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CONCLUSÃO
O uso das palavras “eu sou” por Jesus tem um significado ainda mais profundo. Em
João 8, Jesus afirmou: “[...] porque, se não crerdes que eu sou, morrereis em
vossos pecados” (8.24), e, depois, mais uma vez: “Quando levantardes o Filho do
Homem, então, conhecereis quem eu sou” (8.28). Essas sentenças só fazem
sentido se Jesus estiver usando “Eu sou” como título. No final desse capítulo do
Evangelho de João, Ele afirma o seguinte: “Em verdade, em verdade vos digo que,
antes que Abraão existisse, eu sou” (8.58). Com essa declaração, os judeus
estavam prestes a apedrejá-lo (8.59), a punição usual para blasfêmia (veja Lv
24.16), indicando a seriedade da ofensa que Jesus cometera aos olhos dos
israelitas.
Portanto, como essas palavras são blasfêmias? O nome pessoal para Deus no
Antigo Testamento é YHWH, traduzido por: “Eu Sou o que Sou” (veja Êx 3.14).
Jesus aplica esse nome divino a si mesmo a fim de explicar sua origem (8.58), seu
sofrimento (8.28; veja também 6.20). Os judeus reconheceram corretamente que
Jesus estava fazendo uma afirmação para compartilhar do ser e da identidade do
único e verdadeiro Deus de Israel! A fé cristã afirma que o ensinamento de Jesus
sobre si mesmo era verdadeiro: Ele é o grande “Eu Sou”, Ele compartilha o ser e a
identidade de YHWH e, portanto, é capaz de dar vida e esperança para todo o
mundo.