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The brain vascular accident(BVA) is an infarct in part of the brain, due to insufficient
blood irrigation which can happen by the closing of vessels that feed the brain or by intra-
cerebral hemorrhage. Every year, more than half a million people have their first BVA;
among the 75% of those who survive, 10 to 12 per cent present another brain accident along
the year. Knowing that nursery has an important role in the rehabilitation of neurological
patients, we aim to assist patients attacked by BVA out of the nursery process guided by
Paterson and Zderad´s theory. This research is a study of case done with two patients attacked
by BVA who were interned in the Neurology Area of “Santa Casa” Hospital in Sobral, Ceará,
during the months of February and March/2004. The collection was done through a semi-
structured interview and a general physical and neurological examination. It was obeyed the
principles of the Resolution 196/96 of the National Council of Health. The main diagnoses of
nursery were: lack of self care; risk of BVA recurrence; implications on physical mobility;
adduction of the affected shoulder, and impairment for household chores. The applied
interventions were: to pass in a clear; to talk about the importance of hygiene; to orientate
about the factors of risk of BVA; to explain about the procedures used during internment; to
teach how to keep the balance while standing or sitting; to improvise an arm sling to prevent
separation of the shoulder articulation, and to provide with moments of talks about the process
of the necessary adaptation during rehabilitation. The experience of taking care of people with
BVA was very relevant, since we had the opportunity to see the satisfactory evolution of
patients who showed good will during the process of rehabilitation. Key words: BVA(Brain
Vascular Accident); nursery assistance; rehabilitation
__________________________________
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1 INTRODUÇÃO E OBJETIVO
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familiares ou de outras pessoas em seus afazeres diários. O número de pessoas que são
afetados pelo AVC não compreende apenas as próprias vítimas, mas também as pessoas que
se dedicam ao seu tratamento (TOOLE, 2002).
Os sinais neurológicos variam, conforme a localização do AVC, no cérebro. Em geral,
os pacientes terão paralisia, confusão, desorientação e perda de memória. Um paciente com
um AVC num lado do cérebro terá paralisia no lado oposto do corpo (himiplegia), porque as
vias nervosas motoras atravessam o cérebro de um lado para outro, no tronco cerebral. Além
disso, pacientes com AVC que envolva o hemisfério cerebral esquerdo podem apresentar
dificuldades na fala ou na compreensão da palavra falada (afasia) e pacientes com danos ao
hemisfério direito do cérebro tendem a apresentar problemas de percepção. Outros problemas
associados ao AVC incluem dificuldades para engolir (disfagia), incontinência urinária e fecal
e perda da visão, na direção do lado paralisado (hemianopsia) (HOOD & DINCHER, 1995).
Os fatores considerados de risco para o derrame citados por Smeltzer e Bare (2000)
são: hipertensão, cardiopatias, colesterol elevado, obesidade, hematócrito elevado, diabetes
mellitus, contraceptivos orais, tabagismo, abuso de drogas, consumo de bebidas alcoólicas,
história familiar de AVC, idade avançada e estresse emocional.
Faz-se necessário portanto, a prevenção desses fatores que de acordo com Black e
Jacobs (1996) pode ser de três maneiras: a primeira é a através da prevenção primária,
proporcionando orientações para as pessoas manterem o peso corporal adequado, controlar os
níveis de colesterol e abster-se do fumo; a segunda é através da prevenção secundária, onde é
necessário tratamento médico e o controle do diabetes, hipertensão e doença cardíaca; e a
terceira maneira é a prevenção terciária; esta destina-se aqueles indivíduos que já tinham
experimentado um AVC sendo portanto, necessário prevenir complicações relacionadas com
a presença do derrame e infartações futuras.
De acordo com André (1999), o AVC é a primeira causa de incapacitação funcional no
mundo ocidental e constitui a terceira causa de morte no mundo, atrás somente das
cardiopatias em geral e do câncer.
Diante dessa problemática e sabendo que a enfermagem tem um importante papel na
reabilitação de pacientes neurológicos, propomo-nos a realizar um estudo de caso múltiplo,
que tem como objetivo prestar assistência de enfermagem à pacientes acometidos por
Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico enquanto internados no Serviço de
Neurologia, à luz da teoria humanística de Paterson e Zderad.
