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Hermenegildo Soares
DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz:3100,00
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S U P L E M E N T O - PA RT E I I
SUMÁRIO 10.037 (H) Programa e manual de manutenção de heli-
cópteros civis
Ministério dos Transportes 10.043 (H) Registos de manutenção
10.045 (H) Sistema de qualidade
Normativos Técnicos Aeronáuticos, n.os 10 e 22 que se refere o Decreto 10.047 (H) Instrumentos e equipamentos dos helicópteros
Executivo n.º 168/11 de 5 de Outubro.
10.050 (H) Instrumentos e equipamentos inoperativos
em helicópteros.
10.053 (H) Requisitos do manual de voo do helicóptero,
NORMATIVO TÉCNICO AERONÁUTICO NÚMERO Marcas e placas de identificação
10 (H) OPERAÇÕES DE HELICÓPTEROS 10.055 (H) requisitos do manual de operações de voo e
ÍNDICE Inclusão do mel.
10.057 (H) Requisitos de inspecções periódicas dos heli-
Parte A (H): Generalidades
cópteros e equipamentos instalados.
10.001 (H) Aplicabilidade 10.060 (H) Documentação exigida a bordo dos helicóp-
10.003 (H) Definições teros em transporte aéreo comercial
10.005 (H) Acrónimos 10.063 (H) Requisitos adicionais de documentação para
Parte b (h): Requisitos para operações de helicóptero voos internacionais com helicópteros
10.010 (H) Disposições gerais 10.065 (H) Proficiência linguística e comunicação entre
10.013 (H) Competências os membros da tripulação, exigida a bordo
10.015 (H) Validade, revalidação e renovação de um cer- 10.067 (H) Conservação e utilização da informação
tificado de operador aéreo de helicópteros obtida através dos sistemas de registo
10.017 (H) Requisitos para emissão de um certificado de 10.070 (H) Disponibilização da documentação e registos
operador de helicóptero 10.073 (H) Prevenção de acidentes e segurança de voo
10.020 (H) Informação contida num certificado de ope- 10.075 (H) Programa de prevenção de acidentes e segu-
rador aéreo de helicóptero rança de voo
Parte c (h): Requisitos de nomeação de uma tripulação
10.023 (H) Tipos de operação de helicóptero
técnica de voo de helicópteros
10.025 (H) Estabelecimento de procedimentos - utiliza-
10.077 (H) Composição da tripulação técnica de voo
ção de “Checklists” 10.080 (H) Tempos de serviço de voo e de repouso
10.027 (H) Marcas de registo 10.083 (H) Requisitos de certificados médicos
10.030 (H) Exigências de notificação de uma operação 10.085 (H) Exigência de licenças para tripulantes de voo
de helicópteros com matrícula estrangeira de helicóptero
10.033 (H) Aeronavegabilidade de helicópteros civis 10.087(H) Notificação sobre a mudança do endereço
10.035 (H) Manutenção de helicópteros civis averbada na licença
(398)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
10.090 (H) Manutenção das qualificações das tripula- 10.165 (H) Utilização dos “checklists” a bordo dos
ções de voo de helicópteros helicópteros
10.093 (H) Requisitos de qualificações de categoria, 10.167 (H) Cartas aeronáuticas e outros equipamentos, a
classe e tipo de helicóptero bordo de helicópteros
10.095 (H) Situações em que é exigida uma qualificação 10.170 (H) Informação sobre procedimentos de busca e
tipo de helicóptero salvamento
10.097 (H) Requisitos da qualificação de voo por instru- 10.173 (H) Elaboração e disponibilização da documenta-
mentos, em helicóptero ção do helicóptero e do voo realizado
10.100 (H) Autorização especial para operações de heli- 10.175 (H) Admissão de um inspector da autoridade a
cóptero em categorias ii/iii. bordo de um helicóptero
10.103 (H) Cadernetas de voo dos pilotos de helicóptero 10.177 (H) Manipulação dos comandos em transporte
10.105(H) Conteúdo das cadernetas de voo dos pilotos aéreo comercial de helicóptero
de helicóptero 10.180 (H) Responsabilidade pela documentação exi-
10.107 (H) Registo da instrução e dos tempos de voo nas gida a bordo do helicóptero
cadernetas de voo 10.183 (H) Preenchimento da caderneta técnica do heli-
10.110 (H) Experiência recente em helicóptero, em ter- cóptero em transporte aéreo comercial
mos de descolagens e aterragens 10.185 (H) Preenchimento do diário de navegação do
10.113 (H) Actualização de experiência recente em heli- helicóptero
cóptero, em operações IFR. 10.187 (H) Registo de falhas técnicas
10.115 (H) Actualização de experiência recente em heli- 10.190 (H) Inadequabilidade das facilidades e das aju-
cóptero, para todas as operações das à navegação
10.117 (H) Qualificações adicionais para operações de 10.193 (H) cumprimento das leis e regulamentos na área
transporte aéreo comercial de helicóptero de operação do helicóptero
10.120 (H) Privilégios e limitações gerais aplicáveis a 10.195 (H) Reportes de meteorologia e de condições
detentores de uma licença de piloto de helicópteros perigosas
10.123 (H) Privilégios do detentor de uma licença de 10.197 (H) Relatórios de incidentes
piloto de transporte de linha aérea de helicóptero 10.200 (H) Notificação de acidentes
10.125 (H) Privilégios do detentor de uma licença de 10.203 (H) Operação dos gravadores de parâmetros de
piloto comercial de helicóptero voo (FDR) e gravadores de voz (CVR) na cabina de pilota-
10.127 (H) Privilégios do detentor de uma qualificação gem de um helicóptero
de voo por instrumentos em helicóptero 10.205 (H) Aparelhos electrónicos portáteis
10.130 (H) Privilégios e limitações do detentor de uma 10.207 (H) Uso de lentes correctivas
licença de piloto particular de helicóptero 10.210 (H) Transporte de mercadorias perigosas
10.133 (H) Limitações gerais para alunos-piloto de Parte e (H): Responsabilidades e tarefas dos membros da
helicóptero tripulação de cabine, em helicópteros
10.135 (H) Limitações do voo solo para alunos-piloto de 10.213 (H) Aplicabilidade
helicóptero 10.215 (H) Identificação e utilização dos cintos de segu-
10.137 (H) Qualificações, limitações e privilégios de rança e arneses pela tripulação de cabine
pilotos instrutores de voo em helicóptero 10.217 (H) Número e composição da tripulação de
Parte d (h): Responsabilidades e tarefas dos membros da cabine a bordo dos helicópteros
tripulação técnica de voo de helicópteros 10.220 (H) Requisitos mínimos
10.140 (H) Responsabilidades da tripulação 10.223 (H) Operações com um único membro da tripula-
10.143(H) Autoridade e responsabilidades do piloto ção de cabine a bordo do helicóptero
comandante 10.225 (H) Utilização do equipamento de segurança
10.145 (H) Designação de um piloto comandante para 10.227 (H) Formação contínua
operações de transporte aéreo comercial de helicóptero 10.230 (H) Testes
10.147 (H) Requisitos mínimos do qualificação de um 10.233 (H) Registos de formação
piloto comandante de helicóptero Parte F(H): Exigências para todas as operações de trans-
10.150 (H) Requisitos de experiência recente de um porte de passageiros em helicópteros
piloto comandante de helicóptero 10.235 (H) Aplicabilidade
10.153(H) Operação em mais de uma variante ou tipo de 10.237 (H) Conduta inaceitável
helicóptero 10.240 (H) Reabastecimento de combustível com passa-
10.155 (H) Operação conjunta de aviões e helicópteros geiros a bordo de helicópteros
10.157 (H) Utilização de substâncias psicoactivas 10.243 (H) Segurança dos passageiros e bagagem a
10.160 (H) Ocupação dos postos de trabalho no heli- bordo do helicóptero
cóptero e utilização de cintos de segurança e arneses pelos 10.245 (H) Equipamento de emergência bordo dos
tripulantes de voo helicópteros
10.163 (H) Marcações e pontos de desencarceramento 10.247 (H) Informações e instruções aos passageiros a
num helicóptero bordo do helicóptero
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(399)
10.250 (H) Bolsa ou caixa de primeiros socorros 10.340 (H) Operações de helicóptero em ambiente hostil
10.253 (H) Extintores portáteis a bordo do helicóptero fora de uma área congestionada
10.255 (H) Oxigénio portátil a transportar a bordo de 10.343 (H) Descolagem, voo em rota e aterragem, em
helicópteros não pressurizados que operem acima de 10.000 operações de performance de classe 1 em helicóptero
pés (700 hPa) 10.345 (H) Descolagem, voo em rota e aterragem, em
10.257 (H) Instruções de emergência em voos de operações de performance de classe 2 em helicóptero
helicóptero 10.347 (H) Descolagem, voo em rota e aterragem, em
10.260 (H) Simulação interdita de situações de emergên- operações de performance de classe 3 em helicóptero
cia em voos comerciais em helicóptero 10.350 (H) Autorização, controlo e supervisão das ope-
10.263 (H) Embarque de passageiros a bordo de helicóp- rações de transporte aéreo em helicóptero
teros, sob o efeito de álcool ou drogas 10.353 (H) Oficiais de operações de voo/despachante de
10.265 (H) Conduta inaceitável voo
Parte g (h): Segurança (security) 10.355 (H) Responsabilidades e atribuições do oficial de
10.267 (H) Estabelecimento de procedimentos operações de voo/despachante de voo
10.270 (H) Programas de formação e treino 10.357 (H) Plano de voo operacional em transporte aéreo
10.273 (H) Lista de verificação dos procedimentos de comercial em helicóptero
busca no helicóptero 10.360 (H) Retenção e conservação da documenta-
10.275 (H) Lista de verificação do procedimento de ção de voo em operações de transporte aéreo comercial de
bomba a bordo de um helicóptero helicóptero
10.277 (H) Comunicação de actos de interferência ilícita Parte J (H): Regras de voo em operações de helicópteros
Parte H (H): Planos de voo atc 10.363 (H) Aplicabilidade
10.280 (H) Submissão de planos de voo atc 10.365 (H) Operação imprudente ou negligente em
10.283 (H) Conteúdo de um plano de voo helicóptero
10.285 (H) Reautorizações planeadas 10.367 (H) Observância dos regulamentos nacionais e de
outros Estados membros da ICAO
10.287 (H) Alterações ao plano de voo
10.370 (H) Requisitos para operações de helicópteros
10.290 (H) Encerramento dos planos de voo
10.373 (H) Operação nocturna em helicóptero
Parte I (H): Planeamento e preparação do voo
10.375 (H) Instalação e utilização de luzes de sinaliza-
10.293 (H) Aeronavegabilidade dos helicópteros e pre-
ção, a bordo dos helicópteros
cauções de segurança
10.377 (H) Inspecção antes de voo no helicóptero
10.295 (H) Adequabilidade das facilidades operacionais
10.380 (H) Autorização para a aterragem em heliportos
10.297 (H) Selecção de referências visuais no terreno
não certificados
10.300 (H) Altitudes mínimas de voo
10.383 (H) Condições à descolagem de helicóptero
10.303 (H) Aprovação do método de selecção de altitu-
10.385 (H) Procedimentos de operação em helicópteros
des mínimas de voo
para a redução do ruído
10.305 (H) Previsões e reportes meteorológicos 10.387 (H) Voos em condições previstas ou reais de for-
10.307 (H) Limitações meteorológicas para voos vfr mação de gelo
10.310 (H) Sistema de interfonia para tripulantes. 10.390 (H) Limitações operacionais dos helicópteros
10.313 (H) Heliportos alternantes de partida em trans- 10.393 (H) Operação de helicópteros em terra
porte aéreo de helicóptero 10.395 (H) Operação de helicópteros na área dos aeró-
10.315 (H) Isenção de selecção de um heliporto alter- dromos e heliportos
nante de destino, em voos IFR 10.397 (H) Operação na proximidade de outra aeronave
10.317 (H) Requisitos de selecção de um heliporto alter- 10.400 (H) Regras de prioridade: durante a circulação de
nante de destino, em voos IFR aeronaves no solo em aeródromos/heliportos
10.320 (H) Critérios de selecção de um heliporto alter- 10.403 (H) Regra de prioridade: aeronaves em voo
nante, em voos IFR 10.405 (H) Procedimentos de acerto altimétrico no
10.323 (H) Selecção de um heliporto alternante marí- helicóptero
timo, em voos IFR 10.407 (H) Altitudes mínimas de segurança em voo:
10.325 (H) Planeamento do combustível e factores de generalidades
contingência 10.410 (H) Mínimos operacionais em aproximações por
10.327 (H) Quantidade mínima de combustível para instrumentos em helicóptero
voos vfr em helicóptero 10.413 (H) Decisão de divergir um helicóptero, em caso
10.330 (H) Quantidade mínima de combustível para de emergência
voos ifr em helicóptero 10.415 (H) Voo simulado por instrumentos em
10.333 (H) Carregamento, cálculos de massa e centra- helicóptero
gem em operações de helicópteros 10.417 (H) Simulação de emergências em voos de trans-
10.335 (H) Documentos de massa e centragem porte aéreo comercial em helicóptero
10.337 (H) Limitações e performance em operações de 10.420 (H) Proibição de lançamento de artigos ou objec-
helicóptero tos, pulverização de produtos ou reboque
(400)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
10.423 (H) Autorização e atribuição de áreas para a rea- 10.513 (H) Operações IFR ou nocturnas com um único
lização de voos de teste em helicóptero piloto
10.425 (H) Áreas proibidas e restritas a evitar 10.515 (H) Voos IFR em espaço aéreo controlado
10.427 (H) Operação de helicópteros em espaços aéreos 10.517 (H) Voos IFR fora do espaço aéreo controlado
classificados 10.520 (H) Mínimos de descolagem em condições IFR
10.430 (H) Cumprimento das trajectórias visuais ou em operações de transporte aéreo comercial
electrónicas de descida por instrumentos em helicóptero 10.523 (H) Altitudes de cruzeiro IFR ou níveis de voo
10.433 (H) Aproximações finais estabilizadas em em espaço aéreo controlado
helicóptero 10.525 (H) Altitudes ou níveis de voo em condições IFR,
10.435 (H) Decisão da tripulação quanto à restrição ou em espaço aéreo não controlado
suspensão das operações de voo para heliportos ou aeropor- 10.527 (H) Altitudes mínimas para operações IFR em
tos considerados inseguros Helicóptero
10.437 (H) Continuação de um voo sem garantia de 10.530 (H) Operação IFR num espaço aéreo controlado:
segurança e/ou em condições meteorológicas adversas reporte de avarias
10.440 (H) Sinais internacionais de intercepção 10.533 (H) Continuação dum voo em condições IFR, até
Parte K (H): Operação de voos controlados de helicóptero ao destino
10.443 (H) Aplicabilidade 10.535 (H) Formação de gelo e outras substâncias
10.445 (H) Autorizações ATC contaminantes
10.447 (H) Cumprimento das autorizações ATC 10.537 (H) Aproximação por instrumentos em heliportos
10.450 (H) Comunicações 10.540 (H) Mínimos de operação para heliportos
10.453 (H) Equipamento de comunicações, navegação 10.543 (H) Equipamento de radar meteorológico a bordo
em Operações VFR e IFR, e radar/“transponder” de helicóptero
10.455 (H) Outras operações especiais 10.545 (H) Equipamento de aviso de aproximação ao
10.457 (H) Rota planeada a seguir terreno (GPWS)
10.460 (H) Alterações à rota não previstas 10.547 (H) Mínimos para o alcance visual da pista (RVR)
10.463 (H) Autorização do atc a pedidos de alteração da 10.550 (H) Exigências de aprovação: aproximações de
rota110 Categoria II e III
10.465 (H) Reportes de posição 10.553 (H) Início de uma aproximação por instrumentos
10.467 (H) Voos em formação em transporte aéreo comercial
10.470 (H) Operações na área dos aeródromos 10.555 (H) Operações em helicóptero abaixo da altitude/
controlados altura de decisão (DA/H) ou altitude/altura mínima de des-
10.473 (H) Término de um serviço de controlo de trá- cida (MDA/H)
fego aéreo 10.557 (H) Aterragem em condições meteorológicas por
10.475 (H) Interferência ilícita instrumentos
10.477 (H) Acerto horário 10.560 (H) Procedimento após uma aproximação por
10.480 (H) Sinais universais instrumentos interrompida
Parte L (H): Regras de voo visual em helicóptero (VFR) 10.563 (H) Mudança de um plano de voo ifr para VFR
10.483 (H) Aplicabilidade 10.565 (H) Falha de comunicações rádio bilaterais em
10.485 (H) Condições meteorológicas visuais (VMC) voos IFR
10.487 (H) Mínimos meteorológicos para descolagens e Parte N (H): Operações especiais em helicóptero
aterragens em condições de voo VFR 10.567 (H) Generalidades
10.490 (H) Operações de voo em VFR especial 10.570 (H) Instrução adicional para operações especiais
10.493 (H) Limitações para a navegação VFR através de em helicóptero
referências visuais 10.573 (H) Operações de serviço de emergência médica
10.495 (H) Classes de espaço aéreo, níveis de cruzeiro em helicóptero (HEMS)
vfr e mínimos VMC 10.575 (H) Operações de helicóptero com guincho
10.497 (H) Autorizações do atc para voos VFR (HHO)
10.500 (H) Voos VFR que carecem de autorização do 10.577 (H) Operações de helicóptero em locais de inte-
ATC resse público
10.503 (H) Deterioração das condições meteorológicas 10.580 (H) Transporte por helicóptero, de armas e muni-
abaixo dos mínimos VMC ções de guerra
10.505 (H) Alteração de um plano de voo de VFR para 10.583 (H) Transporte por helicóptero, de armas e muni-
ifr ções para a práctica de desporto
10.507 (H) Falha de comunicações radiotelefónicas bila- Parte o (H): Operações de helicóptero sobre a água
terais em voos VFR 10.585 (H) Operação de helicópteros em zonas maríti-
Parte M (H): Regras de voo por instrumentos em mas — Amaragem
helicóptero 10.587 (H) Regras de prioridade em operações sobre a
10.510 (H) Aplicabilidade água
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(401)
10.590 (H) Utilização do coletes salva-vidas em voos Apêndice 2 ao 10.480 (H): Sinais universais para o con-
sobre a água trolo do tráfego do aeródromo
10.593 (H) Barcos salva-vidas em voos prolongados Apêndice 3 de 10.480 (H): Sinais universais de solo para
sobre a água o tráfego do aeródromo
10.595 (H) Outro equipamento de emergência em voos Apêndice 4 ao 10.480 (H):Sinais aeronáuticos universais
prolongados sobre áreas designadas, sobre a água para apoio a manobras das aeronaves no solo
10.597 (H) Outro equipamento de sobrevivência para Apêndice 1 ao 10.483 (H): Instrumentos de voo e nave-
operações em áreas designadas, em terra gação, associados a operações diurnas VFR
10.600 (H) Requisitos adicionais em voos de/para heli- Apêndice 1 ao 10.495 (H): Classes de espaço aéreo,
portos localizados numa zona marítima hostil níveis de cruzeiro VFR e mínimos VMC
10.603 (H) Alternantes em plataformas marítimas em Apêndice 1 ao 10.510 (H): Instrumentos de voo e nave-
operações de helicóptero gação, associados a operações IFR ou nocturnas
10.605 (H) Utilização do emissor/localizador de emer- Apêndice 1 ao 10.525 (H): Tabela de níveis de cruzeiro
gência automático, em operações marítimas (off shore) IFR
10.607 (H) Informação sobre o equipamento de emer- Apêndice 1 ao 10.540 (H) Mínimos de operação para
gência e sobrevivência a bordo do helicóptero (off shore) heliportos
10.610 (H) Procedimento adicional de comunicações a Apêndice 1 ao 10.573 (H): operações de serviço de emer-
ser incluído no MOV de operadores de helicópteros que ope- gência médica (HEMS)
rem em voos de apoio, ou relacionados com a exploração Apêndice 1 ao 10.575 (H) Operações de helicóptero com
de recursos minerais, incluindo gás, na plataforma marítima guincho (HHO)
continental angolana (off shore) Parte A (H): generalidades
Apêndices 10.001 (H) Aplicabilidade
Apêndice 1 ao 10.001 (H): Vigilância dos operadores (a) O presente Normativo Técnico Aeronáutico
Estrangeiros de transporte aéreo em território angolano prescreve as exigências da República de Angola
Apêndice 1 ao 10.020 (H):Modelo do certificado de ope- para:
rador aéreo (COA) (1) A operação de helicópteros registadas em
Apêndice 2 ao 10.020 (H): Modelo de especificações Angola conduzidas por tripulantes licen-
operacionais ciados em Angola.
Apêndice 1 ao 10.050 (H):Instrumentos e equipamentos (2) A operação de helicópteros registadas no estran-
inoperativos geiro por detentores de COA Angolanos.
Apêndice 1 ao 10.100 (H) Autorização especial para (3) A operação de helicópteros no território
operações de helicóptero em categorias II/III — formação nacional por tripulantes ou detentores de
e qualificações COA estrangeiros.
Apêndice 1 ao 10.137 (H): Registos dos instrutores de (4) A República de Angola, como Estado
voo de helicóptero Contratante, reconhece como válido um
Apêndice 2 ao 10.137 (H):Qualificações e limitações dos COA emitido por outro Estado Contratante,
pilotos instrutores de voo de helicóptero desde que os requisitos que obedeceram
Apêndice 1 ao 10.160 (H): Utilização de substâncias à emissão desse COA sejam pelo menos
Psicoactivas iguais aos standards regulamentares, espe-
Apêndice 1 ao 10.203 (H) Operação dos gravadores de cificados pela ICAO (SARPS).
parâmetros de voo (FDR) e gravadores de voz (CVR) na (5) Um titular de um Certificado de Transporte
cabina de pilotagem de um helicóptero Aéreo Comercial Estrangeiro deve cum-
Apêndice 1 ao 10.255 (H): Oxigénio portátil a transpor- prir com os requisitos aplicáveis nos
tar a bordo de helicópteros não pressurizados que operem Anexos à Convenção Internacional da
acima de 10.000 Pés (700 hPa) Aviação Civil, e outros requisitos especi-
Apêndice 1 ao 10.333 (H) Carregamento, cálculos de ficados pelo INAVIC.
massa e centragem em operações de helicóptero Nota: Vide no Apêndice 1 aos 10.001 (H) os procedimen-
Apêndice 1 ao 10.335 (H) Documentos de massa e tos de inspecção de operadores estrangeiros de Transporte
centragem Aéreo em Território Angolano.
Apêndice 1 ao 10.360 (H) Retenção e conservação da (b) O presente Normativo aplica-se aos operadores e
documentação de voo em operações de transporte aéreo tripulantes de aeronaves que efectuam:
comercial de helicóptero (1) Serviços Aéreos;
Apêndice 1 ao 10.405 (H): Procedimento de acerto (2) Transporte Aéreo Comercial; e Transporte
altimétrico Aéreo Comercial Internacional;
Apêndice 1 ao 10.440 (H): Sinais internacionais de (3) Aviação Geral, incluindo a Operação
intercepção Internacional de helicópteros;
Apêndice 1 ao 10.480 (H): Sinais universais de urgência (c) O presente NTA aplica-se aos pilotos e outras
e perigo na aviação pessoas que exerçam tarefas sobre as quais
(402)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(i) Uma DA/H inferior a 30 m (100 pés) vel expectativa de não haver ferimentos a
ou sem DA/H; pessoas na aeronave ou na superfície.
(ii) RVR não inferior a 200 m. (30) Categoria ―A II: Relativamente a helicóp-
(23) Aproximação por Instrumentos de Precisão teros, significa helicópteros locomotores
de Categoria IIIB (CAT IIIB): Aproximação dotados das características de isolamento
e aterragem por instrumentos de precisão com: de motor e sistemas específicos aceitáveis
(i) Uma altura DA/H inferior a 15 m (50 e dados de performance no manual de voo
pés) ou sem DA/H; do helicóptero baseados num conceito de
(ii) RVR inferior a 200 m, mas não inferior falha do motor crítico que garanta uma
do que 50 m. área de superfície designada adequada, e
(24) Aproximação Por Instrumentos de características de performance adequadas
Precisão de Categoria IIIC (CAT IIIC): para garantir a continuação segura do voo
Aproximação e aterragem por instrumentos em caso de falha de um motor;
de precisão sem limitações de DA/H nem de (31) Categoria ―B II: Relativamente a helicóp-
RVR. teros, significa helicópteros monomotores
Nota: Nos casos em que a altura de decisão (DH) e o ou plurimotores que não estejam plenamente
alcance visual da pista (RVR) recaiam em categorias dife- em conformidade com todos os padrões da
rentes de operação, a aproximação por instrumentos e categoria A. Os helicópteros de categoria B
aterragem deverá ser efectuada de acordo com os requisitos não têm capacidade garantida de manter o
da categoria mais limitativa (ex: uma aproximação em que voo em caso de falha do motor, e presume-se
a DH seja do tipo CAT IIIA, mas em que o RVR esteja no uma aterragem não programada;
âmbito de CAT IIIB, a operação deverá ser classificada do (32) Certificação de Aptidão para Voo:
tipo CAT IIIB, ou no caso de numa aproximação em que a Documento que certifica que os trabalhos
DH seja de CAT II, mas com um RVR de categoria CAT I, a de manutenção descritos foram cumpridos
operação deverá ser igualmente considerada como CAT II). de uma forma satisfatória, quer de acordo
(25) Área de Aproximação Final e Descolagem com os procedimentos descritos no ―
(FATO) - Helicóptero: Uma área determi- Manual de Procedimentos da Organização
nada, ao longo da qual decorre a manobra de Manutenção‖ ou de acordo com um sis-
de aproximação, que se estende até ao tema equivalente.
momento em que o helicóptero se detém (33) Certificado de Operador Aéreo (COA):
em voo estacionário e/ou aterra, ponto Certificado que autoriza um operador
coincidente com o início da manobra de aéreo a desenvolver operações do trans-
descolagem. Para operações em condições porte aéreo comercial, nos termos e
de performance de Classe 1, a área defi- especificações nelas prescritas.
nida deve incluir uma zona de segurança, (34) Classe de performance 1: Operações da
disponível para uma aterragem de emer- classe de performance 1 são aquelas que
gência, em caso de falha de um motor. permitem, em caso de falha da unidade
(26) Área congestionada: relativamente a de potência crítica, que o helicóptero seja
uma cidade, vila ou povoação, qualquer capaz de aterrar dentro da distância dis-
área utilizada em grande parte para fins ponível para a aterragem de emergência,
residenciais, comerciais ou de lazer (v. ou prosseguir em segurança até uma área
também definições de ambientes hostis e de aterragem apropriada, dependendo do
não hostis); ponto em que a falha ocorreu;
(27) Área de toque e de descolagem» (TLOF) (35) Classe de performance 2: Operações da
área com um piso suficientemente con- classe de performance 2 são operações em
sistente sobre a qual um helicóptero pode que, em caso de falha da unidade de potên-
aterrar e descolar; cia crítica, é permitido que o helicóptero
(28) Assistência em Terra (Ground Handling). prossiga o voo em segurança, excepto
Serviços necessários para a chegada e quando a falha ocorre no início da mano-
saída de uma aeronave a um aeródromo, bra de descolagem, ou no final da manobra
com excepção dos serviços de tráfego de aterragem, podendo exigir uma aterra-
aéreo. gem forçada;
(29) Aterragem Forçada Segura: Inevitável (36) Classe de performance 3: Operações da
aterragem ou amaragem com uma razoá- classe de performance 3 são operações
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início da descida, até ao heliporto onde é passar por uma situação anormal ou de
possível realizar uma aterragem. emergência;
(65) Fase de Rota: A parte do voo que decorre (iii) Heliporto Alternante de Destino: o
entre o final da fase de descolagem e subida Heliporto no qual um helicóptero
inicial, até ser iniciado o procedimento possa aterrar, em caso de necessidade,
da descida, com vista à aproximação e na eventualidade de ser impossível ou
aterragem. desaconselhável utilizar o heliporto de
Nota: Em caso de dificuldade em garantir uma separação destino, planeado.
visual adequada, em relação aos obstáculos, os voos devem (73) Heliporto elevado: Um heliporto situ-
ser planeados de forma a manter, em relação aos mesmos, ado pelo menos 3 m acima da superfície
uma distância suficientemente segura. Na eventualidade de envolvente.
falha de um motor, o operador deverá adoptar procedimen- (74) Heliporto flutuante: um heliporto situado
tos de segurança alternativos. numa estrutura offshore flutuante ou fixa;
(66) Fases Críticas de Voo: Fases da operação (75) Lista de Desvios de Configuração Autorizados
de um voo que envolvem rolagem, des- (CDL): Uma lista elaborada pela organização
colagem, aterragem e todas as situações responsável pelo projecto tipo de uma aeronave,
em que a aeronave esteja a voar abaixo aprovado pelo Estado do construtor, onde são
de 10000 pés, exceptuando-se o voo em identificados determinados artigos de equipa-
cruzeiro. mento externos, inexistentes no início do voo, e
(67) Fato de Sobrevivência Integral: Fato que contém informação sobre as consequentes
limitações operacionais e penalizações na ―
de sobrevivência que preenche o requi-
performance II da referida aeronave.
sito quer de fato de sobrevivência quer
(76) HHO offshore: um voo de helicóptero ope-
de colete salva-vidas, aceitável pela
rado ao abrigo de uma aprovação HHO,
autoridade.
cuja finalidade é facilitar a transferência
(68) Gravador de Voo: Qualquer tipo de grava-
de pessoas e ou carga por guincho de ou
dor instalado na aeronave com o propósito
para uma embarcação ou estrutura no mar.
registar dados que sirvam para apoiar as
(77) Lista de Equipamento Mínimo (MEL):
investigações de acidentes/incidentes.
Uma lista (incluindo um preâmbulo) que
(69) Helicóptero: Aeronave motorizada mais
prevê a operação da aeronave em condições
pesada que o ar, cuja sustentação é deri-
especificadas, com determinados instru-
vada das reacções aerodinâmicas sobre
mentos, artigos de equipamento ou funções
um ou vários rotores, no eixo vertical.
inoperativos no início do voo. Essa lista,
(70) Helideck: Heliporto localizado sobre uma
em conformidade com, ou mais restritiva
estrutura flutuante ou fixa situada sobre do que a MMEL é elaborada pelo operador
uma extensão de água. para a sua própria aeronave tendo em conta
(71) Heliporto: Aeródromo ou área definida a definição de aeronave e as condições per-
destinada ao uso total ou parcial para a tinentes de operação e de manutenção em
chegada, partida e movimento de helicóp- conformidade com um procedimento apro-
teros à superfície. vado pela Autoridade.
(72) Heliporto Alternante: qualquer heliporto previa- (78) Lista de Equipamento Mínimo de Referência
mente definido e inscrito no plano de voo, para o qual um (MMEL): Uma lista principal (incluindo um
helicóptero se pode dirigir quando se tornar impossível ou preâmbulo), elaborada pela organização res-
desaconselhável aterrar no heliporto de destino. Existem os ponsável pela Fabrico de um tipo específico de
seguintes tipos de Heliportos Alternantes: aeronave e aprovada pelo Estado de Projecto,
(i) Heliporto Alternante ao de Descolagem: adequada a um tipo de aeronave que determina
o Heliporto no qual um helicóptero possa os instrumentos, artigos do equipamento ou
aterrar, caso isso se torne necessário ime- funções que, embora mantendo o nível de segu-
diatamente após a descolagem, sendo rança previsto nas especificações da certificação
impossível ou desaconselhável utilizar o de aeronavegabilidade, podem estar tempora-
heliporto de partida; riamente inoperativos, devido à redundância
(ii) Heliporto Alternante em Rota: o inerente ao projecto e/ou devido a procedimen-
heliporto no qual um helicóptero em tos, condições e limitações operacionais e
rota seja capaz de aterrar depois de de manutenção especificados, e em confor-
(408)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
são (DA/H) de acordo com a categoria entre o pôr e nascer do sol, conforme for
apropriada da operação; prescrito pela Autoridade (INAVIC).
(iii) Aterragem em operações de aproxi- (99) Oficial de Operações de Voo (OOV) /
mação e aterragem com guiamento Despachante de Voo: Pessoa nomeada
vertical, expressa em termos de visi- pelo operador, como responsável pelo
bilidade e/ou alcance visual da pista e controle e supervisão das operações de
altitude/altura de decisão (DA/H) de voo, independentemente de possuir ou
acordo com a categoria apropriada da não possuir uma licença, mas devida-
operação; e mente qualificado e treinado para o cargo,
(iv) Aterragem em operações de aproxima- de acordo com o Anexo 6 da ICAO. Tem
ção e aterragem de ― não precisão‖, como funções:
expressa em termos de visibilidade e/ (i) Assistir o pilotos na preparação de cada
ou alcance visual da pista e altitude/ voo, fornecendo todos os documentos
altura (MDA/H) e, se necessário, con- necessários à execução da totalidade
dições de nebulosidade. dos voos, respeitando as regulamen-
(94) Mínimos Operacionais de um Heliporto: tações aeronáuticas e cumprindo os
Limitações de utilização de um heliporto padrões exigíveis de segurança;
para: (i) Exercer vigilância e estabelecer comu-
(i) Descolagem, expressa em termos de nicação com qualquer aeronave, na
alcance visual da pista e/ou visibili- totalidade das áreas da sua operação,
dade e, se necessário, condições de a fim de fazer face a eventual necessi-
nebulosidade; dade de fornecer ao piloto comandante
(ii) Aterragem em operações de aproxima- informações relevantes para a con-
ção de precisão e aterragem, expressa dução, em segurança, do voo ou
em termos de visibilidade e/ou alcance desencadear procedimentos em caso
visual da pista e altitude/altura de deci- de emergência.
são (DA/H) de acordo com a categoria (100) Operação (Especial): Uma actividade ou
apropriada da operação; conjunto de actividades, sujeitas ao mesmo
(iii) Aterragem em operações de aproxi- tipo de constrangimentos, que requerem o
mação e aterragem com guiamento preenchimento de requisitos exigentes, em
vertical, expressa em termos de visi- termos de equipamento, pessoal técnico de
bilidade e/ou alcance visual da pista e voo e de manutenção, qualificados e com-
altitude/altura de decisão (DA/H) de petentes de forma a enfrentar e ultrapassar
acordo com a categoria apropriada da tais desafios.
operação; e Nota: Para além de outras não especificadas, tais activi-
(iv) Aterragem em operações de aproxi- dades incluem operações offshore, operações de guincho ou
mação e aterragem de não precisão, de emergência médica.
expressa em termos de visibilidade e/ (101) Operação Classe de Performance 1
ou alcance visual da pista e altitude/ (Helicóptero): Operações da classe de
altura (MDA/H) e, se necessário, con- performance 1 são aquelas com uma per-
dições de nebulosidade. formance que, em caso de falha da unidade
(95) Motor Crítico: Motor cuja falha afecta de potência crítica, o helicóptero é capaz
adversamente o desempenho ou as quali- de aterrar dentro da distância disponível
dades de manobra de uma aeronave. para aterragem abortada ou prosseguir
(96) Nível de Cruzeiro: Nível de voo mantido em segurança até uma área de aterragem
durante uma parte significativa do voo. apropriada, dependendo de quando a falha
(97) Nível Pretendido de Segurança Operacional ocorre.
(TLS): Termo genérico que representa o (102) Operação Classe de Performance 2
nível de risco considerado aceitável em cir- (Helicóptero): Operações da classe de per-
cunstâncias específicas. formance 2 são operações onde, em caso de
(98) Noite: Período de tempo que decorre desde falha da unidade de potência crítica, existe
o final do crepúsculo civil vespertino até performance suficiente para permitir que o
ao início do crepúsculo civil matutino helicóptero prossiga o voo em segurança,
ou qualquer outro período compreendido excepto quando a falha ocorre no início da
(410)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
dade, atestando apenas a capacidade técnica gravidade ou o número das não conformidades
do respectivo titular para, consoante os casos, detectadas.
explorar serviços de transporte aéreo em heli- (h) Sempre que as condições que permitiram a emis-
cóptero. são do certificado não se encontrem reunidas, o
(b) Os titulares de um certificado de operador aéreo, INAVIC pode suspender temporariamente a sua
só estão autorizados a efectuar operações comer- validade, até que a situação seja corrigida.
ciais de transporte em helicópteros de marca e (i) Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
modelo indicados no certificado e no âmbito das a validade do certificado de operador depende
especificações do certificado. do preenchimento dos requisitos estabelecidos
(c) A utilização de helicópteros em regime de contrato em 10.017(H), consoante aplicável, e possuir os
de locação depende da prévia aprovação pelo meios aéreos adequados ao tipo de exploração
INAVIC, para o que fixará as condições e prazo requerida.
dessa utilização, em conformidade com a regu- 10.017 (H) Requisitos para Emissão de um Certificado
lamentação complementar em vigor, por forma de Operador de Helicóptero
a garantir os padrões de controlo e segurança. (a) A organização requerente de um certificado de
(d) No caso de contratos de locação de curta duração, operador aéreo para transporte aéreo comercial,
a prévia aprovação referida no número anterior com sede em território nacional, deve preencher
pode ser dispensada nos termos da regulamenta- os seguintes requisitos:
ção complementar. (1) A organização requerente deve possuir uma
10.015 (H) Validade, Revalidação e Renovação de estrutura orgânica capaz de exercer o con-
um Certificado de Operador Aéreo de Helicópteros trolo operacional e a manutenção, e ainda
(a) Tendo em vista o cumprimento dos requisitos a supervisão sobre todos os voos operados
do certificado de operador aéreo, a Autoridade incluindo, obrigatoriamente, os seguintes
estabelece um programa de acompanhamento e sectores:
supervisão contínua dos operadores. (i) Operações de voo;
(b) Do programa de supervisão e acompanhamento (ii) Segurança de voo;
(iii) Operações de terra;
são efectuados relatórios e registos das audito-
(iv) Sistema de gestão de manutenção;
rias realizadas, que permitem confirmar que o
(v) Formação de tripulantes.
operador satisfaz os requisitos da emissão inicial
(b) A organização requerente deve garantir uma rede
de uma forma contínua.
de serviços aprovada pelo INAVIC que assegure
(c) Os certificados de operador são válidos por um
a assistência em terra das suas aeronaves.
ano a partir da data da sua emissão ou, quando
(c) A organização requerente deve dispor de insta-
revalidado, da data limite da respectiva validade.
lações de apoio operacional na base principal,
(d) O certificado de operador pode ser revalidado
apropriadas à área e tipo de operação.
se assim for requerido pelo operador, no prazo
(d) No que respeita aos recursos humanos, a organi-
mínimo de 30 dias imediatamente anteriores à
zação requerente deve assegurar:
data da respectiva caducidade, desde que na ins-
(1) Que o administrador responsável reúne as
pecção a realizar pelo INAVIC demonstre que se
condições necessárias para assegurar que
mantêm as condições que levaram à emissão do
todas as operações e actividades de manu-
certificado inicial.
tenção são financiadas e desempenhadas
(e) Para a renovação de um certificado de operador
por forma a cumprir os requisitos exigidos
que tenha caducado, este deve preencher todos pelo INAVIC;
os requisitos exigidos para a emissão inicial de (2) Que os candidatos ao exercício de funções
um certificado de operador. dirigentes dos sectores referidos no pará-
(f) Quando renovado, o certificado de operador é grafo (a) (1) possuem as habilitações
válido por um ano a partir da data em que esti- académicas, a formação e a experiência
verem preenchidos os requisitos exigidos no profissionais adequadas às funções para
número anterior. que são propostos, nos termos da regula-
(g) Se da inspecção referida no parágrafo (b) resul- mentação complementar.
tar que as condições que levaram à emissão do (3) A organização requerente é sempre respon-
certificado de operador não se mantêm, pode sável pela gestão da manutenção da sua
o mesmo ser ou não revalidado consoante a frota, podendo assegurar a respectiva
(416)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(b) Antes do início do voo, o piloto comandante do (5) Procedimentos da gestão da manutenção.
helicóptero deve determinar se o mesmo está (e) Os recursos humanos a que se refere a alínea c)
em condições de segurança, incluindo o equipa- variam em função da frota do operador, devendo
mento de emergência, para a operação prevista. possuir a formação e a experiência profissional
(c) Sempre que constatar uma deficiência mecâ- adequadas às funções, nos termos da regulamen-
nica, eléctrica ou estrutural que possa afectar tação complementar.
a aeronavegabilidade do helicóptero, o piloto (f) Caso o certificado de aptidão para voo não seja
comandante deve interromper o voo, logo que emitido por uma organização aprovada, segundo
praticável. o estabelecido no Anexo 6 da ICAO, Parte I, 8.
(d) Ninguém deve operar um helicóptero ao abrigo de 7.,o responsável pela assinatura daquele certifi-
um certificado especial de aeronavegabilidade, cado deve ser titular duma licença apropriada, de
salvo se tal operação for efectuada em confor- acordo com o anexo I da ICAO.
midade com as limitações contidas no referido (g) Qualquer alteração na estrutura da organização
certificado. de gestão da manutenção, respectivo pessoal
(e) O operador deve manter válido o certificado de de direcção e instalações, bem como na frota
navegabilidade para cada aeronave da sua frota. do perador, deve ser previamente comunicada e
10.035 (H) MANUTENÇÃO DE HELICÓPTEROS aprovada pelo INAVIC.
CIVIS 10.037 (H) PROGRAMA E MANUAL DE
(a) O operador que opere helicópteros com um peso MANUTENÇÃO DE HELICÓPTEROS CIVIS
máximo à descolagem superior a 3.175 kg deve (a) Compete ao operador elaborar programas de
manter toda a sua frota em estado de navegabi- manutenção adequados à sua frota e mantê-los
lidade, assegurando a execução da respectiva actualizados, nos termos das normas do NTA 4.
manutenção em organização de manutenção, (b) O programa de manutenção do operador e respec-
própria ou contratada, certificada pelo INAVIC tivas alterações são aprovados pelo INAVIC, e
nos termos da legislação aplicável, com um devem conter os princípios de factores humanos.
âmbito de certificação adequado à frota do ope- (c) O operador deve disponibilizar à Autoridade,
rador, nos termos do NTA 4. para aprovação, uma cópia do Manual de
(b) O operador que opere helicópteros com um peso Manutenção (MOM), devidamente actualizado,
máximo à descolagem superior a 3.175 kg deve incluindo os registos das revisões efectuadas no
manter toda a sua frota em condições de nave- referido manual.
gabilidade, de acordo com as directivas de aero- (d) Após obtida a devida aprovação do INAVIC,
navegabilidade emitidas pelo Estado de Projecto cópias do programa de manutenção e respecti-
ou de Fabrico e adoptadas pela Autoridade para vas actualizações, devem ser distribuídas pelas
os helicópteros registados em Angola. entidades envolvidas na organização de manu-
(c) Tratando-se de uma organização de manutenção tenção.
contratada, o operador deve celebrar um con- (e) Qualquer aeronave da frota do operador deve ser
trato de manutenção submetido a aprovação do submetida às inspecções previstas no respectivo
INAVIC, nos termos da regulamentação com- programa de manutenção.
plementar. 10.040 (H) CADERNETA TÉCNICA DE BORDO
(d) O operador deve demonstrar ao INAVIC, mediante (a) Para cada aeronave da sua frota, o operador deve
a apresentação do manual de gestão do sistema possuir uma caderneta técnica de bordo, onde
de manutenção, que tem capacidade para gerir regista a informação pertinente para a manuten-
um sistema de manutenção, especificando, ção da aeronave.
designadamente, os seguintes elementos: (b) O modelo da caderneta técnica de bordo e respec-
(1) Capacidade financeira; tivas alterações são aprovados pelo INAVIC.
(2) Estrutura da organização de gestão da 10.043 (H) REGISTOS DE MANUTENÇÃO
manutenção; (a) O operador é responsável pela conservação de
(3) Identificação do responsável pela gestão da todos os registos sobre o estado de manutenção
manutenção e respectivos recursos huma- das aeronaves da sua frota nos prazos definidos
nos, incluindo o sistema de qualidade; no NTA 4.
(4) Recursos materiais, nomeadamente instala- (b) Sempre que um helicóptero seja transferido para
ções, equipamento e documentação técnica a frota de outro operador, os registos referidos
adequados à gestão da manutenção; no número anterior devem ser igualmente trans-
(418)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
feridos, obrigando-se o novo operador, como (iii) Ser elaborada em conformidade com
beneficiário do aluguer, a manter actualizados a MMEL actualizada, emitida pela
os referidos registos. autoridade apropriada.
10.045 (H) Sistema de Qualidade (4) O operador e o piloto possuam disponíveis os
(a) O operador deve possuir um sistema de qualidade registos que identificam os instrumentos e
adequado à supervisão do cumprimento de todos equipamentos inoperativos;
os procedimentos da gestão de manutenção, nos (5) O helicóptero dentro das condições e limita-
termos das normas e regulamentação comple- ções aplicáveis contidas na MEL.
mentar. (c) Os seguintes instrumentos e equipamentos podem
10.047 (H) Instrumentos e Equipamentos dos não ser incluídos na Lista de Equipamento
Helicópteros Mínimo:
(a) Ninguém deve operar helicópteros, a menos que (1) Instrumentos e equipamentos cuja operacio-
estejam equipados com os instrumentos e equi- nalidade seja prescrita ou sejam de outra
pamentos exigidos no NTA 6 dos Regulamentos forma exigidos pelas disposições de aero-
de Segurança Aérea de Angola, e apropriados navegabilidade sob as quais o certificado
tipo do helicóptero foi emitido e que sejam
para o tipo de operação e para a rota do voo a
essenciais para operação segura sob todas
ser realizado.
as condições previstas de operação;
(b) O PIC de um helicóptero envolvido em operações
(2) Instrumentos e equipamentos cuja exigência
do transporte aéreo comercial não deve iniciar
de operacionalidade tenha sido prescrita
um voo, a menos que possua disponível e esteja
em directivas de aeronavegabilidade
satisfeito quando a adequabilidade e operaciona-
específicas, salvo se na referida directiva
lidade dos instrumentos e equipamentos a bordo, estejam previstas disposições contrárias;
bem como da informação relativa à operação e (3) Instrumentos e equipamentos exigidos para
aeronavegabilidade do helicóptero, previsões operações específicas de acordo com os
meteorológicas e outras informações relativas NTA 7, 10, 11 e/ou 12 dos Regulamentos
aos auxílios a navegação na rota, aeródromo(s) e de Segurança Aérea de Angola.
heliporto(s) onde pretende operar. (d) Os helicópteros cujos instrumentos e/ou equi-
10.050 (H) Instrumentos e Equipamentos Inoperativo pamentos necessários estejam inoperativos só
sem Helicópteros deve ser operados ao abrigo de uma autorização
(a) Ninguém deve descolar um helicóptero com especial de voo, emitida pela Autoridade em
instrumentos ou equipamentos inoperativos, a conformidade com o NTA 4 dos Regulamentos
menos que tal procedimento seja efectuado con- de Segurança Aérea de Angola.
forme autorizado pela Autoridade. Nota: Vide no Apêndice 1 ao 10.050 as limitações espe-
(b) Ninguém deve descolar helicópteros multimoto- cíficas sobre equipamentos e instrumentos inoperativos.
res com instrumentos e equipamentos inoperati- 10.053 (H) Requisitos do Manual de Voo do
vos, a menos que sejam observadas as seguintes Helicóptero, Marcas e Placas de Identificação
condições: (a) Ninguém deve operar um helicóptero a menos que
(1) Exista aprovada para o referido helicóp- no referido helicóptero esteja disponível:
tero, uma Lista de Equipamento Mínimo (1) Um Manual de Voo do Helicóptero (RFM)
(MEL) cujas disposições são observadas; aprovado e actualizado pela Autoridade;
(2) Para operações de transporte aéreo comercial (2) O RFM, acessível a todo o pessoal relacio-
- a Autoridade tenha aprovado a MEL para nado com a operação do helicóptero deve
utilização no referido helicóptero e pelo incluir os procedimentos normais, anor-
respectivo detentor do COA. mais e de emergência, específicos do
(3) A Lista de Equipamento Mínimo (MEL) helicóptero para o qual foi aprovado;
aprovada deve: (3) O RFM deve também incluir informação
(i) Ser preparada em conformidade com as detalhada sobre os sistemas do helicóp-
limitações especificadas no parágrafo tero e checklists a serem usados, tendo em
(c) desta secção; atenção os factores humanos no que diz
(ii) Possuir disposições sobre as condi- respeito a operações que envolvam tripu-
ções de operação do helicóptero com lação múltipla (MCC);
alguns instrumentos e equipamentos (4) Um Manual de Operações (MOV), aprovado
inoperativos. pela Autoridade para o detentor do COA;
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(419)
(5) Na ausência do RFM, deve existir material (f) Um helicóptero que opere noutro Estado, o MEL
do manual aprovado, marcas e placas ou aprovado deve incluir os requisitos específicos
a combinação destas,que forneçam ao de aeronavegabilidade daquele Estado.
Piloto Comandante as informações neces- 10.057 (H) REQUISITOS DE INSPECÇÕES
sárias sobre as limitações existentes para a PERIÓDICAS DOS HELICÓPTEROS E
operação segura do helicóptero. EQUIPAMENTOS INSTALADOS
(b) Tal informação pode estar disponível no helicóp- (a) A menos que seja especificamente autorizado em
tero sob a forma de placas, listas, marcações contrário pela Autoridade, nenhuma pessoa deve
nos instrumentos ou a combinação estas, que operar um helicóptero civil registada em Angola,
contenham as limitações operacionais prescritas a menos que o mesmo tenha sido submetido às
pela autoridade certificadora para o Estado de seguintes inspecções:
registo do helicóptero, visando a sua apresenta- (1) Uma inspecção anual nos últimos 12 meses
ção visual. de calendário;
(c) Toda a pessoa que operar um helicóptero civil, (2) Para operações remuneradas ou de aluguer,
deve efectuar a actualização do RFM através da uma inspecção válida das 100 horas;
implementação das alterações que tenham sido (3) Para operações IFR, uma inspecção aos
tornadas obrigatórias pelo Estado de Registo do altímetros e ao sistema estático de
helicóptero. pitot, realizada nos últimos 24 meses de
10.055 (H) REQUISITOS DO MANUAL DE calendário;
OPERAÇÕES DE VOO E INCLUSÃO DO MEL (4) Para helicópteros equipadas com transponder,
(a) No MOV devem constar todas as instruções e uma verificação ao transponder realizada
informações necessárias para o desempenho nos últimos 12 meses de calendário;
das funções do pessoal de operações, sendo o (5) Para helicópteros equipados com ELT e
operador responsável por lhes disponibilizar as GPWS, verificações de ELT e GPWS reali-
partes do manual relevantes para o desempenho zadas nos últimos 12 meses de calendário;
das suas funções, assim como as alterações e (6)Para helicópteros envolvidos em opera-
revisões que o manual venha a sofrer por forma ções IFR, uma inspecção do receptor do
a mantê-lo sempre actualizado. VOR nos últimos 30 dias de acordo com o
(b) O conteúdo do MOV, incluindo todas as suas método prescrito pela Autoridade.
alterações ou revisões, deve ser aprovado pelo Nota: Os helicópteros IFR cuja manutenção seja efec-
INAVIC, não podendo contradizer os elementos tuada ao abrigo de um programa de manutenção contínua
constantes do COA, nem o disposto no presente terão exigências diferentes da inspecção dos 30 dias de
NTA e em regulamentação complementar. calendário.
(c) Todas as alterações e revisões pretendidas, referi- (7) Para helicópteros equipados com gravadores
das nos números anteriores, devem ser apresen- de voo (CVR e FDR), devem ser realiza-
tadas e comunicadas pelo operador ao INAVIC das verificações operacionais e avaliações
para a sua prévia aprovação, com excepção dos registos para assegurar a sua opera-
das alterações ou revisões urgentes impostas cionalidade nos intervalos prescritos pela
por razões de segurança de voo, que devem Autoridade.
ser comunicadas de imediato ao INAVIC, para Nota: As exigências destas inspecções estão contidas no
homologação. NTA 4 dos Regulamentos de Segurança Aérea de Angola.
(d) O MOV deve ser apresentado pelo operador em (b) Os helicópteros mantidos sob programas alterna-
língua portuguesa e, sempre que opere fora do tivos de manutenção e inspecção aprovados pela
espaço aéreo nacional, nas línguas Portuguesa e Autoridade conforme especificado no NTA 4 dos
Inglesa. Regulamentos de Segurança Aérea de Angola,
(e) O MEL, aprovado pelo INAVIC, deve fazer parte podem não possuir actualizados nos seus regis-
do Manual de Operações de Voo e permitir ao tos de manutenção as inspecções anuais ou de
comandante decidir sobre o cancelamento ou 100 horas.
continuidade do voo, caso alguma deficiência Nota: Os “programas alternativos de manutenção e
ou discrepância detectada nos instrumentos ou inspecção” podem incluir programas recomendados pelo
qualquer outro equipamento de bordo, que possa fabricante, instruções para aeronavegabilidade contínua
afectar a aeronavegabilidade do helicóptero e a ou programas elaborados pelo operador e aprovados pela
segurança de voo. Autoridade.
(420)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
10.060 (H) Documentação Exigida a Bordo dos tripulante, passageiros de mobilidade redu-
Helicópteros em Transporte Aéreo Comercial zida, passageiros inadmissíveis, deportados e
(a) O operador deve possuir um manual de voo ou passageiros sob custódia legal;
documento equivalente, actualizado e aceite (23) Quando aplicável, informação sobre car-
pelo INAVIC, para cada helicóptero que opere gas especiais, incluindo mercadorias
na sua frota. perigosas;
(b) O operador deve possuir um diário de navegação (24) Checklist para a busca de bomba a bordo;
para cada helicóptero da sua frota, onde é regis- (25) Instruções sobre os locais de menor risco
tada pelo piloto comandante toda a informação no helicóptero, em caso de detecção da
relevante sobre cada voo. bomba;
(c) O COA é emitido na língua Portuguesa e Inglesa. (26) Qualquer outra documentação reque-
(d) Compete ao operador assegurar que a bordo do rida pelas autoridades competentes dos
helicóptero a operar se encontram os seguintes Estados envolvidos no voo, tais como a
documentos: informação sobre passageiros ou carga;
(1) Certificado de registo emitido a favor do (27) Impressos necessários para a elaboração
proprietário; de relatórios e comunicação de ocorrên-
(2) Certificado de aeronavegabilidade; cias, em cumprimento do exigido pela
(3) Certificado de ruído; Autoridade e detentor do COA;
(4) Licença de estação de radiocomunicações; (28) Acessível no cockpit informação sobre os
(5) Diário de navegação; serviços de busca e salvamento existentes
(6) Caderneta técnica de bordo do helicóptero; na área a sobrevoar, incluindo sinalização
(7) Original ou cópia da apólice de seguro de terra-ar para o mesmo serviço de busca e
responsabilidade civil; salvamento.
(8) Original ou cópia da licença de exploração; (e) Se a operação de um helicóptero for efectuada ao
(9) Original ou cópia autenticada do Certificado abrigo de contratos ou acordos efectuados ao
de Operador Aéreo, incluindo autorizações, abrigo do artigo 83 bis da Convenção sobre a
condições, limitações e especificações para a Aviação Civil Internacional, deve incluir a bordo
frota operado; a cópia do acordo ou da(s) parte(s) aplicável(is)
(10) Manual de voo do helicóptero (RFM) ou do acordo assinado.
outros documentos que contenham as (f) Os produtos, peças e equipamentos devem obe-
classes de performance exigidas e qual- decer aos requisitos de protecção ambiental
quer outra informação necessária para a constantes da Alteração 8 do Volume I e da
operação do helicóptero nos termos do seu Alteração 5 do Volume II do anexo 16 da Con-
certificado de navegabilidade; venção de Chicago, conforme aplicável em 24
(11) Manual de operação do helicóptero ou de Novembro de 2005, excepto no que se refere
instruções operacionais para os pilotos aos apêndices do anexo 16.
(SOP‘s);
O certificado de ruído, emitido pela Autoridade do
(12) MEL aprovada pelo Estado do Operador;
Estado de registo do helicóptero, ao abrigo dos
(13) Checklists para situações normais, anor-
requisitos de certificação do Anexo 16 referido,
mais e de emergência;
e a ser obrigatoriamente transportado a bordo
(14) Cartas actualizadas e apropriadas para
do helicóptero, não sendo originariamente ela-
cobrir a rota de voo proposto e qualquer
borado na língua Inglesa, deverá incluir uma
rota ao longo da qual seja razoável prever
que o voo possa divergir; tradução em inglês.
(15) Plano de voo operacional; (g) Compete ao piloto comandante certificar-se de
(16) Plano de voo ATS; que os documentos referidos nos parágrafos
(17) Documentação do briefing relativo aos AIS; anteriores se encontram a bordo do helicóptero.
(18) NOTAM‘s apropriados; 10.063 (H) Requisitos Adicionais de Documentação
(19) Informação meteorológica adequada; para Voos Internacionaiscom Helicópteros
(20) Gráficos ou tabelas de performance, massa (a) Nenhuma pessoa deve operar um helicóptero civil
e centragem; em voos internacionais, a menos que o mesmo
(21) Manifesto de Carga; tenha a bordo a documentação adicional neces-
(22) Lista de passageiros especiais, tais como pes- sária para tais voos, incluindo:
soal de segurança que não seja considerado (1) Declaração Geral para a alfândega;
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(421)
(2) Manifesto de passageiros contendo os locais voo e manutenção a todas as pessoas autorizadas
de embarque e desembarque, se aplicável; pelo INAVIC, quando estejam no exercício das
(3) Procedimentos e sinais relativos à intercep- suas funções, bem como fornecer cópia dos
ção de aeronaves; mesmos, quando for solicitado.
(4) Certificado de Ruído, se exigido pelo(s) 10.073 (H) Prevenção de Acidentes e Segurança de
país(es) de destino; Voo
(5) Qualquer outra documentação que pode (a) Os operadores detentores de um certificado de
ser exigida pela(s) Autoridade(s) do(s) operador aéreo (COA) devem estabelecer um
Estado(s) envolvido(s) no voo planeado. programa de prevenção de acidentes e segurança
Nota: O certificado de ruído deve obedecer aos padrões de voo, tendo como principal objectivo limitar a
do Anexo 16 da ICAO, volume 1. A informação pode estar ocorrência de acidentes, através de uma atitude
incluída noutro documento transportado a bordo, desde que pró-activa e do planeamento das acções que
seja aprovado pela Autoridade. propiciem um ambiente operacional livre de
(b) Se a operação de um helicóptero for efectuada ao acidentes.
abrigo de contratos ou acordos efectuados ao Daí a necessidade de garantir a melhoria das condi-
abrigo do artigo 83 bis da Convenção sobre a ções operacionais que activamente facilitem o
Aviação Civil internacional, deve incluir a bordo conhecimento das condições em que os aciden-
a cópia do acordo ou da(s) parte(s) aplicável(is) tes podem ocorrer e quais as medidas mínimas a
do acordo assinado. implementar para eliminar as causas que possam
10.065 (H) Proficiência Linguística e Comunicação resultar, individual ou cumulativamente, em
Entre os Membros da Tripulação, Exigida a Bordo situações potencialmente perigosas, como reco-
(a) O operador deve assegurar que todos os membros mendado no anexo 6 da ICAO, parte III, secção
da tripulação têm capacidade para comunicar na II, capítulo I.
mesma língua. (b) O programa será gerido pelo departamento de
(b) O operador deve assegurar que todo o pessoal segurança de voo do operador ou integrado no
relacionado com as operações tem capacidade sistema da qualidade do operador, de acordo
para entender a língua em que estão escritas com um programa publicado pela Autoridade .
as partes do MOV relativas aos seus deveres e (c) O manual de operações de voo (MOV) do opera-
responsabilidades. dor deve conter a descrição da estrutura orgâ-
(c) É obrigatório que todos os tripulantes técnicos de nica e funcional do departamento de segurança
voo devem falar e entender as línguas utilizadas de voo, bem como a forma como é assegurado,
nas comunicações radiotelefónicas, de acordo em permanência, o cumprimento do programa
com as exigências de proficiência de linguagem referido na alínea a).
estipuladas no NTA 7 e NTA 14.035. (d) O MOV deve indicar o nome da pessoa responsá-
10.067 (H) Conservação e Utilização da Informação vel pelo programa de prevenção de acidentes e
Obtida Através dos Sistemas de Registo
segurança de voo.
(a) Após um acidente ou incidente de comunicação
obrigatória, quando a aeronave esteja equi- (e) O responsável pelo programa de prevenção de aci-
pada com sistemas de registo, o operador deve dentes e segurança de voo tem o dever de propor
preservar a informação registada relativa a as medidas correctivas adequadas à melhoria das
esse acidente ou incidente, tal como registada condições de segurança.
pelo equipamento, por um período de 60 dias, (f) O responsável pelo sistema de qualidade do ope-
salvo indicação em contrário do INAVIC ou do rador deve monitorizar a eficácia das alterações
GPIAA. aos procedimentos resultantes da aplicação da
(b) Nos restantes casos, os registos devem ser conser-
proposta de acções correctivas referida no pará-
vados nos termos das normas em vigor.
grafo anterior.
(c) Sempre que a autoridade competente o solicitar, o
operador deve fornecer cópias dos registos. (g) O programa de prevenção de acidentes e segu-
(d) Os registos só podem ser utilizados para as finali- rança de voo deve conter, nomeadamente:
dades e nas condições previstas nas normas em (1) Procedimentos de avaliação de risco;
vigor. (2) Procedimentos de notificação interna e ava-
10.070 (H) Disponibilização da Documentação e liação das ocorrências relevantes para a
Registos segurança de voo;
(a) O operador deve facilitar o acesso aos documen- (3) Procedimentos de difusão da informação
tos e registos relacionados com as operações de relevante;
(422)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(1) O período de validade do certificado médico Angola por um período superior a 30 dias, a
deve iniciar-se na data de conclusão dos menos que lhe tenha sido emitida uma licença
exames médicos e terminar no último dia angolana de piloto para a categoria, classe e tipo
do mês em que expira. de helicóptero operado.
(2) A duração do período de validade da licença (c) Nenhuma pessoa deve actuar como tripulante de
deve estar em conformidade com os privi- voo de um helicóptero de registo estrangeiro
légios a serem exercidos para cada licença operado por um detentor de COA Angolano, a
específica, e dever-se-ão limitar a: menos que tenha obtido uma licença ou valida-
(i) 60 meses para licenças de piloto parti- ção angolana da licença original para a catego-
cular de helicóptero; ria, classe e tipo de helicóptero.
(ii) 12 meses para licença de piloto comer- (d) O PIC de um helicóptero equipado com sistemas
cial de helicóptero; de bordo para prevenção de colisões (ACAS II)
(iii) 12 meses para licença de piloto deve assegurar-se que todos os tripulantes de
de transporte de linha aérea de voo tenham sido adequadamente treinados para
helicóptero; a utilização competente do equipamento ACAS
(3) Em função da idade do detentor, o período II e para prevenção de colisões.
de validade do certificado médico deve ser 10.087(H) Notificação sobre s Mudança do Endereço
reduzido em conformidade com o NTA 7 e Averbada na Licença
8, e não devem exceder: (a) Nenhuma pessoa deve exercer os privilégios de
(i) 6 meses, para o exercício dos pri- uma licença de tripulante emitida pela Autori-
vilégios de piloto comercial e de dade, por mais de 30 dias após a alteração do
transporte de linha aérea, em helicóp- seu endereço postal oficial, a menos que tenha
teros com uma tripulação mínima de submetido à Autoridade uma notificação escrita
um só piloto, após completar o quadra- contendo a seguinte informação:
gésimo aniversário; (1) Nome completo;
(ii) 6 meses, para o exercício dos pri- (2) Número da licença ou certificado do
vilégios de piloto comercial e de tripulante;
transporte de linha aérea, em aerona- (3) Endereço actual completo (Província,
ves com uma tripulação mínima de Município, Comuna, Bairro, Rua, Largo,
Número, Andar, Porta, etc.);
dois pilotos, após completar o sexagé-
(4) Cidade, Estado, Código postal e País (para o
simo aniversário;
endereço estrangeiro);
10.085 (H) Exigência de Licenças para Tripulantes de
(5) Número de telefone actualizado (incluindo
Voo de Helicóptero
códigos do País).
(a) Nenhuma pessoa deve actuar como Piloto Coman-
10.090 (H) Manutenção das Qualificações das
dante ou como membro da tripulação de voo de
Tripulações de Voo de Helicópteros
um helicóptero civil de:
(a) Formação:
(1) Registo Angolano, a menos que seja
(1) O operador deve assegurar que todo o tripu-
detentor(a) e tenha na sua posse uma
licença aeronáutica e um certificado lante técnico de voo está qualificado para a
médico, válidos e apropriados para a fun- classe e tipo de helicóptero que opera, bem
ção de tripulante do voo e para o tipo de como para o tipo de operações que possa
helicóptero operado. vir a realizar, identificadas no NTA 7.025.
(2) Registo estrangeiro, a menos que seja (2) Para efeitos do disposto no número anterior, o
detentor(a) e tenha em sua posse uma tripulante técnico de voo deve obter apro-
licença aeronáutica e um certificado vação no curso de qualificação do próprio
médico, válidos e apropriados, emitidos operador, aprovado pelo INAVIC, sem o
pelo Estado de registo da aeronave e apli- qual não pode operar, nos termos das nor-
cáveis para a função a desempenhar e para mas e regulamentação em vigor.
o tipo de helicóptero operado. (3) A formação necessária à tripulação técnica
(b) Nenhum cidadão Angolano deve actuar como de voo, incluindo os cursos de conversão,
tripulante de voo de uma aeronave de registo qualificação, verificação e treino, ministra-
estrangeiro no interior do espaço aéreo de dos pelo operador, deve constar do MOV.
(424)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(4) O MOV deve especificar as acções de for- tético aprovado pela autoridade, um
mação em diferenças ou de familiarização examinador de qualificação de tipo
necessárias. (TRE) ou um examinador de voo sin-
(5) A formação em diferenças é devida sempre tético (SFE);
que um tripulante opere outra variante de (ii) Verificações em linha — comandantes
um helicóptero do mesmo tipo ou outro designados pelo operador e aceitáveis
tipo da mesma classe, ou quando se veri- pela autoridade.
fique uma mudança de equipamento ou (c) Verificação de proficiência:
procedimentos em tipos ou variantes (1) O operador deve assegurar que Todos os
usualmente operados, que exijam conhe- tripulantes de voo sejam submetidos a veri-
cimentos e treino adicional num meio de ficações de proficiência para demonstrar
formação adequado. que são capazes de executar procedimen-
(6) A formação de familiarização é devida sem- tos normais, anormais e de emergência;
pre que um tripulante opere outra aeronave (2) A verificação seja realizada sem referências
do mesmo tipo ou variante ou quando se visuais externas, se necessário, sempre
verifique uma mudança de equipamento que seja provável que o tripulante tenha
ou procedimentos em tipos ou variantes de operar em condições IFR;
usualmente operados que exijam conheci-
(d) Períodos de validade:
mentos adicionais.
(1) Verificação de proficiência — O período de
(b) Formação recorrente e verificações:
validade da verificação de proficiência é
(1) O operador deve assegurar que cada tripu-
de seis meses de calendário, mais o resto
lante recebe a formação recorrente e é
do mês em que se realizou a verificação.
submetido a verificações periódicas rele-
Se esta tiver ocorrido durante os últimos
vantes para o tipo ou variante de aeronave
três meses do período de validade da ante-
para o qual o tripulante esteja qualificado
rior, a validade estender-se-á desde a data
para operar, cujo programa se encon-
de realização até seis meses contados a
tra estabelecido no MOV aprovado pela
partir da data de caducidade da verifica-
Autoridade.
ção anterior.
(2) A formação recorrente seja levada a cabo por:
Antes de poder operar em VMC à noite, um
(i) Formação em terra e refrescamento —
tripulante sem uma qualificação de ins-
uma pessoa devidamente qualificada;
trumentos válida deve ser submetido a
(ii) Formação de helicóptero/simulador de
um teste de proficiência à noite. Daí em
voo — um instrutor de qualificação de
tipo (TRI) ou, no caso de simuladores diante, cada segundo teste de proficiência
de voo, um instrutor de voo sintético terá lugar à noite.
(SFI), desde que o TRI ou SFI preen- (2) Verificação em linha — O operador deve
cham os requisitos de experiência e assegurar que todos os tripulantes de voo
conhecimentos necessários para dar sejam submetidos a uma verificação em
formação em todas as matérias espe- linha no helicóptero, para demonstrar que
cificadas no NTA 7 no apêndice N.º 1, são capazes de executar as operações de
alínea a), iii); linha normais previstas no MOV. O perí-
(iii) Formação e verificação relativas a odo de validade da verificação em linha é
equipamentos de emergência e segu- de 12 meses de calendário, mais o resto
rança — por pessoas devidamente do mês em que teve lugar a verificação.
qualificadas; Se tiver ocorrido durante os últimos três
(iv) Formação CRM da Tripulação de meses do período de validade da anterior,
Bordo — por pessoas devidamente a validade estender-se-á desde a data de
qualificadas; realização até seis meses a contar do termo
(3)A verificação recorrente seja levada a cabo da validade da verificação anterior.
por: (3) Formação e verificação sobre equipa-
(i) Verificação de proficiência — um exa- mentos de emergência e segurança.
minador de qualificação de tipo (TRE) — O operador deve assegurar que todos
ou, caso a verificação seja realizada os tripulantes de voo sejam submetidos a
num instrumento de formação sin- acções de formação e verificação sobre a
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(425)
(2) Voos de instrução ou exames práticos para de instrução e experiência aeronáutica adquiri-
obtenção de uma licença de piloto ou qua- das para satisfazer as exigências de uma licença,
lificação tipo; qualificação ou experiência recente;
10.097 (H) Requisitos da Qualificação de Voo por (b) Em voos internacionais, um tripulante de voo,
Instrumentos, em Helicóptero deve ter na sua posse a caderneta de voo;
(a) Nenhuma pessoa deve operar como PIC em heli- (c) Em voos solo de viagem, um aluno piloto deve
cópteros civis nas situações abaixo descritas, a ter na sua posse a caderneta de voo, incluindo
menos que lhe tenha sido emitida uma licença de o registo das recomendações efectuadas pelo
piloto comercial ou de transporte de linha aérea instrutor de voo;
e na sua licença tenha sido averbada uma qualifi- (d) Sempre que solicitado por um representante da
cação do voo por instrumentos para a categoria, Autoridade, o piloto deve apresentar a sua cader-
tipo ou classe de helicóptero: neta de voo.
(1) Condições de voo em que a proximidade das 10.105(H) Conteúdo das Cadernetas de Voo dos
nuvens e a visibilidade mínima for infe- Pilotos de Helicóptero
rior às prescritas para o voo VFR (Regras (a) Para cada instrução recebida ou voo realizado, um
de Voo Visual); piloto deve registar na sua caderneta, a seguinte
(2) Em IMC (condições meteorológicas por informação:
instrumentos); (1) Geral:
(i) Data.
(3) Sob uma autorização ATS para operações na
(ii) Tempo total de voo.
IFR (Regras de Voo por Instrumentos); ou
(iii) Locais de partida e de chegada da
(4) Para condução de operações VFR Especiais à aeronave, ou para sessões em simula-
noite no espaço aéreo de Classe G. dor de voo ou dispositivos aprovados
(b) Nenhuma pessoa deve desempenhar tarefas de de instrução simulada do voo, o local
co-piloto nas situações descritas no parágrafo onde decorreu a sessão de instrução.
10.663(H) (a), caso seja necessário um segundo (iv) Tipo e identificação da aeronave,
membro da tripulação de voo, a menos que na simulador de voo ou dispositivo apro-
sua licença de piloto tenha sido averbada com vado de instrução de voo, conforme
apropriado.
uma qualificação do voo por instrumentos para a
(v) Se aplicável, o nome do piloto de
categoria, tipo ou classe de helicóptero. segurança.
10.100 (H) Autorização Especial para Operações de (2) Tipo de experiência adquirida ou instrução
Helicóptero em Categorias II/III recebida:
(a) Nenhuma pessoa deve actuar como piloto mem- (i) Voo solo.
bro da tripulação de voo de um helicóptero civil (ii) Voo como PIC.
em operações de categoria II ou III a menos que: (iii) Voo como PIC sob supervisão
(1) Enquanto PIC, o tripulante possua uma auto- (―PICUS”).
(iv) Voo como SIC.
rização válida para operações de categoria
(v) Instrução em voo e em terra ministrada
II ou III para o tipo de helicóptero.
por um instrutor autorizado.
(2) Enquanto SIC, o tripulante esteja autorizado (vi) Instrução em simulador de voo ou
pelo Estado de registo do helicóptero para dispositivo aprovados de instrução
exercer as funções de co-piloto do heli- simulada do voo, ministrada por um
cóptero em operações de categoria II ou instrutor autorizado.
III. (3) Condições do voo:
(b) É necessária uma autorização para os detentores (i) Dia ou noite.
de um COA que possuam especificações opera- (ii) Condições reais de voo por
instrumentos
cionais que aprovam operações de categoria II
(iii) Condições simuladas do voo por ins-
ou II. Contudo, todos os pilotos devem obedecer
trumentos, num simulador de voo ou
aos requisitos apropriados às qualificações para dispositivo aprovados de instrução
operações de categoria II ou III, apêndice 1 ao simulada do voo.
10.100 (H). 10.107 (H) Registo da Instrução e dos Tempos de Voo
10.103 (H) Cadernetas de Voo dos Pilotos de nas Cadernetas de Voo
Helicóptero (a) Registo do tempo de voo como piloto — As horas
(a) Todo o tripulante de voo deve ser capaz de de voo do piloto de helicóptero descritas nesta
demonstrar mediante registos credíveis, o tipo secção podem ser utilizadas para:
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(427)
(1) Requerer uma licença ou qualificação, ao SIC e ocupar uma posição de tripulante
abrigo do NTA 7 dos RSAA; ou de voo de um helicóptero cujo certificado
(2) Satisfazer as exigências dos NTA 10, 11 tipo que exija ser operado por mais do que
ou 14 dos RSAA, quanto a experiência um piloto; ou
recente de voo. (2) Possua qualificação para a categoria, tipo e,
(b) Registo do tempo de voo como piloto em voo se aplicável, classe, e do voo por instru-
solo — Excepto para alunos piloto actuando mentos para o helicóptero a ser operado,
como PIC de helicópteros que exijam mais do desde que o certificado tipo ou as exi-
que um tripulante de voo, um piloto só deve gências operacionais do voo requeiram a
registar como tempo de voo solo, o período de presença de um segundo piloto aos coman-
voo em que tal piloto for o único ocupante do dos do helicóptero.
helicóptero. (3) Esteja a operar em ambiente de tripula-
(c) Registo do tempo de voo como Piloto Coman- ção múltipla, devidamente aprovado pela
dante: Autoridade.
(1) Um piloto particular ou comercial de heli- (e) Registo do tempo de voo por instrumentos:
cóptero só deve registar horas de voo (1) Um piloto pode registar somente como tempo
como PIC, os períodos de tempo de voo de voo por instrumentos, o período de voo
nos quais: em que estiver a operar um helicóptero
(i) É o único tripulante manipulando os tendo os instrumentos como única referên-
comandos de um helicóptero para o cia e o voo decorra sob condições reais ou
qual esteja qualificado; simuladas do voo por instrumentos.
(ii) Actua como PIC de um helicóptero (2) Um instrutor autorizado pode registar o
para o qual o certificado tipo ou as exi- tempo de voo por instrumentos, sempre
gências operacionais do voo requeiram que estiver a ministrar instrução do voo
mais do que um piloto; ou por instrumentos em condições reais de
(iii) Desempenha tarefas de PIC sob voo por instrumentos.
supervisão de um piloto verificador (3) As seguintes informações devem ser regis-
designado pela Autoridade; ou tadas na caderneta de voo de um piloto
(2) Um piloto de transporte de linha aérea de para efeito do registo do tempo de voo por
helicóptero pode registar como tempo instrumentos para o cumprimento das exi-
de voo de PIC todo o período de voo em gências de experiência recente do voo por
que actuar como PIC em operações que instrumentos:
requeiram licenças de piloto de transporte (i) O local e o tipo de cada aproximação
de linha aérea. por instrumentos efectuada; e
(3) Um instrutor autorizado pode registar como (ii) O nome do piloto de segurança, se
tempo de voo de PIC todo o período de voo aplicável.
em que actuar como instrutor autorizado. (4) Pode ser utilizado um simulador de voo ou
(4) Um aluno piloto pode registar como tempo dispositivo aprovado de instrução simu-
de voo de PIC sempre que: lada do voo, para o registo do tempo de
(i) For o único ocupante do helicóptero ou voo por instrumentos, sempre que o piloto
desempenhar as funções de PIC de um estiver sob supervisão de um instrutor
helicóptero que requeira mais do que autorizado durante o voo simulado.
um tripulante de voo; (f) Registo do tempo de instrução do voo:
(ii) Possuir uma recomendação válida para (1) O titular de uma licença ou autorização de
o voo solo; ou voo pode registar como tempo de instru-
(iii) Esteja a receber instrução de voo ção de voo, sempre que estiver a receber
para uma licença ou qualificação instrução ministrada por um instrutor
aeronáutica. autorizado, num helicóptero, simulador de
(d) Registo do tempo de voo como Co-Piloto — Um voo ou qualquer outro dispositivo apro-
piloto somente pode registar como tempo de voo vado de instrução simulada do voo.
de segundo piloto, o período de voo durante o (2) O tempo de instrução do voo deve ser regis-
qual: tado numa caderneta e deve:
(1) Esteja qualificado de acordo com as exigên- (i) Ser confirmado de forma legível, por
cias dos NTA aplicáveis para a função de uma instrutor autorizado; e
(428)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(2) As disposições do NTA 15 dos RSAA sobre cias adicionais contidas no NTA 14 dos
os tempos máximos de voo e de serviço, e RSAA;
os períodos mínimos de descanso do pes- (2) Actuar como SIC em operações do transporte
soal aeronáutico. aéreo comercial em conformidade com as
(3) As disposições sobre o treino de segurança exigências adicionais contidas no NTA 14
contra actos de interferência ilícita em dos RSAA;
aeronaves. (3) Actuar como PIC ou SIC de helicópteros em
operações de trabalho aéreo, efectuadas
10.120 (H) Privilégios e Limitações Gerais Aplicáveis
contra remuneração ou aluguer;
a Detentores de uma Licença de Piloto de Helicópteros
(4) Ministrar instrução teórica ou prática, caso
(a) Os pilotos só devem desempenhar funções ope-
para tal tenha sido expressamente autori-
racionais em conformidade com os privilégios
zado pela Autoridade, ou possua emitida
outorgados e as limitações inseridas nas suas
uma licença ou averbada qualificação de
licenças emitidas pela Autoridade.
instrutor;
(b) O exercício de funções de tripulante de voo em
(5) Aceitar e efectuar serviços remunerados ou
ambiente de tripulação múltipla requer do
de aluguer como PIC ou SIC, por contrato
detentor da licença, um averbamento específico
com pessoas ou entidades que não sejam
para o efeito, emitido em conformidade com as
exigências prescritas na secção V do NTA 7.193 detentoras de um COA;
dos RSAA. (6) Exercer os privilégios outorgados aos deten-
10.123 (H) Privilégios do Detentor de uma Licença de tores de licenças de piloto particular de
Piloto de Transporte de Linha Aérea de Helicóptero helicóptero;
(a) Enquanto obedecer as exigências de qualificação 10.127 (H) Privilégios do Detentor de uma
e experiência recente para a categoria, tipo e se Qualificação de Voo por Instrumentos em Helicóptero
aplicável, classe de helicóptero a ser operado, o (a) Enquanto obedecer as exigências de qualificação
detentor de uma licença de piloto de linha aérea e experiência recente para o voo IFR na catego-
pode: ria, tipo e se aplicável na classe de helicóptero a
(1) Actuar como PIC (ou SIC) de helicópteros ser operado, o detentor de uma qualificação do
em operações de transporte aéreo comer- voo por instrumentos pode:
cial em conformidade com as exigências (1) Operações de trabalho aéreo; e
adicionais contidas no NTA 14 dos RSAA; (2) Transporte aéreo comercial como:
(2) Exercer os privilégios outorgados aos deten- (i) PIC ou SIC de helicópteros com peso
tores de licenças de piloto comercial; máximo certificado à descolagem
(3) Ministrar instrução teórica ou prática, caso igual ou inferior a 3.175 kg (7.000 lbs)
para tal tenha sido expressamente autori- em conformidade com as exigências
zado pela Autoridade, ou possua emitida adicionais contidas no NTA 14 dos
uma licença ou averbada qualificação de RSAA;
instrutor; (ii) PIC ou SIC de helicópteros com peso
(4) Exercer os privilégios outorgados aos máximo certificado à descolagem,
detentores da qualificação do voo por ins- superior a 3.175 kg (7.000 lbs) e uma
trumentos, a menos que na sua licença capacidade de passageiros com mais
esteja averbada a limitação para operação de 9 lugares, em conformidade com as
unicamente na regra VFR; exigências adicionais contidas no NTA
(5) Sempre que apropriado, exercer os privilé- 14 dos RSAA;
gios outorgados aos detentores de licenças 10.130 (H) Privilégios e Limitações do Detentor de
de piloto particular. uma Licença de Piloto Particularde Helicóptero
10.125 (H) Privilégios do Detentor de uma Licença de (a) Enquanto obedecer as exigências de qualificação
Piloto Comercial de Helicóptero e experiência recente para a categoria, tipo e se
(a) Enquanto obedecer as exigências de qualificação aplicável classe de helicóptero a ser operado, o
e experiência recente para a categoria, tipo e se detentor de uma licença de piloto particular de
aplicável classe de helicóptero a ser operada, o helicóptero pode operar helicópteros transpor-
detentor de uma licença de piloto comercial de tando passageiros ou bens conforme prescrito na
helicóptero pode: presente secção.
(1) Actuar como PIC em operações do transporte
(b) Um piloto particular não deve actuar como
aéreo comercial em helicópteros de peso
máximo certificado à descolagem igual ou membro da tripulação essencial de voo de um
inferior a 3.175 kg (7.000 lbs) ou helicóp- helicóptero em transporte remunerado ou por
teros certificados para operação com um aluguer de passageiros ou bens, nem para efeitos
piloto em conformidade com as exigên- de instrução do voo.
(430)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(c) Um piloto particular pode actuar como membro (b) Um aluno-piloto não deve operar voos solo em
da tripulação essencial de voo de um helicóptero helicópteros, a menos que nos 90 dias de calen-
que opere em actividades comerciais ou como dário imediatamente anteriores à data do voo, tal
empregado contratado se: aluno-piloto tenha registado na caderneta de voo
1) Possuir averbada na sua licença a qualificação ou autorização de aluno piloto, uma recomen-
da categoria, tipo e se aplicável classe de dação efectuada por um instrutor autorizado,
helicóptero; especificando a marca e modelo de aeronave na
2) O voo tiver sido realizado em circunstâncias qual o voo deve ser realizado:
acidentais fortuitas para tais actividades (c) Um aluno-piloto não deve operar a solo helicópte-
ou emprego;
ros em voo nocturno.
3) O voo destina-se ao transporte aéreo comercial, con-
(d) Um aluno-piloto não deve operar a solo helicópte-
forme o disposto na regulamentação aplicável.
(d) Um piloto particular de helicóptero pode receber remu- ros cuja extensão do voo seja superior a 40 Km
neração ou valores correspondentes à comparticipação (25NM), a menos que o plano de voo para tal
nas despesas do voo efectuadas por todos os ocupantes voo tenha sido verificado por um instrutor de voo
do helicóptero, desde que o mesmo contribua em igual- autorizado, que tenha efectuado a recomendação
dade com os demais ocupantes do voo e as despesas escrita na caderneta de voo do aluno-piloto em
envolvam somente a aquisição de combustível, óleo, conformidade com o disposto no 7.179, para o
taxas dos aeródromos e do aluguer do helicóptero. respectivo voo ou série de voos.
10.133 (H) Limitações Gerais para Alunos-Piloto de
(e) Um aluno-piloto não deve operar a solo helicópte-
Helicóptero
ros cujo voo cruze fronteiras internacionais.
(a) Um aluno piloto não deve actuar como PIC de helicópte-
10.137 (H) Qualificações, Limitações e Privilégios de
ros em operações de:
(1) Transporte de passageiros; Pilotos Instrutores de Voo Em Helicóptero
(2) Transporte de bens, mediante remuneração ou (a) Um instrutor de voo a quem tenha sido emitida
aluguer; uma licença ou averbamento, está autorizado
(3) Transporte remunerado ou de aluguer; para, em conformidade com as prerrogativas
(4) Operações ligadas directa ou indirectamente em e limitações inerentes, ministrar instrução e a
qualquer tipo de negócio; efectuar as recomendações necessárias:
(5) Voos internacionais; para além de (1) Em autorizações de aluno-piloto;
(6) Operações em condições de visibilidade horizontal (2) Em licenças de piloto;
inferior a 9 km (5 NM) de dia; (3) Em licenças de instrutor de voo;
(7) Em situações em não seja praticável operar o voo
(4) Em licenças de instrutor teórico;
com base em referências visuais na superfície;
(5) Para qualificação de categoria, tipo e se apli-
(8) Operar em desacordo com as limitações aver-
cável, classe de helicóptero;
badas na caderneta do aluno-piloto, por um
instrutor autorizado. (6) Para qualificação do voo por instrumentos;
(b) O aluno piloto não deve actuar como membro essen- (7) Para revisões de voo, privilégios operacio-
cial de uma tripulação de voo em helicópteros cuja nais ou exigências de experiência recente;
operação exija mais do que um piloto em confor- (8) Para realização de exames práticos; e
midade com o estabelecido no certificado tipo de (9) Para realização de testes de conhecimentos
aeronave, ou pelo prescrito nos RSAA aplicáveis, teóricos.
exceptuando as sessões de instrução prática do Nota 1: Vide no Apêndice 1 ao 10.137 (H) as exigências
voo ministradas por um instrutor autorizado em de manutenção dos registos a serem cumpridas pelos instru-
helicópteros que transportem apenas membros tores de voo.
essenciais da tripulação de voo. Nota 2: Vide no Apêndice 2 ao 10.137 (H) as limitações
10.135 (H) Limitações do Voo Solo para Alunos-Piloto de aplicáveis aos instrutores de voo.
Helicóptero (b) Exceptuando o disposto nesta secção, nenhuma
(a) Um aluno-piloto não deve operar voos solo em heli-
pessoa que não seja detentora de uma licença de
cópteros, a menos que para tal tenha sido treinado e
piloto instrutor com as qualificações apropriadas
satisfatoriamente demonstrado preencher cumulati-
vamente as exigências relativas aos conhecimentos, deve:
proficiência e perícia prescritas: (1) Ministrar instrução necessária para qualificar
(1) No NTA 7.177 para voo solo; e uma pessoa para voo o solo e voo solo de
(2) No NTA 7.179 para voo solo de viagem; viagem;
(3) O voo tenha sido recomendado por um ins- (2) Efectuar recomendações em solicitações de
trutor autorizado na sua caderneta de voo. licenças de piloto, instrutor de voo, ins-
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(431)
trutor teórico ou qualificações a serem (4) Quando tenha conhecimento ou suspeite que
emitidas em conformidade com os NTA está a sofrer de fadiga ou se sinta incapaz
aplicáveis; para continuar, colocando em risco a segu-
(3) Anotar na caderneta de voo um piloto, a ins- rança do voo;
trução ministrada; (5) Quando tenha ingerido álcool dentro das oito
(4) Recomendar na autorização ou caderneta de horas anteriores ao início do período de
aluno piloto os privilégios para a operação serviço de voo ou do período de serviço
de voos solo. de assistência;
(c) Os instrutores referidos nos parágrafos (1), (2), e (6) Quando tenha um nível de álcool no sangue
(3), abaixo, não são obrigados a possuir licenças superior a 0,2 g/l.
de instrutor de voo: (d) Numa situação de emergência para a qual seja
(1) Detentores de licenças de piloto de linha requerida uma decisão e uma acção imediata, o
aérea com averbamento das qualificações comandante, ou o piloto no qual a condução do
apropriadas desde que a instrução seja voo tenha sido delegada, pode tomar uma acção
ministrada ao abrigo de um programa de que considere necessária, atendendo às circuns-
instrução aprovado nos termos do NTA 14; tâncias do caso concreto, embora esta possa
(2) Pessoas qualificadas ao abrigo das exigências
constituir um desvio às normas e procedimentos
do NTA 9 dos RSAA, desde que a instru-
operacionais aprovados, desde que tenha sido
ção seja ministrada em conformidade com
tomada no interesse da segurança de voo.
um programa aprovado de formação.
10.143(H) Autoridade e Responsabilidades do Piloto
(3) Detentores de autorizações de instrutor teó-
Comandante
rico em conformidade com os privilégios
(a) Um membro da tripulação técnica de voo nome-
da respectiva autorização.
