RECEITAS PÚBLICAS

• 1. CONCEITO
• 2. HISTÓRICO
• 3. CLASSIFICAÇÃO
• 3.1 RECEITA ORIGINÁRIA
• 3.2 RECEITA DERIVADA
• 3.3 CLASSIFICAÇÃO DA LEI Nº 4.320\64
o Qualquer entrada de dinheiro aos cofres públicos – entrada ou ingresso – sentido
amplo
• RECEITA PÚBLICA – só o ingresso feito de modo permanente não sujeito à condição
devolutiva ou baixa patrimonial – sentido estrito
• INGRESSO OU ENTRADA – Gênero
• RECEITA – Espécie
A Despesa pública - parte mais importante da atividade financeira do Estado
• Representa o atendimento das necessidades e dos investimentos públicos
• Estudo da Receita Pública não é de menor importância
• Sem receita não se realiza a despesa correspondente, estando ambas atreladas em
razão do princípio da legalidade
CONCEITO
• Podemos ter dois conceitos de receita:
• Contábil- genérico e amplo
• Financeiro- mais restrito
• Receita em sentido contábil consiste em qualquer recurso que durante um dado
período finaceiro, ingresse nos cofres públicos independentemente da consideração
de origem ou finalidade mediante o qual o sujeito público pode satisfazer as despesas
públicas que estão a seu encargo.
• Não se diferencia se entra a título definitivo ou se são entradas provisórias
• Receita em sentido estrito ou financeiro
• Receita pública é a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem
quaiquer reservas, condições ou correspondência no passivo, vem acrescer o
seu vulto, como elemento novo e positivo (Baleeiro)
• A distinção entre ambos - implicar aumento de patrimônio
• Somente será receita se:
• 1. integrar-se de modo permanente ao patrimônio do Estado
• 2. não estiver sujeita a quaisquer condições de devolução (empréstimos não)
• 3. o patrimônio for acrescido de um elemento novo (venda de um bem – não)
• DISTINÇÃO APENAS DOUTRINÁRIA. LEI Nº 4.320/64 EMPREGA O TERMO EM SENTIDO
LATO
• INCLUI:
• CAUÇÃO
• FIANÇA
• DEPÓSITOS
• EMPRÉSTIMOS
• CONCEPÇÃO MODERNA
• Apenas considera-se receita – dinheiro
• Estão fora do conceito
• Bens in natura
• Serviços pessoais
• FASES
• RECEITA PARASITÁRIA
• RECEITA REGALIANA
• RECEITA DOMINIAL
 • RECEITA TRIBUTÁRIA
• RECEITA SOCIAL
• FASE PARASITÁRIA
• ANTIGUIDADE
• Estado de beligerância dos povos
• Representada pela extorsão, pilhagem, saque, confisco e exploração do povo
vencido
• Os mais fortes subjulgavam os mais fracos
• – escravidão
• – serviços prestados
• Hoje –resquícios -
• FASE REGALIANA
• Existente no período de transição entre o mundo antigo e o moderno
• Característica – vantagens recebidas pelos príncipes – mediante pagamento de
parcela de arrecadação ao Erário Público
• Exploração de direitos regalianos concedidos privilégios à realeza para
exploração direta de certos serviços:
• Cunhagem de moeda
• Postagem
• Minas
• Portos
• Pedágios
• Caça e pesca
• Moinhos
• FASE DOMINIAL
• IDADE MÉDIA
• Sempre existiu em todos os períodos
• Decorre da exploração do patrimônio público mediante a concessão
de enfiteuse e Cartas de Sesmarias ou de atividades sob a condição de
monopólio
• Rendas decorrentes do domínio real fonte principal de receita –
imposto era excepcional
• FASE CAPITALISTA
• Tributação como fonte substancial de obtenção de riquezas
• Principal fonte de receita
• Preocupação dos estudiosos em desenvolver em sistema científico da
tributação sob a égide do Estado
• FASE SOCIAL
• Aparece o caráter extrafiscal
• É a socialização completa e integral dos meios de produção, centralizado no
Estado
• Procura nivelar as classes e desaparecer o capitalismo
• Não logrou vida autônoma mas foi importante para a modernização dos
assuntos sociais
• Existem várias classificações para as receitas púbicas
• 1. QUANTO À ORIGEM - Escola alemã – Wagner
• RECEITAS ORIGINÁRIAS – aquelas que o Estado aufere tendo em vista a
exploração de seu próprio patrimônio – voluntárias
• São aquelas que provém do domínio público ou privado do Estado
• Ou seja – dos seus bens ou atividade produtiva
• Domínio público de bens dominicais
 • Domínio privado de natureza contratual ou decorrente de liberalidade
das pessoas
• 2. QUANTO À PERIODICIDADE
• ORDINÁRIA – a que provém de fontes permanentes, cuja característica é a
