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UFC – UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS DE SOBRAL
CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
TURMA 03
FÍSICA EXPERIMENTAL I
PROFESSOR: VALDENIR SILVEIRA

SEGUNDA LEI DE NEWTON

EDUARDA PINHEIRO DUARTE


392576
IGOR MACIEL DE SOUSA
385146
OCIONE DIAS DO NASCIMENTO FILHO
385148

Sobral - CE
2017.1
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OBJETIVOS

 Verificar a validade da expressão que representa a segunda lei de Newton, F = m.a.

 Verificar a relação entre força resultante e aceleração sobre uma massa constante.

 Verificar a relação entre massa e aceleração quando aplicamos uma força resultante
constante.
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INTRODUÇÃO

De acordo com a Segunda Lei de Newton: “A força resultante que atua sobre um
corpo é proporcional ao produto da massa pela aceleração por ele adquirida.” Essa relação
pode ser descrita com a equação: F = m.a. Sendo F (força resultante), m (massa) e a
(aceleração).De acordo com essa Lei, para que se mude o estado de movimento de um objeto,
é necessário exercer uma força sobre ele que dependerá da massa que ele possui.

A aceleração, que é definida como a variação da velocidade pelo tempo, terá o mesmo
sentido da força aplicada. Ao aplicar uma força sobre um objeto, imprimimos sobre ele uma
aceleração que será dependente de sua massa. Sendo a inércia definida como a resistência de
um corpo para alterar seu estado de movimento, podemos dizer que a Segunda lei de Newton
também define a massa como a medida da inércia de um corpo. A força é uma grandeza
vetorial, pois é caracterizada por módulo, direção e sentido. A unidade no Sistema
Internacional para força é o Newton (N), que representa kg m/s2.

É importante lembrar que a Segunda Lei de Newton explica também fatos cotidianos,
e no caso do trilho de ar, aparelho com orifícios que saem ar que faz com que o carrinho
deslize por ele com o mínimo de atrito com a superfície, não é diferente. Newton afirma que a
força resultante sobre um corpo é igual ao produto entre a massa desse corpo e a aceleração
exercida por ele.
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MATERIAIS

 colchão linear e unidade geradora de fluxo de ar Azeheb;

 carrinho com haste e suportes;

 ímã e mola;

 bobina, cabos, chave inversora, massas aferidas;

 cronômetro digital com até 4 intervalos sucessivos, com fonte 6/12 VCC embutida.

 balança e dinamômetro.
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O procedimento foi divido em duas partes: Variação da Força, F, aplicada, com massa, M,
constante e Variação da massa, M, para uma força aplicada, F, constante.

Para realizar o experimento foi utilizado o esquema a seguir:

Parte I - Variação da Força, F, aplicada, com massa, M, constante.

a – Colocou-se o carrinho na posição x = 0,300 m e os sensores fotoelétricos nas posições


x=0,450 m, x = 0,650 m, x = 0,800 m, x = 0,950 m do trilho de ar linear. Nestas medidas,
x=0,300 m foi a posição inicial (x0) do móvel e as outras posições serão tomadas como
diferentes posições finais.

b – Determine, com a balança, a massa do carrinho e a massa do porta pesos.


Onde: mm = massa do móvel e mp = massa do porta pesos.

c – Adicionou-se 40 g de massa ao carrinho 30 g de massa ao porta pesos e determinou-se a


massa total do sistema:
M = mm + mp + ma + mr
Onde: ma = massas adicionadas ao carrinho + massa adicionada ao porta pesos e mr = massa
da roldana

d – Determinou-se, usando o dinamômetro, a força peso, F, do conjunto porta pesos e massas


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adicionadas a ele. Esta foi força aplicada ao sistema.


Nesta situação, F = (mp + ms) g, onde ms foi a massa suspensa no porta pesos (30 g) e g, a
aceleração da gravidade. Considerou-se g = 9,81 m/s2.

e– Com a massa de 30 gramas sobre o porta pesos e a massa de 40 g no móvel, determinou-se


o tempo, t, quando o móvel passou pela posição, x, dos sensores fotoelétricos. Calculou-se
cada aceleração e seu valor médio.

g – Complete a Tabela 1, usando os valores medidos nos itens “a”, “b”, “d” e “e”.

h – Retirou-se, a cada vez, uma massa de 10 g do móvel e acrescentou-se ao porta pesos até
completar 70 g neste último. Para cada acréscimo, repetiu-se os procedimentos acima para a
nova situação, completando as tabelas 2, 3, 4, e 5.