Consideramos importante a realização desse estudo, já que a sistematização proposta
pelas humanística revela uma abordagem existencialista, visando uma compreensão da vida e
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na medula, cada feixe cruza com o feixe correspondente a partir do lado oposto. Alguns
desses axônios fazem conexões com os axônios do cerebelo, gânglios da base, tálamo e
hipotálamo; alguns conectam-se às células nervosas cranianas. Outras fibras advindas do
córtex e de centros subcorticais são canalizadas através da ponte e da medula para dentro da
medula espinhal (SMELTZER &BARE, 2002).
O tronco cerebral consiste em cérebro médio, ponte e medula oblonga. O cérebro
médio conecta a ponte e o cerebelo com os hemisférios cerebrais, ele contém vias sensoriais e
motoras e serve como o centro para os reflexos auditivos e visuais. Os nervos cranianos III e
IV originam-se no mesencéfalo. Os nervos cranianos V a VIII conectam-se ao cérebro na
ponte.
A medula oblonga transmite fibras motoras do encéfalo para a medula espinhal e
fibras sensoriais da medula espinhal para o encéfalo. A maioria dessas fibras sofrem
cruzamento ou decussam nesse nível. Os nervos cranianos IX ao XII conectam-se ao cérebro
na medula.
O cerebelo é separado dos hemisférios cerebrais por uma dobra de duramáter, o
tentório do cerebelo. O cerebelo possui ações excitatórias e inibitórias, sendo responsável, em
grande parte, pela coordenação dos movimentos.
O líquido cefalorraquiano (LCR), claro e incolor, é produzido nos ventrículos e circula
ao redor do cérebro e da medula espinhal pelo sistema ventricular. Existem quatro
ventrículos: os laterais, direito e esquerdo, e o terceiro e quarto ventrículo. Os dois ventrículos
laterais abrem-se para dentro do forâmen interventricular (ou Monro) do ventrículo esquerdo.
O quarto ventrículo fornece LCR para o espaço subaracnóidea e para baixo, para a medula
espinhal na superfície dorsal. O LCR volta ao cérebro e, em seguida, circula em torno dele,
onde é absorvido pelas vilosidades aracnóides.
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trajeto extracraniano em direção ao encéfalo. Ramos superficiais e profundos de cada uma das
artérias destes sistemas vasculares também compartilham fronteiras. Além disso, uma rede
anastomótica superficial conecta com maior ou menor eficácia os setores mais distais dos
territórios de irrigação da ACA, ACM e ACP. É compreensível, portanto, a grande
variabilidade de apresentação clínica de uma lesão isquêmica secundária a oclusão de uma
artéria cerebral ou seus ramos. O tamanho do vaso afetado e a maior ou menor eficácia da
rede anastomótica definirão a existência e o grau de fluxo sanguíneo colateral na área afetada,
portanto a extensão da lesão final.
Conforme Smeltzer e Bare (2002),
A circulação cerebral recebe
aproximadamente 15% do débito cardíaco
ou 750 mL por minuto.
O cérebro não armazena nutrientes e possui uma elevada demanda metabólica que
exige o alto fluxo sanguíneo. O trajeto sanguíneo do cérebro é o único porque ele flui contra a
gravidade; suas artérias se enchem de baixo para cima e suas veias drenam de cima para baixo
(SMELTZER & BARE, 2002).
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conseqüência de coágulos no sangue, no local em que seu fluxo seja impedido por uma placa
anteriosclerótica. Estas mudanças arterioscleróticas estão associadas ao envelhecimento,
hipertensão e diabetes. A incidência maior de trombose cerebral situa-se entre os 50 e 70
anos.
A hemorragia cerebral resulta da ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro; e essa
ruptura costuma ocorrer em um vaso arteriosclerótico. O coágulo sanguíneo rompe-se,
substitui o tecido cerebral adjacente e interrompe a transmissão de impulsos nervosos, através
da área afetada. A análise do fluído cérebro-espinhal (líquor) mostra uma grande quantidade
de sangue, no caso de o sangue comunicar-se com os ventrículos ou com o espaço
subaracnóidea. Descobertas associadas costumam incluir um histórico de hipertensão e
doença cardiovascular. Costuma ser encontrada a hemorragia cerebral, em pacientes entre 40
a 70 anos.
Devinsky et al (2001) diz que a hemorragia intracerebral (também chamada de
intraparenquimatosa), origina-se das pequenas artérias penetrantes que se ramificam de vasos
intracranianos mais importantes como a artéria cerebral média e são infiltradas por
lipoialinose e por necrose fibrinóide. Essas artérias eventualmente se enfraquecem e saneram,
em geral em um cenário de hipertensão crônica.
