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AULA 02
Sumário
1. Princípios Orçamentários ................................................ 2
1.1. Legalidade ............................................................. 2
1.2 Exclusividade .......................................................... 4
1.4 Universalidade ........................................................ 8
1.5 Orçamento Bruto ................................................... 12
1.6 Unidade ............................................................... 12
1.7 Programação ........................................................ 13
1.8 Especialização ou discriminação ............................... 14
1.9 Precedência .......................................................... 16
1.10 Equilíbrio ............................................................ 16
1.11 Transparência ..................................................... 17
1.12 Não afetação da receita e Proibição do estorno de
verbas ....................................................................... 18
2. Ciclo Orçamentário ...................................................... 18
2.1 Elaboração ........................................................... 18
2.2 Apreciação e votação ............................................. 19
2.3 Execução .............................................................. 19
2.4 Controle ............................................................... 19
3. RESUMO DO CONCURSEIRO ......................................... 21
4. QUESTÕES COMENTADAS ............................................ 28
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1. Princípios Orçamentários
1.1. Legalidade
O princípio mais conhecido por todos é o da Legalidade, cuja aplicação no
âmbito da Administração Pública está prevista no artigo 37 da
Constituição Federal.
Embora já tenha sido tratado na aula que abordou os princípios que
regem a atividade financeira do Estado, acho importante mencioná-lo
novamente, já que possui inúmeros desdobramentos em nossa matéria.
Além de exigir que o orçamento seja precedido de um processo legislativo
completo, nessa parte do nosso conteúdo, o princípio da Legalidade
possui uma importante vertante, que diz respeito à indisponibilidade das
receitas públicas de modo que o gasto do patrimônio público deve ser
autorizado previamente pelos meios legais.
Essa determinação de que não pode haver despesa pública sem
autorização legislativa prévia está prevista no artigo 167 da Constituição
Federal:
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam
os créditos orçamentários ou adicionais;
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1.2 Exclusividade
Esse princípio encontra previsão expressa no artigo 165, 8º, da
Constituição Federal:
Artigo 165
(…)
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
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Por fim, registrem que o Plano Plurianual (PPA), embora tenha vigência
por quatro exercícios financeiros, não é uma exceção à anualidade.
Isso porque sua execução observará o exercício financeiro, bem como as
regras da LDO e da LOA. Além disso, o PPA trata de despesas específicas,
para estabelecer metas governamentais para o período de quatro anos.
Lei 4.320/1964
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive asde
operações de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de
credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras
entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos
órgãos do Govêrno e da administração centralizada, ou que, por intermédio
dêles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2°.
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A última exceção explica-se pelo fato de que no Brasil não vige o princípio
da anualidade tributária, ou seja, o tributo não precisa estar
contemplado no orçamento para que possa ser exigido no exercício
seguinte.
Embora não faça parte da nossa matéria, é imprescindível mencionar que
o princípio da anualidade do Direito Tributário foi substituído pelo
princípio da anterioridade, segundo o qual é vedada a cobrança de
tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da data
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Por fim, cuidado para não confundir a anualidade tributária com a
anualidade orçamentária, que vimos no item anterior dessa aula.
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1.6 Unidade
O princípio da unidade pode ser entendido sobre dois prismas diversos.
O primeiro diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Notem que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a
existência de vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade
social), isso não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão
reforça a necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Portanto, além desse artigo referir-se ao príncipio da universalidade, ele
também diz respeito ao princípio da Unidade, já que os três tipos de
orçamento são partes integrantes do todo e estão compreendidos em
uma única Lei Orçamentária (LOA).
Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de
Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas
orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que
este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto
de lei de orçamento.
No segundo aspecto, podemos entender que o princípio da unidade
permite verificar a existência de compatibilidade entre as três leis
orçamentárias (LOA, PPA e LDO), bem como entre os três
suborçamentos contidos na LOA (OF , OI e OSS).
Registrem, ainda, que o princípio está previsto no artigo 2° da Lei
4.320/1964.