PARTE D (H): Responsabilidades e Tarefas dos ado para desempenhar a função de comandante
Membros da Tripulação Técnica de Voo de Helicópteros do helicóptero, e enquanto este estiver sob seu
10.140 (H) Responsabilidades da Tripulação comando, tem os seguintes deveres:
(a) Um tripulante de um helicóptero deve ser respon- (1) Ser responsável tanto pela segurança da ope-
sável pela boa execução dos seus deveres que: ração do helicóptero como pela segurança
(1) Estão relacionados com a segurança do heli- dos seus ocupantes e carga transportada,
cóptero e seus ocupantes; durante o período do voo;
(2) Estejam especificados nas instruções e pro- (2) Ter autoridade para dar todas as ordens que
cedimentos descritos no MOV. considerar necessárias para salvaguardar
(b) Um tripulante deve: a segurança do helicóptero, dos seus ocu-
(1) Informar o comandante de qualquer incidente pantes e da carga transportada;
que tenha colocado ou pudesse colocar em (3) Desembarcar qualquer pessoa ou qualquer
perigo a segurança; e volume de carga que, na sua opinião,
(2) Fazer uso dos procedimentos de notificação represente um risco potencial para a segu-
de ocorrências do operador de acordo com rança do helicóptero e seus ocupantes;
a Regulamentação. (4) Recusar o transporte de pessoas que apa-
Nota: Em ambos os casos, uma cópia do relatório deve rentem estar sob a influência de álcool
ser transmitida ao comandante em causa. ou substâncias psicoactivas em tal grau que a
(c) Um tripulante não deve executar tarefas no heli- segurança do helicóptero ou dos seus ocupantes
cóptero: possa ser colocada em risco;
(1) Quando esteja sob a influência de qualquer (5) Recusar o transporte de passageiros inadmis-
substância que possa afectar as suas facul- síveis, deportados ou pessoas sob custódia
dades e colocar em risco a segurança de legal quando o seu transporte representar
voo; um risco para a segurança do helicóptero e
(2) Na sequência de um mergulho de profundi- seus ocupantes;
dade, excepto quando tenha passado um (6) Assegurar que todos os passageiros sejam
período de vinte e quatro horas; instruídos sobre a localização das saídas
(3) Na sequência de uma dádiva de sangue, de emergência e a localização e utili-
excepto quando tenha passado um período zação do equipamento de emergência e
de vinte e quatro horas; salvamento;
(432)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(7) Assegurar que sejam cumpridos todos os pro- (1) De acordo com o especificado no MOV,
cedimentos operacionais e checklists, em no que se refere ao nível mínimo de
conformidade com o manual de operações; experiência;
(8) Não permitir que qualquer membro da (2) Quando o piloto completar um curso de
tripulação execute tarefas durante a des- comando apropriado constante no MOV,
colagem, subida, aproximação final e no caso de tripulações com mais de um
aterragem, excepto aquelas da sua res-
elemento.
ponsabilidade necessárias para a operação
(b) O titular de uma licença CPL só pode operar como
segura do helicóptero;
(9) Não permitir que o registador de parâme- piloto comandante de uma aeronave certificada
tros de voo seja desligado durante o voo para operações de piloto único, nos termos do
ou sejam apagados os registos durante ou respectivo manual de voo.
após o voo, quando tenha ocorrido um 10.147 (H) Requisitos Mínimos do Qualificação de
acidente ou incidente de comunicação Um Piloto Comandante de Helicóptero
obrigatória; (a) O requisito mínimo de qualificação para coman-
(10) Não permitir que o gravador de conversa- dantes de helicóptero é:
ções da tripulação técnica seja desligado,
(1) Uma licença de piloto de Transporte de Linha
salvo se esta medida se destinar a preser-
Aérea de helicóptero (PLAH); ou
var os registos existentes que considere
(2) Uma licença de Piloto Comercial de helicóp-
pertinentes para a investigação de um aci-
dente ou incidente e que de outro modo tero (PCAH) desde que:
seriam apagados automaticamente; (i) Ao realizar operações segundo as
(11) Não permitir que registos efectuados pelo regras de voo por instrumentos (IFR),
gravador de conversações da tripulação o comandante tenha pelo menos um
técnica sejam manualmente apagados, total de setecentas horas de tempo de
durante ou após o voo, caso tenha ocor- voo em helicópteros, incluindo trezen-
rido um acidente ou incidente; tas horas como piloto comandante e
(12) Rejeitar um helicóptero com anomalias não cem horas segundo as regras IFR.
autorizadas pela CDL ou MEL; As trezentas horas como piloto coman-
(13) Assegurar que foi executada a inspecção dante podem ser substituídas por horas
antes do voo;
como co-piloto numa base de 2 para
(14) Comunicar ao operador, no fim do voo,
1, desde que essas horas sejam obtidas
todas as ocorrências relacionadas, directa
ou indirectamente, com o helicóptero; no âmbito de um conceito de tripula-
(b) Os deveres do piloto comandante previstos no ção de dois pilotos definido no MOV;
número anterior têm início no momento em que (ii) Ao realizar operações em condições
as portas da aeronave se fecham, o(s) motore(s) meteorológicas visuais (VMC) à
e rotor são posto(s) em marcha e em movimento, noite, um comandante sem uma quali-
e terminam no momento do estacionamento no ficação para instrumentos válida tenha
fim do voo, e o(s) motore(s), ou rotores tenham um total de trezentas horas de voo
parado de funcionar após serem respectivamente em helicópteros, incluindo cem horas
desligados e parados. como piloto comandante e dez horas
(c) O PIC, quer esteja ou não manipulando os à noite como piloto aos comandos do
comandos da aeronave, é o responsável pela sua helicóptero.
operação em conformidade com a Legislação,
10.150 (H) Requisitos de Experiência Recente de Um
Regulamentos e procedimentos do país em que
Piloto Comandante de Helicóptero
opere o helicóptero, excepto em circunstâncias
anormais ou de emergência, onde por razões (a) Um operador deve assegurar que, excepto nos
de segurança operacional seja absolutamente casos permitidos nos termos da alínea b):
necessário tomar acções diferentes do prescrito (1) Um piloto não opere um helicóptero, excepto
nos RSAA. se tiver efectuado pelo menos três descola-
10.145 (H) Designação de Um Piloto Comandante gens, três circuitos e três aterragens como
para Operações de Transporte Aéreo Comercial de piloto aos comandos de um helicóptero do
Helicóptero mesmo tipo, ou num simulador de voo,
(a) O detentor de um COA deve, para cada opera- nos últimos 90 dias;
ção do transporte aéreo comercial, designar por (2) Relativamente a operações nocturnas:
escrito um piloto como Piloto Comandante do (i) Um piloto sem uma qualificação de
helicóptero nas seguintes condições: instrumentos tenha efectuado pelo
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(433)
(f) Um operador deve assegurar que os tripulantes 10.160 (H) Ocupação dos Postos de Trabalho no
não operem em mais de três tipos de helicóptero. Helicóptero e Utilização de Cintos de Segurança e
Mediante aprovação da autoridade, contudo, os tripu- Arneses Pelos Tripulantes de Voo
lantes poderão operar em quatro tipos de helicóp- (a) Os membros da tripulação técnica de voo devem
tero, desde que o equipamento de emergência e permanecer nos seus postos de trabalho durante
os procedimentos de segurança para pelo menos todas as fases do voo, excepto, quando em rota,
dois tipos de helicóptero sejam similares. por necessidade operacional ou razões fisiológi-
(g) Para os fins da alínea (f), variante de um tipo de cas, tenham que se ausentar por um determinado
helicóptero é entendido como tipos diferentes, período de tempo.
que não sejam similares nos seguintes aspectos: (b) Os tripulantes de voo devem manter os cintos de
(1) Operação das saídas de emergência; segurança e arneses apertados e bloqueados,
(2) Localização e tipo do equipamento de segu- durante as descolagens, em voo de cruzeiro, e
rança; e aterragens.
(3) Procedimentos de emergência. (c) Sem prejuízo do número anterior, para pessoal de
10.155 (H) Operação Conjunta de Aviões tripulação técnica de voo, é necessário um cinto
eHelicópteros de ombros para cada assento.
(a) Quando um tripulante técnico de voo opera tanto (d) Em caso de um ou mais assentos estarem deso-
helicópteros como aviões: cupados, os cintos de segurança, devem ser
(1) O operador deve garantir que as operações posicionados de tal forma que não interfiram
com helicópteros e com aviões se limitem com a evacuação rápida dos ocupantes, em caso
a um tipo de cada; de emergência.
(2) O operador deve especificar procedimentos 10.163 (H) Marcações e Pontos de Desencarceramento
adequados e ou restrições operacionais, Num Helicóptero
aprovados pela autoridade, no respectivo (a) Um operador deve garantir que as áreas da
MOV. fuselagem com acesso à cabina do helicóptero,
10.157 (H) Utilização de Substâncias Psicoactivas que permitam o acesso e desencarceramento
(a) Nenhuma pessoa deve actuar ou tentar actuar da tripulação, em caso de emergência, estejam
como membro da tripulação de um helicóptero devidamente assinaladas como demonstrado na
civil: imagem abaixo.
(1) Dentro do período de 8 horas após ter consu- (b) A cor das marcações referidas no parágrafo ante-
mido qualquer bebida alcoólica; rior deverão ser vermelhas ou amarelas, e caso
(2) Enquanto estiver sob influência de álcool; ou seja necessário contrastar com a superfície da
(3) Enquanto estiver utilizando qualquer subs- fuselagem, aquelas marcações devem ser con-
tância psicoactiva que o possa tornar tornadas a branco.
incapaz de desempenhar com segurança (c) Caso a distância entre cada um dos cantos da área
as suas tarefas. demarcada, seja superior a dois metros, deve
(b) Todo o tripulante deve, sempre que solicitado existir ao longo das linhas de marcação, separa-
por inspector da Autoridade ou agente judicial, ções intermédias de 9 cm X 3 cm.
submeter-se a testes para a detecção da presença
substâncias psicoactivas no seu organismo:
(1) Até 8 horas antes de actuar como membro da
tripulação;
(2) Imediatamente após a sua apresentação para
actuar como membro de uma tripulação;
(3) Imediatamente após actuar como membro de
uma tripulação.
Nota: os limites prescritos para tais testes estão contidos
no NTA 1
(c) Nenhum membro da tripulação de um helicóptero 10.165 (H) Utilização dos ―Checklists II A Bordo dos
civil deve envolver-se no uso problemático de Helicópteros
substâncias psicoactivas. (a) Cada membro de uma tripulação de voo deve
Nota: Vide no Apêndice 1 ao 10.160 (H) as exigências dispor de um checklist, elaborado pelo operador,
específicas relativas aos testes para substâncias psicoactivas. aplicável ao helicóptero a operar e de acordo
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(435)
com as recomendações do fabricante, contendo (b) Esta informação deve conter os sinais internacio-
no mínimo, os procedimentos arranque, pré- nais terra-ar para busca e salvamento.
-descolagem, pós-descolagem, de cruzeiro, pré- 10.173 (H) Elaboração e Disponibilização da
-aterragem, pós-aterragem e paragem. Documentação do Helicóptero e do Voo Realizado
(b) Igualmente deve estar disponível a cada um dos (a) Sempre que para tal for solicitado por represen-
membros da tripulação, um checklist que conte- tantes autorizados da Autoridade, o PIC deve
nha todos os procedimentos de emergência pre- dentro de um período razoável tempo, apresen-
vistos no manual de voo do helicóptero a operar. tar a documentação solicitada e exigida a bordo
(c) O PIC deve assegurar-se que sempre que estiver a do helicóptero.
operar um helicóptero, a tripulação de voo cum- 10.175 (H) Admissão de Um Inspector da Autoridade
pre detalhadamente com os procedimentos con- a Bordo de Um Helicóptero
tidos nos checklists aprovados, antes, durante (a) Sempre que, no desempenho das suas tarefas de
e após todas as fases de operação e durante as fiscalização, um Inspector da Autoridade devi-
emergências, para garantir que sejam cumpridos: damente credenciado, se apresentar ao PIC, este
(1) Os procedimentos operacionais contidos no deve garantir o acesso a bordo do helicóptero.
manual de voo; 10.177 (H) Manipulação dos Comandos em
(2) Os procedimentos operacionais contidos no Transporte Aéreo Comercial de Helicóptero
manual de operação do helicóptero;
(a) Nenhum PIC deve permitir que pessoas não quali-
(3) Os procedimentos operacionais contidos no
ficadas manipulem os comandos de um helicóp-
manual de operações de voo;
tero sob o seu comando, durante operações do
(4) Os procedimentos operacionais contidos
noutros documentos associados ao certifi- transporte aéreo comercial.
cado de aeronavegabilidade; (b) Ninguém deve manipular os comandos de um
(d) A apresentação e a utilização dos checklists helicóptero durante operações do transporte
devem tomar em consideração os princípios dos aéreo comercial, a menos que esteja qualificado
Factores Humanos em ambiente de tripulação para o desempenho das funções como membro
múltipla, ou em operações em que seja reque- da tripulação de voo e que para tal tenha sido
rido um só piloto. devidamente autorizado pelo detentor do COA
10.167 (H) Cartas Aeronáuticas e Outros ou pelo proprietário do helicóptero.
Equipamentos, a Bordo de Helicópteros 10.180 (H) Responsabilidade pela Documentação
(a) Durante uma operação de voo em helicóptero, Exigida a Bordo do Helicóptero
a tripulação deve dispor de cartas de navega- (a) O PIC deve assegurar que todos os documentos
ção actualizadas e adequadas à rota planeada, exigidos para a operação de um determinado
assim como para outras rotas para onde o voo voo estejam a bordo do helicóptero em confor-
possa ser divergido. midade com o disposto no art.º 29 da Convenção
(b) Nos voos em condições IFR, para além da sobre a Aviação Civil Internacional, incluindo:
recomendação referida no parágrafo anterior, (1) Certificado de registo;
devem igualmente ser disponibilizadas à tri- (2) Certificado de aeronavegabilidade;
pulação, cartas actualizadas de navegação, (3) Licenças e certificados de cada um dos tripu-
aproximação e descida por instrumentos, refe- lantes em serviço a bordo;
rentes à rota a percorrer e destino, incluindo (4) Cópia das partes apropriadas do COA e res-
os alternantes planeados. pectivas especificações operacionais;
(c) Em operações nocturnas, cada membro da tri- (5) Livro de registo do helicóptero;
pulação deve ter disponível uma lanterna. (6) Caderneta técnica do helicóptero;
(d) A tripulação de voo deve ter disponível um che- (7) Termo de Manutenção;
cklist do helicóptero, contendo no mínimo, (8) Licença de estação de rádio;
os procedimentos de pré-descolagem, pós- (9) Manifesto de passageiros incluindo os pon-
-descolagem, pré-aterragem, aterragem e de tos de embarque e desembarque (se
emergência. aplicável);
(a) Para todos os voos, o PIC deve possuir a bordo do (10) Manifesto de carga incluindo a documen-
helicóptero, informações essenciais relacionadas tação detalhada da mesma (se aplicável);
com os serviços de busca e salvamento nas áreas (11) Cartas aeronáuticas actualizadas para a área
sobre as quais pretende operar o helicóptero. de operação;
(436)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(12) Cópia das apólices do seguro de responsa- (1) Ao operador ou proprietário do helicóptero,
bilidade civil; caso este seja utilizado em operações da
(13) Declaração geral ou formulários aviação geral.
equivalentes. (2) Registados na caderneta técnica da aeronave,
(14) Se aplicável, a(s) parte(s) relevante(s) nos casos em que a aeronave for operada
do acordo sobre a transferência de res- no transporte aéreo comercial.
ponsabilidades ao abrigo do Artigo 83 (b) Ninguém deve permitir ou participar na operação
bis da convenção sobre a aviação civil de um helicóptero, a menos que antes do voo, os
internacional. defeitos reportados tenham sido adequadamente
(b) O PIC deve assegurar que as licenças e certifica- corrigidos ou deferidos de acordo com a MEL
dos de todos os membros da tripulação essencial aprovada ou de acordo com as recomendações
do voo estejam na posse de cada indivíduo, e em técnicas do fabricante.
conformidade com o disposto no NTA 7, 8, 14, e 10.190 (H) Inadequabilidade das Facilidades e das Ajudas
no parágrafo 10.653 do presente NTA. à Navegação
(c) Para todos os voos internacionais, o PIC deve (a) O Comandante de bordo não deve iniciar um voo,
garantir o preenchimento, manutenção segura a não ser que estejam garantidas as condições de
e a apresentação da Declaração Geral e outros funcionamento das comunicações e de ajudas à
formulários exigidos pelas autoridades aeronáu- navegação requeridas , localizadas em terra e/ou
ticas locais. no mar, tendo em vista a realização desse voo,
10.183 (H) Preenchimento da Caderneta Técnica do em condições de segurança.
Helicóptero em Transporte Aéreo Comercial (b) Os tripulantes de voo devem reportar sem demora
(a) O PIC deve garantir que as partes relevantes da para a(s) entidade(s) responsável(is) pelas insta-
caderneta técnica do helicóptero sejam devi- lações e facilidades de apoio à navegação aérea,
damente preenchidas nos pontos apropriados sempre que no decurso da operação do voo, se
antes, durante e após a operação do voo. verificarem quaisquer anomalias ou irregulari-
10.185 (H) Preenchimento do Diário de Navegação do dades no seu funcionamento.
Helicóptero 10.193 (H) Cumprimento das Leis e Regulamentos na
(a) O operador deverá assegurar-se de que a seguinte Área de Operação do Helicóptero
informação é registada para cada voo, num diá- (a) Todas as pessoas devem cumprir com as leis,
rio de navegação:
regulamentos e procedimentos aplicáveis, publi-
(1) Matrícula do helicóptero;
cados pelo Estado, onde a aeronave estiver a
(2) Data;
operar.
(3) Nome(s) do(s) tripulante(s);
(b) Sempre que uma situação de emergência colo-
(4) Deveres cometidos a cada tripulante;
car em perigo a segurança do helicóptero, das
(5) Local de partida;
(6) Local de chegada; pessoas ou bens transportados e existir a neces-
(7) Hora da partida (arranque do(s) motor(es)); sidade da tomada de medidas que obriguem a
(8) Hora de chegada (paragem do(s) motor(es)); violação dos regulamentos ou procedimentos
(9) Tempo de voo (em horas e/ou minutos); locais, o Piloto Comandante deve:
(10) Natureza do voo; (1) Notificar, sem demora as Autoridades locais
(11) Incidentes, observações (se houver); apropriadas;
(12) Assinatura do comandante (ou substituto). (2) Submeter um relatório sobre as circunstân-
(b) O operador pode ser autorizado pela Autoridade cias, caso tal seja exigido pelo Estado da
a não manter um diário de navegação, ou partes ocorrência do incidente; e
dele, para além de um período de seis meses, (3) Submeter uma cópia do mesmo relatório à
desde que a informação relevante esteja dispo- Autoridade Angolana.
nível noutra documentação. (c) Todo o PIC deve submeter à Autoridade no for-
(c) O operador deverá assegurar-se de que todos os mato prescrito, os relatórios especificados no
registos são feitos de forma concordante e com parágrafo (b) dentro do período de 10 dias de
carácter definitivo. calendário contados a partir da data da ocorrên-
10.187 (H) Registo de Falhas Técnicas cia.
(a) No final de cada voo, o PIC deve garantir que todos 10.195 (H) Reportes de Meteorologia e de Condições
os defeitos conhecidos, suspeitos ou detectados Perigosas
durante o voo sejam reportados por escrito: (a) Reportes de Meteorologia:
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(437)
(1) Os tripulantes de voo devem registar e repor- 10.200 (H) Notificação de Acidentes
tar as observações meteorológicas de (a) O PIC deve pelos meios mais rápidos disponíveis
rotina nas fases de partida, subida, cru- notificar por escrito à Autoridade apropriada
zeiro e descida do voo, e as observações mais próxima sobre qualquer acidente que
meteorológicas especiais efectuadas em envolva o helicóptero sob seu comando e do
qualquer fase e situação do voo. qual tenha resultado sérios ferimentos ou morte
(2) Durante a elaboração dos reportes meteoro- de pessoas, ou prejuízos substanciais ao helicóp-
lógicos em voo, os pilotos devem seguir tero ou outra propriedade.
de forma consistente, os procedimen- (b) O PIC deve reportar por escrito à Autoridade sobre
tos aplicáveis ao registo e reporte de tais qualquer acidente ocorrido com o helicóptero
observações (AIREP). enquanto este estiver em voo sob seu comando
(b) Reportes de Condições Perigosas: ou responsabilidade.
(1) O PIC deve garantir que sejam transmitidos 10.203 (H) Operação dos Gravadores de Parâmetros
sem demora para o Órgão dos Serviços de de Voo (FDR) e Gravadores de Voz (CVR) na Cabina de
Tráfego Aéreo mais próximo, reportando Pilotagem de Um Helicóptero
detalhadamente os aspectos relevantes
(a) O operador não deve operar um helicóptero para
para a segurança operacional das outras
o qual foi emitido um certificado de navegabi-
aeronaves, quaisquer perigos encontrados
lidade individual, à data de ou depois de 1 de
em rota, incluindo:
Janeiro de 2005, cuja massa máxima à descola-
(i) Condições meteorológicas e/ou
gem seja superior a 2.730 kg até um máximo e
atmosféricas;
incluindo 7.000 kg, deve estar equipado com um
(ii) Actividade vulcânica; e
(iii) Quaisquer outras condições opera- registador de parâmetros de voo tipo V FDR que
cionalmente perigosas prescritas pela utilize um método digital de registo e armazena-
Autoridade mento de elementos e um método para recuperar
10.197 (H) Relatórios de Incidentes rapidamente tais elementos do meio de arma-
(a) Relatório de Tráfego Aéreo — O PIC deve sub- zenamento, incluindo as comunicações de voz
meter sem demora, um relatório de incidente de transmitidas ou recebidas pela tripulação de voo
tráfego aéreo, sempre que a segurança de uma via rádio, por um período que corresponda à sua
capacidade de gravação, apêndice 1 ao 10.203
aeronave em voo tenha sido posta em perigo por:
(H) 1.
(1) Quase colisão com outra aeronave ou objecto;
(2) Procedimentos inseguros dos serviços de (b) Um helicóptero para o qual foi emitido um cer-
tráfego aéreo ou incumprimento dos pro- tificado de navegabilidade individual, à data de
cedimentos ATS aplicáveis, por parte do ou depois de 1 de Janeiro de 1989, cuja massa
ATC ou da tripulação de voo; ou máxima à descolagem seja superior a 7.000 kg
(3) Falhas nas instalações e facilidades dos ATS. deve estar equipado com um registador de parâ-
(b) Concentração de Aves — Sempre que uma ave metros de voo tipo IV.
constituir perigo em voo ou ocorrer uma colisão (c) O operador não deve operar um helicóptero para
com aves, o PIC deve, sem demora: o qual foi emitido um certificado de navegabili-
(1) Informar o órgão ATS apropriado da área dade individual, à data de 1 de Janeiro de 2005
onde se observar tal perigo ou concentra- ou depois, cuja massa máxima à descolagem seja
ção de aves; superior a 3175 kg, excepto se estiver equipado
(2) Imediatamente após a aterragem, reportar com registador de parâmetros de voo tipo IV A
por escrito a colisão com aves. FDR, por um período de 10 horas, apêndice 1 ao
(c) Mercadorias perigosas — Sempre que ocorrer uma 10.203 (H) 1.
emergência em voo envolvendo o transporte de (d) O operador não deve operar um helicóptero para
mercadorias perigosas e caso a situação o per- o qual foi emitido um certificado de navegabili-
mita, o PIC deve informar de imediato o órgão dade individual até ao dia 1 de Janeiro de 1987,
ATS apropriado sobre o tipo de emergência. cuja massa máxima à descolagem seja superior
(d) Interferência Ilícita — Imediatamente após a a 7000 kg ou com uma configuração máxima
ocorrência de um acto de interferência ilícita aprovada de mais de nove lugares de passa-
com os tripulantes a bordo, o PIC deve subme- geiros, a não ser que esteja equipado com um
ter um relatório à Autoridade e às Autoridades gravador de voz da cabina de pilotagem CVR),
locais apropriadas. que opere durante todo o período de tempo de
(438)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
voo. Em helicópteros não equipados com um (k) O PIC deve garantir que, tais equipamentos este-
FDR, terá, pelo menos de ter a capacidade de jam operativos e em funcionamento contínuo:
gravar as rotações do rotor principal, apêndice 1 (1) Para gravadores de parâmetros de voo: desde
ao 10.203 (H) 2. o momento em que o helicópteroinicia a
(e) O operador não deve operar um helicóptero para descolagem até completar a rolagem pós
o qual foi emitido um certificado de navegabili- aterragem;
dade individual, à data de 1 de Janeiro de 1987 (2) Para gravadores do ambiente oral na cabina:
ou depois, cuja massa máxima à descolagem seja desde o momento em que se inicia o che-
superior a 3175 kg, e até um máximo e incluindo cklist de arranque dos motores até ao
final do checklist de estacionamento do
7.000 kg excepto se estiver equipado com um
helicóptero.
gravador de voz da cabina de pilotagem que,
(l) O PIC não deve permitir que os gravadores de
relativamente a todo o período de tempo de voo.
voo (parâmetros de voo e/ou de voz na cabina)
Em helicópteros não equipados com um FVR,
sejam desligados durante o voo, a menos que
terá, pelo menos de ter a capacidade de gravar as
tal medida seja necessária para preservação dos
rotações do rotor principal.
dados para a investigação de um acidente ou
(f) Um helicóptero ao qual tenha sido emitido um
incidente.
certificado de navegabilidade individual, após 1
(m) Na eventualidade de um acidente ou incidente, o
de Janeiro de 2005, equipado com um sistema
PIC deve agir de forma a preservar os gravadores
de registo de comunicações, e que tenha a obri-
de voo e as informações registadas, assegurando
gatoriedade de possuir a bordo um equipamento
CVR deve gravar todas as comunicações com, a sua retenção e custódia segura de acordo com
e do exterior. O tempo mínimo de gravação as determinações da Autoridade de investigação
deverá ser igual ao da duração do referido CVR de acidentes.
e estar interligado ao gravador de voz da cabine (n) Os gravadores de voo não devem ser reactivados
de pilotagem. antes de tal acção ser determinada pela Autori-
(g) A partir de 1 de Janeiro de 2007, todos os heli- dade de investigação.
cópteros equipados com um sistema de registo (o) Os FDR e CVR deverão ser verificados e analisa-
de comunicações, e que tenham a obrigatorie- dos regularmente, assim como toda e qualquer
dade de possuir a bordo um equipamento CVR, acção de manutenção, com vista a garantir o
devem gravar todas as comunicações com, e do funcionamento contínuo dos mesmos.
10.205 (H) Aparelhos Electrónicos Portáteis
exterior. O tempo mínimo de gravação deverá
(a) Ninguém deve e nenhum PIC ou Assistente de
ser igual ao da duração do referido CVR e estar
Cabina deve permitir a utilização a bordo de apa-
interligado ao gravador de voz da cabine de
relhos electrónicos portáteis que possam afectar
pilotagem.
adversamente o funcionamento dos sistemas e
(h) Um operador que opere um helicóptero para o
equipamentos do helicóptero, a menos que:
qual foi emitido um certificado de navegabili-
(1) Para as operações IFR não comerciais, o PIC
dade individual, à data de 1 de Janeiro de 1990,
tenha previamente autorizado a utilização
deve guardar as informações registadas durante
de tal aparelho; ou
pelo menos as duas últimas horas do seu funcio-
(2) Para operações de transporte aéreo comer-
namento. cial, o detentor do COA tenha publicado
(i) Um operador que opere um helicóptero para o qual no manual de operações, uma lista infor-
foi emitido um certificado de navegabilidade mando os tripulantes sobre os aparelhos
individual, à data de 1 de Janeiro de 2003, deve aceitáveis;
guardar as informações registadas durante pelo (3) O PIC tenha informado os passageiros
menos as duas últimas horas do seu funciona- sobre quais os aparelhos cuja utilização é
mento. permitida.
(j) Os sistemas de registos referidos nas alíneas 10.207 (H) Uso de Lentes Correctivas
anteriores, devem ser construídos, instalados e (a) Um piloto a quem tenha sido emitido um cer-
localizados de modo a garantir a máxima pro- tificado médico que exija o uso de lentes de
tecção possível das gravações e a permitir que correcção, deve possuir tal limitação anotada no
a informação gravada possa ser preservada, certificado, e enquanto exercer os privilégios do
recuperada e transcrita. referido certificado (conforme apropriado):
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(439)
(1) Deve a todo o momento usar as lentes de cor- (e) Por razões de segurança, os lugares reservados
recção para a visão distante. à tripulação de cabina, devem estar colocados
(2) Deve possuir prontamente disponíveis para perto das saídas de emergência, num ângulo
utilização, lentes de correcção para a visão inferior a 15 graus. relativamente ao eixo lon-
próxima, conforme apropriado ao exercí- gitudinal do helicóptero, e de acordo com os
cio das funções que exijam o uso da visão requisitos Regulamentares do Estado de registo
próxima. do helicóptero.
(3) Deve possuir disponíveis para utilização 10.217 (H) Número e Composição da Tripulação de
imediata, pelo menos um par de reserva Cabine a Bordo do Helicópteros
de lentes (para correcção da visão pró-
(a) Para operar um helicóptero de versão de tipo máxima
xima e/ou da visão distante), conforme
aprovada superior a 19 e inferior a 50 lugares
necessário.
de passageiros, a tripulação de cabina deve ser
10.210 (H) Transporte de Mercadorias Perigosas
composta no mínimo por um tripulante, a fim de
(a) Nenhuma pessoa deve transportar ou permitir o
desempenhar as funções especificadas no MOV
transporte de mercadorias perigosas em helicóp-
para salvaguarda da segurança dos passageiros.
teros, a menos que tal transporte seja efectuado
(b) Sem prejuízo do disposto no número anterior, a
em conformidade com as exigências do NTA
tripulação de cabina deve ser composta por um
18 relativo ao transporte seguro de mercadorias
perigosas por via aérea. tripulante adicional por cada fracção de 50 luga-
PARTE E (H): Responsabilidades e Tarefas dos res de passageiros.
Membros da Tripulação de Cabine, em Helicópteros (c) A Autoridade poderá, em circunstâncias excepcio-
10.213 (H) Aplicabilidade nais, exigir que um operador inclua na tripulação
(a) Para efeitos do disposto no presente NTA, membros da tripulação de cabina adicionais.
entende-se por ― membro da tripulação de (d) Em circunstâncias imprevistas, o número mínimo
cabina‖ qualquer membro da tripulação que não exigido de membros da tripulação de cabina
seja membro da tripulação de voo, que desempe- poderá ser reduzido desde que:
nhe, no interesse da segurança dos passageiros, (1) O número de passageiros tenha sido reduzido
funções que lhe são atribuídas pelo operador ou de acordo com os procedimentos especifi-
pelo comandante na cabina de um avião. cados no Manual de Operações;
10.215 (H) Identificação e Utilização dos Cintos de (2) Seja submetido um relatório à Autoridade,
Segurança e Arneses pela Tripulação de Cabine após conclusão do voo.
(a) O operador deverá assegurar que todos os mem- (e) O operador deverá assegurar que, ao contratar os
bros da tripulação de cabina usem o uniforme da serviços de membros da tripulação de cabina
tripulação de cabina do operador e possam ser que trabalhem à tarefa (“freelancer”) ou a tempo
facilmente identificados pelos passageiros como parcial, são cumpridas as exigências Regula-
membros da tripulação de cabina. mentares. A este respeito, é necessário dar espe-
(b) Outro pessoal, como pessoal médico, pessoal de cial atenção ao número total de tipos ou versões
segurança, acompanhantes de crianças, acompa- de aeronaves em que um membro da tripulação
nhantes, pessoal técnico, animadores, intérpre- de cabina pode voar para fins de transporte aéreo
tes, que desempenhe tarefas na cabina, não deve comercial, que não deverá exceder as exigências
envergar um uniforme que leve os passageiros relativamente à operação de mais de um tipo
a tomá-lo por membro da tripulação de cabina, ou variante, mesmo quando os serviços desse
a menos que cumpra os requisitos da presente membro da tripulação tenham sido contratados
subparte e quaisquer outros requisitos aplicáveis por outro operador.
do presente NTA. 10.220 (H) Requisitos Mínimos
(c) Os tripulantes de cabine e outro pessoal que (a) O operador deverá assegurar que cada membro da
desempenhe tarefas na cabine devem manter tripulação de cabina:
os cintos de segurança e arneses apertados e (1) Tenha a idade mínima de 18 anos;
bloqueados, durante as descolagens, em voo de (2) Seja submetido a um exame ou uma avalia-
cruzeiro, e aterragens. ção médica a intervalos regulares, tal como
(d) Sem prejuízo do número anterior, para o pessoal exigido pela Autoridade, com o objectivo
de tripulação de cabina, é necessário um cinto de de verificar a aptidão física para o exercí-
ombros para cada assento. cio das funções que lhe incumbem;
(440)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(3) Tenhaconcluído com aproveitamento a for- (1) Os barcos salva-vidas, incluindo o equipa-
mação inicial prevista na Regulamentação mento que lhes está associado, e/ou neles
e possuir um certificado de formação em transportado;
matéria de segurança; (2) Coletes salva-vidas, coletes salva-vidas para
(4) Tenha concluído uma formação de reconver- crianças e berços flutuantes;
são e/ou sobre as diferenças (3) Sistema de apresentação automática de más-
(5) Receba formação recorrente, de acordo com caras de oxigénio;
o disposto na NTA 10.230 (H); (4) Oxigénio de primeiros socorros (acima de
(6) Seja competente para o exercício das funções 10.000 pés);
que lhe incumbem de acordo com os pro- (5) Extintores;
cedimentos especificados no Manual de (6) Machado ou pé-de-cabra para combate a
Operações. incêndios;
10.223 (H) Operações com Um Único Membro da (7) Iluminação de emergência, incluindo lanternas;
Tripulação de Cabine a Bordo do Helicóptero (8) Equipamento de comunicações, incluindo
(a) O operador deverá assegurar que cada membro megafones;
da tripulação de cabina sem experiência prévia (9) Conjuntos de sobrevivência e respectivo
conteúdo;
comparável seja submetido seja submetido à for-
(10) Equipamento pirotécnico (real ou
mação abaixo indicada, antes de exercer funções
representativo);
como único membro da tripulação de cabina:
(11) Estojos de primeiros socorros, estojos de
(1) Responsabilidade perante o comandante
emergência médica, respectivo conteúdo e
pela condução do(s) procedimento(s) de
equipamento médico de emergência; e
segurança da cabina e de emergência espe-
(12) Outros sistemas ou equipamentos de socorro
cificados no Manual de Operações;
se existirem na cabina;
(2) Importância da coordenação e da comuni- (13) Transporte de Matérias Perigosas;
cação com a tripulação de voo, gestão de (14) Instruções aos passageiros e demonstrações de
problemas com passageiros indisciplina- segurança. O operador deve assegurar que o
dos ou causadores de distúrbios; pessoal de cabina seja devidamente instruído
(3) Análise dos requisitos do operador e dos para lidar com os passageiros, tanto em con-
requisitos legais; dições normais como de emergência.
(4) Documentação; (15) Quando a formação inicial sobre aspectos
(5) Comunicação de acidentes e incidentes; médicos e primeiros socorros não tiver inclu-
(6) Limitações do período de serviço de voo e do ído a prevenção de doenças infecciosas,
período de trabalho; especialmente em climas tropicais e subtro-
(7) Voos de familiarização conduzidos sob a picais, tal formação será ministrada.
supervisão de um membro competente e 10.227 (H) Formação Contínua
experiente da tripulação de cabina no tipo (a) O operador deverá assegurar-se de que cada
de helicóptero a operar. membro da tripulação de cabina receba forma-
(b) Antes de atribuir a um membro da tripulação de ção contínua, abrangendo as acções atribuídas a
cabina a função de único membro da tripulação cada membro da tripulação no âmbito de proce-
de cabina durante uma operação, o operador dimentos normais e de emergência e exercícios
deve assegurar que este possua as competências relevantes para o(s) tipo(s) e/ou variante(s) de
necessárias para desempenhar as suas funções helicóptero em que operam.
de acordo com os procedimentos especificados (b) O operador deverá assegurar que o programa de
no Manual de Operações. A habilitação para formação contínua aprovado pela Autoridade
efectuar operações com um único membro de inclui instrução teórica e prática, bem como
cabina deverá ser estabelecida nos critérios de prática individual.
selecção, recrutamento, formação e avaliação da (c) O período de validade da formação contínua e das
competência da tripulação de cabina. verificações associadas deverá ser de 12 meses a
10.225 (H) Utilização do Equipamento de Segurança contar do final do mês civil em que foram com-
(a) O operador deve assegurar que cada membro da pletadas. Se tiverem sido completadas nos últi-
tripulação de cabina receba formação realista e mos três meses de validade de uma verificação
uma demonstração sobre a localização e utiliza- anterior, o período de validade prolongar-se-á
ção do equipamento de segurança, incluindo: desde a data de realização até 12 meses contados
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(441)
10.243 (H) Segurança dos Passageiros e Bagagem a disponíveis, sobre a localização e utilização dos
Bordo do Helicóptero seguintes itens:
(a) O PIC deve assegurar-se de que cada pessoa a (1) Cintos de segurança;
bordo ocupe um assento dotado de cintos indivi- (2) Interdição de fumar a bordo;
duais de segurança, capazes de serem ajustados (3) Saídas de emergência;
e apertados, durante a descolagem, aterragem e (4) Utilização do oxigénio portátil;
o movimento do helicóptero no solo. (5) Coletes de salva vidas e outros equipamentos
(b) Os passageiros devem manter os cintos de segu- de emergência marítimo;
rança apertados, durante todo o voo. (6) Outros Equipamentos de sobrevivência em
(c) Durante a sua utilização em voo, os berços ins- determinados ambientes hostis, em terra;
talados a bordo de um helicóptero devem ser (7) Outro equipamento de emergência destinado
mantidos bloqueados. ao uso individual, incluindo os folhetos de
(d) Os cintos de segurança, sendo de utilização indi- instruções de emergência dos passageiros.
vidual, não podem ser usados por mais de uma (b) O PIC deve garantir que todas as pessoas a bordo
pessoa adulta. sejam informadas sobre a localização e forma de
(e) A bagagem de mão deve ser devidamente acon- utilização dos equipamentos principais de emer-
dicionada em local próprio, durante todo o voo. gência destinados à utilização colectiva.
(f) Caso haja carga a transportar na cabina de pas- Nota 1: Nas operações de transporte aéreo comercial,
sageiros, esta deve ser devidamente amarrada as instruções do briefing devem conter todos os elemen-
por correias e/ou redes presas à estrutura do tos aprovados pela Autoridade para a operação específica,
helicóptero. conduzida conforme estipulado no respectivo Manual de
10.245 (H) Equipamento de Emergência a Bordo dos Operações.
Helicópteros 10.250 (H) Bolsa ou Caixa de Primeiros Socorros
(a) Um helicóptero não pode ser operado se não (a) Um operador não deve operar um helicóptero,
tiver instalado os equipamentos de emergência, excepto se estiver equipado com uma, ou mais
designadamente estojos de primeiros socorros, bolsas ou caixas de primeiros socorros, prontas
oxigénio de emergência, extintores, megafones para ser usadas.
(quando aplicável), coletes e balsas salva-vidas. (b) O operador deve assegurar que as bolsas ou caixas
(b) O operador deve estabelecer procedimentos que de primeiros socorros sejam:
garantam que, antes da rolagem, descolagem e (1) Inspeccionados periodicamente a fim de
aterragem, os dispositivos automáticos para eva- confirmar, quando possível, que o seu con-
cuações de emergência estejam armados. teúdo está em condições de ser utilizado
(c) O piloto comandante deve assegurar-se de que para os fins previstos;
o equipamento de emergência se encontra num (2) Renovadas em intervalos regulares, segundo
local de fácil acesso e pronto a ser utilizado. as instruções constantes das respectivas
(d) O operador deve assegurar que estão disponíveis etiquetas, ou conforme as circunstâncias.
para comunicação imediata aos centros de busca 10.253 (H) Extintores Portáteis a Bordo do Helicóptero
e salvamento as listas que contêm a seguinte (a) Um operador não deve operar um helicóptero,
informação sobre os equipamentos de emergên- excepto se dispuser de extintores portáteis
cia e sobrevivência existentes a bordo: para uso nos compartimentos da tripulação, de
(1) Número, capacidade, cor e tipo de balsas passageiros e, se aplicável, no compartimento
salva-vidas; de carga, conforme o previsto nas disposições
(2) Equipamentos de sinalização pirotécnica e seguintes:
fumos; (1) O tipo e a quantidade de agente extintor
(3) Equipamentos de primeiros socorros; devem ser adequados aos tipos de incêndio
(4) Reserva de água; susceptíveis de ocorrer no compartimento
(5) Equipamento de rádio de emergência portá- onde se pretende utilizar o extintor e,
til, e respectivas frequências; relativamente ao compartimento da tripu-
(6) Outro equipamento de sobrevivência, aplicá- lação, minimizar o risco de concentração
vel ao tipo de operação. de gases tóxicos;
10.247 (H) Informações e Instruções aos Passageiros (2) Pelo menos um extintor portátil contendo
a Bordo do Helicóptero halo 1211 (bromoclorodifluoromethano,
(a) O PIC deve garantir que os passageiros sejam CBrCIF2) ou equivalente como agente
informados pela via oral ou por outros meios extintor deve estar disponível num sítio
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(443)
10.270 (H) Programas de Formação e Treino (b) A lista de verificação (checklist) deve ser apoiada
(a) O operador deverá estabelecer, manter e efectuar por orientações sobre as acções apropriadas a
programas aprovados de formação e treino que serem tomadas em caso de serem encontradas
permitam aos membros da tripulação do opera- bombas ou objectos suspeitos e da informação
dor tomarem as medidas adequadas com vista sobre a localização da área de menor risco espe-
a impedir actos de interferência ilícita, como cífica para o helicóptero.
sabotagem ou desvio ilegal de aviões, e mini- 10.277 (H) Comunicação de Actos de Interferência
mizar as consequências na eventualidade de tais Ilícita
ocorrências. O programa de formação deve ser (a) A seguir a um acto de interferência ilícita a bordo
compatível com o Programa Nacional de Segu- de um avião, o comandante ou, na sua ausência,
rança da Aviação. Cada um dos membros da tri- o operador, deverão apresentar, sem demora, um
pulação deve ter conhecimentos e competências relatório de tal acto à autoridade local apropriada
relativas a todos os elementos pertinentes do e à Autoridade do Estado do operador.
programa de formação. PARTE H (H): Planos de Voo ATC
(b) Os programas de formação referidos no parágrafo 10.280 (H) Submissão de Planos de Voo ATC
anterior devem incluir técnicas preventivas (a) Ninguém deve descolar uma aeronave numa
relacionadas com determinados riscos de inter- operação de transporte aéreo comercial em
ferência ilícita e sabotagem, que eventualmente helicóptero, a menos que tenha sido preenchido
ocorram quando do transporte de passageiros e e depositado um plano de voo ATS ou de outra
acondicionamento de bagagem, carga, correio e forma autorizado pela Autoridade
outros equipamentos, susceptíveis de ser trans- (b) A informação relacionada com um voo ou parte(s)
portados a bordo do helicóptero. de um voo pretendido deve ser fornecida aos
10.273 (H) Lista de Verificação dos Procedimentos de órgãos dos serviços de tráfego aéreo sob a forma
Busca no Helicóptero de plano de voo.
(a) O operador deverá assegurar-se de que existe a (c) Antes de iniciar a operação, o piloto deve preen-
bordo uma lista de verificação dos procedimen- cher um plano de voo VFR ou IFR, conforme
tos a seguir, quando se tratar de procurar uma apropriado para:
bomba ou um engenho explosivo improvisado, (1) Todos os voos ou partes de um voo, aos quais
em caso de suspeita de sabotagem e para efeitos seja prestado serviço de controlo do trá-
de inspecção do avião em busca de armas dissi- fego aéreo;
muladas, explosivos ou outros artigos perigosos, (2) Todos os voos IFR que operem no interior de
sempre que exista uma suspeita bem fundamen- espaços aéreos controlados;
tada de que o helicóptero pode ser objecto de um (3) Todos os voos efectuados em áreas ou ao
acto de interferência ilícita. A lista de verificação longo de rotas onde tal procedimento for
deve ser acompanhada de orientações sobre a estabelecido pela Autoridade apropriada,
actuação adequada a adoptar quando for detec- para facilitar a prestação dos serviços de
tada uma bomba ou um objecto suspeito, assim informação de voo, de alerta e de busca e
como de informações sobre a localização de salvamento;
menor risco da bomba no helicóptero em causa, (4) Todos os voos efectuados em áreas ou ao
quando fornecidas pelo titular do Certificado de longo de rotas onde tal procedimento for
Tipo. estabelecido pela Autoridade apropriada,
10.275 (H) Lista de Verificação do Procedimento de para facilitar a coordenação com as uni-
Bomba a Bordo de Um Helicóptero dades militares ou com os órgãos ATS
(a) O PIC deve assegurar-se que exista a bordo do dos Estados adjacentes com objectivo de
helicóptero de uma lista de verificação (che- evitar a possibilidade da necessidade de
cklist) dos procedimentos a serem implementa- intercepção para fins de identificação; e
dos durante a revista do helicóptero para busca (5) Todos os voos cuja operação cruze fronteiras
de bombas ou explosivos no caso de suspeita de internacionais.
sabotagem e para inspecção da aeronave para (d) Antes da partida ou durante o voo, o PIC deve
detecção de armas, explosivos ou outros artefac- submeter o plano de voo aos órgãos ATS apro-
tos perigosos escondidos a bordo, sempre que priados, a menos que tenham sido previamente
existirem razões para suspeitar que o helicóptero feitos arranjos para a submissão de planos de
possa ser alvo de um acto de interferência ilícita. voo repetitivos.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(445)
(e) A menos que tenha sido estabelecido de maneira bustível disponível, manter o cumprimento das
diferente pela Autoridade, o piloto deve subme- exigências relativas à quantidade mínima de
ter o plano de voo ao órgão ATS apropriado: combustível a bordo, tal possibilidade deve ser
(1) Com um antecedência mínima de 60 minutos comunicada ao órgão ATS apropriado, quando
antes da hora estimada do início da rola- do depósito do plano de voo ATC.
gem; ou Nota: Este procedimento visa facilitar a obtenção de uma
(2) Se submetido durante o voo, com uma nova autorização para o novo destino, caso este se situe para
antecedência que permita garantir a sua além do aeródromo planeado como destino.
recepção pelo órgão ATS apropriado pelo (b) O detentor de um AOC deve submeter à aprovação
menos 10 minutos antes da hora estimada da Autoridade todas as previsões de alteração
em que a aeronave: previamente planeadas, de acordo com o NTA
(i) Sobrevoe o ponto de entrada para a 12 dos RSAA.
região de controlo ou espaço aéreo 10.287 (H) Alterações ao Plano de Voo
designado; (a) Sempre que ocorrer uma alteração a um plano de
(ii) Sobrevoe o ponto de cruzamento ou voo depositado para um voo VFR controlado ou
de entrada no corredor aéreo ou rota IFR, o piloto deve, logo que possível, reportar as
definida. alterações efectuadas, ao órgão ATS apropriado.
10.283 (H) Conteúdo de Um Plano de Voo (b) Para os voos VFR não ontrolados, o PIC deve,
(a) No preenchimento de um plano de voo IFR ou
logo que praticável, reportar ao órgão ATS apro-
VFR, deve ser incluída a informação na seguinte
priado sobre todas as alterações significativas ao
ordem: plano de voo.
(1) Identificação da aeronave;
(c) Sempre que a informação aos órgãos ATS, relativa
(2) Regras e tipo de voo;
ao número total de pessoas a bordo e à quanti-
(3) Número, tipo de aeronave(s) e categoria de
dade de combustível fornecida antes da partida,
rasto aerodinâmico;
estiver desactualizada no momento da partida, o
(4) Equipamento;
PIC deve efectuar de imediato a sua actualiza-
(5) Aeródromo de partida e alternante(s) (se
ção.
necessário);
10.290 (H) Encerramento dos Planos de Voo
(6) Hora estimada de saída dos calços;
(a) O PIC deve reportar pessoalmente, via rádio ou por
(7) Velocidade(s) de cruzeiro;
comunicação de dados, a sua chegada ao órgão
(8) Nível(is) de Cruzeiro;
(9) Rota do voo; ATS apropriado, imediatamente após aterrar no
(10) Aeródromo de destino e alternante(s) (se aeródromo de destino, a menos que tal plano de voo
necessário); seja automaticamente encerrado pelos procedimen-
(11) Autonomia; tos locais aplicáveis.
(12) Número total de pessoas à bordo; (b) Sempre que tiver sido submetido um plano de
(13) Equipamento de emergência e de salva- voo para um trajecto do voo que não inclua o
mento; e aeródromo de destino, o piloto deve encerrar o
(14) Outras informações. plano de voo junto da estação ATS apropriada,
(b) Não obstante o propósito para o qual é subme- durante a rota.
tido, o plano de voo deve conter a informação, (c) Sempre que no aeródromo de chegada não exis-
conforme aplicável, sobre os elementos acima tam órgãos ATS, o piloto deve logo que possível
listados de 1 a 10 (aeródromo(s) alternante(s)) após a sua aterragem e pelos meios mais rápidos
em relação a totalidade da rota ou as porções disponíveis, contactar o órgão ATS mais pró-
para as quais o plano de voo for submetido. ximo para encerrar o plano de voo.
(c) Deve adicionalmente conter informação, con- (d) Sempre que se tiver conhecimento de que as
forme aplicável, sobre todos os outros elementos facilidades nas comunicações no aeródromo
prescritos pela Autoridade ou julgados necessá- de chegada são inadequadas e não for possível
rios pela pessoa que submete o referido plano implementar em terra quaisquer sistema alterna-
de voo. tivo para o tratamento dos reportes de chegada,
10.285 (H) Reautorizações Planeadas devem ser tomadas as seguintes acções:
(a) Se durante o planeamento de um voo for deter- (1) Imediatamente antes da aterragem o piloto
minada a possibilidade do voo ter de mudar deve, se praticável, transmitir para o órgão
de destino e em função da quantidade de com- apropriado dos serviços de tráfego aéreo,
(446)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(3) Características da morfologia do terreno (ex. (4) Ser facilmente acessível a partir dos postos
variações bruscas de altitude); de tripulantes de cabina exigidos pró-
(4) Condições meteorológicas desfavoráveis ximos de cada saída ou par de saídas de
não previstas (turbulência, correntes de ar, emergência;
etc.). (5) Possuir um sistema de alerta que inclua
(5) Falta de precisão das cartas aeronáuticas uti- sinais auditivos ou visuais, passível de ser
lizadas na navegação; utilizado pelos membros da tripulação de
(6) Restrições do espaço aéreo. voo para alertar a tripulação de cabina e
10.305 (H) Previsões e Reportes Meteorológicos vice-versa;
(a) Antes de iniciar um voo em helicóptero, o PIC (6) Possuir meios que permitam que a pessoa
deve estar familiarizado com toda a informação que recebe a chamada possa determinar se
disponível, incluindo a informação meteoroló- trata de uma chamada normal ou de uma
gica apropriada para o voo pretendido. chamada de emergência.
(b) Durante a preparação de um voo a ser realizado 10.313 (H) Heliportos Alternantes de Partida em
para além da vizinhança do aeródromo de par- Transporte Aéreo de Helicóptero
tida e para todos os voos IFR, o PIC deve incluir: (a) Ninguém deve iniciar um voo sem especificar um
(1) Um estudo minucioso dos reportes e previ- alternante adequado à descolagem, para os casos
sões meteorológicas disponíveis tendo em em que não for possível regressar e aterrar no
conta as exigências da rota a ser voada; e aeródromo ou heliporto de partida.
(2) A planificação de acções alternativas a serem (b) Em operações com helicópteros bimotores, um opera-
tomadas na eventualidade do voo não dor aéreo deve assegurar-se que ao ser seleccionado
poder ser concluído como planificado, um alternante à descolagem, todos os cálculos são
devido às condições meteorológicas. baseados na velocidade de cruzeiro com um motor
10.307 (H) Limitações Meteorológicas para Voos VFR inoperativo de acordo com o Manual de Voo do
(a) Exceptuando os voos locais devidamente autori- Helicóptero (RFM), em condições de vento calmo
zados em condições VMC, ninguém deve iniciar e o peso da aeronave no momento da descolagem.
um voo operado de acordo com a regra VFR, a (c) O operador deve estabelecer os procedimentos de
menos que os reportes e previsões meteorológi- escolha dos aeródromos ou heliportos a utilizar
cas actualizadas e disponíveis, indiquem que no para partida, destino e alternante, de forma a garan-
momento do voo, as condições meteorológicas tir que apenas sejam utilizados aqueles que forem
ao longo de toda rota ou da(s) parte(s) da rota adequados ao tipo de aeronave e da operação em
voada(s) em condições de voo VFR serão apro- causa.
priadas à realização do voo e ao cumprimento (d) No plano de voo operacional, o operador escolhe e
das regras VFR aplicáveis. especifica um ou dois aeródromos ou heliportos
10.310 (H) Sistema de Interfonia para Tripulantes alternantes ao de descolagem para poder aterrar se,
(a) Um operador não deve operar um helicóptero por razões meteorológicas ou de performance da
que transporte outros tripulantes para além dos aeronave, esta não puder regressar ao aeródromo
tripulantes de voo, excepto se o helicóptero esti- ou heliporto de partida.
ver equipado com um sistema de interfonia para (e) Num plano de voo IFR e no caso da previsão mete-
tripulantes. orológica ser inferior ao mínimo de operação do
(b) O sistema de interfonia para tripulantes exigido heliporto de destino, o piloto comandante deve
nesta alínea deve: seleccionar dois heliportos alternantes. As condi-
(1) Funcionar independentemente do sistema de ções do primeiro heliporto alternante deverão ser
informações aos passageiros, excepto no iguais ou superiores ao mínimo de operação do
que diz respeito a microfones, auscultado- heliporto de destino, de igual modo, as condições
res, selectores e dispositivos sinalizadores; do segundo alternante, devem iguais ou estar acima
(2) Permitir a comunicação bilateral entre o do mínimo de operação do heliporto alternante.
compartimento da tripulação de voo e (f) Para cada voo IFR o operador escolhe pelo menos um
cada posto de tripulante; aeródromo ou heliporto alternante, salvo disposição
(3) Ser facilmente acessível a partir do posto de em contrário, desde que sejam cumpridos os míni-
cada um dos tripulantes exigidos no com- mos de planeamento para voos IFR estabelecidos.
partimento da tripulação de voo e no que (g) Ao ser seleccionado um alternante à descolagem,
diz respeito à tripulação de cabina; deve ser assumido que à hora prevista da chegada,
(448)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
as condições são iguais ou superiores ao mínimo da mação por instrumentos aprovado para
operação do heliporto. aquele heliporto; e
(h) Os mínimos de operação dos aeródromos e heli- (2) A visibilidade seja pelo menos 1,5 km
portos de partida, destino ou alternante são esta- superior ao valor mínimo associado ao
belecidos pelo operador, utilizando um método procedimento.
aceite pelo INAVIC. (b)Inexistência de um Procedimento de Aproximação
(i) O piloto comandante pode aceitar uma autorização por Instrumentos disponível. Ninguém deve
dada pelo serviço de controlo de tráfego aéreo iniciar um voo IFR sem seleccionar e indicar no
apropriado para se desviar de um procedimento plano de voo um aeródromo alternante, a menos
estabelecido de chegada ou de partida, tendo em que a informação meteorológica actualizada
conta as condições da operação e o disposto na disponível indicar que no período compreendido
regulamentação em vigor. entre duas horas antes até duas horas depois da
10.315 (H) Isenção de Selecção de Um Heliporto hora estimada de chegada do helicóptero, as
Alternante de Destino, em Voos IFR condições atmosféricas prevalecentes no aeró-
dromo de destino que não possua aprovado um
(a) Ninguém deve iniciar um voo de helicóptero em
procedimento de aproximação por instrumentos
condições IFR, sem especificar um heliporto
serão tais que:
alternante ao destino, a menos que:
(1) A duração do voo e previsões disponíveis e
(1) O tecto de nuvens se situe a pelo menos 300 m
actualizadas indiquem que as condições
(1000 pés) acima da altitude mínima em rota
meteorológicas prevalecentes no heliporto
num raio de 10 km ao redor do heliporto; e
alternante, à hora estimada de chegada ou
(2) Visibilidade no heliporto seja igual ou supe-
no período compreendido entre duas horas
rior a 8 km.
antes e duas horas depois da hora estimada Nota: Os mínimos aplicáveis em operações para heliportos
de chegada, serão iguais ou superiores aos encontra-se no NTA 10.540 (H), e apêndice 1 ao 10.540 (H).
mínimos publicados, e uma aproximação 10.320 (H) Critérios de Selecção de Um Heliporto
e aterragem possa ser efectuada em con- Alternante, em Voos IFR
dições meteorológicas de visibilidade (a) Ao seleccionar um heliporto como heliporto
(VMC). alternante ao destino, a indicação é de que, à
(2) O heliporto de destino estiver isolado e não
hora estimada de chegada do helicóptero, as
existir disponível um heliporto alternante,
condições prevalecentes sejam iguais ou acima
mas nestes casos o ponto de não retorno
do valor mínimo de operação do heliporto.
deve ser calculado e incluído na casa de
(b) Sempre que não forem publicados mínimos de
observações do plano de voo.
operação aplicáveis para o alternante, e se não
10.317 (H) Requisitos de Selecção de Um Heliporto
existir publicada qualquer proibição à utilização
Alternante de Destino, em Voos IFR
de tal heliporto como alternante IFR, o PIC deve
(a) Existência de um Procedimento de Aproximação
assegurar-se de que à hora estimada de chegada,
por Instrumentos disponível - Ninguém deve ini-
as condições meteorológicas prevalecentes no
ciar um voo IFR em helicóptero sem seleccionar
alternante sejam iguais ou superiores ao mínimo
e indicar no plano de voo ATC e no plano de voo
de operação do heliporto:
operacional, um aeródromo alternante, a menos
(1) Para aeródromos ou heliportos servidos por
que a informação meteorológica actualizada procedimentos de aproximação de pre-
disponível indicar que no período mais curto, cisão, o tecto de nuvens se situe a pelo
compreendido entre duas horas antes até duas menos (180 m) 600 pés de altitude, e a
horas depois da hora estimada de chegada do visibilidade não seja inferior a 3 km; ou
helicóptero, ou duas horas após a descolagem, (2) Para aeródromos servidos por procedimentos
as condições atmosféricas prevalecentes no heli- de aproximação de não-precisão, o tecto
porto de destino servido por um procedimento de nuvens se situe a pelo menos (240 m)
de aproximação por instrumentos aprovado 800 pés de altitude, e a visibilidade seja
sejam tais que: igual ou superior a 3 Km.
(1) O tecto de nuvens se situe a pelo menos 120 (c) Em operações do transporte aéreo comercial em
m (400 pés) acima da altitude mínima helicópteros, o PIC deve assegurar-se de que no
associada ao procedimento de aproxi- período compreendido entre uma hora antes e
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(449)
uma hora depois da hora estimada de chegada, os 10.325 (H) Planeamento do Combustível e Factores
reportes ou previsões meteorológicas indiquem de Contingência
que as condições atmosféricas prevalecentes no (a) Ninguém deve iniciar um voo, a menos que tenha
aeródromo alternante sejam: sido tomada em consideração a quantidade de
(1) Para aproximações de Categoria II e III, combustível necessária para assegurar a con-
iguais ou superiores aos mínimos publica- clusão segura do voo, adicionada das reservas
dos para a Categoria I; apropriadas para fazer face a quaisquer contin-
(2) Para aproximações de Categoria I, iguais ou gências.
superiores aos mínimos publicados para o (b) No cálculo das necessidades mínimas de combus-
procedimento de não precisão; tível, o piloto comandante deve assegurar-se que
(3) Para aproximações de não precisão, pelo o helicóptero transporte combustível adicional
menos 150 m (500 pés) acima dos míni- para um eventual aumento do consumo resul-
mos publicados para o procedimento de tante de:
não precisão; (1) Ventos previstos ou outras condições
(4) Para aproximações de circuito, pelo menos meteorológicas;
iguais aos mínimos publicados para as (2) Possíveis alterações nas rotas ATS;
aproximações em circuito. (3) Atrasos previstos devido ao tráfego;
Nota: Os mínimos aplicáveis em operações para heliportos (4) Realização completa do procedimento de
encontra-se no NTA 10.540 (H), e apêndice 1 ao 10.540 (H). aproximação por instrumentos com apro-
10.323 (H) Selecção de Um Heliporto Alternante ximação falhada no destino;
Marítimo, em Voos IFR (5) Perda de um motor em rota; e
(a) Ao ser escolhido um heliporto alternante locali- (6) Quaisquer outras condições que possam atra-
sar a aterragem do helicóptero ou aumentar
zado no mar (offshore), deverá ser considerado
o consumo de combustível.
o seguinte:
10.327 (H) Quantidade Mínima de Combustível para
(1) Os heliportos alternantes localizados no mar,
Voos VFR em Helicóptero
só deverão ser utilizados, após ter sido
(a) Ninguém deve iniciar o voo de um helicóptero
atingido e ultrapassado o PNR. Antes de
sob regra VFR, a menos que (considerando o
atingir este ponto, o alternante seleccio-
vento, previsões das condições meteorológicas e
nado, deverá localizar-se em terra.
contingências) possua a bordo combustível sufi-
(2) Avaliação da fiabilidade mecânica, sistemas
ciente para voar até ao primeiro ponto planeado
de controlo e componentes instalados no
para a aterragem, e:
helicóptero;
(1) A partir daí, voar durante pelo menos 20 minu-
(3) Em helicópteros bimotor, ser assegurada
tos à velocidade normal de cruzeiro; e
a capacidade de prosseguir o voo com
(2) Voar por um período adicional de 10% do
um motor inoperativo, até ao heliporto
tempo total calculado de voo; e
alternante;
(3) Uma reserva adicional mínima para as con-
(4) Disponibilidade do heliporto alternante à tingências especificadas pelo operador,
hora prevista da chegada; aceitáveis pela Autoridade.
(5) Informação meteorológica fiável, precisa e 10.330 (H) Quantidade Mínima de Combustível para Voos
actualizada. IFR em Helicóptero
(b) A técnica requerida para aterragens de emergên- (a) Ninguém deve iniciar um voo sob condições IFR,
cia, sobretudo em casos de falha mecânica do a menos que o helicóptero tenha sido abastecido
sistema de controlo, inviabiliza uma aterragem com combustível suficiente, tendo em conta os
de emergência segura, em plataformas maríti- reportes e previsões meteorológicas e as contin-
mas. gências de voo, que a permitam:
(c) Sempre que haja reserva suficiente de combustí- (1) Voar até ao primeiro ponto planeado para a
vel, em alternativa a um heliporto localizado no aterragem e executar um procedimento de
mar, deverá ser seleccionado um alternante em aproximação por instrumentos;
terra. (2) Se necessário, voar desde o aeródromo de
(d) Heliportos em plataformas localizadas em destino para o aeródromo alternante.
ambientes hostis, não devem ser seleccionados (3) Adicionalmente, a reserva mínima de com-
como heliportos alternantes. bustível transportado, quando requerido
(450)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(3) «Massa operacional em vazio», a massa (2) O operador deve assegurar que o carrega-
total do helicóptero pronto para um tipo mento da carga comercial seja consistente
de operação específico, excluindo todo com os valores utilizados para calcular a
o combustível utilizável e a massa de massa e centragem do helicóptero;
tráfego. (3) O operador deve respeitar os limites estru-
(4) «Massa máxima à descolagem», a massa turais adicionais, tais como as limitações
máxima total autorizada do helicóptero à da capacidade de carga do chão, a carga
descolagem. máxima por metro linear, a massa máxima
(5) «Massa de tráfego», a massa total de pas- por compartimento de carga e ou os limi-
sageiros, bagagem e carga, incluindo tes máximos por cadeira;
bagagem de mão. (4) O operador deve ter em conta as altera-
(j) Classificação de passageiros: ções à carga durante o voo (por exemplo
(1) Adultos, homens e mulheres são definidos operações de transporte comercial com
como pessoas com 12 anos de idade ou guincho).
mais; 10.337 (H) Limitações e Performance em Operações
(2) Crianças são definidas como pessoas com 2 anos de Helicóptero
de idade ou mais, mas menos de 12 anos; (a) A determinação da performance de um helicóptero
(3) Bebés são definidos como crianças com deve ser sempre feita com base no código deta-
menos de 2 anos de idade. lhado e abrangente de performance adoptado e/
(k) Carregamento, massa e centragem - O operador ou validado pela Autoridade do País de registo
deve especificar no MOV os princípios e méto- da aeronave.
dos aplicados no carregamento e no sistema (b) Ninguém deve iniciar um voo, a menos que os
de massa e centragem, que estejam em confor- cálculos da performance num helicóptero, em
midade com os requisitos Regulamentares e todas as fases do voo indiquem que o voo pode
referido no Apêndice 1 ao 10.333 (H). Este sis- ser efectuado com segurança e em conformidade
tema deve abranger todos os tipos de operação com as limitações de performance estabelecidas
previstos. no projecto da aeronave para o(s) tipo(s) de ope-
10.335 (H) Documentos de Massa e Centragem ração previsto(s), tendo em conta as condições
(a) Antes de qualquer voo, o operador deve preen- previstas de voo.
Nota: Na aplicação dos dados de performance, o pessoal
cher os documentos de massa e centragem
envolvido nos cálculos de performance deve ter em conta a
especificando a carga e a sua distribuição. Tal
configuração do helicóptero, as condições meteorológicas e
documentação deve permitir ao comandante
a operação de qualquer sistema ou sistemas que possam ter
determinar se a carga e a respectiva distribuição
efeitos adversos na sua performance.
não excedem os limites de massa e centragem do
(c) Ninguém deve iniciar um voo, tendo em conta a
helicóptero, conforme referido no Apêndice 1 ao
massa do helicóptero e considerando a operação
10.335(H). A identidade da pessoa responsável normal do(s) motor(es), caso não seja garantido
pela preparação dos documentos de massa e que transponha com segurança os obstáculos
centragem deve constar no documento. A pessoa encontrados em todas as fases do voo, ao longo
que supervisiona o carregamento do helicóptero da rota planeada.
deve confirmar, através da assinatura, que a (d) Ninguém deve iniciar um voo, a menos que se
carga e a respectiva distribuição estão confor- tenha certificado de que o massa máxima permi-
mes com os documentos de massa e centragem. tida para o voo, não exceda as massas máximas
Estes documentos devem ser aceitáveis para o certificadas à descolagem e/ou aterragem, quais-
comandante, que deve confirmar a sua aceitação quer limitações de performance aplicáveis em
através de um endosso ou equivalente. rota, ou as limitações na distância de aterragem
(b) O operador deve especificar os procedimentos a tendo em conta:
adoptar em caso de alterações de última hora à (1) As condições das áreas de descolagem e ater-
carga. ragem a serem utilizadas;
(c) Carregamento do helicóptero: (2) Limitações operacionais do heliporto a ser
(1) O operador deve assegurar que o carrega- utilizado e da área circundante do mesmo;
mento dos seus helicópteros seja efectuado (3) A altitude de pressão;
sob supervisão de pessoal qualificado; (4) A temperatura ambiente;
(452)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(5) Os ventos previstos e prevalecentes; e (l) Qualquer que seja a classe de performance aplicável,
(6) Quaisquer condições conhecidas, tais como as sempre que o INAVIC considere que as informa-
atmosféricas, configuração do helicóptero, ções de performance incluídas no manual de voo
altitude de densidade, que possam afectar de da aeronave são insuficientes, o operador deve
forma significativa a sua performance; complementá-las, de forma adequada, com outros
(7) Instalação de um sistema de emergência que elementos aprovados pelo INAVIC.
permita sobrevoar todos os obstáculos por 10.340 (H) Operações de Helicóptero em Ambiente
baixo da trajectória de voo, em segurança, Hostil Fora de Uma Área Congestionada
em caso de falha reconhecida da unidade (a) Aprovação — Um operador que pretenda realizar
de potência crítica, no ou após o CDP. operações ao abrigo deste apêndice deverá obter
(e) Os factores referidos no número anterior devem a aprovação prévia da Autoridade. Tal aprova-
ser directamente considerados como parâmetros ção deve especificar:
operacionais ou indirectamente considerados (1) O tipo de helicóptero; e
através de medidas de tolerância ou margens, as (2) O tipo de operação.
quais devem constar de tabelas de performance (b) Aplicabilidade — Este parágrafo aplica-se apenas
ou do respectivo manual de voo aprovado. a helicópteros propulsionados por turbinas que
(f) Para as operações de transporte aéreo comercial, operam sobre um ambiente hostil situado fora de
ninguém deve iniciar um voo, a menos que os uma área congestionada onde foi demonstrado
cálculos de performance tenham sido efectuados que as limitações do helicóptero, ou outras
por pessoas devidamente qualificadas e estejam razões justificáveis, impedem a aplicação dos
em conformidade com as exigências adicionais critérios de performance apropriados.
de performance estabelecidas no NTA 17 dos (c) Classe de performance 2 — isenções — Os heli-
RSAA. cópteros que operam na classe de performance
(g) Os Operadores Aéreos devem emitir “Instruções 2 sobre um ambiente hostil situado fora de uma
Operacionais” e fornecer ao Piloto Comandante área congestionada e com uma configura-
informação da Performance à descolagem, com ção máxima aprovada de nove lugares de
todos os motores em operação dos helicópteros passageiros ou menos estão isentos dos
incluídos no seu COA, com vista a que o mesmo seguintes requisitos referidos em 10.345
possa determinar a “performance” resultante (H) c) 2) i) e 10.345 (H) f) 2) b).
das condições e técnicas de descolagem. Esta (d) Classe de performance 3 — isenções — Os heli-
informação deve ser incluída no Manual de cópteros que operam em classe de performance
Operações de Voo. 3 sobre um ambiente hostil situado fora de uma
(h) O operador deve assegurar que helicópteros com área congestionada e com uma configuração
uma configuração máxima aprovada superior máxima aprovada de seis lugares de passageiros
a 19 lugares de passageiros ou helicópteros ou menos estão isentos do requisito constante
que operem de/para heliportos situados num em 10.347 (H) (d) (2).
ambiente hostil congestionado são operados em (e) Operação — O MOV deve estabelecer os proce-
classe de performance 1. dimentos específicos a seguir em caso de falha
(i) Um operador deve assegurar que helicópteros com de uma unidade de potência durante a descola-
uma configuração máxima aprovada de 19 ou gem e a aterragem.
menos lugares de passageiros, mas superior a 9, (f) Oxigénio suplementar para helicópteros não
são operados de acordo em classe de performance pressurizados — Podem ser realizadas ope-
1 ou 2. rações com helicópteros não pressurizados em
(j) Excepto se diversamente estipulado pela alínea a), altitudes pressão superiores a 10 000 pés sem
o operador deve assegurar que helicópteros com equipamentos de oxigénio suplementar capazes
uma configuração máxima aprovada de nove ou de armazenar e fornecer o abastecimento de
menos lugares de passageiros podem ser opera- oxigénio exigido, desde que a altitude da cabina
dos em classe de performance 1, 2 ou 3. não exceda os 10 000 pés durante mais de trinta
(k) Caso não seja assegurado que o helicóptero minutos, e nunca exceda uma altitude pressão de
prossiga o voo, na sequência de uma falha da 13 000 pés.
unidade de potência, deve ser tomada em linha 10.343 (H) Descolagem, Voo em Rota e Aterragem, em
de conta a possibilidade de ser efectuada uma Operações de Performance de Classe 1em Helicóptero
aterragem forçada segura. (a) Descolagem — O operador deve assegurar que:
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(453)
(1) A massa máxima à descolagem não ultrapasse ridade pode aprovar componentes de
a massa máxima à descolagem especifi- vento específicas para um local.).
cada na secção categoria de performance A (5) A parte da descolagem até e incluindo o TDP
do manual de voo do helicóptero relativa- deve ser efectuada à vista da superfície
mente à altitude de pressão e à temperatura para que possa ser efectuada uma inter-
ambiente no heliporto de partida; rupção de descolagem.
(2) Relativamente a heliportos não elevados, a (b) Trajectória de voo à descolagem — O operador
massa à descolagem permita que: deve assegurar, assumindo que a falha da uni-
(i) A distância exigida para a interrupção dade de potência crítica tenha sido constatada no
da descolagem não exceda a distância TPD:
disponível para a interrupção da des- (1) Que a trajectória de voo à descolagem com
colagem; e a unidade de potência crítica inoperativa
(ii) A distância exigida para descolagem mantenha uma margem de distância ver-
não exceda a distância disponível para tical a todos os obstáculos não inferior a
descolagem; 10,7 m (35 pés) em VFR e pelo menos 35
(3) Relativamente a heliportos elevados e pés mais 0,01 DR em IFR.
heliportos flutuantes, que a massa à des- (2) Sempre que seja feita uma mudança de rumo
colagem não exceda a massa máxima à de mais de 15º, os requisitos de separação
descolagem especificada no manual de vertical aos obstáculos são aumentados
voo do helicóptero para o procedimento em 5 m (15 pés) do ponto em que tem iní-
de descolagem que está a ser usado, e que cio a volta.
o helicóptero possa: (3) Esta volta não deve ter início antes de ser
(i) Em caso de falha reconhecida da uni- atingida uma altura de 30 m (100 pés)
acima da superfície de descolagem.
dade de potência crítica no ou antes do
(4) No cumprimento do disposto na alínea (a)
ponto de decisão de descolagem TDP,
(1), devem ser tidos em conta os seguintes
rejeitar a descolagem e aterragem no
parâmetros no heliporto de partida:
heliporto elevado ou heliporto flutu-
(i) A massa do helicóptero no início da
ante; e
descolagem;
(ii) Em caso de falha reconhecida da uni-
(ii) A altitude de pressão;
dade de potência crítica no ou após o
(iii) A temperatura ambiente; e
TDP, continuar a descolagem, sobre-
(iv) Não mais de 50% da componente
voar o heliporto elevado ou o heliporto
de vento de frente indicada na altura
flutuante e em seguida sobrevoar todos
do planeamento ou, se essa informa-
os obstáculos por baixo da trajectória ção não estiver disponível, não menos
de voo do helicóptero com uma mar- de 150% da componente de vento de
gem vertical de pelo menos 35 pés até cauda indicada. A autoridade pode
ao fim da distância exigida para desco- aprovar componentes de vento especí-
lagem. A autoridade pode especificar ficas para um local.
margens de separação aos obstáculos (c) Em rota — Com uma unidade de potência crítica
superiores a 35 pés num determinado inoperativa, o operador deve assegurar que:
heliporto. (1) A trajectória de voo em rota com a unidade
(4) No cumprimento do disposto na alínea (e) de potência crítica inoperativa, apropriada
(1), devem ser tidos em conta os seguintes às condições meteorológicas previstas
parâmetros no heliporto de partida: para o voo, cumpre o disposto na suba-
(i) A altitude de pressão; línea 2) ou na subalínea 3) em todos os
(ii) A temperatura ambiente; pontos da rota;
(iii) Os procedimentos de descolagem a (2) Quando está previsto que a qualquer momento
serem usados; e do voo, e sem contacto visual com a superfí-
(iv) Não mais de 50% da componente de cie, a massa do helicóptero possibilite uma
vento de frente indicada ou, se essa razão de subida de pelo menos 50 pés/minuto
informação não estiver disponível, com a unidade de potência crítica inoperativa
não menos de 150% da componente a uma altura de pelo menos 300 m (1000
de vento de cauda indicada. (A auto- pés) [600 m (2000 pés) em zonas de terreno
(454)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
10.345 (H) Descolagem, Voo em Rota e Aterragem, em com uma aprovação para operar com tempo de exposição
Operações de Performance de Classe 2 em Helicóptero (parágrafo (b):
(a) O operador deve assegurar que Helicópteros que (i) A massa à descolagem não ultrapassa a
operem na performance de classe 2 sejam certifi- massa máxima à descolagem especifi-
cados na categoria A e, não sendo realizadas nas cada para o procedimento de descolagem
condições descritas no parágrafo (b) seguinte, que está a ser usado e permite que o heli-
não sejam realizadas de/para heliportos elevados cóptero possa:
ou heliportos flutuantes: i. Caso a falha da unidade de potência crí-
(1) De noite; ou tica venha a ser constatada entre o fim do
(2) Quando estão situados num ambiente hostil. tempo de exposição e o DPATO, efectuar
(b) Operações na performance de classe 2 de/para heli- uma aterragem forçada segura no heli-
portos elevados num ambiente não hostil ou num porto ou na superfície; e
ambiente hostil não congestionado podem ser efec- ii. Caso a falha da unidade de potên-
tuadas com um tempo de exposição a uma falha de cia crítica venha a ser constatada no
uma unidade de potência durante a descolagem ou momento ou antes do ponto definido
aterragem desde que o operador tenha operações depois do DPATO, prosseguir voo;
na performance de classe 2 de/para heliportos ele-
vados num ambiente hostil não congestionado (ii) A parte da descolagem entre o fim do
ou em heliportos flutuantes não aprovadas nos tempo de exposição e o DPATO é con-
termos da alínea a) desde que sejam efectuadas duzida somente sobre uma superfície
de acordo com os procedimentos aprovados pela que permite uma aterragem forçada
autoridade. segura, no caso de falha de unidade de
(c) Descolagem — O operador deve assegurar que potência crítica;
a massa à descolagem não ultrapassa a massa (iii) Caso a falha da unidade de potên-
máxima especificada para uma razão de subida cia crítica ocorra durante o tempo de
de 150 pés/minuto a 300 m (1000 pés) acima exposição, uma aterragem forçada
do nível do heliporto com a unidade de potên- segura pode não ser possível.
cia crítica inoperativa e as demais unidades de (3) Relativamente a operações em heliportos flutu-
potência a operar a um regime apropriado. antes ou heliportos elevados num ambiente
(1) Relativamente a operações sem aprovação hostil não congestionado, com uma apro-
para operar com um tempo de exposição: vação para operar com tempo de exposição
(i) A massa à descolagem não ultrapassa (parágrafo (b)):
a massa máxima especificada para o (i) A massa à descolagem não ultrapassa
procedimento de descolagem que está a massa máxima à descolagem espe-
a ser usado e permite que o helicóp- cificada para o procedimento que está
tero possa: a ser realizado e permite, caso a falha
i.Caso a falha da unidade de potência crí- da unidade de potência crítica venha
tica venha a ser constatada na altura ou a ser constatada após o fim do tempo
antes do ponto definido após a descola- de exposição, que o helicóptero possa
gem (DPATO), efectuar uma aterragem continuar o voo;
forçada segura no heliporto ou na super- (ii) Caso a falha da unidade de potên-
fície; e cia crítica ocorra durante o tempo de
ii.Caso a falha da unidade de potência crí- exposição, pode não ser possível uma
tica venha a ser constatada depois do aterragem forçada segura.
DPATO, prosseguir voo; (4) No cumprimento das disposições constan-
(ii) A parte da descolagem durante a qual tes da alínea (c), devem ser tidos em conta
uma falha da unidade de potência os seguintes parâmetros no heliporto de
crítica pode conduzir a uma aterra- partida:
gem forçada só é realizada sobre uma (i) A altitude de pressão;
superfície que permita uma aterragem (ii) A temperatura ambiente;
forçada em segurança no caso de falha (iii) O procedimento de descolagem a ser
de uma unidade de potência. utilizado; e
(2) Relativamente a operações em heliportos flutuantes (iv) Não mais de 50% da componente de
ou heliportos elevados situados num ambiente não hostil vento de frente indicada ou, se essa
(456)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
informação não estiver disponível, (1) Quando está previsto que o voo seja realizado
não menos de 150% da componente em qualquer momento e sem contacto visual
de vento de cauda indicada. com a superfície, a massa do helicóptero pos-
(v) A parte da descolagem antes ou no sibilite uma razão de subida de pelo menos
momento do DPATO será efectuada à 50 pés/minuto com a unidade de potên-
vista da superfície. cia crítica inoperativa a uma altura de pelo
(d) Trajectória de voo à descolagem — O operador menos 300 m (1000 pés) [600 m (2000 pés)
deve assegurar que, após o DPATO: em zonas de terreno montanhoso] acima de
(1) A trajectória de descolagem com a unidade todos os obstáculos a 18,5 km (10 nm) em
de potência crítica inoperativa mantenha ambos os lados da rota pretendida. Quando
uma margem de distância vertical de todos está previsto o voo ser efectuado em VMC
os obstáculos não inferior a 10,7 m (35 e à vista da superfície, o mesmo requisito
pés) em VFR e pelo menos 35 pés mais
aplica-se, excepto que só precisam de ser
0.01DR em IFR. O obstáculo não precisa
tidos em conta os obstáculos a 900 m em
de ser tido em conta quando a sua margem
ambos os lados da rota;
de distância lateral do ponto mais próximo
(2) A trajectória de voo permite que o helicóp-
na superfície por baixo da trajectória de
tero prossiga voo da altitude de cruzeiro
voo pretendida ultrapassa os 30 m ou 1,5
até uma altura de 300 m (1000 pés) acima
vezes o comprimento total do helicóptero,
do heliporto onde é possível realizar uma
a que for maior.
aterragem de acordo com 10.265 (d). A
(2) No cumprimento do disposto na alínea (f),
trajectória de voo mantém uma separa-
Podem não ser considerados os obstáculos
ção vertical de pelo menos 300 m (1000
situados para além de 300 m se ajudas à
pés), (600 m (2000 pés) em zonas de ter-
navegação permitirem navegar com preci-
reno montanhoso) de todos os obstáculos
são, e 900 m nos demais casos;
a 18,5 km (10 nm) em ambos os lados da
(3) Sempre que for feita uma mudança de rumo
rota pretendida. Pressupõe-se uma falha
de mais de 15º, os requisitos de separação
da unidade de potência crítica no ponto
vertical aos obstáculos devem ser aumen-
mais crítico ao longo da rota. Quando está
tados em 5 m (15 pés) a partir do ponto em
que tem início a volta. Esta volta não deve previsto o voo ser efectuado em VMC e
ter início antes de ser atingida uma altura à vista da superfície, o mesmo requisito
de 30 m (100 pés) acima da superfície de aplica-se, excepto que só precisam de ser
descolagem. tidos em conta os obstáculos a 900 m em
(4) No cumprimento do disposto na alínea (f), ambos os lados da rota. Podem ser utiliza-
devem ser tidos em conta os seguintes das técnicas de descida gradual a partir do
parâmetros no heliporto de partida: topo do perfil de voo (driftdown);
(i)A massa do helicóptero no início da (3) Devem ser tidos em conta os efeitos dos ven-
descolagem; tos sobre a trajectória de voo;
(ii) A altitude de pressão; (4) O alijamento de combustível deve ser pla-
(iii) A temperatura ambiente; e neado apenas na medida em que permita
(iv) Não mais de 50% da componente alcançar o heliporto com as reservas de
de vento de frente indicada na altura combustível exigidas e utilizando um pro-
do planeamento ou, se essa informa- cedimento seguro;
ção não estiver disponível, não menos (5) Não está previsto o alijamento de combustí-
de 150% da componente de vento de vel abaixo de 1000 pés acima do solo.
cauda indicada. (6) No cumprimento do disposto neste pará-
(e) Em rota — Com uma unidade de potência crítica grafo, as margens de largura constantes a
inoperativa o operador deve assegurar que a tra- alínea (e), subalíneas 1) e 2), podem ser
jectória de voo em rota com a unidade de potên- reduzidas para 9,3 km (5 nm) desde que
cia crítica inoperativa, apropriada às condições seja possível atingir a precisão de navega-
meteorológicas previstas para o voo, cumpre o ção exigida.
disposto na subalínea 2) ou na subalínea 3) em (f) Aterragem — O operador deve assegurar que a
todos os pontos da rota; massa do helicóptero à aterragem à hora prevista
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(457)
para a aterragem não ultrapassa a massa máxima (4) Se a unidade crítica de potência falhar durante
especificada para uma razão de subida de 150 o tempo de exposição, pode não ser possí-
pés/minuto a 300 m (1000 pés) acima do nível vel uma aterragem forçada segura.
do heliporto com a unidade de potência crítica (5) No caso de operações em heliportos flutu-
inoperativa e as demais unidades de potência a antes ou heliportos elevados situados num
operar com a potência apropriada; ambiente hostil não congestionado, com
(1) Relativamente a operações sem aprovação uma aprovação para operar com tempo de
para operar com um tempo de exposição: exposição, alínea (b):
(i) A massa à descolagem permita, caso a (i) A massa à aterragem permite que, se a
unidade de potência crítica fique ino- unidade de potência crítica se tornar ino-
perativa a qualquer momento durante perativa a qualquer momento durante a
a fase de aproximação e aterragem, fase de aproximação e aterragem até ao
após ter superado todos os obstáculos início do tempo de exposição, o heli-
situados abaixo da trajectória de voo, o cóptero, após ter ultrapassado todos os
helicóptero possa: obstáculos abaixo da trajectória de voo,
i Caso a falha da unidade de potência crí- possa prosseguir o voo;
tica venha a ser constatada antes do (ii) Caso a falha da unidade de potên-
ponto definido antes da aterragem cia crítica ocorra durante o tempo de
(DPBL), prosseguir voo; e exposição, pode não ser possível uma
aterragem forçada segura.
ii Caso a falha da unidade de potên-
(6) No cumprimento do disposto na alínea (d),
cia crítica venha a ser constatada no
são tidos em conta os seguintes parâme-
momento ou depois do DPBL, efec-
tros para o tempo estimado de aterragem
tuar uma aterragem forçada segura no
no heliporto de destino ou em qualquer
heliporto ou na superfície;
alternante, caso seja exigido:
(ii) A parte da aterragem durante a qual
(i) A altitude de pressão;
caso ocorra uma falha de potência que
(ii) A temperatura ambiente;
obrigue a uma aterragem de emer-
(iii) O procedimento de aterragem a ser
gência deve ser executada sobre uma
utilizado;
superfície que permita essa aterragem
(iv) Não mais de 50% da componente de
de uma forma segura.
vento de frente prevista; e
(2) No caso de operações em heliportos flutu-
(v) Qualquer variação prevista na massa
antes ou heliportos elevados situados num
do helicóptero durante o voo.
ambiente não hostil com uma aprovação (vi) A parte da aterragem que vai desde o
para operar com tempo de exposição, alí- DPBL e o ponto de toque deve ser rea-
nea (b). lizada em condições visuais.
(3) A massa à aterragem permite que, se a 10.347 (H) Descolagem, Voo em Rota e Aterragem, Em
unidade de potência crítica se tornar ino- Operações de Performance de Classe 3 em Helicóptero
perativa a qualquer momento durante (a) O operador deve assegurar que os helicópteros
a fase de aproximação e aterragem até operados em classe de performance 3 estejam
ao tempo de exposição, o helicóptero, certificados na categoria A ou na categoria B;
após ter ultrapassado todos os obstáculos (1) As operações só devem ser realizadas de e
abaixo da trajectória de voo, possa: para heliportos e sobre rotas, áreas e des-
(i) Caso a falha da unidade de potência vios situados num ambiente não hostil.
crítica venha a ser constatada antes Podem contudo ser realizadas operações
do ponto definido antes da aterragem num ambiente hostil se estas forem apro-
(DPBL), prosseguir o voo; e vadas pela Autoridade.
(ii) Caso a falha da unidade de potência (2) Não sejam realizadas operações quando
crítica venha a ser constatada entre o o tecto for inferior a 600 pés acima do
DPBL e o início do tempo de exposi- local, ou a visibilidade inferior a 800 m,
ção, efectuar uma aterragem segura no e que sejam sempre realizadas à vista da
heliporto ou na superfície; superfície;
(458)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(3) Após obtida uma autorização da Autoridade, (c) Em rota — O operador deve assegurar que o heli-
é permitido operar helicópteros em per- cóptero é capaz, com todas as unidades de potên-
formance classe 3 em IFR, em condições cia a operar dentro das condições especificadas
IMC, desde que sejam asseguradas as de potência máxima contínua, de prosseguir ao
seguintes condições de segurança: longo da rota pretendida ou para qualquer ponto
(i) Confiança na capacidade dos motores; de diversão planeado, sem nunca vir abaixo da
(ii) Programas de manutenção, procedi- altitude de voo mínima apropriada;
mentos publicados e programas de (1) Em caso de falha da unidade de potência,
treino adequados; o helicóptero possa efectuar uma aterra-
(iii) Equipamentos de bordo e cum- gem forçada segura, excepto quando for
primento de outros requisitos para operado de acordo com os aligeiramen-
efectuar voos IFR tos previstos na alínea (a), subalíneas (1)
(4) Tendo em vista reduzir o risco de uma falha e (3).
mecânica nos helicópteros de performance (e) Aterragem — O operador deve assegurar que a
de classe 3, que operem em condições massa do helicóptero à aterragem à hora prevista
IMC, deve ser implementado um sistema para a aterragem não ultrapasse a massa máxima
que monitorize as vibrações no sistema do à aterragem especificada para um voo estacio-
rotor de cauda. nário com efeito de solo com as unidades de
(5) As operações de e para heliportos elevados potência a operar com potência de descolagem.
Se as condições forem tais que um estacionário
num ambiente não hostil podem ser reali-
com efeito de solo parece improvável, a massa à
zadas com um tempo de exposição a uma
descolagem não deve exceder a massa máxima
falha da unidade de potência durante a
à aterragem especificada para um estacionário
descolagem ou a aterragem desde que o
fora do efeito de solo com todas as unidades de
operador tenha obtido a devida aprovação
potência a operar com potência de descolagem;
da autoridade.
(1) No cumprimento do disposto na alínea a),
(4) Não sejam realizadas operações de e para
devem ser tidos em conta os seguintes
heliportos flutuantes;
parâmetros na hora prevista para ater-
(5) Não sejam realizadas operações nocturnas.
ragem no heliporto de destino ou em
(b) Descolagem — O operador deve assegurar
qualquer alternante, caso seja exigido:
que a massa à descolagem não ultrapasse
(i) A altitude de pressão;
a massa máxima à descolagem especifi-
(ii) A temperatura ambiente;
cada para um estacionário com efeito de
(2) Em caso de falha da unidade de potência,
solo com todas as unidades de potência a o helicóptero seja capaz de efectuar uma
operar com potência de descolagem. Se as aterragem forçada segura, excepto quando
condições forem tais que um estacionário operado de acordo com o aligeiramento
com efeito de solo parece improvável, a previsto na alínea (a), subalíneas (1) e (3).
massa à descolagem não deve ultrapassar 10.350 (H) Autorização, Controlo e Supervisão das
a massa máxima à descolagem especifi- Operações de Transporte Aéreo em Helicóptero
cada para um estacionário fora do efeito (a) Compete ao operador exercer o controlo ope-
de solo com todas as unidades de potên- racional, estabelecer e manter um método de
cia a operar com potência de descolagem; supervisão das operações de voo aprovado pelo
(1) No cumprimento do disposto na alínea (b), INAVIC, nos termos da Regulamentação com-
devem ser tidos em conta os seguintes plementar.
parâmetros no heliporto de partida: (b) Ninguém deve iniciar um voo sob um sistema de
(i) A altitude de pressão; monitorização, a menos que tenha sido emitida a
(ii) A temperatura ambiente; competente autorização de voo por uma pessoa
(2) Em caso de falha da unidade de potência, designada pelo detentor do COA para exercer o
o helicóptero seja capaz de efectuar uma controlo operacional do voo.
aterragem forçada segura, excepto quando (c) Ninguém deve iniciar um voo do transporte aéreo
operado de acordo com o aligeiramento comercial de passageiros para o qual exista
previsto na alínea (a) publicado um horário, a menos que a pessoa
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(459)
designada pelo detentor do COA para exercer efeito, outro operador devidamente certificado,
o controlo operacional do voo tenha emitido a mediante procedimentos aprovados pelo INA-
competente autorização de voo para tal operação VIC.
específica ou série de operações previstas 10.355 (H) Responsabilidades e Atribuições do Oficial
(d) A responsabilidade do controlo operacional de Operações de Voo/Despachante de Voo
somente poderá ser transferida para o PIC, (a) As funções de um oficial de operações de voo/
Oficial de Operações de Voo ou Despacho de Despachante de voo, devem estar incluídas no
Aeronaves, após implementação pelo operador, MOV da empresa, e entre outras, tem a respon-
de um procedimento de controlo operacional, sabilidade de:
incluindo a nomeação e atribuição de funções (1) Recolher toda a informação necessária para a
do Oficial de Operações de Voo e Despachante realização do voo e colaborar com o piloto
de Aeronaves. comandante na preparação do mesmo;
10.353 (H) Oficiais de Operações de Voo/Despachante (2) Participar na preparação e preenchimento
de Voo dos planos de voo operacional e ATC res-
(a) O operador deve demonstrar, no MOV, a existên- pectivamente, assinar onde aplicável, e
cia de pessoal técnico qualificado e a aplicação entregar o plano de voo ATC na entidade
de métodos de planeamento e supervisão dos ATS apropriada;
voos que assegurem os requisitos operacionais (3) Durante o voo, transmitir ao comandante
e de segurança na totalidade da operação que do helicóptero toda e qualquer informa-
pretendem efectuar. ção necessária para a sua continuação em
(b) Um oficial de operações de voo só pode exercer segurança.
funções se for titular de licença válida, exceptu- (b) Em caso de emergência um oficial de operações
ando o período de estágio. de voo deve:
(c) Após ter superado as provas teóricas e de língua (1) Iniciar de imediato os procedimentos de
inglesa, um candidato a oficial de operações de emergência contidos no MOV, sem con-
voo deve realizar um estágio com a duração de tudo entrar em conflito com as instruções
pelo menos 90 dias úteis, sob a supervisão de um emanadas pelo ATC;
oficial de operações de voo devidamente licen- (2) Transmitir ao piloto comandante toda a
ciado e com qualificação de monitor, durante o informação que possa contribuir para que
qual efectue um mínimo de 120 despachos ope- o voo prossiga em segurança, incluindo
racionais em voos de transporte aéreo. a relacionada com alterações ao plano de
A entidade responsável pelo estágio deve emitir uma voo activo.
declaração de finalização do mesmo, quando o 10.357 (H) Plano de Voo Operacional em Transporte
candidato reúna todos os requisitos exigidos no Aéreo Comercial em Helicóptero
Anexo 1. (a) Ninguém deve iniciar um voo, a menos que o
(d) As condições de manutenção da validade da plano de voo operacional para tal voo tenha sido
licença e a forma como o operador assegura essa assinado pelo PIC.
manutenção devem ser explicitadas no manual (b) O PIC só deve assinar o plano de voo operacional,
de operações de voo, conforme o estipulado no após concluir em conjunto com a pessoa desig-
NTA 7.333 (a) . nada para exercer o controlo operacional que o
(e) Sempre que os pilotos comandantes não possam voo pode ser efectuado com segurança.
assegurar a análise de todas as informações ope- Nota: O plano de voo operacional deve incluir a rota e os
racionais relevantes para a condução dos voos cálculos de combustível e óleo necessários, tendo em conta
em segurança, atendendo, nomeadamente, ao os factores meteorológicos e outros previstos, para a con-
número de voos, o operador deve integrar no sis- clusão do voo para o destino, incluindo todos os alternantes
tema de operações de voo, oficiais de operações necessários.
de voo em número suficiente, que sejam titulares (c) O PIC que assinar o plano de voo operacional
da respectiva licença, para assistirem os pilotos deve ter acesso a toda informação utilizada para
comandantes na preparação de cada voo. a planificação do voo, quantidade de combustí-
(f) Sempre que o operador se encontre impossibili- vel, aeródromos alternantes, reportes e previsões
tado de integrar um número suficiente de oficiais meteorológicas e informação aeronáutica para a
de operações de voo, pode contratar para esse totalidade da rota e aeródromos envolvidos.
