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Luiz Eduardo W. Wanderley O QUE E UNIVERSIDADE editora brasiliense _____IBTURAS_ Mi ‘+ A Escola Compreensio da Realidade — Maria Teresa ‘Nidecot + A Questo Poltica da Educarso Popular — Carlos Fi, Brandéo 1 Cuidada! Escola — Paulo Free outros * Descaminhos de Educardo Pos-68 ~ Cad. Debate 8 ~ Vérios Autores + Desregulagens — Educacio, plansamentoe tecnologia como ferramenta social — Laymert 6. dos Santos + Educacdo ou Desconversa? — Almanaque ll — Viios Autores 1 Escola, Estado eidevlogia — Lia Zanotta Machado 1 Eicola@ Trabalho — Gaudio Salm 1 Fundamentos da Escola do Trabatho ~ Pistrak 1 Idoologia e Currculo — Michael We Apple 1 Uma Escola para o Povo ~ Maria Teresa Nideloor? 1 Vivendo‘e Aprendendo — Paulo Fave e outros Coleg Primeitos Passos 1 Oque ¢ Etucacio ~ Carlos R. Brando 2 O que 6 ldeologia — Maniena Chau + O que é Método Paulo Frere ~ Carlos R. Brando Coleco Tudo 6 Histéria «+ Movimento Estudanti no Brasil — Antonio Mendes Jr. Coleco Primeiros Voos += Pedagooia: Reprodurio ou Transformacso — L. de Ohara Lime Lopyright © Luiz Bduardo W. Wanderley ‘evisdo: Rosingela M. Dolis ‘ama: Bttore Bottini ‘oto de capa: Hilton Ribeiro ‘ojeto em 19 plano: Bédas Onze, instrumento cientifico pera pesquisas de campo. Alta precisfo. ago e construgfo: Guto Lacaz 4 editora brasiliense s.a. (01223 — r. general jardim, 160 ‘so paulo — brasil Luiz Eduardo W. Wanders O QUEE UNIVERSIDADE ~ 4, 5 4 a 1983 40 onot de bone Hee INDICE Introducdo eee. sees = Auniversidade na historia = 0 movimento reformista universitério = Cultura universal e dependéncie cultural — Finalidades da universidade = Comunidade universitéria Estrutura e relagdes de poder... — Autonomia: mito ou realidade? ~ Universidade, sociedade @ desenvolvimento Indicagées para letura Sagsrsspas ‘Sue preconcsivos agos sobre 2 educaizo superior 19 Preconceto: A educacSo supwior eve Ser pare ume lite ono para as mass. 1A ecucapdo superior diminul 2 qualidade Se gente 0 wie proporeto minime ¢ apte pure 8 selucafo superior (aigamor 0,01 ou 1). Paras edueseS0 superior se davem sole one of ais ton. Ngo s deve proporcionareduesefo superior sm dos posiblidades de evorene, 0 Estado Je esta gastando deratiado om feucanfo. superior. A educario. superior ‘io dove ser greta ou semiortuta No s8 dave queer que todos wiam profs sionals Seria horrivel_ um mundo em ‘ue no houveste operas 20 Preconcsito: Preconcsto: 4 Preconcste: 5° Praconcsto 6° Praconceto 7° Preconcsto: Pablo Gonsslez Cazenove Luiz Eduardo W. Wanderley INTRODUGAO © termo universidade esté ligado a muitos outros — cultura, ciéncia, ensino superior, pesquisa, sutonomis ete = que’ devem ser conjuntamente compreendicos. Como indimeras instituig6es sociais de nosso mundo, questiona-se se suas finalidades © seus ideals, tradicionalmente aceitos, ppermanecem vilidos nos dias de hoje. Certas fungBes ‘como as de qualificar os mals aptos para as diversas ero fiseBes, diferongar © sabor cientifico e 0 pré-ientifico, = cultura erudita © a popular, tornar a universidede mais democréties, tanto no sentido do poder interno, quanto no sentido de abri-la para camadas mais vastas da popu- lado, transformaram-se em problemas. Qual o seu signifi cado verdadeiro? A que e a quem ela serve? Que caminhos std trilhando? Estas perguntas apresentam muitasrespostas. Minha proposta 6 a de que para compreender o que é Universidade © sua situagfo atual hé necessidede de se buscar uma visio da totalidade