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1.7 Programação
Segundo esse princípio, além de prever receitas e despesas, o orçamento
deve estabelecer objetivos e metas a serem alcançados, visando sempre
as necessidades públicas.
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1.10 Equilíbrio
O princípio do equilíbrio determina que exista igualdade entre receitas e
despesas, ou seja, o montante estimado para as receitas (entradas) e
despesas (saídas) deve ser o mesmo.
Fala-se em igualdade do montante estimado, portanto, isso não significa
que ao final da gestão (exercício financeiro) os valores devem ser iguais.
Do ponto de vista clássico, influenciado pelo liberalismo, o objetivo desse
princípio possuía também um viés econômico, buscando evitar que as
1.11 Transparência
Esse princípio foi citado em nossa primeira aula, juntamente com os
demais princípios gerais aplicados ao Direito Financeiro.
A transparência também tem aplicação nas leis orçamentárias pois, para
possibilitar que os cidadãos exerçam o controle das contas públicas,
determina que o orçamento deve ser publicado e divulgado de forma clara
(princípio da clareza) e precisa (princípio da exatidão).
Conforme Ricardo Lobo Torres, os riscos fiscais inerentes à atividade
financeira do Estado devem ser evitados pela adesão ao princípio da
transparência, que inspira a elaboração do orçamento, o controle das
renúncias de receita, a gestão orçamentária responsável, a declaração de
direitos do contribuinte e o combate à corrupção.
Um nítido exemplo é a previsão contida no §6 do artigo 165 da
Constituição Federal:
2. Ciclo Orçamentário
Embora tenhamos uma aula destinada somente ao Processo Legislativo,
farei aqui uma breve explicação do ciclo orçamentário, que é o período
em que se processam as atividades típicas do orçamento público,
composto por quatro fases. Vejamos quais são elas:
2.1 Elaboração
Durante esse período, são realizados estudos iniciais para que possam ser
determinadas as metas e prioridades que estarão contidas no orçamento.
Além disso, serão definidas as estimativas de receita e realizados os
debates com a população.
Nessa fase, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os poderes
Legislativo e Judiciário elaboram propostas parciais de suas despesas e
encaminham ao poder Executivo.
As propostas serão recebidas pelo Executivo por meio do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), sendo que à Secretaria de
Orçamento Federal (SOF-MPOG) caberá o processo de elaboração do
projeto de lei orçamentária anual.
2.3 Execução
Após a publicação e encerramento do Processo Legislativo, o Poder
Executivo tem o prazo de até 30 dias para, mediante Decreto, estabelecer
a programação financeira e o cronograma de execução mensal de
desembolso.
A partir desse momento, o orçamento começará a ser executado,
processando-se as despesas e arrecadando-se as receitas.
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O Poder Legislativo e o Tribunal de Contas irão exercer o controle,
verificando se os recursos foram aplicados conforme as determinações
legais.
Teremos uma aula específica para tratar desse assunto, mas já deixem
registrado que o controle poderá ser exercido concomitantemente à
execução do orçamento.
Por último, lembrem-se que a Constituição Federal prevê em seu artigo
165, §9 que caberá à lei complementar dispor sobre o exercício
financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do
plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual.
Como vimos na aula 00 que essa lei ainda não existe, portanto, são
seguidas regras transitórias estabelecidas no artigo 35, § 2, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
ADCT, Art. 35
§ 2o - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Por questões didáticas, optei por citar o artigo acima nessa aula, mas não
se preocupem, pois em nosso próximo tema, trataremos especificamente
de cada uma das leis orçamentárias e voltaremos a abordar o artigo com
maior profundidade.
Por fim, tomem cuidado para não confundirem o ciclo orçamentário
com o exercício financeiro, pois o primeiro envolve um período mais
longo, iniciando-se com o processo de elaboração do orçamento e se
encerrando com o controle.
