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GABRIELLA SAAD AZEVEDO

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: A PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO E O DIREITO


DE O PRESO SER CONDUZIDO, SEM DEMORA, À PRESENÇA DO JUIZ

Projeto de pesquisa apresentado como requisito


parcial de avaliação das atividades de elaboração de
Trabalho de Conclusão do Curso de Direito da
Universidade Positivo.

Orientador: Prof. Sylvio Lourenço da Silveira Filho

CURITIBA
2015
2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1 TEMA.....................................................................................................................3
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO...........................................................................................3
1.2.1 Hipóteses............................................................................................................3
1.3 OBJETIVOS...........................................................................................................4
1.3.1 Objetivo geral......................................................................................................4
1.3.2 Objetivos específicos..........................................................................................4
1.4 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO.. ...........................................................................................6
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................6
2.2 METODOLOGIA...................................................................................................12
2.2.1 Proposta de Sumário da Monografia.................................................................12
2.3 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.......................................................................14
REFERÊNCIAS..........................................................................................................16
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO........................................................................18
3

1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMA
O presente trabalho tem como tema a análise acerca da importância da
implementação da audiência de custódia para a evolução do processo penal
brasileiro. Pretende-se, pois, confrontar a inaplicabilidade da imediata apresentação
do preso em flagrante delito ao juiz em face de sua previsão normativa nos pactos
internacionais sobre direitos humanos dos quais o Brasil é signatário, assim como
averiguar a imprescindibilidade desta garantia para o cumprimento dos direitos
fundamentais do preso e para a confirmação da prisão cautelar como ultima ratio.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
Por que a implementação da audiência de custódia no Brasil se faz
necessária?
Como sub-questionamentos almeja-se compreender o que segue:
• O direito de a pessoa presa ser conduzida, sem demora, à presença de um
juiz compõe o sistema de garantias processuais penais brasileiro?
• Tal direito tem aplicação imediata no caso de prisão em flagrante ou depende
de regulamentação legal?
• Qual o papel da audiência de custódia no controle da prisão em flagrante, no
cumprimento dos direitos fundamentais do preso e na efetivação do caráter
excepcional da prisão preventiva?
• Qual a previsão normativa, particularidades e benefícios decorrentes da
audiência de custódia?

1.2.1 Hipóteses
De início, registra-se que a Convenção Americana de Direitos Humanos e o
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos dão conta de que toda pessoa
encarcerada deverá ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra
autoridade competente para exercer função judicial [artigos 7.5 e 9.3,
respectivamente1].

1
COSTA RICA. Pacto de San José da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and678-92.pdf> Acesso em: 21/04/15;
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, de
4

O Brasil, a despeito de ser signatário de ambos os tratados, não vem


cumprindo tal disposição. Para atender à esta exigência legal é que se faz
necessária a implementação da audiência de custódia, mas não somente isto.
A apresentação do preso em flagrante ao juiz possibilita seja avaliada a
(i)legalidade da prisão, a efetiva necessidade e adequação de qualquer medida
cautelar pessoal ao caso concreto, bem como evitada a brutalidade policial ou a
tortura. Como consequência direta, se observará a redução do atual índice de
presos provisórios no país.
O procedimento, ademais, tem como função garantir o contraditório prévio à
conversão da prisão em flagrante em preventiva, respeitando-se, desse modo, o que
determina o Código de Processo Penal2 em seu artigo 282, § 3º.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral


Analisar a importância, as finalidades, características e vantagens da
audiência de custódia para o processo penal brasileiro.

1.3.2 Objetivos específicos


• Analisar os princípios inerentes à prisão provisória.
• Confrontar o instituto jurídico da prisão em flagrante em face das demais
espécies de prisão provisória.
• Examinar as hipóteses de estado de flagrância, os momentos da prisão em
flagrante delito, as suas modalidades e natureza jurídica.
• Analisar o atual sistema de controle de legalidade da prisão em flagrante.
• Conceituar a audiência de custódia e analisar suas características e previsão
normativa.
• Analisar o Projeto de Lei nº 554/2011 e a posição das instituições que atuam
no sistema de justiça criminal (Ministério Público, Defensoria Pública, Associações
de Delegados e Juízes, dentre outras) sobre a matéria.