O citado autor nos diz também que a localização do sangramento é no putâmen e na
cápsula interna em 40% dos casos, nos lobos (frontal, temporal, ou occipital) em 30%, no
cerebelo, 15% no tálano, 10%, e na ponte, 5%.
O paciente se apresenta usualmente com pressão sanguínea elevada, porém sem crises
prévias ou ataque isquêmica transitório (AIT). Os sintomas neurológicos começam
subitamente, enquanto o paciente está em atividade, e envolvem gradualmente de minutos até
horas, com raros episódios de ressangramento. Podem ocorrer náuseas, vômitos, cefaléia e
comprometimento do estado de alerta. Os sintomas persistem por meses até que o sangue seja
reabsorvido. Os sintomas e os sinais refletem o tamanho e o local do sangramento. As
hemorragias com mais de 3 cm de diâmetro e as mais próximas da linha média, provocando
compressão do tronco cerebral, têm um prognóstico mais sombrio (DEVINSKY et al, 2001).
A hemorragia intracraniana é mais comum nos pacientes com hipertensão e
arterosclerose cerebral, porque as alterações degenerativas a partir dessas patologias causam a
ruptura vascular. Nas pessoas com menos de 40 anos de idade, as hemorragias intracerebrais
são usualmente causadas por malformações arteriovenosas, hemangioblastomas e trauma.
Elas também podem ser provocadas por certos tipos de patologia arterial, tumor cerebral e
pelo uso de medicamentos – anticoagulantes orais, anfetaminas e várias substâncias geradas
de vício (SMELTZER & BARE, 2002).
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De acordo com Knobel (2002), a redução abrupta da pressão arterial (PA) pode levar à
diminuição da pressão de perfusão, acarretando isquemia encefálica, especialmente em
pacientes com hipertensão intracraniana e situações em que há deficiência da auto-regulação
do fluxo sanguíneo cerebral, como é o caso do AVC. O risco de aumentar a área isquêmica é
ainda maior quando há estenose grave dos grandes vasos craniocervicais.
O mesmo aconselha que as drogas se escolha para o tratamento da hipertensão arterial
(HA) em pacientes na fase aguda do AVC devem ser de ação curta e manejo fácil, de modo a
reduzir os riscos de hipotensão acentuada, abrupta ou duradoura. As drogas comumente
recomendadas são os beta-bloqueadores (labetalol, não disponível no Brasil) e nitroprussiato
de sódio; sendo o uso subligmal de bloqueadores de canal de cálcio evitado, pois pode causar
reduções abruptas e acentuadas na Pressão Arterial (PA).
O tratamento farmacológico específico para o AVC isquêmico inclui o uso de drogas
trombolícas e agentes antitrombóticos (antiagregantes e anticoagulantes), como o ácido
acetilsalicílico e a heparina.
O tratamento trombolítico é feito com ativador do plasminogênio tecidual (rt – PA),
que melhora a evolução de pacientes com AVC. É recomendado para pacientes com menos de
3 horas de instalação dos sintomas. Os pacientes tratados com rt-PA dentro desse período têm
cerca de 30% a mais de chance de ter uma boa evolução neurológica (KNOBEL, 2002).
Devinsky (2001) diz que o tratamento agudo do AVC consiste em evitar reduções
extremas da pressão sanguínea porque uma modesta hipotensão nesses pacientes pode
provocar uma isquemia cerebral global. A pressão sanguínea só deve ser reduzida se maior do
que 200/100 mmHg, e apenas para os limites superiores da normalidade. Os
anticonvulsivantes padrão são usados se o paciente apresentar convulções. Para a hipertensão
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intracraniana externa e aguda, os pacientes são tratados com hiperventilação e com agentes
hiperosmolares. O uso de esteróides e controverso e não recomendado de rotina. Se existir
uma causa tratável sangramento, como deficiência de vitamina K, tratamento com cumarínico
ou plaquetopenia, a terapia adequada de reposição tem que ser instituída.
A cirurgia para a hemorragia intracerebral, resultado possível de um AVC
hemorrágico, é controversa e usualmente reservada para as hemorragias lombares ou
cerebelares grandes (13 cm) ou para as hemorragias profundas com hipertensão intracraniana
sem controle clínico (DEVINSKY, 2001).
