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PIERRE

BOURDIEU
SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA
PIERRE FÉLIX BOURDIEU

França
1930 - 2002
CONCEITOS
Repensa a dicotomia como relação: Indivíduo-sociedade

Análise a partir das classes populares

Elementos para além da economia para determinar o


lugar social

Tríade conceitual: campo - capital - habitus


HABITUS
[...] um sistema de disposições duráveis e transponíveis que,
integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento
como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações – e
torna possível a realização de tarefas infinitamente diferenciadas,
graças às transferências analógicas de esquemas [...] (Bourdieu, 1983,
p. 65).
CAPITAIS
Capital Econômico: Renda, salário, bens e imóveis.

Capital Cultural: Saberes e conhecimentos – títulos ou


diplomas.

Capital Simbólico: Prestígio e honra no espaço social.

Capital Social: Espaço social em que se constituem as


relações de dominação.
Até meados do século XX, predominava nas Ciências Sociais e mesmo no
senso-comum uma visão extremamente otimista, de inspiração
funcionalista, que atribuía à escolarização um papel central no duplo
processo de superação do atraso econômico, do autoritarismo e dos
privilégios adscritos, associados às sociedades tradicionais, e de construção
de uma nova sociedade, justa (meritocrática), moderna (centrada na razão e
nos conhecimentos científicos) e democrática (fundamentada na autonomia
individual). Supunha-se que por meio da escola pública e gratuita seria
resolvido o problema do acesso à educação e, assim, garantida, em princípio,
a igualdade de oportunidades entre todos os cidadãos.
ESCOLA: ESPAÇO DE REPRODUÇÃO DE CULTURAS
Compreender o real
funcionamento do sistema
de ensino que se
materializa por meio de
ações pedagógicas
enquanto violência
simbólica.
REPRODUÇÃO CULTURAL (ALVES, 2011, p. 123).
[...] o fundamento de “reproduzir” consiste no mecanismo de
conservação e reprodução das relações de força entre os
dominados e dominantes numa estrutura de classes, muito mais
que a força econômica, mas através do capital cultural repassado e
inculcado permanentemente por meio de ações pedagógicas nos
indivíduos desde a educação familiar (formação do habitus primário) e
reforçado posteriormente pela educação escolar e n’outros contextos
sociais (formação do habitus secundário); reprodução das
desigualdades entre as classes sociais, conservando os dominantes na
condição de dominantes e os dominados na condição de dominados.
DISSIMULAÇÃO - VIOLÊNCIA SIMBÓLICA
A inculcação do arbitrário cultural dominante sobre a classe dominada
como legítimo, dispensando o uso da força física e utilizando a
dissimulação em estratégias, conteúdos, organização do ensino, e
principalmente na ideologia do dom, são as formas objetivas de se
naturalizar a violência simbólica, sem que os sujeitos se deem conta do
real processo de impressão deste arbitrário cultural que é conservado e
reproduzido por meio da ação familiar, social e escolar.

Ideologia do dom: crença que mascara privilégios sociais, econômicos e culturais como
se fossem dons naturais, próprios do indivíduo, condição de inteligência, dons, talentos.

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