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3. RESUMO DO CONCURSEIRO
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4. QUESTÕES COMENTADAS
1. PGFN –2010-ESAF
A disposição do artigo 165, § 5°, da Constituição do Brasil
a)consubstancia o princípio da legalidade, uma vez que estabelece
que o orçamento anual será aprovado por lei.
b)permite que as empresas estatais (inciso II) recebam recursos
da União a título de capital desde que previamente previsto no
orçamento de investimento.
c)combinada com a disposição do § 7° do mesmo artigo subordina
a aprovação da Lei orçamentária à do orçamento plurianual de
investimento.
d)expressa o princípio da universalidade da Lei orçamentária.
e)impõe, nos seus incisos I e II, o equilíbrio orçamentário da
previdência social.
Comentário:
O artigo mencionado no item dispõe que:
Art. 165
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos
a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Comentário:
A questão é interessante, pois aborda a necessidade de que as leis
orçamentárias, consideradas como atos de interesse de toda a sociedade,
devem passar pelo exame e pela aprovação do parlamento.
3. PGE/PR–2015-Procurador do Estado
Assinale a resposta CORRETA acerca dos princípios orçamentários.
a) Em relação ao princípio da universalidade, o objetivo do
legislador constituinte foi o de possibilitar que as leis
orçamentárias contenham previsões absolutamente estranhas ao
direito financeiro, tal como temas afetos ao direito privado.
b) O princípio da exclusividade estabelece a necessidade de todas
as receitas e despesas estarem previstas na Lei Orçamentária
Anual – LOA.
c) Ainda que não contemplado expressamente pela Constituição
Federal de 1988, o princípio do equilíbrio orçamentário apresenta-
se como uma exigência relativa às contas públicas, que deverão
apresentar o mesmo montante quando se trata de estimar as
receitas e as despesas.
d) Pelo princípio da programação, o orçamento deve conter
apenas as estimativas para as receitas e despesas do próximo
exercício financeiro, sem a previsão de metas e objetivos
relacionados à realização das necessidades públicas.
e) Presente na Constituição Federal de modo expresso, o princípio
da anualidade orçamentária significa que os orçamentos valerão
para um único exercício financeiro, que, atualmente, compreende
o intervalo entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano.
Comentário:
Essa questão é excelente, pois aborda vários princípios estudados na aula
de hoje.
O item A é falso, pois apresenta o conceito do princípio da exclusividade e
tenta confundí-lo com o princípio da universalidade.
Recordem-se que esse último determina a necessidade de a LOA (Lei
Orçamentária Anual) conter todas as receitas e todas as despesas
da Administração Pública.
Como vimos, existe previsão na Constituição Federal e na Lei 4.320/1964
de que a União tem o dever de incluir na LOA TODAS as receitas e
Gabarito: C
4. MPE/SC–2014-Procurador -adaptada!
A Lei 4.320, de 17/03/1964, estabelece normas gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. A Lei
de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de
operações de crédito autorizadas em lei; bem como, todas as
despesas próprias dos órgãos do Governo e da administração
centralizada, ou que, por intermédio deles, se devam realizar.
Julgue o item:
( ) São princípios insculpidos na Lei 4.320 e que devem ser
obedecidos: unidade orçamentária, universalidade, generalidade e
anualidade.
!
Comentário:
A questão está incorreta, pois não existe princípio da generalidade.
Os demais princípios realmente estão previstos no artigo 2 da Lei
4320/64:
Art.2
5. TCE/AM–2015-Auditor-FCC-adaptada!
A atividade orçamentária deve ser desenvolvida com observância
de vários princípios, alguns insculpidos na própria Constituição
Federal, e outros na legislação infraconstitucional.
Nesse sentido, o princípio que é mencionado expressamente no
texto da Lei Federal n° 4.320/1964 e que visa impedir a
coexistência de orçamentos paralelos, que determina que só haja
uma peça orçamentária, materializada em um único documento,
Gabarito: A
6. PGE/BA–2013-FCC!
É espécie de princípio orçamentário:
a)não confisco
b)uniformidade geográfica.
c)isonomia.
d)exclusividade.
e)anterioridade.
Comentário:
A resposta correta é a letra D. Dentre os princípios destacados na
questão, o único aplicado ao orçamento é a exclusividade, que já
conceituamos nas questões acima.