(460)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(d) O operador deve assegurar que o plano de voo (a) Antes de iniciar um voo do transporte aéreo
operacional utilizado e os averbamentos feitos comercial, o PIC deve elaborar e assinar os
durante o voo contenham as seguintes informa- seguintes documentos de preparação do voo:
ções: (1) Plano de voo operacional, incluindo NOTAMS e
(1) Matrícula do helicóptero; informação meteorológica pertinente para suporte às deci-
(2) Tipo de helicóptero e variante; sões de planificação de voo relativas à quantidade mínima
(3) Data do voo; de combustível, performance, aeródromo/heliporto de des-
(4) Identificação do voo; tino e alternante(s).
(5) Nomes dos tripulantes de voo; (2) Manifesto de carga, ilustrando a distribuição da
(6) Tarefas atribuídas ao(s) tripulante(s); carga, o centro de gravidade, massa à descolagem e aterra-
(7) Local de partida; gem, cumprimento com as limitações operacionais de massa
máxima e análises da performance.
(8) Hora de partida;
(3) Livro de registo técnico, para os casos em que no
(9) Local de chegada (planeada e efectiva);
voo anterior tenham sido detectadas e notificadas falhas ou
(10) Hora de chegada;
maus funcionamentos, e no aeródromo de partida tenham
(11) Tipo de operação (VFR, HEMS, etc.);
sido efectuados trabalhos de manutenção ou inspecção de
(12) Rota e segmentos de rota com pontos de
componentes, ou sido emitido um termo de responsabilidade
verificação/pontos a sobrevoar, distâncias,
de manutenção para o retorno do helicóptero ao serviço.
tempo e rotas;
(b) Ninguém deve descolar com um helicóptero
(13) Velocidade de cruzeiro planeada e tempos
em transporte aéreo comercial, a menos que o
de voo entre pontos de verificação/pontos
representante do detentor do COA retenha no
a sobrevoar. aeródromo de partida uma cópia de todos os
(14) Tempos estimados e efectivos; documentos da preparação e despacho do voo,
(15) Altitudes de segurança e níveis de voo assinados pelo PIC, a menos que a Autoridade
mínimos; tenha aprovado um procedimento diferente de
(16) Altitudes e níveis de voo planeados; retenção.
(17) Cálculos de combustível (registos de veri- (c) O PIC deve transportar a bordo do helicóptero,
ficações de combustível e pressão de óleo uma cópia dos documentos especificados no
durante o voo); parágrafo 10.185 (H) (a) (b) (c).
(18) Combustível a bordo ao ligar os motores; (d) Referência à documentação a ser retida e mantida
(19) Alternante(s) de destino e, se aplicável, descolagem pelo Operador está contida no apêndice 1 ao
e em rota, incluindo as informações exigidas nas subalíneas 10.360 (H).
12), 13), 14) e 15); Nota: A Autoridade pode aprovar uma localização
(20) Autorização ATS inicial do plano de voo e renova- diferente para a retenção, arquivo e disponibilidade dos
ções subsequentes; documentos exigidos para possíveis revisões, caso seja
(21) Cálculos de replaneamento em voo; necessário.
(22) Informação meteorológica relevante.
PARTE J (H): Regras de Voo em Operações de Heli-
(f) Elementos que se puderem obter facilmente
cópteros
através de outros documentos ou fontes aceitá-
10.363 (H) Aplicabilidade
veis, ou que sejam irrelevantes para o tipo de
(a) As regras de voo contidas nesta Parte são apli-
operação, podem ser omitidos do plano de voo cáveis a todas as operações de helicóptero no
operacional. espaço aéreo da República de Angola.
(g) O operador deve assegurar que o plano de voo (b) Sempre que estiverem a operar fora do território
operacional e respectiva utilização constam do nacional, os detentores de licenças aeronáuticas
MOV. (h) O operador deve assegurar que os emitidas pela República de Angola devem cum-
elementos introduzidos no plano de voo ope- prir com as regras prescritas nesta Parte, excepto
racional sejam introduzidos ao mesmo tempo e nos casos onde as regras emitidas pelo Estado
com carácter definitivo. onde decorre a operação forem diferentes.
10.360 (H) Retenção e Conservação da Documentação Nestas situações, prevalecem e devem ser cum-
de Voo em Operações de Transporte Aéreo Comercial de pridas as regras publicadas pelo Estado onde as
Helicóptero operações são conduzidas.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(461)
10.365 (H) Operação Imprudente ou Negligente em (5) Sempre que necessário, possa ligar as luzes
Helicóptero exteriores de sinalização do helicóptero..
(a) Ninguém deve operar um helicóptero de forma (b) Ninguém deve operar um helicóptero na área de
negligente ou imprudente a ponto de colocar em manobras de um aeródromo/heliporto contro-
perigo as vidas ou bens de outras pessoas. lado, a menos que obtenha a respectiva autoriza-
10.367 (H) Observância dos Regulamentos Nacionais ção da torre de controlo e cumpra com todas as
e de Outros Estados Membros da ICAO instruções adicionais emitidas por aquele órgão.
(a) Todos os tripulantes nomeados para o serviço (c) Nenhuma pessoa deve accionar a potência do(s)
de bordo, devem familiarizar-se com as leis, motor(es) de um helicóptero ou colocá-lo(s)
regulamentos e procedimentos relevantes para o em funcionamento, a menos que aos comandos
desempenho das suas tarefas durante a operação esteja um piloto qualificado.
do helicóptero quer em território nacional, quer 10.373 (H) Operação Nocturna Em Helicóptero
no estrangeiro. (a) Ninguém deve operar voos nocturnos de viagem
(b) Todos os pilotos em serviço a bordo dos helicópte- em helicópteros monomotores no interior do
ros, devem familiarizar-se e cumprir com as leis, espaço aéreo da República de Angola.
regulamentos e procedimentos relevantes para o (b) Uma operação pontual de voos nocturnos em
desempenho das suas tarefas prescritas para: helicópteros monomotores carece da obtenção
(1) As áreas sobrevoadas; de uma autorização especial emitida pela Auto-
(2) Os aeródromos/heliportos utilizados; e
ridade, que para os detentores de um COA deve
(3) As facilidades de navegação aérea relacionadas com
ser incluída no respectivo OPSPECS.
os mesmos.
10.375 (H) Instalação e Utilização de Luzes de
(c) Todos os tripulantes em serviço a bordo de heli-
Sinalização, a Bordo dos Helicópteros
cópteros registadas na República de Angola ou
(a) O operador não deve operar um helicóptero que
operadas por titulares de um COA emitido pela
não esteja equipado com:
Autoridade Angolana devem familiarizar-se e
(1) Em voos VFR diurnos:
cumprir com toda a informação aeronáutica apli-
(i) Sistema de luzes anti-colisão;
cável e disponível incluindo AIPs, NOTAMs,
(2) Em voos IFR ou nocturnos, para além do
AIRACs e AICs publicadas e em vigor no
equipamento previsto na alínea (a):
Estado ou área onde estiverem a operar.
(i) Iluminação fornecida pelo sistema
10.370 (H) Requisitos para Operações de Helicópteros
eléctrico do helicóptero para permitir a
(a) Ninguém deve operar um helicóptero na área de
iluminação adequada de todos os ins-
movimento de um aeródromo ou heliporto, a
trumentos e equipamentos essenciais à
menos que a pessoa aos comandos:
(1) Tenha sido autorizada pelo detentor do COA, operação segura do helicóptero; e
proprietário, locatário ou seu represen- (ii) Iluminação fornecida pelo sistema
tante designado; eléctrico do helicóptero para permitir a
(2) Seja competente para operar devidamente o iluminação adequada de todos os com-
helicóptero; partimentos de passageiros; e
(3) Seja qualificada para usar os rádios, caso (iii) Uma lanterna eléctrica por cada tri-
sejam necessárias comunicações radiote- pulante exigido, facilmente acessível
lefónicas; e aos tripulantes a partir dos seus postos
(4) Tenha recebido instrução de uma pessoa designados; e
competente relativamente à configuração (iv) Luzes de navegação/posição; e
do aeródromo/heliporto e, se apropriado, (v) Duas luzes de aterragem, das quais
informação sobre os caminhos de circula- uma regulável em voo, de forma a ilu-
ção, trajectos de rolagem, sinais, marcas, minar o terreno em frente e por baixo
iluminação, sinais, instruções, fraseolo- do helicóptero e o terreno de ambos os
gia e procedimentos dos ATS, e esteja em lados do helicóptero; e
condições de obedecer aos padrões opera- (vi) Luzes que permitam cumprir as nor-
cionais exigidos para o movimento seguro mas internacionais de prevenção de
do helicóptero nesse aeródromo/heliporto; colisões no mar, quando se trata de
e helicóptero anfíbio.
(462)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(b) O PIC de helicópteros que possuam instalados (2) Inspecção do estado da cabina dos passagei-
luzes rotativas de cor vermelha, deve ligá-las ros e dos equipamentos requeridos para o
antes do arranque do(os) motor(es) e mantê-las voo;
em funcionamento durante todo o tempo em que (3) Inspecção da cabina de pilotagem, instru-
os motores estiverem em operação. mentos, equipamentos e documentos a
(c) No período compreendido entre o pôr e o nascer bordo do helicóptero; e
do sol, ou qualquer outro período prescrito pela (4) Inspecção pré-descolagem da disposição e
Autoridade, ninguém deve operar helicópteros situação dos instrumentos e controlos na
nas áreas de movimento dos aeródromos, sobre cabina de pilotagem.
água, ou em voo, a menos que tal helicóptero 10.380 (H) Autorização para a Aterragem em
possua em funcionamento: Heliportos não Certificados
(1) Luzes anti-colisão destinadas a sinalizar a (a) Exceptuando-se os casos em que a Autoridade
presença do helicóptero; tenha concedido uma permissão específica
(2) Luzes de navegação destinadas a indicar a para a utilização de aeródromos/heliportos não
trajectória do helicóptero, relativa a qual- certificados, ninguém deve descolar ou aterrar
quer observador; helicópteros em aeródromos ou heliportos não
Nota: Considera-se que um helicóptero está em operação certificados no interior do território da Repú-
quando o mesmo estiver a rolar, a ser rebocado ou tempo- blica de Angola, com objectivo de:
rariamente parada no decurso da operação de rolagem ou (1) Efectuar o transporte aéreo comercial de
passageiros;
reboque.
(2) Efectuar voos de instrução; ou
(d) O PIC de helicópteros equipadas com luzes anti-
(3) Efectuar voos solo por alunos piloto.
-colisão deve enquanto estiver em voo, ligar
(b) Durante o período nocturno, ninguém deve des-
tais luzes desde o momento da descolagem até
colar ou aterrar, em aeródromos ou heliportos
à aterragem, independentemente do tipo de ope-
localizados no interior do território da República
ração efectuada;
de Angola, em helicópteros envolvidos no trans-
(e) Os pilotos aos comandos de um helicóptero estão
porte aéreo comercial de passageiros, a menos
autorizados a apagar ou reduzir a intensidade de
que em tais aeródromos exista iluminação ade-
quaisquer luzes de sinalização desde que a sua
quada que permita:
operação:
(1) Determinar a direcção da aterragem; que
(1) Afecte de forma adversa o desempenho satis-
garanta
fatório das suas tarefas; ou
(2) Efectuar uma aproximação e aterragem
(2) Provoque encandeamento prejudicial a qual-
seguras.
quer outro elemento, localizado no interior (c) Ninguém deve permitir ou exigir que helicópteros
do helicóptero. envolvidos no transporte comercial de passa-
(f) As luzes instaladas num helicóptero para outros geiros descolem ou aterrem em aeródromos ou
propósitos, tais como luzes de aterragem, luzes heliportos localizados no interior do território da
de rolagem, projectores da estrutura ou de ilumi- Angola, a menos que possuam:
nação do logótipo, podem também ser utilizados (1) Análises actualizadas sobre a transposição
para atrair a atenção para a sua presença. No de obstáculos e distâncias de aceleração e
entanto, ninguém deve ligar quaisquer luzes que paragem do helicóptero em caso de falha
possam gerar confusão com as luzes de navega- de um motor, antes da aterragem, em per-
ção ou anti-colisão. formance de classe 1 ou 2;
10.377 (H) Inspecção antes de Voo no Helicóptero (2) Estabelecidas comunicações bilaterais com
(a) Ninguém deve operar um helicóptero, a menos uma pessoa qualificada em terra para for-
que antes do arranque do(os) motor(es) tenha necer informações sobre:
sido efectuada uma inspecção ao mesmo heli- (i) As condições prevalecentes nas áreas
cóptero, em conformidade com os procedimen- de aproximação e de aterragem; e
tos publicados, para: (ii) O estado da superfície da pista ou do
(1) Inspecção exterior de aeronavegabilidade, heliporto.
incluindo a quantidade e qualidade do (c) Ninguém deve permitir ou exigir a descolagem ou
combustível a bordo; aterragem de helicópteros em:
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(463)
(1) Heliportos situados em locais elevados de (b) Ninguém deve descolar helicópteros em condi-
áreas populacionais congestionadas, a ções de aderência de geada, gelo ou neve nos
menos que tais helicópteros possuam cer- rotores, nas superfícies de controlo, entradas
tificação de performance de classe 1; dos motores ou outras superfícies críticas que
(2) Heliportos ou helidecks situados em locais possam afectar adversamente a performance, o
elevados, a menos que tais helicópteros manuseamento ou aeronavegabilidade do heli-
possuam certificação de performance de cóptero.
classe 1 ou 2. 10.390 (H) Limitações Operacionais dos Helicópteros
10.383 (H) Condições à Descolagem de Helicóptero (a) Ninguém deve operar helicópteros civis no interior
(a) Ninguém deve descolar com um helicóptero a da República de Angola, a menos que sejam res-
menos que: peitadas e cumpridas as limitações especificadas
(1) De acordo com a informação disponível, as nos RFM aprovados, nos placards, marcações,
condições meteorológicas prevalecentes sinalizações ou conforme especificado pela
e da pista ou heliporto em uso permitam Autoridade certificadora do Estado de Registo.
uma descolagem e saída seguras; e 10.393 (H) Operação de Helicópteros em Terra
(2) A visibilidade ou o RVR na direcção da (a) Ninguém deve operar um helicóptero na área de
descolagem do helicóptero seja igual ou movimento de um aeródromo ou heliporto, a
superior aos mínimos aplicáveis. menos que a pessoa aos comandos:
10.385 (H) Procedimentos de Operação em (1) Tenha sido autorizada pelo detentor do COA,
Helicópteros para a Redução do Ruído
proprietário, locatário ou seu represen-
(a) Os Procedimentos de Operação de Aeronaves
tante designado;
para a Redução de Ruído devem cumprir com
(2) Seja competente para operar devidamente o
os requisitos do PANS-OPS Documento 8168,
helicóptero em terra;
Volume 1, Parte V, da ICAO.
(3) Seja qualificada para usar os rádios, caso
(b) Ninguém deve utilizar procedimentos de partida
sejam necessárias comunicações radiote-
diferentes dos estabelecidos, em aeródromos ou
lefónicas; e
heliportos onde sejam aplicados aos helicópte-
(4) Tenha recebido instrução de uma pessoa
ros procedimentos de redução de ruído, a menos
competente com respeito à configuração
que tais procedimentos de redução sejam con-
do aeródromo/heliporto e, se apropriado,
siderados pouco seguros ou práticos em função
informação sobre os caminhos de circula-
das condições prevalecentes ou das limitações
ção, trajectos de rolagem, sinais, marcas,
de performance do helicóptero.
iluminação, sinais, instruções, fraseolo-
(c) A menos que circunstâncias especiais prevale-
centes no aeródromo ou heliporto exijam o gia e procedimentos dos ATS e esteja em
contrário, todos os operadores devem utilizar condições de obedecer os padrões opera-
para todos os tipos de helicóptero, os mesmos cionais exigidos para o movimento seguro
procedimentos e perfis de redução de ruído em do helicóptero no aeródromo/heliporto; e
todos os aeródromos ou heliportos. (5) Sempre que necessário, possa ligar as luzes
(d) Ninguém deve descolar ou aterrar helicópteros exteriores de sinalização do helicóptero.
cuja massa exceda os valores máximos demons- (b) Ninguém deve operar um helicóptero na área de
trados para o cumprimento dos padrões de ruído manobras de um aeródromo/heliporto contro-
para os quais tenham sido certificados, a menos lado, a menos que obtenha a respectiva autoriza-
que tal acção seja especificamente aprovada pela ção da torre de controlo e cumpra com todas as
Autoridade para aeródromos ou heliportos espe- instruções adicionais emitidas por aquele órgão.
cíficos onde não existam perturbações devido ao (c) Nenhuma pessoa deve accionar a potência do(s)
ruído. motor(es) de um helicóptero ou colocá-lo(s)
10.387 (H) Voos em Condições Previstas ou Reais de em funcionamento, a menos que aos comandos
Formação de Gelo esteja um piloto qualificado.
(a) Ninguém deve descolar ou continuar a operação 10.395 (H) Operação de Helicópteros na Área dos
de helicópteros em rota sempre que forem pre- Aeródromos e Heliportos
vistas ou encontradas condições de formação de (a) Todos os pilotos de helicóptero em operação na
gelo. área dos aeródromos ou heliportos, quer pos-
(464)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
suam ou não zonas de tráfego de aeródromo, (3) Uma aeronave a ser ultrapassada por outra,
devem: terá sempre prioridade, e o piloto da aero-
(1) Evitar a trajectória das outras aeronaves; nave que estiver a ultrapassar deve manter
(2) Observar todo o tráfego de aeródromo com o afastamento adequado da outra;
objectivo de evitar colisão; (b) O piloto de uma aeronave a rolar na área de mano-
(3) Cumprir ou evitar o circuito de tráfego bra de um aeródromo deve parar e esperar nas
seguido por outras aeronaves em operação; posições de espera, a menos que seja autorizado
(4) Durante a aproximação e depois da desco- em contrário pela torre de controlo do aeró-
lagem, efectuar todas as voltas para a dromo.
direita, a menos que tenham recebido ins- (c) O piloto de uma aeronave a rolar na área de
truções para proceder em contrário; manobra de uma aeródromo deve parar e espe-
(5) Cumprir ou evitar o circuito de tráfego esta- rar sempre que avistar barras de paragem acesas,
belecido pela entidade com jurisdição podendo prosseguir a rolagem quando tais luzes
sobre o aeródromo; forem apagadas.
(6) Aterrar e descolar contra o vento, a menos (d) O piloto de uma aeronave a rolar na área de
que a configuração da pista ou heliporto, manobra de um aeródromo/heliporto deve dar
as razões de segurança, ou a situação do prioridade à aeronave:
tráfego aéreo determinem que seja preferí- (1) Que estiver a descolar ou prestes a descolar;
vel utilizar uma direcção diferente. (2) Que estiver a aterrar ou na fase final da apro-
10.397 (H) Operação na Proximidade de outra ximação para a aterragem.
Aeronave 10.403 (H) Regra de Prioridade: Aeronaves em Voo
(a) Ninguém deve operar helicópteros numa proxi- (a) Generalidades:
midade tal que possa provocar ou existir risco (1) Enquanto estiver a operar um helicóptero, o
de colisão com outras aeronaves na mesma área. piloto deve manter a vigilância de modo a
(b) Ninguém deve operar helicópteros em formação, ser capaz de ver e evitar quaisquer aerona-
a menos que tenha sido obtida uma autorização ves ou obstáculos;
do ATC e os PIC de cada um dos helicópteros (2) Sempre que uma regra desta secção atribuir
envolvidos no voo em formação tenham positi- prioridade a outra aeronave, o piloto de
vamente acordado. um helicóptero deve dar prioridade àquela
(c) Ninguém deve operar voos de formação em heli- aeronave e não deve passar por cima, por
cópteros envolvidos no transporte remunerado baixo ou à frente dela, a menos que o
de passageiros. faça com afastamento suficiente tendo em
Nota: Para operação no espaço aéreo controlado, existem conta o efeito da turbulência de rastreio.
estabelecidas exigências adicionais para voos em formação. (3) O piloto da aeronave que possuir priori-
10.400 (H) Regras de Prioridade: Durante a dade deve manter o rumo e a velocidade, a
Circulação de Aeronaves no Solo em Aeródromos/ menos que tenha de manobras de forma a
Heliportos evitar a colisão.
(a) Sempre que existir risco de colisão entre duas (4) O disposto neste regulamento não exclui o
aeronaves durante a rolagem na área de mano- PIC do helicóptero da responsabilidade
bras de um aeródromo/heliporto deve-se obser- de agir e efectuar as manobras necessárias
var o seguinte: para prevenir colisões com base no alertas
(1) Quando duas aeronaves efectuarem uma fornecidos pelos ACAS, visando a melhor
aproximação frontal ou quase frontal, forma de evitar colisões.
ambos os pilotos devem parar ou se prati- (b) Em emergência — Uma aeronave em emergência
cável, alterar o trajecto das suas aeronaves ou perigo tem prioridade sobre todo o tráfego
para a direita de forma a manterem-se bem aéreo.
afastadas uma da outra; (c) Rotas Convergentes:
(2) Quando duas aeronaves estiverem em trajec- (1) Sempre que duas ou mais aeronaves da
tos convergentes, o piloto da aeronave que mesma categoria estiverem em conver-
tiver a outra aeronave à sua direita deve gência aproximadamente à mesma altitude
ceder a passagem; (excepto quando estiverem em aproxima-
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(465)
ção frontal ou quase frontal), a aeronave (2) O piloto de uma aeronave em voo deve ceder
que se apresentar à direita tem prioridade; a passagem para a aeronave que estiver a
(2) Caso as aeronaves em rotas convergentes aterrar ou nas fases finais de aproximação
pertencerem a categorias diferentes: para aterragem.
(i) Os balões têm prioridade sobre todas as (3) O piloto de uma aeronave que tenha conhe-
categorias de aeronaves; cimento da existência de outra aeronave
(ii) Os planadores têm prioridade sobre os obrigada a aterrar por razões de emergên-
dirigíveis, aeroplanos e helicópteros; e cia deve ceder de imediato a passagem a
(iii) Os dirigíveis têm prioridade sobre os tal aeronave.
aeroplanos e helicópteros. (4) Sempre que duas ou mais aeronaves mais
(d) Reboque ou reabastecimento — As aeronaves pesadas que o ar estiverem em aproxi-
rebocando ou abastecendo outras aeronaves têm mação com objectivo de aterrar num
prioridade sobre todas aeronaves motorizadas, aeródromo:
excepto as aeronaves em emergência. (i) O piloto da aeronave a voar a um nível
(e) Aproximação frontal — Sempre que duas ou mais de voo mais alto deve dar prioridade
aeronaves se aproximarem de maneira frontal ou à que estiver a voar num nível de voo
quase frontal e existir risco de colisão, os pilotos inferior;
de cada aeronave devem alterar os seus rumos (ii) O piloto da aeronave que estiver a voar
para a direita. a uma altitude inferior não deve tirar
(f) Ultrapassagem: vantagem desta regra para passar à
(1) Uma aeronave ao ser ultrapassada tem prio- frente ou ultrapassar uma aeronave a
ridade e o piloto da aeronave que estiver voar a uma altitude superior mas que
a ultrapassar a primeira seja em subida, esteja na fase final de aproximação e
descida ou em voo nivelado deve alterar o aterragem;
seu rumo para a direita de forma a garantir (iii) Não obstante a regra anterior, os pilo-
espaçamento suficiente. tos de aeronaves motorizadas mais
(2) O PIC da aeronave que estiver a ultrapas- pesadas que o ar devem dar prioridade
sar não está isento das suas obrigações de aos planadores.
evitar colisões até que a sua aeronave se 10.405 (H) Procedimentos de Acerto Altimétrico no
tenha afastado da outra com segurança, Helicóptero
independentemente de qualquer alteração (a) Todo o operador de um helicóptero deve manter
na posição relativa de ambas as aeronaves uma altitude ou nível de cruzeiro referenciados a
no momento da ultrapassagem. um acerto altimétrico pré-estabelecido:
(3) Considera-se em ultrapassagem a aeronave (3) Sempre que estiver a operar abaixo da alti-
que se aproximar de outra aeronave pela tude de transição deve-se utilizar como
retaguarda, numa linha que forma um referência:
ângulo inferior a 70 graus com o plano de (i) O QNH ou QFE reportado pela esta-
simetria desta outra. ção situada ao longo da rota ou dentro
Nota: Durante o período nocturno, tal posição torna o de um raio de 160 Km (100NM) do
piloto da aeronave que ultrapassa incapaz de observar as helicóptero;
luzes de navegação de bombordo (esquerda) ou de estibordo (ii) O QNH ou QFE reportado pela esta-
(direita) da aeronave a ser ultrapassada. ção mais próxima caso não existam
(g) Aterragem: estações situadas ao longo da rota do
(1) As aeronaves a aterrar ou em aproxima- helicóptero;
ção final para a aterragem têm prioridade (iii) Nos casos em que o helicóptero não
sobre todas as aeronaves em voo ou a ope- estiver equipada com rádio, o QFE do
rarem à superfície dos aeródromos. aeródromo de partida, ou o acerto alti-
Nota: O PIC da aeronave a aterrar não deve tirar pro- métrico apropriado disponível antes da
veito desta regra para passar à frente de outra aeronave que partida.
já tenha aterrado ou que esteja tentando dar prioridade à (4) Sempre que estiver a operar acima da altitude
outra aeronave na aproximação final. de transição deve-se utilizar como referên-
(466)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
cia o valor de 1013.25 hPa (29.92 inHg/760 (2) As margens de erro que podem ocorrer nos
mmHg). altímetros;
Nota: Vide no apêndice 1 ao 10.405, a tabela para os pro- (3) As variações da morfologia do terreno ao
cedimentos de acerto altimétrico longo das rotas ou das áreas onde decorre
10.407 (H) Altitudes Mínimas de Segurança em Voo: a operação;
Generalidades (4) Probabilidade de deterioração das condições
(a) Excepto no caso de necessidade para descolagem meteorológicas (turbulência, correntes de
ou aterragem, ninguém deve operar helicópteros ar, etc.);
abaixo: (5) Possíveis imprecisões das cartas aeronáuticas.
(1) Em qualquer ponto — de altitudes que per- (f) Para o cumprimento dos requisitos prescritos na
mitam, em caso de falha de um motor, a alínea e), há que ter em consideração:
continuação do voo ou uma aterragem de (1) Correcções e actualizações às variações de
emergência sem provocar perigos des- temperatura e pressão relativamente aos
necessários para as pessoas ou bens à valores normais;
superfície. (2) Requisitos ATC;
(2) Sobre áreas populacionais congestionadas — (3) Contingências na rota planeada.
de 300 m (1000 pés) acima do obstáculo (g) Em rota, com um motor inoperativo:
mais alto existente num raio horizontal (5) O operador deverá assegurar que os dados da
de 600 m (2000 pés) à volta da aeronave, trajectória de voo em rota, com um motor
inoperativo, constantes no Manual de Voo
sempre que estiver quando sobrevoe áreas
do Helicóptero, apropriadas às condições
povoadas de cidades, vilas, povoações ou
meteorológicas esperadas para o voo, obe-
aglomerados de pessoas ao ar livre.
deçam ao disposto nas alíneas b) ou c),
(3) Sobre áreas remotas — de 150 m (500 pés)
durante toda a rota;
acima da superfície do solo ou da água.
(6) A trajectória do voo deverá ter um gradiante
(4) Helicópteros — Em determinadas situações,
positivo de 1.500 pés acima do terreno
os pilotos que operem helicópteros, estão
onde se pretende aterrar, após falha de um
isentos de algumas restrições de proximi-
motor;
dade aqui estabelecidas desde que operem
(7) O gradiante da trajectória de voo deve ser
de maneira que não constitua perigo para
positivo, a pelo menos 1.000 pés acima do
as pessoas e bens à superfície. Os PIC
terreno e de quaisquer obstáculos ao longo
devem no entanto seguir as rotas e obede-
da rota, numa distância de 5 milhas náu-
cer às restrições de área e de altitude de
ticas, em ambos os lados da rota seguida;
operação prescritas pela Autoridade. 10.410 (H) Mínimos Operacionais em Aproximações
(b) O operador deve estabelecer as altitudes mínimas por Instrumentos em Helicóptero
e os métodos de as determinar em todos os seg- (a) Ninguém deve operar helicópteros de ou para
mentos de rota a voar, respeitando a separação aeródromos cujas condições prevalecentes sejam
em relação aos obstáculos requerida, tendo inferiores aos mínimos operacionais estabelecidos,
em os requisitos incluídos no AIP dos países a a menos que tal operação seja especificamente
sobrevoar , e que deverá igualmente constar no aprovada pela Autoridade.
Manual de Operações de Voo. (b) Ninguém deve iniciar a operação de voos em con-
(c) Qualquer método de determinação das altitudes dições IFR a menos que a informação disponível
mínimas de voo deverá ser objecto de aprovação indique que as condições prevalecentes no aeró-
por parte da Autoridade. dromo de destino, ou caso sejam necessários
(d) Quando as altitudes mínimas estabelecidas alternantes, em pelo menos num dos alternantes
pelos Estados sobrevoados forem superiores às ao destino sejam no momento da chegada, iguais
estabelecidas pelo operador serão aplicados os ou superiores aos mínimos operacionais prescri-
valores mais altos. tos.
(e) Ao estabelecer as altitudes mínimas, o operador 10.413 (H) Decisão de Divergir um Helicóptero, em
deverá considerar os seguintes factores: Caso de Emergência
(1) A exactidão com que se pode determinar a (a) Exceptuando o estabelecido no parágrafo 10.345
posição do helicóptero; (b), o PIC deve aterrar o helicóptero no aeró-
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(467)
dromo ou heliporto conveniente mais próximo, (a) Exceptuando o prescrito pela Autoridade no NTA 11
no qual possa efectuar uma aterragem segura de dos Regulamentos de Segurança Aérea de Angola,
emergência, sempre que ocorrer uma falha no nenhum piloto deve realizar as seguintes acções:
motor ou tiver de desligar um dos motores para (1) Lançamento, aspersão ou pulverização de
evitar maiores danos. objectos, artigos ou substâncias a partir de
(b) Ao prosseguir para um aeródromo ou heliporto que um helicóptero;
no seu entender seja apropriado a uma aterragem (2) Autorizar o salto de pára-quedistas, excepto
em segurança, na sequência de uma situação de quando autorizado pela Autoridade
emergência, o PIC deve ter em conta: (b) Para além da autorização requerida da Autoridade,
(1) A natureza da avaria e a possibilidade de deve ser obtida uma autorização específica do
ATS e estabelecida a devida coordenação.
ocorrência de outras falhas mecânicas
10.423 (H) Autorização e Atribuição de Áreas para a
caso o voo seja continuado;
Realização de Voos de Teste em Helicóptero
(2) A altitude, peso e combustível disponível, no
(a) Ninguém deve efectuar voos de teste, a menos
momento da paragem do motor;
que:
(3) As condições meteorológicas em rota e nos
(1) Tal operação tenha sido previamente autori-
pontos possíveis de aterragem;
zada pela Autoridade.
(4) O nível de congestionamento do tráfego (2) Seja realizada sobre extensões de água,
aéreo; áreas escassamente povoadas ou de pouco
(5) O tipo de terreno; e tráfego.
(6) A familiaridade da tripulação com o aeró- 10.425 (H) Áreas Proibidas e Restritas a Evitar
dromo a ser utilizado. (a) Ninguém deve operar helicópteros em áreas
10.415 (H) Voo Simulado por Instrumentos em perigosas, proibidas ou restritas, cujos limites e
Helicóptero situação tenham sido devidamente publicadas, a
(a) Ninguém deve operar voos simulados por instru- menos que a operação seja conduzida em con-
mentos em helicópteros, a menos que: formidade com as condições e restrições esta-
(1) A aeronave tenha comandos duplos em pleno belecidas pela Autoridade do Estado em cujo
funcionamento; território tais áreas tenham sido estabelecidas.
(2) O outro assento de comando seja ocupado 10.427 (H) Operação de Helicópteros em Espaços
por um piloto de segurança detentor de Aéreos Classificados
uma licença aeronáutica de piloto com (a) Ninguém deve operar helicópteros em espaço
averbamento das qualificações de cate- aéreo de classe A, a menos que o voo seja efec-
goria apropriadas para o helicóptero a ser tuado na condições IFR com sujeição à autoriza-
voado; ção do ATC.
(3) O piloto de segurança deve possuir visão (b) Ninguém deve operar helicópteros em espaços
aéreos de classe B, C, D ou E, a menos que tais
adequada para frente e para cada lado do
helicópteros estejam equipadas com comunica-
helicóptero.
ções radiotelefónicas bilaterais com o órgão ATC
10.417 (H) Simulação de Emergências em Voos de
para permitir que desde a entrada e enquanto
Transporte Aéreo Comercial em Helicóptero
operar em tais espaços aéreos:
(a) Durante as operações do transporte aéreo comer-
(1) O helicóptero possa ser operado de acordo
cial, com passageiros e ou carga a bordo do
com uma autorização ATC; e
helicóptero, não devem ser efectuadas manobras
(2) Os pilotos sejam capazes de manter comuni-
de emergência simuladas, em voos por instru- cações via rádio, bilaterais.
mentos. 10.430 (H) Cumprimento das Trajectórias Visuais ou
(b) Durante as operações do transporte aéreo comer- Electrónicas de Descida por Instrumentos em Helicóptero
cial, com passageiros e ou carga a bordo do (a) O PIC de um helicóptero em aproximação para
helicóptero, não deve devem ser efectuadas aterragem numa pista ou heliporto servido por
manobras de emergência simuladas, que possam um indicador visual da trajectória de descida,
afectar a operação segura do helicóptero. deve manter uma altitude igual ou superior à da
10.420 (H) Proibição de Lançamento de Artigos ou trajectória de descida até atingir uma altitude
Objectos, Pulverização de Produtos ou Reboque que garanta uma aterragem em segurança;
(468)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
seguir, solicitar uma outra autorização ao órgão vido com equipamento de navegação e comu-
competente. nicações, em conformidade com os requisitos
(c) Sempre que estiver a operar em espaços aéreos de dos serviços de tráfego aéreo responsáveis pelas
voo controlado obrigatório, o PIC não deve res- áreas de operação.
peitar as instruções emitidas pelo ATC, excepto (d) Nas operações descritas no número anterior, o ope-
em situação de emergência. rador deve certificar-se de que o equipamento de
(d) O PIC que por razões de emergência se desviar rádio inclui pelo menos dois sistemas de comu-
das autorizações ou instruções do ATC deve: nicações rádio independentes e equipamento
(1) Notificar de imediato o respectivo órgão ATC SSR apropriado ao espaço aéreo a sobrevoar.
sobre tal desvio; e
(e) O operador deve certificar-se de que o equipa-
(2) Informar detalhadamente sobre a(s) acção(ões)
mento de navegação está de acordo com as espe-
tomada(s) em emergência.
cificações da classe de performance aplicável
10.450 (H) Comunicações
nos termos dos normativos técnicos.
(a) Ao operar em voos controlados, a tripulação deve
(f) A não ser que isentos pela Autoridade, a partir
manter escuta permanente nos canais e frequên-
de 1 de Janeiro de 2003, todos os helicópteros
cias estabelecidas destinadas às comunicações
a voar no interior do espaço aéreo controlado,
bilaterais entre o helicóptero e os respectivos
órgãos ATS. em Angola, devem ter instalado a bordo, um
Nota 1: Podem ser utilizados equipamentos SELCAL ou equipamento de ―transponder” que transmita
dispositivos automáticos similares para satisfazer os requisi- automaticamente a informação sobre a altitude
tos de manutenção da escuta permanente. de pressão actual, de acordo com os requisitos
Nota 2: As exigências de manutenção de escuta perma- do Anexo 10 da ICAO, Volume IV .
nente mantém-se independentemente do estabelecimento da (g) O helicóptero deve possuir a bordo, equipamento
comunicação por ligação de dados entre pilotos e controla- de navegação suficiente para que, no caso de
dores (CPDLC). alguma deficiência em qualquer um dos equipa-
Nota 3: Consultar no NTA 10.610 (H), o procedimento mentos existentes, seja assegurada a continuação
específico para as operações marítimas (“offshore”) do voo, em condições de segurança.
10.453 (H) Equipamento de Comunicações, (h) A protecção dos equipamentos de navegação e
Navegação Em Operações VFR e IFR, e Radar/― comunicações instalados a bordo do helicóptero,
Transponder II deve evitar a transferência individual ou colec-
(a) Um helicóptero deve possuir equipamento de tiva de qualquer deficiência técnica, entre esses
comunicação rádio adequado ao tipo de opera- mesmos equipamentos.
ção a efectuar e que seja capaz de realizar comu- (i) As comunicações previstas nas alíneas anteriores
nicações bilaterais na frequência de emergência devem incluir vias e frequências aeronáuticas a
aeronáutica, nos termos desta NTA. serem utilizadas, em caso de emergência
(b) Para operações VFR, em rotas que permitam
10.455 (H) Outras Operações Especiais
navegar por referências visuais no terreno, o
(a) Para as operações especiais que requeiram autori-
helicóptero deve possuir equipamento de rádio
zações por parte do INAVIC, designadamente as
apto, a:
operações MNPS, RNP, e RNAV, o helicóptero
(1) Comunicar com as estações de terra apropriadas;
deve possuir o equipamento adequado, nos ter-
(2) Comunicar com o serviço de controlo de trá-
mos da Regulamentação, e estar aprovado pelo
fego aéreo apropriado;
(3) Comunicar na frequência aeronáutica de INAVIC para cada tipo de operação.
emergência; (b) Ao operar em áreas de espaço aéreo ou em rotas
(4) Receber informação meteorológica; onde um determinado tipo requerido de desem-
(5) Responder às interrogações SSR, tendo penho de comunicação (RCP) tenha sido atribuído,
em conta as restrições no espaço aéreo a para além do requerido no NTA 10.453 (H), um
sobrevoar. helicóptero deve preencher os seguintes requisitos:
(c) No cumprimento do plano de voo operacional, (1) Ter disponível equipamento de comunica-
para operações IFR, ou operações VFR em rotas ções adequado, de forma a permitir que a
que não permitam navegação por referências operação prossiga de acordo com o tipo de
visuais no terreno, o helicóptero deve estar pro- RCP indicado
(470)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(2) Estar autorizado pelo Estado de registo a sobre a ocorrência de quaisquer altera-
operar no tipo de espaço aéreo referido na ções nos valores estipulados no contrato
alínea (b). de eventos ADS.
10.457 (H) Rota Planeada a Seguir 10.463 (H) Autorização do ATC a Pedidos de
(a) A menos que tenha sido autorizado ou instruído Alteração da Rota
em contrário pelo órgão ATC apropriado, o PIC (a) As solicitações para alteração do plano de voo em
de um voo controlado deve sempre que praticá- vigor devem incluir a seguinte informação:
vel: (1) Mudança do nível de cruzeiro - Identificação
(1) Operar ao longo do eixo central da rota ATS do helicóptero, nível de cruzeiro solici-
em que estiver a voar; tado e velocidade de cruzeiro, revisão das
(2) Operar directamente entre rádio-ajudas à horas estimadas incluindo se aplicável as
navegação existentes e/ou entre os pontos estimas revistas para os limites das FIR
significativos publicados para o trajecto. subsequentes.
(b) O PIC de um voo controlado, operado ao longo de (2) Mudança de Rota:
uma rota ATS definida por referência a VORs, (i) Sem alteração do destino — Identificação
deve alterar a sintonia entre as estações de nave- do helicóptero, regras de voo, descrição
gação existentes nos pontos de mudança ou o da nova rota de voo incluindo dados do
mais próximo possível daqueles, na medida que plano de voo relacionados com a posição
for operacionalmente possível. a partir da qual as mudanças solicitadas
Nota: Estas exigências não excluem nem proíbem a serão implementadas, revisão das horas
manobra do helicóptero de forma a manter o espaçamento estimadas e quaisquer informações
adequado com relação a outro tráfego antes, e durante a pertinentes;
subida ou descida. (ii) Com alteração do destino — Identificação
10.460 (H) Alterações à Rota não Previstas do helicóptero, regras do voo, descrição
(a) Sempre que num voo controlado, o helicóptero da rota de voo revista para o novo destino,
tiver sido inadvertidamente desviado da rota incluindo dados do plano de voo relacio-
do plano de voo em vigor, o PIC deve tomar as nados com a posição a partir da qual as
seguintes acções: mudanças solicitadas serão implemen-
(1) Alteração da rota — Se o helicóptero se tadas; revisão das horas estimadas e se
encontrar fora da rota, o PIC deve ajustar aplicável aeródromo(s) ou heliporto(s)
o rumo do aparelho para regressar o mais alternante(s) e quaisquer outras informa-
rápido possível para a rota desejada. ções pertinentes.
(2) Alteração da Velocidade Ar Verdadeira — 10.465 (H) Reportes de Posição
Sempre que a média da velocidade de ar (a) Os pilotos de voos controlados devem o mais
verdadeira entre pontos de reporte, variar rápido possível, reportar ao órgão ATS apro-
em mais ou menos 5% em relação a velo- priado, a hora e o nível de voo no momento
cidade de cruzeiro prevista no plano de da passagem sobre todos os pontos de reporte
voo em vigor, o PIC deve notificar o órgão obrigatório, bem como quaisquer informações
ATS da jurisdição do espaço aéreo onde necessárias, a menos que tal procedimento tenha
decorre o voo. sido isento pelo órgão ATS com jurisdição sobre
(3) Alteração da hora estimada (ETA) — Sempre o espaço aéreo onde decorre o voo.
que ocorrer uma variação de mais ou (b) Os pilotos de voos controlados devem efectuar
menos três minutos na hora estimada de reportes de posição em todos os pontos adicio-
passagem sobre pontos de reporte, limites nais de reporte ou intervalos estabelecidos pelo
de espaços aéreos ou de chegada ao aeró- órgão ATS com jurisdição sobre o espaço aéreo
dromo de destino, o PIC deve notificar o onde decorre o voo.
respectivo órgão ATS onde decorre o voo, (c) Os pilotos de voos controlados que efectuarem
e transmitir a estima actualizada. reportes de posição por comunicação de dados
(4) Acordo ADS – Adicionalmente, sempre só devem efectuar reportes fonéticos de posição
que um protocolo ADS estiver em vigor, quando assim forem solicitados.
o órgão ATS deve ser automaticamente (d) Fora do espaço aéreo controlado, os reportes de
informado pela comunicação de dados, posição devem ser efectuados em intervalos não
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(471)
superiores a trinta minutos, tendo em atenção a Nota: Uma autorização de rolagem, não implica auto-
carga de trabalho que tais reportes possam acar- rização de cruzar ou rolar ao longo de outras pistas. O
retar para a tripulação de voo. cruzamento ou rolagem ao longo de pistas carece de uma
(e) Os reportes de posição devem conter os itens autorização específica, a menos que a aeronave já esteja a
transmitidos na seguinte ordem: rolar ao longo de uma pista que cruze outra(s) antes de atin-
(1) Identificação da aeronave; gir o ponto designado.
(2) Posição; (e) Falha de comunicações — Sempre que se verificar
(3) Hora de passagem; uma falha do equipamento de rádio ou inter-
(4) Nível de voo rupção nas comunicações bilaterais, o PIC do
(5) Próxima posição e hora estimada; helicóptero deve continuar o voo nas condições
(6) Posição a seguir. visuais e aterrar:
10.467 (H) Voos em Formação (1) No aeródromo adequado mais próximo onde
(a) Ninguém deve operar voos de formação no espaço as condições meteorológicas forem iguais
aéreo controlado, a menos que tal operação seja ou superiores aos mínimos prescritos para
conduzida em conformidade com uma auto- o voo VFR; e
rização do ATC e outras condições prescritas (2) Iniciar os procedimentos de falha de comu-
incluindo: nicações para a recepção dos sinais de luz
(1) A formação opera como um único helicóp- terra-ar.
tero em relação à navegação ou reportes Nota: Caso prevaleçam condições IMC devem ser apli-
de posição; cados os procedimentos de falha de comunicações IFR.
(2) O líder da formação e os PIC dos helicóp- 10.473 (H) Término de um Serviço de Controlo de
teros envolvidos são responsáveis pela Tráfego Aéreo
separação entre os helicópteros em forma- (a) Num voo controlado, o piloto deve notificar o
ção; e órgão ATC apropriado logo que tenha atingido
(3) Entre cada helicóptero da formação deve ser o limite da autorização recebida e consequen-
mantida uma separação lateral e longitudi- temente deixa de estar sujeito ao serviço de
nal não superior a 1 km (0.5 nm) e 30 metros controlo do tráfego aéreo, excepto nos casos de
(100 pés) de separação vertical. aterragem num aeródromo controlado.
Nota: As exigências requeridas de separação são aplicá- 10.475 (H) Interferência Ilícita
veis nos períodos de transição para entrada em formação, (a) O PIC de helicópteros sujeitos a interferência
durante o voo em formação e nos momentos de rotura da ilícita devem, na medida do possível, informar o
formação. órgão ATS com jurisdição sobre o espaço aéreo
10.470 (H) Operações na Área dos Aeródromos onde se encontrarem a operar, para permitir
Controlados que tal órgão efectue os arranjos que garantam
(a) Ninguém deve operar para, de, ou num aeródromo a coordenação do tráfego, a atribuição da res-
controlado, a menos que sejam estabelecidas pectiva prioridade e a minimização dos confli-
comunicações bilaterais entre o helicóptero e a tos com outras aeronaves operando no mesmo
torre de controlo. espaço aéreo, incluindo:
(b) À chegada, todo PIC deve estabelecer as comu- (1) Qualquer circunstância significativa asso-
nicações prescritas no parágrafo 10.417 (a) dez ciada à interferência ilícita, e
minutos de voo antes da hora prevista de entrada (2) Qualquer desvio ao plano de voo em vigor
no espaço aéreo controlado ou na Zona de Trá- efectuado em função das circunstâncias.
fego do Aeródromo. 10.477 (H) Acerto Horário
(c) Antes do arranque do(s) motor(es), o PIC deve (a) Durante a operação de voo, os pilotos devem
estabelecer as comunicações com a torre de utilizar o tempo universal coordenado (UTC)
controlo. expresso em horas e minutos das 24 horas do
(d) Autorização de rolagem, descolagem e aterra- dia, com início à meia-noite.
gem — Ao operar num aeródromo controlado, (b) O PIC deve efectuar o acerto horário antes de
ninguém deve descolar, aterrar ou rolar com operar um voo controlado e sempre que neces-
helicópteros, a menos que tenha obtido a devida sário durante o voo. O acerto horário deve ser
autorização do órgão ATC apropriado. solicitado ao órgão ATS apropriado.
(472)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(c) A precisão da hora utilizada nas comunicações por (1) O tecto de nuvens reportado esteja a pelo
ligação de dados deve ser acertada ao segundo menos 450 metros (1.500 pés) acima do
10.480 (H) Sinais Universais solo;
(a) Sempre que observar ou receber qualquer sinal (2) A visibilidade horizontal reportada seja de
aeronáutico universal, o operador do helicóptero pelo menos 5 quilómetros (3 nm).
deve implementar as acções correspondentes à (b) Se a visibilidade horizontal não for reportada,
informação transmitida pelo sinal. o piloto deve manter em voo uma visibilidade
(b) Os sinais aeronáuticos universais só devem ser mínima de 5 Km (3 nm).
utilizados com o significado universalmente a si (c) Espaço Aéreo de Classe G – Ninguém deve entrar
atribuído. no circuito de tráfego, aterrar ou descolar heli-
(c) Os sinais aeronáuticos universais para a operação cópteros sob as regras VFR, em aeródromos ou
das aeronaves só devem ser utilizados com o heliportos situados no interior do espaço aéreo
objectivo universalmente a si atribuído. de Classe G, a menos que:
(d) Ninguém deve utilizar sinais que possam causar (1) A visibilidade seja igual ou superior a 2 Km
confusão com os sinais aeronáuticos universais. e existam condições para que o helicóp-
Nota: Vide nos Apêndices ao 10.480(H) uma compilação tero possa ser operada fora das nuvens; ou
dos sinais aeronáuticos universais. (2) A operação seja efectuada fora das nuvens,
PARTE L (H): Regras de Voo Visual em Helicóptero numa velocidade que permita ao piloto
(VFR) observar atempadamente qualquer tráfego
10.483 (H) Aplicabilidade ou obstáculo, de modo a evitar colisão.
(a) As regras de voo visual (VFR) descritas neste Nota: A única excepção aos mínimos meteorológi-
NTA aplicam-se em toda a extensão do espaço cos estabelecidos nesta secção aplica-se às operações VFR
aéreo de Angola. especial.
(b) Os detentores de licenças e certificados aeronáu- (d) Ninguém deve iniciar um voo a ser operado de
ticos emitidos por Angola devem cumprir com acordo com as regras VFR, a menos que os
as regras estabelecidas na NTA, sempre que reportes e previsões meteorológicas ou a com-
estiverem a voar fora de Angola, exceptuando- binação dos mesmos indicam que as condições
-se as situações em que as regras do Estado onde atmosféricas prevalecentes ao longo da rota ou
decorre a operação forem diferentes. Neste caso parte da rota a ser voada nas regras de VFR são
deve-se cumprir com as regras do Estado onde propícias à realização do voo e ao cumprimento
decorre a operação. de tais regras.
(c) O operador não deve operar um helicóptero de dia 10.490 (H) Operações de Voo em VFR Especial
em VFR, excepto se estiver equipado com os (a) Ninguém deve operar helicópteros em condições
instrumentos de voo e navegação e equipamentos de voo VFR Especial e entrar numa zona de
associados e, sempre que aplicável, nas condições tráfego, aterrar ou descolar de um aeródromo
prescritas no Apêndice 1 ao 10.483 (H). localizado no espaço aéreo de classe B, C ou D,
10.485 (H) Condições Meteorológicas Visuais (VMC) a menos que:
(a) Nenhum helicóptero deve operar em condições de (1) Tenha sido autorizado por um órgão ATC;
voo VFR, se a visibilidade em voo ou a distância (2) Opere em conformidade com a autorização
das nuvens for inferior ao prescrito ou ao estabe- ATC recebida;
lecido no Anexo 2 (Regras do Ar) da Organiza- (3) A aeronave seja operada fora de nuvens; e
ção da Aviação Civil Internacional (ICAO). (4) A visibilidade em voo não seja inferior a 5
Nota: Vide no Apêndice 1 ao 10.483(H) a tabela ilus- km.
trativa dos mínimos meteorológicos associados ao espaço (b) Ninguém deve efectuar operações VFR Especial
aéreo conforme estabelecido no Anexo 2 da ICAO. em aeronaves durante o período compreendido
10.487 (H) Mínimos Meteorológicos para Descolagens entre o pôr e o nascer do sol, a menos que:
e Aterragens em Condições de Voo VFR (1) O PIC possua averbada e actualizada na sua
(a) Durante a operação de voos VFR, ninguém deve licença, a qualificação para o voo IFR; e
entrar no circuito de tráfego, aterrar ou descolar (2) O helicóptero esteja equipado para operar
aeronaves em aeródromos ou heliportos locali- segundo as regras de IFR.
zados no interior de espaços aéreos de classe B, 10.493 (H) Limitações para a Navegação VFR Através
C, D ou E, a menos que: de Referências Visuais
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(473)
(a) Ninguém deve operar helicópteros em condições forem previamente autorizados pela Autoridade
VFR, a menos que a distância entre cada um dos e em obediência a todas as condições e restri-
marcos geográficos utilizados como referência ções estabelecidas.
visual para a navegação e orientação do helicóptero 10.503 (H) Deterioração das Condições Meteorológicas
em rota não seja superior a 110 Km (60 milhas Abaixo dos Mínimos VMC
náuticas). (a) Sempre que observar a deterioração das con-
10.495 (H) Classes de Espaço Aéreo, Níveis de dições meteorológicas a ponto de concluir ou
Cruzeiro VFR e Mínimos VMC prever que não seja praticável continuar o voo
(a) Sempre que um helicóptero seja operado em de acordo com as regras de VFR, o PIC de um
condições VFR, a altitudes superiores a 900 m helicóptero que opere numa área de voo VFR
(3000 pés) acima do solo ou da água, deve ser controlado, deve:
respeitada o seguinte: (1) Solicitar a alteração da autorização do ATC
(1) Se estiver a voar no semicírculo compreen- recebida de forma a permitir a continuação
dido entre os caminhos magnéticos 000º do voo em condições VMC para o destino,
a 179º magnéticos, deve utilizar níveis de para um aeródromo alternante, ou para
voo com unidades de milhar ímpar adicio- abandonar o espaço aéreo em seja obriga-
nados de 150 metros (500 pés); tório operar sob a autorização emitida pelo
(2) Se estiver a voar no semicírculo compreen- ATC;
dido entre os caminhos magnéticos 180º a (2) Se não for possível obter tal alteração, conti-
359° magnéticos, deve utilizar níveis de nuar a operar em VMC e notificar o órgão
voo com unidades de milhar par adiciona- do ATC apropriado sobre a acção tomada,
dos de 150 metros (500 pés); caso decida abandonar o espaço aéreo em
Nota: Vide no Apêndice 1 ao 10.495 (H), a tabela de questão ou aterrar num aeródromo ou heli-
níveis de cruzeiro VFR conforme publicada no anexo 2 da porto mais conveniente;
ICAO (3) Se estiver a operar no interior de uma zona
(b) A regra semicircular acima é de cumprimento obri- controlada, solicitar autorização para pros-
gatório, a menos que o PIC tenha sido instruído em seguir em voo VFR Especial; ou
contrário pelo órgão ATC com jurisdição sobre o (4) Solicitar autorização para operar acordo com
espaço aéreo controlado onde se encontrar a operar, as regras de IFR, caso esteja devidamente
ou durante as esperas em voo. qualificado para operações IFR.
10.497 (H) Autorizações do ATC para Voos VFR 10.505 (H) Alteração de um Plano de Voo de VFR
(a) Um PIC que opere helicópteros de acordo com para IFR
as regras de VFR deve obter e cumprir com as (a) Um piloto de helicóptero que durante o voo pre-
autorizações ATC recebidas e manter comunica- tenda alterar as regras de voo, de VFR para IFR,
ções bilaterais contínuas durante o voo: deve:
(1) No interior de espaços aéreos de Classe B, (1) Se tiver submetido um plano de voo, noti-
C ou D; ficar com a devida antecedência o órgão
(2) Que faça parte do tráfego de aeródromo de ATC de jurisdição sobre as alterações a
um aeródromo controlado; efectuar ao plano de voo em vigor; ou
(3) Sob as regras de VFR Especial; (2) Se estiver a operar no espaço aéreo contro-
(4) Que cruze fronteiras internacionais; e lado, submeter um plano de voo no ar,
(5) Em rotas para as quais o órgão ATC ou a solicitar e obter do órgão ATC apropriado,
Autoridade assim o determinem. a respectiva autorização antes de proceder
10.500 (H) Voos VFR que Carecem de Autorização do à alteração das regras de voo.
ATC 10.507 (H) Falha de Comunicações Radiotelefónicas
(a) A menos que tal procedimento tenha sido previa- Bilaterais em Voos VFR
mente autorizado pela Autoridade ATS apro- (a) Sempre que ocorrer uma falha de comunicações
priada, nenhum piloto deve operar voos VFR: radiotelefónicas durante uma operação em con-
(1) Acima do nível de voo 200 (20000 pés); ou dições de voo VFR, numa área controlada ou se
(2) A velocidades transsónicas e supersónicas. depois da falha de comunicações forem encon-
(b) Os voos VFR só podem ser operados no período tradas condições VMC, o piloto deve:
compreendido entre o pôr e o nascer do sol, se (1) Continuar o voo em condições VMC;
(474)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(2) Aterrar no aeródromo conveniente mais pró- (4) O piloto deve preencher os requisitos míni-
ximo; e mos de qualificação para comandante;
(3) Reportar a chegada aos serviços ATC da (5) Em operações IFR, o piloto deve possuir a
forma mais expedita possível. seguinte experiência:
PARTE M (H): Regras de Voo por Instrumentos em (i) Um total de vinte e cinco horas de
Helicóptero experiência de voo IFR no ambiente
10.510 (H) Aplicabilidade de operação em causa;
(a) As regras estabelecidas no presente NTA, apli- (ii) Vinte e cinco horas de experiência de
cam-se a todas as operações IFR no interior do voo no tipo de helicóptero específico,
espaço aéreo de Angola. aprovado para voos IFR com um único
(b) Todos os detentores de licenças e certificados aero- piloto, ou dez horas como comandante
náuticos emitidos por Angola devem cumprir ou comandante assistido, incluindo cinco
com as regras estabelecidas neste NTA sempre sectores de voo de linha em IFR assistido
estiverem a voar fora de Angola, exceptuando-se utilizando procedimentos relativos a um
as situações em que as regras do Estado onde só piloto;
decorre a operação forem diferentes. Neste caso (6) A experiência recente mínima exigida para
deve-se cumprir com as regras do Estado onde pilotos em operações IFR com um único
decorre a operação. piloto é de cinco voos IFR, incluindo três
(c) O operador não deve operar um helicóptero em aproximações por instrumentos realizadas
nos últimos 90 dias no tipo de helicóptero
IFR ou à noite de acordo com as regras VFR,
na função de piloto único. Este requisito
excepto se estiver equipado com os instrumentos
pode ser substituído por uma verificação
de voo e navegação e equipamentos associados
de aproximação com instrumentos IFR no
e, sempre que aplicável, nas condições previstas
tipo de helicóptero.
no Apêndice 1 ao 10.510 (H).
10.515 (H) Voos IFR em Espaço Aéreo Controlado
10.513 (H) Operações IFR ou Nocturnas com um
(a) Ninguém deve operar helicópteros em condições
Único Piloto
IFR, no interior de espaços aéreos, aeródromos
(a) Operações com um único piloto segundo as regras
ou heliportos controlados, a menos que:
IFR ou à noite, podem ser efectuadas desde que
(1) Tenha sido preenchido e depositado o res-
sejam cumpridos os seguintes requisitos:
pectivo plano de voo junto dos órgãos ATS
(1) O operador deve introduzir no MOV o pro-
apropriados;
grama de conversão e formação recorrente
(2) Tenha sido recebida a devida autorização do
dos pilotos, incluindo os requisitos adicio-
órgão ATC com jurisdição sobre o espaço
nais para operações com um único piloto; aéreo, aeródromo ou heliporto;
(2) Formação e experiência recente. Deve ser (3) Mantenha de forma contínua comunica-
dada atenção aos procedimentos de voo, ções radiotelefónicas bilaterais na(s)
especialmente no que diz respeito a: frequência(s) apropriada(s).
(i) Gestão do motor e situações de (i) O piloto pode optar por voar ou ser
emergência; solicitado pelo órgão ATC a voar de
(ii) Utilização do checklist normal, anor- acordo com as regras de voo por ins-
mal e de emergência; trumentos ainda que as condições
(iii) Comunicações ATC; meteorológicas prevalecentes sejam
(iv) Procedimentos de voo no que diz propícias ao voo visual.
respeito à partida, aproximação e (ii) Ninguém deve operar voos de viagem
chegada; em condições IMC em helicópteros
(v) Gestão do piloto automático, se mono motor, no interior do espaço
aplicável; aéreo da República de Angola, a
(vi) Documentação de bordo simplificada; menos que tal helicóptero esteja equi-
(3) As verificações recorrentes exigidas devem pado com um sistema automático de
ser realizadas na função de um só piloto monitorização do motor.
no tipo de helicóptero específico, num (iii) Uma operação de voos em condições
ambiente representativo da operação; IMC com helicópteros mono motor
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(475)
carece da obtenção de uma autoriza- atribuídos pelo órgão ATC com jurisdição sobre
ção especial emitida pela Autoridade, o espaço aéreo.
para que os detentores de um AOC a (b) Sempre que a autorização do ATC incluir a con-
incluam no respectivo OPSPECS. dição ―VFR acima de nuvens II, o piloto deve
10.517 (H) Voos IFR Fora do Espaço Aéreo Controlado manter uma altitude de cruzeiro VFR em condi-
(a) O PIC de um voo IFR a operar em áreas ou rotas ções VMC.
designadas fora do espaço aéreo controlado, 10.525 (H) Altitudes ou Níveis de Voo em Condições
deve: IFR, em Espaço Aéreo não Controlado
(1) Preencher e submeter um plano de voo aos (a) Sempre que um helicóptero for operado de acordo
órgãos ATS apropriados; com as regras IFR, a altitudes acima dos 900m
(2) Manter escuta permanente na(s) frequência(s) (3000 pés) acima do terreno ou água, deve ser
rádio apropriadas ao estabelecimento de respeitada a seguinte regra:
comunicações bilaterais com o órgão ATS (3) Se estiver a voar num semicírculo, compre-
e estabelecer comunicações bilaterais com endido entre os rumos magnéticos 000º a
o órgão ATS responsável pela prestação do 179º, deve utilizar níveis de voo com uni-
serviço de informação de voo. dades de milhar ímpar;
(3) Efectuar os reportes de posição em confor- (4) Se estiver a voar num semicírculo compre-
midade com o estabelecido no parágrafo endido entre os rumos magnéticos 180° a
10.417 (H) (e) e NTA 10.610 (H). 359º, deve utilizar níveis de voo com uni-
(b) Os PIC a operar em voos IFR, fora de um espaço
dades de milhar par;
aéreo controlado devem efectuar os reportes de
Nota: Vide no Apêndice 1 ao 10.525 (H), a tabela de
posição obedecendo à sequência e padrões de
níveis de cruzeiro IFR conforme publicada no anexo 2 da
fraseologia estabelecidos para os voos contro-
ICAO
lados.
(b) As regras de semicircular acima, são de cumpri-
(c) Ninguém deve operar voos de viagem em condi-
mento obrigatório, a menos que o PIC tenha
ções IMC em helicópteros mono motor no inte-
recebido instruções em contrário do respectivo
rior do espaço aéreo da República de Angola, a
órgão ATC .
menos que tal helicóptero esteja equipado com
(c) Os pilotos não devem desviar-se da altitude ou
um sistema automático de monitorização do
nível de cruzeiro especificadas no parágrafo
motor.
10.397 (a), a menos que:
(1) Uma operação em condições de voo IMC,
(1) Tenham sido autorizados pelo órgão ATC;
com helicópteros mono motor carece
(2) Estejam executando o procedimento de
da obtenção de uma autorização espe-
cial emitida pela Autoridade, para que os espera;
detentores de um COA, a incluam no res- (3) Estejam executando voltas; ou
pectivo OPSPECS. (4) Estejam operando ao abrigo de uma autori-
10.520 (H) Mínimos de Descolagem em Condições zação de subida em cruzeiro emitida pelo
IFR em Operações de Transporte Aéreo Comercial órgão ATC.
(a) Exceptuando-se os casos em que tenha sido espe- 10.527 (H) Altitudes Mínimas para Operações IFR
cificamente autorizado pela Autoridade, nenhum em Helicóptero
piloto deve descolar de um aeródromo ou (a) Operação de helicóptero em altitudes mínimas
heliporto civil para efectuar voos do transporte - Excepto nas descolagens ou aterragens, nin-
aéreo comercial nas regras IFR, se as condições guém deve operar helicópteros em condições de
meteorológicas prevalecentes apresentarem o voo IFR:
tecto de nuvens abaixo de 500 metros e visibi- (1) Abaixo da altitude mínima aplicável pres-
lidade horizontal ou valores de RVR inferiores crita pela Autoridade com jurisdição sobre
a 350 metros. o espaço aéreo onde decorre o voo; ou
10.523 (H) Altitudes de Cruzeiro IFR ou Níveis de (2) Caso a Autoridade não tenha estabelecido
Voo em Espaço Aéreo Controlado a altitude mínima aplicável, o operador
(a) Um piloto que opere helicópteros em condições pode propor à sua aprovação, e incluir no
de voo IFR, no interior do espaço aéreo con- Manual de Operações, altitudes mínimas,
trolado, deve manter a altitude ou nível de voo evitando operar:
(476)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
sível uma aterragem, em condições seguras de (f) Ao estabelecer os mínimos de operação para um
visibilidade. heliporto que irão aplicar-se a cada operação em
(e) Altitudede Decisão (DA/H) ou Altitude Mínima concreto, o operador deve ter em conta:
de Descida (MDA/H) Autorizadas - Ao ser (1) O tipo, a performance e as características de
efectuado um procedimento de aproximação por pilotagem do helicóptero;
instrumentos que tenha publicada uma DA/H ou (2) A composição, a competência e a experiência
MDA/H, os valores a cumprir não devem ser da tripulação de voo;
inferiores: (3) As dimensões e características das FATO/pis-
(1) À DA/H ou MDA/H publicada no procedi- tas ou do heliporto susceptíveis de serem
mento de aproximação aprovado; seleccionadas para fins de utilização;
(2) À DA/H ou MDA/H equivalente à categoria (4) A adequação e performance das ajudas de
de aproximação que o piloto está autori- terra disponíveis, visuais e não visuais;
zado a efectuar; (5) Os equipamentos disponíveis a bordo do heli-
(3) À DA/H ou MDA/H para a qual o helicóp- cóptero para fins de navegação e ou controlo
tero estiver certificado e equipado. da trajectória de voo, conforme o caso,
10.540 (H) Mínimos de Operação para Heliportos durante a descolagem, a aproximação, o arre-
(a) Exceptuando-se os casos em que tenha sido dondamento, o voo estacionário, a aterragem,
obtida uma aprovação escrita e específica, nin- a rolagem e saída de pista e a aproximação
guém deve operar helicópteros para ou a partir falhada;
de aeródromos ou heliportos cujos mínimos de
(6) Os obstáculos nas áreas de aproximação,
operação sejam inferiores aos especificados pela
aproximação falhada e zona de subida exi-
Autoridade.
gidas para a execução dos procedimentos
(b) Ninguém deve continuar um voo com intenção de
de emergência e separação necessária;
aterrar num aeródromo ou heliporto, a menos que
(7) A altitude/altura de separação de obstáculos
as últimas informações disponíveis indiquem que,
para os procedimentos de aproximação
na hora prevista de chegada, seja possível efectuar
por instrumentos;
a aproximação e aterragem no aeródromo ou heli-
(8) Os meios para determinar e reportar condi-
porto de destino ou no seu alternante cumprindo
ções meteorológicas.
com os mínimos de operação aplicáveis ao voo,
10.543 (H) Equipamento de Radar Meteorológico a
Apêndice 1 ao 10.540 (H).
Bordo de Helicópteros
(c) Exceptuando-se os casos de emergência, ninguém
(a) Um operador não deve operar um helicóptero com
deve continuar uma aproximação para aterra-
uma configuração máxima aprovada de mais de
gem num aeródromo ou heliporto para além de
pontos a partir dos quais os limites mínimos de nove lugares de passageiros em IFR ou à noite,
operação especificados para tal aeródromo pos- quando a informação meteorológica actual indica
sam ser infringidos. que trovoadas ou outras condições meteorológicas
(d) Ninguém deve continuar uma aproximação por potencialmente perigosas podem razoavelmente
instrumentos a um aeródromo ou heliporto com ser esperadas ao longo da rota, a menos que esteja
uma visibilidade abaixo dos 800 m, a não ser equipado com equipamento de radar meteorológico
que seja obtida uma informação RVR ou qual- a bordo.
quer outro tipo de informação fiável. 10.545 (H) Equipamento de Aviso de Aproximação ao
(e) O operador deve estabelecer para cada heliporto Terreno (GPWS)
que pretende utilizar, mínimos aceites pela (a) O operador de um helicóptero com um peso
Autoridade, não inferiores a quaisquer outros máximo à descolagem com mais de 3.175 kg,
susceptíveis de serem estabelecidos para tais e uma configuração máxima aprovada de mais
heliportos pelo Estado no qual se situa o heli- de nove lugares de passageiros, que efectue
porto, salvo se especificamente aprovado pelo voos em condições IFR, não deve operar, sem
Estado em questão. que o mesmo helicóptero esteja equipado com
Nota: A alínea acima não proíbe o cálculo dos mínimos um sistema de aviso de aproximação ao terreno
em voo relativamente a um heliporto alternante não plane- (GPWS), que ao permitir uma visualização ante-
ado, desde que o cálculo seja efectuado em conformidade cipada dos obstáculos, evita os riscos de colisão
com um método aceitável. com os mesmos.
(478)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
10.547 (H) Mínimos para o Alcance visual da Pista mínimos reportados, o piloto pode continuar a
(RVR) aproximação até a DA/H ou MDA/H se:
(a) Ninguém deve operar helicópteros com o objectivo (1) Já tiver passado o marcador exterior durante
de descolar ou aterrar em aeródromos nacionais uma aproximação de precisão, ou
em condições de voo IFR, em aproximações de (2) Estiver abaixo de 300 metros (1000 pés)
categoria II ou III a menos que existam disponí- sobre o aeródromo durante uma aproxi-
veis informações adequadas de Alcance Visual mação de não precisão.
da Pista (RVR): Nota: Considera-se que o segmento final de aproxima-
(1) Sempre que os valores de visibilidade ou de ção se inicia no fixo de aproximação final estabelecido no
RVR reportados forem inferiores a 800 m procedimento de aproximação por instrumentos. Nos pro-
ou 550 m respectivamente para operações
cedimentos que incluam voltas de procedimento, onde não
de descolagem, aproximação e aterragem,
exista um fixo de aproximação final estabelecido, o seg-
e
mento de aproximação final tem início no ponto em que for
(b) A menos que a Autoridade tenha especificado uma
concluída a volta de procedimento, e o helicóptero estiver
forma diferente de leitura, os valores de RVR
alinhado com a pista ou heliporto no caminho de aproxima-
reportados devem ser obtidos na zona de toque
ção, à distância estabelecida no procedimento.
(touchdown RVR).
Nota: O RVR de controlo é o valor de RVR repor- 10.555 (H) Operações em Helicóptero Abaixo da
tado num ou mais pontos da pista (Zona de Toque, Zona Altitude/Altura de Decisão (DA/H) ou Altitude/Altura
Intermédia e Zona de Paragem) cuja utilização serve para Mínima de Descida (MDA/H)
determinar o cumprimento ou não dos mínimos operacio- (a) Sempre que num procedimento de aproximação
nais estabelecidos. for estabelecida uma DA/H ou MDA/H, nenhum
10.550 (H) Exigências de Aprovação: Aproximações piloto deve operar helicópteros civis abaixo da
de Categoria II E III DA/H ou MDA/H autorizadas, ou continuar a
(a) Ninguém deve efectuar em helicópteros civis de aproximação para além da DA/H ou MDA/H
registo Angolano ou sob responsabilidade de um autorizadas, a menos que:
detentor de um COA Angolano, aproximações (1) O helicóptero esteja em condições de con-
por instrumentos de precisão até aos mínimos tinuar a descida e aterrar na pista ou
prescritos para Categoria II ou III, a menos que heliporto pretendido mantendo uma razão
possua uma autorização escrita emitida pela de descida normal.
Autoridade, de acordo com o referido no Apên- (2) Em operações de transporte aéreo comercial
dice 1 ao 10.100 (H). — a razão de descida permitirá a aterra-
10.553 (H) Início de uma Aproximação por gem na zona de toque da pista ou heliporto
Instrumentos em Transporte Aéreo Comercial pretendido;
(a) Em operações do transporte aéreo comercial, (3) A visibilidade em voo seja igual ou superior
nenhum piloto deve continuar a aproximação ao estabelecido no procedimento de apro-
por instrumentos para além do marcador externo
ximação por instrumentos em uso, e
em aproximações de precisão; ou abaixo de 300
(4) As seguintes referências visuais necessárias
m (1000 pés) sobre o aeródromo em aproxima-
à continuação da aproximação para a pista
ções de não precisão, a menos que:
em uso estejam continuamente visíveis:
(1) Existam disponíveis para o aeródromo ou
(i) Sistema de luzes de aproximação, mas
heliporto, informações meteorológicas
o piloto não deve continuar a aproxi-
prestadas por uma entidade aprovada pela
Autoridade; e mação abaixo de 30 metros (100 pés)
(2) O último reporte meteorológico emitido acima da zona de toque a menos que
para o aeródromo ou heliporto apresente tenha continuamente visíveis e con-
valores de visibilidade ou RVR, iguais ou siga identificar claramente as luzes
superiores aos mínimos estabelecidos para laterais do último troço da pista e as
o procedimento de aproximação por ins- luzes de fim de pista ou do heliporto,
trumentos em uso. quando aplicável.
(b) Se durante a execução de um procedimento de (ii) A soleira da pista;
aproximação por instrumentos, a visibilidade (iii) As marcas da soleira da pista;
ou os valores de RVR reduzirem abaixo dos (iv) As luzes de início da pista;
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acima, prosseguir para o aeródromo alter- 10.570 (H) Instrução Adicional para Operações
nante previsto no plano de voo em vigor. Especiais em Helicóptero
PARTE N (H): Operações Especiais em Helicóptero (a) Operações com guincho: Nenhuma pessoa deve
10.567 (H) Generalidades actuar como PIC ou Co-piloto em operações de
(a) Os helicópteros devem ser operados em confor- guincho, para as quais a Autoridade tenha exi-
midade com os termos do respectivo certificado gido instrução específica no tipo, a menos que
de navegabilidade e dentro das limitações apro- tal pessoa tenha:
vadas contidas no manual de voo do helicóptero. (1) Recebido e registado a instrução no solo e
(b) As operações de emergência médica (HEMS), ambu- em voo, ministrada por instrutores autori-
lância, e para plataformas marítimas (OFFSHORE) zados, no helicóptero, simulador de voo ou
são conduzidas segundo os requisitos e regras qualquer outro tipo de dispositivo, aprova-
aplicadas ao transporte comercial de passageiros, dos para o treino simulado no helicóptero,
conforme referido em 10.343 (H), exceptuando nos e tenha sido considerado apto para a ope-
casos em que seja requerida uma aprovação especí- ração em causa; e
fica da Autoridade, referida em 10.345 (H). (2) Ter averbado na respectiva caderneta de voo,
(c) As operações de helicópteros sobre um ambiente uma declaração de um instrutor autori-
hostil situado fora de uma área congestionada zado, atestando que tal pessoa é proficiente
são realizadas de acordo com os requisitos cons- para operar naquele tipo de operação.
tantes em 10.343 (H) com excepção das varian- (b) Operações de carga suspensa: Nenhuma pessoa
deve actuar como PIC em operações de carga
tes constantes em 10.345 (H) e 10.347 (H), que
suspensa, para as quais a Autoridade tenha exi-
requerem aprovação específica da Autoridade.
gido uma instrução específica no tipo, a menos
(d) Operações com helicópteros com uma massa
que tal pessoa tenha:
máxima à descolagem de 3175 kg ou menos,
(1) Recebido e registado a instrução no solo e
com uma configuração máxima aprovada de
em voo, ministrada por instrutores autori-
nove lugares de passageiros ou menos, de dia,
zados, no helicóptero, num simulador de
e sobre rotas navegadas por referência a locais
voo ou qualquer outro tipo de dispositivo,
facilmente identificáveis são realizadas de
aprovados para o treino simulado no tipo
acordo com os requisitos constantes nesta NTA,
de helicóptero, e tenha sido considerado
incluindo nas variantes que requerem aprovação
proficiente na operação ; e
específica da Autoridade.
(2) Ter averbado na respectiva caderneta de voo,
(e) Operações com helicópteros com uma massa
uma declaração de um instrutor autori-
máxima à descolagem superior a 3175 kg e uma
zado, atestando que tal pessoa é proficiente
configuração máxima aprovada de nove lugares
para operar naquele tipo de operação.
de passageiros ou menos, de dia, sobre rotas (c) Operações marítimas (―Offshore II): Nenhuma
navegadas por referência a locais facilmente pessoa deve actuar como PIC ou SIC, em opera-
identificáveis e efectuadas localmente numa ções de -Offshore II, para as quais a Autoridade
área geográfica definida e aceitável pela auto- tenha exigido uma instrução específica no tipo, a
ridade, que estão previstas começar e terminar menos que tal pessoa tenha:
no mesmo local (ou noutro local aceitável pela (1) Recebido e registado a instrução no solo e
autoridade dentro da área definida) no mesmo em voo, ministrada por instrutores autori-
dia, são realizadas de acordo com os requisitos zados, no helicóptero, num simulador de
constantes nesta NTA, incluindo as variantes que voo ou qualquer outro tipo de dispositivo,
requerem aprovação específica da Autoridade. aprovados para o treino simulado no tipo
(f) Operações de helicóptero com guincho são rea- de helicóptero, e tenha sido considerado
lizadas de acordo com os requisitos constantes proficiente na operação ; e
nesta NTA, incluindo as variantes que requerem (2) Ter averbado na respectiva caderneta de
aprovação específica da Autoridade. voo, uma declaração de um instrutor
(g) Operações de helicóptero de/para um local de autorizado, atestando que tal pessoa é
interesse público são realizadas de acordo proficiente para operar naquele tipo de
com os requisitos constantes nesta NTA, com operação.
excepção das variantes que requerem aprovação 10.573 (H) Operações de Serviço de Emergência
específica da Autoridade. Médica em Helicóptero (HEMS)
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(481)
(a) O presente parágrafo aplica-se a voos efectuados Instruções complementares, encontram-se no Apêndice
por helicópteros com o objectivo de facilitar a 1 ao 10.575(H)
assistência médica de emergência para locais (a) Manual de operações — O operador deverá
onde seja essencial o transporte rápido e ime- assegurar que o MOV inclui um suplemento
diato de: contendo material específico à operação de
(1) Pessoal médico; guincho, nomeadamente:
(2) Medicamentos, órgãos, sangue e equipamento; (1) Critérios de performance.
(3) Pessoas doentes, feridas ou directamente (2) Se necessário, as condições nas quais podem
envolvidas. ser realizadas transferências de guincho
Nota: Para efeitos do ponto 3 do número anterior, con- offshore, incluindo as limitações signifi-
sideram-se pessoas directamente envolvidas os familiares cativas à movimentação da embarcação e
ou afins que, por necessidade, tenham de acompanhar os a velocidade do vento.
pacientes. (3) As limitações meteorológicas para a(s)
(b) O operador deve assegurar que o MOV inclui um operação(ões) de guincho planeada(s).
suplemento que contenha todos os aspectos ope- (4) Os critérios para determinar as dimensões
racionais próprios das operações de emergência mínimas do local da operação de guincho,
médica e deve disponibilizá-lo à organização consoante a missão.
para a qual está a ser prestado o serviço. (5) Os procedimentos para determinar a tripula-
(c) Os membros da tripulação técnica de voo devem ção mínima.
(6) O método segundo o qual os membros da tri-
reunir os seguintes requisitos:
pulação registam ciclos de guincho.
(1) Ser titular das qualificações que forem exigi-
(7) Sempre que exigido, excertos do MOV
das pelo INAVIC;
devem ser facultados à organização para a
(2) Ter recebido formação em MCC;
qual está a ser prestado o serviço de opera-
(3) Possuir um nível de experiência mínima;
ção de guincho.
(4) Ter completado treino recente.
(b) Manutenção do equipamento de guincho — As
(d) Compete ao operador:
instruções para a manutenção dos sistemas do
(1) Assegurar formação periódica aos tripulantes
guincho instilado no helicóptero, são estabe-
de emergência médica;
lecidas pelo operador em articulação com o
(2) Instruir o pessoal médico a bordo e o pessoal
fabricante, incluídas no plano de manutenção do
do serviço de emergência do solo quanto
operador e aprovadas pela Autoridade.
aos procedimentos operacionais.
10.577 (H) Operações de Helicóptero em Locais de
(e) Nos voos diurnos, a tripulação mínima é de um
Interesse Público
piloto e um tripulante de emergência médica, e (a) Aprovação — O operador que pretenda realizar
nos voos nocturnos, de dois pilotos; operações ao abrigo deste artigo necessita da
(f) A instalação do equipamento médico e respectivas aprovação prévia da autoridade. Essa aprovação
alterações devem ser aprovadas pelo INAVIC, deve especificar:
devendo o operador estabelecer procedimentos (1) O local (locais) de interesse público;
para o uso de equipamento portátil a bordo. (2) O tipo(s) de helicóptero; e
(g) O equipamento de comunicações aprovado pelo (3) O tipo de operação.
INAVIC deve ter capacidade para manter comu- (b) Terminologia:
nicações bilaterais com a organização para a (1) «Local de interesse público» um local plano
qual o serviço de emergência médica está a ser ou elevado que não uma base ou local de
prestado e, se possível, com o pessoal do serviço operação HEMS especificado pelo ope-
de emergência no solo. rador e utilizado exclusivamente para
Nota: Informação complementar encontra-se no operações de interesse público tais como
Apêndice 1 ao 10.573 (H). mas não exclusivamente HEMS e opera-
10.575 (H) Operações de Helicóptero com Guincho ções em faróis.
(HHO) (2) Locais de interesse público — isenções.
Nota: A autoridade tem o poder de decidir quais as — Helicópteros com uma configuração
operações consideradas operações HHO nos termos deste máxima aprovada de seis lugares de pas-
parágrafo. sageiros ou menos, que operam de/para
(482)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
locais de interesse público situados num (2) Tratando-se de armas de fogo ou armas
ambiente hostil podem ser operados em susceptíveis de conterem munição, que
classe de performance 2. estejam descarregadas.
(c) Operação — O MOV deve estabelecer proce- (3) Munições para armas de desporto podem ser
dimentos específicos para cada local a fim de transportadas na bagagem registada dos
reduzir o período durante o qual poderia haver passageiros, sujeito a limitações de acordo
perigo para os ocupantes do helicóptero e para com as instruções técnicas da autoridade
as pessoas em terra em caso de falha da unidade do Estado onde foram embarcadas pela
de potência durante a descolagem e a aterragem primeira vez.
num local de interesse público. Relativamente PARTE O (H): Operações de Helicóptero sobre a
a cada local de interesse público, a parte C do Água
MOV deve conter: um diagrama ou fotografia 10.585 (H) Operação de Helicópteros em Zonas
com legendas indicando os principais aspectos, Marítimas — Amaragem
as dimensões, quaisquer incumprimentos do (a) Nenhum operador deve operar helicópteros sobre
disposto no Anexo 14, e os principais riscos e o extensões de água, para além da distância de
plano de contingência caso ocorra um incidente. segurança para aterragens forçadas em terra, a
10.580 (H) Transporte por Helicóptero, de Armas e menos que:
Munições de Guerra (1) O helicóptero tenha sido certificado para
(a) O operador não deve transportar armas e muni- amaragens, ou se dispuser de equipamen-
ções de guerra por via aérea, excepto com uma tos de flutuação de emergência.
aprovação concedida por todos os Estados (2) As informações sobre os procedimen-
envolvidos. tos de amaragem estejam disponíveis no
(b) O operador deve assegurar que as armas de guerra helicóptero.
e as munições de guerra: (b) O operador não deve operar um helicóptero de
(1) Sejam acondicionadas no helicóptero num classe de performance 1 ou 2 num voo sobre a
lugar inacessível aos passageiros durante água num ambiente hostil a uma distância de
o voo; e terra equivalente a mais de dez minutos de voo à
(2) Tratando-se de armas de fogo, que estejam velocidade normal de cruzeiro, excepto quando
descarregadas, salvo se, antes do início do o helicóptero for concebido para amarar, ou
voo, todos os Estados envolvidos tiverem estiver certificado de acordo com os requisitos
aprovado o transporte desse tipo de armas de amaragem.
e munições de guerra em condições que (c) O operador não deve operar um helicóptero de
diferem, total ou parcialmente, das condi- classe de performance 1 ou 2 num voo sobre a
ções indicadas nesta subalínea. água num ambiente não hostil a uma distância de
(c) O operador deve assegurar que o comandante seja terra equivalente a mais de dez minutos de voo à
informado antes do início do voo dos detalhes e velocidade normal de cruzeiro, excepto quando
da localização a bordo do helicóptero de todas o helicóptero for concebido para amarar, ou esti-
as armas de guerra e munições de guerra a serem ver certificado de acordo com os requisitos de
transportadas. amaragem, ou se dispuser de equipamentos de
10.583 (H) Transporte por Helicóptero, de Armas e flutuação de emergência.
Munições para a Práctica de Desporto (d) O operador não deve operar um helicóptero de
(a) O operador deve tomar todas as medidas razo- classe de performance 2 quando a descolagem
áveis para assegurar que é informado sobre o e aterragem tiverem lugar sobre a água, excepto
transporte de quaisquer armas de desporto. se o helicóptero for concebido para amarar, ou
(b) O operador que aceitar transportar armas de des- estiver certificado de acordo com os requisitos
porto deve assegurar: de amaragem, ou dispuser de equipamentos
(1) Que sejam acondicionadas no helicóptero de flutuação de emergência, a não ser quando,
num lugar inacessível aos passageiros para fins de minimizar a exposição, a aterragem
durante o voo (salvo se a autoridade tiver ou descolagem num local de operação HEMS
estabelecido que o cumprimento é impra- situado num ambiente congestionado tiver lugar
ticável e aceitar que outros procedimentos sobre a água, salvo se diversamente exigido pela
podem ser aplicados); e autoridade.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(483)
(e) Quando estiver a operar em classe de performance (1) Quando estiver a operar em classe de per-
3, num ambiente não hostil, para além da uma dis- formance 3 para além da distância de
tância necessária para efectuar uma auto-rotação auto- rotação de terra; ou
ou aterragem de emergência, em terra; (2) Quando estiver a operar em classe de per-
10.587 (H) Regras de Prioridade em Operações sobre formance 1 ou 2 a uma distância de terra
a Água equivalente a mais de dez minutos de voo
(a) Generalidades — Ao operar um helicóptero sobre à velocidade de cruzeiro normal; ou
a água, o operador deve manter-se afastado (3) Quando estiver a operar em classe de per-
de todas as embarcações e evitar perturbar a formance 2 ou 3, num heliporto onde a
sua navegação, dando prioridade a qualquer trajectória de descolagem ou aterragem é
aeronave a quem tenha sido dada prioridade de sobre a água.
acordo com as regras da presente secção. (b) Em helicópteros, cujos certificados de aeronave-
(b) Convergência — Sempre que várias aeronaves/ gabilidade tiverem sido emitidos depois de 1 de
helicópteros estiverem em trajectórias que se Janeiro de 1991, no mínimo 50 % das balsas
cruzam entre si, terá prioridade aquele que se salva-vidas.
apresentar pela direita. (c) O colete salva-vidas deverá ser usado durante todo
(c) Aproximação frontal — Sempre que várias aero- o voo sobre a água, salvo se a pessoa já estiver
naves/helicópteros estiverem em aproximação a utilizar um fato de sobrevivência integral, que
frontal ou quase frontal, ambas devem alterar as permita flutuar, em caso de uma amaragem de
emergência.
suas trajectórias para a direita de forma a garan-
(d) Um fato de sobrevivência deverá ser usado por todos
tirem um afastamento adequado entre si.
os ocupantes do helicóptero, em voos sobre a água
(d) Ultrapassagem — A aeronave/helicóptero que
com uma temperatura inferior a 10 º C, sempre que
estiver a ser ultrapassada tem prioridade e a que
o tempo previsto de salvamento ultrapasse o tempo
estiver a ultrapassar deve alterar o seu percurso
provável de sobrevivência. A temperaturas mais
de forma a garantir o afastamento adequado.
elevadas, ou quando a intensidade do Sol sobre
(e) Aterragem e descolagem — A aeronave/heli-
a cabine de pilotagem se torne desconfortável, a
cóptero que estiver a aterrar ou descolar de um
tripulação está isenta desta determinação.
heliporto situado numa zona marítima, deve
10.593 (H) Barcos Salva-Vidas em Voos Prolongados
manter-se afastada de todas as embarcações e
sobre a Água
evitar perturbar a sua navegação.
(a) O operador não deve operar um helicóptero num
(f) Circunstâncias especiais — Sempre que várias
voo sobre a água além da distância de terra
aeronaves/helicópteros se aproximarem ao
equivalente a mais de dez minutos de voo à
ponto de existir risco de colisão, cada uma delas velocidade de cruzeiro normal quando estiver a
deve proceder com o devido cuidado em função operar em classe de performance 1 ou 2, ou três
das circunstâncias prevalecentes, incluindo as minutos de voo à velocidade normal de cruzeiro
limitações do respectiva aparelho. quando estiver a operar em classe de perfor-
10.590 (H) Utilização do Coletes Salva-Vidas em Voos mance 3, excepto se estiver equipado com:
sobre a Água (1) No caso de helicópteros com capacidade
(a) O operador não deve operar um helicóptero em para menos de 12 pessoas, pelo menos um
qualquer tipo de operação sobre a água, incluindo barco salva-vidas com uma capacidade
a fase de descolagem e aterragem, ou num voo aprovada não inferior ao número máximo
sobre a água, excepto se estiver equipado com de pessoas a bordo;
coletes salva-vidas dotados de uma luz de locali- (2) No caso de helicópteros com capacidade
zação de sobrevivente para cada pessoa a bordo, para mais de 11 pessoas, pelo menos dois
acondicionados num local acessível, a partir do barcos salva-vidas suficientes para, em
assento ou berço da pessoa à qual é destinado, conjunto, darem lugar a todas as pessoas
estando com o cinto ou arnês de segurança aper- susceptíveis de serem transportadas. Caso
tado, e um dispositivo de flutuação para crianças se perca um barco de salva-vidas com a
de menos de 2 anos dispondo de uma luz de maior capacidade aprovada, a capacidade
localização de sobrevivente para cada criança de de sobrecarga do(s) barco(s) restante(s)
menos de 2 anos a bordo: será suficiente para dar lugar a todas as
(484)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
todas as condições de mar até ao máximo forma que, em caso de acidente, a probabilidade de o
exigido para a avaliação das característi- ELT transmitir um sinal detectável seja maximizada e
cas de amaragem e flutuação; a possibilidade e o ELT transmitir em qualquer outra
(6) Todas as portas, janelas ou outras abertu- altura seja minimizada.
ras do compartimento dos passageiros (b) O operador de um helicóptero, ao qual tenha sido emi-
autorizadas pela autoridade para fins de tido um certificado individual de aeronavegabilidade,
evacuação submarina estiverem equipadas depois de 1 de Janeiro de 2002, não deve operar
de forma a poderem ser utilizadas em situ- em performance de classe 1 e 2, sobre a água num
ações de emergência; ambiente hostil, a uma distância de terra equivalente a
(7) Coletes salva-vidas sejam usados perma- dez minutos de voo à velocidade normal de cruzeiro
nentemente, excepto se o passageiro num voo de apoio ou relacionado com a exploração
ou o tripulante estiver a usar um fato de offshore de recursos minerais (incluindo gás) a não ser
sobrevivência integral que preenche o que esteja equipado com um emissor localizador de
requisito quer de fato de sobrevivência emergência de uso automático (ELT), e um segundo
quer de colete salva-vidas aceitável para ELT, no barco salva-vidas.
a autoridade. (c) O operador de um helicóptero, ao qual tenha sido emi-
10.603 (H) Alternantes em Plataformas Marítimas tido um certificado individual de aeronavegabilidade,
em Operações de Helicóptero depois de 1 de Janeiro de 2005, não deve operar em
(a) Ninguém deve escolher como alternante uma performance de classe 1 ou 2, sobre a água num
plataforma marítima, quando não for possível ambiente hostil, a uma distância de terra equivalente a
transportar combustível suficiente para que o dez minutos de voo à velocidade normal de cruzeiro
alternante se situe sobre o continente. num voo de apoio ou relacionado com a exploração
(b) A selecção de alternantes em plataformas maríti- offshore de recursos minerais (incluindo gás) a não ser
mas só deve ser considerada tendo em atenção que esteja equipado com um emissor localizador de
o seguinte: emergência de uso automático (ELT), e um segundo
(1) O alternante na plataforma marítima só deve ELT, no barco salva-vidas.
ser utilizado após o ponto de não retorno; (d) O operador de helicópteros, aos quais tenha sido emitido
(2) A fiabilidade mecânica dos sistemas críticos um certificado individual de aeronavegabilidade,
de controlo e dos componentes críticos; depois de 1 de Janeiro de 2002, não deve operar em per-
(3) Esteja assegurada a capacidade operacional formance de classe 3, sobre a água num ambiente
com um motor inoperativo antes da che- hostil, a uma distância de terra equivalente a dez
gada, e garantido no alternante, um voo minutos de voo à velocidade normal de cruzeiro,
estacionário que permita uma aterragem a não ser que esteja equipado com um emissor
em segurança recorrendo ao motor opera- localizador de emergência de uso automático
tivo restante; (ELT), e um segundo ELT, no barco salva-vidas.
