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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
Banca Examinadora:
Profa. Ms. Giselle Amaral Abreu - Orientadora
Profa. Ms. Eurídice da Conceição Tobias
Profa. Ms. Luciana Mendonça Rodrigues
À Manu e ao Marcão.
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RESUMO
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 08
1 O CENÁRIO ........................................................................................................ 10
2 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA .......................................................................... 31
3 REFERENCIAIS TEÓRICOS .............................................................................. 34
4 METODOLOGIA ................................................................................................. 59
4.1 Público Alvo ..................................................................................................... 60
4.2 Recursos .......................................................................................................... 60
4.3 Mapa de Ações ................................................................................................ 60
4.4 Cronograma I – Cronograma Geral .................................................................. 61
4.5 Cronograma II – Cronograma de Formação (sugestão para Ação III) .............. 63
4.6 Cronograma III – Elaboração do Currículo da Escola (sugestão para Fase IV) 67
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 71
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 73
ANEXO 1 – CARTA DE ANUÊNCIA ...................................................................... 78
8
INTRODUÇÃO
1 O CENÁRIO
1 Este professor, na rede municipal de São Paulo, dedica-se a trabalhar a literatura com os estudantes,
desencadeando ações estratégicas de leitura na sala apropriada para esta disciplina ou em outros espaços e
planejando procedimentos de ensino que se articulem com as outras disciplinas. O POSL atua do 1º ao 9º ano,
por uma hora-aula semanal, e é eleito anualmente pelo Conselho de Escola (SÃO PAULO, 2015a).
2 O POIE, na rede municipal de São Paulo, atua assegurando a organização necessária ao funcionamento da Sala
de Informática da escola, promovendo situações de ensino que aprimorem os usos da tecnologia pelos estudantes.
O POIE atua do 1º ao 9º ano, por uma hora-aula semanal, e é eleito anualmente pelo Conselho de Escola (SÃO
PAULO, 2015b).
3 O ATE é um profissional que tem atribuições tanto na área da Inspeção Escolar (dar atendimento e
acompanhamento aos alunos nos horários de entrada, saída, recreio e em outros momentos em que não houve o
Professor Regente presente, comunicar à Coordenação Pedagógica eventuais ocorrências relacionadas à saúde
ou incidentes ocorridos com os estudantes, auxiliar os professores na assistência diária aos alunos, acompanhar
11
Todo espaço da escola deve estar disponível para fins de aprendizagem. Esta
escola possui uma quadra, um espaço multiuso, uma sala de leitura, uma sala de
informática, uma sala de estudos, um pátio e salas de aula.
O patrono da escola, Sebastião Francisco, o Negro, foi referendado pela
prefeita da época, Luiza Erundina, como liderança popular daquela região, já que tinha
reconhecimento explícito daquela comunidade. Na década de 20, Sebastião entrou
em contato com as correntes do anarco-sindicalismo, com as quais passou a
colaborar na formação dos primeiros sindicatos do Brasil, e filia-se ao Partido
Comunista. Diante de uma ativa militância, o Negro foi encarcerado e torturado na
década de 30. Em 1951 fixa-se residência em São Paulo.
Naquele momento, Cidade Líder se constituía em um local extremamente
isolado, não dispondo de nenhuma melhoria urbana, à exceção da linha ferroviária;
Sebastião Francisco passa, então, a organizar e a compor uma comissão de
moradores, que funda a União Cidade Líder Pró Melhoramentos do Bairro, em 1955,
seguindo-se uma série de conquistas da população. Não se pode, também, deixar de
ressaltar a determinação de um homem, negro, filho de escravos, que a sua época,
enfrentou com galhardia as condições mais adversas, seja na militância sindical
partidária, seja principalmente como negro. Isto em um momento em que a relação de
dominação econômica, assim como ocorre hoje, se confundia com uma situação de
dominação racial, determinadora de privilégios dos brancos sobre os negros – estes
oriundos de um regime escravocrata e não absorvidos, enquanto mão de obra, pela
ordem vigente, após a proclamação da República.
