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SANEAMENTO

Aula 5 - Sumário

AULA 5
• Constituição dos sistemas de abastecimento e de distribuição de água.

Saneamento [55]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Adução / Dimensionamento Hidráulico de Adutoras

Determinação das pressões de serviço das tubagens:

 Condutas adutoras gravíticas:  Condutas adutoras por bombagem:

Altura piezométrica estática Altura piezométrica dinâmica

PN 6 E-2

PN 10

PN 16

PN 20
E-3

Saneamento [56]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tubagens / Policloreto de Vinilo (PVC)

Duronil \ Tubagens Características:

Tubagem em PVC (policloreto de vinilo) rígida de parede compacta


fabricada por extrusão.

As tubagens de Duronil são apresentadas nas classes de pressão:


 PN6 kgf/cm2 (0,6 MPa);
 PN10 kgf/cm2 (1,0 MPa);
 PN16 kgf/cm2 (1,6 MPa).

Diâmetros exteriores (mm):


63; 75; 90;110; 125; 140; 160; 200; 250; 315; 400; 500; 630

Saneamento [57]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tubagens / Polietileno de Alta Densidade (PEAD)

PEAD \ Tubagens Características:

A tubagem em PEAD de parede compacta é fabricada por extrusão.

As tubagens de PEAD são apresentadas nas classes de pressão de:


PN4 kgf/cm2 (0,4 MPa) a PN16 kgf/cm2 (1,6 MPa)

Diâmetros exteriores (mm):


63; 75; 90;110; 125; 140; 160; 200; 250; 315; 400; 500; 630

Saneamento [58]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tubagens / Poliester Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV)

PRFV \ Tubagens Características:

As tubagens de PRFV são fabricadas através de um processo de centrifugação


automático.
A tubagem é formada por diversas camadas, variando as quantidades de
matérias primas usadas em cada uma.

No fabrico da tubagem entram quatro componentes:


 Resina de poliester: actua como ligante e é formada por uma resina de poliester não
saturada e não dissolvente;
 Filler (cabornato de sódio): mistura-se com a resina para melhorar a carga estrutural;
 Areia de sílica: como carga estrutural para melhorar as suas propriedades mecânicas;
 Fibra de vidro: como reforço da resina de poliester utilizam-se fibras de vidro de alta
qualidade.
As tubagens de PRFV são apresentadas nas classes de pressão de 0,2 MPa a 2,5 MPa
Diâmetros interiores (mm):
150; 200; 250; 300; 350; 400; 450; 500; 600; 700; 800; 900; 1000; 1100;…; 2400
Saneamento [59]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tubagens / Ferro Fundido Dúctil (FFD)

FFD \ Tubagens Características:

As tubagens de ferro fundido dúctil (FF) caracterizam-se por serem


tubagens de grande longevidade.

Podem ter vários revestimentos interiores.

As tubagens de FF são apresentadas nas classes de pressão de:

3,2 MPa a 4,0 MPa

Diâmetros interiores (mm):

150; 200; 250; 300; 350; 400; 450; 500; 600; 700; 800; 900; 1000; …

FERRO FUNDIDO DÚCTIL

Saneamento [60]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tubagens / Aço

Aço \ Tubagens Características:

As tubagens de aço podem ser dimensionadas com várias


espessuras e são normalmente utilizadas para trechos com
elevadas pressões e em trechos em que a tubagem não esteja
enterrada.

Podem ter vários revestimentos interiores.

As tubagens de aço são apresentadas nas classes de pressão de:

3,2 MPa a 4,0 MPa

Diâmetros interiores (mm):

150; 200; 250; 300; 350; 400; 450; 500; 600; 700; 800; 900; 1000; …

Saneamento [61]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tubagens / Outros Tipos

Outros tipos \ Tubagens

Fibrocimento
É um material em desuso, mas do qual existem extensões
significativas nas redes mais antigas.
Classes de pressão: CL6, CL12; CL18; CL24; CL30

Betão armado (pré-esforçado ou com alma de aço)


É um material competitivo nos grandes diâmetros com o
ferro fundido dúctil.