(4) Exista garantia da disponibilidade do heli- (e) O operador de helicópteros, aos quais tenha sido
deck alternante; emitido um certificado individual de aeronave-
(5) A informação meteorológica no helideck gabilidade, depois de 1 de Janeiro de 2005, não
deve estar disponível a partir de uma fonte deve operar em performance de classe 3, sobre
aprovada ou aceite pela Autoridade; a água num ambiente hostil, a uma distância de
(6) Para operações IFR, deve estar aprovado e terra equivalente a dez minutos de voo à velo-
disponível um procedimento de aproxima- cidade normal de cruzeiro, a não ser que esteja
ção por instrumentos. equipado com um emissor localizador de emer-
Nota: A técnica de aterragem especificada no manual de gência de uso automático (ELT), e um segundo
voo para as situações de falha no sistema de controlo, pode ELT, na barco salva-vidas.
impedir a selecção de certos helidecks como alternantes. (f) Helicópteros aos quais tenha sido emitido, um
10.605 (H) Utilização do Emissor/Localizador de certificado individual de aeronavegabilidade,
Emergência Automático, em Operações Marítimas (OFF depois de 1 de Janeiro de 2002, devem estar
SHORE) equipados com um ELT automático, nos voos
(a) Um operador não deve operar um helicóptero, excepto em áreas designadas em terra, onde operações
se estiver equipado com um emissor localizador de de busca e salvamento sejam consideradas parti-
emergência automático (ELT) ligado ao helicóptero de cularmente difíceis.
(486)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(g) A partir de 1 de Janeiro de 2005, os helicópteros na Plataforma Marítima Continental Angolana (OFF
que operem em áreas designadas em terra, onde SHORE)
operações de busca e salvamento sejam consi- (a) Em território Angolano, as operações de helicóp-
deradas particularmente difíceis, devem estar tero, incluindo os voos de apoio, ou relacionados
equipados com pelo menos, um ELT automático. com a exploração “offshore” de recursos mine-
(h) O operador de um helicóptero, ao qual tenha rais, incluindo gás, são normalmente realizados
sido emitido um certificado individual de aero- em rotas predeterminadas, em espaço aéreo de
navegabilidade, depois de 1 de Julho de 2008, classe G.
a operar em performance de classe 1 e 2, deve (b) O comandante de um helicóptero que circule
estar equipado com, pelo menos, um ELT auto- em espaço aéreo de classe G, não é obrigado a
mático, sobre a água num ambiente hostil, a uma comunicar a sua posição aos órgãos ATS, uma
distância de terra equivalente a dez minutos de vez que não existe qualquer convenção nesse
voo à velocidade normal de cruzeiro num voo de sentido, entre os operadores e órgãos de con-
apoio ou relacionado com a exploração offshore trolo de tráfego aéreo, através da atribuição de
de recursos minerais (incluindo gás) deve estar frequências próprias para o efeito.
equipado com um emissor localizador de emer- (c) A falta de uma cobertura eficaz de comunicações
gência de uso automático (ELT), e um segundo e radar, abrangente a todas as áreas sobrevoadas
ELT, na balsa salva-vidas ou no colete salva- ou a sobrevoar, reduz a possibilidade de emitir
-vidas. informação e/ou alertas ao tráfego que opere
(i) O operador de um helicóptero, ao qual tenha sido numa mesma área de operações, sempre que
emitido um certificado individual de aerona- ocorra um risco de colisão entre aeronaves.
vegabilidade, depois de 1 de Julho de 2008, a (d) Um sistema de informação de tráfego aéreo, para
operar em performance de classe 3, deve estar além de acompanhar os voos, permite identificar
equipado com, pelo menos, um ELT automático, de uma forma constante, a localização dum heli-
sobre a água num ambiente hostil, a uma distân- cóptero a operar sobre o mar (offshore), perante
cia de terra equivalente a dez minutos de voo à a necessidade de serem accionadas acções de
velocidade normal de cruzeiro num voo offshore busca e salvamento em consequência de uma
deve estar equipado com um emissor localizador amaragem ou aterragem de emergência.
de emergência de uso automático (ELT), e um (e) O operador de um helicóptero registado ou a ope-
segundo ELT, na balsa salva-vidas ou no colete rar em território Angolano, independentemente
salva-vidas. da nacionalidade de registo, e envolvido em
(j) O operador deve assegurar que o ELT é capaz de voos de transporte aéreo comercial, com destino
transmitir nas frequências de emergência pres- e origem em plataformas ou instalações petrolí-
critas no Anexo 10 da ICAO Volume III. feras marítimas, deve garantir que em todas as
10.607 (H) Informação sobre o Equipamento de fases de voo do helicóptero, exista uma cober-
Emergência e Sobrevivência a Bordo do Helicóptero tura permanente de comunicações rádio com o
(OFF SHORE ) órgão de serviço de tráfego aéreo apropriado.
(a) O operador deve assegurar que listas contendo Em caso de implementação de um procedimento
informações sobre o equipamento de emergência alternativo, o mesmo deverá ser aprovado pela
e sobrevivência a bordo de todos os seus helicóp- Autoridade, antes da sua publicação e inclusão
teros estejam disponíveis, para poder informar no MOV.
imediatamente os centros de coordenação de Igualmente deverão ser incluídos no MOV da
busca e salvamento. A informação deve incluir, empresa, os procedimentos relacionados com
se aplicável, a quantidade, cor e tipo de balsas falhas de comunicação que indiciem uma emer-
salva-vidas e dispositivos pirotécnicos, detalhes gência ou problema técnico.
dos artigos médicos de emergência, reservas de APÊNDICES
água e o tipo e frequência do equipamento rádio APÊNDICE 1 AO 10.001 (H): Vigilância dos Operadores
portátil de emergência. Estrangeiros de Transporte Aéreo em Território Angolano
10.610 (H) Procedimento Adicional de Comunicações (a) Âmbito
a ser Incluído no MOV de Operadores de Helicópteros Nos termos da Convenção de Chicago, de que o Estado
que Operem em Voos de Apoio, ou Relacionados com Angolano é signatário, cada Estado Membro está
a Exploração de Recursos Minerais, Incluindo Gás, mandatado para definir os termos e respectivas
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(487)
(vi) O Certificado de Registo e o Certificado por um período não inferior a 60 dias, a não
de Aeronavegabilidade actuais para a ser determinado diferentemente.
aeronave da operação; (h) Operação e Performance
(vii) As Licenças aprovadas e em dia para (1) Um Operador Aéreo Estrangeiro deverá cal-
os membros da tripulação cular a massa dos passageiros e da sua
(viii) Aprovação apropriada nas licenças bagagem registada utilizando:
dos tripulantes para a operação Rádio (i) A massa actual de cada passageiro e a
a bordo. actual massa da bagagem; ou
(f) Informação Adicional e ― Forms II que Devem (ii) Valores da Massa, especificados pela
estar Disponíveis a Bordo do Helicóptero Autoridade estrangeira
(1) Um Operador Aéreo Estrangeiro deve asse- (2) O INAVIC poderá requerer que um Operador
gurar que, em adição aos documentos e Aéreo Estrangeiro conduzindo operações
manuais requeridos no NTA 12.267 a), em Angola apresente evidência validando
b), a seguinte informação e respectivas quaisquer valores de massa utilizada.
copias, relevantes ao tipo e área de opera- (i) Regras de Voo no Território da República de
ção. estejam a bordo em cada voo: Angola
(i) Plano de Voo Operacional do Operador (1) Dentro dos limites territoriais da Republica
(Operator Computerized Flight Plan); de Angola, os operadores aéreos estrangei-
(ii) Caderneta Técnica da Aeronave con- ros devem cumprir com as regras de voo
tendo pelo menos a informação
e limitações contidas na Regulamentação
requerida no NTA 12.267;
Angolana.
(iii) NOTAM apropriados e documentação
(2) Os operadores aéreos estrangeiros devem
do briefing AIS;
assegurar que as suas tripulações dispõem
(iv) Informação Meteorológica apropriada;
das licenças apropriadas e averbamen-
(v) Os manifestos de passageiros e carga
tos devidos para as operações aéreas na
a bordo, conforme apropriado para o
Republica de Angola.
voo em causa;
(j) Limite de Idade para Pilotos
(vi) Documento da Massa e Centragem
(1) Os operadores aéreos estrangeiros em opera-
para a aeronave, certificando que a
ções com um só piloto, devem assegurar,
carga transportada está devidamente
quando a operar de e para Angola, o Piloto
distribuída e amarrada com segurança;
Comandante deve ter uma idade inferior
(vii) Notificação de cargas especiais
a 60 anos.
incluindo “Dangerous Goods”; e
(viii) Mapas e Cartas actualizadas para a (2) Os operadores aéreos estrangeiros quando a
área de operação. operar de e para Angola, com aeronaves
(2) O INAVIC pode autorizar que a informação que requeiram mais de um piloto como
detalhada no sub-parágrafo a. acima, ou membros de tripulação Técnica, se um dos
partes do mesmo, para preservar a infor- pilotos tiver uma idade entre 60 anos e até
mação possam ser apresentados de uma 65 anos, o outro piloto deve ter uma idade
forma diferente de impresso em papel, inferior a 60 anos.
desde que essa informação é acessível (k) Proficiência em Língua Inglesa
para a inspecção. (1) Os operadores aéreos estrangeiros quando
(g) Retenção e Utilização de Dados dos Registos de a operar de e para Angola devem assegu-
Voo e de Voz no Cockpit rar que as suas tripulações cumprem com
(1) Após um acidente ou incidente na Republica de os requisitos de proficiência na Língua
Angola, envolvendo uma aeronave de um Inglesa, com pelo menos o nível 4, con-
Operador Aéreo Estrangeiro, ou quando o forme contido no Anexo 1 da ICAO para a
GPIAA ou o INAVIC assim o determinar, Língua Inglesa, e que tal proficiência está
o Operador Aéreo Estrangeiro de uma aero- endossada na licença.
nave equipada com Registadores de Dados (l) Segurança da Aeronave
de Voo e de Dados de Voz na Cabine de (1) Um operador de transporte aéreo estrangeiro
Pilotagem, deve preservar os dados originais deve:
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(489)
(i) Assegurar que todo o pessoal apropriado matérias perigosas aprovado pela Autoridade
para a operação em Angola esteja fami- emissora do COA.
liarizado e cumpre com os requisitos (3) Um operador de transporte aéreo estrangeiro
relevantes do Programa Nacional de deve ter a aprovação devida no OPSPEC
Segurança do País do operador. que está autorizado ou não, a aceitar maté-
(ii) Estabeleça, mantenha e conduza pro- rias perigosas pela Autoridade emissora
gramas de treino aprovados que do COA.
permitem que o pessoal do Operador (4) Quando um operador de transporte aéreo
tome acções e medidas adequadas para estrangeiro esteja autorizado a acei-
a prevenção de Actos Ilícitos de inter- tar matérias perigosas, e disponha de um
ferência na Aviação Civil, tais como Programa para o transporte de matérias
sabotagem ou sequestro da aeronave aprovado pela Autoridade emissora do
e para minimizar as consequências de COA, deve entregar uma cópia desse pro-
tais eventos quando ocorrerem. grama à Autoridade Angolana, INAVIC.
(iii) Após de um acto ilícito de interferên- (n) Transporte de Armas e Munições de Guerra
cia a bordo de uma aeronave o Piloto (1) Um operador de transporte aéreo estrangeiro
Comandante ou na sua ausência, o envolvido em operações de transporte aéreo
Operador deve submeter sem demo- comercial para a República de Angola não
ras um relatório de tal interferência à está autorizado a transportar armas e muni-
Autoridade designada da Republica ções de guerra por via aérea, a não ser que
de Angola e à Autoridade do Pais do esteja munido de uma aprovação para tal
Operador. transporte por todos os Estados a sobrevoar,
(iv) Assegurar-se que a bordo das e assegurar-se que as armas e munições de
aeronaves existem Checklists dos pro- guerra são:
cedimentos serem cumpridos para o (i) Devidamente armazenadas num local
tipo de ocorrência como para armas inacessível aos passageiros, durante o
escondidas, explosivos (bomba a voo;
bordo), ou outro dispositivo perigoso. (ii) No caso de armas de fogo, estas
(v) Nas aeronaves do Operador de devem estar descarregadas, a não ser,
Transporte Aéreo Estrangeiro para que antes de iniciar o voo, disponha
o Transporte de Passageiros, a porta de autorizações emitidas por todos os
do compartimento da Cabine de Países a sobrevoar de que tais armas
Pilotagem deve permitir o bloque- e munições de guerra podem ser
amento da mesma, por dentro do transportadas em circunstâncias que
compartimento, para não permitir o diferem em parte ou no todo do indi-
acesso não autorizado. cado neste parágrafo.
(m) Transporte de Matérias Perigosas por Via (iii) Assegurar-se de que o Piloto
Aérea Comandante é notificado (NOTOC)
(1) Nenhum operador de transporte aéreo estran- antes do voo se iniciar com a localiza-
geiro pode aceitar matérias perigosas para ção a bordo da aeronave de quaisquer
o transporte por via aérea na República de armas ou munições de guerra que se
Angola a não ser que: pretende transportar.
(i) Tenha sido autorizado pela Autoridade (o) Transporte de Armas e Munições Desportivas
emissora do COA (1) Um operador aéreo estrangeiro envolvido em
(ii) Tenha efectuado o treino requerido operações de transporte aéreo comercial
para o seu pessoal para a Republica de Angola, deve tomar
(2) Um operador de transporte aéreo estrangeiro as medidas necessárias para assegurar que
deve classificar devidamente, documen- quaisquer armas desportivas transportadas
tar, certificar, descrever, marcar e etiquetar são devidamente registadas.
uma embalagem para estar em condições de (2) Um operador aéreo estrangeiro que aceite
transporte aéreo, conforme requerido pelo transportar armas desportivas deve
programa do operador para o Transporte de garantir:
(490)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(i) Devem estar armazenadas a bordo da de carga - podem ser divididos pelos
aeronave num local inacessível aos Inspectores.
passageiros durante o voo, a não ser (vi) Os Inspectores devem identificar-se ao
que a Autoridade determine que o cum- Comandante do helicóptero ou, na sua
primento desta regra é impraticável e ausência, a um membro da tripulação
tenha aprovado outros procedimentos de voo ou ao mais alto representante
alternativos; e do operador antes de dar inicio à parte
(ii) No caso de armas de fogo ou outro da inspecção efectuada a bordo.
armamento que possa conter muni- Quando não for possível informar o representante do
ções, estas devem estar descarregados. operador ou quando tal representante não estiver presente no
(3) Um operador aéreo estrangeiro poderá per- helicóptero ou perto dele, o princípio geral a aplicar será o
mitir que um passageiro possa transportar da não realização da Inspecção de Rampa, contudo, em cir-
munições para armas desportivas na baga- cunstancias especiais, pode decidir-se efectuar a Inspecção
gem despachada, conforme aprovado pela de Rampa, mas esta limitar-se-á a uma verificação visual do
Autoridade. exterior da aeronave.
(p) Programa de Avaliação da Segurança de Aero- (vii) Uma inspecção de Rampa não pode
naves Estrangeiras causar um atraso razoável na partida
(1) O INAVIC estabelece um Programa de da aeronave inspeccionada.
Avaliação da Segurança de aeronaves Podem ser causas de atraso, entre outras, dúvidas relati-
estrangeiras que transitem nos Aeroportos vas à preparação do voo, à aeronavegabilidade da aeronave
Internacionais Angolanos, tendo como ou a quaisquer matérias directamente relacionadas com a
base os procedimentos de inspecções de Segurança da Aeronave e dos seus ocupantes.
Rampa, de acordo com o apêndice 1 ao (viii) No relatório da inspecção de Rampa,
10.001: cada elemento da lista inspeccionado
(i) As Inspecções de Rampa para a é objecto de uma descrição detalhada
segurança das aeronaves estrangei- especificando o âmbito e o método de
ras particularmente susceptíveis de inspecção, com referência às exigên-
apresentarem deficiências a nível cias pertinentes dos Anexos da ICAO.
de segurança, são efectuadas pelo (ix) A inspecção e as não conformidades
INAVIC, tendo como objectivo o que eventualmente desta resultem têm
aumento dos níveis de segurança de reflectir se no relatório da inspec-
das aeronaves estrangeiras que tran- ção de placa depois de concluída a
sitem nos aeroportos internacionais inspecção.
Angolanos. (x) Uma cópia do formulário do certificado
(ii) As normas da ICAO e os procedimen- de inspecção de Rampa, contendo
tos suplementares dos Normativos pelo menos os elementos constantes
Técnicos Aeronáuticos da Republica no apêndice 1 ao 10.001, é entregue
de Angola aplicáveis, constituem a uma cópia ao comandante da aeronave
base para a inspecção de um helicóp- ou, na sua ausência, a um membro
tero de um operador estrangeiro. da tripulação de voo ou ao mais alto
(iii) As inspecções ao estado técnico de representante do operador presente no
uma aeronave são efectuadas com helicóptero ou perto dele. A pessoa
base nas normas do fabricante do que recebe o certificado de inspec-
helicóptero. ção deve assinar um comprovativo da
(iv) Os elementos a inspeccionar são esco- recepção, o qual deve ser guardado
lhidos de entre os mencionados na lista pelo INAVIC. A eventual recusa de
de verificação constante no apêndice 1 assinatura é registada no documento.
ao 10.001, que contem um total de 11 (xi) O INAVIC cria uma Base de Dados
áreas compreendendo 85 elementos. onde são introduzidos os relatórios das
(v) As Inspecções de Rampa devem ser rea- inspecções de Rampa, centralizada no
lizadas por dois ou mais inspectores, Programa de Avaliação da Segurança
os principais elementos da inspecção de Aeronaves Estrangeiras.
- a inspecção visual ao exterior do (xii) Após a conclusão da Inspecção de
helicóptero, a inspecção à cabine de Rampa, e logo que possível, não ultra-
pilotagem e a inspecção à cabine de passando o prazo máximo de 15 dias
passageiros e ou aos compartimentos úteis após a data da inspecção, mesmo
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(491)
(1) Horas de instrução: Num período de vinte e segurança do voo e que tenha inscrito
quatro horas consecutivas, um instrutor de na caderneta; e
voo não deve ministrar mais do que oito (ii) O estudante possui na sua caderneta
horas de instrução de voo. a devida recomendação para o voo de
(2) Qualificações exigidas: Nenhum instrutor viagem na marca e modelo de aero-
deve ministrar instrução em helicópteros nave a ser voada.
em relação aos quais não seja detentor: (3) A outorga de privilégios do voo solo em espa-
(i) De uma licença de piloto e uma licença ços aéreos de classe B na autorização ou
de instrutor de voo com averbamento na caderneta de um aluno piloto, a menos
da respectiva qualificação de categoria que tal instrutor se tenha assegurado que:
e classe; e (i) Ministrou ao aluno piloto a instrução em terra e em
(ii) Se apropriado, a qualificação do tipo, e voo no mesmo espaço aéreo de categoria B ou
(iii) Para a instrução do voo por instru- no aeródromo nele localizado; e
mentos, ou para instrução de uma (ii) O aluno piloto é proficiente na operação segura do
qualificação tipo não limitada ao voo helicóptero, no tipo de espaço aéreo, aeródromo,
VFR, uma qualificação apropriada do ou heliporto.
voo por instrumentos averbada na sua (4) Averbar na caderneta de voo de um piloto
licença de piloto e de instrutor de voo. qualquer voo efectuado, a menos que tal
(b) Limitações nas recomendações: o instrutor de instrutor tenha efectuado uma verificação
voo não deve recomendar: ou voo de treino ao referido piloto, em
(1) A outorga de privilégios do voo solo na conformidade com as exigências estabe-
autorização ou na caderneta de um aluno lecidas; ou
piloto, a menos que tal instrutor: (5) Averbar uma caderneta de piloto para veri-
(i) Tenha ministrado a instrução de voo ficação de proficiência do voo por
exigida para que o aluno piloto possa instrumentos, a menos que tal instru-
exercer os privilégios do voo solo, con- tor tenha efectuado uma verificação a tal
forme exigido no presente normativo; piloto em conformidade com as exigên-
(ii) Tenha concluído após avaliar o pro- cias estabelecidas.
gresso efectuado, que o aluno piloto
(c) Instrução helicópteros multimotor. Um instru-
está preparado para efectuar com
tor de voo não deve ministrar a instrução exigida
segurança os voos nas condições nor-
para a emissão de uma licença ou qualificação
mais previstas de voo, cumprindo
de multimotor em helicópteros, a menos que tal
com todas as limitações que o instru-
instrutor de voo possua pelo menos cinco horas
tor considerar necessárias e registar na
caderneta do aluno piloto; de voo como PIC no mesmo tipo e modelo de
(iii) Tenha ministrado a instrução de voo helicóptero multimotor.
na marca e modelo de aeronave ou (d) Instrução inicial a outros instrutores de voo.
numa marca e modelo similar e equi- Um instrutor de voo que ministrar instrução a
valente da aeronave na qual serão instruendos que se candidatem pela primeira vez
exercidos os privilégios do voo solo; à qualificação de instrutores de voo, deve obser-
(iv) Tenha registado na caderneta do aluno var ao seguinte:
piloto, a marca e modelo específico de (1) Nenhum instrutor de voo deve ministrar ins-
aeronave a ser voada. trução a um candidato a uma qualificação
(2) A outorga de privilégios do voo solo de via- de instrutor que nunca tenha sido deten-
gem na autorização ou na caderneta de um tor de uma licença de instrutor de voo, a
aluno piloto, a menos que tal instrutor se menos que:
tenha assegurado que: (i) Nos últimos 24 meses de calendário, tal
(i) A preparação do instruendo para o voo, instrutor seja detentor de uma licença
a planificação, os equipamentos e os válida de instrutor teórico (em terra)
procedimentos propostos são ade- ou de voo com a qualificação apro-
quados para o voo a efectuar sob as priada, e tenha ministrado pelo menos
condições prevalecentes e em obser- 40 horas de instrução em terra; ou
vância a quaisquer limitações que o (ii) Preencha as exigências aplicáveis de
instrutor considere necessárias para a elegibilidade;
(496)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(1) Não seja praticável reparar ou substituir o o helicóptero já não puder mover-se pelos seus
registador de parâmetros de voo antes do próprios meios. Mais, havendo disponibilidade
início do voo; eléctrica, o gravador de voz da cabina de pilota-
(2) O helicóptero não exceda os próximos oito gem deve entrar em funcionamento o mais cedo
voos consecutivos com o registador de possível durante as verificações da cabina de
parâmetros de voo fora de serviço; pilotagem realizadas com motor desligado antes
(3) Não tenham decorrido mais de setenta e duas
do início do voo, e funcionar até às verificações
horas desde o momento em que foi consta-
da cabina de pilotagem realizadas imediatamente
tado que o registador de parâmetros de voo
a seguir ao corte do motor no final do voo.
estava avariado;
(h) O gravador de voz da cabina de pilotagem deve
(4) Quaisquer gravadores de voz da cabina
de pilotagem cujo transporte é exigido ter um dispositivo para ajudar a sua localização
estejam operativos, excepto quando cons- na água.
tituam uma unidade mista com o registador (i) Para helicópteros com um peso máximo à descola-
de parâmetros de voo. gem de 2.730 kg, o gravador de voz da cabina de
(i) A utilização de FDRs cobertos por uma cobertura pilotagem pode ser combinado com o registador
metálica, deve ser descontinuada a partir de 1 de de parâmetros de voo.
Janeiro de 1995. (j) Qualquer helicóptero pode ser despachado com o
(j) A utilização de FDRs analógicos, que utilizem uma gravador de voz da cabina de pilotagem previsto
frequência modular (FM), deverá ser desconti- nesta secção inoperativo desde que:
nuada a partir de 5 de Novembro de 1998. (1) Não seja praticável reparar ou substituir o
(k) A utilização de FDRs que recorram à utilização gravador de voz da cabina de pilotagem
fotográfica, deverá ser descontinuada a partir de antes do início do voo;
1 de Janeiro de 2003. (2) O helicóptero não exceda a próxima sequên-
Gravadores de voz da cabina de pilotagem: cia de oito voos com o gravador de voz da
(a) Comunicações de voz transmitidas ou recebidas cabina de pilotagem fora de serviço;
pela tripulação de voo via rádio incluindo, se (3) Não tiverem decorrido mais de setenta e duas
possível, os tempos de emissão e/ou recepção horas desde a constatação de que o grava-
das mensagens; dor de voz da cabina de pilotagem estava
(b) O ambiente auditivo da cabina de pilotagem avariado;
incluindo, ininterruptamente, sinais áudio rece- (4) Quaisquer registadores de parâmetros de
bidos de todos os microfones da tripulação de voo exigidos estejam operativos, excepto
voo em uso; quando constituem uma unidade mista com
(c) Comunicações de voz entre a tripulação de voo o gravador de voz da cabina de pilotagem.
na cabina de pilotagem através do sistema de APÊNDICE 1 AO 10.255 (H): Oxigénio Portátil a
interfonia do helicóptero; Transportar a Bordo de Helicópteros não Pressurizados
(d) Sinais de voz ou auditivos identificando as ajudas que Operem Acima de 10.000 Pés (700 hPa)
à aproximação e à navegação introduzidos num Quadro n.º 1
auscultador ou num altifalante; Abastecimento para Duração e altitude de pressão
(e) Comunicações de voz entre a tripulação de voo 1 - Todos os ocupantes dos assento Todo tempo de voo em altitude de pressão
da cabina de pilotagem em serviço na superior a 10.000 pés (700 hPa)
na cabina de pilotagem através do sistema de mesma
intercomunicação, se possível. Todo o tempo de voo em altitude pressão su-
2 - Todos os tripulantes de cabine e perior a 13.000 pés durante qualquer p e r í
(f) O gravador de voz da cabina de pilotagem deve ser tripulantes adicionais o d o de tempo superior a trinta minutos em
altitudes pressão superiores a 10.000 pés mas
capaz de guardar informações registadas durante não ultrapassando os 13.000 pés.
pelo menos a última hora do seu funciona- 3 – 100% dos passageiros * Todo o tempo de voo em altitude pressão su-
perior a 13.000pés
mento, excepto em helicópteros com uma massa Todo o tempo de voo após trinta minutos em
4 - 10% dos passageiros * altitudes pressão superiores a 10.000 pés mas
máxima à descolagem de 7000 kg ou menos, em não ultrapassando os 13.000 pés.
cujo caso esse período pode ser reduzido para Nota: Para fins deste quadro, “passageiros” significa os
trinta minutos. passageiros efectivamente transportados e inclui crianças de
(g) O gravador de voz da cabina de pilotagem deverá menos de 2 anos
arrancar automaticamente antes que o helicóptero APÊNDICE 1 AO 10.333 (H) Carregamento, Cálculos
comece a mover-se pelos seus próprios meios, e de Massa e Centragem em Operações de Helicóptero
continuar a registar até ao fim do voo, quando (a) Valores de massa para a tripulação:
(498)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Na determinação das margens de CG, devem ser itens de bagagem verificada têm de ser
tidos em conta possíveis desvios da distri- pesados.
buição da carga assumida. Quando houver (k) Documentos de massa e centragem — Os documen-
liberdade de escolha de lugares, o opera- tos de massa e centragem devem conter as seguin-
dor deve estabelecer procedimentos a fim tes informações:
de garantir a adopção de medidas correc- (1) A matrícula de identificação do voo e data;
tivas pela tripulação de voo ou de cabina, (2) A identidade do comandante;
caso se verifique uma escolha de lugares (3) A identidade da pessoa que preparou o
demasiado longitudinal. As margens de documento;
CG e os procedimentos operacionais afins, (4) A massa de operação vazia e o respectivo CG
incluindo pressupostos relativamente à do helicóptero;
distribuição dos passageiros, devem ser (5) A massa do combustível à descolagem e a
aceitáveis pela autoridade. massa do combustível que se prevê con-
(2) Centro de gravidade em voo — O operador sumir no voo;
deve demonstrar que os procedimentos têm (6) A massa dos bens de consumo que não o
plenamente em conta a extrema variação no combustível;
CG durante o voo resultante da movimenta-
(7) Os componentes da carga, incluindo passa-
ção dos passageiros/tripulação e do consumo/
geiros, bagagem, carga comercial e lastro;
transferência de combustível.
(8) Massa à descolagem, massa à aterragem e
(3) Massas de passageiros — As massas de passa-
massa sem combustível;
geiros devem incluir a massa dos objectos
(9) A distribuição da carga;
pessoais transportados pelos passageiros na
(10) As posições CG do helicóptero aplicáveis;
altura do embarque. Na amostragem alea-
(11) Os valores limite de massa e CG;
tória de massas de passageiros, as crianças
(12) Mediante a aprovação da autoridade, o ope-
de menos de 2 anos são pesadas juntamente
rador pode omitir alguns desses elementos
com o acompanhante adulto.
nos documentos de massa e centragem.
(4) Local de pesagem — Para a pesagem dos pas-
(l) Alteração de última hora. — Sempre que uma
sageiros, deve ser seleccionado um local
o mais próximo possível do helicóptero, alteração de última hora ocorra após o preenchi-
num sítio onde uma alteração na massa do mento dos documentos de massa e centragem, o
passageiro em virtude do abandono ou da comandante deve ser informado, e a alteração de
compra de mais objectos pessoais antes de última hora será averbada na documentação. A
embarcar no helicóptero é improvável. alteração máxima permitida ao número de pas-
(5) Instrumento de pesagem. — O instrumento de sageiros ou à carga da bagageira, aceitável como
pesagem a ser usado para a pesagem dos pas- alteração de última hora, deve ser especificada
sageiros deve ter uma capacidade de pelo no MOV. Se este valor for ultrapassado, devem
menos 150 kg. A massa deve ser indicada em ser preenchidos novos documentos de massa e
graduações mínimas de 500 g. centragem.
O instrumento de pesagem deve ter um grau (m) Sistemas informáticos. — Sempre que os documen-
de precisão de 0,5% ou 200 g, o que for tos de massa e centragem provenham de um sistema
maior. de cálculo de massa e centragem computorizado, o
(6) Registo de valores de massa. — A massa dos
operador deve conferir o rigor dos dados apurados.
passageiros, a respectiva categoria (isto é,
O operador deve estabelecer um sistema para veri-
homens/mulheres/crianças) e o número do
ficar se as emendas feitas aos valores introduzidos
voo devem ser registados.
foram devidamente incorporadas no sistema, e que
(7) Bagagem verificada — O método estatís-
tico para determinar os valores de massa o sistema está a funcionar correctamente de forma
padrão revistos aplicáveis às bagagens continuada, mediante a verificação dos valores
baseado na massa média de bagagens com finais em intervalos não superiores a seis meses.
as dimensões mínimas exigidas para fins (n) Sistemas de bordo para cálculo de massa e centra-
de amostragem, é basicamente igual ao gem — O operador deve obter a aprovação da
utilizado para passageiros previsto. autoridade, se quiser utilizar um sistema infor-
Para as bagagens, a margem de segurança rela- mático a bordo para calcular massa e centragem
tiva (precisão) é de 1%. Pelo menos, 2.000 como fonte primária do despacho.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(501)
(o) Envio de elementos. — Sempre que os documen- (viii) Competência para rotas e aeródro-
tos de massa e centragem forem enviados para mos — três anos
os helicópteros via data link, uma cópia da docu- (ix) Formação e qualificação para opera-
mentação final sobre massa e centragem aceite ções específicas (por exemplo, operações
pelo comandante deve ser conservada em terra. CAT II/III, guincho, carga suspensa) —
três anos
APÊNDICE 1 AO 10.360 (H) Retenção e Conservação
(x) Formação sobre carga perigosa, con-
da Documentação de Voo em Operações de Transporte
forme aplicável — três anos
Aéreo Comercial de Helicóptero
(4) Registos de tripulantes de cabina —
(a) O operador deve assegurar que as seguintes Registos de tripulantes:
informações/documentos sejam conservados de (i) Tempos de voo e de repouso; formação
forma aceitável, acessível à autoridade, durante inicial, de conversão e de diferen-
os períodos indicados nos parágrafos seguintes: ças (incluindo as verificações) — 15
(1) Informação utilizada para a preparação e meses; durante o tempo em que o tri-
a execução de um voo: pulante estiver ao serviço do operador.
(i) Plano de voo operacional — três meses (ii) Formação recorrente e de refresca-
(ii) Caderneta técnica da aeronave — 24 mento (incluindo verificações) — até
meses após a data do último registo 12 meses após o tripulante deixar de
(iii) Documentação de briefing NOTAM/ trabalhar para o operador.
AIS específica às rotas, se publicada (iii) Formação sobre carga perigosa, con-
pelo operador — três meses forme aplicável — três anos
(5) Registos de outro pessoal de operações:
(iv) Documentação sobre massa e centra-
(i) Registos de formação/qualificação de
gem — três meses
outro pessoal envolvido na operação
(v) Notificação de cargas especiais,
de helicópteros, com um programa
incluindo informação escrita ao
aprovado de formação — dois últimos
comandante sobre carga perigosa — registos de formação
três meses. (6) Outros registos:
(2) Relatórios: (i) Registos do sistema de qualidade —
(i) Diário de navegação — três meses cinco anos
(ii) Relatório(s) de voo para registar deta- (ii) Mercadorias perigosas, documento de
lhes de qualquer ocorrência, como transporte — três meses depois do voo
indicado na Regulamentação, ou qual- (iii) Mercadorias perigosas, checklist de
quer acontecimento que o comandante aceitação — três meses depois do voo
entenda dever comunicar/registar — APÊNDICE 1 ao 10.405 (H): Procedimento de Acerto
três meses Altimétrico
(iii) Relatórios de excessos de tempos Todos os tripulantes devem efectuar o acerto altimé-
de voo ou de redução de tempos de trico para operação das suas aeronaves utilizando a tabela
repouso — três meses seguinte:
(3) Registos do pessoal técnico de voo — Quadro 1
Pressão atmosférica prevalecente Nível de voo mais baixo utilizável
Registos de tripulantes:
(i) Tempos de voo e de repouso — 15 1013.25 hPa ou superior Nível de transição publicado
meses Abaixo de 1013.25 hPa Nível de transição publicado adicionado de 1000 pés
(2) Notificar se possível, o órgão apropriado dos (i) Sempre que as instruções recebidas via
serviços de controlo de tráfego aéreo com rádio a partir do órgão ATS conflituarem
jurisdição sobre a área; com os sinais visuais efectuados pela aero-
(3) Tentar estabelecer comunicação rádio com a nave interceptora, a aeronave interceptada
aeronave interceptora na frequência 130.0 deve solicitar de imediato a sua clarifica-
MHz ou com o órgão apropriado de inter- ção enquanto continua a cumprir com as
cepção efectuando uma chamada geral na instruções visuais efectuadas pela aeronave
frequência de emergência 121.5 MHz, for- interceptora.
necendo a sua identificação e a natureza (ii) Sempre que as instruções recebidas via rádio
do voo e caso não seja possível estabelecer
a partir do órgão ATS conflituarem com
contacto, repetir se praticável tal chamada
as instruções emitidas via rádio pela aero-
em todas as frequências designadas para a
nave interceptora, a aeronave interceptada
área onde se encontra a operar adicionado
deve solicitar de imediato a sua clarificação
da frequência 243 MHz;
enquanto continua a cumprir com as instru-
(4) Se Estiver equipada de ADS-B ou ADS-C,
ções transmitidas via rádio pela aeronave
seleccionar as funcionalidades apropria-
das e disponíveis de emergência, a menos interceptora.
que o órgão apropriado dos Serviços de (iii) Comunicação rádio durante a intercepção.
Tráfego Aéreo tenha instruído de outra (c) Se durante a intercepção for possível estabelecer contacto
forma; rádio, mas existirem dificuldades de entendimento da
(5) Se estiver equipado com transponder SSR, língua utilizada, as instruções devem ser comunica-
seleccionar o modo A, código 7700, a das através do uso da fraseologia constante da
menos que tenha sido instruído em contrá- tabela abaixo, sendo cada frase transmitida duas
rio pelo órgão apropriado dos serviços de vezes:
tráfego aéreo.
Quadron.º 1
Frases a usar pela Aeronave Interceptora Frases a usar pela Aeronave Interceptada
MAYDAY MAYDAY
Estou em emergência
HIJACK HI-JACK
Piratas a bordo
Solicito aterrar em
LAND (place name) LAAND (place name)
(nome do local)
2. A identificação a ser transmitida deve ser a mesma utilizada nas comunicações radiotelefónicas com os órgãos dos serviços de
3. Nem sempre as circunstâncias permitem fazer uso do termo ― HIJACK‖, pelo que os pilotos devem usar a sua descrição o que for mais conve-
niente de acordo com as circunstâncias.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(503)
Quadro n.º 2
(d) Sinais iniciados pela aeronave interceptora e resposta da aeronave interceptada
RESPOSTA DA AERONAVE
SINAS DA AERONAVE INTERCEPTORA SIGNIFICADO SIGNIFICADO
INTERCEPTADA
Quadro n.º 3
(e) Sinais iniciados pela aeronave interceptada e resposta da aeronave interceptora
RESPOSTAS DA AERONAVE
SINAIS DA AERONAVE INTERCEPTADA SIGNIFICADO SIGNIFICADO
INTERCEPTORA
Dia ou Noite – Ligando ou desligando regulamente todas as luzes Incapaz de Dia ou Noite – Uso de sinais da série
5 Entendido
disponíveis, de maneira distinta do piscar normal das luzes. cumprir. 2 para aeronave interceptora.
(f) Sinais visuais utilizados para alertar aeronaves manualmente, mas a sua transmissão por meio de um instru-
não autorizadas que estejam prestes a entrar, ou mentos automáticos é recomendada.
a voar em áreas restritas, proibidas ou perigosas 3270 — O sinal de alarme radiotelefónico consiste de
durante o dia e durante a noite, o disparo de uma dois tons de áudio de frequência substancialmente sinusoi-
série de projécteis pirotécnicos efectuados a dais transmitidos alternadamente. Um tom deve ter uma
partir do solo a intervalos de 10 segundos cuja
frequência de 2200 Hz e a outra frequência de 1300 Hz, a
queima mostre faíscas de cor vermelha e verde,
duração de cada tom é de 250 milissegundos.
indicarão que a aeronave não está autorizada
3271 — O sinal de alarme radiotelefónico, quando
a aproximar-se ou a voar sobre uma área
gerado por meios automáticos, deve ser enviado continua-
restrita, proibida ou perigosa e deve tomar
mente por um período de pelo menos trinta segundos, mas
necessariamente acções correctivas para aban-
donar tal área. não excedendo um minuto; quando gerado por outros meios,
APÊNDICE 1 AO 10.480 (H): Sinais Universais de o sinal deve ser enviado continuamente conforme praticável
Urgência e Perigo na Aviação num período de aproximadamente um minuto.
(a) Os Sinais de Perigo — Utilizados em conjunto (b) Os Sinais de Urgência — utilizados em conjunto
ou separadamente em caso de perigo, signifi- ou separadamente, significam que uma aeronave
cam ocorrência de perigo grave e iminente que quer dar a conhecer a existência de dificuldades,
necessita de assistência imediata: solicitando prioridade na aterragem mas sem
Nota 1: Nenhuma das disposições desta secção deve necessidade de assistência imediata:
impedir o uso, pela aeronave em perigo, de quaisquer outros
(1) Ligar e desligar repetidas vezes as luzes de
meios à sua disposição para chamar atenção, dar a conhecer
aterragem; e
a sua posição e obter ajuda.
(2) Ligar e desligar repetidas vezes as luzes de
Nota 2: Para maiores detalhes sobre os procedimentos
navegação de tal forma que seja distinto
de transmissão de telecomunicações para os sinais de perigo
do seu funcionamento normal.
e urgência, veja Anexo 10 da ICAO, Volume II, Capítulo 5.
Nota 3: Para detalhes sobre os sinais visuais de busca e (c) Os seguintes sinais utilizados em conjunto ou
(1) Um sinal radiotelegráfico ou efectuado por possui uma urgência, ou pretende transmitir uma
um outro método de sinalização que con- mensagem relativa a uma urgência que esteja a
siste do grupo SOS (●●● — — — .●●●. afectar a segurança de outra aeronave ou veículo
em código de Morse); à superfície:
(2) Um sinal enviado por radiotelegrafia consti- (1) Um sinal enviado por radiotelegrafia ou por
tuído por palavras faladas MAYDAY; outro método de sinalização consistindo
(3) Projécteis pirotécnicos de luzes vermelhas, de um grupo de XXX.
lançados em intervalos curtos;
(2) Sinal de urgência transmitido em radiotelefo-
(4) Pára-quedas pirotécnico de luz vermelha.
nia PAN, PAN.
Nota: O Artigo 41 da ITU Programa do Rádio (Nos
(3) Sinal de urgência médica transmitido em
3268, 3270 e 3271) fornece informação sobre os sinais de
radiotelefonia PAN PAN MEDICAL
alarme para sistemas de auto alarme de actuação radiotele-
APÊNDICE 2 ao 10.480 (H): Sinais Universais para o
gráfica e radiotelefónica:
3268 — O sinal de alarme radiotelegráfico consiste de Controlo do Tráfego do Aeródromo
uma série de doze bips enviados por minutos, a duração de (a) Sinais para o tráfego de aeródromo — Os sinais
cada bip é de quatro segundos e a duração do intervalo entre seguintes devem ser utilizados e interpretados
bips consecutivos um segundo. Isto pode ser transmitido como se segue:
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(505)
Quadro n.º 1
Luz
Direccionado es-
pecificamente para
Luz vermelha intermitente Aeródromo inseguro, não aterre Liberte a área de aterragem em uso
aeronave envolvida
(veja figura 1.1)
Aterre neste aeródromo e proceda para a placa de esta- Volte para o ponto de partida no aeró-
Luz branca intermitente
cionamento* dromo
Quadro n.º 2
(506)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(c) Os pilotos devem acusar a recepção dos sinais dos A mesma figura em forma de haltere, mas com barras
controladores de Aeródromos da seguinte forma: pretas posicionadas perpendicularmente nas partes circula-
(1) Em voo: res, exibida na área de sinais, indica que as aeronaves devem
(i) Durante o dia, balançando lateral da aterrar, descolar e rolar somente nas pistas e caminhos de
aeronave. circulação, mas as outras manobras não são necessariamente
Nota: Este sinal não é efectuado durante a perna de base confinadas às pistas e caminhos de circulação.
e aproximação final, pelo que deve ser utilizado o disposto
em (ii).
(ii) Durante a noite ou períodos de obs-
curidade, acendendo e apagando
duas vezes as luzes de aterragem ou,
se não estiver equipada com as mes- Pistas de aterragem e caminhos de circulação fechados
mas, acendendo e apagando as luzes — Uma cruz de cor contrastante amarela ou branca exi-
de navegação. bida nos extremos de uma pista, caminho de circulação ou
(2) No Solo: troço(s) deste(s), indicam que área confinada não está prepa-
Durante a noite ou períodos de obscuridade, rada para o movimento de aeronaves.
acendendo e apagando duas vezes as luzes
de aterragem ou, se não estiver equipada
com as mesmas, acendendo e apagando as
luzes de navegação.
APÊNDICE 3 de 10.480 (H): Sinais Universais de
Solo Para o Tráfego do Aeródromo
(a) As autoridades do aeródromo devem usar os
seguintes sinais visuais de solo nas seguintes
situações: Direcção de descolagem e aterragem: Um T horizontal
Proibição de aterragem — Um painel quadrado horizon- de cor branca ou laranja indica às aeronaves a direcção a ser
tal vermelho com duas barras diagonais amarelas, exibido na utilizada pelas aeronaves durante as descolagens e aterra-
gens que deve ser paralela à perna do T.
área de sinais indica que as aterragens são proibidas e que a
Nota: Quando usado à noite, o T de aterragem é ilumi-
proibição é prolongada.
nado ou representado por luzes de cor branca.
Operação de planadores — Uma dupla de cruz branca Nota. — Este sinal efectuado por uma
pessoa na extremidade da asa, fornece in-
exibida numa área de sinais indica que o aeródromo está dicação para o piloto, sinaleiro principal ou
sendo utilizado por planadores em plena actividade. operador do reboque (push-back) que o movi-
mento da aeronave de ou para a posição de
parqueamento estará seguro/desobstruído.
Calços colocados
Calços removidos
Volte enquanto recua (cauda para di- Mova-se horizontalmente para a esquer-
reita) da (do ponto de vista do piloto)
Aponte o braço esquerdo para baixo e Estenda o braço direito lateralmente forman-
mova repetidamente o braço direito esten- do um ângulo de 90 graus com o flanco direito do
dido para cima e para baixo entre o nível da corpo. Mova repetidamente o braço esquerdo em
cintura para cima da cabeça. forma de pêndulo para o lado direito.
Volte enquanto recua (cauda para es- Mova-se horizontalmente para a direita
querda) (do ponto de vista do piloto)
Aponte o braço direito para baixo e Estenda o braço esquerdo lateralmente for-
mova repetidamente o braço esquerdo esten- mando um ângulo de 90 graus com o flanco es-
dido para cima e para baixo entre o nível da querdo do corpo. Mova repetidamente o braço
cintura para cima da cabeça. direito em forma de pêndulo para o lado es-
querdo.
Levante o braço direito acima da cabeça Cruze os braços com as mãos ou reflectores
com o reflector apontando para cima, ou faça para baixo à frente do corpo, ao nível dos quad-
o sinal de afirmativo com a mão fechada e ris.
o polegar apontado para cima. Mantenha o
braço esquerdo estendido ao longo do corpo.
Levante o braço direito acima da cabeça e Evacuação recomendada com base na aval-
feche a mão em forma de punho ou segure o re- iação da situação externa efectuada pelo oficial
flector na posição horizontal; mantenha o braço dos serviços de salvamento e combate a incên-
dios e do incidente efectuada pelo comandante
esquerdo apontando para baixo ao longo do flan- da aeronave.
co esquerdo do corpo.
Braço estendido horizontalmente para frente
do corpo dobrando-o repetidamente ao nível do
cotovelo para cima em direcção a face e para
baixo. O outro braço deve manter-se baixado
junto ao corpo.
Ligação do gerador de potência (Sinal de co-
municação em assistência técnica/ manutenção) Recomenda-se a paragem
Mantenha os dois braços acima da cabeça; Recomendação para que seja interrompida
abra a mão esquerda horizontalmente e mova as a evacuação em curso, que seja interrompido
pontas dos dedos da mão direita e toque a palma qualquer movimento da aeronave ou outra ac-
da mão esquerda formando um ―T‖. De noite tividade que estiver em progresso.
os reflectores podem ser utilizados para formar o
―T‖ sobre a cabeça. Cruzar os braços a frente da cabeça, sobre-
pondo os pulsos ou reflectores em forma de X.
Negativo (Sinal de comunicação em as- (b) Sinais do piloto da aeronave para o sinaleiro no
sistência técnica/ manutenção)
solo:
Posicione o braço direito horizontalmente ao (1) O Piloto Comandante ou o Co-piloto devem
nível do ombro fazendo um ângulo de 90 graus utilizar os sinais abaixo descritos sempre
com o corpo, apontando o polegar ou o reflec- que estiverem em comunicação com o
tor para baixo em direcção ao solo. Mantenha o
braço esquerdo estendido para baixo ao longo do
sinaleiro;
flanco esquerdo do corpo. Nota: Tais sinais destinam-se ao uso pelos tripulantes na
cabina de pilotagem com as mãos iluminadas e bem visí-
veis, conforme necessário, para facilitar a sua observação
pelo sinaleiro.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(511)
APÊNDICE 1 AO 10.495 (H): Classes de Espaço Aéreo, Níveis de Cruzeiro VFR e Mínimos VMC
Quadro N.º 1
A *** B C D E F G
Acima de 900 m (3000 pés) AMSL ou A ou abaixo de 900 m (3000 pés)
Classe do Espaço Aéreo acima de 300 m (1000 pés) AGL AMSL ou 300 m (1000 pés) AGL
Conforme o que for mais alto Conforme o que for mais alto
* Quando a altitude de transição for inferior a 3050 m (10000 pés) AMSL, deve ser utilizado o FL 100 em vez de 10000 pés
APÊNDICE 1 AO 10.510 (H): Instrumentos de Voo sageiro de nove ou menor, ou uma massa máxima aprovada
e Navegação, Associados a Operações IFR ou Nocturnas à descolagem de 3175 kg ou menos.
(a) O operador não deve operar um helicóptero em (5) Um variómetro;
IFR ou à noite de acordo com as regras VFR, (6) Um indicador de coordenação de volta;
excepto se estiver equipado com os instrumentos (7) Um horizonte artificial para cada piloto,
de voo e navegação e equipamentos associados sempre que sejam exigidos dois pilotos na
e, sempre que aplicável, nas condições previstas operação;
nas alíneas seguintes: (8)Um horizonte artificial de emergência, passí-
(1) Uma bússola magnética; vel de ser utilizado a partir do posto de um
(2) Um relógio preciso que indique o tempo em dos pilotos que:
horas, minutos e segundos; (i) Funcione de forma fiável durante pelo
(3) Dois altímetros de pressão sensíveis calibra- menos trinta minutos ou o tempo exi-
dos em pés, com uma subescala regulável gido para alcançar um alternante de
calibrada em hectopascais/milibares, ajus- aterragem apropriado em operações
tável para qualquer pressão barométrica sobre terreno hostil ou offshore, o que
susceptível de ser encontrada durante
for maior, na sequência de uma falha
o voo. Em operações nocturnas VFR
total do sistema gerador eléctrico,
com um único piloto, um dos altímetros
tendo em conta outras sobrecargas
de pressão pode ser substituído por um
sobre o gerador de emergência e os
rádio-altímetro;
procedimentos operacionais;
(4) Um velocímetro com um tubo pitot aquecido
ou meios equivalentes, a fim de evitar o (ii) Funcione independentemente de quais-
mau funcionamento devido à condensação quer outros indicadores de atitude;
ou à formação de gelo em helicópteros (iii) Entre em funcionamento automati-
com uma massa máxima certificada à des- camente após a falha total do sistema
colagem superior a 3175 kg ou com uma gerador eléctrico;
configuração máxima de lugares de passa- (iv) Esteja devidamente iluminado durante
geiro superior a nove. todas as fases do voo;
A exigência de um sistema de alerta de falha do fila- (9) No cumprimento do disposto na alínea (8),
mento de aquecimento do pitot não se aplica a helicópteros deve ser claramente visível para a tripu-
com uma configuração máxima aprovada de lugares de pas- lação de voo que o horizonte artificial de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(513)
Quadro n.º 1
Caminho Magnético
Entre 000º a 179º Entre 180º a 359º
FL Metro Pés FL Metros Pés
010 300 1000 020 600 2000
030 900 3000 040 1200 4000
050 1500 5000 060 1850 6000
070 2150 7000 080 2450 8000
090 2750 9000 100 3050 10000
110 3550 11000 120 3650 12000
130 3950 13000 140 4250 14000
150 4550 15000 160 4900 16000
170 5200 17000 180 5500 18000
190 5800 19000 200 6100 20000
210 6400 21000 220 6700 22000
230 7000 23000 240 7300 24000
250 7600 25000 260 7900 26000
270 8250 27000 280 8550 28000
290 8850 29000 ... /... ... /... ... / ...
... / ... ... / ... ... / ... 430 13100 43000
450 13700 45000 470 14350 47000
490 14950 49000 510 15550 51000
530 16150 53000 etc. etc. etc.
(514)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Nota 1: Os pilotos de aeronaves IFR que tenham de efec- (2) Para operações nocturnas devem existir luzes
tuar manobras evasivas para evitar colisões em voo, podem de terra para iluminar a FATO/pista even-
utilizar os níveis de voo VFR acima do FL195. tuais obstáculos, salvo se de outra forma
Nota 2: Em caso de manobra evasiva, os pilotos devem for acordado pela autoridade.
seguir as instruções do TCAS. (c) RVR/visibilidade requerida:
Nota 3: As linhas marcadas com o sinal (.../...) pertencem (1) Relativamente a operações na classe de per-
ao espaço aéreo RVSM que possui tabela própria. formance 1, o operador deve estabelecer
APÊNDICE 1 AO 10.540 (H) Mínimos de Operação um RVR e visibilidade respectivamente
para Heliportos RVR/VIS como mínimos de descolagem
(a) Mínimos de descolagem: de acordo com o quadro seguinte:
(1) Os mínimos de descolagem estabelecidos
pelo operador têm de ser expressos como Quadro n.º 1
visibilidade ou limites RVR, tendo em RVR/visibilidade para descolagem
conta todos os factores relevantes para
cada heliporto que se pretenda utilizar, Heliportos em terra com procedi-
RVR/visibilidade
bem como as características do helicóp- mentos de partida IFR
tero. Sempre que houver uma necessidade
Sem iluminação e sem balizas (dia) 250 m ou distância para descolagem
específica de ver e evitar obstáculos à par- rejeitada, o que for maior
tida e ou numa aterragem forçada, devem
ser especificadas condições adicionais Sem iluminação (noite) 800 m
sejam iguais ou melhores que os míni- Heliporto flutuante offshore Oper- 250 m (nota 1)
mos aplicáveis para a aterragem naquele ações com dois pilotos Operações
com um só piloto 500 m (nota 1)
heliporto, excepto se um heliporto alter-
nante de descolagem adequado estiver
disponível; Nota 1 — O comandante deve assegurar-se de que a tra-
(3) Quando a visibilidade meteorológica repor- jectória de descolagem está livre de obstáculos.
tada for inferior à visibilidade exigida (2) Em operações classe de performance 2 em terra, o
para a descolagem e a RVR não for repor- comandante deve operar com mínimos de descolagem de
tada, a descolagem só pode ser iniciada 800 m RVR/VIS e manter-se fora das nuvens durante a
se o comandante puder determinar que a manobra de descolagem até atingir condições de classe de
RVR/visibilidade ao longo da descolagem performance 1;
FATO/pista é igual ou melhor que os míni- (3) Em operações classe de performance 2 offshore, o
mos requeridos; comandante deve operar com mínimos não inferiores aos da
(4) Na ausência de visibilidade meteorológica classe 1 e manter-se fora das nuvens durante a manobra de
ou RVR reportada, a descolagem só deve
descolagem até atingir condições de classe de performance
ter início
1 (v. nota 1 do quadro acima)
se o comandante puder determinar que a RVR/
visibilidade ao longo da descolagem
Quadro n.º 2
FATO/pista é igual ou melhor que os míni-
Mínimos de sistema para ajudas à aproximação
mos requeridos.
de não-precisão(Mínimos de sistema)
(b) Referência visual:
(1) Os mínimos de descolagem devem ser
Equipamento MDH mínimo
seleccionados de forma a assegurar um
guiamento suficiente para controlar o ILS (SEM LADEIRA LLZ) 250 ‗
helicóptero quer em caso de descolagem
VOR 300 ‘
abortada em circunstâncias adversas quer
em caso de descolagem continuada na VOR/DME 250 ‘
sequência de uma falha da unidade crítica NDB 350 ‗
de potência;
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(515)
(d) Altura mínima de descida. — O operador deve FATO/pista, luzes da soleira e luzes de fim de FATO/pista.
assegurar que a altura mínima de descida para As luzes têm de estar acesas.
uma aproximação sem instrumentos de precisão Nota 4. — Equipamento zero de luzes de aproximação
não é inferior: Ao OCH/OCL relativo à categoria compreende balizas FATO/pista, luzes laterais, FATO/pista
de helicóptero; ou o mínimo de sistema. da soleira e luzes de fim da FATO/pista, ou nenhumas luzes.
(1) Referência visual — O piloto não pode con- (xi) Operações nocturnas — Para ope-
tinuar uma aproximação abaixo da MDA/ rações nocturnas são exigidas luzes
MDH, excepto se uma das seguintes refe- de terra para iluminar a FATO/pista e
rências visuais para a FATO/pista visada eventuais obstáculos, excepto se diver-
puder ser claramente vista e identificada
samente acordado pela autoridade;
pelo piloto:
(xii) Operações com um único piloto —
(i) Elementos do sistema de luzes de
Para operações com um único piloto,
aproximação;
o RVR mínimo é de 800 m ou os míni-
(ii) A soleira;
(iii) As balizas de soleira; mos constantes do quadro n.º 3 o que
(iv) As luzes de soleira; for maior.
(v) As luzes de sinalização da soleira; (e) Aproximação de precisão — operações da
(vi) O indicador visual do ladeira; categoria I: Uma operação da categoria I é uma
(vii) A zona de toque ou as balizas da zona aproximação e aterragem por instrumentos de
de toque; precisão utilizando ILS, MLS ou PAR com uma
(viii) As luzes da zona de toque; altura de decisão não inferior a 200 pés e um
(ix) As luzes laterais da FATO/pista; ou alcance visual da pista não inferior a 500 m.
(x) Outras referências visuais aceites pela (1) Altura de decisão — O operador deve asse-
autoridade. gurar que a altura de decisão usada para
(2) RVR requerido— Os mínimos indicados no
uma aproximação de precisão da categoria
quadro seguinte aplicam-se a aproxima-
I não seja inferior a:
ções sem instrumentos de precisão com
(i) A altura de decisão mínima especifi-
helicópteros operados em classe de per-
formance 1 ou 2. cada no manual de voo do helicóptero
(RFM), caso indicada;
(ii) A altura mínima para a qual se pode
Quadro n.º 3
usar a ajuda à aproximação de preci-
Mínimos para aproximações onshore sem instrumen-
são sem a referência visual exigida;
tos de precisão
(iii) A OCH/OCL para aquela categoria de
helicóptero; ou
Equipamento/RVR (iv) 200 pés.
MDH (2) Referência visual — O piloto não pode con-
Completo Intermédio Básico Zero
(Nota 1) (Nota 2) (Nota 3) (Nota 4) tinuar uma aproximação abaixo da altura
de decisão da categoria I, estabelecida de
250-299 pés 800 800 1.000 1.000 acordo com a alínea e), subalínea 1), a
não ser que pelo menos uma das seguintes
300-449 pés 800 1.000 1.000 1.000
referências visuais possa ser claramente
450 pés e acima 1.000 1.000 1.000 1.000 vista e identificada pelo piloto:
(i) Elementos do sistema de luzes de
aproximação;
Nota 1. — Equipamento completo compreende balizas (ii) A soleira da pista;
de FATO/pista, 720 m ou mais de luzes de aproximação HI/
(iii) As balizas de soleira;
MI, luzes de laterais, de FATO/pista da soleira e luzes de fim
(iv) As luzes de soleira;
da FATO/pista.
(v) As luzes de identificação da soleira;
As luzes têm de estar acesas.
(vi) O indicador visual da ladeira;
Nota 2. — Equipamento intermédio compreende balizas
de FATO/pista, 420 m — 719 m de luzes de aproximação (vii) A zona de toque ou as balizas da zona
HI/MI, luzes laterais, de FATO/pista da soleira e luzes de fim de toque;
da FATO/pista. As luzes têm de estar acesas. (viii) As luzes da zona de toque;
Nota 3.— Equipamento básico compreende balizas (ix) As luzes laterais da FATO/pista; ou
FATO/pista, ¬ 420 m de luzes de aproximação HI/MI, qual- (f) Circuito (circling) em terra — Circling é o
quer extensão de luzes de aproximação LI, luzes laterais de termo usado para descrever a fase visual de uma
(516)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
aproximação por instrumentos para colocar a (3) A MDH para uma aproximação conduzindo
aeronave em posição de aterragem numa FATO/ a uma manobra de circling não deve ser
pista cuja localização não é adequada para uma inferior a:
aproximação directa. Para o circling, a MDH (i) 300 pés de dia;
especificada não deve ser inferior a 250 pés e a (ii) 500 pés de noite.
visibilidade meteorológica não deve ser inferior (k) Altitude mínima de descida (MDA). — A MDA
a 800 m. só pode ser utilizada se o rádio-altímetro estiver
(g) Aproximação visual — O operador não deve avariado.
utilizar um RVR inferior a 800 m para uma A MDA deve ser, no mínimo, a MDH acrescida de 200
aproximação visual. pés e deve ser baseada num barómetro calibrado para o des-
(h) Conversão da visibilidade meteorológica repor- tino ou na previsão QNH mais baixa para a região.
tada em RVR — O operador deve assegurar (l) Distância de decisão (decision range).— A dis-
que a conversão da visibilidade meteorológica tância de decisão não deve ser inferior a 0,75
em RVR não é usada para calcular mínimos de nm, a não ser que o operador tenha demonstrado
descolagem, mínimos da categoria II ou III ou à autoridade que uma distância de decisão infe-
quando existe uma RVR reportada. rior pode ser usada com um grau de segurança
(i) Aproximação com radar de bordo (ARA) para aceitável.
operações sobre a água: (m) Referência visual — Nenhum piloto pode con-
(1) O operador não deve efectuar ARA, salvo se tinuar uma aproximação além da distância de
autorizado pela autoridade; decisão ou abaixo da MDH/MDA, a não ser que
(2) Aproximações por radar de bordo (ARA) tenha contacto visual com o destino.
são permitidas apenas relativamente a pla- (n) Operações com um só piloto — A MDH/MDA
taformas marítimas ou embarcações em para uma ARA com um só piloto deve ser 100
movimento com uma tripulação múltipla; pés mais alta que a calculada com base nas suba-
(3) O comandante não deve efectuar uma apro- líneas k) e l).
ximação por radar de bordo a não ser que A distância de decisão não deve ser inferior a 1,0 nm.
o radar possa fornecer guiamento de rumo APÊNDICE 1 AO 10.573 (H): Operações de Serviço
para assegurar a separação de obstáculos; de Emergência Médica (HEMS)
(4) Antes de iniciar a aproximação final, o Nota: A autoridade tem o poder de decidir quais as ope-
comandante deve assegurar que o ecrã do rações que constituem uma operação HEMS nos termos
radar mostra uma trajectória desobstruída deste NTA.
para os segmentos de aproximação final e (a) «Manual de operações» — O operador deve
falhada. Se a separação lateral de quais- assegurar que o MOV inclui um suplemento
quer obstáculos for inferior a 1.0 nm, o especificando os aspectos operacionais específi-
comandante deve:
cos de operações HEMS. Excertos relevantes do
(i) Efectuar uma aproximação em direcção
MOV devem ser facultados à organização para a
a uma infra-estrutura alvo próxima e
qual o HEMS está a ser prestado.
em seguida prosseguir visualmente
(b) Requisitos de operação: Operações da classe de
para a infra-estrutura de destino; ou
performance 3 não devem ser realizadas sobre
(ii) Executar a aproximação de uma outra
direcção conduzindo a uma manobra um ambiente hostil.
de circling; (c) Requisitos de performance: (Descolagem e ater-
(iii) O comandante deve assegurar que o ragem) — Helicópteros que realizem operações
tecto de nuvens por cima do heliporto de/para um heliporto num hospital situado num
flutuante é suficientemente claro para ambiente hostil devem ser operados de acordo
uma aterragem segura. com a operação de classe de performance 1, a
(j) Altura mínima de descida (MDH) — MDH não não ser que tenha sido concedida pela Autori-
deve ser inferior a 50 pés acima da elevação do dade uma autorização específica que isente
heliporto flutuante: temporariamente o operador do procedimento.
(1) A MDH é determinada por um rádio-altímetro; (d) Os helicópteros que realizam operações de/para
(2) A MDH para uma aproximação por radar de um local de operações HEMS situado num
bordo não deve ser inferior a: ambiente hostil devem ser, sempre que possí-
(i) 200 pés de dia; vel, operados em classe de performance 1 ou
(ii) 300 pés de noite; classe de performance II, quando permitido pela
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(517)
manobrado a uma velocidade que permita avis- (vii) Conhecimento básico do tipo de
tar eventuais obstáculos e evitar uma colisão. helicóptero no que diz respeito à
(k) Requisitos adicionais: localização e configuração dos sis-
(1) A instalação de todos os equipamentos temas e equipamentos normais e de
médicos feitos especificamente para heli- emergência;
cópteros e, se necessário, a respectiva (viii) Coordenação da tripulação;
utilização, incluindo quaisquer modifica- (ix) Uso do sistema de intercomunicação
ções subsequentes devem ser aprovadas do helicóptero;
pela Autoridade; (x) Embarque e desembarque de pacien-
(2) O operador deve assegurar que existem pro- tes emergência para o próprio e os
cedimentos específicos relativamente à pacientes;
utilização de todos os equipamentos a (xi) Utilização do equipamento médico
bordo, incluindo os portáteis. especial a bordo.
(l) Equipamentos de comunicação e navegação do APÊNDICE 1 AO 10.575 (H) Operações de
helicóptero — Os helicópteros que efectuem Helicóptero Com Guincho (HHO)
voos HEMS devem ser dotados de equipamen- (a) O helicóptero — Durante a operação com guin-
tos de comunicação, capazes de manter comuni- cho, o helicóptero deve ser capaz de suportar a
cações bilaterais com a organização para a qual falha de uma unidade de potência crítica com
o HEMS está a ser prestado e, sempre que pos- os motores restante na regulação de potência
adequada, sem risco para a pessoa(s)/carga sus-
sível, com os serviços de emergência em terra.
pensa, terceiros ou coisas. (Excepto no caso de
Esse tipo de equipamento requer uma aprovação
operações com guincho numa missão HEMS/
de aeronavegabilidade.
Protecção Civil, onde o requisito não precisa de
(m) Infra-estruturas da base de operações HEMS:
ser aplicado).
(1) Caso se exija que os tripulantes estejam
(b) A tripulação — Os seguintes requisitos aplicam-
disponíveis com um tempo de reacção
-se a operações com guincho:
inferior a quarenta e cinco minutos, devem
(1) Selecção — O MOV deve conter critérios
ser disponibilizadas instalações adequadas
relativos à selecção de tripulantes de voo
nas proximidades das bases de operação;
para missões de guincho, tendo em conta a
(2) Em todas as bases de operação os pilo-
experiência prévia.
tos devem dispor de meios para obterem
(2) Experiência — O nível mínimo de expe-
informações meteorológicas, quer actuais
riência para comandantes em voos de
quer previsões, e possibilidades de comu-
operação de guincho não será inferior a:
nicação adequada com a unidade ATS No mar:
apropriado. (i) Mil horas como piloto comandante de
Devem dispor de recursos adequados para o pla- helicópteros ou mil horas como co-
neamento de todas as tarefas. piloto em operações com guincho, das
(n) Formação e verificação de conhecimentos adicio- quais duzentas como piloto coman-
nais: dante assistido; e
(1) Preparação do helicóptero e do equipamento (ii) 50 ciclos de guincho realizados
médico especializado para a próxima offshore, 20 dos quais à noite quando
saída HEMS; se trata de operações nocturnas;
(2) Prática de saídas HEMS; Em terra:
(3) Avaliação a partir do ar da adequabilidade de (i) Quinhentas horas como piloto coman-
locais de operação HEMS; e dante de helicópteros ou quinhentas
(4) Possíveis efeitos médicos do transporte aéreo horas como co-piloto em operações
sobre o doente; com guincho, cem das quais como
(5) Verificações de linha com particular ênfase piloto comandante assistido;
sobre: (ii) Duzentas horas de experiência opera-
(i) Meteorologia de área local; cional em helicópteros adquirida num
(ii) Planeamento de voos HEMS; ambiente operacional semelhante ao
(iii) Voos a baixa altitude em condições de da operação pretendida; e
mau tempo; (iii) 50 ciclos de guincho, 20 dos quais à
(iv) Navegação (ler mapas, princípios e noite, quando se trata de operações
uso de ajudas à navegação); nocturnas;
(v) Operação de equipamento rádio; (3) Formação — Conclusão com êxito da for-
(vi) Uso do equipamento médico de bordo; mação de acordo com os procedimentos
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(519)
nacional estivesse dotado dos adequados meios regulamen- fio-de-prumo que se exprime normalmente como uma ele-
tadores e disciplinadores. vação MSL.
Impõe-se, assim, criar um quadro normativo que, con- Aproximações paralelas controladas: Aproximações
tribuindo para um harmonioso desenvolvimento Nacional, simultâneas a pistas de voo por instrumentos paralelas ou
discipline a construção, ampliação ou modificação e a cer- quase paralelas onde estão prescritos mínimos de separação
tificação e exploração das infra-estruturas aeroportuárias, por radar entre as aeronaves nas imediações do prolonga-
com vista à segurança das operações aéreas e à protecção de mento dos eixos das pistas.
pessoas e bens à superfície. Aproximações paralelas não controladas: Aproxima-
Procede-se também à classificação das mencionadas ções simultâneas a pistas de voo por instrumentos paralelas
infra-estruturas, em função de requisitos de natureza ope- ou quase paralelas onde não estão prescritos mínimos de
racional, administrativa, segurança e facilitação, atentas as separação por radar entre aeronaves nas imediações do pro-
normas e recomendações da Organização de Aviação Civil longamento dos eixos da pista.
Internacional (ICAO), a regulamentação Angolana relativa Área de aproximação final e de descolagem (FATO):
à livre circulação de bagagem e relativa ao estabelecimento Área definida na qual termina a fase final da manobra de
de regras comuns no domínio da segurança da aviação civil, aproximação até ao voo estacionário ou aterragem e a par-
e relativa à livre circulação de pessoas. tir da qual começa a manobra de descolagem. Quando a
O presente Normativo Técnico vem, assim, preen- FATO se destina a helicópteros que operam em Classe de
cher uma lacuna existente no nosso ordenamento jurídico Performance 1, a área definida compreenderá a área de ater-
e inscreve-se no propósito mais vasto de ampla revisão dos ragem interrompida disponível.
instrumentos básicos no domínio do direito aéreo nacional. Área de aterragem: Parte de uma área de movimento
22.003 Definições destinada à aterragem e à descolagem de aeronaves.
Para o propósito deste Normativo, aplicam-se as seguin- Área de descolagem interrompida: Área definida
tes definições: num heliporto destinada a que os helicópteros que ope-
Aeródromo: Uma área definida na terra ou na água, ram em Classe de Performance 1 realizem uma descolagem
incluindo edifícios, infra-estruturas e equipamentos, desti- interrompida.
nada a ser usada, no seu todo ou em parte, para a chegada, Área de manobra: Parte do aeródromo destinada à des-
partida e movimento de aeronaves à superfície. colagem, aterragem e rolagem de aeronaves, excluindo a
Aeródromo certificado: Aeródromo a cujo operador foi placa de estacionamento.
atribuído um certificado de aeródromo. Área de movimento: Parte do aeródromo destinada à
Aeródromo de uso privado: O aeródromo não aberto descolagem, aterragem e rolagem de aeronaves compreen-
ao tráfego aéreo em geral, utilizado apenas pelo seu proprie- dendo a área de manobra e a placa de estacionamento.
tário ou por quem este autorizar. Área de protecção: Área definida num caminho de cir-
Aeródromo de uso público: O aeródromo aberto ao trá- culação e na envolvente de uma posição de estacionamento
fego aéreo em geral. de helicópteros que garante uma separação adequada rela-
Aeronave crítica: O avião ou helicóptero cujas caracte- tivamente aos objectos, à FATO, a outros caminhos de
rísticas físicas e operacionais sejam as mais exigentes para circulação e a outras posições de estacionamento de heli-
uma determinada infra-estrutura aeroportuária. cópteros para que os mesmos manobrem com segurança.
Aeronave: Qualquer máquina que consiga uma susten- Área de segurança: Área definida de um heliporto em
tação na atmosfera devido às reacções do ar, que não as do torno da FATO, que é livre de obstáculos, salvo os que sejam
ar sobre a superfície terrestre. necessários para a navegação aérea e destinados a reduzir o
Aeroporto: O aeródromo que dispõe de forma perma- risco de danos em helicópteros que acidentalmente se des-
nente de instalações, equipamentos e serviços adequados viem da FATO.
ao tráfego aéreo internacional, de acordo com as condições Área de sinalização: Área de um aeródromo utilizada
estabelecidas no presente normativo. para exibir sinais horizontais.
Alcance visual na pista (RVR): Distância até à qual o Área de tomada de contacto e de subida inicial: Área
piloto de uma aeronave colocado no eixo da pista pode ver que permite a tomada de contacto, ou a subida inicial dos
as marcações sobre a superfície da pista ou as luzes que deli- helicópteros.
mitam a pista ou assinalam o seu eixo. Área destinada a anti-congelamento/descongelamento:
Altitude elipsoidal (Altitude geodésica): Distância de Área que engloba uma parte interior onde a aeronave fica
um ponto ao elipsóide de referência medida ao longo da per- estacionada a fim de ser sujeita ao tratamento de anti-conge-
pendicular que passa pelo ponto em questão. lamento/descongelamento e uma parte exterior para efectuar
Altitude ortométrica: Distância entre um ponto da manobras com duas ou mais unidades móveis da equipa de
superfície terrestre e o geóide, medida ao longo da linha de descongelamento/anti-congelamento.
(524)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Área livre de obstáculos (CWY): Área rectangular Caminho de circulação na placa de estacionamento:
definida no solo ou na água sob o controlo da autoridade A parcela do caminho de circulação localizada na placa de
competente, escolhida ou preparada como área adequada estacionamento destinada à circulação nessa placa.
sobre a qual uma aeronave realizar parte da subida inicial Caminho de circulação para helicópteros: Circuito
até uma altura específica. definido num heliporto terrestre destinado à circulação de
Área de travagem (SWY): Área rectangular pavimen- helicópteros, com trem de aterragem de rodas, para assegu-
tada para além da extremidade da pista, destinada à travagem rar a ligação entre zonas do heliporto.
das aeronaves. Centro de meteorologia aeronáutica: A instalação
Aterragem interrompida. Manobra à aterragem ines- localizada no aeródromo preparada para fornecer serviços
peradamente interrompida em qualquer ponto abaixo da de meteorologia à navegação aérea nacional e internacional,
altitude/altura da ultrapassagem de obstáculos (OCA/H). cujas funções consistem em preparar ou obter previsões e
Auditoria: A análise independente de um sistema, de um outras informações relevantes, para os voos da sua responsa-
produto ou de um processo determinado, mediante a qual se bilidade, facultar briefing, consulta e documentação de voo a
determina se os procedimentos são adequados e correcta- tripulações ou pessoal das operações de voo e expor a infor-
mente aplicados e os requisitos cumpridos, com a finalidade mação meteorológica disponível.
de promover a sua autocorrecção. Certificado de aeródromo: Certificado emitido pelo
Aviação geral: Toda a operação aérea que não se enqua- INAVIC de acordo com a legislação aplicável para a opera-
dre na definição de transporte aéreo ou de trabalho aéreo. ção de um aeródromo.
Avião: A aeronave mais pesada que o ar, com propulsão Comprimento de pista de referência da aeronave: O
própria, cuja sustentação em voo é obtida essencialmente comprimento mínimo de pista exigido para a descolagem
através de reacções aerodinâmicas em superfícies que per-
com uma massa máxima para que foi certificado, ao nível
manecem fixas em certas condições de voo.
do mar, em condições atmosféricas normais, sem vento e
Baliza: Objecto colocado no solo para assinalar um obs-
com uma inclinação de pista zero, conforme referenciado
táculo ou limitar um espaço.
pela autoridade certificadora no respectivo manual de voo da
Barrete luminosa: Três ou mais luzes aeronáuticas ter-
aeronave, ou dados equivalentes fornecidos pelo fabricante
restres colocadas em linha transversal com um espaçamento
da aeronave. Comprimento de pista significa comprimento
tal que a uma certa distância parecem uma pequena barra
de pista equivalente para aeronaves, se aplicável, ou a dis-
luminosa.
tância de descolagem noutros casos.
Berma: Área adjacente à extremidade de uma superfície
Nota — O Suplemento A, Secção 2 contém informa-
pavimentada destinada a providenciar uma área de transição
ção sobre o conceito de pista equivalente e o Manual de
entre o pavimento e o terreno adjacente.
Aeronavegabilidade (Doc. 9760) contém orientação por-
Briefing: A reunião em que são fornecidas instruções ou
menorizada sobre questões respeitantes à distância de
informação preparatória para o planeamento ou execução de
descolagem.
uma operação.
Calendário: Sistema de referência temporal que contém Convenção de Chicago: A Convenção sobre a Aviação
a base para definir a posição temporal para a resolução de Civil Internacional assinada em 7 de Dezembro de 1944,
um dia (ISO 19108*). ratificada pela República de Angola em 11 de Marco de 1977.
Calendário Gregoriano: Calendário utilizado actu- Dado de referência: Qualquer quantidade ou conjunto
almente. Foi introduzido pela primeira vez em 1582 para que possa ser utilizado como referência ou base para o cál-
definir um ano que se aproximasse mais do ano tropical do culo de outras quantidades (ISO 19104*).
que o calendário Juliano (ISO 19108*). DATUM geodésico. Um conjunto mínimo de parâme-
Nota — No calendário Gregoriano os anos comuns têm tros exigidos para definir a localização e a orientação do
365 dias e os bissextos 366 dias, divididos em 12 meses sistema de referência do local relativamente ao sistema/
sequenciais. estrutura de referência global.
Caminho de circulação: Circuito definido num aeró- Declinação da estação: Variação do alinhamento entre
dromo terrestre destinado à circulação de aeronaves para o radial de zero graus do VOR e o norte verdadeiro, determi-
assegurar a ligação entre zonas do aeródromo, incluindo: nada no momento de calibração da estação VOR.
Caminho de acesso ao estacionamento de aeronaves: Densidade de tráfego do aeródromo.
Parcela da placa de estacionamento designada por caminho Fraca — Quando o número de movimentos na hora de
de circulação e destinada exclusivamente ao acesso a um pico média não ultrapassa os 15 por pista ou é inferior a 20
local de estacionamento de aeronaves. movimentos totais no aeródromo.
Caminho de circulação aéreo para helicópteros: Média — Quando o número de movimentos na hora de
Trajectória definida sobre a superfície destinada à circulação pico média é da ordem dos 16 a 25 por pista ou um total no
aérea de helicópteros. aeródromo de 20 a 35.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(525)
Elevada — Quando o número de movimentos na hora de especial à imigração, alfândega e outras entidades relaciona-
pico média é da ordem dos 26 ou mais por pista ou superior das com a segurança operacional, bem como a regularidade
a 35 movimentos totais no aeródromo. e eficiência da navegação aérea.
Nota 1 — O número de movimentos na hora de pico Factor de utilização: A percentagem de tempo durante
média corresponde à média aritmética do número de movi- o qual não há restrições à utilização de uma pista devido à
mentos anuais na hora de pico do dia. componente dos ventos cruzados.
Nota 2 — Quer uma aterragem quer uma descolagem Nota — Componente de ventos cruzados significa a
constituem um movimento. componente de vento perpendicular ao eixo da pista.
Desempenho humano: Capacidades e limitações do ser Faixa da pista: Área definida que inclui a pista, a berma
humano que têm impacto sobre a segurança e eficácia das e a zona de travagem, quando aplicável, destinada a: reduzir
operações aeronáuticas. o risco de danos na aeronave, caso esta saia da pista; e pro-
Distâncias declaradas aeródromos: teger as aeronaves que a sobrevoam durante as operações de
Distância de aceleração travagem (ASDA): Compri- descolagem e aterragem.
mento da corrida útil de descolagem mais o comprimento da Faixa do caminho de circulação: Área que inclui um
zona de travagem (Stopway), se a houver. caminho de circulação e berma, se aplicável, destinada
Distância de aterragem (LDA): Comprimento de pista a proteger a operação das aeronaves naquele caminho e a
declarado disponível e adequado para a rolagem no solo de reduzir os riscos de danos numa aeronave que, acidental-
uma aeronave, à aterragem. mente, circule para fora desse caminho.
Distância de corrida à descolagem (TORA): Compri- Farol aeronáutico: Luz aeronáutica no solo, visível em
mento de pista declarado disponível e adequado para a todos os azimutes, contínua ou intermitente, para assinalar
rolagem de uma aeronave no solo, à descolagem.
um determinado ponto no solo.
Distância total de descolagem (TODA): Distância de
Farol de aeródromo: Farol aeronáutico, visível do ar,
rolagem utilizada na descolagem, mais o comprimento da
destinado a assinalar a localização de um aeródromo.
área livre de obstáculos (Clearway), se a houver.
Farol de identificação: Farol aeronáutico que emite um
Distâncias declaradas heliportos:
sinal codificado, através do qual é possível identificar deter-
Distância de descolagem (TODAH): Comprimento da
minado ponto que serve de referência.
FATO, mais o comprimento da área livre de obstáculos para
Farol sinalizador de perigo: Farol aeronáutico desti-
helicópteros (CWY), se a houver, que se tenha declarado
nado a assinalar perigo para a navegação aérea.
disponível e adequada para que os helicópteros completem
Fiabilidade do sistema de luzes: Probabilidade de o
a descolagem.
conjunto de uma instalação operar dentro dos limites de tole-
Distância de descolagem interrompida (RTODAH):
rância especificados e de o sistema ser utilizável do ponto de
Comprimento da FATO declara disponível e adequada para
vista operacional.
que os helicópteros que operam em Classe de Performance 1
Geóide: Superfície equipotencial do campo de gravi-
completem uma descolagem interrompida.
Distância de aterragem (LDAH): Comprimento da dade terrestre que coincide com o nível médio da água do
FATO, mais qualquer área adicional declarada disponível e mar (MSL) sem ondulação e com o seu prolongamento atra-
adequado para que os helicópteros completem a manobra de vés dos continentes.
aterragem a partir de uma determinada altura. Nota — A forma do geóide é irregular devido às pertur-
Duração da protecção contra a congelação: Máximo bações locais do campo de gravidade (desníveis devido ao
de tempo estimado durante o qual o líquido anticongelante vento, salinidade, correntes, etc.) sendo a direcção da gravi-
(tratamento) mantém as suas propriedades, evitando a for- dade perpendicular ao geóide em todos os pontos.
mação de gelo e granizo, assim como a acumulação de neve Heliplataforma: Um heliporto situado numa estrutura
nas superfícies do avião que estão protegidas (tratadas). no mar, tal como nas plataformas de exploração ou produção
Elevação de aeródromo: Altitude do ponto mais alto da de petróleo ou gás, ou similares.
área de aterragem. Heliporto: Aeródromo ou área definida numa estrutura
Escala: Qualquer operação de aterragem, permanência destinado a ser utilizado na totalidade ou em parte, para a
e descolagem de uma aeronave entre a origem e o destino aterragem, descolagem e movimentos à superfície de heli-
final de um voo. cópteros e respectivos serviços de apoio.
Estacionamento de aeronaves: Área específica da placa Heliporto a bordo de uma embarcação: Um heli-
destinada ao estacionamento de aeronaves. porto situado numa embarcação que pode ter sido ou não
Facilitação: O conjunto de medidas e procedimentos construído de raiz. Os helicópteros a bordo de embarcações
com o objectivo de facilitar o tráfego aéreo expedito entre construídos de raiz são aqueles que são projectados especifi-
Estados e eliminar atrasos desnecessários do avião, tripu- camente para operações de helicópteros. Os não construídos
lação, passageiros, carga e correio, no que se refere em de raiz são aqueles que utilizam uma área da embarcação
(526)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
capaz de suportar helicópteros, mas que não foram projecta- Luzes de aviso de pista: Sistema de luzes que destinado
dos especificamente para essa finalidade. a avisar os pilotos ou os condutores de veículos que vão
Heliporto de superfície: O heliporto situado no solo ou entrar numa pista em actividade.
na água. Manual de aeródromo: O manual que contém toda a
Heliporto elevado: O heliporto situado sobre uma estru- informação relativa, nomeadamente, à localização do aeró-
tura artificial mais alta que o solo. dromo, instalações, serviços, equipamentos, procedimentos
Indicador da direcção de aterragem: Dispositivo operacionais de segurança e de segurança operacional, de
visual para indicar a direcção habitualmente designada para organização, administração e dos direitos e deveres do ope-
a aterragem e descolagem. rador de aeródromo.
Informação meteorológica de terminal aéreo: O comuni- Neve (no solo):
Neve seca: Neve que se desprende ao ser soprada ou,
cado meteorológico de rotina, em forma de código (documento
se compactada com as mãos, se desagrega imediatamente
OMM n.º 306), cujo conteúdo consiste na previsão das con-
quando se solta. A sua densidade é inferior a 0,35.
dições meteorológicas que ocorrem num aeródromo e a sua
Neve húmida: Neve quer, se compactada com as mãos,
vizinhança para um determinado período de tempo.
se aglutina e tende a ou forma uma bola. Densidade igual ou
Infra-estrutura para anti-congelamento/desconge-
superior a 0,35 mas inferior a 0,5.
lamento: Uma infra-estrutura onde se procede à remoção
Neve compactada: Neve comprimida até formar uma
de geada, gelo ou neve numa aeronave, e/ou onde se aplica massa sólida que não permite uma maior compressão, e se
uma protecção anti-congelamento nas superfícies limpas da mantém coesa ou se fragmenta em cubos se for levantada.
aeronave para evitar a formação de geada ou gelo e a acu- Densidade superior a 0,5.
mulação de neve ou neve fundida durante um determinado Neve fundida: Neve saturada de água que, ao ser cal-
período. cada, se projecta em forma de salpicos. A sua densidade está
Nota — O Manual de Operações de Anti-congelamento/ compreendida entre 0,5 e 0,8.
Descongelamento a Aeronaves no Solo contém mais infor- Nota — Misturas de gelo, neve e/ou água estagnada
mações (Doc 9640). podem, especialmente quando chove, neva ou cai granizo,
Inspecção: O processo de verificação com vista a exa- produzir substâncias com uma densidade superior a 0,8.
minar, testar, aferir ou por qualquer outra forma comparar Estas substâncias, devido ao elevado teor de água/gelo, têm
um objecto ou processo com os requisitos legais ou regula- uma aparência transparente e com densidades superiores são
mentares que lhe sejam aplicáveis. facilmente distinguíveis da neve fundida.
Integridade (dados aeronáuticos): Grau de garantia em Número de classificação da aeronave (ACN): Um
como os dados aeronáuticos e os respectivos valores não se número que exprime o efeito relativo de uma aeronave sobre
perderam nem sofreram alterações desde que foram criados um pavimento para uma determinada categoria de solo de
ou sofreram alterações devidamente autorizadas. fundação.
Intensidade efectiva: A intensidade efectiva de uma luz Nota — O número de classificação de aeronaves é cal-
intermitente é igual à intensidade de uma luz fixa da mesma culado em função da posição do centro de gravidade (CG)
cor que permite que permite obter o mesmo alcance visual que determina a carga crítica sobre o trem de aterragem
crítico. Normalmente para calcular o ACN utiliza-se a posi-
em idênticas condições de observação.
ção mais recuada do centro de gravidade correspondente à
Intersecção dos caminhos de circulação: Cruzamento
massa máxima no chão. Em casos excepcionais a posição
de dois ou mais caminhos de circulação.
mais avançada do centro de gravidade pode determinar que
Lado ar: A zona de movimento dos aeródromos e seus
a carga aplicada ao trem de aterragem dianteiro seja mais
terrenos e edifícios adjacentes, ou parte destes, cujo acesso é
crítica.
reservado e controlado.
Número de classificação do pavimento (PCN): Número
Lado terra: Todas as áreas dentro do perímetro do aeró-
que exprime a resistência do pavimento para um número ili-
dromo que não sejam qualificadas como lado ar. mitado de operações.
Luz aeronáutica terrestre: Qualquer luz destinada a Objecto frangível: Objecto pouco erigido de forma a
auxiliar a navegação aérea, independentemente das luzes partir, distorcer ou ceder sob o efeito de um impacto para
das aeronaves. que constitua o menor risco possível para as aeronaves.
Luz de descarga de condensador: Lâmpada que produz Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos (Doc 9157),
clarões de elevada intensidade e de extrema curta duração Parte 6 contém elementos indicativos sobre o projecto em
resultante de descargas eléctricas de alta tensão através de termos de fragilidade.
um gás contido num tubo. Obstáculo: Todos os objectos fixos (temporária ou per-
Luz fixa: Uma luz de intensidade luminosa constante manentemente) e móveis, ou parte destes, localizados numa
quando observada de um ponto fixo. área destinada ao movimento das aeronaves no solo ou que
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(527)
perfurem uma área definida destinada a proteger a aeronave MLS para orientação da aeronave ao longo da pista e desti-
em voo, ou que após a realização de um estudo de risco nada a operações:
tenham sido considerados um risco para a navegação. A — Com uma altura de decisão inferior a 30m (100 pés)
Ondulação do geóide: A distância acima (positiva) ou ou sem altura de decisão e uma visibilidade ao longo da pista
abaixo (negativa) do elipsóide de referência matemática. não inferior a 200m.
Nota — No caso do elipsóide definido para o Sistema B — Com uma altura de decisão inferior a 15m (50 pés)
Geodésico Mundial 1984 (WGS-84), a ondulação do geóide ou sem altura de decisão e uma visibilidade ao longo da pista
corresponde à diferença entre a altura elipsoidal do WGS-84 inferior a 200m mas não inferior a 50m.
e a altura ortométrica. C — Sem altura de decisão e sem limitações de visi-
Operações paralelas diferenciadas: Operações efectua- bilidade ao longo da pista. Nota 1 O Anexo 10, Volume I
das simultaneamente em pistas paralelas ou não interceptáveis, contém especificações relativas ao ILS e/ou MLS.
para voo por instrumentos, em que uma das pistas é utilizada Nota 2 — As ajudas visuais não necessitam de ser equi-
exclusivamente para aterragens e a outra exclusivamente para paradas à escala das ajudas não visuais. Os critérios para a
descolagens. selecção das ajudas visuais são as condições em que se pre-
Operador de aeródromo: O titular do certificado de tende que as operações sejam conduzidas.
aeródromo. Pista de descolagem: Pista destinada apenas a descolagens.
Painel. Painel de mensagem fixa: Painel que apresenta Pista visual (VFR) ou sem ajudas por instrumentos:
uma única mensagem. Painel de mensagem variável: Um Uma pista destinada às operações de aeronaves que utilizem
painel que apresenta várias mensagens pré-determinadas ou procedimentos visuais de aproximação (VFR).
nenhuma mensagem, conforme o caso. Pista(s) principal(ais). Pista(s) utilizada(s) de preferên-
Partidas paralelas não controladas: Partidas simultâ- cia a outras sempre que as condições o permitam.
neas de pistas de voo por instrumentos, paralelas ou quase Pistas quase paralelas: Pistas não interceptáveis cujos
paralelas. prolongamentos dos eixos têm um ângulo de convergência/
Período de comutação (luzes): Tempo necessário para divergência de 15 graus ou menos.
que a intensidade real de uma luz, medida em determinada Placa de estacionamento: Uma área definida, num
direcção, baixe 50 por cento e recupere 50 por cento durante aeródromo terrestre, destinada ao estacionamento de aero-
a passagem de uma corrente para outra, quando a luz está a naves para embarque e desembarque de passageiros, carga
funcionar a intensidades de e acima de 25 por cento. ou correio, abastecimento de combustível, estacionamento
Pista: Uma área rectangular definida num aeródromo e manutenção.
terrestre preparada para a aterragem e descolagem de aero- Plataforma de espera: Uma área definida onde a aero-
naves. Pista de aproximação de precisão. Ver pista de nave pode estar estacionada ou ser ultrapassada para facilitar
aproximação por instrumentos. os movimentos a outras aeronaves.
