR 11004VS: 1,5 bar = 1,12 l/min; 2 bar = 1,29 l/min.
Portanto, a escolha correta seria:
XR 11004VS, filtro de malha 50, pressão entre 1,5 e 2 bar (entre ± 22 e 30 PSI)

• Calibração
Ajustar a pressão e verificar a vazão nos bicos. Partindo de 2 bar, ir diminuindo a pressão até
encontrar a vazão necessária (1,25 l/minuto).
Obs.: através da equação que correlaciona variação de pressão com variação de vazão, podemos
estimar antecipadamente qual seria a pressão correta:

Vazão A Pressão A
=
Vazão B Pressão B

1,29 2 2 2
= ⇒ 1,032 = ⇒ 1,032 2 =
1,25 Pressão Pressão Pressão

2
Pressão = ⇒ Pressão = 1,88 bar (± 27 PSI)
1,032 2
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• Preparo da calda

Para preparar uma carga completa:

Volume de cada preparada (l) × Dose (l ha )


PC carga (l) =
Volume de calda aplicada (l ha)

600 l × 5 l ha
PC carga (l) =
250 l ha

Quantidade de produto comercial por tanque = 12 litros

6. SISTEMAS DOSADORES

São dispositivos que possibilitam a variação da vazão de calda e/ou dose do defensivo em
função da variação das condições de operação (velocidade de deslocamento, rotação do motor do
trator, pressão, etc.) ou pelo comando do operador.

6.1. Sistemas com vazão proporcional a velocidade de deslocamento

• Bomba acionada por roda de terra: o bombeamento da calda para os bicos é realizado por uma
bomba acionada pela roda que sustenta o pulverizador, de forma que a vazão se torna
proporcional à velocidade de deslocamento. A regulagem básica do volume de calda aplicada se
faz na própria bomba; dispensando a presença da válvula reguladora de pressão. Tais
equipamentos possuem uma bomba auxiliar, acionada pela tomada de potência, apenas para a
agitação da calda dentro do tanque e para o sistema de auto-abastecimento.
• Válvula reguladora de pressão automatizada: a válvula reguladora de pressão é controlada por
um sensor ligado à roda do pulverizador. As variações de velocidade induzem mudanças na
pressão, alterando proporcionalmente o volume de calda aplicada.

6.2. Sistema controladores da dose de aplicação

• Sistemas de injeção: o sistema de bombeamento envia somente água para a tubulação das
barras. Um circuito paralelo injeta o defensivo próximo à saída dos bicos, onde ocorre a mistura
Desta forma, quando o sistema é operado utilizando sensores para variações de velocidade,
pressão, etc., é possível a manter a dose do defensivo constante. Este dispositivo propicia, ainda,
uma série de vantagens, tais como: evitar a mistura do defensivo no tanque, minimizando os
problemas de lavagem, descontaminação, etc.; eliminar a sobra de calda; possibilitar a aplicação
de mais de um defensivo simultaneamente, utilizando os mesmos bicos ou seções diferentes da
barra; permitir a substituição instantânea do defensivo aplicado; possibilita a variação da dose do
defensivo durante e aplicação.
• Sistemas logarítmicos: permitem a variação controlada da dose do defensivo ao longo do tempo,
facilitando o estudo dos efeitos de diferentes doses. Utilizado principalmente na instalação de
ensaios de defensivos.
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7. PULVERIZADORES DE PISTOLA

São equipamentos basicamente iguais aos pulverizadores de barras, onde as barras são
substituídas por mangueiras com pistolas. São utilizados para pulverizações em árvores e arbustos.
Suas características principais são:
• Bombas de alta pressão.
• Diversas mangueiras de saída, possibilitando o uso simultâneo de mais de uma pistola.
• Algumas pistolas possuem ponteira regulável, de forma a produzir gotas maiores ou menores,
dependendo dos objetivos da aplicação. Em alguns casos, é possível adaptar uma pequena barra
com bicos pulverizadores na ponta da pistola (semelhante às usadas em equipamentos costais).

O uso deste tipo de equipamento requer cuidados específicos no manejo, de forma a se obter
uma cobertura adequada, evitando perdas por deriva e contaminação do operador.

8. TURBOATOMIZADORES

São equipamentos que se utilizam do auxílio de um fluxo de ar para carregar e distribuir as


gotas sobre o alvo. Usados principalmente para aplicações de defensivos em pomares. A técnica de
aplicação com estes equipamentos consiste na substituição do ar que envolve as folhas da planta por
um ar saturado com as gotas de pulverização, facilitando o alcance das folhas internas das copas. O
fluxo de ar deve, ainda, balançar as folhas, auxiliando o alcance das superfícies menos expostas.

8.1. Constituição básica

Os turboatomizadores se diferenciam dos pulverizadores de barras pelo formato da barra de


pulverização e pela presença do ventilador.