Parte II - Variação da massa, M, para uma força aplicada, F, constante.

i - Com uma massa de 40 gramas sobre o porta pesos e o móvel sem massas, determinou-se :
a massa total do sistema:
M = mm + mp + ma + mr
Onde:
mm = massa do móvel,
mp = massa do porta pesos = 40 g
mm = massas colocadas sobre o móvel = 0 g
mr = massa da roldana = 5 g.

j – Determinou-se, usando o dinamômetro, a força peso, F, do conjunto porta pesos e massa


(40 g) adicionadas a ele. Esta foi a força aplicada ao sistema. Nesta situação, F = (mp + ms) g,
onde ms foi a massa suspensa no porta pesos (40 g) e g é a aceleração da gravidade.
Considerou-se g = 9,81 m/s2.

l . Determinou-se o tempo, t, quando o móvel passou pela posição, x, dos sensores foto elétri-
cos. Calculou-se cada aceleração e seu valor médio.
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m – Completou-se a Tabela 6, usando os valores medidos do item “i” ao item “l”.

n– Acrescentou-se a cada vez, uma massa de 40 g ao móvel até completar um acréscimo de


160 g. Para cada acréscimo, repetiram-se os procedimentos “i” ao “l” para a nova situação, e
completou-se as tabelas 7, 8, 9 e 10.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Variação da Força, F, aplicada, com massa, M, constante.

Aceleração a(m/s²)
2x / t² Para descobrir o valor da aceleração em cada tabela deve-se dividir duas vezes o valor
do deslocamento(x) por tempo ao quadrado.

TABELA 1 TABELA 2

x(m) t(s) a(m/s²) F(N) F/a M(kg) x(m) t(s) a(m/s)² F(N) F/a M(kg)
0,15 0,496 1,219 0,37 0,3035 0,301 0,15 0,487 1,265 0,46 0,3636 0,301
0,35 0,757 1,221 0,37 0,3030 0,301 0,35 0,718 1,359 0,46 0,3384 0,301
0,50 0,903 1,226 0,37 0,3017 0,301 0,50 0,848 1,390 0,46 0,3309 0,301
0,65 1,029 1,228 0,37 0,3013 0,301 0,65 0,960 1,411 0,46 0,3260 0,301
Média 1,223 0,37 0,3023 0,301 Média 1,356 0,46 0,3397 0,301

TABELA 3 TABELA 4

x(m) t(s) a(m/s)² F(N) F/a M(kg) x(m) t(s) a(m/s)² F(N) F/a M(kg)
0,15 0,398 1,898 0,58 0,3055 0,301 0,15 0,371 2,189 0,68 0,3106 0,301
0,35 0,608 1,897 0,58 0,3057 0,301 0,35 0,566 2,187 0,68 0,3109 0,301
0,50 0,726 1,897 0,58 0,3057 0,301 0,50 0,676 2,192 0,68 0,3102 0,301
0,65 0,829 1,892 0,58 0,3065 0,301 0,65 0,770 2,195 0,68 0,3097 0,301
Média 1,896 0,58 0,3058 0,301 Média 2,190 0,68 0,3103 0,301
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TABELA 5

x(m) t(s) a(m/s)² F(N) F/a M(kg)


0,15 0,346 2,521 0,78 0,3094 0,301
0,35 0,527 2,527 0,78 0,3086 0,301
0,50 0,629 2,531 0,78 0,3081 0,301
0,65 0,717 2,514 0,78 0,3102 0,301
Média 2,523 0,78 0,3090 0,301

Variação da massa, M, para uma força aplicada, F, constante.

TABELA 6 TABELA 7

x(m) t(s) a(m/s²) M(kg) Ma(N) F(N) x(m) t(s) a(m/s²) M(kg) Ma(N) F(N)
0,15 0,421 1,694 0,271 0,4590 0,46 0,15 0,448 1,500 0,311 0,2073 0,46
0,35 0,639 1,715 0,271 0,4647 0,46 0,35 0,684 1,498 0,311 0,2076 0,46
0,50 0,762 1,724 0,271 0,4672 0,46 0,50 0,816 1,503 0,311 0,2069 0,46
0,65 0,869 1,620 0,271 0,4390 0,46 0,65 0,929 1,506 0,311 0,2065 0,46
Média 1,688 0,271 0,4576 0,46 Média 1,501 0,311 0,2070 0,46