Pista de aproximação por instrumentos: Um dos tipos Plataforma de viragem na pista (raquete de inver-
de pista abaixo indicados, destinado à operação de aeronaves são): Uma área definida num aeródromo terrestre adjacente
utilizando procedimentos de aproximação por instrumentos: a uma pista para permitir à aeronave efectuar uma curva de
Pista de aproximação de não precisão: Pista de apro- 180 graus numa pista.
ximação por instrumentos equipada com meios de ajuda Ponto de referência de aeródromo: Designação da
visuais e de uma ajuda não visual fornecendo pelo menos localização geográfica de um aeródromo.
orientação direccional para uma aproximação em linha recta. Posição de espera intermédia: Posição designada desti-
Pista de aproximação de precisão, categoria I — Pista nada ao controlo de tráfego em que as aeronaves em rolagem
de aproximação por instrumentos equipada com ILS e/ou e os veículos devem parar e aguardar que a torre de controlo
MLS e ajudas visuais destinada a operações com altura de do aeródromo os autorize a prosseguir.
decisão não inferiores a 60m (200 pés) e ou uma visibilidade Posição de espera na rodovia: Posição designada em
não inferior a 800m ou uma visibilidade ao longo da pista que os veículos podem ser obrigados a aguardar.
não inferior a 550m. Posição de espera para entrada na pista: Posição
Pista de aproximação de precisão, categoria II. Pista designada para proteger uma pista, uma superfície limitativa
de aproximação por instrumentos equipada com ILS e/ou de obstáculos ou uma área sensível/crítica para os sistemas
MLS e ajudas visuais destinada a operações com uma altura ILS/MLS, onde as aeronaves em rolagem e os veículos têm
de decisão inferior a 60m (200 pés) mas não inferior a 30m que parar e aguardar antes de entrarem na pista, a menos que
(100 pés) e uma visibilidade ao longo da pista na ordem dos a torre de controlo do aeródromo tome outra decisão.
350m. Nota — Na linguagem de radiotelefonia utiliza-se a
Pista de aproximação de precisão, categoria III. Pista expressão «posição de espera» para designar a posição de
de aproximação por instrumentos equipada com ILS e/ou espera para entrada na pista.
(528)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Posição de estacionamento e helicópteros: Lugar lação aéreo ou terrestre para helicópteros que esteja centrado
designado numa placa de estacionamento para estaciona- na rota de circulação.
mento de determinado tipo de helicóptero e onde terminam Saída rápida de pista (RET): Caminho de circulação
as operações de circulação em terra ou o helicóptero toma que intersecta a pista em ângulo agudo, permitindo às aero-
contacto e se eleva para operações de circulação aérea. naves que aterram rolar para fora da pista a uma velocidade
Posição de estacionamento. Lugar designado numa superior à que atingiriam noutros caminhos de circulação de
placa de estacionamento para estacionamento de determi- saída, reduzindo assim o tempo de ocupação da pista.
nado tipo de aeronave. Segurança (security): A combinação de medidas e de
Precisão (dum valor): Grau de conformidade entre o recursos humanos e materiais destinados a proteger a avia-
valor estimado ou calculado e o valor real. ção civil contra actos de interferência ilícita;
Nota — No caso de dados de posição medidos, a pre- Segurança operacional (safety): A combinação de
cisão é normalmente expressa sob a forma de distância em medidas, de recursos humanos e técnicos destinados a mini-
relação a uma posição declarada em que há uma probabili- mizar os riscos de danos pessoais e materiais nas actividades
dade definida de que esteja inserida a posição real. aeronáuticas;
Princípios relativos a factores humanos: Princípios Self-briefing: A obtenção pelo próprio da informação
que se aplicam ao projecto, certificação, formação, opera- necessária para preparar o planeamento ou a execução de
ções e manutenção e que visam assegurara segurança da uma operação.
interface entre a componente humana e os outros sistemas, Serviço de gestão de placa: Serviço destinado a regular
tendo em devida conta o desempenho humano. a actividade e o movimento de aeronaves e veículos na placa
Programa de segurança operacional: Um conjunto de estacionamento.
Sinal de identificação de aeródromo: Sinal colocado
integrado de regulamentos e actividades destinado a melho-
num aeródromo para facilitar a sua identificação a partir do
rar a segurança.
ar.
Qualidade dos dados: Grau ou nível de confiança em
Sinalização horizontal (pinturas): Um símbolo ou
como os dados disponibilizados cumprem os requisitos do
grupo de símbolos pintados na superfície da área de movi-
utilizador em termos de precisão, resolução e integridade.
mento para transmitir uma informação aeronáutica.
Referência (DATUM): Toda a quantidade ou conjunto
Sistema de gestão de segurança operacional (SMS):
de quantidades que possa servir como referência ou base
Sistema para gerir a segurança no aeródromo, incluindo o
para o cálculo de outras quantidades (ISO 19104*).
organograma, responsabilidades, políticas e procedimen-
Referência geodésica: Um conjunto mínimo de parâ-
tos para o desenvolvimento de políticas de segurança do
metros exigidos para definir a localização e a orientação
aeródromo, que permita o seu controlo e a utilização do
do sistema de referência do local relativamente ao sistema/
aeródromo com toda a segurança.
estrutura de referência global.
Soleira deslocada: Soleira não localizada no extremo da
Relatório de rotina de informação meteorológica
pista.
aeronáutica: O comunicado meteorológico de rotina, em Soleira: Início da parte da pista utilizada para a aterragem.
forma de código (documento OMM n.º 306), cujo conteúdo Superfície resistente a cargas dinâmicas: Superfície
consiste na descrição das condições meteorológicas gerais capaz de suportar as cargas transmitidas por um helicóptero
que ocorrem num aeródromo e a sua vizinhança, à hora que realize sobre a mesma uma aterragem de emergência.
respectiva, e é disseminado para além do aeródromo (divul- Superfície resistente a cargas próprias: Superfície
gação nacional e internacional, via AFTN), bem como via capaz de suportar a massa de um helicóptero estacionado
VOLMET. em cima da mesma.
Relatório meteorológico: O comunicado meteorológico Trabalho aéreo: A operação de aeronave utilizada em
de rotina, redigido em linguagem clara e abreviada, nos ter- serviços especializados, nomeadamente para fins agrícolas,
mos do documento ICAO n.º 8400, cujo conteúdo consiste fotografia aérea, combate a incêndios, observação e patru-
na descrição das condições meteorológicas que ocorrem, em lha, busca e salvamento e publicidade aérea.
pontos ou áreas específicas do aeródromo, à hora respectiva, Transporte aéreo: A operação de aeronave que envolva
e é disseminado pelos utilizadores locais (unidades ATS e o transporte de passageiros, carga ou correio efectuada
operadores) bem como via ATIS. mediante qualquer tipo de remuneração.
Rodovia: Uma via na área de movimento destinada exclu- Verificação de redundância cíclica (CRC): Algoritmo
sivamente à circulação rodoviária. Rota de circulação aérea. matemático aplicado à expressão digital de dados que ofe-
Rota definida para a circulação em voo dos helicópteros. rece um nível de segurança contra perda ou alteração de
Rota de circulação: Trajectória definida e estabelecida dados.
para a circulação dos helicópteros de uma parte a outra do Via de serviço: Uma superfície estabelecida na área de
heliporto. A rota de circulação inclui um caminho de circu- movimento destinada ao uso exclusivo de veículos.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(529)
Voo internacional: A ligação aérea efectuada entre o ACN (Aicraft Classification Number): Número de
território nacional e qualquer outro Estado. classificação da aeronave.
Voo regional: A ligação aérea efectuada entre aeropor- AFIS (Aerodrome Flight Information Service): O ser-
tos situados no território nacional e aeroportos localizados viço de informação de voo.
em território de Estados terceiros. AFTN (Aeronautical Fixed Telecomunications
Zona de carga e descarga com gancho: Área prevista Network): A rede fixa de comunicações aeronáuticas.
para o transbordo em helicóptero de pessoas ou mercadorias AIP (Aeronautical Information Publication): A
para ou desde uma embarcação. publicação de informação aeronáutica emitida sob respon-
Zona de segurança de fim de pista (RESA): Área sabilidade do Estado Angolano.
simétrica em relação ao prolongamento do eixo da pista e AIS (Aeronautical Information Service): Os serviços
adjacente à extremidade da faixa, cujo principal objectivo é de informação aeronáutica.
reduzir os riscos de danos materiais caso a aeronave aterre AITA O auxiliar de informação de tráfego de aeródromo.
antes do início da pista ou aterre/descole ultrapassando a ASA. A autoridade de segurança do aeródromo.
extremidade da pista. ATIS. A Air Traffic Information Services.
Zona de toque: Porção da pista para além da soleira ATS. A Air Traffic Services.
onde as aeronaves que procedem à aterragem têm o primeiro ATZ (Aerodrome Traffic Zone). A zona de tráfego de
contacto com a pista. aeródromo.
CIA. A circular de informação aeronáutica.
Zona de travagem (STOPWAY). Área rectangular
CTR (Control Zone). A zona de controlo.
definida no prolongamento da corrida de descolagem dis-
CWY (Clearway). Área livre de obstáculos.
ponível, preparada adequadamente para que as aeronaves
FAA. A Força Aérea Angolana.
possam parar em caso de descolagem interrompida.
RR (Flight Information Region). A região de informa-
Zona de voo crítica relativamente a feixes de laser
ção de voo.
(LCFZ): Espaço aéreo nas imediações de um aeródromo
INAVIC. O Instituto Nacional de Aviação Civil.
mas exterior à LFFZ em que as radiações são restritas a um
METAR (Meteorological Aviation Report). O relatório
nível incapaz de provocar ofuscação.
de rotina de informação meteorológica aeronáutica.
Zona de voo livre de feixes de laser (LFFZ): Espaço
MET report (Meteorological Report). O relatório
aéreo junto a um aeródromo no qual as radiações são de
meteorológico.
tal modo restritas que não provocam qualquer perturbação
NOTAM (Notice to Air Man). O aviso à navegação
visual. aérea.
Zona de voo normal (NFZ): Espaço aéreo não definido PCN (Pavement Classification Number). Número de
como LFFZ, LCFZ ou LSFZ mas que tem de ser protegido classificação do pavimento.
das radiações de laser que possam provocar lesões nos olhos. PIB (Pre-flight Information Bulletin). O boletim de
Zona de voo sensível a feixes de laser (LSFZ): Espaço informação antes do voo.
aéreo exterior e não necessariamente contíguo à LFFZ e à SIO. O Sistema Integrado de Observação.
LCFZ em que as radiações são de tal modo restritas que não SWY (Stopway). Área de travagem.
há o risco de causar cegueira ou imagem consecutiva. TAF (Terminal Aerodrome Forecast). A informação
Zona desimpedida de obstáculos (OFZ): Espaço aéreo meteorológica de terminal aéreo.
acima da superfície de aproximação interior, das superfícies VOLMET (Volume Meteorological). A informação
de transição interiores, da superfície relativa a aterragens meteorológica para aeronaves em voo.
interrompidas e à porção da faixa limitada por estas super- WGS 84 (World Geodetic System). O sistema geodé-
fícies, que não é perfurado por qualquer obstáculo fixo à sico mundial.
excepção de objectos leves e frangíveis necessários à nave- Toda referência neste Normativo Técnico Aeronáutico às
gação aérea. normas e métodos de aeródromo é uma referência aos méto-
Zona livre de obstáculos para helicópteros (HCWY): dos e normas recomendados (SARP) na versão mais recente
Área definida no terreno ou na água, designada ou preparada do volume 1 do anexo 14 à Convenção sobre Aviação
como área adequada sobre a qual um helicóptero que opere Civil Internacional e aos regulamentos e práticas da Lei da
em Classe de Performance 1 pode acelerar e alcançar uma Aviação Civil da República de Angola segundo se emenda
altura determinada altura. de tempo em tempo.
Zonas de voo protegidas: Espaço aéreo designado 22.007 Certificação dos Aeródromos
especificamente para minimizar os efeitos perniciosos das (a) Nenhuma pessoa deverá operar um aeródromo
radiações de laser. sem um certificado válido, qualquer aeronave
22.005 Abreviaturas com capacidade superior a 9 assentos de pas-
Para efeitos do presente Normativo, entende-se por: sageiros que esteja envolvida em operações de
(530)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
transporte aéreo, excepto sob a autorização da (5) Qualquer caminho público de atravessa-
Autoridade Aeronáutica e de acordo com as pro- mento ou circundante à área de manobra
visões deste Certificado de Aeródromo emitido a deve ser sinalizado com avisos de perigo
coberto deste Normativo. de presença de aeronaves.
(b) A certificação de aeródromo poderá ser requerida (6) O aeródromo é certificado para operação
para efeitos de uso público ou geral; no caso da nocturna. Os sistemas de iluminação, de
certificação geral ela poderá ser ilimitada ou acordo com a categoria da pista e con-
temporária. forme disposto no presente normativo
(1) Certificação para uso público O horário devem estar operacionais sempre que se
de abertura do aeródromo deverá estar opere durante a noite e devem garantir os
notificado em sede de informação aero- parâmetros de operacionalidade defini-
náutica (AIP) e o aeródromo deverá estar dos no presente normativo, sob pena de
disponível, em igualdade de condições e impossibilitar as operações durante o perí-
circunstâncias para todas as pessoas que odo nocturno caso isso não se verifique.
tenham permissão para o utilizar. (7) O responsável pelo aeródromo deve infor-
(2) Certificação geral Utilização do aeródromo mar o horário de abertura do aeródromo ao
por parte do proprietário do certificado do INAVIC, bem como quaisquer alterações
aeródromo e por pessoas por si autoriza- a esse horário ou acordos especiais para
das. O horário de abertura de aeródromos operação fora desse horário. Durante o
com este tipo de certificado não necessita horário publicado em informação aeronáu-
de estar notificado em sede de informa- tica (AIP) o aeródromo deverá manter-se
ção aeronáutica (AIP), no entanto, caso o aberto e operacional, o mesmo não deverá
seja deverá permanecer aberto conforme estar aberto fora desse horário a não ser
o notificado independentemente do trá- que previamente acordado de acordo com
fego. Caso o horário não esteja notificado, as condições estabelecidas.
a disponibilidade do aeródromo e as suas (8) Sem prejuízo do requisito do número 1, nada
infra-estruturas, podem constar do AIP por no certificado conferirá o direito a uma
combinação entre as partes. pessoa de utilizar o aeródromo sem o con-
(c) Requisitos particulares para emissão de certifica- sentimento do responsável pelo mesmo.
ção de aeródromos de uso público: (9) Quaisquer determinações do certificado de
(1) O aeródromo é certificado para uso público aeródromo devem ter a força de lei.
pelo que deverá estar disponível para ater- (d) Requisitos particulares para emissão de certifica-
ragem e descolagem de aeronaves, para ção geral de aeródromos:
todas as pessoas com permissão para (1) O aeródromo é certificado para uso público
o fazer, em igualdade de condições e do proprietário do certificado do aeró-
circunstâncias; dromo e por pessoas por si autorizadas;
(2) Nenhuma aeronave poderá aterrar ou descolar (2) Nenhuma aeronave poderá aterrar ou descolar
no aeródromo sem que os meios e servi- no aeródromo sem que os meios e servi-
ços destinados ao combate a incêndios e ços destinados ao combate a incêndios e
salvamento previstos de acordo com a sua salvamento previstos de acordo com a sua
categoria (conforme definido no presente categoria (conforme definido no presente
normativo) estejam em conformidade. normativo) estejam em conformidade.
(3) A alteração das características físicas do aeró- (3) A alteração das características físicas do aeró-
dromo, incluindo a edificação de novos dromo, incluindo a edificação de novos
edifícios e alterações aos edifícios exis- edifícios e alterações aos edifícios exis-
tentes ou das ajudas visuais não deverá ser tentes ou das ajudas visuais não deverá ser
feita sem autorização do INAVIC. feita sem autorização do INAVIC.
(4) O responsável pelo aeródromo do aeródromo (4) O responsável pelo aeródromo do aeródromo
deve, com a maior celeridade possível, deve, com a maior celeridade possível,
notificar o INAVIC, sobre qualquer altera- notificar o INAVIC, sobre qualquer altera-
ção física na superfície de movimento; ou ção física na superfície de movimento; ou
na obstrução das superfícies de aproxima- na obstrução das superfícies de aproxima-
ção, descolagem e horizontal interior. ção, descolagem e horizontal interior.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(531)
(5) Caso o aeródromo seja certificado para ope- (5) O responsável pelo aeródromo do aeródromo
ração nocturna, os sistemas de iluminação, deve, com a maior celeridade possível,
de acordo com a categoria da pista e con- notificar o INAVIC, sobre qualquer altera-
forme disposto no presente normativo, ção física na superfície de movimento; ou
devem estar operacionais sempre que se na obstrução das superfícies de aproxima-
opere durante a noite e devem garantir os ção, descolagem e horizontal interior.
parâmetros de operacionalidade defini- (6) O aeródromo não deve ser certificado para
dos no presente normativo, sob pena de operação nocturna.
impossibilitar as operações durante o perí- (7) Qualquer caminho público de atravessa-
odo nocturno caso isso não se verifique. mento ou circundante à área de manobra
(6) Caso o aeródromo apenas possa ser utilizado deve ser sinalizado com avisos de perigo
durante o dia, deverá constar da informa- de presença de aeronaves.
ção aeronáutica que o mesmo não pode ser (8) Quaisquer determinações do certificado de
usado à noite. aeródromo devem ter a força de lei.
(7) Qualquer caminho público de atravessa- (9) A validade deste certificado será a atribuída
mento ou circundante à área de manobra pelo INAVIC, enquanto as condições da
deve ser sinalizado com avisos de perigo sua certificação se mantiverem.
de presença de aeronaves. 22.010 Restrições
(8) O responsável pelo aeródromo deve infor- (a) INAVIC pode impor restrições quanto ao uso de
mar o horário de abertura do aeródromo ao um aeródromo e pode proibir parcialmente ou
INAVIC, bem como quaisquer alterações totalmente a operação de qualquer aeronave:
a esse horário ou acordos especiais para (1) Quando não estiver instalado com um equi-
operação fora desse horário. Durante o pamento de rádio; ou
horário publicado em informação aeronáu- (2) O equipamento de rádio da aeronave não é
tica (AIP) o aeródromo deverá manter-se compatível com o equipamento de rádio
aberto e operacional, o mesmo não deverá instalado para o tráfego aéreo no respec-
estar aberto fora desse horário a não ser tivo aeródromo, se o INAVIC achar que tal
que previamente acordado de acordo com restrição, limitação ou proibição é neces-
as condições estabelecidas. sária para o interesse da segurança de
(9) Quaisquer determinações do certificado de aviação.
aeródromo devem ter a força de lei. (b) O INAVIC pode restringir ou proibir voos noc-
(e) Requisitos particulares para emissão de certifica- turnos em qualquer aeródromo no qual não
ção temporária de aeródromos: hajam instalações para voos nocturnos, ou onde
(1) O aeródromo é certificado para uso público o terreno ou outros objectos nos arredores do
do proprietário do certificado do aeró- aeródromo possam causar dano para a operação
dromo e por pessoas por si autorizadas; da aeronave em voos nocturnos.
(2) Nenhuma aeronave poderá aterrar ou descolar 22.013 Proibições em Aeródromos Certificados
no aeródromo sem que os meios e servi- (a) Excepto com a aprovação do operador de aeró-
ços destinados ao combate a incêndios e dromo, nenhum operador de aeronave pode
salvamento previstos de acordo com a sua estacionar ou abandonar aeronaves utilizadas ou
categoria (conforme definido no presente não, nas áreas de movimento do aeródromo.
normativo) estejam em conformidade. (b) Excepto com a aprovação do operador de aeró-
(3) Com excepção de situações de emergên- dromo certificado, nenhuma pessoa pode:
cia nenhuma aeronave deve aterrar ou (1) Conduzir um veículo nas áreas restritas do
descolar no aeródromo quando qualquer aeródromo, do terminal; ou
obstrução, veículo ou pessoa estejam na (2) Obstruir uma entrada ou passagem para o
área de manobra ou nas faixas de protec- edifício do terminal de tal maneira que
ção à pista e caminhos de circulação. seja inconveniente para outros usuários do
(4) A alteração das características físicas do aeró- aeródromo.
dromo, incluindo a edificação de novos (c) Nenhuma pessoa deve, num aeródromo certifi-
edifícios e alterações aos edifícios exis- cado:
tentes ou das ajudas visuais não deverá ser (1) Obstruir ou interferir numa operação autori-
feita sem autorização do INAVIC. zada no aeródromo.
(532)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(2) Impedir qualquer funcionário do operador do jam ajustados acima de 4,8 m para estrada
aeródromo que esteja a executar sua tarefa e estrada aéreas, 5,4 m para rodovia ou
relativamente ao aeródromo. para objecto móvel alto ou altíssimo que
(3) Atirar, largar, ou derrubar qualquer objecto cruzar este caminho não deverá exceder o
que possa causar ferimentos a qual- normal desta secção.
quer pessoa ou provocar danos numa (4) Qualquer construção ou alteração em qual-
propriedade. quer um dos seguintes:
(4) Depositar qualquer espécie de lixo ou descar- (i) Aeródromo ou infra-estrutura de ater-
tar em qualquer lugar que não seja o local ragem, descolagem e caminhos de
designado e aprovado para este propósito circulação
pelo operador do aeródromo. (ii) Aeródromo em construção que seja
(5) Causar qualquer distúrbio, desordem, ou objecto de uma notificação ou de uma
incidente, escrever, desenhar ou afixar proposta ao INAVIC.
qualquer material que atentam ao pudor. (b) Um estudo aeronáutico será conduzido em qual-
(6) Derramar ou libertar substâncias capazes de quer construção ou alteração cuja notificação
causarem poluição no ar, terra, na água, ou seja submetida ao INAVIC com base a esta sec-
na área circunscrita ao aeródromo.
ção para determinar o efeito da proposta sobre
(d) Excepto quando autorizado pelo operador do
a operação das instalações de navegação aérea
aeródromo, nenhuma pessoa pode interferir ou
e para o uso seguro e eficiente do espaço aéreo
manipular, em qualquer sector do aeródromo,
navegável.
com qualquer equipamento associado à opera-
(c) O estudo aeronáutico pode incluir o desen-
ção do aeródromo:
volvimento a proposta da radiação física e
(1) Transgredir ou ter acesso às estruturas
electromagnética, o efeito que poderá ter no fun-
restritas.
cionamento da instalação de navegação aérea.
(2) Exercer comércio de qualquer espécie e mag-
nitude, incluindo câmbio de moedas. (d) Estabelecer os limites das superfícies de obstá-
(3) Fazer propaganda no aeródromo. culo:
(4) Transportar passageiros, bagagem ou injúrias (1) Um operador de aeródromo deverá assegurar
aos passageiros por provedores de serviço que os limites de superfícies de obstá-
de aeródromo não solicitados. culo estejam estabelecidos no aeródromo
(5) Abastecimento de qualquer tipo de combus- em conformidade as Normas e Práticas
tível a aeronave excepto no local aprovado Recomendadas constantes do Anexo 14
pelo operador de aeródromo. Volume 1 da ICAO.
(6) O operador de aeródromo deverá exigir que (e) Aviso de obstáculos:
qualquer aprovação adquirida sob esta (1) Um operador de aeródromo deverá tomar
subsecção esteja de acordo com as con- todas as medidas de precaução para asse-
dições que o operador do aeródromo gurar que os obstáculos situados no, ou
prescreveu para garantia da segurança das nos arredores do aeródromo, sejam loca-
pessoas e bens no aeródromo. lizados o mais rápido possível.
22.015 Limitação de Obstáculos (2) Se o operador tiver conhecimento da pre-
(a) Qualquer pessoa que propõe uma das seguintes sença de um obstáculo, deve:
construções ou alterações notificará o INAVIC (i) Informar imediatamente a área de
de: NOTAM; e
(1) Construção de qualquer edifício arranha-céu (ii) Submeter os detalhes aos serviços de
ou alteração topográfica local acima do NOTAM sobre:
nível do solo. A altura e localização do obstáculo; e
(2) Qualquer construção ou alteração que se Declarar as distâncias e as inclinações, se aplicável.
estenda acima da superfície de limitação (3) Se o operador tiver conhecimento de qual-
de obstáculo como descrito no Documento quer proposta ou desenvolvimento de uma
9184 da ICAO, Manual de Planeamento construção próxima do aeródromo que é
de Aeroportos, e material de orientação susceptível de constituir um obstáculo,
associado. deve:
(3) Qualquer rodovia, ferrovia ou outro caminho (i) Informar o INAVIC tão logo quanto
transversal para objectos móveis que este- possível; e
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(533)
carece de parecer prévio do INAVIC, devendo ção incidir sobre mais de uma província,
satisfazer as seguintes condições: declaração dos respectivos governos pro-
(1) No caso de construção, ampliação ou modi- vinciais, excepto no caso de modificações
ficação de pistas para aviões deve ser tida dentro do aeródromo;
em conta a existência de aglomerados (3) Memória descritiva e justificativa da finali-
urbanos, estabelecimentos de saúde, de dade do projecto, indicação da aeronave
ensino, de culto, de cultura, instalações crítica e caracterização sumária das infra-
pirotécnicas, de combustíveis ou pecu- -estruturas e equipamentos pretendidos;
árias, numa área com 600 m de largura (4) Plantas de localização em cartas topográficas
simétrica em relação ao eixo da pista e nas escalas de 1:50 000, de 1:25 000 e de
estendendo-se por um mínimo de 1600 m 1:10 000 e plantas relativas às superfícies
para além de cada extremidade das pistas; de desobstrução na escala de1:25 000;
(2) No caso de construção, ampliação ou modifi- (5) Parecer favorável de todos os governos pro-
cação de superfície deve ser tida em conta vinciais das províncias potencialmente
a existência de estabelecimentos de saúde, afectadas, quer por superfícies de desobs-
de ensino, de culto, de cultura, instalações trução quer por razões ambientais;
pirotécnicas ou pecuárias, num raio de 300 (6) Parecer técnico vinculativo, emitido pela
m a contar do seu centro; autoridade nacional competente no domí-
(3) No caso das placas de estacionamento ou nio da meteorologia que define o tipo
caminhos de circulação para acesso das de informação meteorológica compatí-
aeronaves à pista ou heliporto deve ser vel com as características do aeródromo,
tida em conta a distância de 150 m, a con- nomeadamente o tipo de aproximação à
tar da sua periferia, de locais com o tipo pista.
de ocupação e usos do solo referidos na (c) Constitui fundamento para indeferimento liminar
alínea a); a inexistência do parecer favorável de todos os
(4) A construção, ampliação ou modificação governos provinciais das províncias potencial-
deve ter em conta que as operações das mente afectadas, conforme previsto na alínea
aeronaves durante as fases de aterragem, f) do número anterior, bem como a inexistência
descolagem, estacionamento ou rolagem do parecer técnico mencionado na alínea g) do
não podem contrariar as disposições pre- número anterior.
vistas no Anexo 14 Volume 1 e 2 da ICAO;
(d) O INAVIC deve comunicar ao requerente a sua
(5) A localização e operacionalidade sejam com-
decisão no prazo de 90 dias a contar da data de
patíveis com a utilização civil ou militar
entrega do requerimento referido no n.º 1.
do espaço aéreo, para o que é ouvido o
(e) A contagem do prazo referido no número ante-
INAVIC, cujo parecer é vinculativo;
rior apenas se inicia quando se verifique que o
(6) Os projectos não contrariem a demais
requerimento inicial se encontra devidamente
legislação em vigor ou regulamenta-
ção complementar, bem como o disposto instruído nos termos do n.º 2.
nos anexos n.ºs 3 e 14 à Convenção (f) Da decisão do INAVIC devem constar todos os
Internacional de Aviação Civil. requisitos de natureza operacional, económica,
22.023 Apreciação Prévia de Viabilidade financeira, organizativa, ambiental, de segurança
(a) Os procedimentos de construção, ampliação e de facilitação aplicáveis ao projecto, bem como
ou modificação de um aeródromo iniciam-se dos elementos a apresentar no projecto.
através de requerimento a apresentar junto do (g) Da decisão do INAVIC cabe recurso tutelar para o
INAVIC, que procede a uma apreciação prévia membro do Governo responsável pelo sector da
de viabilidade, nos termos do artigo anterior. aviação civil.
(b) O requerimento de apreciação prévia referido 22.025 Projecto
no número anterior deve ser instruído com os (a) O projecto carece de aprovação do INAVIC.
seguintes elementos: (b) A aprovação do INAVIC prevista no número
(1) Identificação do requerente; anterior consiste na verificação da conformi-
(2) Declaração do governo provincial da área dade dos elementos do projecto com as normas
comprovativa de que a localização pre- estabelecidas no Anexo 14 à Convenção de
tendida é compatível com planeamento do Chicago, no Regulamento (CE) n.º 2320/2002,
território, ou, no caso de a sua implanta- do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(535)
Dezembro de 2002, alterado pelo Regulamento (x) Ajudas visuais luminosas e sistema
(CE) n.º 849/2004, do Parlamento Europeu e do eléctrico;
Conselho, de 29 de Abril de 2004, no Programa (xi) Manutenção da área de movimento;
Nacional de Segurança da Aviação Civil da (xii) Segurança dos trabalhos e obras no
República de Angola e ainda com os requisitos aeródromo;
previstos em regulamentação complementar. (xiii) Gestão da placa;
(c) O prazo de aprovação do projecto é definido em (xiv) Gestão da segurança da placa;
regulamentação complementar, tendo em conta (xv) Controlo de veículos no lado ar;
(xvi) Gestão dos riscos de intrusão de vida
a complexidade do mesmo, não podendo exce-
animal;
der 90 dias.
(xvii) Controlo de obstáculos;
PARTE C — Certificação
(xviii) Remoção de aeronaves;
22.030 Requerimento
(xix) Manuseamento e armazenamento de
(a) O requerimento para efeitos de certificação de um
matérias perigosas;
aeródromo deve ser acompanhado do respectivo
(xx) Operações em baixa visibilidade,
manual do aeródromo e demais elementos pre-
quando aplicável;
vistos em regulamentação complementar. (xxi) Protecção das instalações de radar,
(b) O requerimento previsto no número anterior deve ajudas rádio, telecomunicações e das
ainda ser acompanhado de documento com- respectivas servidões;
provativo da existência do direito real sobre o (xxii) Sistema de gestão de segurança
aeródromo. operacional;
22.033 Manual de Aeródromo (xxiii) Administração do aeródromo.
(a) O manual de aeródromo deve conter os seguintes (b) Os elementos referidos no número anterior são
elementos: especificados em regulamentação complemen-
(1) Informações de carácter geral, incluindo o tar.
âmbito da sua certificação, condições de (c) O manual de aeródromo previsto no presente
utilização, carta de obstáculos, referência artigo é aprovado pelo INAVIC, no âmbito do
à existência de um serviço de informação procedimento de certificação.
aeronáutica de aeródromo ou de equipa- 20.035 Requisitos para Emissão de Certificado
mentos ou meios que permitam fornecer (a) A emissão do certificado de aeródromo depende
às tripulações a informação aeronáutica da verificação dos seguintes requisitos:
pertinente, sistema de registo de movi- (1) Existência de estruturas técnicas ade-
mentos de aeronaves, obrigações e direitos quadas, pessoal, documentação e
do operador do aeródromo; equipamento necessários, nos termos do
(2) Localização do aeródromo, incluindo planta e presente Normativo e regulamentação
dados relativos ao registo de propriedade; complementar;
(3) Informação a ser divulgada através do AIS, (2) Comprovativo da qualidade de proprietário,
contendo os seguintes elementos: arrendatário, usufrutuário ou do título de
(iii) Nome, localização, coordenadas posse;
WGS84, elevação, temperatura de (3) No caso de o aeródromo ser internacional
referência, farol, quando aplicá- existência de um sistema de gestão de
vel, e identificação do operador do segurança (SMS) aprovado pelo INAVIC;
aeródromo; (4) Indicação de um director de aeródromo;
(iv) Dimensões do aeródromo e informa- (5) Existência de manual de aeródromo apro-
ção relacionada. vado pelo INAVIC;
(4) Procedimentos e medidas de segurança (6) Confirmação, após a vistoria final a efec-
operacional contendo os seguintes tuar pelo INAVIC e pela autoridade
elementos: nacional competente no domínio da mete-
(v) Sistema de registos; orologia, referida no número seguinte,
(vi) Acessos à área de movimento; de que as características físicas, super-
(vii) Plano de emergência do aeródromo; fícies limitativas de obstáculos, ajudas
(viii) Salvamento e luta contra incêndios; visuais, instalações, serviços e equipa-
(ix) Inspecção à área de movimento e mentos estão de acordo com as normas
superfícies livres de obstáculos; e práticas recomendadas no anexo n.º 3,
(536)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
quando aplicável, bem como no anexo n.º (c) O modelo do certificado de aeródromo é aprovado
14, ambos da Convenção de Chicago, e em regulamentação complementar.
demais legislação em vigor ou regulamen- (d) O certificado é alterado sempre que se alterem os
tação complementar; elementos deles constantes e desde que os mes-
(7) Existência de procedimentos operacionais do mos tenham sido previamente aprovados pelo
aeródromo que garantam a segurança das INAVIC.
aeronaves; (e) Pela emissão ou alteração do certificado é devido
(8) Existência de programa de segurança do aeró- ao INAVIC o pagamento de uma taxa a fixar por
dromo aprovado nos termos do Programa portaria do membro do Governo responsável
Nacional de Segurança da Aviação Civil
pelas áreas dos, transportes.
da Republica de Angola contendo toda
(f) Pela emissão do parecer técnico previsto na alí-
a informação relativa à organização de
nea f) do n.º 2 do parágrafo 22.023 é devido à
segurança aeroportuária, medidas e proce-
autoridade nacional competente no domínio da
dimentos, de modo a prevenir a ocorrência
meteorologia o pagamento de uma taxa a fixar
de actos de interferência ilícita;
por portaria conjunta dos membros do Governo
(9) Seguro obrigatório de responsabilidade civil.
responsáveis pelas áreas dos transportes e comu-
(b) O certificado do aeródromo é emitido pelo INA-
VIC, no prazo de 30 dias, após a vistoria final às nicações e da ciência e tecnologia.
instalações, equipamentos e serviços inerentes 22.040 Validade, Revalidação, Renovação e Cance-
lamento de Certificado
à classificação estabelecida na Parte D, prevista
no número anterior. (a) O certificado de aeródromo é válido pelo prazo
(c) No caso de serem detectadas inconformidades de cinco anos a partir da data da sua emissão,
na vistoria prevista no número anterior, o cer- podendo ser sucessivamente revalidado por
tificado de aeródromo só será emitido após a iguais períodos, salvo o disposto no n.º 3.
correcção das mesmas. (b) A revalidação dos certificados deve ser precedida
22.037 Certificado de Aeródromo de inspecções a realizar pelo INAVIC e, quando
(a) Nenhum aeródromo pode estar aberto ao tráfego aplicável, pela autoridade nacional competente
aéreo sem estar certificado nos termos do pre- no domínio da meteorologia, requerida pelo
sente normativo. titular do certificado, no prazo mínimo de 90
(b) Do certificado de aeródromo devem constar os dias imediatamente anteriores à data da sua
seguintes elementos: caducidade.
(1) Número do certificado; (c) Se de qualquer inspecção efectuada resultar que as
(2) Nome do aeródromo; condições que levaram à emissão do certificado
(3) Coordenadas geográficas do aeródromo no não se mantêm, pode o mesmo vir a ser limitado,
sistema WGS 84; suspenso ou cancelado, não revalidado ou reva-
(4) Nome e sede do titular do certificado; lidado por prazo inferior a cinco anos, consoante
(5) Tipo de certificado (uso público; geral ou a gravidade ou o número das desconformidades
temporário); detectadas.
(6) Classe atribuída ao aeródromo de acordo (d) O certificado de aeródromo pode ser renovado
com o definido na Parte 22.050; se, após inspecções realizadas pelo INAVIC e,
(7) Especificações técnicas, condições opera- quando aplicável, pela autoridade nacional com-
cionais e outros requisitos que constam petente no domínio da meteorologia, se concluir
dos anexos ao certificado e do qual fazem estarem preenchidos todos os requisitos de certi-
parte integrante; ficação previstos no presente Normativo.
(8) Parecer emitido pela autoridade nacional (e) Pela revalidação ou renovação do certificado de
competente no domínio da meteorologia, aeródromo é devido ao INAVIC e à autoridade
quando aplicável, certificando que as ins- nacional competente no domínio da meteoro-
talações e equipamentos se encontram em logia o pagamento de taxas a fixar por portaria
conformidade com o previsto no anexo n.º conjunta dos membros do Governo responsáveis
3 à Convenção Internacional de Aviação pelas áreas dos transportes e da ciência e tecno-
Civil, ICAO. logia.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(537)
(f) O certificado de aeródromo pode ainda ser cance- no anexo n.º 14 à Convenção de Chicago
lado a pedido do seu titular. e demais regulamentação complementar;
22.043 Transferência da Titularidade do Certificado (2) Existência de meios que impeçam a aterra-
(a) A transferência da titularidade do certificado gem de aeronaves sempre que o aeródromo
carece de prévia autorização do INAVIC. estiver encerrado;
(b) O INAVIC autoriza a transferência da titularidade (3) Existência de um telefone e fax para contacto
do certificado nas seguintes condições: directo com o responsável do aeródromo.
(1) Apresentação de requerimento pelo futuro (b) A classificação dos aeródromos em classe I
titular do certificado, com uma antecedên- depende da verificação dos seguintes requisitos
cia mínima de 90 dias em relação à data administrativos:
em que pretende assumir a responsabili- (1) Existência de um director de aeródromo ou de
dade da operação do aeródromo; um responsável de aeródromo, conforme
(2) Prova da transferência de titularidade do determinação do INAVIC em função da
direito real sobre o aeródromo e de que se actividade do aeródromo, a estabelecer em
mantêm todas as condições que permiti- regulamentação complementar;
ram a emissão do certificado inicial. (2) Existência de registos e dados estatísticos de
(c) Durante o processo de transferência da titulari- tráfego devidamente organizados.
dade do certificado, o INAVIC pode emitir um (c) Os aeródromos classificados em Categoria I estão
certificado provisório, desde que a sua emissão sujeitos aos condicionalismos seguintes:
seja de interesse público e estejam garantidas as (1) Interdição de utilização como base de escolas
condições de segurança das operações aéreas e de aviação para pilotos profissionais;
o cumprimento do programa de segurança do (2) Interdição de utilização para voos
aeródromo. internacionais;
(d) O certificado provisório previsto no número ante- (3) Interdição de utilização em operações de
transporte aéreo;
rior caduca nas seguintes condições:
22.055 Aeródromos de Categoria II
(1) Na data em que for transferida a titularidade
do certificado de aeródromo; (a) A classificação dos aeródromos em Categoria II
(2) Na data indicada no certificado provisório; depende da verificação dos seguintes requisitos
(3) Na data do indeferimento do requerimento operacionais:
apresentado ao INAVIC. (1) Existência de meios de comunicação que
PARTE D — Classificação de Aeródromos permitam às tripulações contactar com
22.050 Classificação os órgãos prestadores dos serviços de trá-
(a) Os aeródromos classificam-se, por ordem cres- fego aéreo adjacentes, de forma a garantir
cente, em Categorias de I a IV, em função dos a coordenação e a informação mínima
necessárias à realização dos voos;
critérios de natureza operacional, administra-
(2) Existência de equipamento de combate a
tiva, de segurança e de facilitação, constantes do
incêndio e garantia da possibilidade da
presente normativo.
presença, durante as operações, de equi-
(b) A manutenção da classificação prevista no número
pamento e pessoal da corporação de
anterior depende da verificação permanente dos
bombeiros mais próxima ou outra, desde
requisitos previstos no presente normativo para
que devidamente habilitados, em confor-
cada uma das mencionadas Categorias. midade com o previsto no anexo n.º 14 à
(c) A classificação prevista no n.º 1 pode ser condicio- Convenção de Chicago e demais regula-
nada pelo INAVIC, mediante regras específicas mentação complementar;
ou pelo operador do aeródromo, com a valida- (3) Existência de sistema de energia eléctrica de
ção do INAVIC, devendo tais condicionamentos emergência compatível com o tipo de ope-
e regras ser devidamente publicitados em docu- rações pretendidas;
mentação aeronáutica apropriada. (4) Existência de meios que impeçam a aterra-
20.053 Aeródromos de Categoria I gem de aeronaves sempre que o aeródromo
(a) A classificação dos aeródromos em Categoria I estiver encerrado;
depende da verificação dos seguintes requisitos (5) Existência de telefone e fax no aeródromo;
operacionais: (6) Vedação das áreas operacionais de forma a
(1) Existência de equipamento de combate a impedir a intrusão de vida animal ou de
incêndio em conformidade com o previsto pessoas não autorizadas;
(538)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
dores aeronáuticos, através de briefings tem como objectivo fornecer um método simples
e fornecimento de documentação de voo de interligação entre as características técnicas
quer local, quer recebido de outros centros do avião e do aeródromo conforme especificadas
meteorológicos. no anexo n.º 14 à Convenção de Chicago.
(b) A classificação dos aeródromos em Categoria IV (c) O código de referência é atribuído pelo INAVIC
depende da verificação dos seguintes requisitos de acordo com os critérios previstos no presente
administrativos: artigo e ainda com os requisitos constantes de
(1) Existência de um director de aeródromo con- regulamentação complementar.
forme o disposto no ponto 20.047; PARTE E — Utilização e Exploração de Aeródromos
(2) Existência de serviços administrativos e de Secção I — Condições de funcionamento
contabilidade devidamente organizados 22.070 Obrigações do Operador do Aeródromo
de modo a permitir o acompanhamento da O operador de aeródromo deve:
actividade aeroportuária pelo INAVIC e
(a) Assegurar o normal funcionamento e garantir a
outras entidades.
segurança das operações no aeródromo;
(c) Os aeródromos classificados em Categoria IV
(b) Facilitar por todos os meios o livre acesso ao
devem ainda em termos de segurança obedecer
aeródromo do pessoal do INAVIC ou por este
aos requisitos e procedimentos de segurança nos
devidamente credenciado para o efeito, para a
termos do Programa Nacional de Segurança da
realização de auditorias, vistorias e inspecções;
Aviação Civil da Republica de Angola
(c) Ser responsável pelas comunicações, relatórios e
(d) Os aeródromos classificados em Categoria IV
demais correspondência, de acordo com o pre-
devem obedecer aos seguintes requisitos de
sente Normativo
facilitação:
(1) Existência de instalações, equipamentos e (d) Implementar um programa de formação, aprovado
recursos humanos adequados ao exercício pelo INAVIC, de modo a permitir a actualização
permanente do controlo documental de de conhecimentos do pessoal ao seu serviço
passageiros e tripulantes, do controlo adu- incluindo o Manual do Aeródromo;
aneiro da respectiva bagagem de mão ou (e) Ter ao seu serviço um número suficiente de pes-
porão, da carga aérea ou correio; soal habilitado e qualificado para realizar todas
(2) Existência de instalações, equipamentos e as tarefas essenciais à regular operação e manu-
recursos humanos adequados ao exercí- tenção do aeródromo, tendo em conta a classe do
cio permanente do controlo sanitário e mesmo e o tipo de operação pretendida;
fitossanitário; (f) Garantir a coordenação dos serviços de tráfego
(3) Existência de instalações, equipamentos, aéreo com o respectivo prestador, incluindo
serviços de apoio e pessoal devidamente a informação aeronáutica e meteorológica, a
habilitado para o despacho de forma regu- definir pela autoridade nacional competente no
lar de tripulações, passageiros, respectiva
domínio da meteorologia, quando aplicável, de
bagagem, carga aérea e correio adequadas
forma a garantir que os serviços prestados sejam
à procura de tráfego;
compatíveis com os requisitos aplicáveis à Cate-
(4) Existência de zonas específicas destinadas ao
goria do aeródromo e ao tipo de aproximação;
embarque, desembarque, transferência ou
(g) Desenvolver e implementar um sistema de segu-
trânsito de passageiros e sua bagagem de
mão, nos termos do Anexo 9,17 da ICAO rança do aeródromo, a aprovar pelo INAVIC,
e do Programa Nacional de Segurança da nos termos do presente Normativo e do Pro-
Aviação Civil da Republica de Angola. grama Nacional de Segurança da Aviação Civil;
22.063 Código de Referência do Aeródromo (h) Estabelecer um sistema de gestão de segurança
(a) A cada aeródromo é atribuído um código de operacional para o aeródromo que contenha a
referência a determinar de acordo com as estrutura da organização, os deveres, poderes e
características do avião crítico para o qual o responsabilidades dos quadros dessa estrutura,
aeródromo se destina, nos termos do Anexo 14 de forma a assegurar a eficácia das operações
Volume 1 da ICAO. aeroportuárias;
(b) O código de referência previsto no número anterior (i) Exigir a todos os utilizadores do aeródromo,
é definido em função da distância de descolagem incluindo os prestadores de serviços em terra e
de referência do avião, envergadura de asa e lar- entidades exploradoras de aerogares ou outros
gura exterior do trem de aterragem principal e serviços de apoio, o cumprimento das regras de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(541)
domínio da meteorologia o plano operacional de (b) Nas situações em que a área pública referida no
trabalhos para o efeito de apreciação. número anterior não se encontre sob o controlo
(c) O plano referido no n.º 1 deve ser remetido ao do operador do aeródromo, deve o mesmo
INAVIC com a antecedência mínima de 75 dias. solicitar à entidade responsável por essa área a
(d) Nos casos de reconhecida urgência, o prazo refe- colocação dos avisos de perigo.
rido no número anterior pode ser reduzido, desde 22.085 Director do Aeródromo
que os trabalhos sejam previamente autorizados (a) Todos os aeródromos devem ter um director, nos
pelo INAVIC e divulgados via NOTAM. termos do presente Normativo que superin-
(e) Do plano operacional de trabalhos devem constar tenda o respectivo funcionamento e assegure o
os seguintes elementos: cumprimento das leis e regulamentos em vigor,
(1) Projecto e memória descritiva dos trabalhos bem como dos procedimentos estabelecidos no
a efectuar; manual do aeródromo.
(2) Faseamento e calendarização da obra; (b) O director é designado pelo operador do aeró-
(3) Indicação das distâncias declaradas refe- dromo, após prévia aprovação do INAVIC.
rentes à pista afectada, nos casos em que (c) O director deve fiscalizar todas as actividades
houver necessidade de alteração ou deslo- operacionais, tendo nomeadamente o direito
cação de soleiras; a solicitar a apresentação dos documentos de
(4) Alterações à sinalização diurna e luminosa; bordo de qualquer aeronave e os da respectiva
(5) Trabalhos em áreas adjacentes às pis- tripulação.
tas, caminhos de circulação e placas de (d) O director é responsável perante o INAVIC quanto
estacionamento; à supervisão do cumprimento das normas, regu-
(6) Controlo de acessos à área de trabalhos; lamentos e instruções do INAVIC em matérias
(7) Medidas de segurança operacional; respeitantes a segurança operacional, segurança
(8) Medidas de segurança aeroportuária contra e facilitação.
actos de interferência ilícita; (e) O director deve, nos termos da lei, comunicar
(9) Alteração de procedimentos relativos à ope- ao INAVIC todas as ocorrências susceptíveis
ração de aeronaves; de afectarem a segurança operacional do aeró-
(10) Proposta de NOTAM a emitir; dromo.
(11) Quaisquer outros elementos que o operador (f) O director deve, nos termos da lei, participar ao
considere relevantes para o plano. INAVIC e à autoridade policial competente
22.080 Inspecções Extraordinárias quaisquer actos ilícitos.
Sem prejuízo das inspecções referidas no parágrafo 2 (g) A designação do director de aeródromo depende
do ponto 20.041 e no manual do aeródromo, o operador do da posse de habilitações adequadas a definir pelo
aeródromo, para garantir a segurança operacional, deve pro- INAVIC em regulamentação complementar.
ceder à inspecção da infra-estrutura nas seguintes situações: (h) O manual do aeródromo deve identificar expres-
(a) Quatro vezes por dia mínimo samente o substituto do respectivo director, nas
(b) Imediatamente após a ocorrência de um incidente suas ausências, bem como prever as competên-
ou acidente com aeronave; cias que o mesmo delegue naquele, ou noutros
(c) Durante o período em que decorram trabalhos funcionários ao serviço do aeródromo.
de construção ou reparação das instalações ou (i) A violação dos deveres do director do aeródromo
equipamentos do aeródromo considerados críti- previstos nos n.ºs 4, 5 e 6 dá lugar à instauração
cos para a segurança da operação das aeronaves; e instrução de processo de inquérito pelo INA-
(d) Em qualquer outra situação imprevista em que VIC com vista à eventual perda da titularidade
ocorram condições susceptíveis de afectar a do cargo, nos termos do artigo seguinte.
segurança operacional do aeródromo. (j) O disposto no presente artigo é também aplicável
22.083 Avisos de Perigo ao responsável de aeródromo previsto na alínea
(a) O operador do aeródromo deve colocar avisos a) do parágrafo 2 do ponto 20.031.
de perigo em qualquer área pública adjacente 22.087 Processo Especial
à área de movimento sempre que os voos de (a) Sempre que o INAVIC tiver conhecimento, por
aeronaves a baixa altitude no aeródromo ou na qualquer meio, da violação dos deveres do direc-
sua vizinhança ou a rolagem de aeronaves pos- tor do aeródromo previstos no artigo anterior,
sam constituir perigo para pessoas ou tráfego de deve instaurar e instruir um processo especial de
veículos. inquérito, com vista ao apuramento dos factos.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(543)
(b) Qualquer decisão proferida no âmbito do pro- conta a existência de razões de interesse público,
cesso previsto no número anterior pressupõe a devidamente fundamentadas em requerimento a
prévia audição do director do aeródromo sobre apresentar pelo operador do aeródromo.
as razões invocadas, independentemente de (b) Podem ainda ser concedidas as derrogações
quaisquer outras diligências de prova que o previstas no número anterior em situações
INAVIC entenda necessárias para o apuramento de emergência, devidamente comprovadas, e
dos factos. mediante comunicação ao INAVIC.
(c) Quando se revele necessário para a instrução (c) A derrogação prevista no n.º 1 é concedida nas
do processo ou para a defesa da segurança da condições mencionadas no n.º 2 do artigo ante-
aviação civil, o INAVIC pode, como medida rior.
cautelar, suspender de imediato o exercício das 22.095 Operação de Aeronaves Civis em Aeródromos
funções do director de aeródromo, mediante Militares
decisão devidamente fundamentada. (a) A operação pontual de aeronaves civis em aeró-
(d) Quando a reduzida gravidade da infracção e da
dromos militares depende de aprovação do
culpa do agente o justifiquem, pode o INAVIC
INAVIC, após autorização das autoridades mili-
comunicar ao director a decisão de proferir uma
tares competentes.
admoestação e ainda determinar que o mesmo
(b) A utilização permanente de aeródromos militares
adopte o comportamento legalmente exigido
por aeronaves civis carece de aprovação do INA-
dentro do prazo que o INAVIC lhe fixe para o
VIC, após autorização do Ministério da Defesa
efeito.
(e) Em caso de não-aceitação da admoestação prevista Nacional, devendo os procedimentos de certifi-
no número anterior ou de não cumprimento da cação e inspecção do aeródromo, incluindo as
obrigação fixada nos termos do mesmo número, infra-estruturas, serviços, equipamentos, siste-
o processo prossegue com vista à perda da titu- mas, pessoal e procedimentos, ser estabelecidos
laridade do cargo de director. por protocolo a celebrar entre o INAVIC e as
(f) As decisões proferidas nos termos do presente autoridades militares competentes.
artigo são obrigatoriamente comunicadas pelo As diferenças entre os requisitos Civis, Regulamentação
INAVIC ao operador de aeródromo. Angolana, e os requisitos Militares, Regulamentação Militar
(g) Quando for decidida a perda da titularidade do sobre Bases Aéreas, devem ser listadas e publicadas no AIP
cargo, o operador deve, no prazo máximo de 15 de Angola para esse Aeródromo.
dias, nomear um novo director. (c) Excluem-se do disposto nos números anteriores
Secção II — Situações Excepcionais as operações que envolvam aeronaves de Estado
22.090 Derrogações Permanentes ou ao seu serviço, situações de emergência e
(a) O INAVIC pode isentar um operador de aeródromo operações com aeronaves de aviação geral.
do cumprimento de alguns dos requisitos previs- 22.097 Utilização Excepcional de Locais não Certificados
tos no presente Normativo Técnico, atendendo a (a) A utilização pontual por aeronaves de locais não
razões imperativas, nomeadamente, de carácter certificados nos termos do presente Normativo
orográfico ou de interesse público, mediante Técnico reveste-se de carácter excepcional e
requerimento devidamente fundamentado. deve ser do conhecimento prévio do INAVIC,
(b) A derrogação prevista no número anterior só é con- ficando sujeita ao cumprimento cumulativo dos
cedida se o operador do aeródromo demonstrar seguintes requisitos:
que foram estabelecidos meios alternativos para (1) Autorização prévia do proprietário ou pos-
garantir os níveis de segurança e de segurança suidor desse local;
operacional equivalentes, podendo o INAVIC (2) O local se situe fora de perímetros urbanos
impor limitações operacionais complementares. definidos em sede de planos directores
(c) Caso as razões que determinaram a isenção pre- municipais;
vista no n.º 1 deixarem de subsistir, o INAVIC (3) Não existam edifícios destinados a fins habi-
pode proceder ao seu levantamento. tacionais, de lazer, de ensino, de culto, de
22.093 Derrogações Temporárias saúde ou instalações pecuárias, num raio
(a) O INAVIC pode isentar temporariamente o de 300 m planimétricos a contar do local
operador do aeródromo do cumprimento dos de aterragem;
requisitos e dos condicionalismos previstos no (4) A operação não implique o estacionamento
presente Normativo Técnico para a utilização de da aeronave nesse local entre o pôr e o
aeródromos das diferentes Categorias, tendo em nascer do sol;
(544)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(5) O voo seja realizado em conformidade com 22.103 Processos de Certificação Pendentes
as regras do ar estabelecidas no Anexo 2 à (a) Os processos de certificação pendentes à data da
Convenção de Chicago e demais normati- entrada em vigor do presente normativo e res-
vos em vigor. peitantes a aeródromos ou heliportos ainda não
(b) A utilização excepcional prevista no número abertos ao tráfego na data de entrada em vigor
anterior deve ser comunicada ao INAVIC e do presente normativo são apreciados e decidi-
à autoridade policial mais próxima com pelo dos segundo os procedimentos de certificação
menos vinte e quatro horas de antecedência. instituídos pelo INAVIC antes da data da entrada
(c) A verificação do cumprimento do disposto nos em vigor do presente normativo,
n.ºs 1 e 2 é da responsabilidade do operador da (b) Os processos referidos no número anterior pen-
aeronave e do seu piloto comandante. dentes por falta de elementos necessários à sua
d) Excluem-se do disposto no n.º 1 as situações de
instrução serão mantidos em aberto pelo prazo
emergência e as operações que envolvam aero-
de um ano a contar da data de entrada em vigor
naves de Estado ou ao seu serviço.
do presente normativo, findo o qual, se o pro-
PARTE F — Disposições Finais e Transitórias
cesso ainda não estiver devidamente instruído,
22.100 Certificação de Aeródromos Existentes
são liminarmente indeferidos.
(a) O disposto no presente normativo não se aplica
(c) A certificação prevista no n.º 1 é válida pelo perí-
aos aeródromos e heliportos abertos ao tráfego
odo previsto no n.º 2 do artigo anterior.
à data da sua entrada em vigor e constantes do
(d) São aplicáveis ao processo de certificação pre-
AIP, salvo no que diz respeito aos respectivos
visto no presente artigo, os nos 3,4 e 5 do artigo
projectos de ampliação ou modificação posterio-
anterior.
res.
22.105 Autorização para Utilização
(b) Os aeródromos e heliportos previstos no número
O INAVIC pode autorizar a utilização de pistas e heli-
anterior consideram-se certificados pelo período
portos, excepcional e casuisticamente, tendo, no entanto, em
de três anos a contar da data da entrada em vigor conta as seguintes condições de autorização:
do presente normativo. (a) A autorização é limitada no tempo;
(c) Os operadores dos aeródromos devem requerer, (b) A autorização deve ser precedida obrigatoriamente
no prazo máximo de dois anos, após a data da de uma vistoria ou inspecção, a realizar pelo
entrada em vigor do presente normativo, nova INAVIC, no âmbito da qual se ateste estarem
certificação junto do INAVIC no âmbito da qual garantidas as condições de segurança operacio-
comprovem estarem cumpridos os requisitos de nal para a operação que estiver em causa;
certificação constantes do presente normativo. (c) A autorização deve conter todas as limitações,
(d) Caso ocorra o termo do período previsto no n.º 2 e restrições e condições operacionais, decorrentes
ainda esteja pendente o processo de certificação, da avaliação feita nos termos da alínea anterior;
requerido de acordo com o número anterior, o (d) A infra-estrutura autorizada deve ser objecto de
INAVIC pode emitir uma autorização provisó- inspecções periódicas a realizar pelo INAVIC.
ria de utilização da infra-estrutura, desde que 22.107 Registo e Cadastro dos Aeródromos
devidamente fundamentado o motivo da não (a) O INAVIC organiza e mantém actualizado um
conclusão do processo de certificação e que as registo e cadastro de todos os aeródromos cer-
razões da não emissão do certificado não ponham tificados.
em causa as condições de segurança operacional (b) O registo e cadastro referidos no número anterior
de funcionamento da infra-estrutura. são públicos.
22.110 Contratos de Concessão
(e) A autorização referida no número anterior tem
Nas situações em que a exploração ou gestão dos aeró-
carácter excepcional e temporário, devendo
dromos e aeroportos públicos seja objecto de concessão
conter obrigatoriamente prazo de validade, a
outorgada pelo Governo, a aplicação da presente normativa
fixar em função da complexidade da correcção deve ter em conta as condições da concessão, para o que
das não conformidades apontadas pelo INAVIC deve a mesma ser interpretada em conformidade com os ter-
para não concluir o processo de certificação e mos daquela e aplicada com as necessárias adaptações.
ainda eventuais limitações, restrições e todas as 22.113 Regulamentação
condições de operação, de modo a que nunca a A regulamentação complementar a que se refere o pre-
segurança seja posta em causa. sente normativo é emitida pelo INAVIC.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(545)
(b) O projecto do aeródromo deve ter em conta, (a) Um código de referência de aeródromo número
quando apropriado, as medidas de utilização dos e letra de código que é seleccionado para efei-
terrenos e de regulamentação do ambiente. tos de planeamento de aeródromos, deve ser
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos (Doc. determinado de acordo com as características da
9184), Parte 2 contém elementos de orientação sobre o aeronave a que as infra-estruturas do aeródromo
planeamento da utilização dos terrenos e as medidas de con- se destinam.
trolo do ambiente. b) Os números e letras do código de referência do
22.135 Código de Referência aeródromo devem ter os significados que lhes
Nota introdutória O objectivo do código de referência são atribuídos na Tabela 1.
consiste em fornecer um método simples de inter-relacionar (c) O número de código para o elemento 1 será
as numerosas especificações respeitantes às características determinado a partir da Tabela 1, Coluna 1,
dos aeródromos de modo a definir uma série de instala- seleccionando o número de código correspon-
ções adequadas às aeronaves que se prevê que operem no dente ao valor mais elevado do comprimento de
aeródromo. O código não se destina a ser utilizado para
referência da aeronave a cuja pista se destina.
determinar requisitos de comprimento de pista ou resistên-
Nota — A determinação do comprimento de referência
cia do pavimento. O código é constituído por dois elementos
da aeronave é apenas para seleccionar um número de código
que estão relacionados com as características de e dimen-
e não se destina a influenciar o comprimento real da pista.
sões da aeronave. O elemento 1 é um número baseado no
(d) A letra de código para o elemento 2 deve ser
comprimento de referência da aeronave e o elemento 2 é
determinada a partir da Tabela 1, Coluna 3,
uma letra baseada na envergadura e no espalho (distân-
seleccionando a letra de código que corresponde
cia entre rodas exteriores do trem principal) da aeronave.
à maior envergadura, à maior distância entre
Uma especificação particular está relacionada com o mais
adequado dos dois elementos do código ou com uma com- rodas exteriores do trem principal, optando pela
binação adequada dos dois elementos do código. A letra ou que corresponda à aeronave de maior enverga-
número de código dentro de um elemento seleccionado para dura entre as que operarão nesse aeródromo.
efeitos de projecto está relacionada com as características da Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos (Doc.
aeronave crítica para a qual está prevista a infra-estrutura. 9157), Partes 1 e 2, contém orientação para ajudar o INAVIC
Quando se aplica o presente normativo primeiro são identifi- a determinar o código de referência do aeródromo.
cadas as aeronaves que irão operar no aeródromo e só depois * Padrão ISO
os dois elementos de código. 19104, Informação Geográfica — Terminologia
19108, Informação Geográfica — Esquema temporal
(548)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
PARTE H — Dados do Aeródromo (d) Para se atingir uma protecção do nível de integri-
22.140 Dados Aeronáuticos dade dos dados aeronáuticos de rotina conforme
(a) A determinação e o fornecimento de dados consta do ponto 22.140.b) dever-se-á aplicar um
aeronáuticos relacionados com um aeródromo algoritmo CRC de 16 bit.
devem estar em conformidade com os requisitos Nota — O Manual do Sistema Geodésico Mundial (Doc.
de precisão e de integridade estabelecidos na 9674) (WGS 84) contém orientação sobre as exigências
Tabelas 28 a 32 constantes do Apêndice 5A, de qualidade dos dados (precisão, resolução, integridade,
tendo em conta os procedimentos de sistema protecção e origem). O Documento D0-201A da RTCA
de qualidade determinados. Os requisitos de e o Documento ED-77 da Organização Europeia para o
precisão para dados aeronáuticos baseiam-se Equipamento da Aviação Civil (EUROCAE), denominado
num nível de 95% de confiança, pelo que devem Requisitos da Indústria para a Informação Aeronáutica con-
ser identificados três tipos de dados de posicio- têm elementos de apoio às disposições do Apêndice 5A
namento: pontos observados (soleira da pista), sobre a resolução da publicação e da integridade dos dados
pontos calculados (cálculos matemáticos a partir aeronáuticos.
dos pontos observados conhecidos, de pontos no (e) As coordenadas geográficas que indicam a latitude
espaço, fixos) e pontos declarados (pontos limí- e a longitude devem ser determinadas e comuni-
trofes da região de informação de voo). cadas aos serviços de informação aeronáutica de
Nota — O Capítulo 3 do Anexo 15 contém especifica- acordo com o Sistema Geodésico Mundial 1984
ções que regulam o sistema de qualidade. (WGS-84). As coordenadas geográficas obtidas
(b) O INAVIC deve assegurar a manutenção da por conversão matemática no sistema WGS-84 e
integridade dos dados aeronáuticos ao longo do cujo grau de precisão não esteja de acordo com
seu processamento desde a origem até ao utili- os requisitos constantes da Tabela 28 do Apên-
zador. Os requisitos de integridade dos dados dice 5, devem ser identificados juntamente dos
aeronáuticos devem-se basear no risco potencial serviços de informação aeronáutica.
resultante de alteração dos dados e do fim a que (f) O grau de precisão do trabalho de campo deve ser
se destinam. Consequentemente, devem ser tal que os dados de navegação operacionais obti-
aplicadas as seguintes classificações e nível de dos para as diferentes fases do voo se insiram
integridade de dados: nos desvios máximos, relativamente a um qua-
(1) Dados críticos, nível de integridade 1x10-8: dro de referência adequado, tal como indicado
quando se utilizam dados críticos corrom- nos Quadros constantes do Apêndice 5.
pidos, há uma elevada probabilidade de (g) Além da elevação (em relação ao nível médio da
pôr em risco o voo e aterragem de uma água do mar) das posições do solo específicas
aeronave e até uma potencial catástrofe. aos aeródromos, a ondulação do geóide (referen-
(2) Dados essenciais, nível de integridade 1x10- ciada ao elipsóide do WGS-84) para os pontos
5: quando se utilizam dados essenciais indicados no Apêndice 5 deve ser igualmente
adulterados há poucas probabilidades de determinada e comunicada aos serviços de infor-
pôr em risco o voo e a aterragem de uma mação aeronáutica.
aeronave ou uma potencial catástrofe; e Nota 1 — Por quadro de referência adequado entende-
(3) Dados de rotina, nível de integridade 1x10-3: -se um quadro que permite aplicar o WGS-84 a determinado
quando se utilizam dados de rotina cor- aeródromo e ao qual todas as coordenadas estão ligadas.
rompidos as hipóteses de pôr em perigo Nota 2 — As especificações relativas à publicação das
o voo e a aterragem de uma aeronave são coordenadas WGS-84 constam do Capítulo 2 do Anexo
muito remotas. 4edo Capítulo 3 do Anexo 15 e NTA 24.
(c) A protecção dos dados electrónicos aeronáuticos 22.143 Ponto de Referência do Aeródromo
enquanto armazenados ou em trânsito deve ser (a) Para cada aeródromo deve ser estabelecido um
totalmente monitorizada pela verificação de ponto de referência.
redundância cíclica (CRC). Para se atingir uma (b) O ponto de referência do aeródromo deve estar
protecção fiável do nível de integridade dos localizado perto do centro geométrico original
dados aeronáuticos críticos e essenciais, cuja ou projectado do aeródromo e deve permanecer
classificação consta do ponto 22.140.b), deve- onde inicialmente estabelecido.
-se aplicar um algoritmo CRC de 32 ou 24 bits, (c) A posição do ponto de referência do aeródromo
respectivamente. deve ser medida e transmitida aos serviços de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(549)
informação aeronáutica. Devem ainda ser comu- quatro categorias de resistência das fundações constantes do
nicados aos serviços de informação aeronáutica ponto 22.153.f) 2. abaixo, tendo os resultados sido integra-
a altitude do ponto mais elevado, topo, o tipo, a dos nesse Manual.
sinalização e a balizagem luminosa (se existir) (e) Para determinar o ACN, o comportamento de um
dos obstáculos. pavimento deve ser classificado como equiva-
Nota 1 — Consultar o Anexo 15, Apêndice 8 e NTA 24, lente a uma construção rígida ou flexível.
sobre ilustrações gráficas das superfícies de recolha de dados (f) As informações sobre o tipo de pavimento para
de obstáculos e critérios usados para identificar os obstácu- a determinação do ACN-PCN, categoria de
los nas Áreas 2 e 3. resistência das fundações, categoria da pressão
Nota 2 — O Apêndice 5 contém requisitos sobre a deter- máxima de enchimento dos pneus e método de
minação dos dados de obstáculos nas Áreas 2 e 3. avaliação, devem ser comunicadas, utilizando os
Nota 3 — A implementação da disposição 10.6.1.2 do seguintes códigos:
Anexo 15 e NTA 24 sobre a obtenção, a partir de 18 de (1) Tipo de pavimento para determinação do
Novembro de 2010, dos dados de obstáculos em conformi- ACN-PNC:
dade com as especificações das Áreas 2 e 3 seria facilitada se Código
houvesse um prévio planeamento adequado para a recolha e Pavimento rígido R
processamento desses dados. Pavimento flexível F
22.153 Resistência de Pavimentos Nota — Se a construção real for mista ou não-harmoni-
(a) Deve ser determinada a resistência dos pavimen- zada, incluir uma nota para esse efeito (ver exemplo 2 abaixo).
tos aeronáuticos. (2) Categoria de resistência da fundação:
(b) A resistência de um pavimento destinado a aero- Código
naves com mais de 5.700kg de massa deve ser A
comunicada utilizando o método do número Resistência elevada: caracterizada por K = 150 MN/m e
de classificação da aeronave número de clas- representando todos os valores de K superiores a 120 MN/
sificação do pavimento (ACN-PCN), dando as m3 para pavimentos rígidos e por CBR = 15 e represen-
seguintes informações: tando todos os valores CBR superiores a 13 para pavimentos
(1) Número de classificação do pavimento flexíveis.
(PCN); Código
(2) Tipo de pavimento segundo a determinação B
ACN-PCN; Resistência média: caracterizada por K= 80 MN/m3 e
(3) Categoria de resistência das fundações; representando uma gama de valores K de 60 a 120 MN/
(4) Categoria de pressão máxima dos pneus ou m3 para pavimentos rígidos e por CBR = 10 e represen-
pressão máxima admissível dos pneus; tando uma gama de valores CBR de 8 a 13 para pavimentos
(5) Método de avaliação. flexíveis.
Nota — Se necessário, os PCNs podem ser publicados Código
com uma precisão de um décimo do número. C
(c) O número de classificação do pavimento (PCN) Resistência baixa: caracterizada por K= 40 MN/m3 e
reportado deve indicar que uma aeronave cujo representando uma gama de valores de K de 25 a 60 MN/m3
número de classificação (ACN) seja igual ou para pavimentos rígidos e por CBR = 6 e representando uma
inferior a esse PCN pode operar nesse pavimento gama de valores CBR de 4 a 8 para pavimentos flexíveis.
sujeito a alguma limitação na pressão dos pneus Código
ou na massa total da aeronave, definida para um D
ou vários tipos de aeronaves. Resistência ultra-baixa: caracterizada por K= 20 MN/
Nota — Podem ser comunicados PCN diferentes se a m3 e representando todos os valores de K inferiores a 25
resistência do pavimento estiver sujeita a variações sazonais MN/m3 para pavimentos rígidos e por CBR = 3 e represen-
significativas. tando todos os valores CBR inferiores a 4 para pavimentos
(d) O ACN de uma aeronave deve ser determinado de flexíveis.
acordo com os procedimentos normais associa- (3) Categoria de pressão máxima permitida nos
dos ao método ACN-PCN. pneus:
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte Código
3 contém os procedimentos normalizados para determinar Elevada: sem limite de pressão W
o ACN de uma aeronave. Por conveniência, procedeu-se Média: pressão limitada a 1,50 MPa X
à avaliação de vários tipos de aeronaves normalmente em Baixa: pressão limitada a 1,00 MPa Y
operação nos pavimentos rígidos e flexíveis pertencentes às Muito baixa: pressão limitada a 0,50 Mpa Z
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(551)
(2) Condições operacionais das respectivas ins- para facilitar as aproximações, de acordo com as especifica-
talações, serviços e ajudas à navegação; ções da superfície de aproximação, constantes da Parte J. O
(3) Quaisquer outras informações consideradas Anexo A, Parte A contém informação sobre estes e outros
relevantes, do ponto de vista operacional. factores.
(b) Antes de proceder a alterações no sistema de nave- Quando se está a proceder aos trabalhos de localização
gação aérea, os serviços responsáveis por estas de uma nova pista de aterragem por instrumentos, há que dar
alterações devem ter em conta os prazos que os uma atenção muito especial às áreas que vão ser sobrevoa-
serviços de informação aeronáutica necessitam das pelas aeronaves quando obedecem a procedimentos de
para preparar, divulgar e publicar os novos ele- aproximação por instrumentos e de aproximação interrom-
mentos, o que obriga a uma estreita coordenação pida, para garantir que os obstáculos existentes nestas áreas
entre estes serviços. ou outros factores não limitam a operação das aeronaves.
(c) As alterações mais significativas são as que (a) Sempre que possível o número e orientação das
afectam cartas e/ou sistemas de navegação pistas num aeródromo deve ser tal que o seu
informatizados que obrigam à notificação por factor utilização não seja inferior a 95% para as
parte do sistema de regulamentação e controlo aeronaves a que o aeródromo se destina.
da informação aeronáutica (AIRAC), conforme (b) A localização e a orientação das pistas de um aeró-
especificado no Anexo 15, Capítulo 6, Apêndice dromo devem, sempre que possível, ser de forma
4 e NTA 24. Os serviços responsáveis pelo aeró- a que as rotas de chegada e partida minimizem
dromo, ao apresentarem as informações/dados a interferência com áreas residenciais e outras
não processados aos serviços de informação áreas sensíveis ao ruído perto do aeródromo
aeronáutica devem ter em conta o calendário para evitar problemas futuros relacionados com
pré-estabelecido e internacionalmente acordado o ruído.
para as datas de entrada em vigor AIRAC, além Nota — O Manual de Projecto de Aeroportos, Parte 2 e
dos 14 dias para envio de correio. Orientações sobre Aproximação Equilibrada da Gestão do
(d) Os serviços do aeródromo responsáveis pelo for- Ruido das Aeronaves (Doc. 9829) contêm orientações sobre
necimento de informações/dados aeronáuticos a forma de abordar os problemas de ruído.
não processados aos serviços de informação (c) Escolha de valores máximos permitidos de com-
aeronáutica devem fazê-lo tendo em conta os ponente de ventos cruzados
requisitos de precisão e integridade dos dados Em circunstâncias normais, as aeronaves devem ser
aeronáuticos, conforme especificado no Apên- impedidas de aterrar e descolar, quando a componente do
dice 5A ao presente Normativo. vento cruzado exceder:
Nota 1 — O Anexo 15, Capítulo 5 e os Apêndices 6 e 2, 37 km/h (20 nós) - tratando-se de aeronaves cuja dis-
respectivamente, contêm especificações para a emissão de tância de referência seja igual ou superior a 1 500 metros,
um NOTAM e um SNOWTAM. excepto se se tratar de pistas com fraca acção de travagem
Nota 2 — As informações AIRAC são divulgadas pelo devido a um insuficiente coeficiente de atrito longitudinal.
AIS (Senrviço de Informação Aeronáutica) no prazo mínimo Nesse caso, deverá ser estabelecida uma componente de
de 42 dias antes da entrada em vigor AIRAC para que che- ventos cruzados que não exceda os 24 km/h (13 nós);
guem aos seus destinatários no mínimo 28 dias antes dessa 24 km/h (13 nós) tratando-se de aeronaves cujo dis-
data. tância de referência esteja compreendida entre 1 200 m e 1
Nota 3 — O Manual de Serviços de Informação 500 m; e
Aeronáutica (Doc. 8126, Capítulo (2) contém orientações 19 km/h (10 nós) tratando-se de aeronaves cuja distân-
sobre o calendário das datas pré-estabelecidas e acordadas cia de seja inferior a 1 200 m.
internacionalmente sobre o AIRAC intervalos de 28 dias Nota — O Anexo A, Parte A, contém orientações sobre
incluindo 6 de Novembro de 1997. os factores que afectam o cálculo da estimativa do coefi-
PARTE I Características Físicas ciente de utilização e as correcções que podem ter que ser
22.180 Pistas feitas tendo em conta o efeito de condições excepcionais.
Número e orientação de pistas (d) Dados a utilizar
Nota introdutória — Há muitos factores que afectam a A selecção dos dados a utilizar para o cálculo do coefi-
determinação da orientação, da localização e do número de ciente de utilização deve ser baseada em estatísticas fiáveis
pistas. de distribuição dos ventos que se prolongam por um período
Um factor importante é o coeficiente de utilização, o mais longo possível, de preferência não inferior a cinco
determinado pelo regime dos ventos e que será especificado anos. As observações utilizadas devem ser efectuadas no
abaixo. Um outro factor importante é o alinhamento da pista mínimo oito vezes por dia e com intervalos iguais.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(555)
Nota Estes ventos são ventos médios. O Anexo A, Parte Nota 2 — Quando se determina o comprimento de uma
A faz referência à necessidade de correcções quanto a situa- pista é necessário considerar os requisitos para descolagens
ções de tempestade. e aterragens e as necessidades inerentes às operações em
Localização da soleira ambos os sentidos da pista.
(e) Uma soleira deve, normalmente, estar localizada Nota 3 — As condições locais que devem ser conside-
na extremidade de uma pista, excepto se razões radas incluem altitude, temperatura, inclinação da pista,
operacionais justificarem a escolha de outro humidade e características do pavimento da pista.
local. Nota 4 — Quando se desconhecem os dados sobre o
Nota — O Anexo A, Parte J contém orientações sobre a
desempenho das aeronaves a que a pista se destina, podem
localização da soleira.
obter-se informações para a determinação do compri-
(f) Quando for necessário deslocar a soleira de uma
mento real de uma pista principal, consultando o Manual de
pista, permanente ou temporariamente, devem
Projecto de Aeródromos, Parte I.
ser tomados em conta os vários factores que
(h) Pista secundária
podem influenciar a localização da soleira.
O comprimento de uma pista secundária deve ser
Quando esta deslocação for devida ao facto de
a pista estar fora de serviço, deve ser disponibi- determinado de forma semelhante à usada para uma pista
lizada uma área livre de obstáculos e nivelada principal. Necessita apenas de ser adequado às aerona-
com, no mínimo, 60m de comprimento, entre a ves que vão operar nessa pista ou noutras pistas de forma
área fora de serviço e a soleira deslocada. Deve a obter-se um coeficiente de utilização de, pelo menos, 95
também haver uma distância adicional corres- por cento.
pondente à área de segurança da extremidade da (i) Pistas com áreas de paragem (SWY) ou áreas
pista. livres de obstáculos (CWY)
Nota — O Anexo A, Parte J contém orientações sobre os Quando uma pista estiver associada a uma área de tra-
factores que podem ser considerados determinantes para a vagem ou a uma área livre de obstáculos considera-se
localização da soleira deslocada. satisfatório um comprimento real de pista inferior ao do
Comprimento real das pistas resultante do cumprimento do disposto nos pontos 180 g)
(g) Pista principal ou 22.180.h), conforme adequado, mas, nesse caso, qual-
Exceptuando o disposto no ponto 22.180.i), o compri- quer combinação de pista, área de travagem e área livre de
mento real de uma pista considerada principal deve estar obstáculos deve estar em conformidade com os requisitos
adequado aos requisitos operacionais das aeronaves a que
operacionais para descolagem e aterragem das aeronaves a
a pista se destina e não deve ser inferior ao comprimento
que a pista se destina.
máximo determinado, aplicando as correcções correspon-
Nota — O Anexo A, Parte B contém orientações sobre a
dentes às condições locais para as operações e características
de desempenho das aeronaves críticas. utilização de áreas de travagem e áreas livres de obstáculos.
Nota 1 — Esta especificação não significa necessaria- (j) Em circunstâncias normais a largura de uma pista
mente que se destine a operações de aeronaves críticas com não deve ser inferior às dimensões especificadas
a massa máxima. na Tabela 2.
(556)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
a. Quando o número de código for 1 ou 2, a largura da Nota — Os procedimentos e os requisitos para operações
pista de aproximação de precisão não deve ser inferior a simultâneas em pistas de voo por instrumentos paralelas
30m. ou quase paralelas constam do PANS-ATM (Doc. 4444),
Nota 1 — As combinações de letras e números de código Capítulo 6 e do PANS-OPS (Doc. 8168), Volume I, Parte
para cujas larguras estão especificadas aplicam-se a aerona- VII e Volume II, Partes II e III. O Manual de Operações
ves de características tipo. Simultâneas em Pistas de Voo por Instrumentos Paralelas ou
Nota 2 — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 1 quase paralelas.
contém os factores que afectam a largura das pistas. Inclinações das pistas
Nota 3 — Em circunstâncias especiais e devidamente (m) Inclinações longitudinais
fundamentadas após a realização de estudos de segurança A inclinação obtida dividindo a diferença entre os níveis
operacional o INAVIC poderá admitir larguras de pista infe- máximo e mínimo ao longo do eixo da pista pelo compri-
riores às da Tabela acima. mento da pista não deve exceder:
Distância mínima entre pistas paralelas - 1% quando o número de código for 3 ou 4;
(k) Quando as pistas paralelas de voo visuais se desti- - 2% quando o número de código for 1 ou 2.
nem a utilização simultânea, a distância mínima (n) A inclinação longitudinal de uma pista não deve
entre os seus eixos deve ser de: nunca exceder:
- 210m quando maior número de código for 3 ou 4; - 1,25 % quando o número de código for 4, excepto no
- 150m quando o maior número de código for 2; e primeiro e no último quarto da pista em que essa inclinação
- 120m quando o maior número de código for 1. não deverá exceder 0,8 %;
Nota — Os procedimentos para designar turbulên- - 1,5 % quando o número de código for 3, excepto no
cia de esteira das aeronaves e os mínimos de separação primeiro e no último quarto do comprimento de uma de
de turbulência de esteira constam dos Procedimentos para aproximação de precisão, Categoria II ou II em que essa
Serviços de Navegação Aérea Gestão de Tráfego Aéreo inclinação não deverá exceder 0,8 %; e
(PANS-ATM), Doc. 4444, Capítulo 4, 4.9 e Capítulo 5, 5.8, - 2 % quando o número de código for 1 ou 2.
respectivamente. (o) Variações de inclinação longitudinal
(l) Quando as pistas paralelas de voo por instrumentos Quando for impossível evitar variações de inclinação
se destinem a utilização simultânea, sujeita às longitudinal, a variação entre duas inclinações consecutivas
condições especificadas no PANS-ATM (Doc. não deve exceder:
4444) e no PAN-OPS (Doc. 8168), Volume I, a - 1,5 % quando o número de código for 3 ou 4;
distância mínima entre os seus eixos deve ser de: - 2 % quando o número de código for 1 ou 2.
- 1 035m para aproximações paralelas independentes; Nota — O Anexo A, Parte D contém orientações sobre as
- 915m para aproximações paralelas interdependentes; variações de inclinação antes da pista.
- 760m para partidas paralelas independentes; (p) A transição de uma inclinação para outra deve
- 760m para operações paralelas diferenciadas; ser efectuada por uma superfície curva com um
Excepto: índice de variação que não exceda:
(1) No caso de movimentos paralelos em pis- - 0,1 por cento por cada 30m (raio de curvatura mínimo
tas especializadas, a distância mínima de 30 000m) quando o número de código for 4;
indicada: - 0,2 por cento por cada 30m (raio de curvatura mínimo
(i) Pode ser reduzida 30m por cada 150m de 15 000m) quando o número de código for 3; e
para que a pista de chegada tenha uma - 0,4 por cento por cada 30m quando (raio de curvatura
descolagem mínima de 300m em rela- mínima de 7 500m) quando o número de código for 1 ou 2.
ção à aeronave que chega; e (q) Distância de visibilidade
(ii) Deve sofrer um aumento de 30m por Quando for inevitável proceder a variações de inclina-
cada 150m para a descolagem em rela- ção, estas devem ser de modo a haver uma linha visual sem
ção à aeronave que chega; obstruções de:
(2) No caso de aproximações paralelas indepen- - qualquer ponto situado 3m acima de uma pista a par-
dentes, pode-se aplicar uma combinação tir de qualquer ponto situado igualmente 3m acima da pista,
das distâncias mínimas com as condições a uma distância mínima igual a metade do comprimento da
associadas diferentes das especificadas pista, quando a letra de código for C, D, E ou F;
no PANS-ATM (Doc. 4444) desde que - qualquer ponto situado 2m acima de uma pista a par-
se determine que tais combinações não tir de qualquer ponto situado igualmente 2m acima da pista,
afectam negativamente a segurança opera- numa distância mínima igual a metade do comprimento da
cional das aeronaves. pista, quando a letra de código for B; e
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(557)
- qualquer ponto situado 1,5m acima de uma pista a Nota — O Manual de projecto de aeródromos (Doc.
partir de qualquer ponto situado igualmente 1,5m acima 9157), Parte 3, contém orientações sobre a inclinação
da pista, numa distância mínima igual a metade do compri- transversal.
mento da pista, quando a letra de código for A. Resistência das pistas
Nota — Quando não houver um caminho de circulação (u) Uma pista deve ser capaz de suportar o tráfego das
paralelo ao longo de uma pista única, será necessário assegu- aeronaves a que se destina.
rar uma visibilidade sem obstruções a todo o comprimento Superfície das pistas
da pista. No caso de pistas secantes deverão ser tomados (v) A superfície de uma pista deve ser construída sem
em consideração outros critérios relativamente à linha de irregularidades que possam provocar perda de
visibilidade da área de intersecção. Consultar o Manual de atrito ou afectarem, de qualquer outro modo, a
Projecto de Aeródromos, Parte I. descolagem e aterragem de uma aeronave.
(r) Distância entre variações de inclinação Nota 1 — As irregularidades da superfície podem afectar
Devem ser evitados os desníveis e as variações de incli- negativamente a aterragem ou descolagem de uma aeronave,
nação relevantes ao longo de uma pista. A distância entre causando saltos, inclinações longitudinais, vibrações exces-
os pontos de intersecção de duas curvaturas sucessivas não sivas ou outras dificuldades na condução da aeronave.
deve ser inferior: Nota 2 — O Anexo A, Parte E contém elementos
(1) Ao produto da soma dos valores absolutos das orientadores sobre as tolerâncias de construção e outras
variações de inclinação multiplicada por: informações. O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 3
-30 000m quando o número de código for 4; contém informação adicional.
- 15 000m quando o número de código for 3; (w) A superfície de uma pista pavimentada deve ser
- 5 000m quando o número de código for 1 ou 2; construída de modo a oferecer boas característi-
(2) 45m; cas de atrito quando a pista estiver húmida.
Aplicando-se sempre o valor superior. (x) As características de atrito de uma pista nova ou
Nota — O Anexo A, Parte D contém orientações sobre a reabilitada devem ser medidas com um dispo-
implementação desta especificação. sitivo de avaliação contínua de atrito utilizando
(s) Inclinações transversais formas de fornecimento de lâmina de água para
Para garantir uma drenagem mais rápida, a superfície da garantir que os objectivos do projecto, no que
pista deve, se possível, ser convexa, excepto quando uma se refere às características de atrito, foram con-
pendente única (uma água) na direcção do vento geralmente seguidos.
associado à chuvada assegure uma drenagem rápida. O ideal Nota — O Anexo A, Parte G contém orientação sobre
será a inclinação transversal ter: as características de atrito de superfícies de pista novas. O
- 1,5 % quando a letra de código da pista for C, D, E Manual de Serviços do Aeroporto, Parte 2 contém orienta-
ou F; ção adicional.
- 2 % quando a letra de código da pista for A ou B; (y) A profundidade média da rugosidade de uma
não devendo, porém, em qualquer caso exceder 1,5 ou superfície nova não deve ser inferior a 1,0mm.
2 por cento, conforme aplicável, nem ser inferior a 1 por Nota 1 — Para a obtenção desta espessura normalmente
cento, excepto nas intersecções das pistas ou dos caminhos é necessário um tratamento especial da superfície.
de circulação, onde possam ser necessárias superfícies mais Nota 2 — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 2
planas. fornece indicações sobre os métodos utilizados para avaliar
Tratando-se de uma superfície convexa, as inclinações a rugosidade da superfície.
transversais devem ser simétricas em cada um dos lados do (z) Quando a superfície tiver ranhuras, estas devem
eixo da pista. ser perpendiculares ao eixo da pista ou paralelos
Nota — Em pistas húmidas, expostas a ventos cruza- às juntas transversais não perpendiculares, con-
dos, pode-se acentuar o problema da hidroplanagem devido forme aplicável.
a uma drenagem deficiente. O Anexo, Parte G contém infor- Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 3
mações sobre este problema e outros factores aplicáveis. contém orientação sobre os métodos de melhorar a rugosi-
(t) A inclinação transversal, sempre que possível, dade da superfície das pistas.
deve ser substancialmente a mesma ao longo de 22.183 Bermas da Pista
toda a extensão da pista excepto nas intersecções Generalidades
com outras pistas ou caminhos de circulação Nota — O Anexo A, Parte H e o Manual de Projecto de
onde outras inclinações podem ser necessárias Aeródromos, Parte 1 contêm orientação sobre as caracterís-
para efeitos de drenagem. ticas e tratamento das bermas da pista.
(558)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(a) Devem existir bermas de pista numa pista cuja gem (raquetes de inversão) na pista. O Manual de Projecto
letra de código seja D ou E, devendo a largura de Aeródromos, Parte 2 contém orientações sobre as áreas
da pista ser inferior a 60m. de viragem (raquete de inversão) de uma pista, como
(b) Devem existir bermas de pista numa pista cuja alternativa.
letra de código seja F. (c) A área de viragem (raquete de inversão) na pista
Largura das bermas da pista pode estar localizada do lado esquerdo ou do
(c) As bermas da pista devem estender-se simetri- lado direito da pista em ambas as extremidades
camente de cada lado da pista de modo a que e, se se considerar necessário, em pontos inter-
a largura total da pista e das bermas não seja médios.
inferior a: Nota — Será mais fácil iniciar a rotação se a área estiver
- 60m quando a letra de código for D ou E; e localizada no lado esquerdo, dado que o lugar do piloto-
- 75m quando a letra de código for F. -comandante é, normalmente, do lado esquerdo.
Inclinações nas bermas da pista (d) O ângulo de intersecção da área de viragem
(d) A superfície da berma que confina com a pista (raquete de inversão) com a pista não deve ser
deve estar ao mesmo nível que a superfície da superior a 30º
pista, não devendo a inclinação transversal exce- (e) O ângulo de viragem do trem de nariz utilizado
der 2,5 por cento. para o projecto da área de viragem (raquete de
Resistência das bermas da pista inversão) não deve ser superior a 45
(e) Uma berma da pista deve estar preparada ou ter (f) A área de viragem (raquete de inversão) na pista
sido construída de modo a poder suportar o deve ser concebida de forma a que, aquando da
peso de uma aeronave que saia da pista, sem lhe viragem da aeronave a que essa raquete se des-
provocar danos estruturais e suportar veículos tina a cabina se mantenha por cima das pinturas
terrestres que circulem nas bermas.
dessa área, a distância livre entre qualquer roda
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 1
do trem de aterragem e os limites daquela área
contém orientações sobre a resistência das bermas da pista.
não devem ser inferiores aos valores constantes
22.185 Áreas de Viragem na Pista (Raquetes de
do seguinte:
Inversão)
Letra de código Distâcia Livre
(a) Quando a extremidade da pista não dispõe de
caminho de circulação nem de curva de rotação A 1,5m
no caminho de circulação e cuja letra de código B 2,25m
seja D, E ou F, deve ser criada uma área de C 3m, se a raquete de inversão se destinar a aeronaves
viragem (raquete de inversão) que facilite a exe- com embasamento inferior a 18m;
cução de rotações de 180º (ver Figura 1). 4,5m se a raquete de inversão se destinar a aero-
naves com embasamento igual ou superior a 18m,
(b) Quando a extremidade da pista não disponha de
D 4,5
um caminho de circulação que lhe dê acesso nem
de curva de rotação no caminho de circulação E 4,5m
e cuja letra de código seja A, B ou C, deve ser F 4,5m
criada uma área de viragem (raquete de inver-
Nota — O embasamento é a distância entre o trem de
são) que facilite a execução de rotações de 180º
nariz e o centro geométrico do trem principal.
Nota 1 — Estas áreas também podem ser úteis se dispos-
tas ao longo da pista, reduzindo assim o tempo e a distância (g) Em condições meteorológicas adversas, que
de rolagem das aeronaves que não necessitam do compri- podem levar à redução do atrito e a letra de
mento total da pista. código for E ou F, deve ser determinada uma dis-
Nota 2 — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte tância maior 6m entre as rodas e a extremidade
1 contém orientações sobre o projecto das áreas de vira- da área de viragem (raquete de inversão).