O ideal de resistência negra, presente na história deste país, mas ausente das
versões oficiais, nos conduz a Zumbi dos Palmares e a figuras exemplares, como
Sebastião Francisco, entre tantas outras que devem ser resgatadas como forma
simbólica de superação das desigualdades impostas por um sistema de valores
essencialmente injusto, que consagra um quadro odioso de discriminação que deve
ser completamente destruído.
As famílias das crianças que frequentam a escola têm residência próxima. A
maioria dos estudantes são vizinhos, estando localizados no entorno escolar, e outros
por gostarem da escola residem em outros bairros e utilizam o transporte público ou
ainda transporte escolar. Ao realizar pesquisa com as famílias com formulários
os alunos em atividades extracurriculares) quanto na área da Secretaria (executar atividades de natureza técnico-
administrativa, atender ao público em geral, etc) (SÃO PAULO, 2008).
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impressos enviados para casa e com participação das crianças na escola através do
formulário “Google Docs”, respondido por 340 alunos dos 424 atendidos na unidade,
em fevereiro de 2017 foi possível tecer um pequeno perfil da comunidade local.
Muitas crianças vão à escola a pé em companhia umas das outras, ou com
carona de vizinhos, com irmãos menores ou sozinhos, tendo também o grupo do
transporte e alguns de carro e tem um grupo que demanda a escola a criação de um
bicicletário. Sobre o caminho a escola as crianças apontam que gostam de caminhar
e alguns poucos se queixam e não veem vantagens porque moram, mas longe e não
conseguem pegar transporte no trecho em questão. A maioria das crianças e jovens
apontam que não se sentem seguros no caminho e quando chove o trecho se trona
perigoso. Um grupo de estudantes usam o transporte para frequentarem atividades
no contra turno das aulas em outras instituições. O interessante na pesquisa é quando
perguntadas sobre o que percebem na rua enquanto caminham – mais de 90%
indicam o estado ruim das calçadas e que existe muita sujeira, indicando para escola
que é um problema local a relação com as calçadas e o descarte do lixo. Quando
perguntados sobre o brincar algo nos é revelador vivenciam este momento no recreio
ou muitas vezes sozinhos em casa e apontam que brincam na rua mais aos finais de
semana quando as famílias podem acompanhá-las.
A música, o teatro e dança são indicadas pelos estudantes como principais
atividades desenvolvidas no bairro. Quando pedido que falassem sobre o que
mudariam no bairro aparecem questões sobre segurança, brigas, sinalização das
ruas, sujeira, caçamba de lixo que fica na entrada da comunidade, o consumo de
drogas, roubos, ruas com muitos buracos.
A televisão ainda é grande carro chefe do acesso à tecnologia em casa. Este
cenário não contraria nenhuma pesquisa realizada a esse respeito no Brasil. Entre
essas pesquisas, destaca-se a 4ª pesquisa Retratos da Leitura no Brasil realizada
pelo Instituto Pró-livro em março de 2016, que dentre suas metas, busca melhorar os
indicadores de leitura do brasileiro, mediante a orientação de políticas públicas do livro
e da leitura, promove reflexão e estudos sobre os hábitos de leitura para identificar
ações mais efetivas ao fomento do livro e da leitura, e divulga amplamente seus
resultados paramobilizar a sociedade. Nesta pesquisa, o principal objetivo foi
compreender o comportamento leitor e as condições de leitura da população
brasileira. Muitos entrevistados alegam ter deixado de ler ou não lerem por falta de
tempo ou por terem outras atividades, e durante a escolarização básica começam a
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4 O CCA propõe o “desenvolvimento de atividades com crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e onze meses,
tendo por foco a constituição de espaço de convivência a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa
faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de
expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Deve atender crianças e adolescentes com
deficiência, retiradas do trabalho infantil e/ou submetidas a outras violações de direitos, com atividades que
contribuam para ressignificar vivências de isolamento, bem como propiciar experiências favorecedoras do
desenvolvimento de sociabilidades e prevenção de situações de risco social”, e são órgãos públicos vinculados à
Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SÃO PAULO, 2013a).
5 A ACM constitui-se como atividade filantrópica e firma parcerias com outros órgãos públicos, com o objetivo de
“lidar com os problemas sociais presentes em diversas comunidades” (ACM SÃO PAULO, s/d).