Outras tubagens plásticas:

Polipropileno
Resiste a altas pressões (20 kgf/cm2) e permite o escoamento
e fluidos a altas temperaturas.

Saneamento [62]
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Adução / Dimensionamento Hidráulico de Adutoras

Sobrepressões provocadas pelo regime variável:

Redução instantâneas de velocidade.

(V0 − V1 )
∆H = a
g
com
9900
a= (m s −1 )
D
48,3 + k
e

a – celeridade (m/s)
Vi – velocidade do escoamento (m/s)
k – constante, que depende do tipo de material
da tubagem (aço = 0,50; ferro fundido = 1,0;
betão = 5,0; plástico = 18)
e – espessura da conduta (m)
D – diâmetro da conduta (m)

Saneamento [63]
SOBREPRESSÕES E SUBPRESSÕES
PROVOCADA POR PARAGEM DE GRUPOS ELEVATÓRIOS

Tempo de anulação do caudal

Fórmula de Rosich (1970)

K .L.U 0
T =C+
g .H t
com
C – parâmetro que depende do declive da conduta elevatória:
Ht/L ≤ 20% => C = 1s
Ht/L > 40% => C = 0s
K – coeficiente adimensional, dependente do comprimento:

L(m) <500 ~500 500<L<1500 ~1500 >1500

K(-) 2 1,75 1,5 1,25 1,0


L – comprimento da conduta
U0 – velocidade do escoamento
Ht – altura de elevação

Saneamento [64]
SOBREPRESSÕES E SUBPRESSÕES
PROVOCADA POR PARAGEM DE GRUPOS ELEVATÓRIOS

Subpressão máxima (Michaud):


2L a.U 0
T< ⇒ ∆H = −
a g

2L 2 L.U 0
T> ⇒ ∆H = −
a g .T

Normalmente, é necessário proceder à protecção da conduta através de acessórios de


protecção contra os efeitos do golpe de aríete.

Volante de inércia Válvula de escape Reservatório de


ar comprimido
(RAC)

Saneamento [65]
SOBREPRESSÕES E SUBPRESSÕES
PROVOCADA POR PARAGEM DE GRUPOS ELEVATÓRIOS

Exemplo:
Ht = 50 m

Fecho instantâneo:
a.U 0 600 x1,4
∆H = − = = 85m
g 9,8 L = 1000 m
V = 1,4 m/s
Corte de corrente no grupo electrobomba: PEAD

Tempo de K .L.U 0 1,5 x1000 x1,4


anulação T =C+ = 1+ = 5,3s
do caudal g .H t 9,8 x50
Logo
Subpressão 2 L 2 x1000
máxima
T> = = 3,3s 2.L.U 0
a 600 ∆H = − = 54m
gT
Saneamento [66]
SANEAMENTO
Aula 6 - Sumário

AULA 6
• Dispositivos de perda de carga.
• Exemplos de soluções alternativas.

Saneamento [67]
DISPOSITIVOS DE PERDA DE CARGA
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor

FUNÇÃO: Órgãos destinados a reduzir a cota piezométrica.

TIPOS:
Câmaras de Perda de Carga (CPC) Válvulas Redutoras de Pressão (VRP)

LEE
LEE
LED LED

CPC

VRP

Saneamento [68]
DISPOSITIVOS DE PERDA DE CARGA
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor

FACTORES QUE CONDICIONAM A INSTALAÇÃO:

 pressões bastantes elevadas devido ao grande desnível topográfico entre o ponto de


origem e o ponto de destino da conduta adutora;

 pressões exageradas em certos troços da conduta adutora.

LEE
LEE
LED LED

CPC

VRP

Saneamento [69]
Dispositivos de Perda de Carga
Câmaras de perda de carga

FORMA DE FUNCIONAMENTO:

 um reservatório intermédio, em que uma parte da


energia hidráulica do escoamento é dissipada, à
entrada, através de uma válvula (perda de carga
localizada;

 a nova cota de partida para o jusante é a cota do


terreno.