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(559)
Inclinações das áreas de viragem (raquete) na pista (b) Uma faixa deve estender-se desde antes da soleira
(h) As inclinações longitudinais e transversais de até para além da extremidade da pista ou da área
uma área de viragem (raquete de inversão) numa de travagem (SWY) por uma distância mínima
pista devem ser suficientes para impedir a acu- de:
mulação de água na superfície e facilitar a rápida - 60m quando o número de código for 2, 3 ou 4;
drenagem. Estas inclinações podem ser iguais às - 60m quando o número de código for 1 e a pista for de
da superfície do pavimento da pista adjacente. voo por instrumentos; e
Resistência das áreas de viragem (raquete de inver- - 30m quando o número de código for 1 e a pista for de
são) na pista voo visual.
(i) A resistência de uma área de viragem (raquete de Largura das faixas de pista
inversão) deve ser, no mínimo, igual à da pista (c) Uma faixa que inclua uma pista de aproximação
adjacente, devendo ser tido em consideração o de precisão deve, quando praticável, estender-se
facto de esta área estar sujeita a tráfego muito lateralmente para uma distância mínima de:
lento com rotações de maior intensidade o que - 150m quando o número de código for 3 ou 4; e
provoca uma sobrecarga muito maior no pavi- - 75m quando o número de código for 1 ou 2;
mento. para cada lado do eixo da pista e prolongar-se ao longo
Nota — Quando se utiliza pavimento flexível numa da faixa.
plataforma de rotação na pista, a superfície tem que ter con- (d) Uma faixa que inclua uma pista de aproxima-
dições para suportar as forças de deformação horizontal ção de não-precisão deve, quando praticável,
exercida pelos pneus do trem de aterragem principal durante prolongar-se lateralmente por uma distância
as manobras de rotação. mínima de:
Superfície das áreas de viragem (raquete de inversão) - 150m quando o número de código for 3 ou 4; e
na pista - 75m quando o número de código for 1 ou 2;
(j) A superfície de uma área de viragem (raquete de para cada lado do eixo da pista e prolongar-se ao longo
inversão) não deve ter rugosidades que possam da faixa.
danificar as aeronaves que utilizam esta área. (e) Uma faixa que inclua uma pista de voo visual
(k) A superfície de uma área de viragem (raquete de deve, quando praticável, estender-se para cada
inversão) na pista deve ser construída de forma lado do eixo da pista e prolongar-se ao longo da
a oferecer boas características de atrito às aero- faixa, a uma distância mínima de:
naves que aí operam quando a superfície está - 75m quando o número de código for 3 ou 4; e
molhada. - 40m quando o número de código for 2;
Bermas das áreas de viragem (raquetes) na pista - 30m quando o número de código for 1.
(l) As áreas de viragem (raquetes de inversão) devem Objectos nas faixas da pista
ser dotadas de bermas com a largura necessária Nota — Para informações sobre a localização de equipa-
para evitar a erosão superficial devida ao jacto mento e instalações nas faixas da pista, ver 22.300.
dos reactores das aeronaves mais potentes a que (f) Um objecto numa faixa da pista que possa pôr em
aquela área se destina e qualquer outro dano perigo uma aeronave deve ser considerado como
causado pela ingestão de objectos estranhos um obstáculo e, logo, retirado.
pelos motores das aeronaves. g) Numa faixa de pista não deve ser permitido qual-
Nota — A largura das bermas deve, no mínimo, abarcar quer objecto fixo, à excepção das ajudas visuais
o motor exterior da aeronave crítica, podendo, pois, ser mais necessárias à navegação aérea e que satisfaçam
larga que as bermas das pistas associadas. os requisitos de frangibilidade constantes do
(m) A resistência das bermas da área de viragem Parte K.
(raquete de inversão) na pista deve poder supor- (1) a 77,5m do eixo da de uma pista de apro-
tar o tráfego ocasional das aeronaves para que ximação de precisão, categoria I, II ou III
está prevista sem provocar danos estruturais quando o número de código for 4 e a letra
nem nas aeronaves nem nos veículos que ope- de código F; ou
rem nessa berma. (2) a 60m do eixo da de uma pista de aproxi-
22.187 Faixas da Pista mação de precisão, categoria I, II ou III
Generalidades quando o número de código for 3 ou 4; ou
(a) A pista e quaisquer áreas de travagem devem estar 3) a 45m do eixo da de uma pista de aproxi-
incluídas numa faixa. Comprimento das faixas mação de precisão, categoria I quando o
da pista número de código for 1 ou 2.
(560)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Durante a utilização da pista para aterragem ou desco- de travagem deva ser negativa quando medida para fora da
lagem não deve ser permitido qualquer objecto móvel nesta pista. Neste caso poderá ir até um máximo de 5 por cento.
parte da faixa da pista. (o) As inclinações transversais de qualquer parte de
Nivelamento de faixas de pista uma faixa, para além da parte da mesma a ser
(h) A parte de uma faixa de pista de voo por ins- nivelada, não devem exceder uma inclinação
trumentos numa distância mínima de: ascendente (positiva) de 5 por cento, medido
- 75m quando o número de código for 3 ou 4; e
para fora da pista.
- 40m quando o número de código for 1 ou 2;
Resistência das faixas de uma pista
a partir do eixo da pista e do seu prolongamento deve
(p) A parte de uma faixa de uma pista de voo por
constituir uma área nivelada para as aeronaves a que a pista
instrumentos que esteja a uma distância de pelo
se destina, caso uma aeronave saia da pista.
Nota — O Anexo A, Parte H contém orientações sobre menos:
o nivelamento de uma érea superior de uma faixa, incluindo - 75m quando o número de código for 3 ou 4; e
uma pista de voo de aproximação de precisão cujo número - 40m quando o número de código for 1 ou 2;
de código seja 3 ou 4. a partir do eixo da pista e do seu prolongamento deve ser
(i) A parte de uma faixa de pista de voo visual numa arranjada ou construída de modo a minimizar os riscos que
distância mínima de: possam advir das diferenças de resistência para as aerona-
- 75m quando o número de código for 3 ou 4; ves a que a pista se destina, caso uma aeronave saia da pista.
- 40m quando o número de código for 1 ou 2; e Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte I
- 30m quando o número de código for 1; contém orientações sobre a elaboração de faixas de pistas.
a partir do eixo da pista e do seu prolongamento deve (q) A parte de uma faixa que engloba uma pista de
constituir uma área nivelada para as aeronaves a que a pista voo visual a uma distância mínima de:
se destina, caso alguma saia da pista. - 75m quando o número de código for 3 ou 4;
(j) A superfície da parte da faixa que confina com uma - 40m quando o número de código for 2; e
pista, berma ou zona de travagem deve estar - 30m quando o número de código for 1;
nivelada com a superfície da pista, da berma ou a partir do eixo da pista e do seu prolongamento deve ser
da zona de travagem. preparada ou construída de modo a minimizar os riscos que
(k) A parte de uma faixa, pelo menos nos 30m antes possam advir das diferenças de resistência para as aeronaves
da soleira, deve estar preparada contra a erosão a que a pista se destina, caso a aeronave saia da pista.
provocada pelo sopro do escape da aeronave 22.190 Áreas de Segurança de Fim de Pista
evitar o aparecimento de arestas vivas no solo Generalidades
que possam constituir um perigo durante as (a) Em cada extremidade de uma faixa de pista deve
aterragens. existir uma área de segurança de fim de pista,
Inclinações das faixas de uma pista quando:
(l) Inclinações longitudinais - o número de código for 3 ou 4; e
A inclinação longitudinal ao longo da parte da faixa a ser - o número de código for 1 ou 2 e a pista for de voo por
nivelada não deve exceder: instrumentos.
- 1,5 por cento quando o número de código for 4; Nota — O Anexo A, Parte I contém orientações sobre as
- 1,75 por cento quando o número de código for 3; e áreas de segurança na extremidade da pista.
- 2 por cento quando o número de código for 1 ou 2. Dimensões das áreas de segurança de fim de pista
(m) Alterações da inclinação longitudinal (b) Uma área de segurança de fim de pista deve
As alterações da inclinação ao longo da parte da faixa a
prolongar-se a partir do fim da faixa da pista
ser nivelada devem obedecer a um ritmo gradual, evitando-
tanto quanto for possível, mas nunca menos do
-se alterações bruscas ou inversões repentinas.
que 90m.
(n) Inclinações transversais
(c) Sempre que possível uma área de segurança de
As inclinações transversais na parte da faixa a ser nive-
lada deverão ser feitas de forma adequada para evitar a fim de pista deve prolongar-se, tanto quanto for
acumulação de água na superfície, não devendo, porém, possível, não menos do que:
exceder: - 240m se o número de código for inferior a 3 ou 4; e
- 2,5 por cento quando o número de código for 3 ou 4; e - 120m se o número de código for 1 ou 2.
- 3 por cento quando o número de código for 1 ou 2; (d) A largura de uma área de segurança de fim de
excepto quando, para facilitar a drenagem, a inclinação pista deve ter, no mínimo, o dobro da largura da
dos 3 primeiros metros exteriores à pista, soleira ou zona respectiva pista.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(561)
(e) Sempre que possível a largura de uma área de 22.193 Áreas Livres de Obstáculos (CWY)
segurança de fim de pista deve ser igual à parte Nota — A inclusão, nesta secção, de especificações deta-
nivelada da faixa da respectiva pista. lhadas sobre áreas livres de obstáculos não implica que tenha
Objectos nas áreas de segurança de fim de pista de existir uma área livre de obstáculos. O Anexo A, Parte
Nota — Ver 22..300 para informações respeitantes à B fornece informações sobre a utilização de áreas livres de
posição e construção de equipamento e instalações nas áreas obstáculos.
de segurança de fim de pista. Localização das áreas livres de obstáculos
(f) Um objecto numa área de segurança de fim de pista (a) Caso exista a área livre de obstáculos (CWY)
que possa pôr em risco uma aeronave deve ser deve situar-se no fim da distância de corrida à
considerado como um obstáculo e ser retirado o descolagem (TORA).
mais depressa possível. Comprimento das áreas livres de obstáculos (CWY)
Desobstrução e nivelamento das áreas de segurança (b) O comprimento de uma área livre de obstáculos
de fim de pista não deve exceder metade do comprimento da
(g) Uma área de segurança de fim de pista deve distância de corrida à descolagem (TORA).
constituir uma área desobstruída e nivelada para Largura das áreas livres de obstáculos
as aeronaves a que a pista se destina, caso uma (c) Uma área livre de obstáculos deve prolongar-se
aeronave faça uma aterragem curta ou dema- lateralmente até uma distância mínima de 75m
siado longa, saindo da pista. para cada lado, no prolongamento do eixo da
Nota — A superfície da área de segurança de fim de pista pista.
não necessita de ter a mesma qualidade, em termos de pre- Inclinações nas áreas livres de obstáculos (CWY)
paração, que a faixa da pista. No entanto, consultar o 22.. (d) Numa área livre de obstáculos (CWY) o solo não
190.k). se deve projectar acima de um plano que tenha
Inclinações nas áreas de segurança de fim de pista uma inclinação ascendente de 1,25 por cento,
(h) Generalidades sendo o limite inferior desse plano uma linha
As inclinações da área de segurança na extremidade da horizontal que:
pista devem ser de forma a que nenhuma parte da zona de (1) Seja perpendicular ao plano vertical que con-
segurança da extremidade da pista penetre na superfície de tém o eixo da pista; e
aproximação ou na superfície ascensional de descolagem. (2) Atravesse um ponto situado no eixo da pista
(i) Inclinações longitudinais na extremidade da distância de corrida à
As inclinações longitudinais de uma área de segurança descolagem (TORA).
Nota — Devido às inclinações transversais ou longitu-
na extremidade da pista não devem exceder uma inclina-
dinais de uma pista, soleira ou faixa, nalguns casos o limite
ção descendente de 5 por cento. As alterações da inclinação
inferior do plano da área livre de obstáculos atrás especifi-
longitudinal devem ocorrer da forma mais gradual possí-
cado, pode situar-se abaixo da elevação correspondente da
vel, devendo ser evitadas alterações abruptas ou inversões pista, soleira ou faixa. Estas superfícies não têm que estar
repentinas. niveladas com o limite inferior do plano da área livre de
(j) Inclinações transversais obstáculos (CWY) nem há que remover o terreno ou objec-
As inclinações transversais de uma área de segurança tos que estejam acima do plano da área livre de obstáculos
na extremidade da pista não devem exceder uma inclinação (CWY) para além da extremidade da faixa, mas abaixo do
ascendente ou descendente de 5 por cento. As transições entre seu nível, a menos que se considere que constituem perigo
diferentes inclinações devem ser mais graduais possível. para as aeronaves.
Resistência das áreas de segurança de fim de pista (e) Devem ser evitadas alterações ascendentes
(k) Uma área de segurança de fim de pista deverá ser abruptas numa inclinação quando esta é relati-
preparada ou construída de modo a reduzir os vamente pequena ou quando a inclinação média
riscos de danos a uma aeronave que faça uma é ascendente. Nestes casos, na parte da área
aterragem curta ou demasiado comprida, saindo livre de obstáculos (CWY) a uma distância de
da pista, aumentar a desaceleração da aeronave 22,5m ou metade da largura da pista para cada
e facilitar o movimento de veículos destinados lado do prolongamento do eixo, optando-se
a salvamento e combate a incêndios, conforme pela que for superior, as inclinações, variações
o prescrito nos pontos 22.283.z) a 22.283.bb). de inclinações e a transição da pista para a área
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 1, livre de obstáculos devem, geralmente, estar em
contém orientações sobre a resistência da área de segurança conformidade com as da pista a que a área livre
na extremidade de uma pista. de obstáculos está associada.
(562)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Objectos nas áreas livres de obstáculos 22.197 Área Operacional do Rádio Altímetro
Nota — Quanto a informações sobre a localização de Generalidades
equipamento e instalações nas áreas livres de obstáculos, (a) Uma área operacional de rádio altímetro deve ser
ver 9.9. estabelecida na zona a montante da soleira de
(f) Qualquer objecto que se encontre numa área livre uma pista para voos de aproximações de preci-
de obstáculos (CWY) e que possa pôr em risco são.
aeronaves em voo deve ser considerado como Comprimento da área
um obstáculo e ser retirado. (b) Sempre que possível, a área operacional de rádio
22.195 Áreas de Travagem (Swy) altímetro deve ter um comprimento mínimo de
Nota — A inclusão de especificações detalhadas, nesta 300m antes da soleira.
secção, não implica que tenha que haver uma área de tra- Largura da área
vagem. O Anexo A, Parte B contém informação sobre a (c) Uma área operacional de rádio altímetro deve ter
utilização de áreas de travagem. uma largura mínima de 60m, para cada lado do
Largura das áreas de travagem (SWY) prolongamento do eixo da pista. No entanto,
(a) Caso exista, a área de travagem (SWY) deve ter a quando circunstâncias especiais o justifiquem,
mesma largura que a pista a que está associada. esta largura poderá ser reduzida para um mínimo
Inclinações nas áreas de travagem (SWY) de 30m, se estudos aeronáuticos demonstrarem
(b) As inclinações e as variações de inclinação numa que tal redução não afecta a segurança operacio-
área de travagem (SWY), assim como a tran- nal das aeronaves.
sição de uma pista para uma área de travagem Variações da inclinação longitudinal
(SWY) devem cumprir o disposto nos pontos de (d) Numa área operacional de rádio altímetro devem evi-
180 m) a 22.180.s) para a pista com a qual a área tadas ou muito limitadas as variações de inclinação. Quando
de travagem (SWY) está associada, excepto se: forem inevitáveis, as variações de inclinação devem tão gra-
(1) A limitação referida em 22.180.n) de uma duais quanto possível, evitando-se qualquer variação brusca
inclinação de 0,8 por cento para o primeiro ou inversão rápida da inclinação. As taxas de variação entre
e último quarto do comprimento de uma duas inclinações consecutivas não devem exceder 2% por
pista não necessita ser aplicada à área de cada 30m.
travagem (SWY); e Nota — O Anexo A, Parte D e o Manual de Operações
(2) Na ligação da área de travagem (SWY) para quaisquer condições meteorológicas (Doc. 9365), na
à pista e ao longo da área de travagem Secção 5.2 contêm elementos de orientação sobre a área
(SWY), a taxa máxima de variação da operacional do rádio altímetro. O PANS-OPS, Volume II,
inclinação poderá ser de 0,3 por cento por Parte III, Capítulo 21 contém orientações sobre a utilização
cada 30m (raio mínimo de curvatura de do rádio altímetro.
10 000m) para uma pista com número de 22.200 Caminhos de Circulação
código 3 ou 4. Nota — Salvo indicação em contrário, os requisitos
Resistência das áreas de travagem (SWY) referidos na presente secção aplicam-se a todos os tipos de
(c) Uma área de travagem (SWY) deve estar prepa- caminhos de circulação.
rada ou ser construída de forma a poder, no caso Generalidades
de uma descolagem abortada, suportar a aero- (a) Os caminhos de circulação devem estar prepara-
nave a que a área de travagem (SWY) se destina, dos de forma a garantir a segurança e rapidez
sem lhe provocar danos estruturais. dos movimentos das aeronaves no solo.
Nota — O Anexo A, Parte B contém orientações sobre Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos (Doc.
a capacidade de suporte de uma área de travagem (SWY). 9157), Parte 2 contém orientações sobre a disposição dos
Superfície das áreas de travagem (SWY) caminhos de circulação.
(d) A superfície de uma área de travagem pavimen- (b) Devem existir caminhos de circulação de entrada
tada deve ser construída de modo a ter um bom e saída de pista em número suficiente de forma
coeficiente de atrito compatível com o da pista a acelerar o movimento das aeronaves para fora
associada quando a área de travagem (SWY) das pistas, devendo ser considerada a disponi-
está húmida. bilização de caminhos de circulação de saída
(e) As características de atrito de uma área de tra- rápida quando o volume de tráfego for muito
vagem (SWY) não pavimentada não devem elevado.
ser muito inferiores às da pista a que a área de (c) O projecto de um caminho de circulação deve ser
travagem (SWY) está associada. realizado de forma a que quando a cabina de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(563)
pilotagem da aeronave a que o caminho de circulação se destina ficar sobre a linha de eixo deste caminho, a
distância mínima entre as rodas exteriores do trem principal da aeronave e os limites laterais do caminho de
circulação não seja inferior ao valor indicado no seguinte:
Letra de Código Distância ao bordo
A 1,5m
B 2,25m
C 3m se o caminho de circulação se destinar a aeronaves com um embasamento inferior a 18m
4,5 se o caminho de circulação se destinar a aeronaves com embasamento igual ou superior a 18m
D 4,5m
E E 4,5m
F F 4,5m
Nota 1 — Embasamento é a distância entre os centros geométricos do trem principal e do trem de nariz.
Nota 2 — Quando a letra de código for F e a densidade de tráfego elevada, pode-se utilizar uma distância entre rodas
exteriores e extremidade do caminho de circulação superior a 4,5m para permitir velocidades de circulação no solo mais
elevadas.
Largura dos caminhos de circulação
(d) A largura dos troços rectos de um caminho de circulação não deve ser inferior aos valores indicados seguidamente:
Letra de Código Largura do caminho de circulação
A 7,5m
B 10,5m
C 15m se o caminho de circulação se destinar a aeronaves com embasamento inferior a 18m
18m se o caminho de circulação se destinar a aeronaves com embasamento igual ou superior 18m
D 18m se o caminho de circulação se destinar a aeronaves em que o espalho seja inferior a 9m
23m s caminho de circulação se destinar a aeronaves em que ao espalho seja igual ou superior a 9m
E 23m
F 25m
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos (Doc. 9157, Parte 2, contém orientações sobre a largura dos caminhos de
circulação.
Curvas dos caminhos de circulação
(e) As alterações de direcção nos caminhos de circulação não devem, dentro do possível, ser muito numerosas nem
muito pronunciadas. Os raios das curvas devem ser compatíveis com a capacidade de manobra e com as velo-
cidades normais de circulação das aeronaves a que o caminho de circulação se destina. A configuração da curva
deve ser de forma a que, quando a cabina de pilotagem ficar sobre a linha de eixo do caminho de circulação, a
distância entre as rodas exteriores do trem principal da aeronave e os limites laterais do caminho de circulação
não seja inferior ao especificado em 22.200. c).
Nota 1 — A Figura 2 ilustra, com uma ampliação do pormenor de caminho de circulação, a identificação da distância
livre acima especificado. O Manual de Projecto de Aeródromos (Doc. 9157), Parte 2 contém orientações sobre os valores
das dimensões adequadas.
Nota 2 — A localização das linhas e das luzes do eixo do caminho de circulação está especificada nos pontos 22..233.h)4.
e 22.235.p)11.
Nota 3 — A combinação de curvas pode reduzir ou eliminar a necessidade de sobrelargura dos caminhos de circulação.
(564)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
boas características de atrito quando o caminho -93km/h quando o número de código for 3 ou 4; e
estiver molhado. -65km/h quando o número de código for 1 ou 2.
Saídas rápidas de pista Nota — A localização de caminhos de circulação de
Nota — As especificações que se seguem fornecem saída rápida ao longo da pista baseiam-se em vários critérios
requisitos detalhados em relação a caminhos de circulação constantes do Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 2,
de saída rápida de pista. Ver Figura 3. Os requisitos gerais assim como os diferentes critérios de velocidade.
para caminhos de circulação também se aplicam a este (p) O raio da sobrelargura no interior da curva de uma
tipo de caminho de circulação. O Manual de Projecto de saída rápida de pista deve ser suficientemente
Aeródromos, Parte 2 inclui orientações sobre a disposição, amplo de modo a constituir uma passagem
localização e projecto de caminhos de circulação de saída estreita alargada do caminho de circulação para
rápida de pista. facilitar a identificação da volta de saída da pista
(o) Um caminho de circulação de saída rápida de pista e entrada para o caminho de circulação.
deve ser projectado com um raio de curvatura de (q) Uma saída rápida de pista deve incluir, depois da
saída de pelo menos: curva de viragem, uma secção rectilínea cujo
- 550m quando o número de código for 3 ou 4; e comprimento seja suficiente para permitir às
- 275m quando o número de código for 1 ou 2; aeronaves que saem da pista imobilizarem-se
para permitir velocidades de saída, em condições de piso antes de qualquer intersecção com outro cami-
molhado, de: nho de circulação.
(r) O ângulo de intersecção de um caminho de circu- (t) Sempre que as circunstâncias o determinem há
lação de saída rápida com a pista não deve ser que prever acessos destinados a permitir que os
superior a 45º nem inferior a 25º, sendo o ideal veículos de salvamento e de combate a incên-
30º. dios possam intervir em ambas as direcções no
Caminhos de circulação sobre pontes período de resposta especificado para a aeronave
(s) A largura da parte do caminho de circulação sobre de maior envergadura para que o caminho de
circulação foi concebido.
uma ponte concebida para suportar aeronaves,
Nota — Se os motores de uma aeronave se projectarem
medida perpendicularmente ao eixo do caminho
para além da estrutura da ponte, pode ser necessário prote-
de circulação, não deve ser inferior à largura da ger as áreas adjacentes sob a ponte, do jacto dos reactores.
área nivelada da faixa destinada àquele caminho (u) Sempre que possível a ponte deve ser construída
de circulação, excepto se existir uma protecção numa parte rectilínea do caminho de circulação,
lateral assegurada por um método testado que comportando um troço rectilíneo em ambos os
não constitua qualquer perigo para as aeronaves lados da ponte, para facilitar o alinhamento das
a que o caminho de circulação se destina. aeronaves que se aproximam.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(567)
22.203 Bermas dos Caminhos de Circulação Nivelamento das faixas dos caminhos de circulação
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 2 (d) Sempre que possível a parte central de uma faixa
contém orientações sobre as características das bermas dos de um caminho de circulação deve constituir
caminhos de circulação e como tratar esta questão. uma área nivelada por uma distância, a partir do
(a) Os sectores rectilíneos de um caminho de circu- eixo do caminho de circulação não inferior a:
lação, quando a letra de código for C, D, E ou - 11 m quando a letra de código for A;
F devem possuir bermas que se prolonguem - 12,5m quando a letra de código for B ou C;
simetricamente de ambos os lados do caminho - 19m quando a letra de código for D;
de circulação para que a largura total das bermas - 22m quando a letra de código for E; e
e do caminho de circulação não seja inferior a: - 30m quando a letra de código for F.
- 60m quando a letra de código for F; Inclinações nas faixas dos caminhos de circulação
- 44m quando a letra de código for E; (e) Sempre que possível a superfície da faixa deve
- 38m quando a letra de código for D; e estar nivelada com o bordo lateral do caminho
- 25m quando a letra de código for C de circulação ou da berma, se a houver, e a parte
Nas curvas dos caminhos de circulação e nas junções ou nivelada não deve ter uma inclinação transversal
intersecções em que houver pavimento reforçado, a largura ascendente superior a:
- 2,5 por cento para faixas cujo código de letra seja C,
da berma não deve ser inferior à das partes rectas adjacentes
D, E ou F; e
ao caminho de circulação.
- 3 por cento para faixas cujo código de letra seja A ou B;
(b) Quando um caminho de circulação se destina a
A inclinação ascendente mede-se em relação à inclina-
aeronaves com motores de turbina, a superfície
ção transversal do caminho de circulação e não à horizontal.
da berma do caminho de circulação deve estar
A inclinação transversal descendente não deve exceder 5 por
preparada de modo a resistir à erosão e a evitar cento medida em relação à horizontal.
que os motores das aeronaves ingiram materiais (f) Sempre que possível as inclinações transversais
provenientes da superfície. de qualquer parte da faixa de um caminho de
22.205 Faixas dos Caminhos de Circulação
circulação para além da parte a ser nivelada não
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 2
devem exceder uma inclinação ascendente ou
contém orientações sobre as características das faixas dos
descendente de 5 por cento medida na direcção
caminhos de circulação.
Generalidades exterior do caminho de circulação.
(a) Um caminho de circulação deve estar incluído 22.207 Área de Espera, Posições de Espera para
Entrada na Pista, Posições de Espera Intermédias e
numa faixa, excepto se se tratar de um corredor
Posições de Espera nos Caminhos das Viaturas
de acesso para estacionamento da aeronave.
Largura das faixas dos caminhos de circulação Generalidades
(b) Sempre que possível a faixa de um caminho de (a) Quando o volume de tráfego for elevado e se as
circulação deve prolongar-se simetricamente de condições assim o determinarem deve haver
cada um dos lados do eixo do caminho de circu- áreas de espera.
lação ao longo de todo o caminho de circulação (b) Deve ser estabelecida uma ou mais posições de
até atingir uma distância mínima do eixo de espera para entrada na pista:
acordo com o determinado na Tabela 3, Coluna (1) No caminho de circulação, no cruzamento
11. de um caminho de circulação com uma
Objectos nas faixas dos caminhos de circulação pista;e
Nota — Ver 22.300 para informações respeitantes à loca- (2) No cruzamento de uma pista com outra pista,
lização e construção de equipamento e instalações nas faixas quando a primeira fizer parte de via de
do caminho de circulação. circulação.
(c) A faixa do caminho de circulação deve ser uma (c) Deve ser estabelecida uma posição de espera para
área livre de objectos que possam pôr em risco a entrada na pista num caminho de circulação,
circulação das aeronaves. quando a localização ou o alinhamento do cami-
Nota — A localização e o projecto de drenagem dos nho de circulação for tal que uma aeronave em
caminhos de circulação devem ser objecto de especial aten- rolagem ou qualquer veículo possam infringir
ção para evitar que uma aeronave seja danificada, caso saia as superfícies limitativas de obstáculos ou inter-
do caminho de circulação. Pode ser necessário proceder à ferir com o funcionamento das ajudas rádio à
cobertura do sistema de drenagem. navegação.
(568)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(d) Quando for conveniente definir um limite de ram com o funcionamento das ajudas rádio à
espera específico deve ser estabelecido um navegação.
ponto de espera intermédio em qualquer ponto (g) Em altitudes superiores a 700m (2 300 pés) a dis-
do caminho de circulação, desde que não seja tância de 90m especificada na Tabela 4 para uma
numa posição de espera para entrada na pista. pista de aproximação de precisão com o número
(e) Deve ser estabelecido um ponto de espera na via de código 4 deve ser aumentada como segue:
destinada a veículos, no cruzamento de uma via (1) Até uma altitude de 2 000m (6 600 pés); 1m
de veículos com uma pista. por cada 100m (330 pés) acima de 700m
Localização (2 300 pés);
(f) A distância entre uma área de espera, uma posição (2) Altitude superior a 2 000m (6 600 pés) até
de espera para entrada na pista estabelecida num 4 000m (13 320 pés); 13m mais 1,5m por
cruzamento de caminho de circulação/pista ou cada 100m (330 pés) acima de 2 000m (6
uma posição de espera na via de veículos e o 600 pés); e
eixo da pista deve estar de acordo com o indi- (3) Uma altitude superior a 4 000m (13 320 pés)
cado na Tabela 4 e, tratando-se de uma pista de e até 5 000m (16 650 pés); 43m mais 2m
aproximações de precisão, deve ser tal que uma por cada 100m (330 pés) acima de 4 000m
aeronave ou um veículo em espera não interfi- (13 320 pés).
a. Se a elevação entre uma área de espera, uma posição Nota 2 — A distância de 60m indicada para o número de
de espera para entrada na pista ou uma posição de espera na código 2 baseia-se em aeronaves com uma altura de cauda
via para veículos for inferior à da soleira da pista, a distância de 20m, uma distância de 24,6m entre o nariz e a parte mais
pode ser reduzida em 5m por cada metro de diferença entre elevada da cauda e uma altura de nariz de 5,2m em espera,
a área ou a posição de espera e a soleira, desde não atraves- num ângulo de 45° ou mais relativamente ao eixo da pista,
sem a posição interior de transição. estando fora da zona livre de obstáculos.
b. Pode ser necessário aumentar esta distância no caso de c. Tratando-se da letra de código F, esta distância deve
pistas de aproximação de precisão, para que não haja interfe- ser de 107,5m.
rência com o funcionamento das ajudas rádio à navegação, Nota — A distância de 107,5m para o número de referên-
com as instalações relativas a trajectórias de planeamento e
cia 4 quando a letra de código é F baseia-se em aeronaves
localizadores. O Anexo 10, Volume I, Suplementos C e G e
com uma altura de cauda de 24m, uma distância de 62,6m
NTA 26, respectivamente (ver ainda 22.207.f) contêm infor-
entre o nariz e a parte mais elevada da cauda e uma altura de
mação sobre as áreas críticas e sensíveis do ILS e do MLS.
nariz de 10m em espera, num ângulo de 45° ou mais rela-
Nota 1 — A distância de 90m indicada para o número
tivamente ao eixo da pista, estando fora da zona livre de
de código 3 a 4 baseia-se em aeronaves com uma altura
de cauda de 20m, uma distância de 52,7m entre o nariz e a obstáculos.
parte mais elevada da cauda e uma altura de nariz de 10m em (h) Se uma área de espera, uma posição de espera
espera, num ângulo de 45° ou mais relativamente ao eixo da para entrada na pista ou uma posição na espera
pista, estando fora da zona livre de obstáculos e não consi- na via de veículos numa pista de aproximação
derando o cálculo da OC A/H. de precisão com o número de código 4 estiver
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(569)
em 22.. 220. m) destina-se a permanecer como superfície (3) Um bordo exterior paralelo ao bordo interior
limitativa de obstáculos, tais como edifícios, entre outros. e situado no plano da superfície interior
(q) Descrição Superfície de transição interior. Uma horizontal.
superfície semelhante à superfície de transição (w) A elevação do bordo interior deve ser igual à ele-
mas mais próxima da pista. vação do eixo da pista no ponto de cruzamento
(r) Características Os limites de uma superfície de com o bordo interior.
transição interior devem abranger: (x) A inclinação da superfície de aterragem interrom-
(1) Um bordo inferior com início da extremidade pida deve ser medida no plano vertical onde se
da superfície de aproximação interior, encontra o eixo da pista.
prolongando-se para baixo ao lado da Superfície de subida à descolagem
superfície de aproximação interior até ao
(y) Descrição Superfície de subida à descolagem
bordo inferior dessa superfície; e daí ao
Plano inclinado ou outra superfície específica
longo da faixa paralelamente ao eixo da
para além da extremidade de uma pista ou de
pista até ao bordo interior da superfície de
aterragem interrompida e dali para cima uma zona livre de obstáculos (CWY).
ao lado da superfície de aterragem inter- (z) Características Os limites da superfície de subida
rompida até ao ponto de intersecção com a à descolagem devem abranger:
superfície horizontal interior; e (1) Um bordo interior, horizontal e perpendicu-
(2) Um bordo superior situado no plano da lar ao eixo da pista e situado quer a uma
superfície horizontal interior, distância específica para além da extremi-
s) A elevação de um ponto do bordo inferior deve dade da pista ou da extremidade da zona
estar situada: livre de obstáculos (CWY), conforme
(1) Nos troços ao lado da superfície de aproxi-
aplicável, e o seu comprimento exceder a
mação interior e ao lado da superfície de
distância especificada;
aterragem interrompida igual à eleva-
ção das superfícies consideradas naquele (2) Duas superfícies laterais com início nas
ponto; e extremidades do bordo interior, divergindo
(2) No troço ao lado da faixa igual à elevação uniformemente com um ângulo determi-
do ponto mais próximo situado no eixo da nado em relação à rota de descolagem até
pista ou no seu prolongamento. que a largura final da superfície de des-
Nota — Como consequência de b), a superfície de tran- colagem atinja o valor final especificado,
sição ao longo da faixa deve ser curva se o perfil da pista for mantendo-se, a partir daí, esta largura
curvo ou plana se o perfil da pista for rectilíneo. A intersec-
em todo o comprimento remanescente da
ção da superfície de transição com a superfície horizontal
superfície de subida à descolagem; e
interior deve ser também uma linha curva ou recta, depen-
(3) Um bordo exterior horizontal e perpendicu-
dendo do perfil da pista.
(t) A inclinação da superfície interior de transição lar à rota de descolagem especificada.
deve ser medida num plano vertical, perpendi- (aa) A elevação do bordo interior deve ser igual à do
cular ao eixo da pista. ponto mais elevado do prolongamento do eixo
Superfície de aterragem interrompida da pista entre a extremidade da pista e o bordo
(u) Descrição Superfície de aterragem interrompida. interior ou do ponto mais elevado acima do eixo
Um plano inclinado situado a uma distância da zona livre de obstáculos (CWY), quando esta
especificada depois da soleira, prolongando-se existir.
dentro da superfície de transição interior. (bb) No caso de um perfil de subida à descolagem em
(v) Características Os limites da superfície de aterra- linha recta, a inclinação da superfície de subida
gem interrompida devem abranger: à descolagem deve ser medida no plano vertical
(1) Um bordo interior horizontal e perpendicular
que contém o eixo da pista.
ao eixo da pista localizado a uma distância
(cc) No caso de um perfil de subida à descolagem
específica para além da soleira;
que envolva uma curva, a superfície de subida
(2) Duas superfícies laterais com início na extre-
midade do bordo interior e divergindo à descolagem deve ser uma superfície complexa
uniformemente a uma razão específica que contenha as perpendiculares horizontais ao
relativamente ao plano vertical do eixo da seu eixo. A inclinação do eixo deve ser igual à de
pista; e um perfil de subida à descolagem em linha recta.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(575)
22.223 Requisitos das Superfícies Limitativas de Nota — Devido às inclinações transversais ou longitu-
Obstáculos dinais numa faixa, é possível que em certos casos o bordo
Nota — Os requisitos relativos às superfícies limitati- interior ou partes do bordo interior da superfície de aproxi-
vas de obstáculos são determinados em função da utilização mação se encontrem abaixo da elevação correspondente da
da pista (descolagem ou aterragem e tipo de aproximação). faixa. Não se pretende que a faixa seja nivelada para coinci-
Quando as operações são conduzidas nos dois sentidos da dir com o bordo interior da superfície de aproximação, nem
pista, há a possibilidade de anular certas funções da pista
significa que se tenha que proceder à eliminação dos secto-
devido a requisitos mais rigorosos de uma outra superfície
res de terreno ou dos objectos que se encontram acima dessa
mais abaixo.
superfície, para além da extremidade da faixa, mas abaixo
Pistas de voo visual não instrumentos
do nível da mesma, a menos que se considere que podem
(a) Nas pistas de voo visual, não instrumentos, devem
constituir um risco para as aeronaves.
ser estabelecidas as seguintes superfícies limita-
(f) Na análise de propostas para novas constru-
tivas de obstáculos:
ções deve ser considerada a possibilidade da
- superfície cónica;
construção de uma pista de aproximação por ins-
- superfície horizontal interior;
trumentos e, consequentemente, ser necessário
- superfície de aproximação; e
contar com superfícies limitativas de obstáculos
- superfície de transição.
mais restritivas.
(b) As alturas e inclinações das superfícies não devem
Pistas de aproximação de não-precisão
ser superiores, nem as outras dimensões inferio-
(g) Para as pistas de aproximação que não sejam de
res ao especificado na Tabela 5.
precisão devem ser estabelecidas as seguintes
(c) Acima de uma superfície de aproximação ou superfícies limitativas de obstáculos:
de transição não devem ser permitidos novos - superfície cónica;
objectos nem prolongamentos dos já existentes, - superfície horizontal interior;
excepto quando a autoridade competente enten- - superfície de aproximação, e
der que o novo objecto ou o seu prolongamento - superfícies de transição.
estão protegidos por um objecto imóvel já exis- (h) As alturas e inclinações das superfícies não devem
tente. ser superiores, nem as outras dimensões inferio-
Nota — O Manual de Serviços de Aeródromos (Doc. 9137), res, às constantes da Tabela 5, excepto no caso
Parte 6 contém referências às circunstâncias em que se pode da secção horizontal da superfície de aproxima-
aplicar razoavelmente o princípio da protecção. ção (Ver 22.223.i))
(d) Não devem ser permitidos novos objectos ou (i) A superfície de aproximação deve ser horizontal a
prolongamento dos já existentes acima da super- partir do ponto em que a superfície com inclina-
fície cónica ou da superfície interior horizontal, ção de 2,5 % intersecta:
excepto quando o INAVIC entender que o novo (1) Um plano horizontal 150m acima da eleva-
objecto ou o seu prolongamento estão protegidos ção da soleira; e
por um objecto imóvel já existente ou, após estu- (2) O plano horizontal que passa pela parte
dos aeronáuticos se determinem que o objecto superior de qualquer objecto que deter-
não põe em risco a segurança, nem afecta signi- mine a altitude/altura livre de obstáculos
ficativamente a regularidade das operações das (OCA/H);
aeronaves. prevalecendo o valor mais elevado.
(e) Sempre que as circunstâncias assim o determinem (j) Não devem ser permitidos novos objectos ou
os objectos existentes acima de qualquer super- prolongamentos dos já existentes, acima de uma
fície referida em 22.223.a) devem, na medida superfície de aproximação até 3 000m do bordo
do possível, ser removidos, excepto quando, na interior ou acima de uma superfície de transição,
opinião do INAVIC, o objecto estiver protegido excepto quando, na opinião do INAVIC, o novo
por um objecto imóvel já existente, ou se, após objecto ou o seu prolongamento estiver prote-
um estudo aeronáutico ficar determinado que o gido por um objecto imóvel já existente.
objecto não põe em risco a segurança nem afecta Nota — O Manual de Serviços de Aeródromos, Parte 6
significativamente a regularidade das operações indica as circunstâncias em que se pode aplicar razoavel-
das aeronaves. mente o princípio de protecção.
(576)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(k) Não devem ser permitidos novos objectos nem Nota — Devido às inclinações transversais ou longitu-
prolongamentos dos já existentes, acima da dinais que possam existir numa faixa, é possível que em
superfície de aproximação até 3 000m do bordo certos casos o bordo interior da superfície de aproximação
interior ou acima de uma superfície de transição, ou partes do mesmo se encontrem a um nível inferior do da
excepto quando, na opinião do INAVIC, o novo elevação correspondente dessa faixa. Não se pretende que
objecto ou o seu prolongamento estiver prote- a faixa seja nivelada para coincidir com o bordo interior
gido por um objecto imóvel já existente, ou se da superfície de aproximação, nem significa que se tenha
se determinar, após estudo aeronáutico, que o
que proceder à eliminação dos sectores de terreno ou dos
objecto não põe em risco a segurança nem afecta
objectos que se encontram acima dessa superfície, para além
significativamente a regularidade das operações
da extremidade da faixa, mas abaixo do nível da mesma,
das aeronaves.
a menos que se considere que podem constituir um perigo
(l) Os objectos existentes acima de qualquer das
para as aeronaves.
superfícies referidas em 22.223.g) devem, den-
tro do possível, ser removidos excepto quando, Pistas de aproximação de precisão
na opinião do INAVIC, o objecto estiver pro- Nota 1 — Ver 9.9 para informações respeitantes à locali-
tegido por um objecto imóvel existente ou, zação e construção de equipamentos e instalações em áreas
após estudo aeronáutico for determinado que o operacionais.
objecto não põe em risco a segurança nem afecta Nota 2 — O Manual de Serviços de Aeroportos, Parte 6,
significativamente a regularidade das operações contém orientação sobre as superfícies limitativas de obstá-
das aeronaves. culos para pistas de aproximação de precisão.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(577)
(m) Devem ser estabelecidas as seguintes superfícies estiver protegido por um objecto imóvel já exis-
limitativas de obstáculos para as pistas de apro- tente.
ximação de precisão de categoria I: Nota — O Manual de Serviços de Aeroportos, Parte 6
- superfície cónica; descreve as circunstâncias em que o princípio da protecção
- superfície horizontal interior; pode ser razoavelmente aplicado.
- superfície de aproximação; e (t) Sempre que possível não devem ser permitidos
- superfícies de transição. novos objectos ou prolongamento de objectos
(n) Sempre que possível devem ser estabelecidas as já existentes acima da superfície cónica e da
seguintes superfícies limitativas de obstáculos superfície horizontal interior excepto quando, na
para as pistas de aproximação de precisão de opinião do INAVIC, um objecto estiver prote-
categoria I: gido por um objecto imóvel já existente ou se, na
- superfície de aproximação interior; sequência de estudos aeronáuticos, for determi-
- superfícies de transição interior; e nado que o objecto não põe em risco a segurança
- superfície de aterragem interrompida. nem afecta significativamente a regularidade das
(o) Devem ser estabelecidas as seguintes superfícies operações das aeronaves.
limitativas de obstáculos para as pistas de apro- (u) Desde que seja praticável devem ser removidos
ximação de precisão de categoria II ou III: os objectos existentes acima de uma superfície
- superfície cónica; de aproximação, de uma superfície de transição,
-superfície horizontal interior; de uma superfície cónica e de uma superfície
- superfície de aproximação e superfície de aproxima- horizontal interior, excepto quando, na opinião
ção interior; do INAVIC, um objecto estiver protegido por
- superfícies de transição; um objecto imóvel já existente, ou após estudo
- superfícies de transição interior; e aeronáutico for determinado que o objecto não
- superfície de aterragem interrompida. põe em risco a segurança nem afecta signifi-
(p) As alturas e inclinações das superfícies não devem cativamente a regularidade das operações das
ser superiores nem as restantes dimensões infe- aeronaves
riores às especificadas na Tabela 5, excepto no Nota — Devido às inclinações transversais ou longitudi-
caso da secção horizontal da superfície de apro- nais de uma faixa, em certos casos, o bordo interior ou partes
ximação (ver 22.223.q)). do bordo interior da superfície de aproximação podem estar
num nível abaixo da elevação correspondente da faixa. Não
(q) A superfície de aproximação deve ser horizontal a
se pretende que a faixa esteja nivelada de acordo com o
partir do ponto em que a superfície de inclinação
bordo interior da superfície de aproximação, nem que seja
de 2,5 % intersecta:
necessário eliminar o terreno ou os objectos que estejam
(1) um plano horizontal 150m acima da elevação
acima do nível dessa superfície para além da extremidade da
da soleira; ou
faixa, mas abaixo do nível da mesma, a menos que se consi-
(2) o plano horizontal que atravessa a parte supe- dere que podem constituir perigo para as aeronaves.
rior de qualquer objecto que determine o Pistas de descolagem
limite da zona livre de obstáculos; (v) Nas pistas destinadas a descolagem deve ser
prevalecendo o valor mais elevado. estabelecida a seguinte superfície limitativa de
(r) Não devem ser permitidos objectos fixos acima obstáculos:
da superfície de aproximação interior, da super- - superfície de subida à descolagem
fície de transição interior ou da superfície de (w) As dimensões das superfícies não devem ser
aterragem interrompida, excepto objectos mon- inferiores às especificadas na tabela 5, excepto
tados em estruturas frangíveis que, devido à sua poder ser adoptado um comprimento menor para
função, têm que estar na faixa. Não devem ser a superfície de subida à descolagem quando esta
permitidos objectos móveis acima destas super- altitude for compatível com as medidas proces-
fícies, enquanto a pista estiver a ser utilizada suais adoptadas para controlar os voos de saída.
para aterragens. (x) Devem ser estudadas as características operacio-
(s) Não devem ser permitidos novos objectos ou nais das aeronaves a que a pista se destina, para
prolongamento de objectos já existentes acima determinar se é conveniente reduzir a inclinação
de uma superfície de aproximação ou transição, especificada na Tabela 5, quando se previrem
excepto quando, na opinião da autoridade com- condições operacionais críticas. Se a inclinação
petente, o novo objecto ou o seu prolongamento especificada for reduzida há que proceder ao
(578)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(aa) Desde que seja praticável devem ser removidos limitativas de obstáculos que se prolonguem
os objectos existentes que se prolongam acima acima da altura estabelecida pelo INAVIC, para
da subida na descolagem, excepto quando, na que haja um estudo aeronáutico sobre os efeitos
opinião do INAVIC, um objecto estiver pro- dessas construções nas operações das aeronaves.
tegido por um objecto imóvel já existente, ou (b) Em áreas para além das reguladas pelas super-
após estudo aeronáutico for determinado que o fícies limitativas de obstáculos, devem ser
objecto não põe em risco a segurança nem afecta considerados como obstáculos os objectos que
significativamente a regularidade das operações se prolongam a uma altura de 150m ou mais
das aeronaves. acima da elevação do solo, a menos que um
Nota — É possível que, nalguns casos, devido às incli- estudo aeronáutico específico demonstre que
nações transversais numa faixa ou numa zona livre de não constituem perigo para as aeronaves.
obstáculos, partes do bordo interior da superfície de subida Nota — Estudo pode ter em consideração o tipo das ope-
à descolagem estejam num nível abaixo da elevação corres- rações e distinguir entre operações diurnas e nocturnas.
pondente à referida faixa ou à zona livre de obstáculos. Não 22.227 Outros Objectos
se pretende que a faixa ou a zona livre de obstáculos esteja (a) Desde que seja praticável, devem ser removidos os
nivelada de acordo com o bordo interior da superfície de objectos que não se projectem sobre a superfície
subida à descolagem, nem que seja necessário remover o ter- de aproximação, mas que possam comprometer
reno ou os objectos que se encontram para além da referida a localização ou o funcionamento das ajudas
superfície, mas abaixo do nível da faixa ou da zona livre de visuais ou não visuais.
obstáculos, a menos que se considere que podem constituir (b) Nos limites das superfícies horizontal interior e
perigo para as aeronaves. Considerações semelhantes apli- cónica, deve ser considerado como obstáculo e
cam-se na junção de uma zona livre de obstáculos com uma removido, dentro do possível, tudo aquilo que,
faixa, quando haja diferenças nas inclinações transversais. na opinião do INAVIC, depois de realizado um
22.225 Objectos Situados Fora das Superfícies Limi- estudo aeronáutico, possa constituir perigo para
tativas de Obstáculos as aeronaves que se encontram na área de movi-
(a) Devem adoptar-se as medidas necessárias para que mento ou em voo.
o INAVIC seja consultado quando se pretender Nota — Em certas circunstâncias, os objectos que se não
efectuar construções para além das superfícies se projectem acima de qualquer das superfícies enumeradas
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(579)
em 22.220 podem constituir perigo para as aeronaves, como tes, essas cores devem ser: ou laranja e
por exemplo, um ou mais objectos isolados nas imediações branco; ou vermelho e branco; ou preto e
de um aeródromo. branco, devendo estar dispostas em cinco
PARTE K — Ajudas Visuais para a Navegação listas de cores alternadas, sendo a primeira
22.230 Indicadores e Dispositivos de Sinalização e a última da cor mais escura.
(a) Indicadores de direcção de vento (4) Sempre que possível a localização de pelo
Aplicação menos um dos indicadores de direcção de
(1) Um aeródromo deve estar equipado, no vento deve ser assinalada por uma lista
mínimo, com um indicador de direcção de circular de 15m de diâmetro e 1,2m de
vento. largura. Esta lista deve ficar centrada em
Localização volta do suporte do indicador de direcção
(2) Um indicador de direcção de vento deve estar de vento e a cor escolhida deve ser con-
localizado de modo a ser visível a partir da trastante, quando possível branca.
aeronave em voo ou da área de movimento (5) Num aeródromo destinado a uso nocturno
e a não sofrer os efeitos das perturbações devem ser tomadas providências para que
do ar causadas por objectos existentes nas pelo menos um indicador de direcção de
imediações. vento esteja iluminado.
Características b) Indicador de direcção de aterragem
(3) Sempre que possível o indicador de direc- Localização
ção de vento deve ter a forma de um cone (1) Um indicador da direcção de aterragem de
truncado, ser feito de tecido, tendo um um aeródromo deve estar localizado num
comprimento não inferior a 3,6m e um diâ- lugar destacado.
metro na base maior não inferior a 0,9m. Características
Deve ser construído para indicar clara- (2) Sempre que possível o indicador da direcção
mente a direcção do vento à superfície e, de aterragem ser em forma de «T».
de uma forma geral, a sua velocidade. A (3) A forma e as dimensões mínimas de um «T»
cor ou cores utilizadas devem ser escolhi- indicador de aterragem estão patentes na
das de modo a que o indicador de direcção Figura 7. A cor do indicador de aterra-
de vento seja claramente visível e com- gem em «T» deve ser branco ou laranja,
preensível a uma altura mínima de 300m, devendo a escolha depender da cor que
tendo em conta a paisagem de fundo. Se melhor contraste com o fundo em que
possível, deve ser utilizada uma só cor, ou este indicador se deve destacar. Quando
branco ou laranja. Se for necessário utili- for necessário, para aterragens nocturnas,
zar uma combinação de duas cores, para o «T» deve estar iluminado ou delineado
que se distinguir bem em fundos cambian- por luzes brancas.
paralelas, um conjunto de pistas adjacen- pelo número inteiro mais próximo, por
tes será designado pelo número inteiro excesso, do da décima parte do azimute
mais próximo, por defeito, da décima magnético. Quando a regra atrás referida
parte do azimute magnético, e o outro con- der um número de um único dígito, este
junto de pistas adjacentes será designado deverá ser precedido de um zero.
(5) No caso de pistas paralelas, cada número de - para seis pistas paralelas «L» «C» «R» «L» «R».
designação de pista deverá ser comple- (6) Os números e as letras devem ter a forma
mentado com uma letra, como se segue, e a dimensão constante da Figura 9. As
da esquerda para a direita, quando visto da dimensões não devem ser inferiores às
direcção de aproximação: indicadas nessa figura, mas onde os núme-
- para duas pistas paralelas: «L» «R»; ros estiverem incorporados na pintura da
- para três pistas paralelas «L» «C» «R»; soleira, devem ser utilizadas dimensões
- para quatro pistas paralelas «L» «R» «L» «R»; maiores para preencherem adequada-
- para cinco pistas paralelas «»L» «C» «R» «L» «R» ou mente o espaço entre as listas de pintura
«L» «R» «L»»C»»R»; da soleira.
(582)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(10) Quando a soleira da pista estiver tempo- Nota 1 — No caso de uma soleira da pista temporaria-
rariamente deslocada da posição normal, mente deslocada, apenas durante um curto espaço de tempo,
verificou-se resultar satisfatoriamente a utilização de balizas
deverá ser assinalada conforme consta da com a forma e a cor da pintura de soleira deslocada em vez
Figura 10 (A) ou 10 (B) e todas as pinturas de pintar esse sinal na pista.
antes da soleira deslocada devem ser esba- Nota 2 — Quando a parte da pista antes da soleira deslo-
cada não for adequada para o movimento de aeronaves em
tidas excepto as do eixo da pista, que serão terra, pode ser necessário colocar sinais de área encerrada,
convertidas em setas. conforme especificado em 22.260.d).
de distância constante da Tabela 7 (colu- ados a 50m ou menos desta marca e, neste
nas 2, 3,4 ou 5, conforme for adequado). caso, seriam eliminados.
Os pares de marcas devem estar dispostos (5) Sempre que possível, nas pistas de aproxima-
ção que não sejam de precisão mas cujo
com espaçamentos longitudinais de 150m
número de código seja 2, deve ser pintado
a partir da soleira, excepto se os pares de mais um par de linhas de marcas na zona
marcas da zona de toque coincidirem com de toque na pista, a uma distância de 150m
uma marca de distância ou estiverem situ- do início da marca de distância.
(586)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(i) Linha da área de viragem (raquete de tância mínima de 30m quando o número
inversão) na pista de código for 1 ou 2.
Aplicação (4) Quando existir, a linha da área de viragem
(1) Quando existe uma área de viragem (raquete na pista deve orientar a aeronave de forma
de inversão) numa pista, deve ser colo- a permitir-lhe percorrer um segmento em
cada uma linha de orientação contínua de linha recta de rolagem antes da posição em
modo a permitir que uma aeronave faça que deve efectuar a rotação de 180º. Este
uma rotação de 180º e fique alinhada com segmento em linha recta deve ser paralelo
o eixo da pista. ao bordo exterior da área de viragem na
Localização pista.
(2) Quando existir, a linha de área de viragem (5) O desenho da curva que permita à aeronave
na pista deve ser em curva a partir do eixo efectuar a rotação de 180º deve ter como
da pista até á área de viragem. O raio da base um ângulo de viragem da roda de
curva deve ser compatível com a capa- nariz que não exceda os 45º.
cidade de manobra e as velocidades de (6) Sempre que possível, o desenho da linha
rolagem normais das aeronaves a que esta da área de viragem deve ser de forma a
área de viragem da pista se destina. O que, quando a cabina de pilotagem estiver
ângulo de intersecção da linha da área de sobre esta linha, a distância de separa-
viragem com o eixo da pista não deve ser ção entre as rodas do trem de aterragem
superior a 30º. e o bordo da área de viragem na pista não
(3) Quando existir, a linha da área de viragem seja inferior ao especificado no parágrafo
na pista deve prolongar-se paralelamente 22.185.f).
à linha do eixo da pista num mínimo de Nota — Para facilitar a manobra, seria de considerar
60m além do ponto de tangência, quando uma margem maior entre a roda e o bordo, no caso de aero-
o número de código for 3 ou 4, e numa dis- naves de códigos E e F. Ver 22.185.g).
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(589)
(k) Marcas de posição de espera intermédias (1) Quando estiver determinado um ponto do
Aplicação e localização aeródromo para verificação do VOR, este
(1) Sempre que possível, numa posição de espera deve ser assinalado com uma marca e com
intermédia deve existir uma marca assina- um painel vertical.
lando essa posição. Nota — Ver 22.237.d) quanto ao painel vertical informa-
(2) Sempre que possível, deve ser colocada uma tivo do ponto do aeródromo de verificação de VOR.
marca de posição de espera intermédia (2) Escolha do local
no limite da saída de uma infra-estrutura Nota — O Anexo 10, Volume I, Suplemento E e NTA 26
destinada a anti-congelamento/descon- contém orientações sobre a escolha da localização para os
gelamento contígua a um caminho de pontos do aeródromo para verificação do VOR.
circulação. Localização
(3) Uma marca de ponto de aeródromo para
(3) Quando se coloca uma marcação de posição
verificação de VOR deve ter o seu centro
de espera intermédia na intersecção de dois
localizado na zona marcada onde a aero-
caminhos de circulação pavimentados,
nave vai ser parqueada para receber o sinal
esta deve ficar a uma distância suficiente
correcto de VOR.
do bordo mais próximo do caminho de cir-
Características
culação que a atravessa, para proporcionar
(4) Uma marca do ponto do aeródromo para
uma separação segura entre as aeronaves
verificação de VOR deve consistir num
em rolagem. Esta marcação deve coinci-
círculo de 6m de diâmetro e ter uma lar-
dir com uma barra de paragem ou com as
gura de traço de 15cm (ver Figura 14 (A))
luzes da posição de espera intermédia, se (5) Quando for preferível que uma aeronave
aplicável. esteja alinhada numa direcção específica,
(4) A distância entre uma marcação de posição deve haver uma linha que passe pelo cen-
de espera intermédia na extremidade da tro do círculo do azimute desejado. Esta
saída de uma infra-estrutura para anti-con- linha deve prolongar-se 6m para fora do
gelamento/descongelamento e o eixo do círculo na direcção do rumo desejado e
caminho de circulação contíguo não deve terminar numa seta. A linha deve ter uma
ser inferior ao especificado na Tabela 3, largura de traço de 15cm (ver Figura 14
coluna 11. (B)).
Características (6) As marcas do ponto de verificação de VOR
(5) A marcação da posição de espera intermé- devem ser, de preferência, de cor branca,
dia numa linha simples de traços, tal como mas devem diferenciar-se da cor utili-
indicado na Figura 12. zada para as marcações de caminho de
(I) Marcas do ponto do aeródromo para verificação circulação.
do VOR Nota — Para atenuar o contraste, as marcas devem ser
Aplicação contornadas a preto.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(591)
Características Localização
(6) As pinturas com instruções obrigatórias con- (5) A pintura de informação deve ser dis-
sistem numa inscrição a branco sobre posta transversalmente na superfície do
fundo encarnado. À excepção das indi- caminho de circulação ou da placa de
cações PROIBIDA A ENTRADA (NO estacionamento onde for considerado
ENTRY) a inscrição prestará informações mais necessário e ser colocada de forma
idênticas às do letreiro conexo com instru- a que a tripulação da cabina de voo a
ções obrigatórias. possa ler facilmente quando proceder à
(7) O sinal de PROIBIDA A ENTRADA con- aproximação.
siste na inscrição NO ENTRY a branco Características
sobre fundo encarnado. (6) A pintura de informação deve ser constitu-
(8) Quando o contraste entre a marcação e a ída por:
superfície do pavimento não for suficiente, (i) Uma inscrição em amarelo sobre
a marca com instruções obrigatórias será fundo negro, quando substituir ou
delineada de preferência a branco ou complementar um painel indicando a
negro. localização; e
(9) Sempre que possível, os caracteres devem ter (ii) Uma inscrição a negro sobre fundo
4m de altura. As inscrições devem ajustar- amarelo, quando substituir ou comple-
-se à forma e proporções que constam do mentar um painel indicando a direcção
Apêndice 3. ou o destino.
(10) Sempre que possível, o fundo deve ser rec- (7) Quando o contraste entre o fundo da pintura
tangular e ter um comprimento lateral e a superfície do pavimento for insufi-
mínimo de 0,5m e na vertical deve pro- ciente, a marca deve incluir:
longar-se para além das extremidades das (i) Um friso negro com inscrições a negro;
inscrições. e
(q) Pinturas de informação (ii) Um friso amarelo com inscrições em
Nota — O Manual de Projecto de Aeroportos, Parte 4 amarelo.
contém orientação sobre as pinturas de informação. (8) Sempre que possível, os caracteres devem
Aplicação ter 4m de altura. As inscrições devem ter a
(1) Quando a autoridade competente determinar forma e proporções indicadas no Apêndice 3.
que não é prático instalar um painel com 22.235 LUZES
informações num local que normalmente (a) Generalidades
seria adequado para tal, far-se-á uma pin- Luzes que possam pôr em perigo a segurança das
aeronaves
tura contendo informação na superfície do
(1) Uma luz não aeronáutica, à superfície e perto
pavimento.
de um aeródromo, que possa pôr em risco
(2) Quando as operações o exigirem, os painéis
a segurança das aeronaves, deve ser des-
contendo informações devem ser comple-
ligada, coberta ou modificada de modo a
mentados com pinturas informativas.
que a causa do perigo seja eliminada.
(3) Sempre que possível, deve ser instalada uma
Emissões laser que possam pôr em perigo a segu-
pintura de informação (localização/direc-
rança das aeronaves
ção) antes dos cruzamentos das pistas
(2) Sempre que possível, para proteger a segu-
de rolagem, e depois destes, assim como rança das aeronaves dos efeitos perigosos
nos locais onde a experiência operacional das emissões laser, devem ser estabeleci-
tenha já dito que a colocação de uma pin- das, em volta do aeródromo, as seguintes
tura indicando a localização do caminho zonas protegidas:
de circulação pode constituir uma grande - zona de voo sem raios laser (LFFZ)
ajuda para a tripulação técnica na navega- - zona de voo crítica de raios laser (LCFZ)
ção em terra. - zona de voo sensível a raios laser (LSFZ)
(4) Sempre que possível, deve ser colocada uma Nota 1 — As Figuras 16,17 e 18 podem ser utilizadas
marca de informação (localização) na para determinar os níveis de exposição e as distâncias que
superfície do pavimento com intervalos permitem dar protecção adequada às operações de voo.
regulares, fora dos caminhos de circulação Nota 2 — As restrições à utilização de raios laser nas três
de grande comprimento. zonas de voo protegidas - LFFZ, LCFZ e LSFZ, referem-se
(594)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
apenas aos raios laser visíveis. Ficam excluídos os emisso- imediações dos aeródromos. Esta disposição não pretende
res laser que as autoridades utilizam de forma compatível outorgar qualquer tipo de responsabilidade aos operadores
com a segurança de voo. Espera-se que em todos os espa- dos aeródromos.
ços aéreos navegáveis, o nível de radiação de qualquer raio Nota 4 — O Manual sobre Emissores Laser e Segurança
laser, visível ou invisível, seja inferior ou igual ao máximo
de Voo (Doc. 9815) contém orientações suplementares sobre
de exposição permitida (MPE) a menos que essa radiação
tenha sido notificada ao INAVIC e tenha sido devidamente o modo de proteger as operações de voo dos efeitos perigo-
autorizada. sos dos emissores laser.
Nota 3 — As zonas de voo protegidas são estabelecidas Nota 5 — Ver também Anexo 11 - Serviços de Tráfego
para moderar o risco da operação com emissores lasers nas Aéreo, Capítulo 2 e NTA 21.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(595)
Luzes que possam causar confusão Luzes aeronáuticas de superfície que possam confun-
(3) Sempre que possível, uma luz não aeronáu- dir a navegação marítima
tica de superfície que, pela sua intensidade, Nota — Se houver luzes aeronáuticas de superfície perto
forma ou cor, possa causar confusão ou de águas navegáveis, é necessário haver a garantia de que
impedir a interpretação clara das luzes não causem confusão á navegação marítima.
aeronáuticas de superfície, deve ser des- Fixação de luzes e estruturas de apoio
ligada, coberta ou modificada de forma a Nota — Ver 22..300 sobre informações respeitantes á
eliminar essa possibilidade. Deve ser dada localização de equipamento e instalações nas zonas de ope-
particular atenção a uma luz não aeronáu- rações, e o Manual de Projecto de Aeroportos (Doc. 9157),
tica de superfície visível do ar no âmbito Parte 6 contém orientações sobre a frangibilidade de fixação
das áreas a seguir descritas:
de luzes e de estruturas de apoio.
(i) Pista de aproximação por instrumentos
Luzes de aproximação elevadas
- número de código 4;
(4) As luzes de aproximação elevadas e as res-
(ii) Nas áreas antes da soleira e posteriores
pectivas estruturas de apoio devem ser
ao fim da pista, prolongando-se pelo
frangíveis, excepto na parte do sistema de
menos 4 500m a partir da soleira e do
iluminação de aproximação para além de
fim da pista e 750m de largura para
cada lado do prolongamento do eixo 300m da soleira:
da pista. (i) Quando a altura da estrutura de suporte
(iii) Pista de aproximação por instrumen- for superior a 12m, o requisito de fran-
tos - números de código 2 ou 3; gibilidade aplica-se apenas aos 12m
(iv) Igual a i), mas com um comprimento superiores; e
de pelo menos 3 000m. (ii) Quando a estrutura de suporte estiver
(v) Pista de aproximação por instrumentos rodeada de objectos não frangíveis,
- número de código 1; e pista de apro- apenas a parte da estrutura que se pro-
ximação visual longa sobre os objectos circundantes,
(vi) Dentro da área de aproximação. deve ser frangível.
(596)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(5) As disposições constantes de 22.235.a)4. só Nota — Ainda que as luzes do sistema de iluminação de
exigem a substituição das instalações exis- aproximação possam ter uma intensidade superior às da ilu-
tentes a partir de 1 de Janeiro de 2005. minação da pista, é conveniente evitar alterações bruscas de
(6) Quando uma fixação de luzes de aproxima- intensidade porque podem dar ao piloto uma falsa impressão
ção ou uma estrutura de suporte não forem de que a visibilidade está a mudar durante a aproximação.
suficientemente visíveis, deve ser assina- (11) Onde houver um sistema de iluminação de
lada adequadamente. grande intensidade deve ser incorporado
Luzes elevadas um sistema de regulação de intensidade
(7) As luzes elevadas da pista, da zona de trava- que permita ajustar a intensidade das luzes
gem (SWY) e do caminho de circulação às condições predominantes. Deve haver
devem ser instaladas em estruturas leves comandos separados para a regulação da
e frangíveis. A respectiva altura deve ser intensidade ou outros métodos adequa-
suficientemente baixa para respeitar a dis- dos para garantir que, quando instalados,
tância necessária para os hélices e para a os sistemas abaixo indicados possam ser
carenagem do motor das aeronaves. operados a intensidades compatíveis:
Luzes encastradas - sistema de iluminação de aproximação;
(8) Os suportes das luzes encastradas na super- - luzes dos bordos laterais da pista;
fície da pista, zonas de travagem (SWY), - luzes da soleira da pista;
caminhos de circulação e placas de esta- - luzes da extremidade da pista;
cionamento devem ser concebidos e - luzes do eixo da pista;
- luzes da zona de toque das rodas na pista; e
colocados de forma a resistirem ao peso
- luzes do eixo do caminho de circulação.
das rodas de uma aeronave sem que ocor-
(12) No perímetro e no interior da elipse que
ram danos quer na aeronave quer nas
define o feixe principal, referido no
próprias luzes.
Apêndice 2, Figuras 81 a 90, o valor
(9) A temperatura produzida por condução ou
máximo de intensidade da luz não deve
por radiação no contacto entre uma luz e
ser superior a três vezes o valor mínimo da
encastrada e o pneu de uma aeronave não
intensidade da luz medido de acordo com
deve exceder 160º durante um período de
o Apêndice 2, notas comuns das Figuras
exposição de 10 minutos.
81 a 91, Nota 2.
Nota — O Manual de Projecto de Aeroportos (Doc.
(13) No perímetro e no interior do rectângulo
9157), Parte contém orientações sobre a medição da tempe-
que define o feixe principal referido no
ratura das luzes encastradas.
Apêndice 2, Figuras 92 a 100, o valor
Intensidade e controlo das luzes máximo da intensidade da luz não deve
Nota — Ao anoitecer ou em condições de fraca visibili- ser superior a três vezes o valor mínimo de
dade durante o dia, a iluminação pode ser mais eficaz que as intensidade da luz medido de acordo com
pinturas. Para que as luzes sejam eficazes nestas condições o Apêndice 2, notas comuns das Figuras
ou em condições de má visibilidade durante a noite, devem 92 a 101, Nota 2.
ter uma intensidade adequada. Para se obter a intensidade (b) Iluminação de emergência
necessária é preciso utilizar iluminação direccional, que Aplicação
seja visível num ângulo adequado e que esteja orientada de (1) Num aeródromo equipado com iluminação
forma a satisfazer os requisitos operacionais. O sistema de de pista e sem fonte de iluminação secun-
iluminação da pista tem que ser considerado como um todo dária, deve haver um número suficiente de
para garantir que as intensidades relativas das luzes estejam luzes de emergência para serem instaladas
devidamente adaptadas parta o mesmo fim. (Ver Anexo A, pelo menos na pista principal em caso de
Parte N e o Manual de Projecto de Aeroportos (Doc. 9157), falha do sistema normal de iluminação.
Parte 4). Nota — A iluminação de emergência também pode ser
(10) A intensidade da iluminação da pista deve útil para assinalar obstáculos ou delinear caminhos de circu-
ser adequada às condições mínimas de lação e placas de estacionamento.
visibilidade e de luz ambiente a que a uti- Localização
lização da pista se destina, sendo ainda (2) Sempre que possível, quando instaladas numa
compatível com a da secção mais próxima pista, as luzes de emergência devem, no
do sistema de iluminação de aproximação, mínimo, adaptar-se à configuração exigida
quando aplicável. para uma pista de aproximação à vista.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(597)
Nota — Os sistemas de iluminação que não cumpram tadas em dois troços por essa linha central.
as especificações referidas em neste Normativo devem ser As luzes da barra transversal devem ser
substituídos o mais tardar a partir de 1 de Janeiro de 2005. espaçadas de forma a produzirem um
Aplicação efeito linear, excepto quando se utilizar
(1) Aplicação uma barra transversal de 30m, caso em
A — Pista de aproximação visual - não instrumentos. que podem ser deixados espaços vazios
Sempre que as circunstâncias o permitam, quando for de cada lado da linha central. Estes espa-
materialmente possível, deve ser instalado um sistema sim- ços vazios devem ser reduzidos ao mínimo
ples de iluminação de aproximação como especificado de de forma a corresponder às necessidades
22.235.d)2. a 22.235.d)9. para uma pista de aproximação locais, não devendo cada um deles exce-
visual, quando o número de código for 3 ou 4 e se destine a der 6m.
utilização nocturna, excepto quando a pista só for utilizada Nota 1 — Normalmente são utilizados espaçamentos de
em condições de boa visibilidade e houver orientação sufi- 1 a 4m para as luzes de barra luminosa transversal. Os espa-
ciente por outras ajudas visuais. ços vazios de cada lado da linha central podem melhorar
Nota — Também se pode instalar um sistema sensível a orientação direccional quando as aproximações são feitas
de iluminação de aproximação para proporcionar orientação com um erro lateral e facilitam o movimento dos veículos de
visual durante o dia. salvamento e combate a incêndios.
B — Pista de aproximação de não-precisão Nota 2 — O Anexo A, Parte K contém orientação sobre
Quando for materialmente possível, deve ser instalado tolerância de instalações.
um sistema simples de iluminação de aproximação, tal como (4) As luzes que formam a linha central devem
especificado de 22.235.d)2. a 22.235.d)9. para uma pista para
ser colocadas com intervalos longitudi-
aproximações que não sejam de precisão, excepto quando a
nais de 60m, excepto quando se pretenda
pista só for utilizada em condições de boa visibilidade e hou-
melhorar o grau de orientação e, nesse
ver orientação suficiente por outras ajudas visuais.
caso, os intervalos devem ser de 30m. A
Nota — É conveniente que se considere a possibili-
luz que se encontre mais perto da pista
dade de instalar um sistema de iluminação de aproximação
deve estar localizada a 60 ou 30m da
de precisão, de Categoria I, ou se adicione um indicador de
soleira, dependendo do intervalo longitu-
orientação de entrada na pista.
dinal escolhido para as luzes do eixo.
C — Pista de aproximação de precisão de Categoria I
(5) Se não for materialmente possível dispor
Quando for materialmente possível deve ser instalado um
de uma linha central que se prolongue
sistema de iluminação de aproximação de precisão, Categoria
por 420m a partir da soleira, na medida
I, tal como especificado de 22.235.d)10 a 22.235.d)21 numa
do possível, esta linha deve estender-se
pista para aproximações de precisão, Categoria I.
300m, de modo a incluir uma barra trans-
D — Pista de aproximação de precisão de Categoria
II ou III versal. Se tal não for possível, as luzes
Numa pista de aproximação de precisão de Categoria II ou da linha central devem ser prolongadas o
III, deve ser instalado um sistema de iluminação de aproxima- máximo possível, e cada luz deve então
ção de precisão das Categorias II ou III, tal como especificado consistir numa barra com, no mínimo, 3m
de 22.235.d)22. a 22.235.d).39. de comprimento. Sempre que o sistema de
Sistema simples de iluminação de aproximação aproximação possua uma barra transversal
Localização a 300m da soleira, pode ser instalada uma
(2) Um sistema simples de iluminação de apro- outra barra transversal a 150m da soleira.
ximação deve consistir numa fiada de (6) O sistema deve estar instalado o mais perto
luzes no prolongamento do eixo da pista possível do plano horizontal que atravessa
estendendo-se, quando possível, por uma a soleira, desde que:
distância não inferior a 420m a partir da (i) Nenhum objecto, salvo uma antena de
soleira com uma fiada de luzes formando azimute ILS ou MLS, se saliente do
uma barra luminosa transversal com 18 ou plano das luzes de aproximação numa
30m de comprimento a uma distância de faixa de 60m a partir do eixo do sis-
300m da soleira. tema; e
(3) As luzes que formam a barra luminosa trans- (ii) Nenhuma luz, excepto a colocada na
versal devem estar, sempre que possível, parte central de uma barra luminosa
em linha recta horizontal, perpendicular à transversal ou de uma barrete (barrette)
linha das luzes da linha central e segmen- de eixo (mas não nas extremidades)
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(599)
deve ficar oculta para as aeronaves que constituído por uma fiada de luzes no
realizam a aproximação. prolongamento do eixo da pista, esten-
Qualquer antena de azimute ILS ou MLS que perfure o dendo-se, sempre que possível, ao longo
plano das luzes deve ser considerada como um obstáculo, de 900m a partir da soleira e uma fila de
devendo proceder-se à respectiva marcação e sinalização. luzes formando uma barra luminosa trans-
Características versal de 30m de comprimento, a uma
(7) As luzes de um sistema simples de ilumi- distância de 300m da soleira da pista.
nação de aproximação devem ser luzes Nota — A instalação de um sistema de iluminação de
fixas e a sua cor de forma a garantir que aproximação inferior a 900m de comprimento pode impor
o sistema se distingue imediatamente limitações operacionais na utilização da pista. Ver Apêndice
das outras luzes aeronáuticas de superfí- 1, Parte K.
cie da iluminação estranha, se a houver. (11) As luzes que formam a barra luminosa
Cada uma das luzes da linha central deve transversal devem seguir, sempre que
consistirem: possível, uma linha recta horizontal per-
(i) numa luz de um foco único; pendicular à linha de luzes da linha central
(ii) numa barrete (barrette) luminosa com, e seccionada em dois troços por esta. As
pelo menos, 3m de comprimento. luzes da barra luminosa transversal devem
Nota 1 — Quando a barrete (barrette) luminosa conforme ser de tal forma espaçadas que, quando
referido em b) for composta por luzes que se assemelham a ligadas, pareçam traços contínuos, embora
luzes pontuais, considera-se satisfatório um espaçamento de se possa deixar espaços vazios de cada um
1,5m entre as luzes adjacentes da barrete (barrette). dos lados da linha central. Estes espaços
Nota 2 — Pode ser aconselhável utilizar barretes (barret- vazios devem ser reduzidos ao mínimo
tes) luminosas com 4m de comprimento se estiver previsto o necessário para satisfazer as necessidades
sistema simples de iluminação de aproximação evoluir para locais, não devendo cada um deles exce-
um sistema de iluminação de aproximação de precisão. der 6m.
Nota 3 — Em locais de difícil identificação do sistema Nota 1 — As luzes da barra transversal têm normal-
simples de iluminação de aproximação, especialmente à mente espaçamentos de 1 a 4m. Pode haver espaços vazios
noite, devido às luzes circundantes, pode-se resolver este de cada um dos lados da linha central para melhorar a orien-
problema instalando luzes intermitentes sequenciais no tação direccional, quando ocorrem desvios laterais durante
troço exterior do sistema. a aproximação e para facilitar o movimento dos veículos de
(8) Sempre que possível, quando instaladas salvamento e combate a incêndios.
numa pista para aproximação visual, Nota 2 — O Apêndice 2 contêm orientação sobre tole-
as luzes devem ser visíveis de todos os râncias de instalação.
ângulos do azimute necessários ao piloto (12) As luzes que formam a linha central devem
durante o percurso de base e a aproxima- ser instaladas com intervalos longitudinais
ção final. A intensidade das luzes deve ser de 30m ficando a luz da extremidade inte-
adequada a todas as condições de visibili- rior localizada a 30m da soleira.
dade e luz ambiente para que o sistema foi (13) O sistema deve, quando praticável, ficar
instalado. instalado no plano horizontal que passa
(9) Sempre que possível, quando instaladas numa pela soleira, para que:
pista que não seja de precisão, as luzes (i) Nenhum objecto, excepto uma antena
devem ser visíveis de todos os ângulos do de azimute ILS ou MLS, sobressaia do
azimute necessários para que o piloto, na plano das luzes de aproximação numa
aproximação final, não se desvie excessi- distância de 60m a partir do eixo do
vamente da trajectória definida pela ajuda sistema; e
não visual. As luzes devem projectar-se de (ii) Nenhuma luz, salvo a luz colocada na
forma a orientar, tanto de noite como de parte central de uma barra luminosa
dia, e nas condições de visibilidade mais transversal ou de uma barrete (bar-
desfavoráveis e luz ambiente para que o rette) da linha central (não as luzes das
sistema se mantenha em funcionamento. extremidades) fique oculta das aerona-
Sistema de iluminação de aproximação de precisão ves que procedem à aproximação.
Categoria I Localização Qualquer antena de azimute ILS ou MLS que sobressaia
(10) O sistema de iluminação de aproxima- do plano das luzes é considerada um obstáculo e, como tal,
ção de precisão de Categoria I deve ser deve ser assinalada e iluminada.
(600)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(23) As luzes que formam a linha central devem ou de uma barrete (barrette) da linha
estar colocadas com espaçamentos lon- central (não as luzes das extremida-
gitudinais de 30m, ficando as luzes mais des) fique oculta das aeronaves que
perto da pista a 30m da soleira. procedem à aproximação.
(24) As luzes que formam as fiadas laterais Qualquer antena de azimute ILS ou MLS que perfure
devem ser colocadas em cada um dos o plano das luzes é considerada um obstáculo e, como tal,
lados da linha central, com um espaça- deve ser assinalada e iluminada.
mento longitudinal igual ao das luzes da Características
linha central ficando a primeira luz a 30m (30) Nos primeiros 300m a partir da soleira, a
da soleira. Quando se puder demonstrar linha central de um sistema de iluminação
o nível de operacionalidade das luzes de de aproximação de precisão, Categorias
aproximação especificado em 22.317.g), II e III deve ser constituída por barretes
como objectivo de manutenção, as luzes (barrette) luminosas de cor branca e inten-
que constituem as fiadas laterais podem
sidade variável, excepto quando a soleira
ficar de cada um dos lados da linha central
estiver deslocada 300m ou mais. Nesse
com um espaçamento longitudinal de 60m,
caso a linha central pode ser constituída
ficando a primeira luz a 60m da soleira.
por luzes de um só foco, de cor branca e
O espaçamento lateral entre as filas mais
próximas não deve ser inferior a 18m nem intensidade variável. Quando se puder
superior a 22,5m devendo, de preferência, demonstrar o nível de operacionalidade
ser de 18m. De qualquer modo deve ser das luzes de aproximação especificado
igual ao do das luzes da zona de toque. em 22.317.g), como objectivo de manu-
(25) A barra luminosa transversal existente a tenção, a linha central de um sistema de
150m da soleira deve preencher os espa- iluminação de aproximação de precisão,
ços vazios entre as luzes da linha central e Categorias II e III, nos primeiros 300m a
as das fiadas laterais. partir da soleira pode consistir em:
(26) A barra transversal existente a 300m da (i) Barretes (barrettes), quando a linha
soleira deve prolongar-se em ambos os central que fica a 300m da soleira
lados das luzes da linha central até 15m da for constituída por barretes (bar-
linha central.
rettes) iguais às especificadas em
(27) Se a linha central a mais de 300m da soleira
22.235.d)32i); ou
consistir em luzes conforme descrito
(ii) Focos únicos alternando com barretes
22.235.d).31 ii) ou 22.235d)32.ii), devem
ser instaladas barras luminosas transver- (barrettes), quando a linha central que
sais complementares a 450m, 600m e fica a 300m da soleira for constituída
750m da soleira. por focos únicos conforme indicado
(28) Quando as barras luminosas transver- em 22.235.d)32ii), ficando o foco
sais complementares especificadas em único mais interior situada a 30m e a
22.235.d)27. estiverem incorporadas no barrete (barrette) mais interior a 60m
sistema, as extremidades exteriores das da soleira;
mesmas devem ser dispostas em duas (iii) Focos individuais quando a soleira
linhas rectas paralelas à fiada de luzes da estiver deslocada 300m ou mais; todas
linha central ou convergentes seccionando de cor branca de intensidade variável.
o eixo da pista a 300m da soleira. (31) A mais de 300m da soleira cada de luz do
(29) O sistema deve ficar o mais próximo pos-
eixo deve ser constituído por:
sível do plano horizontal que passa pela
(i) Uma barrete igual às utilizadas nos
soleira, para que:
300m interiores;
(i) Nenhum objecto, excepto uma antena
de azimute ILS ou MLS, perfure o (ii) Dois focos de luz nos 300m intermé-
plano das luzes de aproximação numa dios do eixo e três focos de luz nos
distância de 60m a partir do eixo do 300m exteriores ao eixo; todos de cor
sistema; e branca e intensidade variável.
(ii) Nenhuma luz, salvo a luz colocada na (32) Quando se puder demonstrar o nível de ope-
parte central de uma barra transversal racionalidade das luzes de aproximação
(604)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(22) O arco de azimute do feixe luminoso deve cor branca todas as luzes que estão em
ser convenientemente restrito se algum posições mais elevadas; e
objecto, situado fora dos limites da super- (iii) Veja de cor vermelha as três luzes
fície de protecção contra obstáculos do mais próximas da pista e de cor branca
sistema, mas dentro dos limites laterais a mais afastada, quando se encontrar
do feixe luminoso, sobressair do plano da abaixo da ladeira de aproximação, e de
superfície de protecção contra obstácu- cor vermelha todas as luzes em posi-
los e um estudo aeronáutico indicar que ção mais longínqua.
o referido objecto pode pôr em causa a (26) A barra lateral de um APAPI deve ser cons-
segurança das operações. A amplitude da truída e disposta de modo a que o piloto
restrição deve determinar que o objecto que procede à aproximação:
fique fora dos limites do feixe luminoso. i) Veja de cor vermelha a luz mais pró-
Nota — Ver 22.235.e) 41. a 22.235.e)45 no respeitante xima e de cor branca a mais afastada,
às superfícies correspondentes e de protecção de obstáculos. quando se encontrar na ladeira de
PAPI e APAPI aproximação ou já perto;
Descrição (ii) Veja ambas as luzes de cor branca
(23) O sistema PAPI deve consistir numa barra quando se encontrar acima da ladeira
lateral com quatro focos luminosos de de aproximação; e
lâmpadas múltiplas (ou lâmpadas indivi- (iii) Veja ambas as luzes de cor vermelha
duais agrupadas em pares) de transição quando se encontrar abaixo da ladeira
definida com espaçamentos iguais. O sis- de aproximação.
tema deve ser colocado do lado esquerdo Localização
da pista, a menos que esta disposição seja (27) Os focos luminosos devem estar colocados
de acordo com o modelo de base indicado
materialmente impossível.
na Figura 25, respeitando as tolerâncias de
Nota — Se a pista for utilizada por aeronaves que neces-
instalação ai consignadas. Os focos lumi-
sitam de orientação visual e não haja outros meios externos
nosos que constituem a barra lateral devem
para fornecer esta orientação, deve ser, então, instalada uma
ser instalados de modo a parecer, para o
segunda barra lateral no lado oposto da pista. piloto de uma aeronave em aproximação,
(24) O sistema APAPI deve consistir numa barra uma linha sensivelmente horizontal. Os
lateral com dois focos luminosos de lâm- focos luminosos devem ser instalados o
padas múltiplas (ou lâmpadas individuais mais baixo possível e ser frangíveis.
agrupadas em pares) de transição definida, Características das luzes
com espaçamentos iguais. Deve ficar situ- (28) O sistema deve ser adequado a operações
ada no lado esquerdo da pista, a menos diurnas e nocturnas.
que esta disposição seja materialmente (29) A transição de cores, de vermelho para
impossível. branco no plano vertical deve ser de forma
Nota — Se a pista for utilizada por aeronaves que exi- a parecer a um observador a uma distân-
gem uma orientação visual que não pode ser assegurada por cia não inferior a 300m, que ocorre num
outros meios exteriores, proceder-se-á, então, à instalação de sector angular vertical não superior a 3.o.
uma segunda barra lateral do lado oposto da pista. (30) Quando a intensidade estiver no máximo,
(25) A barra lateral de um PAPI deve ser constru- a coordenada Y da luz vermelha não deve
exceder 0,320.
ída e disposta de modo a que o piloto que
(31) A distribuição da intensidade da intensidade
procede à aproximação:
das luzes deve ser a indicada no Apêndice
(i) Veja as duas luzes mais próximas da
2, Figura 103.
pista de cor vermelha e as duas mais
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 4
afastadas de cor branca, quando se contém orientação mais pormenorizada sobre as caracterís-
encontrar na ladeira de aproximação ticas das luzes.
ou já muito perto; (32) Deve existir um controlo de intensidade ade-
(ii) Veja de cor vermelha a luz mais pró- quado para permitir ajustes de acordo com
xima da pista e de cor branca as três as condições predominantes, evitando que
mais afastadas, quando se encontrar o piloto fique encandeado durante a apro-
acima da ladeira de aproximação, e de ximação e a aterragem.
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(610)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(611)
(33) Cada luz deve possibilitar o ajuste do ângulo car que o referido objecto pode pôr em
de elevação do feixe luminoso, de modo causa a segurança das operações. A ampli-
a que o limite inferior da parte branca do tude da restrição deve determinar que
feixe possa ser fixado em qualquer ângulo o objecto fique fora dos limites do feixe
de elevação pretendido, entre 1.o 30’ e 4.o luminoso.
30’ acima da horizontal. Nota — Relativamente à superfície correspondente de
(34) As luzes devem ser projectadas de modo protecção de obstáculos, ver de 22.235.e) 41. a 22.235.e) 45.
a que os depósitos de condensação, suji- 40) Se as barras laterais estiverem instaladas de
dade, etc. Nos focos luminosos ou nas cada um dos lados da pista, para garan-
superfícies de reflexão interfiram o tir uma orientação equilibrada, os focos
mínimo possível nos sinais luminosos luminosos correspondentes devem ter o
não devendo, de forma alguma, afectar o mesmo ângulo de elevação para que os
contraste entre os sinais vermelhos e os sinais de ambos os sistemas luminosos
brancos nem o ângulo de elevação do sec- mudem simétrica e simultaneamente.
tor de transição. Superfície de protecção de obstáculos
Regulação da inclinação de aproximação e do ângulo Nota — As especificações indicadas abaixo aplicam-se
de elevação das luzes ao T-VASIS, ao AT-VASIS, ao PAPI e ao APAPI
(35) A inclinação de aproximação, conforme (41) Deve ser estabelecida uma superfície de
definida na Figura 26, deve ser adequada protecção de obstáculos quando se prevê a
às aeronaves que utilizam o sistema de instalação de um sistema visual indicador
indicação de aproximação.
de inclinações de aproximação.
(36) Quando uma pista estiver equipada com
(42) As características da superfície de protecção
ILS ou MLS, a localização e os ângulos
de obstáculos, isto é, a sua origem, diver-
de elevação dos feixes das luzes devem
gência, comprimento e inclinação, devem
ser tais que a inclinação de aproximação
corresponder às especificações constantes
visual se ajuste o mais possível ao perfil
da Tabela 9 e da Figura 26.
de descida do ILS ou ao perfil de descida
(43) Não devem ser autorizados novos objectos
mínima do MLS, conforme o caso.
ou o prolongamento de outros já existentes
(37) A regulação do ângulo de elevação do feixe
na superfície de protecção de obstácu-
das luzes de uma barra lateral do PAPI
los, a menos que, segundo a autoridade
deve ser tal que, durante a aproximação
competente, os novos objectos estejam
o piloto de uma aeronave que, na ladeira,
encobertos por um objecto imóvel já
receba o sinal mais baixo, isto é, um sinal
existente.
vermelho e um sinal branco, tenha, com
margem segura, a área de aproximação Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 6
desobstruída de quaisquer objectos (ver indica as circunstâncias em que se pode aplicar razoavel-
Tabela 8). mente o princípio do encobrimento.
(38) A regulação do ângulo de elevação do feixe (44) Os objectos existentes que perfurem uma
das luzes de uma barra lateral do APAPI superfície de protecção de obstáculos
deve ser tal que, durante a aproximação devem ser retirados, a menos que, segundo
o piloto de uma aeronave que, na ladeira, a autoridade competente, os objectos se
receba o sinal mais baixo, isto é, um sinal encontrem protegidos por um objecto
vermelho e um sinal branco, tenha, com imóvel já existente ou se, na sequência de
margem segura, a área de aproximação um estudo aeronáutico, fique estabelecido
desobstruída de quaisquer objectos (ver que o objecto em causa não compromete a
Tabela 8). segurança da operação das aeronaves.
(39) O arco de azimute do feixe luminoso deve (45) Quando um estudo aeronáutico indicar
ser convenientemente restrito se algum que um objecto existente e que perfura
objecto, situado fora dos limites da super- a superfície de protecção de obstáculos
fície de protecção contra obstáculos do pode comprometer a segurança da opera-
PAPI ou do APAPI, mas dentro dos limi- ção das aeronaves, deve ser tomada uma
tes laterais do feixe luminoso, sobressair das medidas abaixo indicadas:
do plano da superfície de protecção contra (i) Aumentar convenientemente a inclina-
obstáculos e um estudo aeronáutico indi- ção de aproximação do indicador;
(612)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(ii) Reduzir a abertura em azimute do indi- Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 4,
cador de modo a que o objecto fique contém orientações a este respeito.
fora dos limites do feixe; (f) Luzes de orientação do circuito de pista
(iii) Deslocar, no máximo 5º, o eixo do Aplicação
indicador e a superfície de protecção (1) Sempre que possível, devem ser instaladas
de obstáculos que lhe está associada; luzes de orientação do circuito de pista
(iv) Deslocar a soleira de forma apropriada; quando os sistemas existentes de ilu-
(v) Quando se verificar impossível apli- minação de aproximação e de pista não
car a medida constante de d), deslocar permitam a uma aeronave que executa
o dispositivo de forma apropriada uma aproximação indirecta identificar
em relação à soleira para garantir um de forma satisfatória a pista ou a área de
aumento na altura de ultrapassagem da aproximação nas condições em que está
soleira que seja igual à altura de perfu- previsto que a pista seja utilizada para
ração do objecto. aproximações indirectas.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(613)
rem o piloto durante a aproximação para a (ii) Quando a soleira estiver deslocada
aterragem, descolagem ou rolagem. permanentemente do bordo da pista
(g) Sistemas de iluminação de guiamento para entrada ou deslocada temporariamente da sua
na pista posição normal e for necessário torná-
Aplicação -la mais visível.
(1) Quando as circunstâncias assim o determi- Localização
nem, deve existir um sistema de iluminação (2) As luzes de identificação da soleira da pista
de guiamento para entrada na pista, quando devem estar localizados simetricamente
for necessário haver orientação visual ao em relação ao eixo da pista, alinhados com
longo de um perfil específico de aproxi- a soleira a aproximadamente 10m do lado
mação, para evitar terrenos acidentados ou de fora de cada linha das luzes de bordo
para fins de redução do ruído. da pista.
