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Irène Goodjes
© Copyright by Éditions Robert Laffont, S. A., Paris
Título original: L’ âme des animaux, les aventures de l’esprit
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CIP-Brasil. Catalogação na fonte
320 p.
Impresso no Brasil
Presita en Brazilo
Sumário
Primeira parte
Alma dotada de sensibilidade, de inteligência e de iniciativa
5
1. A alma dos animais, uma evidência, 9
2. Os sentimentos dos animais, 13
3. A inteligência dos animais, 25
4. Será que os animais tem noção do bem e do mal?, 39
5. Seus olhares, 47
6. Seus gritos, 57
7. Suas grandes viagens, 67
8. Sua morte, 83
9. Prática das virtudes cristãs, 103
Segunda parte
A alma sobrevive e se manifesta
Do mabeco ao cão-guia
No capítulo 22 do livro Esse Além que nos espera (Cet Au-
delà qui nous attend), no capítulo intitulado “Animal é anima”,
A alma dos animais
acrescentei uma nota pérfida: “Podemos dizer que o cão con-
seguiu superar sua ferocidade primitiva, enquanto o homem
ainda não o conseguiu.” Essa constatação foi considerada por
muitos como uma piada, e não era: acredito profundamente que
o cão foi bem sucedido na sua evolução, ao contrário do homem
que, até agora, vem falhando. Como sempre, procuro me base-
ar nos fatos. Numa transmissão do excelente programa de TV
“Os animais do mundo”, eu tinha visto um documentário sobre
mabecos, os famosos cães selvagens parecidos com lobos. Esses
predadores, os mais ferozes de todos, se assemelham fisicamen-
te às hienas. Eles caçam em bandos de doze a quinze indivíduos
na savana africana, onde espalham o terror. Eles atacam animais
de grande porte, ovelhas e até homens, comem suas vítimas vi-
vas, e o filme mostrou cenas insustentáveis.
Foi aí que eu pensei, entre o cão selvagem e o cão-guia, que 15
caminho percorrido! Naquela hora, era a imagem de um cão-
guia bem específica que me voltava à memória, pois sempre o
encontrava quando pegava o trem de Osny para Paris. Nesse
comboio suburbano sobrecarregado, barulhento, agitado, ele fi-
cava calmo e digno ao lado do seu dono.
Naquela época, nós tínhamos que trocar de trem em Pontoise
e depois em Conflans-Sainte-Honorine. O cão fazia maravilhas
para achar o caminho nas passagens subterrâneas e entre as vá-
rias plataformas das estações. Por fim, chegando à estação de
Paris Saint-Lazare, ele entrava no metrô, onde o esperavam ou-
tros problemas de corredores e de conexões. Eu ficava admirado
diante de tanta inteligência, bondade, autocontrole... e a mensa-
gem de Pierre Monnier, que diz que o cão é o mais evoluído de
todos os animais, me voltava à memória.
Marie Noël vai ainda mais longe quando afirma: ele é o me-
lhor dos seres. Essa perfeita católica que – com a idade de quin-
ze anos, pediu ao Senhor três coisas loucas: sofrer muito, ser
poeta, e ser santa – escreveu um conto bem surpreendente. Com
Jean Prieur
muita coragem, essa musa da igreja refez a Gênese: Primeiro,
Deus criou o cachorro, e ficou muito satisfeito com o seu dia.
Então, só então, ele criou o homem e é o fracasso que sabemos.
O homem, um fracasso? Longe de ser herética, a afirmação
já está na Bíblia: “O Senhor arrependeu-se de ter feito o homem
na terra, e isso lhe pesou no coração.” E Gênese 6,6 ignorava
a bomba atômica! Ter criado um ser que faz uma bagunça no
planeta e que é capaz de destruí-lo sugere terríveis perguntas.
A resposta poderia ser encontrada em Odes de Salomão 7,10,
apócrifo grego que tem apenas uma tradução em siríaco: “Aquele
que criou a sabedoria é mais sábio que suas obras.”
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