LEE
LED

CPC

Saneamento [70]
Dispositivos de Perda de Carga
Válvulas Redutoras de Pressão (VRP)

FORMA DE FUNCIONAMENTO:

 destinam-se a manter uma dada pressão, a jusante, que


seja menor do que a de montante, quando esta exceda
determinado valor;

 Vantagem (em relação às CPC) de não perder a energia


toda a jusante.

LEE
• Tipos de válvulas
– de mola, pistão e diafragma
LED

VRP

Saneamento [71]
Dispositivos de Perda de Carga
Válvulas redutoras de pressão(VRP)

• Modo de funcionamento
1. Estado activo - sempre que a pressão a jusante for demasiado elevada é accionado o
dispositivo de obturação da válvula, reduzindo o valor da pressão a jusante até ao HVRP
(carga de definição da válvula redutora de pressão), caso contrário abre ;

2. Estado passivo - se a pressão a montante for insuficiente e inferior à carga de definição


da VRP, a válvula abre totalmente, mantendo a montante e a jusante a mesma pressão;

3. Válvula fechada – se a pressão a jusante for superior à pressão a montante, a válvula


fecha totalmente funcionando como uma válvula de retenção (não permite a inversão do
escoamento).

Hm HVRP Hm

Hm Hj Hj
HVRPHj L.E. Q=0

Q Q

VRP VRP VRP


Saneamento [72]
Estado activo Estado passivo Válvula fechada
Dispositivos de Perda de Carga
Válvulas redutoras de pressão(VRP)

• Tipos de Funcionamento
– VRP com carga constante - mantém a pressão constante e igual a um determinado
valor;
– VRP com queda constante - introduz uma perda de carga localizada constante
independente da pressão a montante;
– VRP com carga constante variável no tempo - análoga à VRP com carga constante
a jusante, mas variando de intervalo para intervalo;
– VRP com carga ajustável automaticamente em função da variação dos consumos.

Hmi L.E. Hmi L.E. Hmi


L.E. Hmi Hmi+1
L.E.
Hmi+1
L.E. Hmi+1 ∆H Hmi+1 Hji(Qi))
Hmi+1 L.E. L.E. Hmi+2
HVRP Hj i Hji(ti)
∆H Hji+1(Qi+1)
L.E. Hji+1 Hji+1(ti+1)
Hji+2(Qi+2)

VRP VRP VRP VRP

Saneamento [73]
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor

Soluções Alternativas
Sistema puramente gravítico

Cenário Base Cenário Alternativo


Diâmetro mínimo 1, 2, 3, 4 CPC
LEE
Dmenor LED
CPC

CPC
Combinação de Diâmetros CPC
D1 LEE

D2 CPC

LED CPC
CPC

Saneamento [74]
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor

Soluções Alternativas
Sistema elevatório

Cenário Base Cenário Alternativo

Alterar o diâmetro ou 1 ou 2 EE (2 ou 3 EE)

D2
D1 D1
D1
LEE
LEE

D1

EE

EE EE
Estação Elevatória

Saneamento [75]
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor
Soluções Alternativas
Sistema misto

Cenário Base Cenário Alternativo

Diâmetro menor (D1) Diâmetro maior (D2) que o do Cenário Base

D2 >D1
D1 (e
.g. De
c40)

Saneamento [76]
SANEAMENTO
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor (semana 4)

Peças do Projecto (Estudo Prévio):


 Peças Escritas:
 Memória Descritiva e Justificativa;

 Peças Desenhadas:
 Planta de localização com os traçados analisados e propostos (1/25000);
 Desenho em perfil longitudinal com as alternativas em perfil analisadas;
 Perfil longitudinal da solução proposta (Escala V=1/2500; H= 1/25000..?).

