Professional Documents
Culture Documents
discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/281452545
CITATIONS READS
0 1,695
5 authors, including:
Autran Silva
Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé
24 PUBLICATIONS 3 CITATIONS
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Autran Silva on 03 September 2015.
1 1
Autores: Autran José da Silva Jr e Arthur Paiva Neto
autranjsilvajr@gmail.com; profarthurpaiva@gmail.com
Resumo
Para a realização de movimento é necessário que a retirada energia dos nutrientes (glicose,
gordura e proteínas) seja armazenada inicialmente na molécula de trifosfato de adenosina (ATP).
Existem diferentes vias de retirada da energia dos nutrientes que dependem da intensidade e
duração do esforço físico. Esforços muito intensos (como 100m rasos) utilizam a energia da
creatina fosfato e são denominados de anaeróbios aláticos. Esforços físicos menos intensos e
mais prolongados utilizam glicose e glicogênio muscular como fonte de energia para a reposição
do ATP, produzem pouca energia e ácido lático. Em atividades físicas com longas durações a
intensidade é pequena, tais atividades são denominadas de aeróbias que utilizam
preferencialmente e inicialmente glicose como fonte de energia, mas com o prolongamento da
duração passam a utilizar gorduras. São eficientes por liberarem grandes quantidades de energia
e não acumularem ácido lático. O objetivo deste trabalho é estudar e diferenciar os principais
mecanismos destes três metabolismos celulares.
Abstrat
For the movement accomplishment it is necessary that the withdrawal energy of the nutrients
(glucose, fat and proteins) either stored initially in the molecule of trifosfate of adenosine (ATP).
Different ways of withdrawal of the energy of the nutrients exist that depend on the intensity and
duration of the physical effort. Very intense efforts (as 100m flat) use the energy of the creatine
fosfate and are called of aláticos anaerobes. Effort physical less intense and more drawn out uses
glucose and muscular glycogen as power plant for the replacement of the ATP, produces little
energy and acid lactic. In physical activities with long duration the intensity is small, such activities
are called of aerobic that use and initially glucose preferential as power plant, but with the
prolongation of the duration start to use fats. They are efficient for liberating great amounts of
energy and not accumulating acid lactic. The objective of this work is to study and to differentiate
the main mechanisms of these three cellular metabolisms.
Palavras-chave
Metabolismos celulares; anaeróbio alático, anaeróbio lático e aeróbio.
____________________________________________________________
1
Escola de Educação Física do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 1
1. TRIFOSFATO DE ADENOSINA – (ATP)
O ATP foi descoberto quase que simultaneamente por KARL LOHMANN (Alemanha) e
CYRUS FISKE e YELLAPRAGADA SUBBARW (EUA) em 1925 (FISKE, et al, 1925) quando
estudavam extratos de músculos esqueléticos. Inicialmente acreditavam encontrar apenas nós
músculos esqueléticos e estivesse relacionado na atividade muscular. Mas em 1941, FRITZ
LIPMANN postulou o conceito unificador de ser o ATP o transportador de energia universal das
células (LIPMANN, et al, 1945). Basicamente, a molécula de ATP é constituída pelo composto
adenosina (formada por ribose e adenina) que se encontra ligado a três moléculas de fosfato. São
nessas ligações que encontramos a energia armazenada, sendo que a ligação mais próxima da
adenosina é uma ligação de baixa energia e as demais de alta (7,3Kcal quando são liberadas), daí
o nome de fosfato de adenosina (LIPMANN, 1941).
Quando é desfeita (degradação ou hidrólise) uma dessas ligações de fosfato são liberadas
7,3 Kcal de energia, formando adenosina difosfato (ADP), fosfato inorgânico (Pi) (reação
catalisada pela enzima TRIFOSFATASE DE ADENOSINA ou simplesmente ATPase) e a energia
liberada para a contração muscular. Essa energia é liberada durante a degradação ou hidrólise de
ATP e representa a fonte imediata de energia que pode ser usada pela célula muscular para
realizar o seu trabalho. Ainda é possível, em certas condições, uma segunda clivagem do ADP
com formação do monofosfato de adenosina (AMP) e fosfato inorgânico e liberação de mais 7,3
Kcal de energia. A hidrólise do AMP, com formação de adenosina e fosfato inorgânico e a
liberação de energia é menor que nas ligações anteriores (3,4Kcal) (LIPMANN, 1941).
Com apenas um único fosfato, a adenosina apresenta sua menor capacidade de
armazenamento de energia e assim baixas capacidades de realizações de exercícios físicos.