9 de dezembro de 1966. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-


1994/D0592.htm> Acesso em: 21/04/15.
2
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, 3 de outubro de 1941. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm>. Acesso em: 08/05/15.
5

• Averiguar as consequências da audiência de custódia no efetivo controle de


legalidade da prisão em flagrante, no combate à excessiva política de
encarceramento em massa e no cumprimento dos direitos fundamentais do preso.

1.4 JUSTIFICATIVA
O estudo da temática, a partir do viés proposto, contribui com o debate
acadêmico à medida que proporciona um maior potencial crítico sobre o assunto,
que atualmente é bastante comentado, especialmente diante das recomendações a
respeito do tema advindas do Conselho Nacional de Justiça3 e da implantação do
“Projeto Audiência de Custódia” pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo no
Fórum Criminal da Barra Funda4.
Nessa toada, a execução da pesquisa se justifica principalmente para elucidar
a importância da adoção da audiência de custódia em todo o país. O debate é
necessário, ainda, para que as opiniões acerca deste assunto sejam aprimoradas,
atentando-se sempre para o fato de que se está a tratar sobre a proteção de direitos
fundamentais.
Em última análise, a discussão colabora com a construção de um processo
penal mais humanitário, vez que a audiência viabiliza, para além do cumprimento
dos tratados internacionais, o contato direto do preso com o juiz. Combate-se, desta
maneira, o caráter impessoal da decisão que homologa a prisão exclusivamente
com base naquilo que está documentado no auto de prisão em flagrante.

3
Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79277-lewandowski-conclama-tribunais-a-
combaterem-cultura-do-encarceramento>; < http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79219-cnj-e-oab-firmam-
cooperacao-para-implementar-audiencias-de-custodia>. Acesso em: 08/05/15.
4
Disponível em: <http://www.tjsp.jus.br/institucional/canaiscomunicacao/noticias/Noticia.aspx?Id
=25804>. Acesso em: 08/05/15.
6

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 REFERENCIAL TEÓRICO


A Constituição da República, com o objetivo de conter abusos e fixar meios
protetivos à liberdade da pessoa, assegura à todos uma série de direitos e garantias
relativos à prisão cautelar5.
Nesse sentido, determina o artigo 5º que:
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão
ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
6
liberdade provisória, com ou sem fiança (sem grifos no original)

Via de ilação, tem-se que, salvo no caso excepcional de prisão em flagrante,


ninguém poderá ser preso sem a existência de deliberação judicial devidamente
fundamentada.
Com efeito, a prisão em flagrante é ato constritivo da liberdade do sujeito que,
em tese, está cometendo um delito ou acabara de cometê-lo. Qualquer pessoa do
povo é legitimada e pode proceder à prisão daquele que se encontre em estado de
flagrância. Trata-se, contudo, de dever da autoridade policial e de seus respectivos
agentes (Art. 301 do CPP).
Caberá, então, à autoridade competente remeter ao juiz, em até 24h após a
prisão do agente, o auto de prisão em flagrante, para que o magistrado decida a
respeito da legalidade ou ilegalidade do cárcere, relaxando-o, convertendo-o em
prisão preventiva [caso presentes seus pressupostos], decretando qualquer outra

5
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Prisão em flagrante delito e direito à audiência de
custódia. Parecer apresentado a partir de consulta formulada pelo Instituto de Defesa do Direito de
Defesa (IDDD) e Defensoria Pública da União (DPU) utilizado na Ação Civil Pública registrada sob o
nº 8837-91.2014.4.01.3200, em trâmite perante a 3ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciária do
Amazonas, 31 de Julho de 2014, p. 2.
6
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 5 de outubro de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 08/05/15.
7

medida cautelar pessoal alternativa à prisão ou concedendo liberdade provisória


com ou sem a cobrança de fiança.
Por conseguinte, ninguém poderá permanecer preso em flagrante por mais de
24h. Aury LOPES JR7 assevera que o flagrante é medida precária, de mera
detenção e caráter instrumental em relação à prisão preventiva, isto é, que não tem
como objetivo garantir o resultado final do processo. Por tal razão é que, segundo o
jurista, a prisão em flagrante não configura medida cautelar pessoal propriamente
dita, mas sim medida pré-cautelar.