Os demais princípios são aplicados aplicados ao Direito Tributário.
Gabarito: D
7. TCE/SP–2013-Auditor-FCC!
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão de receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei (art. 165, § 8o , da CF).
Este dispositivo refere-se ao princípio da
a) exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de
créditos adicionais destinados a reforço de dotação orçamentária.
b)programação, o qual é exceção a autorização de abertura de
créditos adicionais destinados a sanar despesas insuficientemente
dotadas no orçamento.
c)transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de
abertura de créditos adicionais destinados a sanar despesas para
as quais não haja dotação orçamentária específica.
d)transparência orçamentária, o qual é exceção a autorização de
abertura de créditos adicionais destinados a sanar despesas
insuficientemente dotadas no orçamento.
e)exclusividade, o qual é exceção a autorização de abertura de
Comentário:
O item A está correto, pois traz a exata definição do princípio da
exclusividade. Juntamente com suas exceções, nos termos do artigo
165,§ 8° da CF.
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Gabarito:A
!
8. TCE/RO–2010-Procurador –FCC-adaptada!
Analise as afirmações a seguir:
( ) I. O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária
deve ser uma peça só e o texto constitucional o consagra ao
dispor que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento
fiscal, o orçamento de investimento e o orçamento da seguridade
social.
( ) II. O princípio da exclusividade não mais vige na atual
ordem constitucional, na medida em que a lei orçamentária pode
conter outras matérias estranhas à previsão de receita e à fixação
da despesa, como é o caso da previsão de autorização para
abertura de crédito suplementar.
Comentário:
Comentário:
O item A está incorreto. O princípio da anualidade no direito financeiro
estabelece, como regra, que deve ser elaborado um novo orçamento a
cada doze meses (atualmente, considera-se o período entre 1 de janeiro
de 31 de dezembro da cada ano, coincidindo com o ano civil):
Lei 4.320/1964
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Gabarito: B.
Comentário:
A resposta correta é a letra A, que traz a literalidade do artigo 34 da Lei
4.320/1964.
Lei 4.320/1964
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Gabarito: A
Comentário:
O item I está incorreto.
O artigo 165,§ 8° da CF, traz o princípio da exclusividade juntamente com
duas exceções.
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Comentário:
A questão apresenta corretamente o conceito do princípio da
universalidade, mas erra ao afirmar que a lei orçamentária anual
compreenderá o orçamento de investimentos das empresas em que a
União detenha qualquer participação no capital social.
Como já vimos, o orçamento de investimento trata somente das
empresas em que a União detenha direta ou indiretamente a maioria
do capital com direito a voto, nos termos do artigo 165, §5 da
Constituição Federal.
Gabarito: errado.
Comentário:
A questão está correta. Trata-se do princípio da exclusividade e de suas
duas exceções, conforme literalidade do artigo 165,§8 da CF.
Gabarito: certo.
Comentário:
Vejam que novamente temos uma questão que trata do conceito princípio
da universalidade, mas tenta confundir o candidato acerca do conteúdo do
orçamento fiscal.
Mais uma vez: o a questão está incorreta, pois o orçamento fiscal
inclui também a administração indireta. Observem:
Art. 165
(…)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
Comentário:
A resposta correta é a letra A.
Realmente, o controle privado da execução orçamentária foi uma
inovação da CF/88:
Art. 74,§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte
legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante
o Tribunal de Contas da União.)
Gabarito: A
16. TCM/RJ–2015-AUDITOR–FCC
A Constituição Federal, no § 8° de seu art. 165, estabelece:
“Art. 165
§ 8° − A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita, nos termos da lei.
A vedação constitucional que impede que a lei orçamentária anual
contenha dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa materializa o princípio denominado
!a) da clareza.
Comentário:
O item correto é o D, pois a questão aborda exatamente o conceito do
princípio da exclusividade, que já foi tratado nas questões anteriores.
No que diz respeito aos princípios da transparência e da clareza
mencionados nos itens A e E, relembremos que o primeiro possibilita que
os cidadãos exerçam o controle das contas públicas, determinando que o
orçamento deve ser publicado e divulgado de forma clara (princípio da
clareza) e precisa (princípio da exatidão).