Como também, nós não dispomos de um armazenamento de ATP, suas concentrações médias no
organismo são cerca de 85g e permitem apenas 3 segundos de energia. Tais características
sugerem que o ATP terá que ser reciclado continuamente dentro da célula durante a realização de
exercício físico e dependerão da intensidade, duração e fontes energéticas disponíveis entre
outros fatores para que possa ocorrer. Existem três processos enzimáticos ou metabolismos
celulares capazes de ressintentizar o ADP em ATP, são eles: metabolismo anaeróbio alático,
metabolismo anaeróbio lático e metabolismo aeróbio. O quadro abaixo apresenta as principais
diferenças entre eles:
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 2
interessa e a capacidade de tamponamento do ATP e ADP, visto que está relacionada à produção
de energia durante o exercício físico.
Sua suplementação é bem conhecida e utilizada entre atletas que realizam esportes que
requerem esforços intensos, dentre eles halterofilistas (RAWSON et al, 2003), ciclistas
(HAVENETIDIS et al, 2003; BEMBEN et al, 2005); jogadores de futebol (MUJIKA et al, 2000);
jogadores de handebol (IZQUIERDO et al, 2002); nadadores (PEYREBRUNE et al, 2005;
HOPWOOD et al, 2006); velocistas (KINUGASA et al, 2004); futebol americano (BEMBEN et al,
2001) entre outros. Com resultados satisfatórios, como no estudo de MOURA et al (2002)
observaram melhores resultados de hipertrofia muscular em fibras musculares do tipo I e IIA nos
músculos gastrocnêmios e extensor digital longo em ratos wistar que suplementaram com CP e
submeteram ao treinamento de natação quando comparados ao grupo que somente treinou e
controle e concluíram que a suplementação aumenta a capacidade de hipertrofia muscular em
roedores. ERIC et al (2003) observa melhorias com a suplementação e concluíram que o uso
deste recurso melhora o desempenho em atletas de halterofilismo. Tais efeitos benéficos também
são observados por IZQUIERDO et al, (2002) em jogadores de handebol entre outros estudos.
Porém estes resultados satisfatórios não são unânimes, visto que McKENNA et al (1999)
observaram elevações nas concentrações musculares de creatina após suplementação, mas sem
melhora no desempenho em exercício intermitentes. Como também REARDON et al (2006)
concluíram que o uso de creatina não apresenta melhoria nas adaptações fisiológicas induzidas
pelo treinamento contínuo aeróbio. Resultados semelhantes foram encontrados por KINUGASA et
al (2004) quando estudaram um breve período de suplementação em exercícios repetitivos de
curta duração em bicicleta ergométrica e não observaram diferenças quando compararam com o
grupo placebo. A suplementação de creatina fosfato parece não estar relacionada a patologias
renais e gastrointestinais quando sua dose é fisiológica (POORTMANS et al, (2000); BEMBEN et
al, (2005), GUALANO et al, 2008).
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 3
No corpo, todos os carboidratos são transformados no açúcar simples glicose, que pode
ser utilizado imediatamente ou armazenado no fígado e nos músculos esqueléticos (como
glicogênio hepático e muscular, respectivamente) e nos tecidos adiposos (como trigligérides). O
armazenamento ou o uso imediato da glicose dependerá de algumas situações. Após as
refeições, por exemplo, há um aumento da concentração de glicose no sangue (hiperglicemia).
Caso permaneça o estado de hiperglicemia, ocorrerão danos à saúde (hipertensão e diabetes).
Cabe ao fígado, aos músculos e aos tecidos adiposos o controle deste excesso de glicose.
Controle este mediado por hormônios pancreáticos (insulina e glucagon) (GOODYEAR et al, 1998;
PRICE et al, 2000, BONJORN et al, 2002)
A. Período pós-prandial
O controle deste excesso de glicose nada mais é do que retornar a concentração de glicose no
sangue aos valores normais (70 a 110mg/dl). O fígado participa promovendo: a glicogênese
(transformação da glicose em glicogênio, reação catalisada pela enzima glicogênio sintaxe), a
lipogênese (transformação da glicose em gordura, catalisada por inúmeras enzimas) e a glicólise
(degradação da molécula de glicose e liberação de energia para as reações anteriores). Nos
tecidos adiposos ocorre a lipogênese. Nos músculos esqueléticos, ocorrem a glicogênese e/ou
glicólise. Com a retirada e armazenamento da glicose do sangue para os órgãos, a concentração
diminui e retorno das concentrações hormonais aos seus valores basais (KREISMAN et al, 2000;
BENNETT et al, 2001).
B. Período de Jejum
Como o organismo, após as refeições, armazenou glicose, com a falta dela, o organismo
desmanchará esses depósitos. Com a redução dos valores de glicemia (valores abaixo de 70
mg/dl) é liberado pelo pâncreas o hormônio glucagon que tem como principal efeito biológico a
elevação da glicemia (GUOQIANG et al, 2003).