Conforme Smeltzer e Bare (2002), as complicações de um AVC incluem hipóxia
cerebral, fluxo sanguíneo diminuído e a extensão da área da lesão. A hipóxia cerebral é
diminuída ao se fornecer oxigenação adequada do sangue para o cérebro. Já o fluxo sanguíneo
é dependente da pressão arterial, do débito cardíaco e da integridade dos vãos sanguíneos
cerebrais. Deve-se assegurar a hidratação adequada (líquidos endovenosos) para diminuir a
viscosidade sanguínea e melhorar o fluxo sanguíneo cerebral. Em relação a extensão da lesão,
os extremos de hipertensão ou hipotensão precisam ser evitadas para prevenir contra as
alterações no fluxo sanguíneo cerebral e contra o potencial para estender a área de lesão.
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colocado sob o braço, e este é colocado em uma posição neutra (ligeiramente flexionada),
com as articulações distais posicionadas mais elevadas que as articulações mais proximais.
Dessa maneira, o cotovelo fica mais elevado. Isso ajuda a evitar o edema e a fibrose
resultantes, os quais evitarão mais amplamente de movimento normal quando o paciente
recupera o controle do braço.
A posição do paciente deve ser mudada a cada duas horas. Para colocar um paciente
em uma posição lateral (delúbito lateral), coloca-se um travesseiro entre as pernas antes que o
paciente seja virado. A coxa não deve ser agudamente flexionada. O paciente pode ser virado
de um lado para outro, mas a quantidade de tempo despendido no lado afetado deve ser
limitada, em virtude da sensação comprometida.
Quando possível, o paciente é colocado em posição de decúbito ventral durante 15 a
30 minutos, várias vezes ao dia. Isso ajuda a promover a hipertensão das articulações do
quadril e a evitar as contraturas em flexão do joelho e do quadril. Ajuda também a orientar as
secreções brônquicas e impede as deformidades em contratura dos ombros e joelhos. É
importante reduzir a pressão durante o posicionamento.
O paciente deve ser estimulado a movimentar os membros oito a cinco vezes por dia,
de forma a manter a mobilidade articular, recuperar o controle motor, evitar a deterioração
adicional do sistema neuromuscular e estimular a circulação. O exercício é valioso na
prevenção da estase venosa, a qual pode predispor o paciente à trombose e embolia pulmonar.
O paciente também deve ser lembrado para exercitar o lado não afetado a intervalos
durante todo o dia.
Até 70% dos pacientes com AVC sofrem de dor intensa no ombro, o que os impede de
aprender novas habilidades, pois a função do ombro é essencial para obtenção do equilíbrio e
realização de transferências e atividades de auto-cuidado. Podem ocorrer três problemas:
ombro doloroso, subluxação do ombro e síndrome do ombro e da mão.
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Os pacientes podem ter problemas com o controle intestinal, com a constipação sendo
mais comum. Exceto quando contra-indicada, uma dieta rica em fibras e a ingestão adequada
de líquidos (2 a 3 litros por dia) devem ser fornecidas, sendo estabelecido um horário regular
(geralmente depois o café da manhã) para a ida ao banheiro.
Ainda podem apresentar incontinência urinária transitória devido à confusão,
incapacidade de comunicar as necessidades e incapacidade de usar o vaso sanitário / comadre
por causa do compartimento dos controles motor e postural. Ocasionalmente, depois de um
AVC, a bexiga torna-se atônica, com comprometimento da sensação em relação externo é
perdido ou está diminuído. Durante esse período, realiza-se o cateterismo intermitente com
técnica estéril.
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O paciente que sofreu um AVC pode estar em risco de ruptura cutânea e tecidual por
causa da sensibilidade alterada e da incapacidade de responder à pressão e o desconforto
através da mudança de posição e movimentação. Portanto, a prevenção da ruptura cutânea e
tecidual exige um freqüente histórico da pele.
Um esquema regular de mudança de decúbito deve ser seguido para minimizar a
pressão e evitar a ruptura cutânea (pelo menos a cada duas horas). Quando o paciente é
posicionado ou virado, deve-se ter cuidado para minimizar as forças de cisalhamento e atrito,
as quais provocam lesão para os tecidos e predispõem a pele à ruptura.
Segundo George (1993), a palavra teoria origina-se do grego theoria que significa
“visão”. Fala-nos também que as teorias de enfermagem, em sua totalidade, descrevem e
explicam as condições humanas em termos do ambiente e da doença, embora seguem
limitadas em sua capacidade de prever ou controlar uma situação de enfermagem.