A prisão em flagrante é uma medida pré-cautelar, de natureza pessoal, cuja


precariedade vem marcada pela possibilidade de ser adotada por
particulares ou autoridade policial, e que somente está justificada pela
brevidade de sua duração e o imperioso dever de análise judicial em até
24h, onde cumprirá ao juiz analisar sua legalidade e decidir sobre a
8
manutenção da prisão (agora como preventiva) ou não.

Destarte, conclui-se que a prisão em flagrante é, em um primeiro momento,


um ato de natureza administrativa, que somente após irá se tornar ato de natureza
jurisdicional e processual. E, como ato administrativo que independe de ordem
judicial, o flagrante deve ser rigorosamente fiscalizado pelo Poder Judiciário9, isto é,
prontamente jurisdicionalizado.
Ao realizar o controle de legalidade sobre a prisão em flagrante, é dever do
juiz verificar a efetiva presença do periculum libertatis para, somente então,
determinar a conversão do flagrante em preventiva. É cediço na dogmática jurídica
brasileira que a prisão provisória se trata de medida de extrema exceção. Em uma
sociedade democrática a liberdade, como direito fundamental que é, constitui
sempre a regra durante o trâmite do processo penal, isso porque, nesse ínterim, o
imputado está (ou ao menos deveria estar) acobertado pela presunção de inocência.
O abuso e excesso no uso da prisão provisória é ranço inquisitório que deve
ser combatido. Em junho de 2014 o Conselho Nacional de Justiça publicou um
diagnóstico das pessoas presas no Brasil10. O relatório dá conta de que existem

7
LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal e sua Conformidade Constitucional, 9ª ed. - São
Paulo: Saraiva, 2012, p. 797.
8
LOPES JR, Aury. Direito Processual Penal e sua Conformidade Constitucional, op. cit., p. 798.
9
GOMES, Luiz Flávio. A audiência de custódia e a resistência das almas inquisitoriais. Revista Jus
Navigandi. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/36679> Acesso em: 26/04/15.
10
Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/images/imprensa/pessoas_presas_no_brasil_final.pdf>.
Acesso em: 26/04/15.
8

567.655 pessoas encarceradas no país, dentre as quais 41% estão presas


provisoriamente.
Verifica-se, via de consequência, que, desvirtuada de sua real função, a
prisão cautelar passa a ser utilizada como verdadeiro instrumento de controle social.
E esse é mais um motivo para se promover o estrito controle do ato excepcional da
prisão em flagrante e, consequentemente, da prisão preventiva que desta decorre.
Nessa perspectiva, tem-se que o direito de o preso ser conduzido,
prontamente, à presença de um juiz não se encontra previsto expressamente no rol
de garantias fundamentais constantes da Lei Maior. Apesar de se exigir que a prisão
em flagrante seja imediatamente comunicada ao juiz [dentro de 24h], não se requer
que esta comunicação seja precedida de uma oitiva pessoal do flagranteado,
durante o ato processual que se convencionou chamar de “audiência de custódia”.
Todavia, ao examinar o conjunto de normas internacionais que compõem o
ordenamento jurídico brasileiro, observa-se que o contexto fático é amplamente
distinto.
Assim se consigna porque a Convenção Americana de Direitos Humanos
[Pacto de San José da Costa Rica], ratificada pelo Brasil em 25 de setembro de
1992, determina, em seu artigo 7.5, que:

Artigo 7º - Direito à liberdade pessoal


5. Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à
presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer
funções judiciais e tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser
posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua
liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu
11
comparecimento em juízo. (sem grifos no original)

Outrossim, dispõe o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos,


ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992, em seu artigo 9.3, que:

ARTIGO 9
3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de infração penal
deverá ser conduzida, sem demora, à presença do juiz ou de outra
autoridade habilitada por lei a exercer funções judiciais e terá o direito de
ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade. A prisão
preventiva de pessoas que aguardam julgamento não deverá constituir a
regra geral, mas a soltura poderá estar condicionada a garantias que
assegurem o comparecimento da pessoa em questão à audiência, a todos

11
COSTA RICA. Pacto de San José da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and678-92.pdf> Acesso em: 21/04/15.
9

12
os atos do processo e, se necessário for, para a execução da sentença.
(sem grifos no original)

A audiência de custódia consiste, portanto, na condução imediata do preso


em flagrante delito à pessoa do juiz. Nesta oitiva, além da manifestação do detido,
serão ouvidos o Ministério Público e a defesa, no ato representada pelo advogado
do flagranteado ou pela Defensoria Pública.13 Após, conforme já explicitado, caberá
ao juiz decidir fundamentadamente a respeito da legalidade ou ilegalidade da prisão.
Gustavo BADARÓ14 afirma que o direito de o preso ser conduzido, sem
demora, à presença de um juiz pode ser analisado sob três aspectos: (i) temporal;
(ii) subjetivo; (iii) procedimental.
O aspecto temporal recai sobre a expressão “sem demora”. Como visto, não
há, no texto das convenções internacionais, uma exata previsão do interregno
temporal em que a condução do preso à autoridade judicial deve ocorrer. Nada
obstante, pontua Caio PAIVA15 que:

Há um consenso na jurisprudência dos Tribunais Internacionais de Direitos


Humanos no sentido de que a definição do que se entende por “sem
demora” deverá ser objeto de interpretação conforme as características
especiais de cada caso concreto, havendo, assim, diversos precedentes
tanto da Corte Interamericana quanto da Corte Europeia de Direitos
Humanos.

É possível, desse modo, estabelecer um parâmetro deste lapso temporal a


partir dos casos contenciosos julgados pela Corte Interamericana de Direitos
Humanos nos quais se reconhecera a violação desta garantia quando, por exemplo,
os detidos foram apresentados ao juiz em quatro ou cinco dias (Casos Chaparo e
Alvaréz vs. Equador e Cabrera Garcia y Montiel Flores vs. México,
respectivamente)16.

12
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos,
de 19 de dezembro de 1966. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-
1994/D0592.htm> Acesso em: 21/04/15.
13
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. A importância da audiência de custódia: antes tarde do
que nunca. Jornal Cruzeiro do Sul. Disponível em: <http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/
593901/a-importancia-da-audiencia-de-custodia-antes-tarde-do-que-nunca> Acesso em: 27/04/15.
14
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. A importância da audiência de custódia.......
15
PAIVA, Caio Cezar de Figueiredo. Na série “Audiência de Custódia”: o que deve ser entendido por
“sem demora”?. Revista Justificando. Disponível em: < http://justificando.com/2015/03/18/na-serie-
audiencia-de-custodia-o-que-deve-ser-entendido-por-sem-demora/> Acesso em: 02/05/15.
16
LOPES Jr, Aury; MORAIS DA ROSA, Alexandre. Afinal, quem continua com medo da audiência de
custódia? (parte 2). Revista Consultor Jurídico. Disponível em < http://www.conjur.com.br/2015-fev-
20/limite-penal-afinal-quem-continua-medo-audiencia-custodia-parte2> Acesso em: 02/05/15.
10

Maria Clara CANINEU afirma, nesse sentido, que muitos países da América
Latina, signatários do Pacto de San José da Costa Rica, já regulamentaram em suas
legislações internas o período dentro do qual o preso deve ser conduzido ao juiz.
[…] na Argentina, o Código de Processo Penal federal exige que, em casos
de prisão sem ordem judicial, o detento compareça perante uma autoridade
judicial competente no prazo de seis horas após a prisão. No Chile, o
Código de Processo Penal determina que, em casos de flagrante, o suspeito
seja apresentado dentro de 12 horas a um promotor, que poderá soltá-lo ou
apresentá-lo a um juiz no prazo de 24 horas da prisão. Na Colômbia, o
Código de Processo Penal prevê que, em casos de flagrante, o detento
precisa ser apresentado ao juiz no prazo máximo de 36 horas. No México,
por fim, para a maioria dos tipos penais, pessoas detidas em flagrante
precisam ser entregues imediatamente aos promotores, que, por sua vez,
devem apresentar os suspeitos a um juiz no prazo de 48 horas ou liberá-
17
los. (com grifos no original)