No fígado ocorre a glicogenólise (quebra do glicogênio em glicose, reação catalisada pela
enzima glicogênio fosfatase) liberando glicose para manter a glicemia. No tecido adiposo ocorrerá
a lipólise (quebra da gordura, reação catalisada pela enzima lipase hormônio sensível) e liberação
de glicerol e ácidos graxos livres (AGLs). O glicerol será convertido em glicose pelo fígado
(gliconeogênese) e os AGLs formarão intermediários da glicose e serão oxidados em um processo
denominado de beta oxidação. Nos músculos esqueléticos não ocorre liberação de glicose do seu
depósito (glicogênio) para sangue, visto que não apresenta enzima que catalisa a reação de
liberação da glicose para o sangue, como o fígado (enzima é denominada de glicose-6-fosfatase).
Nos músculos esqueléticos, a glicose captada pelo sangue pode seguir dois caminhos
simultâneos: ou é armazenada na forma de glicogênio ou é degradada, sua prevalência será
utilizada dependerá da necessidade de energia. Caso não haja elevada necessidade de energia
(repouso) a via predominante é a formação de glicogênio. Mas, caso haja necessidade de energia
(exercício) a via predominante é o processo de glicólise (DROUIN et al; 1998, PANKAJ et al, 1999;
GUOQIANG et al, 2003)
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 4
necessidade muito rápida de energia (o que não possibilitou degradação completa da molécula de
glicose).
Durante o exercício físico de alta intensidade e curta duração (metabolismo anaeróbio
lático) o ácido pirúvico transformará em ácido lático (reação catalisada pela enzima desidrogenase
láctica) e difunde-se para o sangue. Os fatores que levaram a transformação do ácido pirúvico em
ácido lático são: (MALLETTE, et al, 1969; ESSRN et al, 1978; CONLEY et al, 1998; HOWLETT et
al, 1998; CROWTHER et al, 2002A, CROWTHER et al, 2002B; LEHNINGER et al, 2006).
Estas são as principais enzimas da glicólise, pois é através delas que o processo é
regulado e são formadas as principais substâncias.
C.1. Hexoquinase: tem a função de fixar a molécula de glicose dentro da célula, fosforilando a
molécula. Para isto, a enzima hidrolisa o ATP em ADP mais Pi e fixa o fosfato inorgânico no último
carbono da molécula de glicose. Assim, este nutriente para ser denominado de glicose-6-fosfato e
com esta estrutura não tem como sair da célula muscular (ESSRN et al, 1978; CONLEY et al,
1998; HOWLETT et al, 1998; CROWTHER et al, 2002A, CROWTHER et al, 2002B; WILSON,
2003; LEHNINGER et al, 2006).
C.2. PFK ou Fosfofrutoquinase: é a mais importante enzima reguladora da glicólise por permitir o
controle do processo enzimático. Quando no interstício celular são encontrados níveis elevados de
ADP e AMP e níveis reduzidos de ATP, há aceleração da ação desta enzima e, portanto da
glicólise. E níveis elevados de ATP, ácidos graxos e citrato inibem a ação desta. Além desta
função, transforma a molécula frutose-6-fosfato em frutose-1.6.-difosfato, através do processo de
fosforização semelhante ao ocorrido pela hexokinase (ESSRN et al, 1978; CONLEY et al, 1998;
HOWLETT et al, 1998; CROWTHER et al, 2002A, CROWTHER et al, 2002B; LEHNINGER et al,
2006).
C.3. Aldolase: sua função é importantíssima, pois com ela ocorre à clivagem da molécula frutose
1-6 difosfato com 6 carbonos em duas moléculas de 3 carbonos (trioses): fosfato de
diidroxiacetona e gliceraldeído 3-fosfato, finalizando a fase de preparação. Nesta fase são gastos
2 ATPs e não tendo nenhuma ressíntese do mesmo, não possibilitando liberação de energia
suficiente para a ressíntese. Na segunda fase (Liberação de Energia) inicia com a formação das
trioses, após tudo que ocorrer será em dobro, isto porque, uma única molécula de glicose produz
duas moléculas de trioses. A enzima mais importante dessa fase denomina-se de Piruvatoquinase
(ESSRN et al, 1978; CONLEY et al, 1998; HOWLETT et al, 1998; CROWTHER et al, 2002A,
CROWTHER et al, 2002B; LEHNINGER et al, 2006).
C.4. Piruvatoquinase: regula a glicólise apenas na inibição, através dos níveis elevados de ATP,
Acetil CoA e ácidos graxos de cadeia livres (AGL) de cadeias longas. Essa enzima representa o
segundo ponto de controle, baixa concentrações de ATP aumentam a ação dessa enzima. Sua
ação é transformar a substância fosfoenolpiruvato em ácido pirúvico, com a ressíntese de um ATP
(ESSRN et al, 1978; CONLEY et al, 1998; HOWLETT et al, 1998; CROWTHER et al, 2002A,
CROWTHER et al, 2002B; SPRIET et al, 2002; LEHNINGER et al, 2006).