15
Compreende-se, por outro lado, que este quadro reflete nas relações dentro da
escola entre as crianças, os jovens e adultos. As situações de violência simbólica e
social são reproduzidas inconscientemente na sala de aula na relação com o professor
e fora dela com os demais funcionários o que exige a formação de toda a equipe
escolar em ações de melhoria de convívio e cultura para paz. Por essa, razão a
unidade escolar conta com uma assessoria de especialistas, professores
universitários da área da Educação e outros profissionais.
A escola conta com uma rede de apoio intersetorial apoiada no Núcleo de Apoio
e Acompanhamento para Aprendizagem (NAAPA6) da Diretoria Regional de Educação
– Itaquera (DRE-Itaquera), Conselho Tutelar e ao Centro do Atenção Psicossocial
(CAPS7) Cidade Líder.
A Organização do Ensino da escola em tela é baseada na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), Lei 9131/95, Conselho Nacional de
Educação (CNE), Portaria 5930/13 e Portaria 8.945(30/11/17) que dispõe sobre a
organização das Unidades de Educação de Ensino Fundamental da Rede Municipal
de Educação (RME).
Tem-se como diretrizes da Política Pública Educacional, os Programas e
Projetos da Secretaria Municipal de Educação (SME):
- Qualidade Social da educação para a garantia de direitos de aprendizagem;
- Acesso e permanência na escola;
- Gestão Democrática;
- Valorização dos Profissionais da Educação;
- Modernização da Gestão;
- Acompanhamento das Aprendizagens;
- Currículo;
- Formação.
6 O NAAPA é um núcleo implantado em cada uma das Diretorias Regionais de Educação (DREs) e tem como
objetivos articular e fortalecer a rede de proteção social nos territórios, apoiar e acompanhar as equipes docentes
e gestoras no processo de ensino-aprendizagem dos educandos que apresentam dificuldades no processo de
escolarização, decorrentes de suas condições individuais, familiares ou sociais que impliquem em prejuízo
significativo no processo de ensino/aprendizagem e realizar avaliação multidisciplinar nos educandos. É composto
por um coordenador, dois psicopedagogos, dois psicólogos, um fonoaudiólogo, um assistente social e um auxiliar
técnico de educação (SÃO PAULO, 2014a).
7 Os CAPS oferecem serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituídos por uma equipe
multiprofissional que atua sob uma ótica interdisciplinar, realizando atendimentos a pessoas com sofrimento ou
transtorno mental – incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e drogas, seja em situações
de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial (BRASIL – MINISTÉRIO DA SAÚDE, s/d)
17
8Em 2014 a rede municipal de São Paulo institui o Sistema de Gestão Pedagógica – SGP, que consiste em um
sistema tecnológico e tem como objetivo organizar e potencializar o acompanhamento pedagógico dos estudantes
pelos responsáveis, professores e gestores, bem como pelas Diretorias Regionais de Ensino e pela Secretaria
Municipal de Educação de São Paulo. Ainda, o sistema visa contribuir com a inserção da Unidade Educacional na
cultura digital, tendo como finalidades registrar dados de caráter pedagógico e administrativo, sínteses de atas de
Conselhos de Classes, pautas das reuniões com responsáveis dos alunos, pautas de reuniões pedagógicas e
planejamentos educacionais (SÃO PAULO, 2014b).
20
9O IDEB foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, “os resultados de dois conceitos igualmente importantes
para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações”. O índice é calculado
a partir de dados sobre aprovação escolar e das médias das avaliações externas aplicadas pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)
e a Prova Brasil (INEP – MEC, s/d).
21
3º ano 1 1 4 6
4º ano 6 2
5º ano 3 6 1 1 1
6º ano 1 4 2 1 1 2 5 4
7º ano 3
8º ano 5 1 3 3 2
9º ano 4 6 7 2 2 1
Fonte: Projeto Político-Pedagógico da Unidade Escolar
I. Apoio à Aprendizagem
a) Desenvolver aulas mais dinâmicas, com novas estratégias, para que o(a)
educando(a) sinta-se mais motivado (a);
23
10
A JEIF constitui-se em uma jornada de trabalho na qual o profissional de educação está disponível para a escola
durante 40 horas-aula, sendo que, destas, 25 têm de ser cumpridas em sala de aula, 8 em horário coletivo
(horário de formação de professores), 3 em atividade / estudo e 4 de livre escolha (SÃO PAULO, 2017a).