O Projeto de Lei nº 554/2011, que visa regulamentar a audiência de custódia


no Brasil, fixa o prazo de 24h, seguindo a tradição já consolidada em relação à
remessa do auto de prisão em flagrante ao juiz.
Do ponto de vista subjetivo está a autoridade à qual o preso deverá ser
apresentado. Segundo BADARÓ18, tal autoridade deve gozar das garantias de
independência, imparcialidade e competência estabelecidas por lei. A simples
apresentação do preso a um delegado de polícia, com a posterior comunicação por
escrito ao juiz, não satisfaz, portanto, a determinação dos pactos internacionais.
Aury LOPES JR e Caio PAIVA19 enfatizam que a Corte Interamericana de
Direitos Humanos interpreta a expressão “juiz ou outra autoridade autorizada por lei
a exercer funções judiciais” em conjunto com a noção de Tribunal prevista no artigo
8.1 da CADH, que dispõe:

Artigo 8º - Garantias Judiciais


1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e
dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente,
independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração
de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de
seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer

17
CANINEU, Maria Clara. O direito à audiência de custódia de acordo com o direito internacional.
Informativo Rede Justiça Criminal, Edição 05, ano 03/2013. Disponível em:
<www.iddd.org.br/Boletim_AudienciaCustodia_RedeJusticaCriminal.pdf > Acesso em: 02/05/15.
18
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. A importância da audiência de custódia.......
19
LOPES JR, Aury; PAIVA, Caio Cezar de Figueiredo. Audiência de Custódia e a imediata
apresentação do preso ao juiz: rumo à evolução civilizatória no processo penal. Revista Liberdades,
IBCCrim, nº 17, setembro/dezembro de 2014. Disponível em <http://www.revistaliberdades.org.br/site/
outrasEdicoes/outrasEdicoesExibir.php?rcon_id=209#_ftnref19> Acesso em: 02/05/15.
11

20
outra natureza. (sem grifos no original)

Percebe-se, consequentemente, que a autoridade capaz de exercer função


judicial à qual fazem remissão as convenções internacionais é o agente público
incumbido da jurisdição, qual seja, no Brasil, o magistrado.
Diferem deste entendimento Fernando SANNINI NETO e Eduardo
CABETTE21. Ambos sustentam que cabe ao delegado de polícia presidir a audiência
de custódia, já que, no sistema processual penal brasileiro, trata-se de autoridade
com poderes para exercer função judicial, à exemplo dos casos de determinação de
apreensões, concessão ou negativa de fiança, concessão de liberdade sem fiança
em situação albergada pela Lei nº 9099/95, expedição de alvará de soltura em casos
de prisões temporárias findas, entre outros.
Por fim, resta analisar o aspecto procedimental da audiência de custódia, ou
seja, a forma como se instrumentaliza, através de atos processuais concretos, o
direito de o preso ser conduzido, prontamente, à presença do magistrado.
Lida à luz de seus objetivos e finalidade, tal garantia evidencia que a oitiva
pessoal do preso pelo juiz se trata de requisito procedimental essencial e anterior à
decisão do magistrado sobre a legaliade e necessidade da prisão22. O preso deve
ser levado à presença do juiz que irá ouvi-lo pessoalmente, de viva voz. Para
BADARÓ, não basta, portanto, que se realize uma simples videoconferência.
Acrescenta-se, ademais, que é o contato direto do juiz com o preso que
propicia o caráter humanitário da audiência de custódia. Explica Aury LOPES JR
que o maior inconveniente da realização da audiência de custódia por intermédio do
sistema de videoconferência é a perda do caráter antropológico próprio do ato
processual. A distância da virtualidade contribui com a desumanização do processo
penal, pois não se pode perder de vista que os níveis de indiferença para com o