Na forma de ácido pirúvico, o processo de glicólise chega a um ponto crítico que é regido
pela lei da Ação das Massas. Caso tenha O2 suficiente (metabolismo aeróbio) o ácido pirúvico
será transformado em Acetil CoA (reação catalizada pela enzima piruvato desidrogenase, enzima
que retira hidrogênio na forma de NAD e carbono na forma de CO2). Mas caso o oxigênio seja
insuficiente (metabolismo lático) o ácido pirúvico será transformado em Ácido Lático (reação
catalisada pela enzima desidrogenase láctica, enzima que integra ao ácido pirúvico hidrogênio
acoplados ao NAD). A produção de ácido lático é, portanto uma saída metabólica, onde a glicose
sem presença suficiente de oxigênio é degrada incompletamente e ressintetiza apenas 2 ATPs.
Assim sendo, durante a atividade motora com predomínio do metabolismo anaeróbio lático, há
produção de ácido lático que induzirá a fadiga muscular e durante o exercício, uma dor intensa. Ao
final do exercício, a dor cessa e inicia-se o processo de sua remoção (PAROLIN et al 1999;
PAROLIN et al, 2000; LEHNINGER et al, 2006).
Durante a realização de um exercício físico anaeróbio lático a necessidade de energia é
intensa e durante o processo metabólico não há tempo e presença de oxigênio suficiente para que
o ácido pirúvico possa forma acetil CoA e iniciar o processo aeróbio. Assim, há acúmulo de ácido
pirúvico e hidrogênio (retirados dos intermediários da glicólise para formarem ATP dentro das
mitocôndrias) que ativa a enzima lactato desidrogenase (LDH) (WASHINGTON et al, 2004). A
LDH retira os hidrogênios do NAD e os incorpora ao ácido pirúvico, assim formando uma molécula
denominada de ácido lático (CABRERA et al, 1999; KRISTENSEN et al, 2005; PHILP et al, 2005;
BROOKS, 2007).
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 5
D. PROCESSO AERÓBIO
Ressintetiza ATP através de reações químicas que exigem a presença de O2 que
respiramos. Os nutrientes utilizados para a ressíntese do ATP são glicose, a gordura e as
proteínas, inicia no citoplasma de todas as células do corpo e termina nas mitocôndrias. A glicose
será degradada COMPLETAMENTE e produz CO2, H2O e 686Kcal que requerem reações
químicas mais complexas que os dois processos anaeróbios e podem ser divididas em: a
GLICÓLISE, o CÍCLO DE KREBS (CK) e SISTEMA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS (nas
mitocôndrias).
1. Glicólise
O mesmo que no metabolismo lático. A única diferença é que: enquanto no metabolismo
anaeróbio lático a ácido pirúvico transforma-se em ácido lático, no metabolismo aeróbio
transforma-se em um composto menor denominado de Acetil CoA.
2. Ciclo de Krebs - CK
Denominado assim devido ao seu descobridor Sir Hans Krebs (1933). Neste ciclo continua
a degradação da molécula de glicose, mas através de uma série de reações cíclicas. Para iniciar-
se, o ácido pirúvico irá ser transformar-se em Acetil CoA, como comentado anteriormente, através
da ação da enzima piruvato desidrogenase. Essa enzima retira hidrogênio na forma de NAD e
carbono na forma de CO2. Ao ser transformado em Acetil CoA difundirá para a mitocôndria (matriz
mitocondrial) e iniciará a volta no Ciclo de Krebs. O início do CK ocorre com a formação do ácido
cítrico (molécula de 6 carbonos) através da união da Acetil (molécula com 2 carbonos) e ácido
oxaloacetato (4 carbonos) (STARRITT et al 1999; MESSER et al 2004; LEHNINGER et al, 2006;
SAKS et al, 2006)
Durante uma volta no CK ocorrem inúmeros eventos importantes: A. retiradas de carbonos
(descarbonização) através da produção de CO2; B. ressíntese de um ATP e C. liberações de
energia na forma de hidrogênio através de co-enzima carreadoras de hidrogênio (NAD e FAD)
para o sistema de transporte de elétrons. O CO2 produzido pelo CK difunde-se (difusão simples)
para o sangue, carreado (hemoglobina) para os pulmões para serem eliminados. Para a única
molécula de glicose ocorrem dois CK, assim, cada molécula ressintetizará apenas 2 ATPs (um por
volta). As co-enzimas NAD (nicotinamida adenina dinucleotideo) e FAD (flavina adenina
+
dinucleotídeo) funcionam como transportadores de hidrogênio (H ). Durante o Ciclo de Krebs
+
ocorrem três retiradas de H via NAD (NADH + H) e apenas 1 de FAD (FADH2), por volta
(LEHNINGER et al, 2006; SAKS et al, 2006).
1. Glicerol
O glicerol, pela corrente sangüínea, é entregue aos tecidos em atividade (ativos) e
difunde-se (difusão simples) para o citoplasma da célula (muscular). No citoplasma, o glicerol é
transformado em uma molécula da glicólise sendo aceito neste processo e passa a ser
metabolizada como uma (LEHNINGER et al, 2006).