11
O PEA é um instrumento de trabalho das escolas da rede municipal de São Paulo que define as ações a serem
desencadeadas e as responsabilidades na sua execução e avaliação, objetivando o “aprimoramento das práticas
educativas e consequente melhoria da qualidade social da educação atendendo as seguintes especificidades”.
Participam das reuniões do PEA os professores que possuem a JEIF (SÃO PAULO, 2014c)
12
O professor em Jornada Básica deve cumprir com atividades de Complementação de Jornada (CJ) as horas-
aula necessárias para a complementação de sua jornada de trabalho (SÃO PAULO, 2017b).
13
O professor que opta pela JBD possui 25 horas-aula de regência, e não participa das reuniões do PEA ou dos
horários de trabalho coletivo (SÃO PAULO, 2017b).
24
- Dar ciência aos pais e /ou responsáveis da ausência do (a) filho (a) e
posteriormente enviar relatório ao Conselho Tutelar nos casos de continuidade de
faltas sem justificativa;
- Oferecer de acordo com o Regimento Escolar trabalhos de compensação de
ausências.
- Orientar os responsáveis, quanto à importância da permanência do aluno na
escola e da sua responsabilidade legal quanto à escolaridade do (a) filho (a).
Também, o professor deve informar à Coordenação Pedagógica a quantidade
de faltas dos alunos que apresentam problemas de assiduidade. As famílias serão
convocadas para que sejam dadas ciências destas ausências, e para que sejam
justificadas. Neste momento, será oferecida a elas a possibilidade de retirar os
trabalhos para compensação, com datas a serem devolvidos.
Com vistas a ampliar o tempo de permanência dos alunos, por meio de ações
sistematizadas de caráter educacional bem como contribuir para o desenvolvimento
intelectual, social, cultural e físico dos educandos, em articulação com o Projeto
Político Pedagógico, esta Unidade Escolar oferece os seguintes Projetos do Mais
Educação São Paulo15: Xadrez, Iniciação Esportiva, Dança (Ballet), Circo, Território,
Coletivo Feminista – Diálogos para uma igualdade de gêneros
Na busca por democracia e transparência na escola, todas as atividades e
ações devem ser discutidas e planejadas por órgãos coletivos da unidade:
a) Conselho de Escola
b) APM – Associação de Pais e Mestres
c) Conselho Fiscal
d) Comissão de Mediação de Conflitos
e) Comissão de Controle Interno da Dengue
f) Grêmio Estudantil
g) CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
h) Grupo de Defesa Civil Escolar
Além disso, a equipe da unidade escolar busca constantemente parcerias,
como descritas a seguir:
a) Parcerias com Instituições de Saúde: Prezando pela saúde do estudante,
todo e qualquer indício de questões relacionadas a esse assunto devem ser
17 O PAAI é um dos profissionais responsáveis pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), tendo como
atribuições elaborar um Plano de Atendimento Especializado para cada aluno atendido, realizar um diagnóstico /
avaliação pedagógica e realizar o acompanhamento pedagógico no contra turno, junto aos professores e
responsáveis no educando. Deve ter formação específica e um Plano de Trabalho para submeter ao Conselho de
Escola (SÃO PAULO, 2016).
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2 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA
Algumas dessas ideias estão entrando na instituição, ou por meio de pais e mães, ou
por meio dos próprios professores.
Importa travar uma luta contra esses setores mais conservadores da
sociedade, com uma fundamentação teórica embasada e coerente, no objetivo de
construir uma escola pública democrática e que esteja a favor de uma transformação
social.
Outro exemplo desses questionamentos relaciona-se à acusação da escola e
da universidade de uma “doutrinação marxista”, cujos autores proclamam, logo, por
uma “educação neutra”, livre de “ideologias”. Estes grupos, ainda, pretendem banir o
educador Paulo Freire, internacionalmente reconhecido, baseados em leituras
acríticas e equivocadas de partes de suas obras, alegando que as crianças estão
aprendendo “ideologias de esquerda” e deixando de aprender o que, na opinião
destas pessoas, realmente importa: matemática e português.