Gabarito:D!
!
Gabarito: E
18. AL/MT–2014-Procurador-FGV!
Sobre os princípios orçamentários, analise as afirmativas a seguir.
I. O princípio da universalidade é completado pela regra do
orçamento bruto, pela qual estão vedadas quaisquer deduções
para a elaboração da lei orçamentária.
II. O princípio da exclusividade faz parte do quadro normativo
orçamentário, já que neste é possível a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação da receita.
III. O princípio da periodicidade ou anualidade estabelece que o
orçamento público deve ser elaborado por um período de tempo,
determinação criada com o objetivo de detalhar as ações de cada
unidade federativa.
IV. O princípio do equilíbrio orçamentário entre receitas e
despesas públicas ganhou força em decorrência da Lei de
Responsabilidade Fiscal que estabelece, como premissa básica, o
equilíbrio das contas públicas.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
Comentário:
O item I está correto.
Lembrem-se que o princípio do orçamento bruto é considerado por
muitos autores como parte do princípio da universalidade, pois determina
a necessidade de todas as depesas e receitas constarem na LOA em seus
valores brutos.
No que diz respeito à receita, por exemplo, o orçamento da União deve
conter os valores integrais e não os valores líquidos a serem arrecadados,
por exemplo, por meio de um imposto de sua competência.
Da mesma forma, a proposta orçamentária da União deve ser
apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos
fundos de participação dos estados e municípios.
Gabarito: A
!
Comentário:
Como já explicamos todos os princípios citados, vamos direto à
alternativa correta, que é a letra A.
Trata-se de clara aplicação do princípio da transparência, que determina
que o orçamento deve ser publicado e divulgado de forma clara e precisa,
a fim de que que os cidadãos exerçam o controle das contas públicas.
Conforme Ricardo Lobo Torres, os riscos fiscais inerentes à atividade
financeira do Estado devem ser evitados pela adesão ao princípio da
transparência, que inspira a elaboração do orçamento, o controle das
renúncias de receita, a gestão orçamentária responsável, a declaração de
direitos do contribuinte e o combate à corrupção.
Gabarito: A
!
!
Comentário:
Reparem como é comum os examinadores cobrarem simplesmente os
conceitos desses princípios.
Para que vocês fixem, vamos repetir as definições:
O princípio da universalidade determina a necessidade de a LOA (Lei
Orçamentária Anual) conter todas as receitas e todas as despesas da
Administração Pública.
Como vimos, existe previsão na Constituição Federal e na Lei 4.320/1964
de que a União tem o dever de incluir na LOA TODAS as receitas e
despesas de seus órgãos e poderes (Orçamento Fiscal) bem como das
empresas em que detenha maioria do capital social com direito a
voto (Orçamento de Investimento )além dos órgãos vinculados à
Seguridade Social (Orçamento da Seguridade Social).
Por sua vez, o princípio da unidade possível duas abordagens.
A primeira diz respeito à necessidade de haver um único orçamento
para cada ente.
Os Poderes Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de
Contas, por exemplo, devem elaborar e encaminhar suas propostas
orçamentárias ao Executivo, nos prazos estabelecidos na LDO, para que
este realize a consolidação e encaminhe ao Legislativo um único projeto
de lei de orçamento.
Gabarito: D
Comentário:
O item I foi considerado pela Banca como correto. Já ressaltei na aula
que apesar de o §5 do artigo 165 da Constituição prever a existência de
vários orçamentos (fiscal, de investimento e da seguridade social), isso
não invalida o princípio da unidade. Na verdade, a previsão reforça a
necessidade de que exista um documento único, que contenha a
totalidade dos sub-orçamentos.
Portanto, além desse artigo referir-se ao príncipio da universalidade, ele
também diz respeito ao princípio da Unidade, já que os três tipos de
Gabarito: D
22. TCE/BA–2010-Procurador-Cespe!
( ) É vedada a previsão, na lei orçamentária anual, de
autorização para contratar operações de crédito, por antecipação
de receita, por violar o princípio orçamentário da exclusividade.