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 6
Os AGL, pela corrente sangüínea, são entregues aos tecidos ativos e difundem-se
(difusão simples) para as mitocôndrias da célula muscular. Dentro das mitocôndrias participará de
um processo de degradação denominado de BETA OXIDAÇÃO. Este processo consiste de
liberações sucessivas de fragmentos do AGL. Fragmentos este como: um Acetil CoA e íons de
hidrogênio (um NAD e um FAD) (LEHNINGER et al, 2006).
Acetil CoA participa do CK como outra Acetil CoA derivada do ácido pirúvico. Os íons
hidrogênio são transportados para o STE pelas co-enzimas NAD e FAD. Este processo de BETA
OXIDAÇÃO é repetido indefinidamente até que a molécula de AGL seja degradada
completamente. Um fator importante é que: a degradação dos AGLs está associada diretamente à
captação de oxigênio que respiramos. Caso tenhamos concentrações suficientes de oxigênio o
processo ocorre, mas caso tenhamos concentrações insuficiente de oxigênio o não ocorre. Assim
sendo, não ocorre Beta Oxidação nos processos anaeróbios. A quantidade de ATP ressintetizado
por um triglicerídeo é muitas vezes maior que aquela ocorrida com a glicose. Exemplo: uma AGL
com 18 carbonos é capaz de ressintetizar 147 ATPs e um glicerol 19 ATPs. Como o triglicerídeo é
formado por três AGLS (147 x 3 = 441) e uma molécula de glicerol, assim: 441 + 19 = 460 ATPs
(LEHNINGER et al, 2006; MAGKOS et al, 2006).
1. Repouso: Durante repouso 2/3 dos nutrientes utilizados para a ressíntese de ATP
provém da gordura e o 1/3 restante pelos carboidratos, as proteínas possuem contribuição muito
pequena. Entre os processos, o aeróbio é o predominante, isto porque nossos sistemas de
captação e transporte de oxigênio (sistema cardiorrespiratório) são capazes de fornecer a cada
célula oxigênio suficiente. Apesar da predominância do metabolismo aeróbio, há presença de
ácido lático na corrente sanguínea, porém suas concentrações não são capazes de induzir fadiga,
pois a remoção deste ácido e proporcional a sua produção.
# Exercícios prolongados: São exercícios que podem ser realizados por longos períodos de
tempo, mas com uma intensidade baixa, com predomínio do metabolismo aeróbio sobre os
demais. Os nutrientes utilizados são glicose, gordura e proteínas e seu predomínio dependerá da
intensidade e duração da atividade física. Quanto maior for à duração do esforço maior será o
consumo de lipídios como fonte de energia (AGLs). Vale ressaltar que o maior consumo de AGLs
promove poupança de glicogênio muscular. Mas, caso os estoques de glicogênio muscular
estejam reduzidos no inicio do exercício físico, não será possível o consumo de AGL como fonte
de energia e assim ocorrerá fadiga muscular. Há produção de ácido lático, porém não ocorrerá o
seu acúmulo, pois sua remoção será diretamente proporcional a produção (PHILLIPS et al, 1996;
HORTON et al, 1998; McCONELL et al, 1999; SPENCER et al, 2001; WATT et al, 2002;
JOHNSON et al, 2004)
G. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANGSBO,J.; GOLLNICK, P. D.; GRAHAM, T. E.; JUEL, C.; KIENS, B.; MIZUNO, M. and SALTIN,
B. Anaerobic energy production and 02 deficit-debt relationship during exhaustive exercise in
humans. Journal of Physiology (1990), 422, pp. 539-559.
BEMBEN, M. G., BEMBEN, D. A.; LOFTISS, D. D. and KNEHANS, A. W. Creatine
supplementation during resistance training in college football athletes. Med. Sci. Sports Exerc., Vol.
33, No. 10, 2001, pp. 1667–1673.
BEMBEN, M. G. and LAMONT, H. S. Creatine Supplementation and Exercise Performance Recent
Findings. Sports Med 2005; 35 (2): 107-125.
BENNETT, A. F. and HICKS, J. W. Postprandial exercise: prioritization or additivity of the metabolic
responses? The Journal of Experimental Biology 204, 2127–2132 (2001).
BONJORN, V. M., LATOUR, M. G.; BÉLANGER, P. and LAVOIE, J. M. Influence of prior exercise
and liver glycogen content on the sensitivity of the liver to glucagon. J Appl Physiol 92: 188–194,
2002.
BROOKS, G. A. Lactate Link Between Glycolytic and Oxidative Metabolism. Sports Med 2007; 37
(4-5): 341-343.
CABRERA, MARCO E., GERALD M. SAIDEL, and SATISH C. KALHAN. Lactate metabolism
during exercise: analysis by an integrative systems model. Am. J. Physiol. 277 (Regulatory
Integrative Comp. Physiol. 46): R1522–R1536, 1999.