Ora, sabe-se, na pesquisa em educação, o quanto a neutralidade não pode
nem consegue se firmar em processos educativos, e o quanto o Currículo da escola
precisa estar relacionado à diversas dimensões do desenvolvimento do sujeito e da
coletividade, elencando não apenas os conhecimentos científicos acumulados pela
comunidade, mas também profundas reflexões sobre a convivência na sociedade.
No entanto, como já mencionado, assiste-se a estes discursos permeando os
cotidianos das escolas. Por isso, torna-se fundamental retomar autores clássicos da
área do Currículo da educação (e também das áreas da Sociologia, Filosofia, Didática,
História, etc.), na intenção de formar professores mais engajados, críticos e
intelectualizados, além de colocar em prática, sempre de forma democrática, dentro
da escola, um Currículo que dialogue com um ensino de qualidade e com o
desenvolvimento integral dos estudantes.
Entende-se que, no processo de formação pedagógica dos professores, os
aspectos teórico e prático coexistem, na busca por transformações significativas nas
suas formas de pensar, de se posicionar criticamente, de planejar suas ações, de
estar com os estudantes na sala de aula. O ideal, sempre, como Equipe Gestora, é
promover experiências que desenvolvam os sujeitos da escola, na intenção de
garantir um ensino de qualidade.
3 REFERENCIAIS TEÓRICOS
34
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
[...]
VIII – gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
[...]
35
[...] força da atuação consciente pela qual os membros de uma unidade social
reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da
37
[...] ocupa lugar de destaqueno contexto educativo, pois seu papel vai além
de um mero transmissor de informações administrativas e/ou de
conhecimento das questões financeiras da escola. O gestor deve estar
também voltado para o processo pedagógico. Como articulador nesse
processo, seu papel é essencial para a dinamização construtiva de uma
concepção acerca de como fazer educação. O gestor formador acaba
viabilizando novos caminhos para que a prática docente se qualifique, e para
que o professor adote novas posturas e métodos na medida em que atua
(OLIVEIRA, 2013, p. 62).
a ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não estão
maduras para a vida social. Tem como objetivo estimular e desenvolver na
criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais que dela exige
a sociedade política em conjunto e o seu meio especial ao qual está
particularmente destinada (DURKHEIM, 1992, p. 51).
[...] esse programa resultou de pesquisas realizadas pela própria SME nas
escolas que mostravam que grande parte dos alunos não dominava o sistema
de escrita ao final do 1º ano do ciclo I (ensino fundamental de oito anos) e a
necessidade dos alunos do ciclo II de aprimorarem suas competências na
área de leitura e escrita (NEVES, 2011, p. 59).
Educação Integral e
Educação Inclusiva.
Fonte: elaboração própria
Por fim, importa novamente relembrar, que o objetivo não é uma análise
aprofundada e teórico do documento em tela, e sim uma síntese de sua estrutura para
facilitar o entendimento das próximas páginas deste trabalho.
59
4 METODOLOGIA
4.2 Recursos
1º Semestre de 2019
2º Semestre de 2019
Tabela 17 - Cronograma II
Procedimentos de
Fase Data Referencial Teórico
Ensino
A – Estudos 12/02 GIMENO SACRISTÁN, Roda de conversa,
sobre Currículo 2013b. debates, questões
13/02 MOREIRA e SILVA, 2002 problematizadoras
19/02 APPLE, 2002 coletivas e
20/02 ENGUITA, 2013 individuais, aulas
26/02 RODRÍGUEZ, 2013 expositivas-
27/02 TAPIAS, 2013 dialogadas,
seminários, leituras
05/03 RASCO e RECIO, 2013
coletivas, relações
06/03 LIMA, 2007
com a prática.
12/03 ARROYO, 2007
13/03 MOREIRA e CANDAU,
2007
19/03 GOMES, 2007
20/03 FERNANDES e
FREITAS, 2007
26/03 DOMINGO, 2013
27/03 Revisão dos textos
estudados
B – Estudos 02/04 Concepções e Conceitos
sobre o Currículo que embasam o
da Cidade de Currículo da Cidade (p.