8.1.1. Barra de pulverização e bicos

A barra com os bicos pulverizadores é posicionada junto à saída do fluxo de ar do


ventilador, de forma que as gotas formadas sejam carregadas para dentro da copa das árvores. Os
bicos são distribuídos ao longo da barra de acordo com a expectativa de alcance da massa foliar das
plantas. Assim, são colocados mais bicos nas laterais do equipamento do que nas partes inferiores e
superiores.

8.1.2. Ventilador

• Centrífugos: o ar escoa pelas pás da hélice, em função da força centrífuga, sendo canalizado
para uma tubulação e direcionado para o alvo da aplicação.
• Axiais: é o tipo mais utilizado nos turboatomizadores. O ar é impulsionado pelo formato
aerodinâmico das pás das hélices, fluindo no sentido do eixo de rotação. Superfícies defletoras
direcionam o fluxo de ar para o alvo.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 21

8.1.3. Características para formação fluxo de ar

O fluxo de ar pode ser direcionado para as plantas de duas maneiras: divergente ou


convergente. O fluxo divergente é o mais utilizado, sendo obtido por uma fonte de ar colocada no
eixo da aplicação (em geral no meio da entrelinha das plantas). O fluxo convergente (que é mais
eficiente) é obtido com o auxílio de diversos fluxos de ar, os quais são direcionados de maneira
convergente para o centro da planta.
A intensidade do fluxo de ar formado (volume e velocidade) variam em função de uma série
de fatores, entre os quais podem ser citados:
• formato das pás da hélice
• passo das pás
• diâmetro do cubo da hélice
• diâmetro da hélice
• distância da hélice à carcaça
• temperatura e umidade do ar
• direção e intensidade do vento
• velocidade do trator

8.1.4. Cálculo da necessidade de ar

Vel × Vol × K
F =
E
onde:
F = fluxo de ar (m3/minuto)
Vel = velocidade (m/minuto)
Vol = volume da planta (m3)
E = espaçamento (m)
K = 1 → utilizando pulverizadores que aplicam em um só lado
K = 2 → utilizando pulverizadores que aplicam dos dois lados

Considerando-se plantas com a copa arredondada, pode-se calcular o volume na forma de


um cilindro:
2
 D
Vol =   × π × H
 2
onde:
Vol = volume da planta (m3)
D = diâmetro da copa (m)
H = altura da copa (m)

Exemplo:
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Para árvores com 10 metros de diâmetro de copa, 6 metros de altura e espaçamento entre
plantas de 10 metros, aplicando dos dois lados do pulverizador com velocidade de 2,4 km/h
(40 m/min), temos:
2
 10 
Vol =   × 3,14 × 6
2

Vol = 471 m3

40 × 471 × 2
F =
10

F = 3768 m3/minuto

8.1.5. Determinação do fluxo de ar gerado pela turbina

F = 3 x π x (D/2)2 x Va
onde:
F = Fluxo de ar gerado (m3/minuto)
D = Diâmetro da entrada de ar da turbina (m)
Va = Velocidade do ar na entrada da turbina (m/minuto)

8.1.6. Calibração do volume de calda aplicada

A calibração do volume de calda aplicada pode ser feita da mesma forma que para os
pulverizadores de barra, tomando-se cuidado na determinação da largura da faixa de aplicação
(geralmente igual a distância entre as linhas de plantas). A vazão dos bicos pode ser aferida por
determinação direta (proveta e cronômetro). O ventilador pode ser desligado em alguns
equipamentos para facilitar a operação de calibração.

9. APLICAÇÃO DE GOTAS CONTROLADAS

• Utiliza bicos rotativos, fornecendo gotas com tamanho uniforme. É utilizado geralmente em
aplicações com ultra baixo volume.
• Exige tecnologia especial para as formulações.
• Variando-se o fluxo da calda e o formato e rotação do disco, obtêm-se variações no tamanho das
gotas produzidas.
• Pode ser usado em equipamentos manuais ou tratorizados.
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 23

10. NEBULIZAÇÃO

• Utilizada para controle de insetos voadores e controle de pragas em ambientes fechados (galpões,
armazéns, casas de vegetação, etc.).
• Uma mistura de óleo com defensivo é aquecida até a vaporização, formando uma névoa.

11. APLICAÇÃO DE SÓLIDOS

• Compreende os equipamentos para aplicação de defensivos em pó e grânulos.


• A aplicação de defensivos em pó apresenta problemas maiores de deriva e segregação da
formulação. Seu uso tem sido reduzido nos últimos anos.
• Os equipamentos para aplicação de formulações em pó são constituídos por um depósito, um
sistema dosador e uma fonte de fluxo de ar.
• A aplicação de grânulos tem se tornado mais freqüente, principalmente no caso de herbicidas
aplicados ao solo. Esta prática apresenta vantagens com relação ao problema de deriva. Os
equipamentos são mais simples, dispensando a fonte de ar. Os mecanismos dosadores e
distribuidores são simples, operando geralmente por gravidade.