CASEY, A. and GREENHAFF, P. L. Does dietary creatine supplementation play a role in skeletal
muscle metabolism and performance? Am J Clin Nutr 2000;72(suppl):607S–17S.
CONLEY, K. E.; KUSHMERICK, M. J. and JUBRIAS, S. A. Glycolysis is independent of
oxygenation state in stimulated human skeletal muscle in vivo. Journal of Physiology (1998), 511.3,
pp. 935—945.
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 8
A. CROWTHER, GREGORY J., MICHAEL F. CAREY, WILLIAM F. KEMPER, and KEVIN E.
CONLEY. Control of glycolysis in contracting skeletal muscle. I. Turning it on. Am J Physiol
Endocrinol Metab 282: E67–E73, 2002.
B. CROWTHER, GREGORY J., WILLIAM F. KEMPER, MICHAEL F. CAREY, and KEVIN E.
CONLEY. Control of glycolysis in contracting skeletal muscle. II. Turning it off. Am J Physiol
Endocrinol Metab 282: E74–E79, 2002.
DROUIN, R. LAVOIE, C.; BOURQUE, J.; DUCROS, F.; POISSON, D. and CHIASSON, J. L.
Increased hepatic glucose production response to glucagon in trained subjects. Am. J. Physiol. 274
(Endocrinol. Metab. 37): E23–E28, 1998.
ESSRN, B. and KAIJSER, L. Regulation of glycolysis in intermittent exercise in man. J. Physiol.
(1978), 281, pp. 499-511.
FISKE, C. H. and SUBBAROW,Y. The colorimetric determinations of phosphorus. The Journal of
Biological Chemistry, Vol. LXVI, No. 2, 1925.
GREENHAFF, P. L. and TIMMONS, J. A. Interaction Between Aerobic and Anaerobic Metabolism
During Intense Muscle Contraction. Exercise and Sport Sciences Reviews: January 1998 - Volume
26 - Issue 1 - ppg 1-30.
GOODYEAR, L. J. and KAHN, B. B. Exercise, glucose transport, and insulin sensitivity. Annu. Rev.
Med. 1998. 49:235.61.
GUALANO, B., UGRINOWITSCH, C., SEGURO, A. C. e LANCHA JUNIOR, A. H. A
Suplementacao de Creatina Prejudica a Função Renal? Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 1 –
Jan/Fev, 2008.
GUOQIANG, J. and ZHANG, B. B. Glucagon and regulation of glucose metabolism. Am J Physiol
Endocrinol Metab 284: E671–E678, 2003.
HAVENETIDIS, K.; MATSOUKA, O.; COOKE, C. B. and THEODOROU, A. The use of varying
creatine regimens on sprint cycling. Journal of Sports Science and Medicine (2003) 2, 88-97.
HOPWOOD, M. J.; GRAHAM, K. and ROONEY, K. B. Creatine supplementation and swim
performance: a brief review. Journal of Sports Science and Medicine (2006) 5, 10-24.
HORTON, TRACY J., MICHAEL J. PAGLIASSOTTI, KAREN HOBBS, and JAMES O. HILL. Fuel
metabolism in men and women during and after long-duration exercise. J. Appl. Physiol. 85(5):
1823–1832, 1998.
HOWLETT, RICHARD A., MICHELLE L. PAROLIN, DAVID J. DYCK, ERIC HULTMAN, NORMAN
L. JONES, GEORGE J. F. HEIGENHAUSER, and LAWRENCE L. SPRIET. Regulation of skeletal
muscle glycogen phosphorylase and PDH at varying exercise power outputs. Am. J. Physiol. 275
(Regulatory Integrative Comp. Physiol. 44): R418–R425, 1998.
IZQUIERDO, M., J. IBAN˜ EZ, J. J. GONZA´ LEZ-BADILLO, and E. M. GOROSTIAGA. Effects of
creatine supplementation on muscle power, endurance, and sprint performance. Med. Sci. Sports
Exerc., Vol. 34, No. 2, pp. 332–343, 2002.
JOHNSON, N. A.; STANNARD, S. R. and THOMPSON, M. W. Muscle Triglyceride and Glycogen
in Endurance Exercise Implications for Performance. Sports Med 2004; 34 (3): 151-164.
KARLSSON, J. and SALTIN, B. Lactate, ATP, and CP in working muscles durinq exhaustive
exercise in man. J. Appl. Physiol. 29(5) : 598-602. 1970.
KINUGASA; R.; AKIMA; H.; OTA; A.; OHTA; A.; SUGIURA, K. and KUNO, S. Short-term creatine
supplementation does not improve muscle activation or sprint performance in humans. Eur J Appl
Physiol (2004) 91: 230–237.
KOHLER, G. and BOUTELLIER, U. Glycogen reduction in non-exercising muscle depends on
blood lactate concentration. Eur J Appl Pphysiol (2004) 92: 548–554.