Popper (1995 apud LIMA, 2003), ao destacar a importância das teorias de
enfermagem, afirma que estas redes lançadas para capturar o que chamamos “o mundo”, a fim
de racionaliza-lo, explica-lo e domina-lo.
As teorias de enfermagem oferecem insight quando à avaliação e planejamento dos
cuidados profissionais, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento da
sistematização da assistência em enfermagem, constituindo a base para a prática da
enfermagem.
Essas teorias devem ser encaradas através da inter-relação dos conceitos de homem ou
indivíduo, sociedade ou ambiente, saúde e enfermagem (GEORGE, 1993).
Para Leopardi (1999), as teorias em enfermagem aparecem no desenvolvimento
histórico da profissão como o estágio mais recente, desde que a produção científica da
categoria passou por etapas, em relação à ênfase dos estudos.
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O período perioperatório consiste de três etapas. Uma pré, o pré-operatório, uma trans,
que consiste no momento do procedimento cirúrgico, o trans-operatório e um pós, o pós –
operatório.
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3 METODOLOGIA
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Nobre, é do sexo masculino, moreno e traz na sua cor e nos seus 72 anos de vida a
experiência e a sabedoria de quem nasceu, cresceu e está até hoje na roça, cultivando frutos e
simplicidade. É casado e mora com sua companheira num sítio modesto chamado
Martislândia que fica na zona rural do município de Guaraciaba do Norte. Lá , eles possuem
uma residência simples mas com boas condições hidro-sanitárias.
Seu árduo trabalho rendeu-lhe muitos frutos, e dentre eles está uma simbólica
aposentadoria de um salário mínimo que ajuda na manutenção da casa. Porém, o amor e a
devoção pelo trabalho, de mãos dadas com tempos difíceis, fazem com que Nobre exerça sua
profissão de agricultor até hoje, o que ao mesmo tempo, o faz sentir-se útil. É católico, porém
não vai muito a igreja, o que não diminui em nenhum aspecto sua devoção à Deus.
Relatou ter sido etilista e tabagista durante quarenta e oito anos, fato comum entre as “pessoas
da roça” que matam o ócio em meio as conversas à noite, fumando em cachimbo, cigarro ou
mascando fumo enquanto ouvem o barulho do vento sobre o mato que traduz, serenamente, o
oposto da fumaça ora inalada, ora expelida pelos fumantes. No entanto, deixou esse hábito há
quatro anos após ter realizado um cirurgia de próstata.
Há um ano, durante uma consulta médica, foi diagnosticado ser hiper-tenso,
diagnóstico que mostrou que apesar de muito suor derramado em anos de batalha, tinha uma
vida sedentária e uma alimentação hipercalórica. A medicação prescrita pelo profissional
médico foi um comprimido de Captopril 25 mg por dia, conduta que Nobre não seguia.
Foi numa manhã de fevereiro (27/02/03) que Nobre descobriu que a estabilidade da
vida é incerta, mesmo quando já se vivenciou muita coisa. E foi essa descoberta que trouxe
Nobre, e sua nobreza de ser, até nós.
Enquanto caminhava por seu sítio, local onde sempre experimentou as graças de um
verdadeiro lar, sentiu repentinamente uma cefaléia súbita e intensa, a qual fez Nobre
permanecer num quadro de desorientação. Foi levado ao hospital local, permanecendo lê por
um dia, tempo suficiente para a equipe profissional perceber que seu quadro não melhorara e
encaminha-lo à Santa Casa de Misericórdia de Sobral, onde chegou no serviço de emergência
com pico hiper-tensivo de 180X100 mmHg, desorientado, disártrico, com cefaléia e sem força
motora (paresia) nos membros inferiores. Foi realizada uma tomografia computadorizada de
crânio (TCC) (ANEXO B) e o paciente foi admitido no serviço de neurologia da mesma
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uso de prótese superior e inferior e sem alterações gustativas, com movimentos da língua sem
desvios, no entanto notávamos uma discreta alteração nos músculos faciais , o que nos levou a
crê que seria a causa da sua disartria, que também como a confusão mental, foi efêmera.