TABELA 8 TABELA 9

x(m) t(s) a(m/s²) M(kg) Ma(N) F(N) x(m) t(s) a(m/s²) M(kg) Ma(N) F(N)
0,15 0,473 1,694 0,351 0,5945 0,46 0,15 0,499 1,204 0,391 0,4707 0,46
0,35 0,723 1,340 0,351 0,4703 0,46 0,35 0,764 1,200 0,391 0,4692 0,46
0,50 0,863 1,344 0,351 0,4717 0,46 0,50 0,912 1,203 0,391 0,4703 0,46
0,65 0,984 1,342 0,351 0,4710 0,46 0,65 1,041 1,200 0,391 0,4692 0,46
Média 1,4300 0,351 0,5018 0,46 Média 1,201 0,391 0,4698 0,46
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TABELA 10

x(m) t(s) a(m/s²) M(kg) Ma(N) F(N)


0,15 0,521 1,1070 0,431 0,4771 0,46
0,35 0,798 1,1006 0,431 0,4743 0,46
0,50 0,954 1,098 0,431 0,4783 0,46
0,65 1,090 1,094 0,431 0,4781 0,46
Média 1,099 0,431 0,4769 0,46

ATIVIDADES

1. Com os dados das Tabelas de 1 a 5 faça o gráfico força vs aceleração e verifique a


relação entre força resultante e aceleração sobre uma massa constante. Esboce a curva
que melhor representa estes dados. Qual o valor da massa obtido a partir desta curva?
Compare com a massa total do sistema.

Quando sua aceleração ou força aplicada for alterada, a massa no sistema não se altera.
Quanto maior a força resultante maior será a aceleração obtida pelo corpo. São proporcionais.
Reta da curva tangente se encontra no gráfico da questão.
Utilizando o ponto (0,68, 2.190), e calculando m = F/a , obtemos 0,310 kg. A massa total do sistema
foi 0,301 kg. Dentro da margem de 5% os valores são iguais, já que houve variação de apenas 2.99%.
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Comparando com a massa obtida do sistema e considerando a margem de erro de 5% são


iguais, as massas são iguais.

2. Com os dados das Tabelas de 6 a 10 faça o gráfico aceleração vs massa e verifique a


relação massa e aceleração quando aplicamos uma força resultante constante.

Quando se aplica uma força constante a aceleração diminuirá à medida que a massa vai
aumentar. São inversamente proporcionais.

3. Faça o gráfico a vs 1/m. Esboce a curva que melhor representa estes dados. Qual o
valor da força obtida a partir desta curva? Compare com a força aplicada ao sistema.
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Utilizando cada ponto do gráfico foi possível obter as forças: 1.710 N, 1.507 N, 1.350 N, 1.226 N
e 1.124 N respectivamente. Portanto a média foi 1.383N, que representa a força a partir da curva.
Comparando com a força aplicada, houve variação de 7,39%.
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CONCLUSÕES

Para analisar o fenômeno através da 2ª Lei de Newton, desconsiderou-se a ação do atrito, da


resistência do ar e de outras eventuais forças resistentes ao movimento. Isso resultou o
esperado: o módulo dessa aceleração foi maior do que o módulo da aceleração obtida através
do estudo dos dados experimentais que implicam a situação real, assim, as forças resistentes
estão presentes nos dados analisados. Depreende-se que isto comprova a 2ª Lei de Newton em
relação a equação horária do espaço num movimento retilíneo uniformemente variado.
Analisando o sistema mais uma vez, foi observado que o carrinho foi acelerado devido à ação
da tração no fio, ocasionada pelo peso do corpo suspenso na extremidade do fio. Assim, só há
aceleração quando: uma força atua no sistema se o corpo suspenso tocasse o chão, a força
normal anularia seu peso que anularia a tração no fio e a resultante do sistema se tornaria
nula. Esses fatos deixam o carrinho numa situação de movimento retilíneo uniforme, ou seja,
com velocidade constante, já que não haveria aceleração.
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REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D, RESNICK R. e KRANE, K.S. Física 1. Rio de Janeiro, LTC, 1996.


FEYNMAN, Richard Philips; BENJAMIN, Leighton; SANDS, Matthew. Lições de Física.
Califórnia: Addison-Wesley, 1964.

RAMOS, Luis Antônio Macedo, Física Experimental, Porto Alegre, Mercado Aberto, 1984
CRUZ, Carlos H. B., FRAGNATO H. L., Guia para Física Experimental, Instituto de Física
Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, 1997

TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Segunda Lei de Newton"; Brasil Escola. Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm>.
Acesso em: 11 de maio de 2017.

SILAS DA SILVA JÚNIOR, Joab . Segunda lei de Newton. Disponível


em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm>.
Acesso em: 10 de maio de 2017.

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