quo apanhe as rolapbes entre esta instituigéo e as estruturas e processos socials de Sociedade onde ela esté inserida, que mostre como als foi (0 que é Universidade esté sendo produzida, as forgas socials que atuam nele © sobre ela, as formas de ocganizapso que assumiu no passedo e as mudancas em curso, 0 conteido de suas politicas de ensino, pesquiss © extensio, o graus de autonomia, seu vinculo com 0 processo de demacratizacéo, fs contradio8es que enfrenta, as carSncias e limitagdes de sus missfo, o santido de sua stuaedo. Tal empreendimento exige uma andlise de fatores histéricos, estruturais © conjun- turals que levem em conta a multiplicidade de dimensées da vida coletiva, aspectos econémicos, politicos, sociais © culturais. Ora, este quadro é muito sbrangente ¢ exigiia um espago que escapa & forma e as finalidades propostas pare um livro desta colecio. Assim sendo, watei de ‘ecrutinar um poueo da génese da universidade 1a histori, ‘aspectos bésicos de seus agontes — estudantes, professores ® funcionérios —, elementos de sua estrutura e relagBes de poder, algumas de suas finalidades bésicas problemas stuais mais gritantes. Tentendo compreendé-la no seu processo de desenvolvimento, uma andlise pormenorizada Seré.feita do movimento de reforma universitria ne ‘América Latina, bem como de componentes da dindmica passada e presente da vida universitria brasileira Visdes da universidade Se encararmos. a6 visées globeis que se tém hoje de Universidade, num plano bem geral, elas seguem distintas| trientapdes, Nos pa/ss socialistas, as universidedes tém suo ‘utonomia condicionada pelo Estado por uma crientacio ‘eorica central, algumes mantendo a rgidez e a hievarqui- zacdo, outras se modernizendo, Seguom uma planiticagso fe buscam avangar nas realizagdes cientificas etecnolégicas, bem como formar especialistas de alto nivel, procurando idontticarse com 0 desenvolvimento a edificagdo do proprio socialism, Nos patses capitalists, as universidades Spresentam um grau de autonomia e de avanco teenolégico © cientifico veridvel, sendo condicionadas de modo dife- ‘enciado pelo tipo de desenvolvimento seguido, quer pelos paises desenvolvidos centais, quer pelos paises subdesen: Colvidos dependentas, como é 0 e2s0 do nosto pats. Tanto hos eentrais como noe periféricos, vale 2 pena destacar as sequintes concepc8es universities: Existem aqueles que véem a universidade como o lugar historieamente propriedo para 2 criacdo e divulgacfo do saber, para o desenvolvimento da citnci, para a formacso de profisionsis de nivel superior, téonicos e intelectuals fque os sistemas necutsitam. E como a instituiglo soci Que articula 0 ensino, @ pesquisa © e extensio nos niv Inais elevados da poltica educacional de um pais, satisfo- zendo os requisitos prefixados pela sociedade. Contida Sentro Ge certos limites, &he permitida relativa autonome, desde que nJo se contraponha aos cbjetivos postos pelos fovernantese stores privados mantenedores. Ha outros que encaram a universidade como um dos aparelhes ideol6gicns prvilegiados da formacio social Capitalist, tanto na reproducso des condigdes materisis| © da diviséo social do trabalho em intelectual e manual, ‘quanto para garantie as fungSes de inculeagfo politics © IWeologica dos grupos e classes dominantes. Esta visso falienta que hé uma refproca Influéncia entre os fstores texternos s6cio-econdmicos-politicos ¢ os fatores internos ‘que so determinados por

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