20
COSTA RICA. Pacto de San José da Costa Rica, de 22 de novembro de 1969. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and678-92.pdf> Acesso em: 21/04/15.
21
SANNINI NETO, Francisco; CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Audiência de custódia: Sugestões à
proposta. Revista Jus Navigandi. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/35852> Acesso em:
02/05/15.
22
BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Prisão em flagrante delito e direito à audiência de
custódia. Parecer apresentado a partir de consulta formulada pelo Instituto de Defesa do Direito de
Defesa (IDDD) e Defensoria Pública da União (DPU) utilizado na Ação Civil Pública registrada sob o
nº 8837-91.2014.4.01.3200, em trâmite perante a 3ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciária do
Amazonas, 31 de Julho de 2014, p. 11.
12

outro aumentam quando existente uma distância física entre os sujeitos do ritual
judiciário23.
Logo, conclui-se que o ideal a ser alcançado, para que sejam atingidos os
reais objetivos da audiência de custódia, visa, além da simples conformação do
ordenamento jurídico interno aos tratados internacionais sobre direitos humanos
ratificados, uma efetiva mudança cultural que atenda aos direitos fundamentais do
preso e que, ainda, proporcione a humanização do processo penal e da jurisdição
como um todo.

2.2 METODOLOGIA
Os primeiros dois capítulos deste trabalho, que versarão especificamente
sobre os princípios inerentes à prisão provisória e a prisão em flagrante delito, serão
escritos a partir de pesquisa bibliográfica doutrinária em livros, manuais e artigos
científicos.
O terceiro capítulo, que consiste no ponto de chegada e objetivo maior da
pesquisa, será escrito com base na revisão bibliográfica de artigos científicos e em
levantamento legislativo e jurisprudencial. Isso porque, por ser bastante novo e
específico, existem poucas obras que abordam sobre o assunto. Pretende-se
analisar, neste ponto da pesquisa, o texto do projeto de lei nº 554/2011 do Senado
Federal, o texto dos pactos internacionais sobre direitos humanos e, ainda, alguns
casos contenciosos julgados pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

2.2.1 Proposta de Sumário da Monografia


1 PRINCÍPIOS INERENTES À PRISÃO PROVISÓRIA
1.1 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
O princípio da presunção de inocência determina que ninguém poderá sofrer
as consequências de uma condenação antes do trânsito em julgado da
sentença penal condenatória, razão pela qual qualquer prisão provisória só
poderá ser levada a efeito quando estritamente previstos os seus requisitos e
pressupostos.
1.2 LEGALIDADE
Do princípio da legalidade decorre a afirmação de que não se aplica, no
campo do processo penal, o poder geral de cautela. Ou seja, é vedada a

23
LOPES JR, Aury; PAIVA, Caio Cezar de Figueiredo. Audiência de Custódia e a imediata
apresentação do preso ao juiz: rumo à evolução civilizatória no processo penal. Revista Liberdades,
IBCCrim, nº 17, setembro/dezembro de 2014. Disponível em <http://www.revistaliberdades.org.br/
site/outrasEdicoes/outrasEdicoesExibir.php?rcon_id=209#_ftnref19> Acesso em: 02/05/15.
13

