Princípios Informativos do Direito Administrativo. Administração
Pública: conceito; órgãos e agentes públicos. A atividade administrativa. Princípios básicos da Administração Pública e Informativos do regime jurídico-administrativo. Poderes Administrativos. Atos Administrativos. Conceito, requisitos e atributos. Atos vinculados e Atos discricionários. O Poder de Polícia. A invalidação dos atos administrativos: anulação e revogação. A organização administrativa brasileira: Administração descentralizada. Fundação, Sociedade de Economia Mista, Empresa Pública e Autarquia. Serviços Públicos: considerações gerais. Licitação: conceito, finalidade, seus princípios. Anulação e revogação; modalidades. Contratos Administrativos: considerações gerais. Domínio Público: classificação geral. Considerações gerais. Terras públicas. Terrenos de Marinha. Terras devolutas e Ação discriminatória. A responsabilidade civil da Administração. A reparação do dano. O controle administrativo, legislativo e judiciário. Mandato de Segurança e Ação Popular. Mandato de Segurança Coletivo. Mandato de Injunção. Habeas data. Intervenção na propriedade e no domínio econômico. Considerações gerais. Desapropriação. Limitações Administrativas. Servidores públicos. Regime único. Considerações gerais.
RESUMO dos livros
Conceito de Direito Administrativo.
O direito público tem por objeto principal a regulação dos interesses da sociedade como um todo, a disciplina das relações entre esta e o Estado, e das relações das entidades e órgãos estatais entre si. É característica marcante do direito público a desigualdade nas relações jurídicas por ele regidas, tendo em conta a prevalência do interesse público sobre os interesses privados. Os interesses da coletividade devem prevalecer sobre interesses privados. O Estado goza de certas prerrogativas que o situam em posição jurídica de superioridade ante o particular, em conformidade com a lei e respeitando as garantias individuais consagradas pelo ordenamento jurídico. Ex: são possíveis medidas como a desapropriação de um imóvel privado para a construção de uma estrada. A constituição assegura o direito de propriedade, mas faculta ao poder público efetuar desapropriações, desde que o proprietário receba justa e prévia indenização, independentemente do interesse do proprietário. DESIGUALDADE JURÍDICA No direito privado, mesmo quando o Estado integra um dos pólos de uma relação regida pelo direito privado, há igualdade jurídica entre as partes. Ex: A venda no mercado de produtos fabricados por uma sociedade de economia mista, ou a celebração de um contrato de abertura de conta entre um particular e a CAIXA, o Estado não está, precipuamente, tutelando interesses coletivos, descabendo cogitar o uso de seu poder de império. Há determinadas relações, mesmo travadas exclusivamente entre particulares, que podem ter repercussão nos interesses da coletividade como um todo. Nesses casos, é comum o ordenamento estabelecer regras de direito público, impositivas, derrogatórios do direito privado, excluindo a possibilidade de as partes livremente fazerem valor sua vontade, afastando a incidência dos princípios basilares do direito privado: autonomia da vontade e liberdade negocial. Por outro lado, também no âmbito dos ramos do direito classificadaos como ramos do direito público, inúmeras relaçoes juridicas sujeitam-se à aplicação subsidíária do direito privado ou até mesmo são regidas predominantemente pelo direito privado. NÃO é possível algum atuação do Estado ser regida exclusivamente pelo direito privado, com total afastamento de normas do direito público. O Estado pode integras relações jurídicas regidas exclusivamente ou predominantemente pelo direito público e pode integras relaçoes juridicas regidas predominantemente pelo direito privado como por exemplo quando atua no domínio econômico, como agente produtivo (estado-empresário). Direito adm: conjunto de regras e princípios aplicáveis à estruturação e ao funcionamento das pessoas e órgãos integrantes da administração pública, às relações entre esta e seus agentes, ao exercício da função administrativa, especialmente às relações com os administrados, e à gestão dos bens públicos, tendo em conta a finalidade geral de bem atender ao interesse público. Objeto e abrangência: dizer que o direito administrativo é um ramo do direito público não significa que seu objeto esteja restrito a relações jurídicas regidas pelo direito público. Em um Estado democrático-social, como o brasileiro, a administração pública atua nos mais diversos setores – até mesmo como agente econômico, sendo frequentes as situações em que ela deve figurar nas relações jurídicas despida de prerrogativas públicas. Nesses casos, quando a administração comparece sem revestir a qualidade de poder público – por exemplo, celebrando um contrato de locação, na condição de locatária - , as relações jurídicass de que participe são regidas, predominantemente, pelo direito privado, estando ausentes as prerrogativas especiais típicas do direito público. Não obstante, tais relações jurídicass são objeto do direito administrativo, estando sempre sujeitas, em variável medida, a regras e princípios próprios desse ramo do direito, tais quais o princípio da indisponibilidade do interesse público, o princípio da publicidade, o princípio da probidade. A situação dos agentes públicos que mantêm vínculo funcional permanente de natureza contratual com a administração pública, sujeitos à CLT (ressalvadas algumas derrogações de direito público, impostas pela própria Constituição). As relações entre eles – os empregados públicos em sentido próprio – e a administração pública, de natureza trabalhista (celetista), são regidas predominantemente pelo direito privado, mas, não obstante, constituem objeto do direito administrativo, pela mesma razão acima apontada – sujeição a princípios como a indisponibilidade do interesse público. Ainda, são objeto do direito adm atividades de adm pública em sentido material que, embora exercidas por particulares, o são sob regime de direito público. É o que ocorre com as delegatárias de serviços públicos, pessoas privadas, não integrantes da adm pública, mas que, nas prestação dos serviços públicos delegados, sujeitam-se a regras de direito público, pertinentes ao direito adm. O objeto do direito adm abrange todas as relações internas à adm pública – entre os órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e entre a adm e seus agentes, estatutários e celetistas -, todas as relações entre a adm e os administrados, regidas predominantemente pelo direito público ou pelo direito privado, bem como atividades de adm pública em sentido material ezercidas por particulares sob regime de direito público, a exemplo da prestação de serviços públicos mediante contratos de concessão ou de permissão. Além do Poder esecutivo, os poderes legislativo e judiciário também praticam atos que, pela sua natureza, são objeito do direito adm. Assim, quando os ógãos do poderes legislativo e judiciário estão atuando como administradores de seus servi~ços, de seus bens ou de seu pessoal, estão praticando atos administrativos, sujeitos ao regramento do direito administrativo. A nomeação de um servidor, a aplicação de uma penalidade disciplicar, o remanejamento de pessoal ou a realização de uma licitação pública serão sempre atividades abrangidas pelo direito administrativo. Devemos ressaltar que o Poder Exercutivo exerce, além de função administrativa, a chamada função de Governo (função de estabelecimento das diretrizes de atuação do Poder Exercutivo, de fização de políticas públicas, não de mera execução dessas diretrizes e políticas), de cunho político, que não constitui objeto de estudo do direito administrativo.