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Introdução:
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Administrativos. (Manual de Direito Administrativo, Ed. Lumen Juris, 6ª ed,
1999, Rio de Janeiro, pág. 25).
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concorrentes. Isto é : delegação mas, em cada caso, só um deles pode exercer a
competência.” (Princípios fundamentais do Direito Administrativo, Ed. Forense, Rio
de Janeiro, 1989, pág. 141).
Como conseqüência da hierarquia, encontramos a possibilidade de
delegação e de avocação do exercício de competências. Na delegação uma
autoridade atribui a outro agente, normalmente a ele subordinado, o exercício de
competência para a prática de um ato ou desempenho de uma atividade. Na
delegação, a autoridade delegante não perde a competência, podendo reformar
suas atribuições mediante ato exteriorizador de tal propósito. Existe, no entanto, o
entendimento de que, na vigência da delegação, o delegante tem suspensas as
suas atribuições, não podendo atuar de forma simultânea com o agente público
que recebeu a delegação. (Op. cit., pág. 19).
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quantum, estiverem dirigidas afinadas, para atendimento dos deveres que
de forma, pré-existente, lhe são confiados pelo ordenamento jurídico.
- Hierárquico
- Disciplinar
- Normativo
- Polícia
- Discricionário/Vinculado
PODER HIERARQUICO:
- Na concepção do Professor Marcelo Rebelo de Sousa, professor titular da
Universidade de Lisboa, sobredito poder teria os seguintes contornos: “A
hierarquia administrativa corresponde a uma forma de organização de um
ente público, consistente em escalonar os diversos órgãos que a integram
de modo piramidal, de maneira a que cada qual possa dirigir a actuação dos
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subalternos e tenha de obedecer aos superiores. Trata-se de organização
vertical, tendencialmente rígida, herdada da administração pública européia
continental latina, da influência da igreja católica e, antes dela, do império
romano.” (Lições de Direito Administrativo, Volume I, Ed. Lex, Lisboa, 1999,
pág. 211).
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Afirma Diogo de Figueiredo Moreira Neto que delegação de funções deve estar
prevista em lei, ou mesmo na Constituição, já que sua contemplação encontra-se
fora das prerrogativas do poder hierárquico. (Curso de Direito Administrativo, 12ª
ed., Ed. Forense, 2002, pág. 33, Rio de Janeiro).
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Alguns sistemas jurídicos, em sede de direito comparado disputam qual a
postura correta a ser adotada ensina-nos Diogo Figueiredo Moreira Neto.(Op. cit.,
pág. 309/310).
BRASIL
Administração Pública Militar Art. 45 da Lei nº 5774 de
28/12/71, sistema francês.
Sistema Francês Laband, Lézard e Otto Mayer, ao afirmar que o subalterno não
é o juiz dos atos de seu superior.
João Magalhães Colaço [Sistema Inglês]
Sistema Português
Marcelo Caetano [Sistema Francês]
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- Hoje a matéria está definida no art. 271 da Constituição Portuguesa, e art.
133/134 do Código de Procedimento Administrativo.
Competência
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também em relação aos privados que estejam autorizados
a exercer poderes públicos.” (pág. 357).
PODER DISCIPLINAR
Como norte da reflexão aqui descontinada, o art. 5º, § 2º da Lex Legum, que
dispõe a respeito das garantias implícitas do Estado Democrático de Direito e que
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aqui se aplicam como luva bem ajustada. (Nessa linha, o jus puniendi penal e
administrativo, contém um sistema de vasos comunicantes, com os
temperamentos pertinentes).
- Legalidade
- Tipicidade
- Culpabilidade
Substancial - Proporcionalidade
- Retroatividade (norma favorável)
- Non bis in idem
Jus puniendi
estatal - Non reformation in pejus
Formal
A) Legalidade
B) Tipicidade
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Em linhas perfunctórias, o conceito da tipicidade exige que um
determinado fato venha a ser subsumido a determinado modelo de conduta
infracional que na linha do vetor principiológico da legalidade impõe que a reserva
seja taxativa, vedando-se a utilização da analogia para que se aplique penas ao
servidor público recalcitrante.
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- Ademais, contata-se que a teoria dos conceitos jurídicos indeterminados
tem sido utilizada para a delimitação típica de condutas (Lei nº 8112/90,
arts. 132, IV e V, conduta escandalosa na repartição, improbidade
administrativa ao valorar os tipos que busque atender ao interesse público,
definindo e delimitando na norma de direito, fazendo-o de maneira razoável
e proporcional. (Teoria dos Motivos Determinantes).
c) Culpabilidade
Cumpre frisar que o erro de direito, quando escusável, pode atenuar ou excluir
a ilicitude da conduta do infrator.
d) Proporcionalidade
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partem. Na linha do Preceptivo Magno aplicável à lei penal, inserto no art.