criação, senão pelo legislador, de novas medidas cautelares diversas


daquelas presentes na legislação processual penal brasileira.
1.3 JURISDICIONALIDADE
A imposição de qualquer medida cautelar pessoal (exclui-se, portanto, deste
rol a prisão em flagrante delito, já que medida de natureza pré-cautelar)
depende de prévia deliberação, devidamente fundamentada, do órgão
jurisdicional competente.
1.4 PROVISIONALIDADE
A decretação de uma medida cautelar pessoal visa tutelar uma situação fática
específica. Por conseguinte, a prisão preventiva só será legítima enquanto
continuarem existindo os pressupostos que a ensejaram.
1.5 PROVISORIEDADE
A prisão preventiva não tem como função o cumprimento antecipado da pena
e, justamente por isso, deve ser breve. O excesso de prazo na duração da
prisão preventiva configura constrangimento ilegal, que pode ser sanado
mediante a impetração de Habeas Corpus.
1.6 EXCEPCIONALIDADE
A prisão provisória, por restringir o direito fundamental à liberdade, é medida
de extrema exceção. “Portanto, devem ser reservadas somente para aqueles
casos em que efetivamente irão garantir a incolumidade da instrução
processual e/ou a eficácia do provimento final.”24
2 PRISÃO EM FLAGRANTE
2.1 ESTADO DE FLAGRÂNCIA
O estado de flagrância pressupõe a visibilidade do crime. O patente e
inequívoco fumus comissi delicti, isto é, a certeza visual da prática do crime,
gera a obrigação para os órgãos públicos e a faculdade para os particulares,
de evitar a continuidade da ação delitiva ou a fuga do agente, resguardando-
se eventuais provas do crime.
2.2 CLASSIFICAÇÃO
O rol das situações que autorizam a prisão em flagrante delito é taxativo (art.
302 do CPP). O flagrante pode ser classificado como próprio, impróprio,
presumido, preparado (ou provocado), forjado, esperado e prorrogado
(protelado ou postergado).
2.3 AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante delito comporta quatro momentos distintos: a captura, a
condução, a lavratura do auto de prisão em flagrante e o recolhimento do
autuado ao cárcere. A lavratura do auto de prisão em flagrante consiste na
formalização desta modalidade prisional segundo os procedimentos do art.
304 do CPP.
2.4 FLAGRANTE: MEDIDA DE NATUREZA PRÉ CAUTELAR
A prisão em flagrante, por ser medida de absoluta precariedade, que não tem
por finalidade garantir o resultado final do processo, não se trata de medida
cautelar propriamente dita, mas sim medida de natureza pré-cautelar ou sub-
cautelar (na visão de Franco Cordero).
3 AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

24
SILVEIRA FILHO, Sylvio Lourenço da. As Medidas Cautelares Pessoais no Projeto de Código de
Processo Penal – PLS Nº 156/2009: Uma Leitura a Partir do Princípio da Presunção de Inocência. O
novo processo penal à luz da Constituição. Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2010.
14

3.1 PREVISÃO NORMATIVA


A audiência de custódia tem previsão normativa na Convenção Americana de
Direitos Humanos e no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos da
ONU. Neste ponto pretende-se discorrer sobre o caráter supralegal destas
normas, a sua aplicabilidade imediata no caso de prisão em flagrante e a
possibilidade do julgador empreender um controle de convencionalidade
sobre os casos concretos em que não se perfectibilizar a audiência de
custódia.
3.2 CARACTERÍSTICAS
Neste tópico analisar-se-á o direito de o preso em flagrante ser conduzido,
sem demora, à presença do juiz, a partir da divisão formulada por Gustavo
Badaró entre os aspectos temporal, subjetivo e procedimental da audiência de
custódia.
3.3 FINALIDADES E CONSEQUÊNCIAS
A audiência de custódia possibilita um espaço para a discussão acerca da
legalidade ou ilegalidade da prisão em flagrante, assim como o contraditório
prévio à avaliação da necessidade de manutenção do cárcere (agora como
prisão preventiva). A implementação da audiência de custódia em todo o país
ajustará o processo penal brasileiro àquilo que determinam as normas
internacionais. Além disso, o procedimento tem por finalidade evitar os maus
tratos ao preso e a tortura. Delega-se à audiência de custódia a função da
redução do encarceramento em massa (confirmação da prisão cautelar como
ultima ratio) e da maior humanização do processo penal.
3.4 O PROJETO DE LEI Nº 554/2011 DO SENADO FEDERAL
O projeto de lei do Senado Federal visa regulamentar a audiência de custódia
no Brasil, assim como já acontece nos demais países da América Latina
signatários do Pacto de San José da Costa Rica. Analisar-se-á o texto legal
do projeto e seus substitutivos, bem como as notas técnicas das instituições
que atuam no sistema de Justiça Criminal e suas respectivas opiniões sobre o
tema.