Presença de halitose. No pescoço apresentava saliência da cartilagem cricóide, conhecida por
pomo-de-adão e tireóide não palpável. Auscultas, cardíaca e pulmonar, nos padrões de
normalidade , toráx, abdome e membros sem presença de nossa e/ou cicatrizes e apresentava
sensibilidade térmica, tátil e dolorosa preservadas. Reflexos bicipital, tricipital,
branquiorradial, patelar e de aquiles preservados e Sinal de Babinski normal. Na marcha,
apresentava uma discreta diminuição do equilíbrio, que associamos a paresia dos membros
inferiores.
De acordo com a análise realizada pela equipe médica na tomografia, foi perceptível
que precisaria submeter-se a procedimento cirúrgico, visto que a neuroimagem evidenciava
uma hemorragia intracraniana num único ponto nobolo occi. A partir dessa decisão foram
acertados todos os encaminhamentos necessários, dentre eles a realização de exames pré-
operatórios e nobre realizou cirurgia após dois dias de internamento (02/03/04), recebendo
alta hospitalar três dias após o procedimento cirúrgico (05/03/04).
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paramentação dos membros uma anti-sepsia mais rigorosa com polivinilpirrolidona foi feita,
com a finalidade de reduzir ao máximo os germes encontrados na flora de transição da pele.
Após a instalação dos campos cirúrgicos, antes da diérese foi injetada no local da
incisão, em forma de leque, solução salina normal com adrenalina com intuito de obter uma
vasoconstricção impedindo sangramento excessivo, já que o couro cabeludo é bastante
irrigado.
Foi realizada uma incisão occipital paramediana esquerda através de bisturi frio e
elétrico, e a craniotomia realizada através de um trepano elétrico e um craniótomo, que
perfuram e cortam o retalho ósseo, também chamado de “janela óssea”, e é tal passo que
caracteriza um craniotomia.
O perióstio, membrana fibrosa do crânio, foi descolado, momento em que se usou a
cera óssea para realizar hemostasia local. Logo em seguida a dura-mater, membrana meníngea
mais externa, foi aberta, chegando-se a região intracerebral onde realizou-se o processo de
aspiração do hematoma formado pela hemorragia cerebral.
Após a aspiração, a cavidade foi fechada, fechando-se a dura-mater com fio prolene
4.0 (Polipropypoint 4.0), colocando-se um dreno de sucção e a janela óssea posta no lugar,
suturando em seguida o tecido subcutâneo com vicril 2.0 e o couro cabeludo com mononylon
2.0. Após a sutura a área foi limpa e uma atadura de crepon (15cm) foi colocado e o paciente
transferido para a unidade de recuperação pós-anestésica, às 18:00 horas, retornando ao
serviço de neurologia às 2:00 horas do dia seguinte.
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cognição alteradas, interferindo na vida diária. Portanto nosso enfoque foi o de reduzir o
pensamento perturbado através de orientações para a realidade; abordando-o de maneira
calma e fortalecedora.
Para o diagnóstico cefaléia intensa relacionada à lesão cerebral intervimos através da
administração das medicações prescritas, Hidantal (2ml + 8ml de água destilada – 8/8 h EV) e
tylex (30 mg – 6/6 h VO), com a finalidade de estabilizar o quadro.
Devido a presença de deficiências da comunicação verbal associada à disartria, ao
conversarmos com Nobre, dávamos tempo suficiente para expressar-se e/ou responder nossos
questionamentos, nunca mostrando-nos com pressa ou desinteresse. As nossas informações
também eram repassadas de forma clara e lenta para que o mesmo pudesse entender melhor o
que dizíamos.
Constipação relacionada á crenças culturais sanitárias, diagnóstico que nos fez realizar
massagens abdominais no sentido horário (1X1 dia) com intuito de diminuir a constipação.
Acreditamos que tal problema surgiu da mudança ambiental sofrida, visto que muitas vezes o
ambiente hospitalar diminuem a privacidade dos pacientes.
No diagnóstico déficit no autocuidado para higiene relacionada a inadequação para
perceber uma parte do corpo ou relação espacial, falamos da importância da higienização e
realizamos a mesma.
Para o diagnóstico dentição alterada relacionada à falta ou ausência completa de
dentes, conversamos sobre como deveria realizar a higienização da cavidade oral, posto que a
higiene da língua é tão importante quanto a higiene da prótese dentária.