São Paulo 16)
03/04 Matriz de Saberes (p. 29)
09/04 Matriz de Saberes (p. 29)
10/04 Ciclos de Aprendizagem
(p. 41)
16/04 Organização Geral do
Currículo da Cidade (p.
46)
64
Currículo da Cidade de
São Paulo (baseado em
RASCO e RECIO, 2013).
22/05 Currículo, conhecimento,
cultura e o Currículo da
Cidade de São Paulo
(baseado em MOREIRA
e CANDAU, 2007)
28/05 Avaliação o Currículo da
Cidade de São Paulo
(baseado em
FERNANDES e
FREITAS, 2007)
29/05 Revisão dos temas
estudados
D – Avaliação 04/06 Avaliação dos Os procedimentos
planejamentos dos relacionados à
encontros: metodologias, avaliação formativa
procedimentos, pressupõem tanto
sistematização. questões norteadoras
05/06 Avaliação dos individuais, nas quais
planejamentos dos o sujeito debruça-se
encontros: metodologias, em um momento de
procedimentos, reflexão e sistematiza
sistematização. o que lhe foi
11/06 Avaliação da bibliografia mobilizado, quanto
sugerida/selecionada. questões norteadoras
12/06 Avaliação da bibliografia coletivas, nas quais
sugerida/selecionada. os sujeitos têm a
18/06 Avaliação das oportunidade de
participações individuais debater, discutir e
e coletivas. concluir juntos suas
66
4.6 Cronograma III – Elaboração do Currículo da Escola (sugestão para Fase IV)
18É tradição na Rede Pública Municipal de São Paulo não ter expediente no dia 15 de outubro, em função do Dia
dos Professores.
70
Corpo Docente
Fonte: elaboração própria
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOSCHETTI, Vânia Regina; MOTA, Assislene Barros da; ABREU, Dayse Lúcide de
Freitas. Gestão escolar democrática: desafios e perspectivas. Regae: Rev. Gest.
Aval. Educ; Santa Maria; v. 5; n. 10; Jul/Dez 2016, pp. 103-111.
DOMINGO, José Contreras. Outras escolas, outra educação, outra forma de pensar
o currículo. In: GIMENO SACRISTÁN, José. Saberes e Incertezas sobre o
Currículo. Porto Alegre, Penso: 2013.
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; SILVA, Tomaz Tadeu da. Sociologia e Teoria
Crítica do Currículo: Uma indagação. In: MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa e
SILVA, Tomaz Tadeu da (orgs.). Currículo, cultura e sociedade. São Paulo:
Cortez, 2002.
75
PARO, Vitor Henrique. Crítica da estrutura da escola. São Paulo: Cortez, 2011.
SÃO PAULO. Programa Mais Educação São Paulo, s/d. Disponível em:
http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/programa-mais-educacao-sao-paulo-1/. Acesso
em: 17/08/2018.
SÃO PAULO. Portaria no. 4.720 de 2 de dez. de 2008. Fixa as atribuições gerais
dos titulares de cargos de auxiliar técnico de educação no módulo da unidade
educacional. São Paulo/SP, dez. 2008.
SÃO PAULO. Portaria no. 901 de 24 de jan. de 2014. Dispõe sobre os Projetos
Especiais de Ação - PEA. São Paulo/SP, nov. 2014c.
SÃO PAULO. Portaria no. 1.084 de 31 de jan. de 2014. Institui o Projeto de “Apoio
Pedagógico Complementar – Recuperação” nas Escolas Municipais de Ensino
Fundamental, de Educação Bilíngue para Surdos e de Ensino Fundamental e
Médio da Rede Municipal de Ensino e dá outras providências. São Paulo/SP,
nov. 2014d.
SÃO PAULO. Portaria no. 7.655 de 17 de fev. de 2015. Dispõe sobre a
organização das Salas de Leitura, Espaços de Leitura e Núcleos de Leitura na
Rede Municipal de Ensino e dá outras providências. São Paulo/SP, fev. 2015a.