2.3 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Elaboração da primeira versão do pré-


Até 31/03/2015
projeto de Pesquisa
Entrega da versão final do Projeto de
Até 11/05/2015
Pesquisa

Seminários de Qualificação dos Projetos De 18/05/2015 a 19/06/2015

Levantamento bibliográfico De junho/2015 a julho/2015


15

Levantamento jurisprudencial De maio/2015 a julho/2015

Leitura e fichamento de materiais De julho/2015 a agosto/2015

Entrega do primeiro capítulo para


Julho/2015
correção do orientador
Entrega do segundo capítulo para
Agosto/2015
correção do orientador

Entrega do texto parcial via Black Board 10/08/2015

Entrega do texto final, via Black Board,


05/10/2015
para correção do orientador
Protocolo final da monografia em duas
09/11/2015
vias impressas e encadernadas

Bancas de Arguição e Defesa De 16/11/2015 a 11/12/2015

Entrega da versão final do trabalho já


Após a Banca
aprovado via Black Board
16

REFERÊNCIAS

BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. A importância da audiência de custódia: antes tarde do que
nunca. Jornal Cruzeiro do Sul. Disponível em: <http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/ 593901/a-
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BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Prisão em flagrante delito e direito à audiência de
custódia. Parecer apresentado a partir de consulta formulada pelo Instituto de Defesa do Direito de
Defesa (IDDD) e Defensoria Pública da União (DPU) utilizado na Ação Civil Pública registrada sob o
nº 8837-91.2014.4.01.3200, em trâmite perante a 3ª Vara da Justiça Federal da Seção Judiciária do
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CANINEU, Maria Clara. O direito à audiência de custódia de acordo com o direito internacional.
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combaterem-cultura-do-encarceramento>; < http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79219-cnj-e-oab-firmam-
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Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/images/imprensa/pessoas_presas_no_brasil_final.pdf>. Acesso


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PAIVA, Caio Cezar de Figueiredo. Na série “Audiência de Custódia”: o que deve ser entendido por
“sem demora”?. Revista Justificando. Disponível em: < http://justificando.com/2015/03/18/na-serie-
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SANNINI NETO, Francisco; CABETTE, Eduardo Luiz Santos. Audiência de custódia: Sugestões à
proposta. Revista Jus Navigandi. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/35852> Acesso em:
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Processo Penal – PLS Nº 156/2009: Uma Leitura a Partir do Princípio da Presunção de Inocência. O
novo processo penal à luz da Constituição. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
18

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FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: teoria do garantismo penal. 4ª ed. – São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2014.

GIACOMOLLI, Nereu José. O devido processo penal: abordagem conforme a Constituição


Federal e o Pacto de São José da Costa Rica. 2ª ed. – São Paulo: Atlas, 2015.

LOPES JR, Aury. Introdução Crítica ao Processo Penal (fundamentos da instrumentalidade


constitucional). 4ª ed. – Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006.

LOPES JR, Aury. Prisões Cautelares. 4ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2013.

MACHADO CRUZ, Rogerio Schietti. Prisão Cautelar: dramas, princípios e alternativas. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2006.

MARCÃO, Renato. Prisões cautelares, liberdade provisória e medidas cautelares restritivas. 2ª


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MORAES, Maurício Zanoide de. Presunção de Inocência no Processo Penal Brasileiro: análise
de sua estrutura normativa para elaboração legislativa e para a decisão judicial. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2010.

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 18ª ed. – São Paulo: Atlas, 2014.

SANGUINÉ, Odone. Prisão cautelar, medidas alternativas e direitos fundamentais. Rio de


Janeiro: Forense, 2014.

STRECK, Lenio Luiz; OLIVEIRA, Rafael Tomaz de. O que é isto – as garantias processuais
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TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal, 3º volume. 31ª ed. – São Paulo: Saraiva,
2009.

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