Outro diagnóstico importante encontrado foi risco para incidência de acidente
vascular cerebral (AVC) relacionado ao tabagismo e eticismo e a não adesão do tratamento
anti-hipertensivo. Orientamos para a importância à adesão correta ao tratamento
medicamentos para hipertensão arterial sistêmica (HAS); para a ingestão de uma dieta
hipossódica e hipocalórica; para a realização de exercícios físicos diários por pelo menos
trinta minutos; continuar com o hábito de não ingerir bebidas alcóolicas e não fumar; verificar
a pressão arterial regularmente, dentre outras.
Vemos como importa ressaltar que todas as orientações ditas acima foram repassadas
ao acompanhante antes de sua alta, já que Nobre traz junto de seus 72 anos, além de
experiência e simplicidade, o esquecimento de uma mente cansada de tanto batalhar para o
pão de cada dia, e a graciosa “teimosia” de quem já viveu muito.
Percebemos ainda que Nobre possuía um déficit de conhecimento relacionado a
patologia e ao tratamento onde fornecemos informações destinadas a compreensão dos
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Durante seu período pós-operatório, Nobre não referiu mais queixas , com exceção da
constipação, citada anteriormente permaneceu com seus sinais vitais nos padrões de
normalidade, padrão de sono satisfatório aceitando bem a dieta hospitalar e fazendo uso de
Hidantal ( 1comp. 100mg – 8/8 h VO), Tylex ( 1comp. 30 mg – 6/6h VO), Diripona ( 2ml em
8ml de água destilada) e Famox ( 40mg – 12/12 h).
No segundo dia de pós-operatório, durante a troca de curativo, foi retirado o dreno.
Apresentava bom estado geral. Realizou tomografia computadorizada de crânio (TCC)
(ANEXO C) para controle da patologia, o que deu subsídio para sua alta hospitalar dia cinco
de março de dois mil e quatro.
Vida existe há 50 anos e como o nome já diz, é os sexo feminino e carrega consigo o
frescor de uma leve rajada e o brilho e a alegria de uma rosa que desabrocha sem pensar que
um dia vai murchar. Estudou pouco, conseguiu terminar o ensino fundamental, e hoje, sem
qualquer tipo de espinhos, leva uma vida admirável de costureira e dona do lar. É casada, e
esperamos que não seja com um “cravo”, onde dessa união resultou uma filha que ainda hoje
permanece no leito materno, provocando as delícias de, como dizem os ingleses, um home
steet home. Vivem numa casa com boas condições hidrosanitárias na pequena cidade de
Santana do Acaraú, terra descrita para nós, enquanto vida sorria, como calma, modesta e
alegre, o que nos fez experimentar um pouco de sua felicidade.
Há quinze anos é hipertensa, e tal condição a fez ser merecedora de uma prescrição
médica de dois comprimidos de captopril de 25 mg ao dia, mas como a vida tem lá suas
contradições, essa prescrição não era seguida. Aliás, isso não é nada novo para gente já que a
vida, às vezes, faz suas próprias regras, e entretanto, uma de suas regras, consistia em
verificar sua pressão arterial com freqüência onde eventualmente mantinha picos
hipertensivos assintomáticos, já que relaxa que nada sentia, porém momentos como esses
evidenciavam-nos que nesse período a vida pulsava mais forte, ou melhor, o que corria em
suas veias.
E foi numa madrugada de março (07.03.2004) que vida sentiu seu maior instrumento,
o corpo, tremer; uma das maiores provas de sua existência estava abalada. Tal episódio
mostrou-se em forma de espasmos musculares de seu membro inferior esquerdo, de mãos
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dadas com uma parestesia, que com o passar das honras evoluiria a uma paresia, e um pico
hipertensivo de 240 x 120 mmHg. Foi trazida a Santa Casa de Misericórdia de Sobral na
ambulância disponibilizada pelo hospital local, permanecendo primeiramente no serviço de
eletrocardiograma, que nada evidenciou de anormal. Retornou a Santa Casa onde realizou
exame de tomografia computadorizada de crânio (TCC) (ANEXO 04), sendo evidenciado um
Acidente Vascular Cerebral de origem hemorrágica. Foi admitida no serviço de neurologia,
conduta que nos proporcionou o encontro com a vida, que desde o princípio, mostrou-se
sorridente e simpática com todos que cruzavam com ela, contagiando rapidamente suas
companheiras de quarto.
Não foi nenhum sacrifício, nem difícil acesso, mantermos contato com vida, que se
mostrava sempre disposta a responder nossas indagações, o que nos fez relacionar-se
verdadeiramente consigo, como as teorias de Paterson e Zderad comemtam ao falar da
vivência de saúde.