Saneamento [77]
SANEAMENTO
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor (semana 4)

Memória Descritiva e Justificativa:


 Proposta de índice (indicativo):
1.INTRODUÇÃO
2.ELEMENTOS BASE
2.1 Considerações gerais
2.2 Estudo populacional
2.3 Determinação de caudais
3.TRAÇADO DA ADUTORA EM PLANTA
4.DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DA ADUTORA
4.1 Selecção de diâmetros viáveis
4.2 Soluções alternativas e respectivo dimensionamento em termos de pressão
4.3 Análise económica das soluções estudadas
4.4 Capacidade de reservatórios
4.5 Solução recomendada
5.ACESSÓRIOS
6.RESUMO DO ESTUDO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Referências bibliográficas
Índice de desenhos

Saneamento [78]
SANEAMENTO
Projecto 1: Estudo Prévio de um Sistema Adutor (semana 4)

Aula Prática da Semana 4:


 Preparação Prévia:
 Diâmetros tecnicamente viáveis;
 Perdas de carga e linhas de energia dinâmica nos trechos adutores.

 Objectivos da Semana 4:
 Definir esquematicamente soluções alternativas;
 Início do dimensionamento das alternativas (máximo 4 alternativas);
Diâmetro de cada trecho;
Dimensionamento dos trechos, em termos de pressão;
Alturas de elevação e caudais de cada Estação Elevatória (EE).

Saneamento [79]
SANEAMENTO
Aula 7 - Sumário

AULA 7
• Estudo económico de sistemas adutores.

Saneamento [80]
ESTUDO ECONÓMICO DE SISTEMAS DE ADUÇÃO E RESERVA

Custos de Instalação:
Tubagem
Levantamento e reposição de pavimentos;
Movimento de terras;
Fornecimento, instalação e montagem (incl. acessórios).
Estações elevatórias
Construção civil;
Equipamento electromecânico.
Órgãos acessórios
Dispositivos redutores de pressão (CPC ou VRP);
Ventosas;
Descargas de fundo;
Válvulas de seccionamento.
Reservatórios
Custos de exploração e manutenção:
Energia;
Encargos com pessoal;
Manutenção.
Saneamento [81]
ESTUDO ECONÓMICO DE SISTEMAS DE ADUÇÃO

Sistemas adutores gravíticos:

 L1.J1 (D1 ) + L2 .J 2 (D2 ) = H



 L1 + L2 = Ltotal

 L11.J11 (D11 ) + L12 .J12 (D12 ) = H1



 L11 + L12 = L1

 L21.J 21 (D21 ) + L22 .J 22 (D22 ) = H 2



 L21 + L22 = L2
Saneamento [82]
ESTUDO ECONÓMICO DE SISTEMAS DE ADUÇÃO

Sistemas adutores com condutas elevatórias:


Determinação do diâmetro económico

Saneamento [83]
ESTUDO ECONÓMICO DE SOLUÇÕES

• Análise a preços constantes


– Os preços unitários são constantes ao longo da vida do projecto
(não há inflação, ti=0);

– Os custos em cada ano só podem ser somados quando actualizados a um


ano de referência (ano 0) através da taxa de actualização ou juro (ta);

– Utilizada para comparar soluções alternativas.

Cactualizado_ano 0 = C0 / (1+ta) n

1 / (1+ta) 3 1 / (1+ta) n 1 / (1+ta) HP

C0 C0 C0 C0 .... C0 .... C0

0 1 2 3 .... n .... HP Saneamento [84]


ESTUDO ECONÓMICO DE SOLUÇÕES

• Análise a preços correntes


– Os preços unitários aumentam em cada ano com a taxa de inflação (ti);

– Os custos em cada ano só podem ser somados quando actualizados a um


ano de referência (ano 0) através da taxa de actualização ou juro (ta);

Cn = C0 * (1+ti) n

Cactualizado_ano 0 = CN / (1+ta) n

1 / (1+ta) n 1 / (1+ta) HP
1 / (1+ta) 3

C0 C1 C2 C3 .... Cn .... CHP

0 1 2 3 .... n .... HP
(1+ti) n (1+ta) HP
Saneamento [85]
ESTUDO ECONÓMICO DE SISTEMAS DE ADUÇÃO E RESERVA

Custos com energia:


γ .Vi .H t
Energia consumida no ano i: Ei =
η Preço unitário da energia

γ .H t
γ .Vi .H t K= p
Custo da energia no ano i: CEi = p = K .Vi η
η

Volume elevado no ano i: Vi = Popi .Capi .365dias

 Elevam-se volumes diferentes ao longo do período de projecto;

 Para calcular o total da energia anual não é necessário conhecer o tempo médio de
bombagem em cada ano.