Comentário:
O item está incorreto.
Novamente o examinador exige que o candidato tenha conhecimento das
exceções ao princípio da exclusividade, que já vimos nas questões
anteriores.
!
Gabarito: errado
Comentário:
O item A traz o conceito do princípio da universalidade e, por isso, está
incorreto. Na verdade, o princípio do orçamento bruto é considerado por
muitos autores como parte do princípio da universalidade, pois determina
a necessidade de todas as depesas e receitas constarem na LOA em seus
valores brutos.
No que diz respeito à receita, por exemplo, o orçamento da União deve
conter os valores integrais e não os valores líquidos a serem arrecadados,
por exemplo, por meio de um imposto de sua competência.
Da mesma forma, a proposta orçamentária da União deve ser
apresentada sem as deduções dos recursos a serem transferidos aos
fundos de participação dos estados e municípios.
Existe previsão expressa desse princípio no artigo 6º da Lei 4.320/1964,
que determina que todas as receitas e despesas constarão da Lei de
Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.
Atenção: Se a questão falar em necessidade de a LOA (Lei Orçamentária
Anual) conter todas as receitas e todas as despesas da Administração
Pública, trata-se do princípio da universalidade. Se houver menção
específica aos valores totais, vedadas quaisquer deduções, o
princípio abordado será o do orçamento bruto.
Gabarito: B
!
Comentário:
O item está incorreto.
Como vimos nas questões anteriores, o princípio da exclusividade proíbe
que a lei orçamentária contenha disposições estranhas ao Direito
Financeiro. Entretanto, o item trata justamente de uma das exceções ao
princípio, contidas no artigo 165,§8 da CF: abertura de crédito
suplementar, ainda que por antecipação de receita.
Gabarito: errado.
!
Comentário:
O item está incorreto.
Como vimos, o ciclo orçamentário possui quatro fases: elaboração,
apreciação e votação, execuçãoo, controle.
Na fase de elaboração, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e os
poderes Legislativo e Judiciário elaboram propostas parciais de suas
despesas e encaminham ao poder Executivo, que é constitucionalmente
responsável pelo envio da proposta consolidada ao Congresso Nacional.
O art. 127 da CF ressalta que o Ministério Público possui autonomia para
elaborar sua proposta orçamentária, que deverá obedecer os limites
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Gabarito: errado.
Comentário:
A questão está incorreta, pois refere-se ao princípio da anualidade,que
determina, como regra, que deve ser elaborado um novo orçamento a
cada doze meses (atualmente, considera-se o período entre 1 de janeiro
de 31 de dezembro da cada ano, coincidindo com o ano civil).
Gabarito: errado.!
!
27. TRE/BA–2010-Analista Judiciário-Cespe!
Gabarito: errado.
Comentário:
O item está correto. Questão interessante, que aborda tema estudado na
aula 00 e também na aula 02.
Os incisos I e II, § 9 do artigo 165 da Constituição Federal determinam
que:
Como vimos na aula 00, essa lei complementar ainda não existe,
portanto, no âmbito federal são seguidas regras transitórias estabelecidas
no artigo 35, § 2, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
(ADCT):
ADCT, Art. 35
§ 2o - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses
e meio antes do encerramento do 30 exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa;
Gabarito: certo
Comentário:
O item está incorreto.
O princípio da especialização determina que as receitas e despesas
devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicação dos
recursos, de modo a facilitar o controle dos gastos públicos.
Estabelece que o orçamento não consignará dotações globais para
atender as despesas (artigo 5 da Lei 4.320/1964) e que a discriminação
das despesas deverá ser feita, no mínimo, por elementos.
As dotações globais são créditos ilimitados e sem discriminação. Já os
elementos devem ser entendidos como o desdobramento da despesa com
pessoal, material, serviços, obras e outros meios de que se serve a
administração publica para consecução dos seus fins. (artigo 15 da Lei
4.320/1964).
Muita atenção para as exceções:
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Gabarito: errado.