Durante sua internação hospitalar fez uso de terapia medicamentosa com captopril,
hidantal e tylex. Manteve uma comunicação adequada, não apresentando nenhum déficit na
fala, aceitando bem a dieta e com eliminações intestinais e urinárias presentes.
Durante exame físico geral e neurológico, constatamos que vida mostrava-se
orientada, responsiva e alerta. Possuía pele branca, sem presença ou menor sinal de lesões
cutâneas, sem sujidades. Olhos vivos e expressão alegre. Conservava sempre consigo um
sorriso nos lábios e um afago nas mãos. Estava com os sinais vitais dentro dos padrões
aceitáveis pelo modelo biomédico (T: - 36ºC; pulso: 88; PA: 140 x 80 mmHg; FR: 18). Tinha
crânio normal, couro cabeludo higienizado. Olhos simétrico e amplo, pupilas fotoreagentes e
reflexo corneal presente, nariz simétrico, higienizado e sem dificuldades para identificar
odores. Ouvido higienização e diminuição da acuidade auditiva esquerda. Cavidade
higienizada, com boa movimentação da língua e os músculos faciais. Tireóide não palpável.
Auscutas cardíaca e pulmonar normais. Presença de adução do ombro esquerdo, com flexão
do cotovelo e punho devido a hemiparesia esquerda. Tórax, abdome e membros sem presença
de massas, com sensibilidade tátil alterada e dolorosa presente no hemisfério afetado.
Reflexos bicipital, tricipital, braquiorradial, patelar e de Aquiles preservados. Sinal de
Babinski presente e normal na região plantar dos pés, com marcha prejudicada devido a
hemiparesia do lado esquerdo. Evidenciado micose na região plantar no pé direito, com
aspecto descamativo e prurido intenso.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tal estudo foi de suma importância para o aprendizado global da fisioterapia do AVC,
bem como da aplicabilidade do processo de enfermagem na prática profissional.
Podemos observar as repercussões do AVC em seres individuais, caracterizados por
Paterson e Zderad como existencialismo humanístico, onde os indivíduos possuem potencial
para o “bem-estar” e o “estar melhor”.
Foi perceptível com esse estudo que o AVC de origem hemorrágica manifesta-se,
clinicamente com déficits distintos, dependendo o hemisfério e/ou lobo afetado, podendo, ou
não, ser necessário uma intervenção neurocirúrgica. E que a pessoa acometida pelo AVC pode
permanecer um pouco tempo com alguns déficits, como no caso de Nobre, ou permanecer
com eles por um período de tempo mais longo, como no caso de Vida.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Alba Lúcia Botura Leite & COLS. Anamnese e Exame Físico: a avaliação
diagnóstico de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª edição. São Paulo: Atlas,
1999.
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31
LEAL, M. E. S. Derrame: acidente vascular cerebral. São Paulo: NEPE, PUC, 1996.
TOOLE, J.F. Distúrbios cerebrais de origem vascular. 5ª ed. São Paulo: Santos, 2002.
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ANEXOS
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ANEXO A
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
DADOS PESSOAIS
Nome: __________________________ Mat. ________________ Sexo: _______________
Estado Civil: ______________ Cor: ______________ Idade: ________________________
Instrução: ________________________ Ocupação: _______________________________
Religião: __________________________ Informante: _____________________________
Diagnóstico Médico: ________________________________________________________
ENTREVISTA
1) Motivo da internação: _____________________________________________________
_________________________________________________________________________
2) Outras doenças: __________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3) Antecedentes familiares: ___________________________________________________
_________________________________________________________________________
4) Uso de medicamentos? Quais? ______________________________________________
_________________________________________________________________________
5) Alterações relacionadas ao tratamento? Quais? _________________________________
_________________________________________________________________________
6) Interrupções no tratamento? ________________________________________________
_________________________________________________________________________
7) Com quem mora e quem lhe ajuda? __________________________________________
8) Condições habitacionais? __________________________________________________
_________________________________________________________________________
9) Alimentação habitual? ____________________________________________________
_________________________________________________________________________
10) Modificações da alimentação após a doença? _________________________________
11) Alteração de peso? ______________________________________________________
12) Hidratação: ____________________________________________________________
13) Eliminações intestinais e urinárias __________________________________________
_________________________________________________________________________
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ANEXO B
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ANEXO C
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37
APÊNDICE
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38
APÊNDICE
__________________________________ ________________________________
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39
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