12. APLICAÇÃO AÉREA

Vantagens:
• Grande vantagem operacional com relação aos equipamentos terrestres
• Viabiliza as grandes áreas cultivadas em termos de fitossanidade
• Independência quanto a fatores limitantes: topografia, umidade do solo, porte das plantas da
cultura, compactação do solo

Desvantagens:
• Capacidade limitada do tanque - aplicação a baixos volumes
• Sistematização das áreas
• Investimento inicial
• Formação de mão de obra

12.1. Histórico

• 1911 - primeiros relatos de aplicações aéreas - poucos defensivos disponíveis


• 1945 - final da segunda guerra - sobra de aviões e pilotos - disponibilidade de defensivos
• Até os anos 50 - aviões militares adaptados
• Anos 60 - popularização dos aviões agrícolas
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12.2. Aeronave agrícola

Características básicas:

• Tanque
- sistema de alijamento: segurança de aplicação
- visor para o piloto
- capacidade de carga - 500 a 1800 kg
• Bomba
- acionamento eólico
• Filtros
• Válvulas e registros
• Manômetro
• Alavancas de controle
• Barra
• Bicos
- bicos leque e cone: posicionamento com relação à direção de deslocamento - tamanho das gotas
- micronair (formação de gotas por energia centrífuga): ângulo da pá da hélice/rotação/velocidade da
aeronave: tamanho da gota
• Dispositivo para aplicação de sólidos
• Formação do vórtice
• Faixa útil de deposição - dependente do produto aplicado, tipo de aeronave, altura de vôo e
condições climáticas (geralmente de 8 a 20 metros)
• Velocidade de aplicação: 150 a 200 km/h
• Distância mínima para decolagem e pouso: de 100 a 500 m
• Capacidades operacionais (ha/minuto):

Velocidade (km/h) Largura da faixa (m)


7,5 10 15 20
100 1,3 1,7 2,5 3,3
120 1,5 2,0 3,0 4,0
140 1,8 2,3 3,5 4,7
160 2,0 2,7 4,0 5,3
180 2,3 3,0 4,5 6,0

12.3. Helicóptero

• Tanque: capacidade de carga - 300 a 1600 kg


• Velocidade de aplicação: possibilita velocidades mais baixas para melhorar a penetração das
gotas - 25 a 50 km/h - aumento dos custos e diminuição da capacidade operacional.
• Grande facilidade de manobras, pousos e decolagens (para reabastecimento)
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12.4. Ultraleve

• Capacidade de carga: 160 kg


• Velocidade: 80 km/h
• Distância para decolagem e pouso: 30 a 50 m

12.5. Análises comparativas

12.5.1. Helicóptero x avião

Helicóptero - vantagens:
• Adequado para áreas menores
• Versatilidade e manobrabilidade
• Segurança: na aplicação, ambiental e do operador
• Boa penetração na folhagem a baixas velocidades

Helicóptero - desvantagem:
• Alto custo: operação e manutenção

12.5.2. Ultraleve x outras aeronaves

Ultraleve - vantagens:
• Baixo custo inicial e de operação
• Facilidades operacionais: manobras, pousos e decolagens

Ultraleve - vantagens:
• Não é homologado
• Baixa capacidade operacional
• Pouca segurança: colisões e contaminação do operador
Técnicas básicas para aplicação de defensivos - Ulisses Rocha Antuniassi - FCA/UNESP - Botucatu/SP - 26

13. LITERATURA CONSULTADA

ANDERSON, D.T.; CLARK, D.E.; SEXSMITH, J.J. Field sprayers. Publication 1482, Canada
Department of Agriculture, 1974. 40p.
ANTUNIASSI, U.R. Apontamentos de aula, 1995. (não publicado).
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milho (Zea mays L.) semeado em janeiro, em função de dois tipos de preparo do solo e cinco
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(Doutorado em Energia na Agricultura) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade
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BALASTREIRE, L.A. Máquinas Agrícolas. Ed. Manole, 1987. 307p.
CHRISTOFOLETTI, J.C. Máquinas aplicadoras de defensivos em fruticultura tropical. Correio
Agrícola - Bayer, n.2. 1986. p824-831
JACTO. Manual de instruções e folhetos de equipamentos
BERTHOUD. Manual de instruções e folhetos de equipamentos
MACHADO NETO, J.G. Riscos de intoxicação e segurança no trabalho com agrotóxicos. In.:
Simpósio Nacional Sobre Manejo Integrado de Plantas Daninhas em Hortaliças. Anais....
FCA/UNESP, Botucatu/SP. 1992. 93-120p.
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