Saneamento [86]
ESTUDO ECONÓMICO DE SISTEMAS DE ADUÇÃO E RESERVA

Actualização dos encargos com energia:

Ano Valor no ano Valor actualizado

1 K .V1 K .V1 /(1 + t a )


2 K .V2 K .V2 /(1 + t a ) 2
3 K .V3 K .V3 /(1 + t a ) 3
: :
N K.VN K .VN /(1 + t a ) N

∑i =1 K .Vi ∑i=1 i
N N i
K .V /(1 + t a )

Custo total da energia actualizada


Saneamento [87]
ACTUALIZAÇÃO DOS ENCARGOS COM ENERGIA

Hipótese:
Os volumes elevados anualmente crescem de acordo com uma lei geométrica.

Ano Volume elevado no ano Custo da energia actualizado

1 V1 = V0 (1 + t g ) K .V0 (1 + t g ) /(1 + t a )
2 V2 = V0 (1 + t g ) 2 K .V0 (1 + t g ) 2 /(1 + t a ) 2
3 V3 = V0 (1 + t g ) 3 K .V0 (1 + t g ) 3 /(1 + t a ) 3
: :

N VN = V0 (1 + t g ) N K .V0 (1 + t g ) N /(1 + t a ) N

K .Vo ∑i =1 (1 + t g )i /(1 + t a )i =
N

(1 + t g )   1 + t g 
N

= K .Vo 1 −   
Custo total da energia actualizada (t a − t g )   1 + t a
  

Saneamento [88]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes

• Custo total =
= Investimento em Capital fixo + Encargos de exploração

• Investimento em capital fixo


– Condutas adutoras ……….. Ano 0
– Reservatórios ………… Ano 0
– Construção civil EE ………… Ano 0
– Equip. electromecânico EE ……...... Anos 0 e 20
– CPC ………… Ano 0
• Encargos de Exploração
– Operação e manutenção ………… 1 - 40 anos
• Condutas adutoras
• Reservatórios
• Construção civil EE
• Equipamento electromecânico EE
– Energia (de bombagem) ………… 1 - 40 anos

Saneamento [89]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes
Investimento em capital fixo

PVC PEAD
Diâmetro
Aço
nominal FFD
revestido
(mm) PN6 PN10 PN16 PN6 PN10 PN16

• Condutas 60 53.97

– definido por metro linear 63 27.64 27.98 28.99 28.89 30.24 32.02

de conduta
(QUADRO A.1 – Enunciado) 75 30.42 31.43 34.51 29.54 31.03 33.06

80 57.97 71.32

100 64.45 77.66

800 536.33 513.44 490.70 740.88 425.33 572.35

• Reservatórios
– definidos por m3

C =1 400 .Vol 0,75

Saneamento [90]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes
Investimento em capital fixo

• Estações elevatórias
– Definidos em função do caudal de dimensionamento e altura de elevação
Construção civil Ccc(€) = 2580 x Q 0,250 x H 0,212
Equipamento Ceq (€) = 1740 x Q 0,504 x H 0,279
Sendo Q – caudal (l/s) e H – altura de elevação (m)

– O custo da construção civil


• adquirida no ano 0 é calculado com Qdim40 e Hdim40

– O custo do equipamento
• adquirido no ano 0 é calculado com Qdim20 e Hdim20
• adquirido no ano 20 é calculado com Qdim40 e Hdim40
e deverá ser actualizado ao ano 0 multiplicando o valor
por 1 / (1+ ta) 20

• Câmaras de perda de carga


– Custo unitário = 10 000€

Saneamento [91]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes
Encargos de Exploração