5º, XL da CR/88 (a prerrogativa em questão, na segura dicção de Régis
Fernandes de Oliveira, não alberga apenas, uma franquia circunscrita ao
universo jurídico de direito penal Emenda Constitucional nº 34).
Leis excepcionais
Exceções
Leis de vigência temporária
- Nada obsta, todavia, que o servidor desde que subsista amparo na lei, seja
apenado com a reprimenda principal e a acessória.
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Na esteira em questão, Oswaldo Aranha Bandeira de Mello aduz que a
reformatio in pejus carece de aplicabilidade no direito administrativo, pois, advogar
perspectiva díspar seria frustrar a ação fiscalizadora ou diretora do órgão de
controle da administração em rota de colisão com os verbetes 473 e 346 da
súmula do Supremo Tribunal Federal.
PODER NORMATIVO
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Na mesma perspectiva, José dos Santos Carvalho Filho: “Poder Regulamentar,
portanto, é a prerrogativa conferida à administração Pública de editar atos gerais
para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação. A prerrogativa,
registre-se, é apenas para complementar a lei. Não pode, pois, a administração
alterá-la a pretexto de estar regulamentando. Se o fizer cometerá abuso de poder
regulamentar invadindo a competência do Legislativo. Por essa razão, o art. 49, V
da CR/88 autoriza o Congresso Nacional a, sustar atos normativos que extrapolem
os limites de regulamentação. (op. Cit., pág. 32)
Secundum legem
Atividade
Vetor axiológico administrativa Contra legem
da legalidade regulamentar
Praeter legem
→ Regulamentos Autônomos
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→ Inobstante, a abordagem em questão à matéria é de aguda controvérsia, sendo
possível estabelecer o recensiamento das seguintes posturas dogma´ticas:
PODER DE POLÍCIA
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- Na perspectiva de Diógenes Gasparini, o poder de polícia: “É a atribuição a
que dispõe a Administração Pública para condicionar o uso, o gozo e a
disposição da propriedade e o exercício da liberdade dos administrados no
interesse público ou social”. (Op. cit., pág. 115).
- Cumpre frisar o ponto de vista do Professor José dos Santos Carvalho Filho
ao asseverar: “Entendemos que se possa conceituar o poder de polícia,
com a prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a
administração pública a restringir o uso e o gozo da liberdade e da
propriedade em favor do interesse da coletividade.” (Op. cit., pág. 61).
→ Não se pode olvidar que o art. 78 do CTN (Lei nº 5172/66) define o poder de
polícia como: “A atividade da Administração Pública, limitando ou disciplinando
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão do interesse público – concernente à segurança, a higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.”
Frise-se, por oportuno, que o parágrafo único do citado artigo a descortina
as condições para que o Poder de Polícia venha a ser, quando exercido, crismado
pelo manto da legitimidade, ao aludir que deve : “Ser desempenhado pelo órgão
competente, nos limites da lei aplicável com observância do processo legal e
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio
de poder.”
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Condições de legitimidade A = Atuação do órgão nos limites de sua
do Poder de Polícia competência.
Salta aos olhos a vestuta, mas sempre atual lição de Hely Lopes
Meirelles:
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Objeto do Poder Prerrogativa estatal de disciplinar bens,
de Polícia direitos, liberdades e atividades dos
cidadãos, na luinha da proteção dos
interesses gerais e do bem estar coletivo
- claro o poder referido, não se traduz sem fronteiras, antes, seu balizamento
está nos direitos e garantias fundamentais, sendo nessa esteira, preciosa a
lição de Ripert:
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os necessários a obtenção do resultado pretendido pela lei,
sob pena de vício jurídico que acarretará responsabilidade
da administração. Importa que haja proporcionalidade
entre a medida adotada e a finalidade legal a ser atingida.”
Poder de Polícia
Restrições
Fiscalização
Repressivo - Sanção = Elemento de concretização
Punição do Poder de Polícia.
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de indústrias ou de comércio em determinadas zonas e tudo o mais que houver de
ser impedido em defesa da moral, da saúde e da segurança pública, bem como0
da segurança nacional, desde que estabelecido em lei.
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