regularidade e por compor permanentemente o orçamento
• EXTRAORDINÁRIA – quando provém de fontes acidentais, possuindo caráter
mais ou menos esporádico
• Conjunto de bens pertencentes ao Estado denomína-se domínio do Estado
• Pode ser público ou privado
• Público são os que o Estado possui em razão da própria soberania
• Privado são aqueles que possui em condições de lhe proporcionar vantagens
financeiras. Age como proprietário
• RECEITAS ORIGINÁRIAS
• PATRIMONIAIS E COMERCIAIS
• Terras de cultura
• Jazidas minerais
• Indústrias
• Ferrovias
• Loterias
• Caixa econômica etc
• RECEITAS DERIVADAS
• Emana do patrimônio dos particulares
• Mediante o poder de império do Estado
• São compulsórias
• Tributos
• Penas pecuniárias
• Indenizações de guerra
• TRIBUTOS –eram considerados receita de extorsão
• Hoje há autorização legal para a cobrança
• PENAS PECUNIÁRIAS – sanções que o Estado aplica no caso de descumprimento de
obrigações previstas em lei
• REPARAÇÕES DE GUERRA – representam mais assunto de política do que de finanças –
em desuso
• Utiliza o termo receita em sentido lato, abrangendo qualquer entrada em dinheiro
• RECEITAS CORRENTES
• RECEITAS DE CAPITAL
• RECEITAS CORRENTES são as receitas tributárias de contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, de serviços e outras e ainda as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinadas à atender despesas classificáveis como despesas correntes (art. 11, §1º)
• RECEITA TRIBUTÁRIA - imposto, taxas e contribuição de melhoria art. 145 CF
• RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES- decorrentes de arrecadação das contribuições especiais
como as sociais, de intervenção no domínio econômico, de interesse das categorias
profissionais ou econômicas art. 149 CF
• RECEITA PATRIMONIAL - decorrentes da fruição do patrimônio pertencente ao ente
público (concessões, permissões)
• RECEITA AGROPECUÁRIA – da exploração da agropecuária
• RECEITA INDUSTRIAL – decorrente das atividades industriais exercidas pelo ente
público
• RECEITA DE SERVIÇOS – das prestações de serviços públicos – comércio, transporte etc
• TRANSFERÊNCIAS CORRENTES – do recebimento de recursos financeiros de outras
pessoas de direito público
 • OUTRAS RECEITAS CORRENTES- as que não permitem o enquadramento acima
• RECEITAS DE CAPITAL são as provenientes de realização de recursos financeiros
oriundos da constituição de dívidas, da conversão em espécie de bens e direitos, dos
recursos recebidos de outras despesas de direito público ou privado, destinados a
atender a despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, superavit do
orçamento corrente
• OPERAÇÕES DE CRÉDITO – colocação de títulos públicos
• ALIENAÇÃO DE BENS – venda de bens móveis ou imóveis de sua propriedade
• AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMO – recebimento de empréstimo anteriorimente
concedido
• TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL- recebimento de recursos financeiros de outras pessoas
• OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL – quando não se enquadram nas anteriores
ESTÁGIOS DA RECEITA
• 1. PREVISÃO – quando é inserida no orçamento. Representa a espectativa de
realização das receitas estimadas na fase da elaboração do orçamento
• É realizada de acordo com as normas técnicas e legais
• São estimadas e não fixadas

PREVISÃO SEGUNDO A LRF

• Art. 12 As previsões das receitas devem:
• Observar as normas técnicas e legais
• Considerar os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de
preços, do crescimento econômico e outros fatores relevantes
• Ser acompanhadas de demonstrativo da evolução das receitas nos últimos três
amos da projeção para os dois seguintes a que se referirem
• 2. REALIZAÇÃO
• Quando a receita é efetivada, o que se dá com a entrada do dinheiro nos
cofres públicos
• Lançamento
• Arrecadação
• Recolhimento
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
• Art. 11 LRF
• Constituem requisitos essencial da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,
previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do
ente da Federação
• Proibição de receber transferências voluntárias