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 9
KREISMAN, S. H., MANZON, A.; NESSIM, S. J.; MORAIS, J. A.; GOUGEON, R.; FISHER, S. J.;
VRANIC, M. and MARLISS, E. B. Glucoregulatory responses to intense exercise performed in the
postprandial state. Am J Physiol Endocrinol Metab 278: E786–E793, 2000.
KRISTENSEN, M.; ALBERTSEN, J.; RENTSCH, M. and JUEL, C. Lactate and force production in
skeletal muscle. J. Physiol 56.2 (2005) pp 521-526.
LEHNINGER; NELSON E COX. Princípios de Bioquímica. 6ª Ed. São Paulo: Ed. Savier, 2006.
LIPMANN, F. Metabolic Generation and Utilization of Phosphate bond Energy. Advances in
Enzymology and Related Subjects - Vol I (1941).
LIPMANN, F. A. and TUTTLE, L. C. A SPECIFIC MICROMETHOD FOR THE DETERMINATION
OF ACYL PHOSPHATES. Journal of Biological Chemistry, 159 (1): 21. (1945).
MAGKOS, FAIDON, DAVID C. WRIGHT, BRUCE W. PATTERSON, B. SELMA MOHAMMED, and
BETTINA MITTENDORFER. Lipid metabolism response to a single, prolonged bout of endurance
exercise in healthy young men. Am J Physiol Endocrinol Metab 290: E355–E362, 2006.
MALLETTE, J. E; EXTON, J. H. and PARK, C. R. Control of Gluconeogenesis from Amino Acids in
the Perfused Rat Liver. THE JOURNALO F BIOLOQICALC HEMISTRY. Vol. 244, No. 20, Issue of
October 25, PP. 5713-5723, 1969.
McCONELL, G., R. J. SNOW, J. PROIETTO, and M. HARGREAVES. Muscle metabolism during
prolonged exercise in humans: influence of carbohydrate availability. J. Appl.Physiol. 87(3): 1083–
1086, 1999.
MCKENNA, M. J., MORTON, J.; SELIG, S. E. and SNOW, R. J. Creatine supplementation
increases muscle total creatine but not maximal intermittent exercise performance. J. Appl. Physiol.
87(6): 2244–2252, 1999.
MESA, J. L. M.; RUIZ, J. R.; GONZÁLEZ-GROSS, M. M.; SÁINZ, A. G. and GARZÓN, M. J. P.
Oral Creatine Supplementation and Skeletal Muscle Metabolism in Physical Exercise. Sports Med
2002; 32 (14): 903-944.
MESSER, JEFFREY I., MATTHEW R. JACKMAN, and WAYNE T. WILLIS. Pyruvate and citric acid
cycle carbon requirements in isolated skeletal muscle mitochondria. Am J Physiol Cell Physiol 286:
C565–C572, 2004.
MUJIKA, IÑIGO; PADILLA, SABINO; IBAÑEZ, JAVIER; IZQUIERDO, MIKEL; GOROSTIAGA,
ESTEBAN. Creatine supplementation and sprint performance in soccer players. Medicine &
Science in Sports & Exercise: February 2000 - Volume 32 - Issue 2 - p 518.
NEVILL, ALAN M., DAVID A. JONES, DAVID MCINTYRE, GREGORY C. BOGDANIS, and MARY
E. NEVILL. A model for phosphocreatine resynthesis. J. Appl. Physiol. 82(1): 329–335, 1997.
PANKAJ,S.; BASU, A.; BASU, R. and RIZZA, R. Impact of lack of suppression of glucagon on
glucose tolerance in humans. Am. J. Physiol. 277 (Endocrinol. Metab. 40): E283–E290, 1999.
PAROLIN, MICHELLE L., ALAN CHESLEY, MARK P. MATSOS, LAWRENCE L. SPRIET,
NORMAN L. JONES, and GEORGE J. F. HEIGENHAUSER. Regulation of skeletal muscle
glycogen phosphorylase and PDH during maximal intermittent exercise. Am. J. Physiol. 277
(Endocrinol. Metab. 40): E890–E900, 1999.
PAROLIN, MICHELLE L., LAWRENCE L. SPRIET, ERIC HULTMAN, MELANIE G. HOLLIDGE-
HORVAT, NORMAN L. JONES, and GEORGE J. F. HEIGENHAUSER. Regulation of glycogen
phosphorylase and PDH during exercise in human skeletal muscle during hypoxia. Am. J. Physiol.
Endocrinol. Metab. 278: E522–E534, 2000.
PERSKY, A. M. and BRAZEAU, G. A. Clinical Pharmacology of the Dietary Supplement Creatine
Monohydrate. Pharmacol Rev 53:161–176, 2001.
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 10
PEYREBRUNE, M. C., K. STOKES, G. M. HALL, and M. E. NEVILL. Effect of Creatine
Supplementation on Training for Competition in Elite Swimmers. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 37,
No. 12, pp. 2140-2147, 2005.
