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O que é alimentação viva?

"Não mateis nem homens, nem animais, nem o alimento que vai para a vossa boca. Pois se
comerdes comida viva, a mesma vos vivificará, mas se matardes a vossa comida, a comida morta
vos matará também… Portanto, não comais coisa alguma que o fogo, a geada ou a água tenham
destruído”.

(O Evangelho Essênio da Paz).

Alimentação viva é baseada na ingestão de alimentos crus, frescos, integrais e maduros, levando
em consideração a vitalidade dos alimentos, (hortaliças, brotos, oleaginosas, cereais, frutos,
legumes e tubérculos). Na alimentação viva sentimos a vitalidade absorvida pelos alimentos e não
somente a sua matéria e seus elementos físico-químicos, como proteínas, carboidratos, etc…
É uma alimentação hipocalórica, hipoglicêmica, ativadora gênica (gene da longevidade),
estimulante da circulação e mineralizante. Considera que o ser humano se alimenta de vida e que
pode buscar a fonte dessa energia de várias maneiras: na vitalidade do ar, da água, da terra, do
sol, da alegria e em tudo o mais que nos mantêm vivos.
A alimentação crua e viva não é algo novo ou moda passageira. Antes mesmo da descoberta do
fogo, os humanos só ingeriam alimentos crus e vivos, tal como a natureza ofertava.

Alimentação Consciente
É o cultivo da conexão com a natureza de cada indivíduo, ligada à sua origem fisiológica, e o uso
da percepção do próprio corpo no momento de recepção de cada alimento, ou seja, é uma
utilização consciente dos cinco sentidos (visão, olfato, audição, paladar e tato) na hora de se
alimentar, o que ocasiona uma maior percepção de nossas necessidades físicas e emocionais
supridas pelos alimentos. Isso nos nos faz perceber a alimentação de uma outra maneira.
Algumas questões que podem nos auxiliar a compreender a alimentação consciente são:
• Quando foi a última vez que você observou a aparência do que come? Você está
habituado a comer no "piloto automático" (comer muito depressa, sem pensar,
observar ou saborear o alimento?
• Você repara no aroma do alimento?
• Você presta atenção aos sons – ao comer algo crocante, por exemplo?
• Com que frequência você dedica algum tempo a saborear a comida, notar as
texturas e apreciar os sabores?
• Você repara na sensação de manusear os alimentos que prepara?

A alimentação consciente não é algo que conseguimos fazer sempre, em meio à vida corrida, mas
pode ser praticada em algumas ocasiões mais do que em outras. Nesses momentos, permita-se
apreciar a refeição sem pensar em mais nada. Tente transformar a alimentação consciente em um
hábito. Esta prática pode ajudar a dar mais valor ao papel da comida na sua vida.

Alimentação Integrativa
O ato de se alimentar é integrativo quando integra todas as dimensões biopsicossociais: o corpo;
a mente; as emoções; e e alma. Isso é possível por meio da intuição, cultivada pela meditação e
as práticas corporais e respiratórias originadas do yoga, que refinam o processo de
autoconhecimento através da alimentação.
A alimentação integrativa estimula a autoestima e a autocura, o bem-estar integral, assim como se
direciona, externamente, para a conquista de metas, objetivos e propósitos de vida.
Há uma integração de todos os fatores biopsicossociais quando, por meio de uma contínua
autoeducação alimentar, busca-se o conhecimento ancestral para superar os danos causados à
biodiversidade e integrar-se aos seres da natureza com maior entendimento de sistemas, tais
como na agricultura orgânica e nas agroflorestas, em que o consumo dos alimentos é apenas o
momento de um ciclo amplo que me liga aos cuidados com o solo, de modo consciente.

Respiração consciente
Ao nos alimentarmos de modo consciente, até mesmo a respiração passa a ser vista como um elo
de ligação do todo com o corpo. A respiração, assim como a alimentação, é uma forma de troca
com o meio ambiente. As técnicas de respiração do yoga (pranayamas) trazem a nossa
consciência para o presente momento e, ao mesmo tempo, nos conectam aos nossos órgãos
digestivos, ao nosso interior corporal. Podemos então utilizar essa consciência para apreender os
efeitos de cada alimento em nosso corpo, de um modo que vai muito além do que pode ser
expresso numa tabela nutricional, pois podemos perceber as sutis interações perceptivas de
sabores, aromas, cores, texturas e sonoridades que ocorrem no ato da alimentação. Portanto, a
saúde e a nutrição deixam de ser algo relacionado apenas à aquisição maquinal de nutrientes – o
que não leva em consideração minha relação com os outros seres e espécies do meio em que
habito – e passa a assumir um sentido mais amplo de saúde, que abarca a dimensão emocional,
psicológica e espiritual que se interligam em nosso meio ecológico-social.

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