• Operação e manutenção
– Definidos em percentagem do Investimento por ano
• Condutas adutoras com ligações por juntas ……… 1% Inv /ano
• Condutas adutoras com ligações por soldadura ….. 0.75% Inv /ano
• Reservatórios e CPC …………………. 1% Inv /ano
• Construção civil EE……………………………….. 1% Inv /ano
• Equip. electromecânico EE …….. ……………….. 2.5% Inv /ano

– Têm de ser calculados ano a ano ao longo de 40 anos (anos 1 a 40) e actualizados ao ano 0:

Custo actualizado_ano_0 = Custo ano_n * 1 / (1+ ta) n

sendo
ta = taxa de actualização (e.g. 6%)

Saneamento [92]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes
Encargos de Exploração (continuação)

• Energia (1º Processo de cálculo)


–Deverá ser calculado ano a ano, ao longo de 40 anos (anos 1 a 40), e actualizado ao ano 0

• Energia anual consumida no ano i - Sousa (2001) – Adução, p.32


–Eano_i = Potência * Tempo_Func_ano_i
= ( γ * Qdim * Hdim / µ ) * Tempo_Func_ano_i Constante: do ano 1 ao 20 (Hdim20)
= ( γ * Hdim / µ ) * (Qdim *Tempo_Func_ano_i) do ano 21 ao 40 (Hdim40)

= ( γ * Hdim / µ ) ∗ Vmda_ano_i
Variável do ano i = Popano i * Capano i

• Custo da energia anual consumida no ano i


–CEano_i (€) = Eano_i (kWh) * preço_unitário (€/kWh)

• Custo da energia anual consumida no ano i actualizada ao ano 0


–CEactualizado_ano_0 (€) = CEano_i (€) * 1/(1+ta)i

Nota: Atenção à conversão de unidades: 1 joule = W.s

Saneamento [93]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes
Encargos de Exploração (continuação)

• Energia (2º Processo de cálculo)


– Poderá ser calculada como a soma de n termos de uma progressão geométrica:
• Sn = U1 * ( 1-Rn) / (1-R)
– U1 corresponde ao 1º termo
– R corresponde à razão do da progressão geométrica

– Corresponderá a duas somas


• 1-20 anos e de 21-40 anos

– Por exemplo de 1-20 anos temos

(1 + t g1 )   1 + t g1  
20
γ .H dim 20
CE(1 a 20 ) act _ ano 0 = . p.Vo 1 −   
η (t a − t g1 )   1 + t a  
 

– Sendo tg1 = taxa geométrica de crescimento do volume consumido de 1-20 anos dada por:
tg1 = (V20/V0)(1/20) -1

na expressão homóloga para o período de 21 a 40 esta taxa será dada por:


tg2 = (V40/V20)(1/20) -1

Saneamento [94]
Custo total do sistema de abastecimento de água
Análise a Preços constantes
Encargos de Exploração (continuação)

• Custo Total Actualizado dum Sistema Elevatório para um dado diâmetro D1:

EEeq _ ano 40 CE( 21a 40 ) act _ ano 20


C _ Sist.Elev.D1act _ ano 0 = Ctubagem + EEcc _ ano 40 + EEeq _ ano 20 + + CE(1a 20 ) act _ ano 0 +
(1 + t a ) 20 (1 + t a ) 20

em que:

(1 + t g1 )   1 + t g1  
20
γ .H dim 20 20 termos (ano 1 a ano 20) actualizados ao ano
CE(1 a 20) act _ ano 0 = . p.Vo 1 −   
(t a − t g1 )   1 + t a  
imediatamente anterior ao início da série (ano 0)
η
 

(1 + t g 2 )   1 + t g 2  
20
γ .H dim 40 20 termos (ano 21 a ano 40) actualizados ao ano
CE( 21 a 40) act _ ano 20 = . p.V20 1 −   
η (t a − t g 2 )   1 + t a   imediatamente anterior ao início da série (ano 20)
 

O mesmo cálculo terá que ser efectuado para o D2 (se existir).


O diâmetro mais económico é o que apresentar o C_Sist.Elev.act_ano0 menor

Saneamento [95]

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