PHILLIPS, S. M., H. J. GREEN, M. A. TARNOPOLSKY, G. J. F. HEIGENHAUSER, R. E. HILL, and
S. M. GRANT. Effects of training duration on substrate turnover and oxidation during exercise. J.
Appl. Physiol. 81(5): 2182–2191, 1996.
PHILP, A.; ADAM L. MACDONALD and PETER W. WATT. Lactate – a signal coordinating cell and
systemic function. The Journal of Experimental Biology 208, 4561-4575, 2005.
POORTMANS, J. R. and FRANCAUX, M. Adverse Effects of Creatine Supplementation Fact or
Fiction? Sports Med 2000 Sep; 30 (3): 155-170.
PRICE, T. B., LAURENT, D.; PETERSEN, K. F.; ROTHMAN, D. L. and SHULMAN, G. I. Glycogen
loading alters muscle glycogen resynthesis after exercise. J. Appl. Physiol. 88: 698–704, 2000.
PRIPSTEIN, L. P.; E.C. RHODES; D.C. MCKENZIE and K.D. COUTTS. Aerobic and anaerobic
energy during a 2-km race simulation in female rowers. Eur J Appl Physiol (1999) 79: 491-494.
PUTMAN, C. T., M. P. MATSOS, E. HULTMAN, N. L. JONES, and G. J. F. HEIGENHAUSER.
Pyruvate dehydrogenase activation in inactive muscle during and after maximal exercise in men.
Am. J. Physiol. 276 (Endocrinol. Metab. 39): E483–E488, 1999.
RANALLO, R. F. and RHODES, E. C. Lipid Metabolism During Exercise. Sports Med 1998 Jul; 26
(1): 29-42.
RAWSON, E. S. and VOLEK, J. S. Effects of Creatine Supplementation and Resistance Training
on Muscle Strength and Weightlifting Performance. Journal of Strength and Conditioning Research,
2003, 17(4), 822–831.
REARDON, T. F.; RUELL, P. A.; FIATARONE SINGH, M. A.; THOMPSON, C. H. and ROONEY,
K. B. Creatine supplementation does not enhance submaximal aerobic training adaptations in
healthy young men and women. Eur J Appl Physiol (2006) 98:234–241.
ROMIJN, J. A., E. F. COYLE, L. S. SIDOSSIS, A. GASTALDELLI, J. F. HOROWITZ, E. ENDERT,
and R. R. WOLFE. Regulation of endogenous fat and carbohydrate metabolism in relation to
exercise intensity and duration. Am. J. Physiol. 265 (Endocrinol. Metczb. 28): E380-E391, 1993.
SAKS, V.; ROLAND FAVIER, RITA GUZUN, UWE SCHLATTNER and THEOWALLIMANN.
Molecular system bioenergetics: regulation of substrate supply in response to heart energy
demands. J Physiol 577.3 (2006) pp 769–777.
SPENCER, M. R., and P. B. GASTIN. Energy system contribution during 200- to 1500-m running in
highly trained athletes. Med. Sci.Sports Exerc., Vol. 33, No. 1, 2001, pp. 157–162.
SPRIET, L.L., and G.J.F. HEIGENHAUSER. Regulation of pyruvate dehydrogenase (PDH) activity
in human skeletal muscle during exercise. Exerc. Sport Sci. Rev., Vol. 30, No. 2, pp. 91–95, 2002.
STARRITT, EMMA C., DAMIEN ANGUS, and MARK HARGREAVES. Effect of short-term training
on mitochondrial ATP production rate in human skeletal muscle. J. Appl. Physiol. 86(2): 450–454,
1999.
TRUMP, M. E.; HEIGENHAUSER, G. J.; PUTMAN, C. T. and SPRIET, L. L. Importance of muscle
phosphocreatine during intermittent maximal cycling. J Appl Physiol 80: 1574-1580, 1996.
WATT, MATTHEW J., GEORGE J. F. HEIGENHAUSER, and LAWRENCE L. SPRIET.
Intramuscular triacylglycerol utilization in human skeletal muscle during exercise: is there a
controversy? J Appl Physiol 93: 1185–1195, 2002; 10.1152/japplphysiol.00197.2002.
WASHINGTON, TYRONE A., JAMES M. REECY, RAYMOND W. THOMPSON, LARRY L. LOWE,
JOSEPH M. MCCLUNG, and JAMES A. CARSON. Lactate dehydrogenase expression at the
onset of altered loading in rat soleus muscle. J Appl Physiol 97: 1424–1430, 2004;
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 11
WILSON, J. E. Isozymes of mammalian hexokinase: structure, subcellular localization and
metabolic function. The Journal of Experimental Biology 206, 2049-2057, 2003.
WYSS, M and KADDURAH-DAOUK, R. Creatine and creatinine metabolism. Physiol Rev 2000; 80:
1107-213.
Revista Expressão do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, 10ª Ed.,JUN/2009, pp. 207-22. Página 12