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 4 Características
contém orientação sobre os sistemas de iluminação de guia- (3) As luzes de identificação da soleira da pista
mento para entrada na pista. devem ser luzes brancas com uma fre-
Localização quência de emissão de clarões de luz
(2) Um sistema de iluminação de guiamento (flash) entre 60 a 120 por minuto.
para entrada na pista devem consistir em (4) As luzes só devem ser visíveis na direcção da
conjuntos de focos de luz posicionados aproximação à pista.
de modo a definir o perfil de aproximação (i) Luzes de bordo da pista
desejado e de modo a que cada conjunto (1) Devem ser instaladas luzes de bordo da pista
possa ser avistado do que o precede. O numa pista destinada a ser utilizada de
intervalo entre os conjuntos adjacentes não noite ou numa pista de aproximação de
deve exceder 1 600m, aproximadamente. precisão destinada a ser utilizada de dia ou
Nota — Os sistemas de iluminação de guiamento para de noite.
entrada na pista podem serem linha curva, recta ou uma (2) Sempre que possível, devem ser instaladas
combinação de ambos. luzes de bordo da pista numa pista des-
(3) Um sistema de iluminação de guiamento tinada a descolagens diurnas com um
para entrada na pista deve prolongar-se a mínimo operacional inferior a um alcance
partir de um ponto determinado pela auto- visual da ordem dos 800m.
ridade competente até um ponto em que Localização
seja visível o sistema de iluminação de (3) As luzes de bordo de pista devem ser colo-
aproximação, se aplicável, a pista ou o sis- cadas a todo o comprimento da pista
tema de iluminação da pista. devendo estar dispostas em duas fiadas
Características paralelas equidistantes do eixo da pista.
(4) Cada conjunto de focos de luz de um sistema (4) As luzes de bordo da pista devem ser coloca-
de iluminação de entrada na pista deve ser das ao longo dos bordos da área declarada
constituído, no mínimo, por três focos de para ser utilizada como pista ou fora dos
clarões de luz (flash) dispostas em linha bordos da área a uma distância não supe-
ou em cacho. Este sistema pode comple- rior a 30m.
mentado com focos de luz fixa, caso se (5) Quando a largura da área que possa ser decla-
considere serem úteis. rada como pista exceder 60m, a distância
(5) Os focos de clarões de luz (flashes) devem entre as fiadas de luzes deve ser deter-
ser brancos e os focos de luz fixa focos minada tendo em conta o carácter das
de luz de descarga em ambiente gasoso operações, as características de distribui-
(ionização). ção da intensidade luminosa das luzes de
(6) Onde for possível, os focos de clarões de luz bordo da pista e outras ajudas visuais que
(flash), em cada conjunto, devem piscar servem a pista.
em sequência até à pista. (6) As luzes devem estar espaçados uniforme-
(h)Luzes de identificação da soleira da pista mente com intervalos não superiores a
Aplicação 60m para uma pista de aterragem por ins-
(1) Sempre que possível, devem ser instaladas trumentos, e com intervalos não superiores
luzes de identificação da soleira da pista: a 100m para uma pista de voo à vista. As
(i) Na soleira de uma pista de aproximação luzes situadas em lados opostos ao eixo da
de não-precisão, quando for necessá- pista devem estar dispostas em linhas per-
rio torná-la mais visível ou quando pendiculares ao mesmo. Nos cruzamentos
não se puderem instalar outras ajudas das pistas as luzes podem estar espaçadas
luminosas para a aproximação; de modo irregular ou mesmo ser omitidas,
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(615)
desde que haja orientação adequada para luzes da soleira em linha, perpendicular-
o piloto. mente ao eixo da pista coincidindo com a
Características soleira deslocada.
(7) As luzes de bordo da pista devem ser luzes (4) A iluminação da soleira deve consistir em:
fixas de cor branca de intensidade variá- (i) Pelo menos seis luzes, numa pista
vel, excepto: de aproximação à vista ou de
(i) No caso de soleira deslocada, as luzes não-precisão;
entre o início da pista e a soleira des- (ii) Numa pista para aproximações de
locada devem ser de cor vermelha na precisão de Categoria I, pelo menos
direcção da aproximação; e o número de luzes que seria necessá-
(ii) Na extremidade da pista, oposta ao rio se as luzes estivessem espaçadas
sentido da descolagem, as luzes podem uniformemente com intervalos de 3m
ser amarelas ao longo de 600m ou num entre as linhas das luzes do bordo da
terço do comprimento da pista se esta pista; e
distância for menor. (iii) Numa pista de aproximação de preci-
(8) As luzes de bordo da pista devem ser visíveis são, categoria II ou III, luzes espaçadas
de todos os ângulos de azimute necessá- uniformemente entre as linhas de luzes
rios à orientação de um piloto que aterra de bordo da pista com intervalos não
ou descola em qualquer direcção. Quando superiores a 3m.
as luzes de bordo da pista forem utilizados (5) As luzes prescritas em 22.235.j)4.i) e ii)
como orientação para um voo em circuito, devem estar ou:
devem ser visíveis de todos os ângulos de (i) Espaçadas igualmente entre as linhas
azimute (ver 22.235.f)1.) de luzes de bordo da pista; ou
(9) Em todos os ângulos de azimute referidos em (ii) Dispostas simetricamente em relação
22.235.i) 8., as luzes de bordo devem ser ao eixo da pista, em dois grupos, com
visíveis em ângulos até 15° acima da hori- as luzes espaçadas uniformemente em
zontal, com uma intensidade adequada às cada grupo e com um afastamento
condições de visibilidade e de luz ambiente entre esses grupos igual à bitola de
em que a pista se destina a descolagens marcação ou da iluminação da zona de
e aterragens. Em qualquer dos casos, a toque, quando aplicável, ou então não
intensidade deve ser de pelo menos 50cd, superior a metade da distância entre as
excepto nos aeródromos em que não haja linhas de luzes de bordo da pista.
luzes aeronáuticas. Neste caso, a intensi- Aplicação das luzes de asas laterais
dade das luzes pode ser reduzida para um (6) Devem existir luzes de asas laterais numa
mínimo de 25cd, para evitar o encandea- pista de aproximação de precisão, quando
mento do piloto. for considerado importante uma indicação
(10) Numa pista para aproximação de precisão, mais visível.
as luzes de bordo da pista devem cumprir (7) Devem ser instaladas luzes de asas laterais
o especificado no Apêndice 2, Figura 57 numa pista de aproximação à vista ou
ou 58. numa pista de aproximação de não-pre-
(j) Luzes de soleira da pista e das asas laterais cisão, quando a soleira estiver deslocada
(Ver Figura 5-28) e forem necessárias luzes de soleira, que
Aplicação das luzes de soleira da pista não existam.
(1) Devem ser instaladas luzes de soleira da Localização das luzes de asas laterais
pista numa pista equipada com luzes de (8) As luzes de asas laterais devem estar dispos-
bordo de pista, excepto numa pista de tas simetricamente em relação ao eixo da
aproximação à vista ou numa pista para pista, à direita da soleira, em dois grupos
aproximações de não-precisão, em que a ou barras laterais. Cada barra lateral deve
soleira esteja deslocada e haja luzes de asa ser constituída por, no mínimo, cinco luzes
lateral. dispostas perpendicularmente à linha das
Localização das luzes de soleira da pista luzes de bordo da pista, prolongando-se,
(2) Quando a soleira estiver na extremidade da no mínimo, 10m para fora dessa linha,
pista, as luzes da soleira devem ser coloca- estando a luz mais perto do eixo da pista
das em linha perpendicularmente ao eixo alinhada com as luzes do bordo da pista.
da pista, o mais perto possível da extremi- Características das luzes da soleira da pista e das asas
dade da pista mas nunca a mais de 3m para laterais
além da extremidade. (9) As luzes da soleira e das asas laterais devem
(3) Quando a soleira estiver deslocada da extre- consistir em luzes fixas unidireccionais de
midade da pista, devem ser colocadas cor verde, vistas no sentido da aproxima-
(616)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(k) Luzes de extremidade da pista (Ver Figura 28) mínimo, abaixo da visibilidade da pista, da
Aplicação ordem dos 400m.
(1) Devem ser instaladas luzes de extremidade (4) Devem ser instaladas luzes de eixo numa
de pista numa pista equipada com luzes de pista destinada a ser utilizada para desco-
bordo de pista. lagens com operação correspondente a um
mínimo, abaixo da visibilidade da pista,
Nota — Quando a soleira estiver na extremidade da
da ordem dos 400m ou superior quando a
pista, as luzes da soleira podem ser utilizadas como luzes de
pista for utilizada por aeronaves com uma
extremidade da pista. velocidade de descolagem muito elevada
Localização e, particularmente, quando o espaçamento
(2) As luzes de extremidade da pista devem ser entre as luzes de bordo de pista for supe-
colocadas em linha perpendicularmente ao rior a 50m.
eixo da pista o mais próximo possível da
Localização
extremidade da pista e, em qualquer caso,
(5) As luzes de eixo da pista devem estar insta-
no máximo, a 3m da extremidade da pista. ladas no eixo da pista. No entanto, quando
(3) Sempre que possível, a iluminação da extre- for materialmente impossível instalá-las
midade da pista deve consistir, no mínimo, no eixo, as luzes podem estar afastadas
em seis luzes, que devem estar: uniformemente do mesmo lado do eixo da
(i) Espaçadas uniformemente entre as pista, a uma distância que não ultrapasse
linhas das luzes do bordo da pista; ou 60cm. Devem ficar localizadas desde a
(ii) Dispostas simetricamente em rela- soleira até à extremidade, com interva-
ção ao eixo da pista em dois grupos, los da ordem dos 15m. Quando se puder
estando as luzes espaçadas simetri- demonstrar o nível de operacionalidade
camente em cada grupo, com um das luzes de aproximação especificado em
intervalo entre os grupos não superior 22.317.g) ou 22.317.j), como objectivo de
a metade da distância entre as linhas manutenção, e quando a pista se destinar
das luzes do bordo da pista. a ser utilizada em condições de alcance
Para uma pista de aproximação de precisão de catego- visual de pista de 350m ou mais, o espa-
ria III, o espaçamento entre as luzes de extremidade da pista çamento longitudinal deve ser de cerca de
não deve exceder 6m, excepto entre as duas luzes mais inte- 30m.
riores quando houver um intervalo central. Nota — Não é necessário substituirás balizagens axiais
Características cujas luzes tenham espaçamentos de 7,5m.
(4) As luzes de extremidade da pista devem ser (6) Sempre que possível, os requisitos axiais
fixas unidireccionais emitindo um feixe para descolagem, do início da pista até à
vermelho na direcção da pista. A intensi- soleira deslocada, devem ser assegurados
dade e o espalhamento do feixe das luzes por:
devem ser adequados às condições de visi- (i) Um sistema de iluminação de aproxima-
bilidade e luminosidade ambiente em que ção se as características e a regulação
a pista se destina a ser utilizada. da intensidade permitirem assegurar a
(5) Numa pista de aproximação de precisão, as orientação necessária durante a desco-
luzes de extremidade da pista devem estar lagem e não encandearem o piloto de
em conformidade com as especificações uma aeronave que descola; ou
constantes do Apêndice 2, Figura 56. (ii) Luzes de eixo de pista; ou
(i) Luzes de eixo da pista (iii) Barretes (barrettes) de pelo menos 3m
Aplicação de comprimento e espaçadas com inter-
(1) As pistas de aproximação de precisão de valos uniformes de 30m, conforme
Categoria II ou III devem estar equipadas representado na Figura 29. Estas bar-
com luzes de eixo de pista. retes (barrettes) devem ser projectadas
(2) Quando as circunstâncias o determinem, de modo a que as suas características
devem ser instaladas luzes de eixo de pista fotométricas e a regulação de intensi-
numa pista com aproximação de Categoria dade permitam assegurar a orientação
I, em especial quando a pista é utilizada necessária durante a descolagem sem
por aeronaves com um elevada velocidade haver o risco de encadear o piloto de
de aterragem ou quando a distância entre uma aeronave que descola.
as linhas das luzes de bordo da pista for Quando for necessário, devem ser tomadas medidas para
superior a 50m. desligar as luzes de eixo de pista mencionadas em b) ou alte-
(3) Devem ser instaladas luzes de eixo numa rar a intensidade do sistema de iluminação de aproximação
pista destinada a ser utilizada para desco- ou das barrettes, quando a pista estiver a ser utilizada para
lagens com operação correspondente a um aterragem.
(618)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Em caso algum deve haver uma única fonte de alimenta- a não se prolongar para além do ponto
ção das luzes do eixo da pista, entre o início da pista e uma médio da pista. As luzes devem ficar dis-
soleira deslocada, quando a pista estiver a ser utilizada para postas em pares de barrettes colocadas
aterragens. simetricamente em relação ao eixo da
Características pista. O espaçamento lateral entre as luzes
(7) As luzes do eixo da pista devem ser de luz mais interiores, num par de barretes, deve
fixa, de cor branca variável entre a soleira ser igual ao espaçamento optado para as
e um ponto da pista situado a 900m da marcas de zona de toque. O espaçamento
extremidade da pista, de cores alterna- longitudinal entre os pares de barrettes
das vermelho e branco, variável desde os deve ser de 30m ou 60m.
900m aos 300m da extremidade da pista e Nota — Para permitir operações a mínimos inferiores de
de cor vermelha entre os 300m e a extre- visibilidade, pode ser aconselhável utilizar um espaçamento
midade da pista. No entanto, nas pistas longitudinal de 30m entre as barrettes.
com um comprimento inferior a 1800m, Características
os focos de luz de cores alternadas, verme- (3) Uma barrette deve ser composta por, no
lho e branco variável, devem prolongar-se mínimo, três luzes com um espaçamento
desde o ponto médio da parte da pista útil que não ultrapasse 1,5m.
para aterragem até 300m da extremidade (4) Uma barrette não deve e ter um comprimento
da pista. inferior a 3m nem superior a 4,5m.
Nota — O circuito eléctrico deve ser projectado de modo (5) As luzes da zona de toque na pista devem ser
a que uma falha parcial não resulte numa indicação falsa da luzes fixas unidireccionais de cor branca
distância remanescente da pista. variável.
(8) As luzes do eixo de pista devem estar cum- (6) As luzes na zona de toque na pista devem
prir as especificações do Apêndice 2, estar de acordo com as especificações do
Figura 54 ou 55. Apêndice 2, Figura 53.
m) Luzes da zona de toque na pista (n) Luzes indicadoras do caminho de saída rápida
Aplicação Nota — As luzes indicadoras do caminho de saída rápida
(1) Devem ser instaladas luzes na zona de toque (RETIL) destinam-se a fornecer informações aos pilotos
de uma pista de aproximação com aproxi- sobre a distância remanescente antes do caminho de saída
mação de precisão de categoria II ou III. rápida mais próximo da pista, para que melhor se possam
Localização orientar em condições de má visibilidade e coordenar a tra-
(2) As luzes da zona de toque na pista devem vagem mantendo velocidades mais adaptadas á corrida no
prolongar-se desde a soleira, por uma dis- solo e saída da pista. É essencial que os pilotos que mano-
tância de 900m, excepto nas pistas cujo bram em aeroportos cujas pistas possuem luzes indicadoras
comprimento seja inferior a 1800m, em de caminho de saída rápida estejam bem informados sobre a
que o sistema deve ser encurtado de modo utilidade destas luzes.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(619)
(o) Luzes de zona de travagem fim desta zona e, em qualquer dos casos,
Aplicação não mais de 3m para além da extremidade.
(1)Uma zona de travagem destinada a utilização Características
nocturna deve estar equipada com luzes. (3) As luzes da zona de travagem devem ser
Localização luzes fixas unidireccionais, de cor verme-
(2) As luzes da zona de travagem devem estar lha na direcção da pista.
colocadas ao longo de toda a zona de (p) Luzes de eixo do caminho de circulação
travagem, em duas filas paralelas equidis- Aplicação
tantes do eixo e coincidentes com as filas (1) Devem ser instaladas luzes de eixo do cami-
de luzes de bordo da pista. Devem exis- nho de circulação nos caminhos de saída
tir ainda luzes transversais na extremidade da pista, nos caminhos de circulação, nos
de uma zona de travagem, perpendicular- locais destinados ao anti-congelamento/
mente ao seu eixo, o mais perto possível do descongelamento, e às placas destinadas
(620)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(10) Sempre que possível, quando as luzes de çadas com intervalos longitudinais não
eixo do caminho de circulação forem superiores a 30m, excepto quando:
especificadas como componentes de um (i) Possam ser utilizados intervalos maio-
sistema avançado de orientação e controlo res, que não ultrapassem os 60m,
dos movimentos em terra, e quando, do quando, devido a condições meteoro-
ponto de vista operacional, são exigidas lógicas predominantes, tais intervalos
intensidades mais elevadas para manter
ofereçam orientação adequada;
os movimentos em terra a uma velocidade
(ii) Possam existir intervalos inferiores a
determinada, em condições de visibilidade
muito reduzida ou de extrema lumino- 30m em troços rectilíneos curtos; e
sidade durante o dia as luzes de eixo do (iii) Num caminho de circulação destinado
caminho de circulação devem obedecerão a ser utilizado em condições de visi-
especificado no Apêndice 2, Figura 65,66 bilidade na pista (RVR) inferiores ao
e 67. correspondente a um valor da ordem
Nota — As luzes de eixo que tenham intensidades mais dos 350m, em que o espaçamento lon-
elevadas só devem ser utilizadas em caso de absoluta neces- gitudinal não deva exceder 15m.
sidade e em função de um estudo específico. (13) As luzes de eixo do caminho de circula-
Localização ção existentes numa curva desse caminho,
(11) As luzes de eixo do caminho de circulação devem prolongar-se desde a parte rec-
devem, normalmente, ficar localizados tilínea do caminho de circulação a uma
sobre as marcas do eixo do caminho de distância constante do bordo exterior da
circulação, mas quando não for praticável, curva. As luzes devem estar espaçadas
podem estar colocados a uma distância com intervalos que forneçam uma indica-
máxima de 30cm. ção clara sobre a curva.
Luzes de eixo nos caminhos de circulação (14) Num caminho de circulação destinado a ser
Localização utilizado em, condições de visibilidade na
(12) As luzes de eixo do caminho de circulação pista (RVR) inferiores a um valor Nota 2-
num troço rectilíneo devem estar espa- Ver 22.200. f) e Figura 2.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(623)
Luzes de eixo em caminhos de saída rápida de pista em caminhos de saída que não sejam de
Localização saída rápida, devem começar no ponto
(15) As luzes de luz do eixo do caminho de em que a linha de eixo do caminho
circulação num caminho de circulação de circulação começa a fazer a curva
de saída rápida de pista devem começar separando-se do eixo da pista, devendo
num ponto situado no mínimo 60m antes acompanhar linha em curva do eixo do
do início da curva do eixo do caminho caminho de circulação, pelo menos até ao
de circulação, continuando para além do ponto em que deixa de haver pinturas na
fim da curva até um ponto, no eixo do pista. A primeira luz deve estar situada,
caminho de circulação, onde se espera que pelo menos, a 60cm de qualquer fiada
a aeronave atinja a sua velocidade normal luzes do eixo da pista, conforme indicado
de circulação. As luzess na parte paralela na Figura 31.
ao eixo da pista devem estar sempre pelo (18) As luzes devem estar espaçadas com
menos a 60m de qualquer fiada de luzes do intervalos longitudinais não superiores a
eixo da pista, conforme indicado na Figura 7,5m.
31. Luzes de eixo de caminho de circulação nas pistas Lo-
(16) As luzes devem estar espaçadas a intervalos calização
longitudinais não superiores a 15m, (19) As luzes de eixo do caminho de circulação
excepto quando não houver luzes de eixo nas pistas que fazem parte de rotas
de pista, em que pode haver um intervalo normalizadas para a circulação e se
maior, desde que não exceda os 30m. destinam à circulação em condições de
Luzes de eixo do caminho de circulação noutros visibilidade na pista inferior a 350m,
caminhos de saída Localização devem ter espaçamentos com intervalos
(17) As luzes de eixo do caminho de circulação longitudinais que não excedam 15m.
(624)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(q) Luzes de bordo do caminho de circulação (5) As luzes de bordo do caminho de circulação
Aplicação numa área de viragem (raquete de inversão)
(1) Devem existir luzes de bordo do caminho devem ter um espaçamento longitudinal
de circulação numa área de viragem uniforme que não exceda 30m.
(raquete de inversão), numa zona de (6) As luzes devem ficar o mais perto possível
espera, nas instalações destinadas a anti- dos bordos do caminho de circulação, da
congelamento/descongelamento, placas de área de viragem na pista, das posições
estacionamento, entre outras, destinadas a de espera, das instalações parta anti-
serem utilizadas de noite e nos caminhos congelamento/descongelamento, da placa
de circulação que não disponham de ou da pista, entre outras, ou fora dos
luzes de eixo de caminho de circulação referidos bordos a uma distância que não
destinados a uso nocturno. No entanto, exceda 3m.
não é necessário haver luzes do bordo Características
do caminho de circulação quando, tendo (7) As luzes de bordo do caminho de circulação
em conta o carácter das operações, se devem ser fixas, de cor azul. A visibilidade
pode conseguir uma orientação mediante destas luzes deve prolongar-se até 30º
iluminação de superfície ou outros meios. acima da horizontal e em todos os ângulos
Nota — Ver 22.240. e) relativamente a balizas do bordo de azimute necessários para orientar os
do caminho de circulação. pilotos que circulem em qualquer um dos
(2) Devem existir luzes de bordo do caminho de dois sentidos. Numa intersecção, saída de
circulação nas pistas que façam parte de pista ou curva, as luzes devem, na medida
rotas normalizadas para a circulação e se do possível, ficar protegidas de forma a
destinem a circulação nocturna, quando não serem visíveis a partir dos ângulos de
a pista não disponha de luzes de eixo de azimute para que não haja confusão com
caminho de circulação. outras luzes.
Nota — Ver em 22.273.C) as disposições relativas à (8) A intensidade das luzes de bordo do caminho
interconexão de bloqueio dos sistemas de luzes das pistas e de circulação deve ser de pelo menos 2cd
caminhos de circulação. de 0º a 6º vertical, e de 0,2cd em quaisquer
Localização ângulos entre 0º e 75º.
(3) As luzes de caminho de circulação existentes (r) Luzes na área de viragem na pista (raquete de
numa secção recta e numa pista que faça inversão)
parte de uma rota normalizada devem estar Aplicação
espaçadas com intervalos longitudinais (1) Devem existir luzes na área de viragem
uniformes que não ultrapassem 60m. Nas (raquete de inversão) que ofereçam uma
curvas, as luzes devem estar espaçadas em orientação contínua nas placas que se
intervalos inferiores a 60m, para que haja destinam a ser utilizadas em condições de
indicação clara da curva. visibilidade inferiores a 350m, permitindo
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 4 assim a uma aeronave fazer uma rotação
contém orientação sobre o espaçamento das luzes de bordo de 180° e alinhar-se com o eixo da pista.
de uma curva. (2) Sempre que possível, devem existir luzes na
(4) Nas posições de espera, as instalações área de viragem (raquete de inversão) na
destinadas ao anti-congelamento/ pista que se prevê ser utilizada durante a
descongelamento, placas de noite.
estacionamento, entre outras, as luzes de Localização
bordo do caminho de circulação devem (3) As luzes da área de viragem (raquete de
ter um espaçamento longitudinal uniforme inversão) da pista devem, normalmente,
que não exceda 60m. estar localizadas na sinalização da área
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(625)
iluminação horizontal — 20lux com uma relação de uni- e o indicador de posição de paragem
formidade (de médio a mínimo) não superior a 4:1; e devem estar localizados de modo a que
iluminação vertical — 20lux a uma altura de 2m acima haja continuidade de orientação entre
da placa de estacionamento em direcções relevantes. as pinturas da área de estacionamento
Outras áreas da placa de estacionamento: de aeronaves, as luzes de orientação
iluminação horizontal — 50% do fluxo luminoso médio para as manobras no estacionamento de
existente nos estacionamentos de aeronaves com uma razão aeronaves, se aplicável, e o sistema visual
de uniformidade (de média a mínima) não superior a 4:1. de orientação de estacionamento.
(iii) Sistema visual de orientação para (11) A precisão do sistema deve ser adequada
estacionamento de aeronaves ao tipo de passadeira telescópica e às
Aplicação instalações fixas de manutenção de
(5) Deve existir um sistema visual de orientação aeronaves em que vai ser utilizado.
para o estacionamento de aeronaves (12) Sempre que possível, o sistema deve poder
quando se pretender indicar, por meio ser utilizado por todos os tipos de aeronaves
de ajuda visual, a posição exacta de uma para que a área de estacionamento está
aeronave numa área de estacionamento prevista, de preferência sem necessidade
e quando não for possível utilizar outros de operações selectivas, em função do tipo
meios, tais como sinaleiros. de aeronave.
Nota — Os factores a considerar na avaliação da (13) Se for exigida uma operação selectiva
necessidade de um sistema visual de orientação para o para que o sistema possa ser utilizado por
estacionamento das aeronaves são, em especial, o número determinado tipo de aeronave, o sistema
e tipos de aeronaves que utilizam essa área, as condições deve indicador tanto ao seu operador
meteorológicas, o espaço disponível na placa de estaciona- como ao piloto qual o tipo de aeronave
mento e a precisão exigida na posição de parqueamento em seleccionada, para que ambos estejam
função das instalações de serviços de aeronaves, das pas- seguros de que a escolha está correcta.
sadeiras telescópicas de passageiros. O Manual de Projecto Unidade de orientação em azimute
de Aeródromos, Parte 4, Ajudas Visuais, contém orientação Localização
sobre a escolha de sistemas adequados. (14) A unidade de orientação em azimute deve
(6) As disposições deste Normativo não exigem estar localizada no prolongamento do eixo
substituição das instalações existentes do estacionamento, ou perto, de frente para
antes de 1 de Janeiro de 2005. a aeronave, para que os seus sinais sejam
Características visíveis da cabina de voo durante toda a
(7) O sistema deve fornecer orientação em manobra de estacionamento e alinhada
azimute e de paragem. para ser utilizada, pelo menos, pelo piloto
(8) A unidade de orientação em azimute e o que ocupa o lado esquerdo.
indicador de posição de paragem devem (15) Sempre que possível, a unidade de
ser adequados, em quaisquer condições orientação em azimute deve estar alinhada
meteorológicas, de visibilidade, de para que seja utilizada tanto pelo piloto
iluminação de fundo e de pavimento, que ocupa o lado esquerdo como pelo que
previstas para o sistema, tanto de dia como ocupa o lado direito.
de noite, mas sem encandear o piloto. Caracteristicas
Nota — Ao elaborar o projecto do sistema e ao proceder (16) A unidade de orientação em azimute deve
à sua instalação deve haver a preocupação de que os refle- fornecer orientação esquerda/direita,
xos da luz solar ou de outras luzes existentes nas imediações inequívoca, que permita ao piloto obter
não diminuam a claridade e a perceptibilidade das indica- e manter a linha de orientação de entrada
ções visuais fornecidas pelo sistema. sem fazer manobras excessivas.
(9) A unidade de orientação em azimute e o (17) Quando a orientação em azimute for
indicador de posição de paragem devem indicada por alteração de cor, deve ser
ser elaborados de tal modo que: utilizado o verde para identificar o eixo e
(i) O piloto disponha de uma indicação o vermelho para indicar desvios ao eixo.
clara de falha se um ou ambos Indicador de posição de paragem
falharem; e Localização
(ii) Possam ser desligados. (18) O indicador de posição de paragem
(10) A unidade de orientação em azimute deve estar colocado junto à unidade de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(631)
(ii) O modelo e tipo de aeronave para o dades máximas de circulação das aeronaves relativamente às
qual o guiamento está a ser feito; distâncias à posição de paragem.
(iii) A indicação do afastamento lateral (32) O tempo entre a determinação do
da aeronave relativamente ao eixo da afastamento lateral e a visualização
posição de estacionamento; dessa informação não deve resultar num
(iv) A direcção da correcção de azimute afastamento da aeronave, quando operada
necessária para a correcção do em condições normais, do eixo da posição
afastamento relativamente ao eixo da de estacionamento superior a 1m.
posição de estacionamento; (33) Sempre que possível, a indicação
(v) A indicação da distância até à posição do afastamento lateral da aeronave
de paragem; relativamente ao eixo da posição de
(vi) Uma indicação de que a aeronave estacionamento e a distância até à posição
atingiu a posição de paragem correcta, de paragem, ao serem visualizados, devem
e ter as precisões especificadas na Tabela 10.
(vii) Uma indicação de aviso caso a (34) Os símbolos e gráficos para visualização da
aeronave ultrapasse a posição de informação sobre o guiamento deve ser
paragem. intuitivamente representativo do tipo de
(31) O A-VGDS deve proporcionar informações informação disponibilizada.
de guiamento para todas as velocidades Nota — O recurso a cores deve ser apropriado e deve
de circulação praticáveis pelas aeronaves seguir as convenções relativas à sinalética, i.e., vermelho,
durante as manobras de estacionamento. amarelo e verde, significam respectivamente, perigo, precau-
Nota — Consultar o Manual de Projecto de Aeródromos ção e condições correctas/normais. Os efeitos dos contrastes
(Doc 9157), Parte 4, para obter indicações sobre as veloci- de cores também devem ser considerados.
(35) A informação relativa ao afastamento lateral da aeronave relativamente ao eixo da posição de estacionamento
deve ser disponibilizado, no mínimo, 25m antes da posição de paragem.
Nota — A indicação da distância da aeronave à posição de paragem pode ser codificada através de cores e apresentada
proporcionalmente à percentagem e à distância de aproximação da aeronave à posição de paragem.
(36) A percentagem e a distância à posição de paragem devem ser disponibilizadas de forma contínua a partir de,
pelo menos, 15m antes da posição de paragem.
(37) Sempre que possível, quando disponibilizada, a distância à posição de paragem deve ser visualisada em
valorem número inteiro de metros, e em metros e décimas de metro, no mínimo, nos 3m anteriores à
posição de paragem.
(38) Durante a manobra de estacionamento o A-VGDS deve dispor de meios adequados que obriguem à paragem
imediata da aeronave. Nessas situações, que incluem a falha do A-VGDS, nenhuma outra informação deve
ser visualizada.
(39) A informação de necessidade de paragem imediata durante a manobra de estacionamento deve ser
disponibilizada ao pessoal responsável pela segurança operacional da posição de estacionamento.
(40) Sempre que possível, a palavra “STOP” em caracteres vermelhos deve ser visualizada quando se
consubstancia a necessidade de uma cessação imediata da manobra de estacionamento.
(i) Luzes para orientação da manobra de estacionamento de aeronaves
Aplicação
(41) Sempre que possível, devem existir luzes para orientação da manobra de estacionamento de aeronaves
para facilitar o posicionamento das aeronaves numa área de estacionamento numa placa pavimentada ou
numa instalação para anti-congelamento/descongelamento destinada a ser utilizada em más condições de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(633)
frangíveis. Os que ficam situados perto de (6) As inscrições dos sinais verticais devem
uma pista ou de um caminho de circulação cumprir o disposto no Apêndice 4.
devem ser suficientemente baixos de (7) Os painéis devem estar iluminados de
forma a deixarem espaço livre para os acordo com as disposições constantes
hélices e para a carnagem dos motores das do Apêndice 4, quando se prevê serem
aeronaves a jacto. A altura do sinal vertical utilizados nos seguintes casos:
não deve exceder a dimensão indicada na (i) Em condições de visibilidade na pista
coluna correspondente da Tabela 11. inferiores a um valor da ordem dos
(4) Os painéis devem ser rectangulares, conforme 800m; ou
indicado nas Figuras 34 e 35, sendo o lado (ii) Durante a noite, em pistas de voos por
maior horizontal. instrumentos; ou
(5) Os únicos sinais verticais da área de (iii) Durante a noite, em pistas de voo
movimentos de cor vermelha devem ser visual, cujo número de código seja 3
os que contêm instruções obrigatórias. ou 4.
(8) Os painéis devem ser reflectores ou estar apresentar qualquer inscrição na placa da
iluminados em conformidade com as frente.
disposições constantes do Apêndice 4, (10) Os painéis com inscrições variáveis devem
quando se prevê a sua utilização durante a ser fiáveis em caso de falha, isto é, caso
noite em pista de voo visual cujo número ocorra uma avaria não devem fornecer
de código for 1 ou 2. informações que possam induzir um piloto
(9) Os painéis com inscrições variáveis, quando ou o condutor de um veículo em erro,
não estiverem a ser utilizados, não devem efectuando uma manobra perigosa.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(635)
(11) O espaço de tempo para mudar de uma Nota — Ver na Figura34 a representação gráfica dos
inscrição para outra deve ser o mais curto painéis de instruções obrigatórias e na Figura 36 exemplos
possível, não devendo exceder 5 segundos. de colocação de painéis nos cruzamentos do caminho de
(b) Painéis de instrução obrigatória circulação/pista.
(636)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(637)
(638)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
sempre que possível, no lado esquerdo do (21) Quando se colocam conjuntamente painéis
caminho de circulação, em conformidade de localização de caminho de circulação
com a Tabela 10. com painéis de designação de pista, os
(15) No cruzamento entre caminhos de primeiros devem ficar junto ao painel de
circulação, os painéis de informação pista, do lado mais afastado em relação ao
devem ficar colocados antes do caminho de circulação
cruzamento e na mesma linha que a (22) Normalmente, os painéis de destino não
pintura de cruzamento de caminhos de devem ser colocados junto de painéis de
circulação. Quando não houver pintura de localização ou de direcção.
cruzamento de caminhos de circulação, os (23) Os painéis de informação que não sejam de
sinais devem ficar colocados no mínimo localização não devem ser colocados junto
a 60m do eixo do caminho de circulação de painéis com instruções obrigatórias.
intersectado, quando o número de código (24) Os painéis de direcção, as barreiras ou
for 3 ou 4 e no mínimo a 40m, quando o outras ajudas visuais utilizadas para
número de código for 1 ou 2. identificar um cruzamento em “T” devem
Nota — Os painéis de localização instalados para além ser colocados no lado oposto ao do
do cruzamento do caminho de circulação podem ficar em cruzamento, de frente para o caminho de
qualquer um dos lados do caminho de circulação. circulação.
(16) Os painéis de saída de pista devem ficar Características
do mesmo lado da pista que a saída (isto (25) Os painéis de informação, que não os de
é, à esquerda ou à direita) devendo a sua localização, devem consistir em inscrições
localização obedecerão estipulado na a negro em fundo amarelo.
Tabela 10. (26) Os painéis de localização devem apresentar
(17) Os painéis de saída de pista devem ser uma inscrição amarela sobre fundo negro.
colocados antes da posição de saída da Quando utilizados individualmente devem
pista, a uma distância mínima de 60m do apresentar também uma bordadura em
ponto de tangência, quando o número de amarelo.
código for 3 ou 4 e a 30m, no mínimo, (27) A inscrição de um painel de saída de pista
quando o número de código for 1 ou 2. deve compreender o indicativo do caminho
(18) Devem ser colocados painéis de pista livre de saída de pista e uma seta indicando a
pelo menos num dos lados do caminho de direcção a seguir.
circulação. A distância entre o painel e o (28) A inscrição existente num painel que indica
eixo da pista não deve ser inferior ao mais de pista deve reproduzir as marcas de
elevado dos dois valores abaixo indicados: posição de espera antes da pista, de acordo
(i) A distância entre o eixo da pista e o com a configuração A, indicada na Figura
perímetro da zona crítica/sensível ILS/ 35.
MLS; ou (29) A inscrição existente num painel indicador
(ii) A distância entre o eixo da pista e o de descolagem a partir de um cruzamento
bordo inferior da superfície interior de deve incluir uma mensagem numérica
transição. indicando a distância útil de descolagem,
(19) Quando se colocam conjuntamente painéis em metros, além de uma seta colocada e
de localização de caminho de circulação orientada de forma adequada, indicando a
com painéis de pista livre, os primeiros direcção e de descolagem, de acordo com
devem ficar junto ao painel de pista livre, o desenho da Figura 35.
do lado mais afastado em relação ao (30) A inscrição existente num painel de destino
caminho de circulação. deve incluir uma mensagem alfabética,
(20) O painel de descolagem a partir de um alfanumérica ou numérica identificando
cruzamento deve ficar colocado do lado o destino, acompanhada de uma seta
esquerdo do caminho de circulação de indicando a direcção a seguir, conforme
entrada na pista. A distância entre o painel apresentado na Figura 35.
e o eixo da pista não deve ser inferior a (31) A inscrição existente num painel de destino
60m quando o número de código for 3 ou deve incluir uma mensagem alfabética,
4 e nunca inferior a 45m quando o número alfanumérica ou numérica identificando
de código for 1 ou 2. o(s) caminho(s) de circulação,
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(641)
medida do possível, em todos os ângulos (4) A cor escolhida para o painel deve realçar
acima da horizontal. adequadamente quando vista contra a cor
Características de fundo.
(3) O painel de identificação do aeródromo deve (5) Os caracteres devem ter, no mínimo, 3m de
consistir no nome do aeródromo. altura.
PARTE L: Ajudas Visuais para Assinalar Obstáculos obstáculo estiver iluminado de dia por
22.250 Objectos que devem ser Assinalados ou Ilumi- luzes de obstáculos de intensidade média,
nados Tipo A, e a sua altura acima do nível da
Nota — A sinalização ou iluminação dos obstáculos superfície adjacente não seja superior a
destina-se a reduzir os riscos para as aeronaves indicando 150m;
a presença dos Obstáculos, mas não reduz necessariamente
(3) A sinalização pode ser omitida quando o
as limitações de operação que possam ser impostas por um
obstáculo estiver iluminado de dia por
obstáculo.
luzes de alta intensidade; e
(a) Qualquer obstáculo fixo que perfure uma
(4) A iluminação pode ser omitida se o obstáculo
superfície de subida à descolagem, nos 3 000m
for um farol e um estudo aeronáutico
a partir do bordo interior deve ser assinalado e
iluminado se a pista for utilizada à noite, excepto demonstrar que a luz emitida é suficiente.
os casos em que: (d) Qualquer objecto fixo que perfure uma superfície
(1) A sinalização e a iluminação podem ser horizontal deve ser assinalado e, se o aeródromo
omitidas, caso o objecto esteja protegido for utilizado de noite, também iluminado,
por outro obstáculo fixo; excepto os casos em que:
(2) A sinalização pode ser omitida, caso o (1) A sinalização e a iluminação podem ser
obstáculo esteja iluminado de dia por omitidas quando:
luzes de obstáculos de intensidade média (iii) O obstáculo estiver protegido por
Tipo A, e a sua altura acima do nível da outro obstáculo fixo; ou
superfície adjacente não seja superior a (iv) Se trate de um circuito que esteja
150m; largamente obstruído por objectos
(3) A sinalização pode ser omitida, caso o
imóveis ou por terreno, e tiverem sido
obstáculo esteja iluminado de dia por
estabelecidos procedimentos para
luzes de alta intensidade; e
garantir um espaço seguro na vertical
(4) A iluminação pode ser omitida se o objecto
for um farol e um estudo aeronáutico tenha abaixo dos perfis dos voos prescritos;
demonstrado que a luz emitida pelo farol ou
é suficiente. (v) Um estudo aeronáutico demonstrar que
(b) Qualquer objecto fixo, que não seja um obstáculo, o obstáculo não tem significado para
perto de uma superfície de subida à descolagem, as operações;
deve ser assinalado e, se a pista for utilizada (2) A sinalização pode ser omitida quando o
à noite, iluminado, se se considerar que tal obstáculo estiver iluminado de dia por
sinalização e iluminação são necessárias para luzes de obstáculos de intensidade média,
evitar riscos de colisão. No entanto, essa Tipo A, e a sua altura acima do nível da
sinalização pode ser omitida quando: superfície adjacente não seja superior a
(1) O objecto estiver iluminado de dia por 150m;
luzes de obstáculos de intensidade média, (3) A sinalização pode ser omitida quando o
tipo A, e a sua altura acima do nível da obstáculo estiver iluminado de dia por
superfície adjacente não seja superior a 1 luzes de alta intensidade;
50m; ou (4) A iluminação pode ser omitida se o obstáculo
(2) O objecto estiver iluminado de dia por luzes for um farol e um estudo aeronáutico
de obstáculos de alta intensidade. demonstrar que a luz que emite é suficiente.
(c) Qualquer obstáculo fixo que perfure uma (e) Cada um dos obstáculos fixos que perfurem a
superfície de aproximação ou de transição nos superfície de protecção de obstáculos deve ser
3000m medidos a partir do bordo interior da assinalado e ainda iluminado, caso a pista seja
superfície de aproximação deve ser assinalado e utilizada de noite.
ainda iluminado se a pista for utilizada à noite, Nota — Verem 22. 235. e) informações sobre de protec-
excepto os casos em que: ção de obstáculos.
(1) A sinalização e a iluminação podem ser (f) Os veículos e outros objectos móveis, excluindo
omitidas, caso o obstáculo esteja protegido as aeronaves, que se encontrem na zona de
por outro obstáculo fixo; movimento de um aeródromo constituem
(2) A sinalização pode ser omitida quando o obstáculos. Logo, devem estar assinalados e
(646)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
iluminados caso os veículos e o aeródromo (b) Todos os objectos móveis considerados obstáculos,
sejam utilizados à noite ou em condições de devem ser assinalados, por meio de coloração ou
má visibilidade. O equipamento e os veículos bandeiras.
de manutenção das aeronaves que são apenas Utilização de cores
utilizados nas placas de estacionamento, podem (c) Sempre que possível, qualquer objecto deve
ser eximidos desta obrigatoriedade. ser pintado com desenho em xadrez se tiver
(g) As luzes aeronáuticas elevadas existentes na zona essencialmente superfícies contínuas e se
de movimento devem ser assinaladas de forma a respectiva projecção em qualquer plano
a serem bem visíveis durante o dia. Na zona de vertical for igual ou superior a 4,5m em ambas
movimento não devem ser instaladas luzes de as dimensões. O desenho deve consistir em
obstáculos em luzes elevadas de superfície nem rectângulos de dimensão não inferior a 1,5m
sinais. e não superior a 3m de lado, com os vértices
(h) Todos os obstáculos existentes dentro das da cor mais escura. As cores devem ser
distâncias especificadas na Tabela 3, colunas 11 contrastantes entre si e em relação ao fundo.
ou 12 medidas a partir do eixo de um caminho Deve ser utilizado o cor de laranja e o branco,
de circulação, de um caminho de acesso à ou o vermelho e o branco, excepto quando essas
área de estacionamento das aeronaves, devem cores se confundam com o fundo (Ver Figura
ser assinalados e iluminados se o caminho de 40).
circulação ou alguns dos caminhos de acesso (d) Sempre que possível, qualquer objecto deve
forem utilizados de noite. ser pintado de forma a apresentar faixas
(i) Sempre que possível, todos os obstáculos contrastantes alternadas se:
mencionados em 22.225.b) devem ser (i) Tiver superfícies praticamente
assinalados e iluminados, embora se possa contínuas e uma das dimensões,
prescindir da sinalização quando o obstáculo horizontal ou vertical, for superior a
estiver iluminado de dia por luzes de obstáculos 1,5m e a outra, horizontal ou vertical,
de alta intensidade. inferior a 4,5m
(j) Sempre que possível, devem ser objecto de (ii) For uma estrutura de tipo triangular
sinalização e iluminação as linhas e cabos com, uma das dimensões, horizontal
eléctricos aéreos, etc. que atravessem um rio, ou vertical, superior a 1,5m.
um vale ou uma auto-estrada e as respectivas As faixas devem ser perpendiculares à dimensão
torres de apoio, se um estudo aeronáutico indicar maior e ter uma largura igual a 1/7 da dimensão
que as linhas ou cabos eléctricos constituem maior ou 30m, prevalecendo o valor menor. As
um risco para as aeronaves. No entanto, pode cores das faixas devem contrastar com o fundo
prescindir-se da sinalização dessas torres quando contra o qual são vistas. Deve ser utilizado o
estas estiverem iluminadas, durante o dia, por cor de laranja e o branco, excepto quando essas
luzes de obstáculos de alta intensidade. cores não sobressaírem contra o fundo. As faixas
(k) Quando tiver sido decidido que uma linha ou nas extremidades do objecto devem ser da cor
um cabo eléctrico aéreo necessitam de ser mais escura. (Ver Figuras 40 e 41).
assinalados mas não seja praticável instalar Nota — A Tabela 12 contém uma fórmula para deter-
balizas na mesma linha ou cabo, devem ser minar as larguras das faixas e obter um número ímpar de
colocadas luzes de obstáculos de alta intensidade faixas, permitindo assim que tanto a faixa superior como a
Tipo B, nas torres de apoio. inferior sejam da cor mais escura.
22.253 Sinalização de Objectos (e) Sempre que possível, qualquer objecto deve ser
Generalidades pintado a uma só cor de realce se a sua projecção
(a) Sempre que possível, todos os objectos fixos em qualquer plano vertical tiver ambas as
devem ser indicados por um desenho em xadrez dimensões inferiores a 1,5m. Deve utilizar-se o
colorido. Nessa impossibilidade, devem ser cor de laranja ou o vermelho, excepto quando
colocadas bandeiras ou balizas nos próprios essas cores se possam confundir com o fundo.
obstáculos ou acima deles. Tal sinalização não Nota — Nalguns fundos, pode ser necessário utilizar
se aplica aos objectos que, pela sua forma, outra cor diferente do laranja ou do branco, para que o con-
dimensão ou cor, são suficientemente visíveis. traste seja mais relevante.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(647)
(f) Quando se utilizam cores para assinalar objectos para os veículos de emergência e amarelo para
móveis deve ser escolhida uma cor bem visível, os veículos de manutenção.
de preferência vermelho ou verde amarelado
(h) As balizas que forem colocadas nas linhas aumentando progressivamente até um
eléctricas aéreas, cabos de alta tensão, etc., máximo de:
devem ser esféricas e possuir um diâmetro não (3) 40m para balizas com um mínimo de 130cm
inferior a 60cm. de diâmetro.
(i) O intervalo entre duas balizas consecutivas ou Quando se trata de linhas eléctricas, cabos
entre uma baliza e uma torre de apoio deve múltiplos, etc. as balizas não devem ser
respeitar o diâmetro da baliza e, em caso algum, colocadas a um nível inferior ao do cabo
exceder: mais elevado no ponto assinalado.
(1) 30m no caso de balizas com 60cm de (j) Sempre que possível as balizas devem ter uma
diâmetro, aumentando progressivamente só cor. Quando se colocam balizas de cores
com a medida do diâmetro da baliza até: branca e vermelha ou branca e laranja, devem
(2) 35m para balizas de 80cm de diâmetro,
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(649)
ser alternadas. A cor escolhida deve contrastar um aviso prévio especial, devem ser utilizadas
com o fundo. luzes de indicação de obstáculos de média ou
Utilização de bandeiras alta intensidade.
(k) As bandeiras utilizadas para assinalar objectos (d) Devem ser colocadas luzes de indicação de
devem ser colocadas em torno dos mesmos, na obstáculos de baixa intensidade, Tipo C, nos
parte superior ou em volta do bordo mais alto. veículos e outros objectos móveis, exceptuando
Quando se utilizarem bandeiras para assinalar as aeronaves.
objectos mais extensos ou agrupados, devem (e) Os veículos que acompanham as aeronaves devem
ser colocadas de 15 em 15m. As bandeiras estar equipados com luzes de indicação de
não devem aumentar o risco que os objectos obstáculos de baixa intensidade, tipo D.
assinalados constituem. (f) Sempre que possível, devem ser utilizadas luzes
(l) As bandeiras utilizadas para assinalar objectos de indicação de obstáculos de baixa intensidade,
fixos devem consistir em quadrados com pelo tipo B, em exclusivo ou combinadas com luzes
menos 0,6m de lado e as utilizadas para assinalar de indicação de obstáculos de intensidade
objectos móveis devem consistir em quadrados média, Tipo B, em conformidade com o disposto
com, no mínimo, 0,9m de lado. em 22.255.g).
(m) Sempre que possível, as bandeiras utilizadas para (g) Sempre que possível, devem ser utilizadas luzes
assinalar objectos devem ser cor de laranja ou de indicação de obstáculos de intensidade
formadas por duas secções triangulares, uma cor média, Tipos A, B ou C, se o objecto for
de laranja e outra branca. No entanto, se estas extenso ou se a altura acima do nível do terreno
cores se confundirem com o fundo, devem ser envolvente for superior a 45m. As luzes de
usadas outras que sejam bem visíveis. indicação de obstáculos de intensidade média,
(n) As bandeiras utilizadas para assinalar objectos Tipos A e C, devem ser utilizadas em exclusivo,
móveis devem formar um desenho em xadrez ao passo que as luzes de indicação de obstáculos
com quadrados que tenham, no mínimo, 0,3m de intensidade média, Tipo B, devem ser
de lado. As cores dos quadrados devem ser utilizadas em exclusivo combinadas com luzes
contrastantes entre si e em relação ao fundo onde de indicação de obstáculos de baixa intensidade,
estão inseridas. Deve ser utilizado o laranja e o Tipo B.
branco ou vermelho e branco, excepto quando Nota — Um conjunto de árvores ou de edifícios é consi-
haja possibilidade de estas cores se confundirem derado um objecto extenso.
com o fundo. (h) Sempre que possível, devem ser utilizadas luzes
22.255 Iluminação de Objectos de indicação de obstáculos., tipo A, para indicar
Utilização de luzes de obstáculos a presença de um objecto cuja altura acima do
(a) A presença de objectos que devem ser iluminados, nível do terreno envolvente exceder 150m e
tal como indicado em 6.1, deve ser feita quando estudos aeronáuticos determinem que
através de luzes de indicação de obstáculos de essas luzes são essenciais para reconhecer o
baixa, média ou alta intensidade, ou com uma objecto durante o dia.
combinação de luzes com estas intensidades. (i) Sempre que possível, devem ser utilizadas luzes de
Nota — As luzes de indicação de obstáculos de alta indicação de obstáculos de intensidade elevada,
intensidade destinam-se a ser utilizadas tanto de dia como tipo B, para indicar a presença de uma torre
de noite. É necessário haver cuidado para que essas luzes de suporte de linhas ou cabos eléctricos, etc.
não provoquem encandeamento. O Manual de Projecto de quando:
Aeródromos, Parte 4, contém orientação sobre o projecto, (1) um estudo aeronáutico indique que essas
localização e funcionamento das luzes de indicação de obs- luzes são essenciais para o reconhecimento
táculos de alta intensidade. da presença de linhas ou cabos eléctricos,
(b) Sempre que possível, devem ser utilizadas luzes etc.; ou
de indicação de obstáculos de baixa intensidade, (2) não se considere conveniente colocar balizas
tipo A ou tipo B, quando o objecto for menor e nos fios, cabos, etc.
a altura acima do terreno envolvente for inferior (j) Quando o INAVIC entender que a utilização
a 45 metros. nocturna de luzes de indicação de obstáculos
(c) Sempre que possível, quando a utilização de luzes de elevada intensidade, tipo A ou B, ou luzes
de indicação de obstáculos de baixa intensidade, de indicação de obstáculos de intensidade
tipo A ou tipo B, for inadequada ou for necessário média, tipo A, podem encandear os pilotos
(650)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
nas imediações do aeródromo (num raio de durante o dia por luzes de indicação
aproximadamente 10 000m) ou constituir de obstáculos de alta intensidade com
impactes ambientais significativos, deve ser uma instalação, como uma antena ou
instalado um sistema duplo de iluminação de uma vareta, superior a 12m, onde não
obstáculos. Este sistema deve ser constituído é praticável colocar no topo uma luz de
por luzes de indicação de obstáculos de alta indicação de obstáculos de alta intensidade,
intensidade, tipo A ou B, ou luzes de indicação essa luz deve ser colocada no ponto mais
de obstáculos de média intensidade, tipo A, alto possível e deve ser montado no topo
conforme se aplique a uso diurno ou crepuscular, de uma luz de indicação de obstáculos de
e luzes de indicação de obstáculos de média média intensidade, tipo A.
intensidade, tipo B ou C, para uso nocturno. (n) No caso de um objecto extenso ou de um conjunto
Localização das luzes de indicação de obstáculos de objectos pouco espaçados, as luzes do topo
Nota — O Apêndice 6 contém recomendações sobre a devem estar dispostas nos pontos ou bordos mais
forma de dispor nos obstáculos uma combinação de luzes de altos dos objectos mais elevados em relação à
baixa, média ou alta intensidade. superfície limitativa de obstáculos, de modo a
(k) Uma ou mais luzes de indicação de indicar a forma e a extensão dos objectos. Se o
obstáculos de baixa, média ou alta objecto apresentar dois ou mais bordos com a
intensidade devem estar localizadas o mesma altura, deve ser assinalado o que estiver
mais perto possível do topo do objecto. As mais próximo da área de aterragem. Quando se
luzes superiores devem estar dispostas de
utilizam luzes de baixa intensidade estas devem
forma a que se identifiquem, no mínimo,
ser colocadas com intervalos longitudinais que
os pontos ou bordos mais elevados do
não excedam 45m. Quando se utilizam luzes de
objecto em relação à superfície limitativa
média intensidade, os intervalos longitudinais
de obstáculos.
(I) No caso de chaminés ou outras estruturas não devem exceder 900m.
de função semelhante, as luzes da parte (o) Quando a superfície limitativa de obstáculos
superior devem ser colocadas a uma em causa for inclinada e o ponto mais alto do
distância suficiente da cúspide, para objecto que perfure esta superfície não seja o
minimizar a contaminação provocada ponto mais elevado do referido objecto, devem
pelos fumos, etc. (Ver Figuras 41 e 43). ser colocadas luzes de indicação de obstáculos
(m) No caso de torres ou antenas sinalizadas suplementares na parte mais elevada do objecto.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(651)
(p) Se um objecto for assinalado por luzes de indicação vizinhos, conforme o caso. Este espaçamento
de obstáculos de média intensidade, tipo A, e a não deve exceder 52m.
parte superior do mesmo estiver a mais de 105m (s) Quando se utilizarem luzes de indicação de
do nível do terreno envolvente ou da altura a que obstáculos de alta intensidade, Tipo A, estas
se encontra a parte superior de edifícios próximos devem ter espaçamentos uniformes que não
(quando o objecto que deve ser sinalizado esteja excedam os 105m entre o nível do solo e as luzes
rodeado de edifícios) devem ser colocadas superiores, conforme previsto no ponto 6.3.11,
luzes suplementares a níveis intermédios. Estas excepto se o objecto a sinalizar estiver rodeado
luzes suplementares intermédias devem ter um de edifícios. Neste caso pode utilizar-se a altura
espaçamento tão uniforme quanto possível entre da parte superior dos edifícios como equivalente
as luzes superiores e o nível do solo ou entre ao nível do solo, para determinar o número de
as luzes superiores e o nível da parte superior níveis de luz.
dos edifícios vizinhos, conforme o caso, mas (t) Quando forem utilizadas luzes de indicação de
com uma separação que não exceda 105m (ver obstáculos de alta intensidade, Tipo B, devem
22.255.g)). ficar situadas a três níveis:
(q) Se um objecto estiver assinalado por luzes de na parte superior das torres;
indicação de obstáculos de intensidade média, ao nível mais baixo da catenária das linhas ou cabos
Tipo B, e a parte superior do mesmo estiver a eléctricos das torres; e
mais de 45m do nível do terreno envolvente a um nível aproximadamente equidistante entre os
ou sobre a elevação a que se encontram os dois níveis anteriores.
extremos superiores dos edifícios vizinhos Nota — Nalguns casos, esta disposição pode exigir que
(quando o objecto a ser sinalizado estiver as luzes sejam colocadas fora das torres.
rodeado de edifícios) devem ser colocadas (u) Sempre que possível, os ângulos de regulação da
luzes suplementares a níveis intermédios. Estas instalação das luzes de indicação de obstáculos
luzes intermédias devem ser alternadas com de alta intensidade, Tipos A e B, devem obedecer
luzes de baixa intensidade, Tipo B, e de média ao indicado na Tabela 13.
intensidade, Tipo B, dispostas com espaçamentos (v) O número e a disposição das luzes de baixa,
tanto quanto possível iguais entre a luz colocada média ou alta intensidade em cada um dos níveis
no topo do objecto e o nível do solo ou o nível do balizados devem ser tais que o objecto fique
topo dos edifícios vizinhos, conforme o caso. O assinalado em todos os ângulos do azimute. Se
espaçamento entre estas luzes não deve exceder alguma luz ficar oculta em qualquer direcção por
52m. uma parte do objecto ou por um objecto adjacente,
(r) Se um objecto for assinalado por luzes de indicação devem ser instaladas luzes suplementares sobre
de obstáculos de média intensidade, Tipo C, e esse objecto, a fim de respeitar o perfil geral do
a parte superior do mesmo se encontrar a mais objecto a assinalar. Pode omitir-se a luz oculta
de 45m acima do nível do terreno envolvente se esta não contribuir para a visualização desse
ou do topo dos edifícios vizinhos (quando o objecto.
objecto a assinalar estiver rodeado de edifícios) Luzes de indicação de obstáculos de baixa intensi-
devem ser instaladas luzes suplementares a dade — Características
níveis intermédios. O espaçamento entre estas (w) As luzes de indicação de obstáculos de baixa
luzes suplementares deve ser o mais uniforme intensidade existentes sobre objectos fixos
possível entre a luz colocada no topo do objecto devem consistir em luzes fixas vermelhas, Tipos
e o nível do solo ou o nível do topo dos edifícios A e B.
(652)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(x) As luzes de indicação de obstáculos de baixa (ii) Os clarões das luzes de indicação de obstáculos de
intensidade, tipos A e B, devem cumprir os alta intensidade, Tipo A, colocadas em objectos,
requisitos constantes da Tabela 14. devem ser simultâneos.
(y) As luzes de indicação de obstáculos de baixa (jj) Sempre que possível, os clarões das luzes de
intensidade, Tipo C, colocadas em veículos de indicação de obstáculos de alta intensidade,
emergência ou segurança devem consistir em Tipo B, que indicam a presença de uma torre
luzes de clarões, de cor azul, ao passo que as de suporte de linhas eléctricas elevadas, cabos
existentes nos outros veículos devem ser de cor suspensos, etc. devem ser sucessivos; o primeiro
amarela. clarão será de luz intermédia; a seguir a luz
(z) As luzes de indicação de obstáculos de baixa superior e por fim a luz inferior. O intervalo entre
intensidade, Tipo D, existentes nos veículos que os clarões das luzes deve ser aproximadamente o
acompanham as aeronaves devem ser de clarões indicado a seguir:
de cor amarela. Intervalo entre clarões entre Fracções do período do
(aa) As luzes de indicação de obstáculos de baixa ciclo
intensidade, Tipos C e D, devem obedecer aos Luz intermédia e luz superior 1/13
requisitos constantes da Figura 42. Luz superior e luz inferior 2/13
(bb) As luzes de indicação de obstáculos de Luz inferior e luz intermédia 10/13
baixa intensidade colocadas em objectos de 22.257 TURBINAS EÓLICAS - AEROGERA-
mobilidade limitada, tais como passarelas DORES
telescópicas, devem ser luzes fixas de cor
(a) Um aerogerador deve ser pintado e/ou iluminado
vermelha. A intensidade das luzes deve ser
se for considerado um obstáculo.
suficiente para garantir que os obstáculos sejam
Nota -Ver 22..225.a) e 22..225.b).
notórios considerando a intensidade das luzes
Pinturas
adjacentes e o nível geral de iluminação em
(b) As pás do rotor, a carlinga e os 2/3 superiores do
relação ao observador.
Nota — Em relação às luzes que devem ser utilizadas mastro de suporte do aerogerador devem ser
nas aeronaves, ver Anexo 2 pintadas de branco, a não ser que um estudo
(cc) As luzes de indicação de obstáculos de baixa aeronáutico indique que não.
intensidade colocadas sobre objectos de Iluminação
mobilidade limitada devem cumprir os requisitos (c) Quando se considera necessária a iluminação,
especificados para as luzes de indicação de devem ser utilizadas luzes de média intensidade.
obstáculos de baixa intensidade, Tipo A, que No caso de um parque eólico, i. e, um grupo de
figuram na Tabela 14. dois ou mais aerogeradores, o mesmo deve ser
Luzes de indicação de obstáculos de média intensi- tido como um objecto extenso e as luzes devem
dade Características ser instaladas:
(dd) As luzes de indicação de obstáculos de média (1) Para identificar o perímetro do parque eólico;
intensidade, Tipo A, devem ser de cor branca, de (2) Respeitando o espaçamento máximo, de
clarões, devendo as do Tipo B ser vermelhas de acordo com 6.3.14, entre luzes ao longo
clarões, e as do Tipo C vermelhas fixas. do perímetro, a não ser que um estudo
(ee) As luzes de indicação de obstáculos de média
específico indique que um espaçamento
intensidade, Tipos A, B e C devem cumprir os
maior pode ser utilizado;
requisitos especificados na Tabela 14.
(3) De modo que, quando clarões forem
(ff) Os clarões das luzes de indicação de obstáculos de
utilizados, eles sejam simultâneos; e
média intensidade, Tipos A e B, instaladas num
(4) De modo que, dentro de um parque eólico,
objecto, devem ser simultâneos.
Luzes de indicação de obstáculos de alta intensidade qualquer aerogerador de significativamente
Características maior altura também seja identificado,
(gg) As luzes de indicação de obstáculos de alta onde quer que esteja localizado.
intensidade, Tipos A e B devem consistir em (d) Sempre que possível, devem ser instaladas
luzes brancas de clarões. luzes na carlinga do aerogerador de forma a
(hh) As luzes de indicação de obstáculos de alta disponibilizar uma visualização do mesmo por
intensidade, tipos A e B devem cumprir os parte de qualquer aeronave, qualquer que seja a
requisitos especificados na Tabela 14. sua direcção de aproximação.
Tabela 14 Caracteriísticas das luzes de obstáculos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Intensidade máxima
Tipo de Difusão Intensidade (cd) com ângulos de elevação dados quando o foco luminoso está
Tipo de luz Cor (cd) com determinada
sinal mínima ao mesmo nível
luminosidade de
(obstáculo
Intensidade média Clarões 2 000 (b) 3ºmi 50% min 100%
Branco 20 000 (h) 20 000 (h) 3% max - -
Tipo A (20-60 + 25% n 75% max min
Intensidade média Clarões 2 000 (b) 3ºmi 50% min 100%
Vermelho N/A N/A - - -
Tipo B (20-60 + 25% n 75% max min
Intensidade média 2 000 (b) 3ºmi 50% min 100%
Vermelho Fixo N/A N/A - - -
Tipo C + 25% n 75% max min
Intensidade elevada Clarões 20 000 2 000 (b) 50% min 100%
Branco 20 000(h) 3º-7º 3% max - -
Tipo A (40-60 (h) + 25% 75% max min
Intensidade elevada Clarões 20 000 2 000 (b) 50% min 100%
Branco 100 000(h) 3º-7º 3% max - -
Tipo B (40-60 c (h) + 25% 75% max min
Nota — Na presente Tabela inclui-se a abertura do feixe horizontal. O ponto 22.255.hh) exige uma cobertura de 360° em torno do obstáculo. Logo, o número de luzes exigido
para satisfazer este requisito depende da abertura horizontal do feixe de cada uma das luzes e do formato do obstáculo. Assim, quanto maior for a abertura do feixe, mais luzes
são necessárias.
Ver 22.255.y).
Intensidade real, determinada de acordo com o Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 4.
A abertura do feixe é definida como o ângulo entre duas direcções num plano para o qual a intensidade é igual a 50% do valor de tolerância mais baixo da intensidade indi-
cada nas colunas 4, 5 e 6. A configuração do feixe não é necessariamente simétrica em torno do ângulo em, torno do ângulo de elevação em que ocorre a intensidade máxima.
Para os ângulos de elevação (verticais) toma-se como referência a horizontal.
Intensidade em qualquer radial horizontal como percentagem da intensidade máxima real no mesmo radial quando funciona nas intensidades indicadas nas colunas 4, 5 e 6.
Intensidade em qualquer radial horizontal como percentagem do valor de tolerância mais baixa da intensidade indicada nas colunas 4,5 e 6.
Além dos valores indicados, a intensidade das luzes deve ser suficiente para garantir a perceptibilidade em ângulos com uma elevação compreendida entre ± 0º e 50º.
A intensidade máxima deve ficar a uns 2,5° na vertical.
4704(653)
A intensidade máxima deve ficar a uns 17° na vertical. cpm clarões por minuto; N/A - não aplicável
(654)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Características
Parte M Ajudas Visuais para Assinalar Áreas de uso (d) A pintura do sinal de área encerrada deve ter
Restrito a forma e as proporções especificadas na
22.260 Pistas e Caminhos de Circulação total ou Par- ilustração a) da Figura 43 caso se encontre na
cialmente Encerrados pista e a forma e as proporções especificadas na
Aplicação ilustração b) da Figura 43 se estiver no caminho
(a) Deve ser sinalizada uma área encerrada na pista de circulação. A cor da pintura do sinal da pista
ou no caminho de circulação, ou parte, caso deve ser branca e o do caminho de circulação
estes se encontrem permanentemente encerrados amarela.
ao acesso de aeronaves. Nota — Quando uma área estiver temporariamente
(b) Sempre que possível, deve sinalizada uma área encerrada podem ser utilizadas barreiras frangiveis, ou uma
encerrada numa pista ou caminho de circulação, indicação feita de um material que não seja tinta sobre a
ou parte da pista ou do caminho de circulação superfície ou ainda outros meios adequados.
que estejam temporariamente encerrados. No (e) Quando uma pista ou caminho de circulação
entanto esta sinalização pode ser omitida caso o ou parte deles estiverem encerrados de forma
encerramento seja de curta duração e os serviços permanente, todas as indicações normais de
pista e de caminho de circulação devem ser
de tráfego aéreo providenciem os necessários
suprimidas.
avisos.
(f) A iluminação de uma pista ou caminho de circulação
Localização
ou parte que se encontrem encerrados, não deve
(c) Deve ser pintado um sinal de área encerrada em
estar ligada, excepto se necessário para efeitos
cada extremidade da pista ou parte da pista de manutenção.
declarada encerrada. Devem ser ainda pintados (g) Além das pinturas de encerrado, quando a pista
sinais suplementares de modo a que o intervalo ou o caminho de circulação ou parte que esteja
máximo entre dois sinais sucessivos não exceda encerrada for interceptada por uma pista ou
300m. Num caminho de circulação deve ser caminho de circulação em serviço e que sejam
pintado um sinal de área encerrada pelo menos utilizados à noite, devem ser colocadas luzes de
em cada extremidade do caminho de circulação indicação de fora de serviço na entrada da área
ou nas extremidades da parte que estiver encerrada, com intervalos que não excedam 3m
encerrada. (ver 22.267.d)).
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(655)
2.263 Superfícies sem Capacidade de Carga. de 15cm, pintadas da mesma cor que as linhas de
Aplicação eixo do caminho de circulação (amarelo).
(a) Quando as bermas dos caminhos de circulação, Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte
das áreas de viragem (raquetes de inversão), das 4, contém orientação sobre faixas transversais suplementa-
zonas de espera das placas de estacionamento e res num cruzamento, numa curva ou numa pequena área da
outras superfícies sem resistência para suportar placa de estacionamento.
cargas que não se distingam facilmente das 22.265 Área da Pré-Soleira
superfícies com capacidade de carga e que, se Aplicação
utilizadas pelas aeronaves, podem causar-lhes (a) Quando a superfície antes da soleira estiver
danos, devem os limites dessas superfícies ser
pavimentada e exceder 60m de comprimento,
bem assinalados com através da pintura de
e não for adequada para à operação normal de
uma linha de bordo entre essas superfícies e o
aeronaves, todo o comprimento que precede a
pavimento com capacidade de carga.
soleira deve estar assinalado com pinturas em
Nota — A pintura da linha de bordo de pista está especi-
forma de pontas de seta.
ficada em 22.233.g).
Localização
Localização
(b) A linha de bordo deve ser pintada ao longo (b) As pinturas em forma de ponta de seta devem
do limite do pavimento com resistência para apontar no sentido da pista e estar colocadas
suportar carga, de forma a que o bordo exterior conforme indicado na Figura 44.
da linha coincida com o limite do pavimento Características
com capacidade de carga. (c) As pinturas em forma de ponta de seta devem
Características ter uma cor que realce e contraste com a cor
(c) Uma linha de bordo de caminho de circulação utilizada nas pinturas das pistas. Devem, sempre
deve consistir em duas faixas, contínuas, com que possível, ser de cor amarela e ter uma largura
15cm de largura, com um espaçamento entre si de, pelo menos, 0,9m.
(656)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
secundárias de energia eléctrica instaladas essa fonte secundária de energia quando exista
depois de 4 de Novembro de 1999, as ligações um sistema de iluminação de emergência, em
de alimentação de energia eléctrica com as conformidade com o especificado em 22.235.b),
instalações que requerem uma fonte secundária e que possa ficar operacional em 15 minutos.
devem ser dispostas de modo a serem capazes (j) Sempre que possível, deve ser instalada uma fonte
de satisfazer os requisitos constantes da Tabela secundária de energia capaz de fornecer energia
15, relativamente aos tempos máximos de eléctrica em caso de falha da fonte principal às
comutação definidos na Parte A. seguintes instalações dos aeródromos:
Ajudas visuais
(1) Lâmpada de sinalização e iluminação mínima
Aplicação
necessária a permitir que o pessoal dos
(f) Para as pistas de aproximação de precisão deve
serviços de controlo de tráfego aéreo
existir uma fonte secundária de energia capaz
de satisfazer os requisitos constantes da Tabela possa desempenhar as suas funções;
15 para a categoria apropriada deste tipo de Nota — O requisito de iluminação mínima pode ser
pista. As ligações da fonte de energia eléctrica cumprido por outros meios que não os eléctricos.
das instalações que requerem uma fonte (2) Todas as luzes de indicação de obstáculos que,
secundária de energia devem estar dispostas de na opinião do INAVIC, sejam essenciais
modo a que estas instalações estejam ligadas para garantir a segurança operacional das
automaticamente à fonte secundária de energia, aeronaves;
caso ocorra uma falha na fonte primária de (3) Iluminação de aproximação, de pista e
energia. de caminho de circulação, tal como
(g) Para as pistas destinadas a descolagens em especificado de 22.270.f) a 22.270.i);
condições de alcance visual à pista inferior a um (4) Equipamento meteorológico;
valor da ordem dos 800m, deve ser instalada uma (5) Iluminação essencial de segurança, se a
fonte secundária de energia capaz de satisfazer houver, de acordo com 22.305;
os requisitos pertinentes da Tabela 15. (6) Equipamento e instalações essenciais das
(h) Sempre que possível, num aeródromo em que a agências do aeródromo que tratam dos
pista principal se destine a aproximações que não
casos de emergência;
sejam de precisão, deve ser providenciada uma
(7) Iluminação com projectores numa posição
fonte secundária de energia capaz de satisfazer
designada isolada de parqueamento de
os requisitos da Tabela 15, embora essa fonte
auxiliar para ajudas visuais só seja necessária aeronaves, se existir, de acordo com
para uma pista destinada a aproximações de 22.235.w)1; e
precisão. (8) Iluminação das áreas da placa de estacionamento
(i) Sempre que possível, nos aeródromos em que a onde se podem deslocar passageiros.
pista principal seja uma pista para voos à vista, Nota — O Anexo 10, Volume 1, Capítulo 2 e NTA 26
deve existir uma fonte secundária de energia contém as especificações relativas à fonte secundária de
capaz de satisfazer os requisitos constantes de energia para as ajudas rádio à navegação e de elementos de
22.270.d), embora não seja indispensável instalar comunicação no solo.
(658)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
a) É utilizada energia eléctrica secundária quando tal utilizadas em condições de visibilidade de pista
for essencial para a segurança das operações de inferiores a um valor da ordem dos 550m, os
voo. circuitos eléctricos dos sistemas de fornecimento
b) Relativamente à utilização de iluminação de de energia, da iluminação e do controlo
emergência, ver Parte K, pontos 22.235.b). constantes da tabela 15, devem ser desenhados
c) Um segundo quando não houver luzes de pista. de modo a que a falha num circuito não deixe o
d) Um segundo quando as aproximações se efectuarem piloto sem orientação visual adequada nem lhe
sobre terrenos perigosos e escarpados. seja fornecida informação errada.
(k) Os requisitos relativos a uma fonte secundária de Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte
energia devem ser cumpridos por qualquer um 5, contém orientação sobre os meios de proporcionar esta
dos seguintes meios: protecção.
-rede independente do serviço público, que consiste (b) Quando a fonte secundária de energia de um
numa fonte que abastece os serviços do aeródromo utilizar os seus próprios circuitos
aeródromo a partir de uma subestação que não de transporte de energia, estes devem ser
seja a subestação normal, através de um circuito física e electricamente independentes para se
de transmissão com um percurso diverso do alcançar o nível de disponibilidade e autonomia
da fonte normal de energia, de tal forma que é necessários.
extremamente remota a possibilidade de uma (c) Quando uma pista que faz parte de um itinerário de
falha simultânea da fonte normal e da rede circulação normalizado possua simultaneamente
independente de serviço público; luzes de pista e luzes de caminho de circulação,
-uma ou várias unidades de energia de reserva, os sistemas de iluminação devem estar
constituídas por moto geradores, baterias, etc. a interligados para evitar que ambos os tipos de
partir dos quais se pode obter energia eléctrica. luz possam funcionar simultâneo.
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 22.275 Verificação
5, contém orientação sobre a fonte secundária de energia Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 5,
eléctrica. contém orientação sobre este assunto.
22.273 Projecto de Circuitos Eléctricos (a) Sempre que possível, deve ser utilizado um sistema
(a) Para uma pista de aproximação de precisão e de verificação para confirmar a fiabilidade do
para uma pista de descolagem destinadas a ser sistema de iluminação.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(659)
(b) Quando se utilizam sistemas de iluminação para devem ser adoptadas perante uma emergência
controlar as aeronaves, esses sistemas devem ser que ocorra num aeródromo ou nas suas
verificados automaticamente para fornecerem imediações.
indicação sobre qualquer falha que possa afectar Nota 1 — São exemplos de emergência: emergências que
as funções de controlo. Esta informação deve ser afectam aeronaves, casos de sabotagem, incluindo ameaças
retransmitida imediatamente ao órgão do serviço de bombas, actos de tomada ilícita de aeronaves, inciden-
de tráfego aéreo. tes com carga perigosa, incêndios em edifícios e desastres
(c) Sempre que possível, quando ocorrer uma naturais.
alteração no funcionamento das luzes, em menos Nota 2 — Exemplos de emergências de saúde pública
de dois segundos deve ser dada indicação à barra são o aumento do risco dos passageiros ou cargas propaga-
de paragem da posição de espera para entrada na
rem uma doença transmissível grave a nível internacional
pista e em menos de cinco segundos a todos os
através de transporte aéreo e o grave surto de uma doença
outros tipos de ajudas visuais.
infecciosa potencialmente afectando uma grande parte do
(d) Quando se trata de pistas destinadas a ser utilizadas
em condições de visibilidade de pista inferiores pessoal do aeródromo.
a um valor da ordem dos 550m, os sistemas de (c) O plano deve coordenar a intervenção ou a
iluminação que figuram na Tabela 15 devem participação de todas as entidades que, na
estar controlados automaticamente de modo a opinião da autoridade competente, possam
indicarem se algum dos seus elementos funciona ajudar a dar resposta a uma emergência.
abaixo dos mínimos especificados de 22.317.g) Nota 1 São exemplos das referidas entidades:
a 22.317.k), conforme o caso. Esta informação -no aeródromo: o órgão de controlo de tráfego aéreo, os
deve ser retransmitida automaticamente à equipa serviços de salvamento e combate a incêndios, a adminis-
de manutenção. tração do aeródromo, os serviços médicos e de ambulância,
(e) Quando se trata de pistas destinadas a ser utilizadas os operadores das aeronaves, os serviços de segurança e a
em condições de visibilidade de pista inferiores polícia;
a um valor da ordem dos 550m, os sistemas de -fora do aeródromo: quartéis dos bombeiros, polícia, ser-
iluminação que figuram na Tabela 15 devem viços médicos e de ambulância, hospitais, forças militares e
estar controlados automaticamente de modo a serviços de autoridade marítima.
indicarem se qualquer um dos seus elementos Nota 2 — Os serviços de saúde pública incluem o planea-
funciona abaixo dos mínimos especificados
mento para minimizar os efeitos adversos para a comunidade
pelo INAVIC para a operação poder prosseguir.
de eventos relacionados com a saúde e lidar com questões de
Esta informação deve ser retransmitida
saúde da população em detrimento da prestação dos serviços
automaticamente ao órgão do serviço de tráfego
aéreo e aparecer num lugar de destaque. de saúde aos indivíduos.
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 5, (d) O plano deve prever, se necessário, a cooperação
contém orientação sobre a interface entre o controlo de trá- e coordenação com o centro de operações de
fego aéreo e o monitor das ajudas visuais. emergência (Serviço Nacional de Protecção
PARTE O: Serviços, Equipamentos e Instalações Civil de Angola).
22.280 Planeamento para Casos de Emergência em (e) O documento que contém o plano de emergência
Aeródromos do aeródromo deve incluir, no mínimo, o
Generalidades seguinte:
Nota introdutória — O planeamento de emergên- (1) Tipos de emergência previstos;
cia em aeródromos consiste no processo de preparação de (2) Entidades envolvidas no plano;
um aeródromo para enfrentar uma emergência que ocorra (3) Responsabilidade e papel que cabe a cada
no aeródromo ou nas imediações. O objectivo deste pla- entidade, ao centro de operações de
neamento em aeródromos é minimizar os efeitos de uma emergência e ao posto de comando, em
emergência, especialmente no que respeita a salvar vidas cada tipo de emergência;
humanas e manter as operações das aeronaves. O plano (4) Informação sobre os nomes e números de
de emergência do aeródromo determina os procedimen-
telefone dos departamentos ou pessoas
tos que devem ser seguidos para coordenar a intervenção
que devem ser contactadas em caso de
das diversas entidades (ou serviços) e das áreas da comu-
emergência específica; e
nidade circundante que possam prestar ajuda. O Manual de
Serviços do Aeroporto, Parte 1, contêm orientações para aju- (5) Um mapa de quadrícula do aeródromo e das
dar as autoridades competentes a estabelecer o planeamento imediações.
de emergência do aeródromo. (f) O plano deve estar adaptado aos princípios
(a) Deve ser estabelecido um plano de emergência relativos a factores humanos para garantir
que abranja as operações das aeronaves e outras que todas as entidades intervenham da melhor
actividades desenvolvidas no aeródromo. maneira possível nas operações de emergência.
(b) O plano de emergência do aeródromo deve Nota — O Manual de Instrução sobre Factores Humanos
estabelecer a coordenação das medidas que contém textos de orientação sobre esta matéria.
(660)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Centro de operações de emergência e posto de coman- terrenos de difícil acesso, o plano de emergência
do móvel do aeródromo deve prever o estabelecimento,
(g) Sempre que as circunstâncias o determinem, deve exercício e verificação, com intervalos regulares,
existir um centro de operações de emergência de um tempo de resposta pré-determinado por
fixo e um posto de comando móvel, para serem parte dos serviços de salvamento.
utilizados durante uma emergência. 22.283 Salvamento e Combate a Incêndios
(h) O centro de operações de emergência deve fazer Generalidades
parte das instalações e serviços do aeródromo Nota introdutória — O objectivo principal de um ser-
e deve ser responsável pela coordenação e viço de salvamento e combate a incêndios é salvar vidas
direcção geral da resposta a dar perante uma humanas. É por esse motivo que a forma de lidar com um
emergência. acidente ou um incidente com aeronaves que ocorram num
(i) O posto de comando móvel deve possibilitar aeródromo ou nas suas imediações, assume importância pri-
rapidamente a deslocação para o local da mordial porque é nesta área que há as maiores oportunidades
emergência, quando necessário, e deve assumir de salvar vidas. É necessário prever, de forma permanente, a
a coordenação local das entidades envolvidas na possibilidade e a necessidade de extinguir um incêndio que
emergência.
possa deflagrar logo após um acidente ou incidente com uma
(j) Deve ser designada uma pessoa para assumir a
aeronave, ou em qualquer momento durante as operações de
direcção do centro de operações de emergência
salvamento.
e, se necessário, uma segunda pessoa para o
Os factores mais importantes para um salvamento eficaz
posto de comando móvel.
Sistema de comunicações num acidente aéreo em que haja sobreviventes são a forma-
(k) Devem ser instalados sistemas de comunicações ção do pessoal, a eficácia do equipamento e a rapidez com
adequados que possibilitem o contacto entre o que o pessoal e equipamento envolvidos no salvamento e
posto de comando móvel e o centro de operações combate a incêndios actuam.
de emergência e ainda com as entidades Não são tomados em conta requisitos para combate a
intervenientes, de acordo com as necessidades incêndios em edifícios e depósitos de combustível, ou apli-
específicas do aeródromo. cação de espuma nas pistas.
Exercício de emergência do aeródromo Aplicação
(l) Do plano devem fazer parte procedimentos para (a) Os aeródromos devem possuir serviços e
ensaio periódico sobre a sua adequação e análise equipamento de salvamento e combate a
dos resultados com o objectivo de melhorar a incêndios.
sua eficácia. Nota — Podem ser designados organismos públicos ou
Nota — O plano deve incluir todas as entidades interve- privados, devidamente localizados e equipados, para prestar
nientes e o respectivo equipamento. serviços de salvamento e combate a incêndios. Entende-se
(m) O plano deve ser testado procedendo a: que as instalações ocupadas por estes organismos devem
(1) Um exercício de aplicação geral, com estar situadas no aeródromo, embora não seja de excluir a
intervalos que não excedam dois anos; e possibilidade de se encontrarem fora do aeródromo, desde
(2) Exercícios parciais de emergência no ano que o tempo de resposta se coadune com o previsto.
intermédio para garantir que quaisquer (b) Os aeródromos situados junto de zonas com
deficiências detectadas durante o exercício águas pantanosas ou em terrenos inóspitos,
de aplicação geral, tenham sido corrigidas. sobre os quais se realizem frequentes operações
Consequentemente, o plano deve ser revisto de aproximação ou de partida devem dispor
ou após alguma emergência que se de serviços de salvamento e de equipamento
tenha registado, de forma a corrigir específico de combate a incêndios adequados
as deficiências detectadas durante os
aos riscos e perigos inerentes.
exercícios ou em caso de emergência real.
Nota 1 — Não é necessário existir equipamento espe-
Nota — O objectivo de um exercício de aplicação geral
cial de combate a incêndios em zonas onde haja água: isto
é garantir que o plano está adequado aos diferentes tipos de
não impede a existência do referido equipamento, se for de
emergência. O objectivo de um exercício parcial é garantir a
adequação das respostas das diversas entidades à sua própria utilização prática, por exemplo, quando as zonas em causa
participação e às várias componentes que integram o plano, tiverem bancos de areia ou ilhas.
por exemplo, o sistema de comunicações. Nota 2 — O objectivo consiste em planificar e utilizar
Emergências em locais difíceis o equipamento de salva-vidas flutuante exigido, da forma
(n) O plano deve incluir a rápida disponibilidade dos mais rápida possível, em quantidade proporcional às aerona-
respectivos serviços de salvamento assim como a ves críticas que utilizam normalmente o aeródromo.
coordenação com os mesmos, a fim de poder dar Nota 3 — O Manual de Serviços de Aeroportos, Capítulo
resposta a emergências quando um aeródromo 13, Parte 1 contém indicações suplementares sobre esta
está situado perto de áreas pantanosas ou com matéria.
água, e a entrada e saída dos meios de socorro Nível de protecção
tem que ser efectuada nessas áreas. (c) O nível de protecção que deve ser proporcionado
(o) Nos aeródromos situados perto de áreas onde a um aeródromo, para efeitos de salvamento
exista água ou que sejam pantanosas, ou em e combate a incêndios deve ser o adequado
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(661)
à categoria do aeródromo, que deve ser O principal agente extintor para aeródromos de
determinado utilizando os princípios estipulados categoria 1 a 3 deve ser, de preferência, de
em 22.283.e) e 22.283.f), excepto se o número eficácia mínima de nível B.
de movimentos de aeronaves críticas que Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 1,
normalmente utilizam esse aeródromo for contém informações sobre as propriedades físicas exigidas
inferior a 700 durante os três meses consecutivos e os critérios necessários de eficácia de combate a incêndios
de maior actividade. Nesse caso, o nível de para considerar que uma espuma tenha uma eficácia aceitá-
protecção deve ser o da categoria imediatamente vel de nível A ou B.
abaixo da categoria fixada. (j) O agente extintor complementar deve ser um
Nota — Qualquer aterragem ou descolagem constitui um produto químico seco ou em pó adequado para
movimento. combater incêndios em hidrocarbonetos.
(d) A partir de 1 de Janeiro de 2005 o nível de Nota 1 — Quando se seleccionam produtos químicos
protecção exigido a um aeródromo para efeitos secos ou em pó para utilizar com espuma, deve haver muito
de salvamento e combate a incêndios deve ser cuidado para garantir compatibilidades.
igual à categoria de aeródromo determinada Nota 2 — Podem ser utilizados agentes alternativos
utilizando os princípios prescritos em 22.283.e) complementares que tenham uma capacidade equivalente de
e 22.283.f). combater os incêndios. O Manual de Serviços de Aeroporto
(e) A categoria do aeródromo deve ser determinada (Doc 9137), Parte 1, contém mais informações sobre agen-
de acordo com a Tabela 16, devendo basear-se tes extintores.
na aeronave de maior comprimento que (k) As quantidades de água para produção de espuma
normalmente utiliza o aeródromo e na largura da e os agentes complementares que devem
sua fuselagem. existir nas viaturas de salvamento e combate a
Nota — Para determinar a categoria das aeronaves que incêndios devem estar de acordo com a categoria
utilizam o aeródromo deve ser tido em conta, primeiro o do aeródromo determinada em 22.283.c);
comprimento total e depois a largura da fuselagem da res-
22.283.d); 22.283.e); e 22.283.f) e na Tabela
pectiva aeronave.
17, embora essas quantidades possam sofrer
(f) Se depois de determinada a categoria, com base
alterações, como se indica a seguir:
no comprimento total da aeronave, a largura
(1) Em aeródromos das categorias 1 e 2 até 100
da fuselagem for superior à largura máxima
por cento da água pode ser substituída por
estabelecida na Tabela 16, coluna 3, para
agentes complementares; ou
essa categoria, então essa aeronave deve ser
(2) Em aeródromos das características 3 a 10,
classificada na categoria superior.
quando se utilizar uma espuma de eficácia
Nota 1 — O Manual de Serviços do Aeroporto (Doc.
de nível A, até 30 por cento da água pode
9137), Parte 1 contêm orientações sobre como estabelecer
ser substituída por agentes complementar.
a categoria de aeródromos, mesmo aqueles com todas as
operações aeronaves de carga, para efeitos de salvamento e Para efeitos de substituição dos agentes, devem
combate a incêndios. utilizar-se as seguintes equivalências:
Nota 2 — O Suplemento A, Secção 17 e o Manual de 1 kg = 1 L de água para a produção de espuma de
Serviços do Aeroporto (Doc. 9137), Parte 1 contêm orienta- eficácia de nível A
ções sobre o treino do pessoal, determinação do equipamento de agente complementar
de salvamento em ambientes difíceis e outras necessidades e 1 kg = 0,66 L de água para a produção de espuma
serviços de salvamento e combate a incêndios. de eficácia de nível B
(g) Durante os períodos em que se prevê uma redução de agente complementar
de actividade, o nível de protecção não deve ser Nota 1 — As quantidades de água especificadas para a
inferior ao determinado para a categoria mais produção de espuma são calculadas a uma taxa de aplicação
elevada das aeronaves que se prevê utilizarem de 8,2 l/min/m2 para uma espuma de eficácia de nível A e de
o aeródromo, independentemente do número de 5,5 l/min/m2 para uma espuma de eficácia de nível B.
movimentos. Nota 2 — Quando se utiliza outro agente complemen-
Agentes extintores tar deve proceder-se à verificação do regime de substituição.
(h) Sempre que possível, regra geral, os aeródromos (l) Em aeródromos operados por aeronaves maiores
devem ter agentes extintores principais e do que aquelas para as que foram projectados
complementares. (aeronaves de categoria superior à categoria do
Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 1 aeródromo), as quantidades de água devem ser
contém descrições desses agentes recalculadas e a quantidade de água necessária
(i) O principal agente extintor deve ser: para a produção de espuma e as taxas de
(1) Uma espuma de eficácia mínima de nível A; descarga de espuma devem ser aumentadas em
ou conformidade.
(2) Uma espuma de eficácia mínima de nível B; Nota — Ver Capítulo 2 do Manual de Serviços do
ou Aeroporto (Doc. 9137), Parte 1 para mais esclarecimentos
(3) Uma combinação destes dois agentes. sobre este assunto.
(662)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(m) A quantidade de concentrado de espuma que (q) A razão de descarga da solução de espuma não
cada viatura deve transportar para produzir a deve ser inferior aos valores constantes da
espuma deve ser proporcional à quantidade de Tabela 17.
água transportada e ao concentrado de espuma (r) Os agentes complementares devem corresponder
às especificações pertinentes da Organização
escolhido.
Internacional de Normalização (ISO).
(n) Sempre que possível, a quantidade de concentrado (s) A razão de descarga dos agentes complementares
de espuma que uma viatura transporta deve não deve ser inferior aos valores constantes da
ser suficiente para aplicar, no mínimo, duas Tabela 17.
descargas de solução de espuma. (t) O pó químico seco apenas deve ser substituído
(o) Sempre que possível, devem ser disponibilizadas por um agente que tenha equivalente ou melhor
quantidades de água suplementar para o capacidade de combate ao fogo para todos os
reabastecimento rápido das viaturas de tipos de fogo quando se espera que seja usado
salvamento e combate a incêndios no local onde agente complementar.
ocorra um acidente aéreo. Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto (Doc.
(p) Sempre que possível, quando for utilizada tanto 9137), Parte 1, contém orientação sobre o uso de agentes
complementares.
uma espuma de eficácia de nível A como (u) Para reabastecimento das viaturas deve existir
uma de eficácia de nível B, a quantidade total no aeródromo uma reserva de concentrado de
de água para a produção da espuma deve espuma e agentes complementares, equivalentes
basear-se, primeiramente, na quantidade que a 200% das quantidades dos agentes a serem
seria necessária se se empregasse apenas uma fornecidos nas viaturas de salvamento e combate
espuma de eficácia de nível A, reduzindo-a em a incêndios. Quando se preveja uma demora
3l por cada 2l de água utilizada para a espuma considerável no reabastecimento, a quantidade
de eficácia de nível B. em reserva deve ser aumentada.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(663)
Nota 1 — As quantidades de água indicadas nas colu- de agente extintor especificado na Tabela 17,
nas 2 e 4 baseiam-se no comprimento médio das aeronaves devem assegurar a aplicação contínua de agente
de determinada categoria. Quando se prevêem operações e devem chegar a não mais do que quatro
com aeronaves de maior envergadura que o tamanho médio, minutos após a chamada inicial.
proceder-se-á ao cálculo da água. O Manual de Serviços de (bb) Quaisquer outros veículos, que não os de
Aeroportos, Parte 1 contém orientações adicionais. resposta primária, necessários para o transporte
Equipamento de salvamento de agente extintor especificado na Tabela 17,
(v) As viaturas de salvamento e combate a incêndios devem assegurar a aplicação contínua de agente
devem estar equipadas com o material exigido de e sempre que possível, devem chegar a não mais
acordo com o nível das operações das aeronaves. do que três minutos após a chamada inicial.
Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 1, (cc) Deve ser utilizado um sistema de manutenção
contém orientação sobre o equipamento de salvamento que preventiva das viaturas de salvamento e combate
deve existir nos aeródromos. a incêndio a fim de garantir, durante a vida
Tempo de resposta útil da viatura, a eficácia do equipamento e o
(w) O objectivo operacional do serviço de salvamento cumprimento do tempo de resposta especificado.
e combate a incêndios deve consistir em Caminhos de acesso de emergência
alcançar um tempo de resposta que não (dd) Num aeródromo cujas condições topográficas
exceda três minutos, até à extremidade de cada o permitam, devem existir caminhos de acesso
pista operacional, em condições óptimas de de emergência, de forma a permitir reduzir
visibilidade e de superfície. ao mínimo os tempos de resposta. Deve ser
(x) Sempre que possível, o objectivo operacional do objecto de especial atenção o acesso rápido a
serviço de salvamento e combate a incêndios zonas de aproximação até 1 000m da soleira,
deve consistir em alcançar um tempo de resposta ou pelo menos nos limites do aeródromo. Se
que não exceda dois minutos, até à extremidade houver alguma vala, deve ser tida em conta a
de cada pista operacional, em condições óptimas necessidade de acesso para além da mesma.
de visibilidade e de superfície. Nota — Os caminhos de serviço do aeródromo podem
(y) O objectivo operacional do serviço de salvamento ser utilizados como caminhos de acesso de emergência
e combate a incêndios deve, sempre que possível, desde que adequadamente localizados e preparados para o
consistir em alcançar um tempo de resposta que efeito.
não exceda três minutos, até qualquer outra parte (ee) Os caminhos de acesso de emergência devem
da área de movimento, em condições óptimas de ter capacidade para suportar as viaturas mais
visibilidade e de superfície. pesadas e devem poder ser utilizados em todas
Nota 1 — Considera-se como tempo de resposta o perí- as condições atmosféricas. Os caminhos que
odo entre a chamada inicial para activação do serviço de passam a menos de 90m de uma pista devem ser
salvamento e combate a incêndios e a aplicação de espuma pavimentados para evitar a erosão da superfície
pelas primeiras viaturas que intervenham a um ritmo mínimo e que o cascalho salte para a pista. Deve estar
de 50% da razão de descarga especificada na Tabela 17. prevista qualquer desobstrução de obstáculos
Nota 2 — Entende-se por condições óptimas de visibi-
superiores para permitir a passagem inferior de
lidade e superfície, as horas diurnas, com boa visibilidade e
viaturas mais altas.
sem precipitação, em itinerários com capacidade de resposta
(ff) Quando a superfície do caminho não se distinguir
normal, isentos de contaminação à superfície, por exemplo,
facilmente da zona circundante ou em zonas
água, gelo ou neve.
onde a neve dificulte a localização dos caminhos,
(z) Sempre que as circunstâncias o permitam,
devem ser colocadas balizas ao longo do bordo
quaisquer outras viaturas necessárias à
do caminho com intervalos de cerca de 10m.
distribuição dos agentes extintores, conforme
Infra-estruturas de serviço para combate a incêndios
especificado na Tabela 17, devem chegar com
(gg) As viaturas de salvamento e combate a incêndios
intervalos não superiores a um minuto a partir
devem, normalmente, ficar estacionadas em
da intervenção das primeiras viaturas, para que a
infra-estruturas destinadas aos serviços de
aplicação do agente extintor seja contínua.
combate a incêndios. Quando não for possível
Nota — O Manual de Serviços do Aeroporto (Doc.
cumprir o tempo de resposta, a partir dessa
9137), Parte 1, contém mais informação.
infra-estrutura, devem existir postos avançados
(aa) Quaisquer outros veículos, que não os de
de intervenção.
resposta primária, necessários para o transporte
(664)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(hh) A estação de serviço destinada a combate (jj) Na estação de serviços para combate a incêndios
a incêndios deve ficar situada de modo a que as deve ser instalado um sistema de alerta para o
viaturas de salvamento e combate a incêndios pessoal de salvamento e combate a incêndios,
tenham um acesso directo e rápido à pista, num que possa ser accionado a partir da própria
estação, de qualquer outra estação do aeródromo
caminho com o mínimo de curvas.
e da própria torre de controlo.
Sistemas de comunicação e alerta
Número de viaturas de salvamento e combate a in-
(ii) Deve existir um sistema de comunicação
cêndios
independente que ligue a estação de serviço (kk) Sempre que possível, o número mínimo de
de combate a incêndios à torre de controlo, viaturas de salvamento e combate a incêndios
a qualquer outra estação do aeródromo, e às existentes num aeródromo deve restar de acordo
viaturas de salvamento e combate a incêndios. com a seguinte tabela:
Categoria do aeródromo Viaturas de salvamento e combate a incêndios
1 1
2 1
3 1
4 1
5 1
6 2
7 2
8 3
9 3
10 3
Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 1, (nn) Durante as operações de voo, deve estar
contém orientações sobre as características mínimas das via- disponível pessoal em número suficiente e
turas de salvamento e combate a incêndios. devidamente treinado que possa deslocar-se de
Pessoal imediato com as respectivas viaturas e operar o
(II) Todo o pessoal de salvamento e combate a equipamento na sua máxima capacidade. Este
incêndios deve estar devidamente habilitado pessoal adequadamente treinado deve garantir
a desempenhar as suas funções de forma que sejam cumpridos os tempos de resposta
eficiente e deve participar em exercícios reais mínimos e que se mantenha a aplicação contínua
de combate a incêndios que correspondam aos dos agentes extintores à razão adequada. Deve
tipos de aeronave e ao tipo de equipamento de ser ainda tido em consideração a utilização
salvamento e combate a incêndios utilizados nos de mangueiras, escadas de mão e qualquer
aeródromos, incluindo incêndios causados por outro equipamento de salvamento e combate a
combustível sob pressão. incêndios associado normalmente às operações
Nota 1 — O Anexo A, Parte Q, o Manual de Serviços de salvamento e combate a incêndios em
de Aeroporto, Parte 1 e o Manual de Instruções, Parte E-2, aeronaves.
contêm orientações para ajudar a autoridade competente a (oo) Na determinação do efectivo de pessoal
prestar formação adequada. necessário para as operações de salvamento e
Nota 2 — Os incêndios que ocorrem com combustíveis combate a incêndios, devem ser tomados em
sob pressão muito elevada devido à ruptura de um depósito consideração os tipos de aeronaves que utilizam
são denominados “incêndios alimentados por combustível
o aeródromo.
sob pressão”.
(pp) Todo o pessoal de salvamento e combate a
(mm) O programa de formação do pessoal de
incêndios deve dispor de vestuário de protecção
salvamento e combate a incêndios deve
e equipamento de apoio respiratório adequados,
incluir instruções sobre factores humanos,
para que possa desempenhar eficazmente a sua
nomeadamente a coordenação de equipas.
função.
Nota — O Manual de Instrução sobre Factores Humanos
22.285 Remoção de Aeronaves Fora de Serviço
contém orientações para a concepção dos programas de for-
Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 5
mação sobre factores humanos e coordenação de equipas.
contém orientação sobre a remoção das aeronaves fora de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(665)
serviço, incluindo o equipamento de recuperação. Ver tam- constituem um perigo para as operações das aeronaves
bém o Anexo 13 e NTA 19 no que se refere à protecção de assim como quais os métodos para as afugentar.
provas, custódia e remoção da aeronave. (d) As autoridades competentes devem tomar medidas
(a) Deve ser estabelecido, nos aeródromos, um plano para eliminar ou impedir que se instalem nos
para a remoção de uma aeronave fora de serviço aeródromos ou nas suas imediações, esgotos ou
na área de movimento ou adjacente à mesma, e lixo, ou qualquer outra fonte que atraia as aves,
nomear um coordenador para pôr em prática o a menos que um estudo aeronáutico específico
plano, quando for necessário. indique que é improvável que tais fontes
(b) O plano de remoção de uma aeronave fora de ocasionem um problema do foro aviário.
serviço deve basear-se nas características das (e) As preocupações dos operadores aéreos,
aeronaves que operam normalmente nesse relativamente às urbanizações próximas dos
aeródromo e incluir, entre outras: limites dos aeroportos que podem atrair aves e
(1) Uma lista do equipamento e do pessoal que fauna em geral, devem ser devidamente acatadas
pode ser disponibilizado para esse fim no pelas autoridades competentes.
aeródromo ou nas imediações; e 22.290 Serviço de Gestão da Placa de Estacionamento
(2) Disposições para a rápida recepção do (a) Quando o volume de tráfego e as condições
equipamento disponível para recuperação operacionais assim o justificarem, deve existir na
de aeronaves existente noutros placa de estacionamento um serviço apropriado
aeródromos. de gestão de placa a cargo do Serviço de Tráfego
22.287 Redução de Perigos Causados Por Aves Aéreo (ATS) do aeródromo, de outra autoridade
Nota — A presença de animais selvagens (aves e outros) operacional do aeródromo ou em cooperação
no e na vizinhança do aeródromo representa uma ameaça entre ambas, com a finalidade de:
séria à segurança operacional das aeronaves. (1) Regular o movimento e evitar colisões entre
(a) O perigo de colisões com aves num aeródromo ou aeronaves e entre aeronaves e obstáculos;
nas suas imediações deve ser avaliado mediante: (2) Regular a entrada das aeronaves e coordenar,
(1) O estabelecimento de um procedimento com a torre de controlo do aeródromo, a
nacional para registo e notificação de saída da placa; e
colisões de aves com aeronaves; e (3) Garantir a segurança e o movimento rápido
(2) Recolha de informações prestadas pelos e seguro dos veículos e a regulação
operadores das aeronaves, pessoal dos adequada de outras actividades.
aeroportos, etc., sobre a presença de aves (b) Quando a torre de controlo do aeródromo não
num aeródromo ou nas suas imediações, participar no serviço de gestão da placa de
que possam constituir um perigo potencial estacionamento, devem ser estabelecidos
para as operações aeronáuticas. procedimentos para facilitar a transição das
Nota — Ver Anexo 15, Capítulo 8 e NTA 24 aeronaves entre o órgão de gestão da placa e a
(b) As informações recolhidas sobre colisões com torre de controlo do aeródromo.
aves devem ser enviadas à OACI para inclusão Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 8 e o
no banco de dados do Sistema de Notificação da Manual de Sistemas de Orientação e Controlo do Movimento
OACI sobre colisões com aves (IBIS). na Superfície (SMGCS) contém orientação sobre o serviço
Nota — O IBIS destina-se a compilar e difundir infor- de gestão na placa de estacionamento.
mações sobre colisões de aves com aeronaves. O Manual (c) Deve existir um serviço de gestão de placa
sobre o sistema de notificação da OACI das colisões com equipado com um sistema de comunicações
aves (IBIS) contém informação sobre este sistema. radiotelefónicas.
(c) Quando é identificado um perigo de colisão com (d) Quando estiverem implementados os
aves, num aeródromo, a autoridade competente procedimentos de baixa visibilidade, o número
deve tomar medidas para reduzir o número de de pessoas e veículos que circularem na placa
aves que constituem um perigo potencial para deve ser restringido ao mínimo essencial.
as operações das aeronaves, utilizando meios Nota — O Manual de Sistemas de Orientação e Controlo
para as afugentar dos aeródromos ou das suas do Movimento na Superfície (SMGCS) contém orientação
imediações. sobre os respectivos procedimentos especiais.
Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 3, (e) As viaturas de emergência que circulem em
contém orientações para determinar devidamente se as aves resposta a uma situação de emergência devem ter
que se encontram num aeródromo ou nas suas imediações prioridade sobre o resto do tráfego na superfície.
(666)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(f) As viaturas que circulem na placa devem: (1) Pela torre de controlo do aeródromo quando
(1) Dar prioridade às viaturas de emergência, a viatura se encontra na área de manobras;
às aeronaves em circulação, às que estão ou
prestes a iniciar a circulação e às que (2) Pela autoridade competente designada
estejam a ser empurradas ou rebocadas; e quando a viatura se encontra na placa.
(2) Dar prioridade a outras viaturas, de acordo (c) O condutor de uma viatura que circule na área de
com os regulamentos locais. movimento deve cumprir todas as instruções
(g) O local de estacionamento de uma aeronave deve luminosas obrigatórias.
ser monitorizado visualmente para garantir (d) O condutor de uma viatura que circule na área
as distâncias de desobstrução recomendadas de movimento deve estar devidamente instruído
para as aeronaves que utilizam esse local de sobre as tarefas que deve executar e cumprir as
estacionamento. instruções emanadas pela:
22.293 Assistência a Aeronaves em Terra (1) Torre de controlo do aeródromo quando se
(a) Durante a assistência a uma aeronave em terra deve encontra na área de manobras; e
existir equipamento de combate a incêndios, (2) Autoridade competente designada quando se
pelo menos adequado a uma intervenção inicial encontre na placa.
em caso de incêndio com combustível assim (e) O condutor de uma viatura com equipamento
como pessoal treinado para a sua utilização. No de rádio deve estabelecer radiocomunicações
caso de incêndio ou derrame de combustível satisfatórias nos dois sentidos com a torre de
devem estar implementados procedimentos para controlo do aeródromo antes de entrar na área
chamar rapidamente o serviço de salvamento e de manobras e com a autoridade competente
combate a incêndios. designada antes de entrar na placa. O condutor,
(b) Quando se realizarem operações de enquanto estiver na área de manobras, deve
reabastecimento da aeronave durante o manter a frequência atribuída em escuta
embarque ou desembarque de passageiros, o permanente.
equipamento de terra deve estar posicionado de 22.297 Sistemas de Orientação e Controlo do Movi-
forma que permita: mento na Superfície
(1) Utilizar um número suficiente de saídas para Aplicação
uma evacuação rápida; e (a) O aeródromo deve possuir um sistema de
(2) Dispor de um caminho de saída rápido para
orientação e controlo do movimento na
cada uma das saídas a serem utilizadas
superfície.
numa emergência.
Nota — O Manual de Sistemas de Orientação e Controlo
22.295 Operações das Viaturas do Aeródromo
do Movimento na Superfície (SMGCS) contém orientação
Nota 1 — O Suplemento A, Secção 18, contém orien-
sobre estes sistemas.
tação sobre as operações das viaturas do aeródromo e o
Características
Manual de Sistemas de Orientação e Controlo do Movimento
(b) Na concepção dos sistemas de orientação e
à Superfície (SMGCS) contém igualmente orientações sobre
controlo do movimento na superfície devem ser
regras de tráfego e regulamentos aplicáveis às viaturas.
Nota 2 — Pretende-se que os caminhos situados nas tidos em conta os seguintes pontos:
áreas de movimento se destinem exclusivamente ao pessoal (1) O volume do tráfego aéreo;
do aeródromo e a outras pessoas autorizadas e que o acesso (2) As condições de visibilidade previstas para
aos edifícios públicos por pessoas não autorizadas não seja as operações;
efectuado por estes caminhos. (3) A necessidade de orientação do piloto;
(a) As viaturas só devem circular: (4) A complexidade do traçado do aeródromo; e
(1) Na área de manobras mediante autorização (5) A circulação de viaturas.
da torre de controlo do aeródromo; e (c) A parte correspondente a ajudas visuais do sistema
(2) Na placa de estacionamento mediante de orientação e controlo do movimento na
autorização da autoridade competente superfície, quer dizer, pinturas, luzes e painéis,
designada. deve ser concebido de acordo com as disposições
(b) O condutor de uma viatura que circule na área pertinentes constantes nos pontos 22.235.b),
de movimento deve cumprir todas as instruções 22.235.c) e 22.235.d), respectivamente.
obrigatórias dadas através da sinalização, salvo (d) O sistema de orientação e controlo do movimento
se for autorizado a agir de outra forma: na superfície deve ser concebido de forma a
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(667)
Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte (b) Os aeródromos devem possuir uma vedação ou
6, contém orientação sobre a localização das ajudas à outra barreira adequada para evitar o acesso
navegação. inadvertido ou premeditado de pessoas não
(e) Exceptuando os que, pelas suas funções devam autorizadas numa área do aeródromo vedada ao
estar nesse local, para fins de navegação aérea, público.
não devem ser colocados equipamentos ou infra- Nota 1 — Esta disposição inclui também a instalação de
estruturas a 240m ou menos do extremo da faixa dispositivos para esgotos, canalizações, túneis, etc. onde for
nem a: necessário evitar o acesso.
(1) 60m ou menos do prolongamento do eixo Nota 2 — Pode ser necessário implementar medidas
quando o número de código for 3 ou 4; ou especiais para evitar o acesso de pessoas não autorizadas a
(2) 45m ou menos do prolongamento do eixo pistas ou caminhos de circulação que atravessem estradas
quando o número de código for 1 ou 2; públicas.
numa pista de aproximação de precisão de
(c) Sempre que as circunstâncias o determinem,
Categoria I, II ou III.
devem existir meios adequados de protecção para
(f) Qualquer equipamento ou instalação exigido para
dissuadir o acesso inadvertido ou premeditado de
fins de navegação aérea que deva estar colocado
pessoas não autorizadas às instalações e serviços
numa faixa, ou perto da mesma, de uma pista de
de terra, fora do aeródromo, indispensáveis à
aproximação de precisão de Categoria I, II ou
segurança da aviação civil.
III e que:
Localização
(1) Esteja colocado num ponto da faixa que
fique a 77,5m ou menos do eixo da pista (d) A vedação ou barreira deve estar localizada de
quando o número de código for 4 e a letra forma a separar a área de movimento e outras
de código for F; ou instalações ou zonas do aeródromo, vitais à
(2) Esteja colocado a 240m ou menos do bordo operação segura das aeronaves, das áreas abertas
da faixa e a: ao público.
(i) 60m ou menos do prolongamento do (e) Quando se considere necessário aumentar a
eixo quando o número de código for segurança, deve existir uma área desobstruída
3 ou 4; ou a em ambos os lados da vedação ou da barreira,
(ii) 45m ou menos do prolongamento do para facilitar o trabalho de patrulhamento e
eixo quando o número de código for dificultar o acesso não autorizado. Deve ser
1 ou 2; ou
ainda considerada a possibilidade de estabelecer
(3) Perfure a superfície de aproximação interior,
uma estrada periférica dentro da vedação do
a superfície de transição interior ou a
aeródromo, para ser utilizada pelas patrulhas e
superfície de aterragem interrompida;
deve ser frangível e estar situado o mais pelo pessoal de manutenção.
baixo possível. 22.305 Iluminação de Segurança
(g) Até 1 de Janeiro de 2010 não é necessário que Sempre que as circunstâncias o determinem, num aeró-
as ajudas não visuais cumpram o requisito dromo em que, por razões de segurança, for aconselhável
constante de 22.300.f)ii). existir uma vedação ou qualquer outra barreira para pro-
Nota — Em relação à data de protecção das actuais luzes tecção da aviação civil internacional, esta e as respectivas
elevadas para aproximações, consultar 22..235.a).5. instalações devem estar iluminadas a um nível mínimo
(h) Qualquer equipamento ou infra-estrutura exigidos essencial. Deve ser estudada a conveniência de instalar ou
para fins de navegação aérea que constituam não luzes que iluminariam a área do terreno em ambos os
um obstáculo importante para as operações, em lados da vedação ou barreira, especialmente nos pontos de
conformidade com o prescrito em 22.223.d); acesso.
22.223.k); 22.223.t) ou 22.223.aa) devem ser PARTE P: Manutenção de Aeródromos
frangíveis e colocados os mais baixo possível. 22.310 Generalidades
22.303 Vedações (a) Sempre que possível, deve ser estabelecido, para
Aplicação cada aeródromo, um programa de manutenção,
(a) Os aeródromos devem possuir uma vedação ou que inclua, quando apropriado, um programa
outra barreira adequada para evitar o acesso à preventivo para conservar as infra-estruturas
área de movimento de animais cujas dimensões em condições que não prejudiquem a segurança,
possam causar danos às aeronaves. regularidade ou eficiência da navegação aérea.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(669)
Nota 1 — A manutenção preventiva consiste no trabalho Nota — Um troço da pista da ordem dos 100m de com-
de manutenção programado realizado para evitar falhas ou primento pode ser considerado significativo para uma acção
degradação das infra-estruturas. de manutenção ou de informação.
Nota 2 — Por “infra-estruturas” entendem-se os pavi- (e) Deve ser considerada a necessidade de adoptar
mentos, ajudas visuais, vedações, sistemas de drenagem e medidas correctivas de manutenção quando
edifícios. as características de atrito de toda ou parte da
(b) A concepção e aplicação do programa de pista, estejam abaixo de determinado nível de
manutenção devem ter em conta os princípios manutenção previsto pelo INAVIC.
relativos a factores humanos. (f) Quando houver motivos para supor que o sistema de
Nota — O Manual de Instrução sobre Factores Humanos drenagem de uma pista, ou parte do mesmo, são
contém textos de orientação sobre os princípios relativos a insuficientes, devido a declives ou depressões,
factores humanos. deve proceder-se à avaliação das características
22.313 Pavimentos de atrito em condições naturais ou simuladas que
(a) A superfície dos pavimentos (pistas, caminhos de sejam representativas da chuva local, devendo
circulação, placas e áreas adjacentes) deve ser ser adoptadas as necessárias medidas correctivas
mantida livre de pedras soltas e outros objectos de manutenção.
que possam danificar a estrutura ou os motores (g) Quando um caminho de circulação for utilizado
das aeronaves ou prejudicar a operação dos por aeronaves de turbina, a superfície das
sistemas de bordo. margens desse caminho deve ser objecto de
Nota 1 — Ver 22..160.c) para inspecções à área de inspecção, para que não haja pedras soltas ou
movimento. outros objectos que possam ser sugados pelos
Nota 2 — O Manual de Serviços de Aeródromo (Doc. reactores.
9137) Parte 8; o, Parte 2, O Manual de Guiamento de Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos, Parte 2
Movimento à Superfície e Sistemas de Controlo (SMGCS) contém orientação sobre esta matéria.
(Doc. 9476) e o Manual de Guiamento Avançado de (h) Deve ser feita manutenção à superfície das
Movimento à Superfície e Sistemas de Controlo (A-SMGCS) pistas pavimentadas de forma a haver boas
(Doc. 9830) contém orientação sobre o desenvolvimento de características de atrito e reduzida resistência
inspecções diárias à área de movimento. à rolagem. Dentro do possível, devem ser
Nota 3 — O Manual de Serviços de Aeródromo (Doc. removidos, rápida e completamente, para
9137), contém orientação sobre a limpeza e o varrimento de minimizar a acumulação, restos de neve, lama,
superfícies. gelo, água estagnada, lodo, poeira, areia, óleo,
Nota 4 — O Suplemento A, Secção 8 e o Manual de borracha e outros contaminantes.
Projecto de Aeródromos, Parte 2, contém orientação sobre Nota — O Anexo A, Parte F contém orientação sobre
as precauções que devem ser tomadas quanto à superfície normas e valores das características de atrito quando não
das bermas. puderem ser evitadas condições de neve ou gelo. O Manual
(b) A superfície da pista deve ser mantida de modo de Serviços de Aeroportos, Parte 2 contém informação adi-
a impedir a formação de irregularidades cional sobre este assunto, assim como sobre a melhoria das
prejudiciais. características de atrito e sobre a limpeza das pistas.
Nota — Ver Anexo A, Parte E. (i) Os caminhos de circulação devem conservar-se
(c) Devem ser efectuadas periodicamente medições limpos, sem neve, lama, gelo, etc. de modo a
das características de atrito da superfície da permitir que as aeronaves possam circular para e
pista, com um dispositivo de medição contínua de uma pista operacional.
de atrito, dotado de um sistema de provisão de (j) As placas de estacionamento devem ser mantidas
lâmina de água automático. sem neve, lama, gelo, etc., dentro do possível,
Nota — O Anexo A, Parte G, contém orientação sobre para permitir que as aeronaves efectuem as
a avaliação das características de atrito de uma pista. O manobras em segurança ou, quando adequado,
Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 2, contém orienta- sejam rebocadas ou empurradas.
ção adicional sobre o assunto. (k) Sempre que a limpeza da neve, lama, gelo, etc.
(d) Devem ser adoptadas medidas correctivas de não puder ser feita simultaneamente nos vários
manutenção quando as características de atrito locais da área de movimento, a ordem de
da pista, quer no todo quer em parte, sejam prioridade deve ser a seguinte, embora possa ser
inferiores ao nível mínimo de atrito especificado alterada, mediante consulta aos utilizadores do
pelo INAVIC. aeródromo:
(670)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
contínua dos resultados da medição no terreno (1) Não podem ficar mais que duas luzes fora de
que, de qualquer modo, não deve ser inferior a serviço; e
duas vezes por ano para as luzes encastradas no (2) Não devem ficar fora de serviço duas luzes
pavimento e pelo menos uma vez por ano, no adjacentes a menos que o espaçamento
caso das outras luzes. entre as luzes seja significativamente
(g) O sistema de manutenção preventivo utilizado inferior ao especificado.
numa pista para aproximações de precisão de (i) O sistema de manutenção preventiva utilizado para
Categoria II ou III, deve ter como objectivo que, os caminhos de circulação para ser empregue
durante qualquer período de operações destas em condições de visibilidade de pista inferiores
categorias, todas as luzes de aproximação e de a um valor da ordem dos 350m, deve ter como
pista estejam operativas, e que, em qualquer objectivo não estarem fora de serviço duas luzes
caso: adjacentes do eixo do caminho de circulação.
(1) 95% das luzes estejam operativas em (j) O sistema de manutenção preventiva utilizado
cada um dos elementos particularmente para uma pista de aproximação de precisão de
significativos que se seguem: Categoria I deve ter como objectivo que, durante
(i) Sistema de iluminação de aproximação qualquer período de operações de Categoria I,
de precisão de Categoria II ou III, todas as luzes de aproximação e de pista estejam
nos 450m da superfície interior de a funcionar e que, em qualquer caso, pelo
aproximação; menos 85 % das luzes de cada um dos sistemas
(ii) Luzes de eixo da pista; seguintes estejam operativas:
(iii) Luzes de soleira da pista; e (1) Sistema de iluminação de aproximação de
(iv) Luzes de bordo de pista precisão Categoria I;
(2) 90% das luzes da zona de toque na pista
(2) Luzes da soleira da pista;
estejam operativas;
(3) Luzes de bordo da pista; e
(3) 85% das luzes estejam operativas no sistema
(4) Luzes de fim da pista.
de iluminação de aproximação para além
Para garantir a continuidade de orientação não deve ser
de 450m; e
permitida a existência de uma luz fora de serviço adjacente
(4) 75% das luzes de fim da pista estejam
a outra que esteja igualmente fora de serviço, excepto se o
operativos.
espaçamento entre as luzes for significativamente inferior ao
Para garantir a continuidade de orientação, a
especificado.
percentagem admitida de luzes fora de
Nota — Nas barretes e nas barras transversais não se
serviço não deve ser aceite se alterar o
perde orientação pelo facto de haver duas luzes adjacentes
padrão básico do sistema de iluminação.
fora de serviço.
Além disso, não deve ser permitida a
(k) O sistema de manutenção preventiva utilizado
existência de uma luz fora de serviço
adjacente a uma outra igualmente fora de numa pista destinada a descolagens em
serviço, excepto numa barrete (barrette) condições de visibilidade de pista com um valor
ou numa barra luminosa transversal onde inferior a 550m deve ter, como objectivo, que
se pode permitir a existência de duas luzes durante qualquer período de operações, todas
adjacentes fora de serviço. as luzes de pista estejam em boas condições de
Nota — Relativamente às barrettes, barras luminosas funcionamento e que:
transversais e luzes de bordo de pista, considera-se que as (1) Pelo menos 95% das luzes do eixo de
luzes estão adjacentes se estiverem localizadas de forma pista, se aplicável, e as luzes de bordo
consecutiva e: de pista estejam em boas condições de
-lateralmente: na mesma barrete ou barra transversal; ou funcionamento; e
-longitudinalmente: na mesma fiada de luzes de bordo (2) Pelo menos 75% das luzes de fim de
ou barrettes. pista estejam em boas condições de
(h) O sistema de manutenção preventiva utilizado funcionamento.
para uma barra de paragem existente numa (l) O sistema de manutenção preventiva utilizado
posição de espera em circulação utilizado em numa pista destinada a descolagens em condições
conjunto com uma pista destinada a operações de visibilidade com um valor da ordem dos
em condições de visibilidade de pista inferiores 550m ou superior deve ter, como objectivo, que
a um valor da ordem dos 350m devem ter os durante qualquer período de operações, todas
seguintes objectivos: as luzes de pista estejam em boas condições de
(672)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
funcionamento assim como, pelo menos 85% anteriores (G a P), aplicar-se-ão às operações de
das luzes do bordo e da extremidade de pista. helicópteros que se realizem nesses aeródromos.
Para garantir a continuidade de orientação não (c) A menos que se estipule o contrário, no presente
deve ser permitida a existência de uma luz normativo quando se faz referência a uma cor,
fora de serviço adjacente a outra que esteja trata-se da cor especificada no Apêndice 1.
igualmente fora de serviço. 22.325 Sistemas de Referência Comum
(m) Durante os procedimentos de baixa visibilidade (a) Sistema de referência horizontal
a autoridade competente deve impor restrições (1) O Sistema Mundial Geodésico — 1984
às actividades de construção ou manutenção na (WGS-84) deve ser utilizado como sistema
periferia dos sistemas eléctricos do aeródromo. de referência horizontal (geodésico). As
PARTE Q: Heliportos coordenadas geográficas aeronáuticas
22.320 Generalidades reportadas (indicando a latitude e a
Nota Introdutória — O presente normativo contém longitude) devem ser expressas em termos
Normas e Práticas Recomendadas (especificações) que da referência geodésica WGS-84.
determinam as características físicas e superfícies de limi- Nota — O Manual do Sistema Geodésico Mundial —
tativas de obstáculos estabelecidas nos heliportos e algumas 1984 (Doc. 9674) contém elementos de orientação sobre o
WGS — 84.
instalações e serviços técnicos normalmente existentes num
heliporto. Tais especificações não devem necessariamente (b) Sistema de referência vertical
limitar ou regular a operação das aeronaves. (1) A referência do nível médio da água do mar
(MSL) que relaciona a elevação com
Durante o projecto de um heliporto deve considerar-se o
uma superfície conhecida por geóide será
helicóptero de projecto crítico, ou seja, o que tenha as maio-
a utilizada como sistema de referência
res dimensões e a maior massa à descolagem (MTOM) para
vertical.
o qual o heliporto seja previsto.
Nota 1 — Globalmente o geóide é o que mais se
De salientar que as disposições sobre operações de heli-
aproxima do MSL. Tem como definição a superfície equipo-
cópteros apresentam-se no Anexo 6, Parte III e NTA 10 (H).
tencial no campo de gravidade da Terra que coincide com o
Sempre que possível, deve ser estabelecido, para cada
MSL isento de perturbações prolongado continuamente atra-
aeródromo, um programa de manutenção, que inclua,
vés dos continentes.
quando apropriado, um programa preventivo para conser-
Nota 2 — As alturas (elevações) são igualmente referi-
var as infra-estruturas em condições que não prejudiquem
das como alturas ortométricas, ao passo que as distâncias
a segurança, regularidade ou eficiência da navegação aérea.
dos pontos acima da elipsóide são referidas como alturas
22.323 Aplicação
elipsóides.
Nota — As dimensões referidas no presente normativo
(c) Sistema de referência temporal
assentam na consideração de helicópteros de único rotor
(1) O calendário Gregoriano e o UTC serão
principal. Para helicópteros de rotores tandem, o projecto do
utilizados como sistema de referência
heliporto pressupõe uma análise, caso a caso, dos modelos
temporal.
específicos, aplicando o requisito básico da área de segu-
(2) Quando se utiliza um sistema de referência
rança operacional e áreas de protecção especificadas neste
temporal diferente, deverá constar do
normativo. GEN 2.1.2 da Publicação de Informação
(a) Algumas das especificações do presente normativo Aeronáutica (AIP). Ver Apêndice 1 do
exigem que a autoridade competente faça uma Anexo 15 e NTA 24.
escolha, tome uma decisão ou desempenhe PARTE R: Dados de Heliportos
uma função. Outras não referem a “autoridade 22.330 Dados Aeronáuticos
competente” mas a sua intervenção está implícita. (a) A determinação e o fornecimento de dados
Em ambos os casos, a responsabilidade por aeronáuticos relacionados com um aeródromo
qualquer determinação ou actuação recai sobre devem estar em conformidade com os requisitos
o Estado que tem jurisdição sobre o heliporto. de precisão e de integridade estabelecidos na
(b) As especificações, do presente normativo, Tabela 33 a 37 constantes do Apêndice 5B,
aplicam-se a heliportos previstos para tendo em conta os procedimentos de sistema
helicópteros da aviação civil internacional. de qualidade determinados. Os requisitos de
Também se aplicam às áreas para uso exclusivo precisão para dados aeronáuticos baseiam-se
de helicópteros num aeródromo dedicado num nível de 95% de confiança, pelo que
principalmente para o uso de aviões. Quando devem ser identificados três tipos de dados de
seja pertinente, as disposições das partes posicionamento: pontos observados (soleira da
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(673)
FATO), pontos calculados (cálculos matemáticos sobre a resolução da publicação e da integridade dos dados
a partir dos pontos observados conhecidos, de aeronáuticos.
pontos no espaço, fixos) e pontos declarados (e) As coordenadas geográficas que indicam a
(pontos limítrofes da região de informação de latitude e a longitude devem ser determinadas
voo). e comunicadas aos serviços de informação
Nota — O Capítulo 3 do Anexo 15 e NT A 24 contém aeronáutica de acordo com o Sistema Geodésico
especificações que regulam o sistema de qualidade. Mundial 1984 (WGS-84). As coordenadas
(b) O INAVIC deve assegurar a manutenção da geográficas obtidas por conversão matemática
integridade dos dados aeronáuticos ao longo no sistema WGS-84 e cujo grau de precisão não
do seu processamento desde a origem até ao esteja de acordo com os requisitos constantes
utilizador. Os requisitos de integridade dos da Tabela 33 do Apêndice 5B, devem ser
dados aeronáuticos devem-se basear no risco identificados juntamente dos serviços de
potencial resultante de alteração dos dados e informação aeronáutica.
do fim a que se destinam. Consequentemente, (f) O grau de precisão do trabalho de campo deve
devem ser aplicadas as seguintes classificações ser tal que os dados de navegação operacionais
e nível de integridade de dados: obtidos para as diferentes fases do voo se
(1) Dados críticos, nível de integridade insiram nos desvios máximos, relativamente
1x10-8: quando se utilizam dados a um quadro de referência adequado, tal como
críticos corrompidos, há uma elevada indicado na Tabelas constantes do Apêndice 5B.
probabilidade de pôr em risco o voo e
(g) Além da elevação (em relação ao nível médio da
aterragem de uma aeronave e até uma
água do mar) das posições do solo específicas
potencial catástrofe.
aos aeródromos, a ondulação do geóide
(2) Dados essenciais, nível de integridade 1x10-
(referenciada ao elipsóide do WGS-84) para
5
: quando se utilizam dados essenciais
os pontos indicados no Apêndice 5B deve ser
adulterados há poucas probabilidades de
igualmente determinada e comunicada aos
pôr em risco o voo e a aterragem de uma
aeronave ou uma potencial catástrofe; e serviços de informação aeronáutica.
(3) Dados de rotina, nível de integridade 1x10- Nota 1 — Por quadro de referência adequado entende-
3
: quando se utilizam dados de rotina -se um quadro que permite aplicar o WGS-84 a determinado
corrompidos as hipóteses de pôr em perigo aeródromo e ao qual todas as coordenadas estão ligadas.
o voo e a aterragem de uma aeronave são Nota 2 — As especificações relativas à publicação das
muito remotas. coordenadas WGS-84 constam do Capítulo 2 do Anexo 4 e
(c) A protecção dos dados electrónicos aeronáuticos NTA 33, do Capítulo 3 do Anexo 15 e NTA 24.
enquanto armazenados ou em trânsito deve ser 22.333 Ponto de Referência do Heliporto
totalmente monitorizada pela verificação de (a) Para cada heliporto não situado num aeródromo
redundância cíclica (CRC). Para se atingir uma deve ser estabelecido um ponto de referência.
protecção fiável do nível de integridade dos Nota — Quando um heliporto se situe num aeródromo
dados aeronáuticos críticos e essenciais, cuja ponto de referência do aeródromo estabelecido corresponde
a ambos, aeródromo e heliporto.
classificação consta do ponto 22.330.b), deve-se
(b) O ponto de referência do heliporto deve estar
aplicar um algoritmo CRC de 32 ou 24 bits,
localizado perto do centro geométrico original
respectivamente.
(d) Para se atingir uma protecção do nível de ou projectado do heliporto e deve permanecer
integridade dos dados aeronáuticos de rotina onde inicialmente estabelecido.
conforme consta do ponto 22.330.b) dever-se-á (c) A posição do ponto de referência do heliporto
aplicar um algoritmo CRC de 16 bit. deve ser medida e transmitida aos serviços de
Nota — O Manual do Sistema Geodésico Mundial (Doc. informação aeronáutica em graus, minutos e
9674) (WGS 84) contém orientação sobre as exigências segundos.
de qualidade dos dados (precisão, resolução, integridade, 22.335 Altitude do Heliporto
protecção e origem). O Documento DO-201A da RTCA (a) A altitude do heliporto e a ondulação do geóide
e o Documento ED-77 da Organização Europeia para o na posição de elevação do heliporto devem ser
Equipamento da Aviação Civil (EUROCAE), denominado medidas arredondadas para meio metro ou um
Requisitos da Indústria para a Informação Aeronáutica pé, devendo esta informação ser transmitida aos
contêm elementos de apoio às disposições do Apêndice 1 serviços de informação aeronáutica.
(674)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(5) A inclinação média em qualquer direcção da (1) Nos heliportos deve existir pelo menos uma
superfície da FATO não deve exceder 3%. TLOF.
Em parte alguma da FATO a inclinação Nota 1 — A TLOF pode ou não situar-se dentro da FATO.
excederá: Nota 2 — Podem implantar-se TLOFs adicionais junto
(i) 5% em heliportos previstos para das posições de estacionamento de helicópteros.
helicópteros que operam na Classe de (2) A extensão da TLOF será tal que compreenda
Performance 1; e um círculo cujo diâmetro seja pelo menos
(ii) 7% em heliportos previstos para 0,83D do helicóptero maior para o qual
helicópteros que operam nas Classes esta área esteja prevista.
de Performance 2 e 3. Nota — A forma da TLOF pode ser uma qualquer.
(6) A superfície da FATO: (3) As inclinações da TLOF serão suficientes
(i) Será resistente aos efeitos da corrente para impedir a acumulação de água na
descendente gerada pelo rotor; superfície, mas não devem exceder 2% em
(ii) Deve ser isenta de irregularidades nenhuma direcção.
que possam afectar adversamente (4) Quando a TLOF se situe dentro da FATO,
a descolagem ou a aterragem dos deve ser capaz de suportar cargas
helicópteros; e dinâmicas.
(iii) Deve ter resistência suficiente para (5) Quando se implante junto a uma posição de
permitir a descolagem interrompida de estacionamento de helicópteros, a TLOF
helicópteros que operem na Classe de deve ser capaz de suportar cargas estáticas
Performance 1. e o tráfego dos helicópteros para os quais
(7) Quando a FATO seja envolvente da área de esteja prevista.
tomada de contacto e de elevação inicial (6) Quando a TLOF se situe dentro da FATO, o
(TLOF) para helicópteros que operem nas seu centro deve estar, no mínimo, a 0,5D
Classes de Performance 2 ou 3, a superfície do bordo da FATO.
da FATO deve ser capaz de suportar cargas (d) Áreas de segurança
estáticas. (1) A FATO deve estar rodeada por uma área de
(8) Sempre que possível na FATO deve prever-se segurança que não necessita de ser sólida.
o efeito de solo. (2) A área de segurança que rodeie a FATO,
(b) Zonas livres de obstáculos (CWY) para prevista para utilização por helicópteros
helicópteros que operem na Classe de Performance
(1) Quando exista uma zona livre de obstáculos 1 em condições meteorológicas de voo
(CWY) para helicópteros, esta situar- visual (VMC), deve prolongar-se para o
se-á após o fim da área de descolagem exterior da periferia da FATO até a uma
interrompida. distância de pelo menos 3m ou 0,25D (o
(2) A largura da zona livre de obstáculos (CWY) maior destes dois) do helicóptero maior
para helicópteros, não deve ser inferior à para o qual a FATO esteja prevista, e:
da área de segurança correspondente. (i) Cada lado exterior da área de segurança
(3) O terreno numa zona livre de obstáculos deve ter, no mínimo, 2D, quando a
(CWY) para helicópteros, não deve FATO seja quadrada; ou
perfurar um plano cuja inclinação (ii) O diâmetro exterior da área de
ascendente seja de 3% e cujo limite segurança deve ter, no mínimo, 2D,
inferior seja uma linha horizontal situada quando a FATO seja circular.
na periferia da FATO. (3) A área de segurança que rodeie a FATO,
(4) Qualquer objecto situado na zona livre de prevista para utilização por helicópteros
obstáculos (CWY) para helicópteros, que que operem nas Classes de Performance 2
possa pôr em perigo os helicópteros em e 3 em condições meteorológicas de voo
voo, deve considerar-se um obstáculo e visual (VMC), deve prolongar-se para o
ser eliminado. exterior da periferia da FATO até a uma
(c) Áreas de estabelecimento de contacto e de distância de pelo menos 3m ou 0,5D (o
elevação inicial (TLOF) maior destes dois) do helicóptero maior
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(677)
para o qual a FATO esteja prevista, e: (i) Lateralmente até a uma distância, no
(i) Cada lado exterior da área de segurança mínimo, de 45m para cada lado do
deve ter, no mínimo, 2D, quando a eixo; e
FATO seja quadrada; ou (ii) Longitudinalmente até a uma distância,
no mínimo, de 60m para além dos
(ii) O diâmetro exterior da área de
limites da FATO.
segurança deve ter, no mínimo, 2D,
(Ver a Figura 45).
quando a FATO seja circular.
(6) Não é permitida a presença de nenhum
(4) Deve existir uma inclinação transversal objecto fixo na área de segurança
protegida que se eleve a 45° desde o bordo exceptuando objectos frangíveis, que
da área de segurança até uma área de 10m, pela sua função, devam estar aí situados.
cuja superfície não deve ser perfurada por Não são permitidos objectos móveis na
obstáculos, salvo quando existam apenas área de segurança durante a operação de
num dos lados da FATO (nesse caso helicópteros no heliporto.
(7) Os objectos cuja função obriga a que estejam
serão permitidas perfuração da inclinação
situados na área de segurança não devem
lateral)
exceder uma altura de 25cm quando
(5) A área de segurança que rodeie a FATO,
estejam no bordo da FATO, nem devem
prevista para utilização por helicópteros sobressair de um plano cuja origem se
que operem em condições meteorológicas situe 25cm acima do bordo da FATO e cuja
de voo por instrumentos (IMC), deve inclinação ascendente e para o exterior da
prolongar-se: FATO seja de 5%.
(8) Quando a FATO tiver um diâmetro menor Nota 1 — Os caminhos de circulação de helicópteros no
que 1D, a altura máxima dos objectos solo existem para permitir a circulação dos helicópteros com
cuja função exija que se situem na área de roda, pelos seus próprios meios.
segurança, sempre que possível, não deve Nota 2 — As especificações seguintes destinam-se à
segurança de operações simultâneas durante as manobras de
exceder 5cm.
helicópteros. Não obstante, deve ser considerada a veloci-
(9) Quando seja sólida, a superfície da área
dade do vento induzida pela corrente descendente do rotor.
de segurança não deverá exceder uma Nota 3 — Quando um caminho de circulação se destine
inclinação ascendente, de 4%, para o a aviões e helicópteros, devem ser consideradas as disposi-
exterior do bordo da FATO. ções sobre caminhos de circulação para aviões e caminhos
(10) Quando seja pertinente, a superfície da área de circulação de helicópteros no solo e devem ser aplicados
de segurança será objecto de tratamento os critérios mais restritivos.
para evitar que a corrente descendente do (1) A largura dos caminhos de circulação
de helicópteros no solo não deve ser
rotor levante partículas soltas.
inferior a 1,5 vezes a largura máxima
(11) A superfície da área de segurança adjacente
do trem de aterragem, espalho, (UCW)
à FATO será uma continuação da mesma, dos helicópteros para os quais se prevê
(e) Caminhos e rotas de circulação de helicópteros no o caminho de circulação no solo (ver a
solo Figura 46).
(678)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(2) A superfície dos caminhos de circulação (1) A largura das rotas de desvio de tráfego não
aéreos de helicópteros deve ser apropriada deve ser inferior a:
para aterragens de emergência. (i) 7 vezes a largura máxima total dos
(3) Sempre que possível, a superfície dos helicópteros para os quais estejam
caminhos de circulação aéreos de previstas, quando se destinem apenas
helicópteros deve ser capaz de suportar a utilização durante o período diurno;
cargas estáticas. e
(4) Sempre que possível, a inclinação transversal (ii) 10 vezes a largura máxima total dos
dos caminhos de circulação aéreos de helicópteros para os quais estejam
helicópteros não deve ser superior a previstas, quando se destinem a
10% e a inclinação longitudinal não utilização durante o período nocturno.
deve ser superior a 7%. Em todo o caso, (2) Nenhuma variação de direcção do eixo
as inclinações não devem exceder as de uma rota de desvio de tráfego deve
limitações de aterragem em ladeira dos exceder 120º e deve ser projectada de
helicópteros para os quais o caminho modo a que não exija uma viragem cujo
esteja previsto. raio seja inferior a 270º.
(5) Os caminhos de circulação aéreos de Nota — O objectivo consiste em seleccionar rotas de
helicópteros devem estar centrados com desvio de tráfego de modo a que sejam possíveis aterragens
as rotas de circulação aérea. em auto rotação ou com um motor inoperativo, de modo
(6) As rotas de circulação aérea de helicópteros que, como requisito mínimo, se evitem as lesões de pessoas
devem prolongar-se simetricamente para na terra ou na água, ou danos materiais.
cada lado do eixo, no mínimo, 1 vez a (h) Placas de estacionamento
largura total máxima dos helicópteros para (1) A inclinação em qualquer direcção de uma
os quais estão previstos. posição de estacionamento na placa não
(7) Não deve ser permitida a presença de deve exceder 2%.
qualquer objecto nas rotas de circulação (2) A dimensão de uma posição de estacionamento
aérea de helicópteros, exceptuando os de helicópteros será tal que permita conter
objectos frangíveis que, pela sua função, um círculo cujo diâmetro seja, no mínimo,
devam aí implantar-se. 1,2 D do helicóptero maior para o qual
(8) As superfícies das rotas e dos caminhos de essa posição esteja prevista.
circulação aéreos de helicópteros devem (3) No caso de uma posição de estacionamento
ser resistentes aos efeitos da corrente de helicópteros poder ser utilizada para
descendente do rotor. circulação, a sua largura mínima e área de
(9) Na superfície das rotas de circulação aérea protecção respectiva devem ser as mesmas
de helicópteros deve ser previsto o efeito que as do caminho de circulação (ver
de solo. Figura 48).
(g) Rotas de desvio de tráfego (4) No caso de uma posição de estacionamento
Nota — Uma rota de desvio de tráfego existe para per- de helicópteros poder ser utilizada para
mitir a circulação dos helicópteros acima da superfície, a manobras de viragem, a sua dimensão
alturas normalmente não superiores a 30m acima do nível mínima com a respectiva área de
do solo e a velocidades relativamente ao solo superiores a protecção, não deve ser inferior a 2D (ver
37km/h (20kt). Figura 49).
(680)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(10) A zona central da posição de estacionamento (1) Quando a FATO esteja situada perto da
de helicópteros deve ser capaz de suportar pista ou de um caminho de circulação e
o tráfego de helicópteros para os que está se prevejam operações simultâneas em
prevista e deve ter uma área capaz de condições VMC, a distância de separação,
suportar cargas estáticas: entre o bordo de uma pista ou caminho de
(i) De diâmetro não inferior a 0,83 D do circulação e o bordo da FATO, não deve
helicópteros maior para a que esteja ser inferior à magnitude correspondente
prevista; e da Tabela 18.
(ii) No caso de a posição de estacionamento (2) Sempre que possível, a FATO não deve
de helicópteros poder ser utilizada para localizar-se:
circulação no solo, da mesma largura (i) Perto de cruzamentos de caminhos
que o caminho de circulação no solo. de circulação ou de posições de
Nota — Numa posição de estacionamento de helicópte- espera nos quais seja provável que o
ros prevista para a realização de viragens no solo pode ser funcionamento do motor de reacção
necessário aumentar a dimensão da zona central. cause turbulência; ou
(i) Localização de uma área de aproximação (ii) Perto de zonas nas quais seja provável
final e descolagem (FATO) em relação a ocorrência de turbilhão de esteira de
a uma pista ou caminho de circulação aeronaves.
(682)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(5) Quando se implante junto a uma posição (5) Não é permitida a presença de nenhum
de estacionamento de helicópteros objecto fixo na área de segurança
e se preveja ser utilizada apenas por exceptuando objectos frangíveis, que
helicópteros de circulação no solo, deve pela sua função, devam estar aí situados.
ser capaz, no mínimo, de suportar cargas Não são permitidos objectos móveis na
estáticas e o tráfego dos helicópteros para área de segurança durante a operação de
os quais esteja prevista. helicópteros no heliporto.
(6) Quando se implante junto a uma posição (6) Os objectos cuja função obriga a que estejam
de estacionamento de helicópteros e se situados na área de segurança não devem
preveja ser utilizada por helicópteros de exceder uma altura de 25cm quando
circulação aérea, deve ter uma área capaz estejam no bordo da FATO, nem devem
de suportar cargas dinâmicas. sobressair de um plano cuja origem se
(d) Áreas de segurança situe 25cm acima do bordo da FATO e cuja
(1) A FATO deve estar rodeada por uma área de inclinação ascendente e para o exterior da
segurança que não necessita de ser sólida. FATO seja de 5%.
(2) A área de segurança que rodeie a FATO, (7) Quando a FATO tiver um diâmetro menor
prevista para utilização por helicópteros que 1 D, a altura máxima dos objectos
que operem na Classe de Performance cuja função exija que se situem na área de
1 em condições meteorológicas de voo segurança, sempre que possível, não deve
exceder 5cm.
visual (VMC), deve prolongar-se para o
(8) Quando seja sólida, a superfície da área
exterior da periferia da FATO até a uma
de segurança não deve ter nenhuma
distância de pelo menos 3m ou 0,25D (o
inclinação ascendente que exceda 4% para
maior destes dois) do helicóptero maior
fora do bordo da FATO.
para o qual a FATO esteja prevista, e:
(9) Quando seja pertinente, a superfície da área
(i) Cada lado exterior da área de segurança
de segurança será objecto de tratamento
deve ter, no mínimo, 2D, quando a
para evitar que a corrente descendente do
FATO seja quadrada; ou
rotor levante partículas soltas.
(ii) O diâmetro exterior da área de
(10) A superfície da área de segurança adjacente
segurança deve ter, no mínimo, 2D,
à FATO será uma continuação da mesma.
quando a FATO seja circular.
(e) Caminhos e rotas de circulação de helicópteros no
(3) A área de segurança que rodeie a FATO,
solo
prevista para utilização por helicópteros
Nota — As especificações seguintes destinam-se à segu-
que operem nas Classes de Performance 2
rança de operações simultâneas durante as manobras de
e 3 em condições meteorológicas de voo
helicópteros. Não obstante, deve ser considerada a veloci-
visual (VMC), deve prolongar-se para o dade do vento induzida pela corrente descendente do rotor.
exterior da periferia da FATO até a uma (1) A largura dos caminhos de circulação
distância de pelo menos 3m ou 0,5D (o de helicópteros no solo não deve ser
maior destes dois) do helicóptero maior inferior a 2 vezes a largura máxima do
para o qual a FATO esteja prevista, e: trem de aterragem, espalho, (UCW) dos
(i) Cada lado exterior da área de segurança helicópteros para os quais se prevê o
deve ter, no mínimo, 2D, quando a caminho de circulação no solo.
FATO seja quadrada; ou (2) A inclinação longitudinal dos caminhos de
(ii) O diâmetro exterior da área de circulação de helicópteros no solo não
segurança deve ter, no mínimo, 2D, deve ser superior a 3%.
quando a FATO seja circular. (3) Os caminhos de circulação de helicópteros no
(4) Deve existir uma inclinação transversal solo devem ser capazes de suportar cargas
protegida que se eleve a 45° desde o bordo estáticas e de circulação dos helicópteros
da área de segurança até uma área de 10m, para os quais estejam previstos.
cuja superfície não deve ser perfurada por (4) Os caminhos de circulação de helicópteros
obstáculos, salvo quando existam apenas no solo devem estar centrados com as
num dos lados da FATO (nesse caso rotas de circulação no solo.
serão permitidas perfuração da inclinação (5) As rotas de circulação de helicópteros no
lateral). solo devem prolongar-se simetricamente
(684)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
para cada lado do eixo, no mínimo, 1 vez a (7) A superfície das rotas de circulação aéreas
largura total máxima dos helicópteros para de helicópteros deve ser resistentes aos
as quais estão previstas. efeitos da corrente descendente do rotor.
(6) Não deve ser permitida a presença de (8) Na superfície das rotas de circulação aérea
qualquer objecto nas rotas de circulação de helicópteros deve ser previsto o efeito
de helicópteros no solo, exceptuando os de solo.
objectos frangíveis que, pela sua função, (g) Plataformas
devam aí implantar-se. (1) A inclinação em qualquer direcção de uma
(7) As rotas e os caminhos de circulação de posição de estacionamento na placa não
helicópteros no solo devem proporcionar deve exceder 2%.
uma drenagem rápida, sem que a (2) A dimensão de uma posição de estacionamento
inclinação transversal exceda 2%. de helicópteros será tal que permita conter
(8) A superfície das rotas de circulação de um círculo cujo diâmetro seja, no mínimo,
helicópteros no solo deve ser resistente 1,2 D do helicóptero maior para o qual
aos efeitos da corrente descendente do essa posição esteja prevista.
rotor. (3) No caso de uma posição de estacionamento
(f) Caminhos e rotas de circulação aérea de de helicópteros poder ser utilizada para
helicópteros circulação, a sua largura mínima e área de
Nota — Os caminhos de circulação aéreos de helicóp- protecção respectiva devem ser as mesmas
teros existem para permitir a circulação dos helicópteros que as do caminho de circulação.
acima da superfície, a uma altura normalmente associada ao (4) No caso de uma posição de estacionamento
efeito de solo e a velocidades relativamente ao solo, inferio- de helicópteros poder ser utilizada para
res a 37km/h (20kt). manobras de viragem, a sua dimensão
mínima com a respectiva área de
(1) A largura dos caminhos aéreos de circulação
protecção, não deve ser inferior a 2D.
de helicópteros não deve ser inferior
(5) No caso de uma posição de estacionamento
a 3 vezes a largura máxima do trem
de helicópteros poder ser utilizada para
de aterragem, espalho, (UCW) dos
manobras de viragem, a mesma deve estar
helicópteros para os quais se prevê o
rodeada por uma área de protecção que se
caminho aéreo de circulação.
deve prolongar por uma distância de 0,4 D
(2) A superfície dos caminhos de circulação
desde o seu bordo.
aéreos de helicópteros deve ser capaz de
(6) Para operações simultâneas, a área de
suportar cargas dinâmicas.
protecção das posições de estacionamento
(3) A inclinação transversal dos caminhos de
de helicópteros e suas rotas de circulação
circulação aéreos de helicópteros não
associadas não se devem sobrepor.
deve ser superior a 2% e a inclinação Nota — Onde se prevejam operações não simultâneas,
longitudinal não deve ser superior a 7%. a área de protecção das posições de estacionamento de
Em todo o caso, as inclinações não devem helicópteros e suas rotas de circulação associadas podem
exceder as limitações de aterragem em sobrepor-se.
ladeira dos helicópteros para os quais o (7) Quando se preveja a sua utilização para
caminho esteja previsto. operações de circulação no solo de
(4) Os caminhos de circulação aéreos de helicópteros com rodas, nas dimensões
helicópteros devem estar centrados com das posições de estacionamento de
as rotas de circulação aérea. helicópteros deve ser tido em conta o
(5) As rotas de circulação aérea de helicópteros rádio mínimo de viragem dos helicópteros
devem prolongar-se simetricamente para com rodas, para os quais a posição esteja
cada lado do eixo, no mínimo, 1 vez a prevista.
largura total máxima dos helicópteros para (8) Nas posições de estacionamento de
os quais estão previstos. helicópteros e sua respectiva área de
(6) Não deve ser permitida a presença de protecção previstas para utilização em
qualquer objecto nas rotas de circulação circulação aérea deve ser previsto o efeito
aérea de helicópteros, exceptuando os de solo.
objectos frangíveis que, pela sua função, (9) Não deve ser permitida a presença de
devam aí implantar-se. qualquer objecto fixo nas posições de
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(685)
(7) Não deve ser permitida a presença de qualquer da FATO, até a uma determinada
objecto fixo adjacente ao bordo da FATO, altura acima da FATO, e depois
exceptuando os objectos frangíveis que, diverge uniformemente num ângulo
pela sua função, aí devam estar situados. especificado até uma largura final
(8) A altura dos objectos cuja função obriga a especificada e seguidamente continua
que estejam situados no bordo da FATO com essa largura ao longo do restante
não deve ser superior a 25cm. comprimento da superfície de
(9) A altura dos objectos cuja função obriga a aproximação; e
que estejam situados dentro da FATO (iii) Um bordo exterior horizontal e
(como a iluminação ou as redes) não perpendicular ao eixo da superfície
deve ser superior a 2,5cm. Tais objectos de aproximação e a uma altura
apenas aí podem estar presentes caso especificada acima da elevação da
não representem um perigo para os FATO.
helicópteros. (3) A elevação do bordo interior deve ser igual à
(10) A superfície da FATO será resistente elevação da área de segurança no ponto do
aos efeitos de escorregamento tanto de bordo interior que consiste na intersecção
helicópteros como de pessoas. com o eixo da superfície de aproximação.
(4) A inclinação da superfície de aproximação
PARTE T: Restrição e Remoção de Obstáculos
deve ser medida no plano vertical que
Nota — A finalidade das especificações desta Parte é
contém o eixo da pista.
definir o espaço aéreo, em volta dos heliportos, que deve
Nota — Nos heliportos previstos para helicópteros que
ficar livre de obstáculos de modo a permitir que as opera-
operem nas Classes de performance 2 e 3, sempre que as cir-
ções dos helicópteros que se destinam a esse heliporto, se
cunstâncias o permitam devem seleccionar-se as trajectórias
efectuem com segurança e evitar que os heliportos fiquem de aproximação de modo a que sejam possíveis, em con-
inoperativos devido à multiplicidade de obstáculos à sua dições de segurança, a aterragem forçada ou as aterragens
volta. Isto consegue-se estabelecendo uma série de superfí- com um motor fora de funcionamento afim de que, como
cies limitativas de obstáculos que definem os limites em que requisito mínimo, se evitem lesões das pessoas em terra ou
os objectos se podem projectar no espaço aéreo. na água ou os danos materiais. É expectável que as disposi-
22.360 Superfícies e Sectores Limitativos de Obstá ções relativas a zonas de aterragens forçadas evitem o risco
culos de lesões dos ocupantes do helicóptero. O tipo de helicóp-
(a) Superfície de aproximação tero mais crítico para o qual o heliporto foi projectado e as
(1) Descrição — Superfície de aproximação. condições atmosféricas são factores determinantes para con-
Plano inclinado ou combinação de planos veniência das zonas.
inclinados a partir do extremo da área de (b) Superfície de transição
segurança e com um centro numa linha (1) Descrição Superfície de transição. Uma
que passa pelo centro da FATO (Ver a superfície complexa que se estende ao
Figura 53). longo bordo da área de segurança e parte
(2) Características Os limites da superfície de do bordo da superfície de aproximação,
aproximação devem abranger: de inclinação ascendente e para fora da
(i) Um bordo interior horizontal de superfície horizontal interior ou até uma
altura predeterminada (ver a Figura 53).
comprimento igual à largura mínima
(2) Características Os limites de uma superfície
especificada na FATO mais a área
de transição devem abranger:
de segurança e perpendicular ao
(i) Um bordo inferior com início na
eixo superfície de aproximação e
intersecção do lado da superfície
localizado no bordo exterior da área de aproximação com a superfície
de segurança; horizontal interior, ou a uma altura
(ii) Dois lados que partem dos extremos do especificada acima do bordo inferior
bordo interior e: Caso a FATO não seja quando não exista uma superfície
de precisão, diverge uniformemente horizontal interior e que se prolongue
num ângulo especificado, relativamente seguindo o bordo da superfície de
ao plano vertical que contém o eixo aproximação até ao bordo interior
da FATO; Caso a FATO seja de da superfície de aproximação e daí
precisão, diverge uniformemente num ao longo do comprimento da área de
ângulo especificado, relativamente segurança, paralelamente ao eixo da
ao plano vertical que contém o eixo FATO; e
(688)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(ii) Um bordo superior situado no plano (ii) Um bordo superior localizado a uma
da superfície horizontal interior ou altura determinada acima da superfície
a uma altura especificada acima do horizontal interior, ou acima da
bordo interior, quando não exista uma elevação do extremo mais baixo da
superfície horizontal interior. FATO, caso não exista superfície
(3) A elevação de um ponto no bordo inferior horizontal interior.
deve ficar situada: (3) A inclinação da superfície cónica deve ser
(i) No troço ao lado da superfície de medida acima da horizontal.
aproximação igual à elevação da (e) Superfície de subida à descolagem
superfície de aproximação naquele (1) Descrição — Superfície de subida à
ponto; e descolagem Plano inclinado ou
(ii) No troço ao lado da área de segurança combinação de planos, quando inclua
- igual à elevação do eixo da FATO uma curva, uma superfície complexa
oposto a esse ponto. ascendente a partir da extremidade da área
Nota — Como consequência de b), a superfície de tran- de segurança e com o centro numa linha
sição ao longo da área de segurança deve ser curva se o que passa pelo centro da FATO (ver a
perfil da FATO for curvo ou plana se o perfil da FATO for Figura 53).
rectilíneo. A intersecção da superfície de transição com a (2) Características — Os limites da superfície de
superfície horizontal interior deve ser também uma linha subida à descolagem devem abranger:
curva ou recta, dependendo do perfil da FATO. (i) Um bordo interior, de comprimento
(4) A inclinação da superfície de transição igual à largura mínima especificada
deve ser medida num plano vertical, da FATO mais a área de segurança,
perpendicular ao eixo da FATO. perpendicular ao eixo da superfície
(c) Superfície horizontal interior de subida à descolagem e situada no
Nota — A superfície horizontal interior destina-se a per- bordo exterior da área de segurança ou
mitir uma manobra visual segura. da zona livre de obstáculos;
(1) Descrição Superfície horizontal interior. (ii) Duas superfícies laterais com início
Superfície circular situada num plano nas extremidades do bordo interior,
horizontal acima da FATO e da área divergindo uniformemente com um
envolvente (ver Figura 53). ângulo determinado a partir do plano
(2) Características O raio da superfície vertical que contém o eixo da FATO; e
horizontal interior deve ser medido a partir (iii) Um bordo exterior horizontal e
do centro da FATO. perpendicular ao eixo da superfície de
(3) A altura da superfície horizontal interior deve subida à descolagem e a uma altura
ser medida acima do ponto de referência especificada acima da elevação da
para a elevação estabelecido para esse fim FATO.
Nota — O Manual de Serviços de Heliportos (Doe. (3) A elevação do bordo interior deve ser igual
9261) contém orientações sobre determinação do ponto de à da área de segurança no ponto em
referência para a elevação. que o bordo interior intersecta o eixo
(d) Superfície cónica da superfície de subida à descolagem,
(1) Descrição — Superfície cónica. Superfície excepto quando existe uma zona livre de
com inclinação ascendente e para obstáculos (CWY), nesse caso a elevação
o exterior da periferia da superfície deve ser igual à do ponto mais elevado
horizontal interior ou desde o limite acima do solo no eixo da zona livre de
exterior da superfície de transição caso obstáculos (CWY).
não exista superfície horizontal interior (4) No caso de um perfil de subida à descolagem
(ver Figura 53). em linha recta, a inclinação da superfície
(2) Características — Os limites da superfície de subida à descolagem deve ser medida
cónica devem abranger: no plano vertical que contém o eixo da
(i) Um bordo inferior que coincida com superfície.
a periferia da superfície horizontal (5) No caso de um perfil de subida à descolagem
interior ou com o limite exterior da que envolva uma curva, a superfície
superfície de transição, caso não exista de subida à descolagem deve ser uma
superfície horizontal interior; e superfície complexa que contenha as
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(689)
(2) Nas FATO para aproximação de não precisão, minimizar o problema causado por obstáculos que infringem
devem ser estabelecidas as seguintes essas superfícies.
superfícies limitativas de obstáculos: (8) Os heliportos de superfície devem ter pelo
(i) Superfície de subida à descolagem; menos duas superfícies de subida à
(ii) Superfície de aproximação; descolagem e de aproximação, separadas
(iii) Superfície de transição; e no mínimo por 150º.
(iv) Superfície cónica, caso não exista (9) Sempre que possível, o número e orientação
superfície horizontal interior. das superfícies de subida à descolagem
(3) Nas FATO para aproximação visual, sempre e de aproximação devem ser tais que o
que possível devem ser estabelecidas factor de utilização de um heliporto não
as seguintes superfícies limitativas de seja inferior a 95% no caso de helicópteros
obstáculos: para os quais o heliporto está previsto.
(i) Superfície de subida à descolagem; (b) Heliportos elevados
(ii) Superfície de aproximação; (1) Os requisitos de limitação de obstáculos
(4) Nas FATO para aproximação de não relativos a heliportos elevados ajustam-
precisão, sempre que possível devem ser se aos correspondentes dos heliportos de
estabelecidas as seguintes superfícies superfície especificados em 22.360.a) a
limitativas de obstáculos: 22.360.g).
(i) Superfície horizontal interior; (2) Os heliportos elevados devem ter pelo menos
(ii) Superfície cónica. duas superfícies de subida à descolagem e
Nota — Pode prescindir-se da superfície horizontal inte- de aproximação, separadas no mínimo por
150º.
rior caso se prevejam aproximações em linha recta que não
seja de precisão, por ambos os extremos. (c) Heliplataformas
Nota — As especificações seguintes destinam-se a
(5) As inclinações das superfícies não devem
heliplataformas localizadas em estruturas destinadas a acti-
ser superiores, nem as outras dimensões
vidades tais como exploração mineira, investigação ou
inferiores, às especificadas nas Tabelas 19
construção, ainda que excluindo os heliportos a bordo de
a 22, e estarão situadas segundo o indicado
embarcações.
nas Figuras 56 a 60.
(1) As heliplataformas terão um sector livre de
(6) Acima de qualquer uma das superfícies
obstáculos.
indicadas em 22.363.a) a 22.263.d) não
Nota — As heliplataformas podem ter um sector com
devem ser permitidos novos objectos
obstáculos sujeitos a restrições conforme definido em
nem prolongamentos dos já existentes,
22.360.
excepto quando a autoridade competente
(2) Não existiram objectos fixos dentro do
entender que os novos objectos ou os seus
sector livre de obstáculos que perfurem a
prolongamentos estão protegidos por um superfície livre de obstáculos.
objecto imóvel já existente. (3) Na envolvente da heliplataforma será
Nota — O Manual de Serviços de Aeroportos (Doc. dada protecção aos helicópteros contra
9137), Parte 6 contém referências às circunstâncias em que obstáculos abaixo do nível do heliporto.
se pode aplicar razoavelmente o princípio da protecção. Esta protecção prolongar-se-á sobre um
(7) Sempre que as circunstâncias assim o arco de pelo menos 180º com origem no
determinem os objectos existentes acima centro da FATO e com uma inclinação
de qualquer uma das superfícies referidas descendente que tenha uma relação de 1/5
em 22.363.a) a 22.263.d) devem, na (horizontal/vertical) a partir de um dos
medida do possível, ser removidos, bordos da FATO dentro do sector de 180º.
excepto quando, na opinião do INAVIC, Esta inclinação descendente pode ser
o objecto estiver protegido por um objecto reduzida a uma relação de 1/3 (horizontal/
imóvel já existente, ou se, após um estudo vertical) dentro do sector de 180º para
aeronáutico ficar determinado que o helicópteros multimotores que operem em
objecto não põe em risco a segurança nem Classes de Performance 1 ou 2 (Ver Figura
afecta significativamente a regularidade 54).
das operações dos helicópteros. (4) Quando um obstáculo móvel ou uma
Nota — A aplicação das superfícies de subida à desco- combinação de obstáculos dentro do
lagem com viragem, como se especifica em 22.360, pode sector livre de obstáculos seja essencial
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(691)
obstáculos, a marca deve situar-se do lado (4) A altura da marca em ponta de seta será igual
da marca de identificação H, onde estejam à largura da marca da TLOF, mas não
os obstáculos. inferior a 30cm.
Características (5) A marca em ponta de seta deve ser pintada
(3) A marca de nome de heliporto consistirá numa cor que sobressaia.
no nome do heliporto ou no indicador (I) Marca de superfície de heliplataforma
alfanumérico do heliporto utilizado nas Aplicação
comunicações radiotelefónicas. (1) Sempre que possível, a superfície da
(4) Os caracteres da marca devem ter uma heliplataforma, delimitada pela FATO
altura não inferior a 3m nos heliportos deve ser pintada de uma cor escura com
de superfície e não inferior a 1,2m nos um revestimento de alto atrito. Quando
heliportos elevados e nas helipiataformas. o revestimento da superfície possa ter
A cor da marca deve sobressair um efeito que degrade as propriedades
relativamente ao fundo.
de atrito pode ser necessário deixar por
(5) A marca de nome de heliporto destinada a uso
tratar a superfície da heliplataforma.
nocturno ou em condições de visibilidade
Nesses casos, a visibilidade das marcas
reduzida deve ser iluminada, interior ou
da plataforma deve ser melhorada
exteriormente.
contornando as marcas com uma cor
(k) Marca de sector livre de obstáculos de
contrastante.
heliplataforma
(m) Marca de sector de aterragem proibida na
Aplicação
heliplataforma
(1) Sempre que possível, nas heliplataformas
devem ser pintadas marcas de sector livre Aplicação
de obstáculos. (1) Quando seja necessário impedir que os
Localização helicópteros aterrem em determinados
(2) A pintura do sector livre de obstáculos de rumos deve ser pintada uma marca
heliplataforma, deve situar-se no perímetro de sector de aterragem proibida na
da FATO ou na marca da TLOF. heliplataforma.
Características Localização
(3) A marca de sector livre de obstáculos de (2) A pintura do sector de aterragem proibida
heliplataforma indicará a origem do sector na heliplataforma, deve situar-se
livre de obstáculos e as direcções dos sobre a marca de ponto de contacto e
limites do sector. posicionamento no bordo da FATO, dentro
Nota — o Manual de heliportos (Doe. 9261) contém dos rumos pertinentes, como se ilustra na
figuras com exemplos. Figura 68.
(4) Os painéis de rota de desvio de tráfego Nota 4 — As especificações seguintes foram formuladas
devem ser subdivididos em três listas ver- para utilização em FATOs destinadas a operações visuais de
ticais de igual largura, de cores amarelo, não precisão.
verde e amarelo respectivamente. Caso as (b) Farol de heliporto
rotas de desvios de tráfego possam ser uti- Aplicação
lizadas durante a noite estes painéis devem (1) Nos heliportos deve existir um farol quando:
ser iluminados interiormente ou revestidos (i) Se considere necessário um guiamento
visual de longo alcance e este não seja
com materiais retrorreflectores.
providenciado por outros meios; ou
22.375 LUZES
(ii) Quando seja difícil identificar o heli-
(a) Generalidades porto devido às luzes existentes na sua
Nota 1 — A Parte K, 22.235.a) contém especificações envolvente.
sobre a iluminação das luzes não aeronáuticas de superfície Localização
e do projecto de luzes elevadas e encastradas. (2) O farol de heliporto deve localizar-se no heli-
Nota 2 — Quando as heliplataformas ou os heliportos se porto ou perto do mesmo, de preferência
situem perto de águas navegáveis é necessário garantir que numa posição elevada e de modo a que não
as luzes aeronáuticas de superfície não causem confusão à encandeio o piloto numa distância curta.
Nota — Quando seja provável o encandeamento provo-
navegação marítima.
cado pelo farol, a curta distância, o mesmo pode ser apagado
Nota 3 — Atendendo a que os helicópteros, geralmente, durante as etapas finais da aproximação e aterragem.
se aproximam demasiado de luzes alheias à sua operação, é Características
particularmente importante garantir que as luzes, a não ser (3) O farol de heliporto emitirá séries repetidas
as de navegação em conformidade com a regulamentação de clarões brancos de curta duração em
internacional. Se iluminem ou mudem de sítio para evitar o intervalos iguais com o formato indicado
encandeamento directo ou por reflexão. na Figura 71.
(710)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(4) A luz do farol deve ser vista a partir de todos Nota — Quando se pretenda dispor de controlo de
os ângulos de azimute. brilho considera-se que os ajustes de 10% e 3%. São
(5) A distribuição da intensidade efectiva da luz, satisfatórios. Complementarmente, pode ser necessária
sempre que possível, deve ajustar-se ao iluminação para assegurar que os pilotos não são encan-
indicado na Figura 72, Ilustração 1. deados nas etapas finais de aproximação e aterragem.
(d) Sistema para alinhamento visual. (vii) Seja fisicamente impossível ins-
Aplicação talar um sistema de iluminação de
(1) Deve existir sistema para alinhamento aproximação.
visual para as aproximações aos heli- Localização
portos quando se verifique uma ou mais (2) O sistema para alinhamento visual deve
localizar-se de forma a poder guiar o heli-
das seguintes condições, especialmente
cóptero ao longo da rota definida até à
durante a noite:
FATO.
(v) Os procedimentos de desobstrução de
(3) O sistema deve estar situado no bordo da
obstáculos, atenuação do ruído ou de
FATO a favor do vento e deve estar ali-
controlo de tráfego exijam que se siga nhado com a direcção de aproximação
por uma única direcção; preferencial.
(vi) O meio no qual o heliporto se encon- (4) Os dispositivos luminosos devem ser fran-
tra seja pobre em referências visuais à gíveis e ser montados tão baixo quanto
superfície; possível.
(712)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
(5) Em casos nos quais seja necessário ver as (9) O formato do sinal será tal que não exista
luzes do sistema como fontes luminosas possibilidade de confusão entre o sistema
discretas, os elementos luminosos devem e qualquer outro sistema visual indicador
dispor-se de maneira que nos limites de inclinação de aproximação associado
extremos de cobertura do sistema o ângulo ou outras ajudas visuais.
subentendido entre os elementos, vistos (10) O sistema deve evitar utilizar a mesma codi-
desde a posição do piloto, não seja inferior ficação que se utilize para outro sistema
a 3 minutos de arco. visual indicador de inclinação de aproxi-
(6) Os ângulos subentendidos entre os elemen- mação associado.
tos luminosos do sistema e outras luzes de (11) O formato do sinal será tal que o sistema
intensidade comparável ou superior tam-
apareça como único e seja visível em
bém não serão inferiores a 3 minutos de
todos os ambientes operacionais.
arco.
(12) O sistema não deve contribuir significativa-
Nota — Devem satisfazer-se os requisitos estipula-
mente para o aumento da carga de trabalho
dos em 22.375.d)5 e 22..375.d)6, quando se trata de luzes
do piloto.
situadas na linha normal de visão, colocando os elementos
luminosos a uma distância entre si de 1m por cada kilómetro Distribuição da luz
de distância de visão. (13) A cobertura útil do sistema de alinhamento
Formato do sinal visual será igual à do sistema visual indi-
(7) O formato do sinal do sistema para alinha- cador de inclinação de aproximação
mento visual incluirá, no mínimo, três associado.
sectores de sinal discretos, a saber: “ali- (14) Deve ser instalado um controlo adequado
nhar para a direita”, “rota correcta”, da intensidade que permita fazer ajustes
“alinhar para a esquerda”. relativamente às condições e para evitar o
(8) A divergência do sector “rota correcta” do encandeamento do piloto durante a apro-
sistema será a indicada na Figura 74. ximação e aterragem.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(713)
(4) Nos heliportos de superfície destinados a ser colocados formando linhas rectas que
operação nocturna, sempre que possí- circunscrevam essa área.
vel, deve existir iluminação da TLOF (10) Nos heliportos de superfície deve exis-
mediante ASPSL e/ou LP, para identifica- tir um número mínimo de 9 LP na TLOF.
ção da marca do ponto de contacto e/ou O comprimento total dos LP colocados
reflectores quando for necessário realçar numa determinada configuração não será
as referências visuais da superfície. inferior a 50% do comprimento dessa con-
Localização figuração. O número de painéis será ímpar,
(5) As luzes de perímetro da TLOF devem ser com um mínimo de 3 painéis em cada lado
implantadas ao longo do bordo da área da TLOF, incluindo o painel que deve
designada para uso como TLOF ou a colocar-se em cada esquina. Os LP devem
uma distância do bordo inferior a 1,5m. ser equidistantes entre si, sendo a distân-
Quando a TLOF seja um círculo: cia entre extremos de painéis adjacentes,
(i) As luzes devem ser implantadas em de cada lado da TLOF, não superior a 5m.
linha rectas, numa configuração que (11) Quando se utilizem LP em heliportos eleva-
proporcione ao piloto uma indicação dos ou em heliplataformas para realce das
do movimento; e referências visuais à superfície, os painéis
(ii) Quando a) não seja viável, as luzes LP devem ser colocados à volta da marca
devem ser implantadas uniformemente de ponto de contacto, quando esta exista,
espaçadas ao longo do perímetro da ou devem ser coincidentes com a marca de
identificação de heliporto.
TLOF com ajuste a intervalos apro-
(12) Os reflectores da TLOF devem ser implan-
priados, mas num sector de 45° o
tados de modo a que não encandeiem
espaçamento entre luzes deve ser
os pilotos durante o voo ou ao pessoal
reduzido a metade.
que trabalhe nessa área. A disposição e
(6) As luzes de perímetro da TLOF devem estar
orientação dos reflectores será tal que se
uniformemente espaçadas em intervalos
produzam o menor número de sombras.
não superiores a 3m para os heliportos
Nota — Está comprovado que os ASPSL e os LP uti-
elevados e heliplataformas e não superio-
lizados para designar a marca de ponto de contacto ou de
res a 5m para os heliportos de superfície.
identificação de heliporto indicam de melhor maneira as
Deve haver um número mínimo de 4 luzes
referências visuais da superfície que os reflectores de baixo
em cada lado, incluindo a luz que deve
nível. Devido ao risco de mau alinhamento, case se utilizem
ser colocada em cada esquina. Quando
reflectores, é necessário que se verifiquem os mesmos perio-
se trate de uma TLOF circular, na qual as
dicamente, para garantir o cumprimento das especificações
luzes se tenham instalado de acordo com que figuram em 22.375.h).
22.375.h)5.ii) devem existir no mínimo 14 Características
luzes. (13) As luzes de perímetro da TLOF devem ser
Nota. — O Manual de heliporto (Doc. 9621) contém omnidireccionais fixas de cor verde.
orientações a respeito. (14) Nos heliportos de superfície, os ASPSL
(7) As luzes de perímetro da TLOF de um heli- ou os LP devem emitir luz de cor verde
porto elevado ou de uma heliplataforma quando se utilizem para definir perímetro
fixa devem ser instaladas de modo a que da área de contacto e de elevação inicial.
os pilotos não as vejam a alturas inferio- (15) As disposições de 22.375.h)13 e
res à da TLOF. 22.375.h)14, não obrigam à substituição
(8) As luzes de perímetro da TLOF de um das instalações existentes antes de 1 de
heliplataformas flutuantes devem ser ins- Janeiro de 2009.
taladas de modo a que os pilotos não as (16) Os factores de cromaticidade e luminância
vejam a alturas inferiores à da TLOF das cores dos LP devem ajustar-se ao esti-
quando esteja em posição horizontal. pulado nos Apêndices 1, 3 e 4.
(9) Nos heliportos de superfície, caso sejam uti- (17) Os LP devem ter uma largura mínima de
lizados ASPSL ou LP para identificação da 6cm. A caixa do painel deve ser da mesma
TLOF, estes devem ser colocados ao longo cor que a marca que delimite.
da marca que delimita o bordo dessa área. (18) A altura dos elementos luminosos não deve
Quando a TLOF seja um círculo, devem exceder 25cm e os mesmos deverão ser
(718)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Não são tomados em conta requisitos para combate a salvamento e combate a incêndios deve
incêndios em edifícios ou estruturas situadas em heliportos basear-se no comprimento total do heli-
elevados. cóptero maior que normalmente utilize o
O Manual de heliportos (Doc. 9261) contém os requi- heliporto e em conformidade com a catego-
sitos em matéria de salvamento e luta contra incêndios das ria dos serviços de salvamento e combate a
heliplataformas. incêndios do heliportos segundo a Tabela
(b) Nível de protecção 24, exceptuando o caso de heliportos sem
(1) O nível de protecção que deve ser propor- pessoal de serviço e com um número redu-
cionado a um heliporto, para efeitos de zido de movimentos.
Nota — O Manual de heliportos (Doc. 9261) contém cas exigidas e sobre os critérios de eficácia de extinção de
orientação que pode ajudar as autoridades competentes, no incêndios que deve reunir uma espuma para que esta tenha
respeitante à dotação de equipamento e serviço de salva- uma eficácia de nível B aceitável.
mento e combate a incêndios em heliportos de superfície e (2) As quantidades de água para produção de
elevados. espuma e os agentes complementares que
(2) Durante os períodos em que se preveja a devem existir devem estar de acordo com
operação de helicópteros mais peque- a categoria do heliporto para fins de extin-
nos, a categoria do heliporto para fins de ção de incêndios segundo 22.380.a) e a
salvamento e combate a incêndios pode Tabela 24, correspondente.
reduzir-se à máxima dos helicópteros Nota. — O armazenamento das quantidades de água
que se prevejam que utilizem o heliporto especificadas para heliportos elevados não tem que ser feito
durante esse período. no heliporto ou lugares adjacentes, desde que exista uma
(c) Agentes extintores ligação conveniente ao sistema de adutor de água sob pres-
(1) O agente extintor principal deve ser uma são que proporcione de forma contínua o regime de descarga
espuma de eficácia mínima de nível B. exigido.
Nota — O Manual de Serviços de Aeroporto, Parte 1 (3) Nos heliportos de superfície permite-se a
(Doc. 9137) contém informação sobre as propriedades físi- substituição, em parte ou na totalidade,
(720)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
da quantidade de água para produção de Nota — Considera-se como tempo de resposta o período
espuma, por agentes complementares. entre a chamada inicial para activação do serviço de salva-
(4) O regime de descarga da solução de espuma mento e combate a incêndios e a aplicação de espuma pelas
não deve ser inferior aos regimes indi- primeiras viaturas que intervenham a um ritmo mínimo de
cados na Tabela 25 ou na Tabela 26, 50% da razão de descarga especificada na Tabela 25.
conforme aplicável. Deve seleccionar-se (2) Em heliportos elevados, o serviço de salva-
o regime de descarga dos agentes comple- mento e combate a incêndios deve estar
mentares que conduza à eficácia óptima do disponível a todo o momento, no heliporto
agente utilizado. ou suas proximidades, quando se verifique
(5) Nos heliportos elevados, deve existir pelo movimento de helicópteros.
menos uma mangueira que possa descar- APÊNDICE 1. — Cores das Luzes Aeronáuticas de
regar espuma em forma de jorro à razão
Superfície, das Pinturas, dos Sinais e Painéis.
de 250L/min. Complementarmente, nos
PARTE W GENERALIDADES
heliportos elevados de Categorias 2 e 3,
Nota introdutória — As especificações seguintes defi-
devem existir, no mínimo dois monitores
nem os limites cromáticos das cores das luzes aeronáuticas
que possam alcançar o regime de des-
de superfície, das pinturas, dos sinais e painéis. Estas espe-
carga exigido e que estejam situados em
cificações estão de acordo com as disposições de 1983 da
diversos lugares à volta do heliporto de tal
modo que possa assegurar-se a aplicação Comissão Internacional de Iluminação (CIE).
de espuma a qualquer ponto do heliporto Não é possível fixar especificações referentes a cores que
em qualquer condição meteorológica e excluam toda a possibilidade de confusão. Para a obtenção
minimizando a possibilidade de se causa- de um determinado nível de identificação da cor, é impor-
rem danos em ambos os monitores no caso tante que a intensidade luminosa recebida pelo olho seja
de um acidente no heliporto. bastante superior à do local de percepção, de maneira a que
(d) Equipamento de salvamento. a cor não se modifique demasiado pelas atenuações atmos-
(1) Sempre que possível, o equipamento de féricas de carácter selectivo e para que a visualização da cor
salvamento e combate a incêndios deve pelo observador seja adequada. Existe também o risco de
armazenar-se num lugar adjacente ao confundir as cores quando o nível de intensidade luminosa
heliporto. recebida pelo olho seja bastante alto, como o que pode pro-
Nota — O Manual de heliportos (Doc. 9261), contém duzir uma fonte luminosa de grande intensidade observada
orientação sobre o equipamento de salvamento que deve muito de próximo. A experiência indica que se podem distin-
existir nos heliportos. guir satisfatoriamente as cores se se prestar a devida atenção
(e) Tempo de resposta. a estes factores.
(1) O objectivo operacional do serviço de salva- As cromaticidades exprimem-se de acordo com um
mento e combate a incêndios deve consistir observador colorimétrico padrão e com o sistema de
em alcançar um tempo de resposta que não coordenadas adoptado pela Comissão Internacional de
exceda 2 minutos, em condições óptimas Iluminação (CIE), na sua oitava sessão celebrada em 1931
de visibilidade e de superfície. em Cambridge, Inglaterra.*
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(721)
Convergência de 3,5º
Ver notas colectivas das Figuras 81 a 91.
Figura 83 Diagrama de isocandela para luzes de soleira (luz verde)
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(729)
Convergência de 2º
Ver notas colectivas das Figuras 81 a 91
Figura 84 Diagrama de isocandela para luzes de asa lateral de soleira (luz verde)
Convergência de 4º
Ver notas colectivas das Figuras 81 a 91
Figura 85 Diagrama de isocandela para luzes de zona de toque (luz branca)
Figura 86 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de pista com espaçamento longitudinal de 30 m (luz
amarela)
e luzes de saída rápida de pista (luz amarela)
Convergência de 3,5º
Para luzes vermelhas, multiplicar os valores por 0,15.
Para luzes amarelas, multiplicar os valores por 0,40.
Ver notas colectivas das Figuras 81 a 91.
Figura 89 Diagrama de isocandela para luzes de bordo de pista, pistas com 45m de largura (luz branca)
Convergência de 4,5º
Para luzes vermelhas, multiplicar os valores por 0,15.
Para luzes amarelas, multiplicar os valores por 0,40.
Ver notas colectivas das Figuras 81 a 91.
(732)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Figura 90 Diagrama de isocandela para luzes de bordo de pista, pistas com 60m de largura (luz branca)
Figura 91 Grelha de pontos para cálculo da intensidade média de luzes de aproximação e de pista
Notas colectivas às Figuras 81a 91. Figura 88 Fim de pista de 0,25 a 0,05 (luz vermelha)
As elipses de cada figura são simétricas relativamente Figura 89 Bordo de pista (pista de 45m de largura) 1,0
aos eixos comuns vertical e horizontal. (luz branca)
Nas Figuras 81 a 90 são indicadas as intensidades míni- Figura 90 Bordo de pista (pista de 60m de largura) 1,0
mas admissíveis das luzes. A intensidade média do feixe (luz branca)
principal calcula-se estabelecendo pontos de quadrícula As coberturas de feixe das figuras proporcionam o guia-
segundo o indicado na Figura 91 e utilizando os valores mento necessário durante as aproximações quando o alcance
da intensidade medidos em todos os pontos da quadrícula visual da pista RVR diminuí para valores da ordem de 150m
do interior e do perímetro da elipse que representa o feixe e para descolagens quando o RVR diminuí até valores da
principal. O valor médio é a média aritmética das intensi- ordem dos 100m.
dades luminosas medidas em todos os pontos de quadrícula
Os ângulos horizontais medem-se relativamente ao plano
considerados.
vertical que contém o eixo da pista. Para luzes distintas das
No diagrama de feixe principal não são aceites desvios,
luzes de eixo, o sentido até ao eixo de pista considera-se
quando o suporte das luzes esteja adequadamente orientado.
positivo. Os ângulos verticais medem-se relativamente ao
Razão média de intensidades. A razão entre a intensidade
plano horizontal.
média dentro da elipse que define o feixe principal de uma
Quando as luzes de eixos de aproximação, barras
nova luz característica e a intensidade média do feixe princi-
transversais e luzes de fila lateral de aproximações sejam
pal de uma nova luz de bordo de pista será a seguinte:
encastradas em vez de elevadas, por exemplo, numa pista
Figura 81 Eixo de aproximação e barras transversais de
1,5 a 2,0 (luz branca) com soleira deslocada, os requisitos de intensidade podem
Figura 82 Fila lateral de aproximação de 0,5 a 1,0 (luz ser satisfeitos instalando duas ou três armaduras (de menor
vermelha) intensidade) em cada posição.
Figura 83 Soleira de 1,0 a 1,5 (luz verde) A manutenção adequada é importantíssima. A intensi-
Figura 84 Barra lateral de soleira de 1,0 a 1,5 (luz verde) dade média nunca deve diminuir a valores inferiores a 50%
Figura 85 Zona de estabelecimento de contacto d e dos indicados nas figuras, e as autoridades aeroportuárias
0,5 a 1,0 (luz branca) devem estabelecer como objectivo manter um nível de emis-
Figura 86 Eixo de pista (espaçamento longitudinal 30m) são de luz que se aproxime do valor médio de intensidade
de 0,5 a 1,0 (luz branca) mínima especificada.
Figura 87 Eixo de pista (espaçamento longitudinal 15m) O elemento luminoso deve ser instalado de forma a que
de 0,5 a 1,0 para CAT III (luz branca) de 0,25 a 0,5 para CAT o feixe principal esteja alinhado dentro de uma margem de
I, II (luz branca) meio grau relativamente ao requisito especificado.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(733)
Notas:
Nestas coberturas de feixo considera-se a possibilidade da posição de pilotagem poder estar desviada do eixo da pista de
uma distância da ordem dos 12m e as luzes foram previstas para utilização antes e depois da curva.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
As intensidades aumentadas para as luzes de caminho de saída rápida de pista de maior intensidade, tal como recomen-
dado em 22.235.p)9, são 4 vezes as indicadas na figura (ou seja, 800cd para o feixe principal mínimo médio).
Figura 92 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 15m de espaçamento) e luzes
de barras de paragem em troços rectos destinados a utilização em condições de visibilidade inferior a 350m quando
podem existir grandes desvios e para luzes de protecção de pista de baixa intensidade, Configuração B
Notas:
Estas coberturas de feixe geralmente são satisfatórias e foi considerado o desvio normal da posição de pilotagem, de
aproximadamente 3m relativamente ao eixo.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 93 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 15m de espaçamento) e luzes
de barras de paragem em troços rectos destinados a utilização em condições de visibilidade inferior a 350m
(734)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Notas:
As luzes nas curvas com uma convergência de 15,75° relativamente à tangente à curva.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 94 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 7,5m de espaçamento) e luzes
de barras de paragem em troços curvos destinados a utilização em condições de visibilidade inferior a 350m
Notas:
Nos lugares em que exista normalmente luminância de fundo e onde a diminuição do rendimento luminoso provocada
pelo pó, neve e a contaminação local constitua um factor importante, os valores devem ser multiplicados por 2,5.
Onde estejam implantadas luzes omnidireccionais, estas devem satisfazer os requisitos desta figura relativamente ao
feixe vertical.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 95 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 30m e 60m de espaçamento)
e luzes de barras de paragem em troços rectos destinados a utilização em condições de visibilidade de 350m ou mais
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(735)
Notas:
As luzes nas curvas com uma convergência de 15,75° relativamente à tangente à curva.
Nos lugares em que exista normalmente luminância de fundo e onde a diminuição do rendimento luminoso provocada
pelo pó, neve e a contaminação local constitua um factor importante, os valores devem ser multiplicados por 2,5.
Nestas coberturas de feixo considera-se a possibilidade da posição de pilotagem poder estar desviada do eixo da pista de
uma distância da ordem dos 12m, o que pode acontecer depois das curvas.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 96 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com espaçamentos de 7,5m, 15m,
30m) e luzes de barras de paragem em troços curvos destinados a utilização em condições de visibilidade de 350m ou
mais
Notas:
Estas coberturas de feixe permitem desvios da cabine de pilotagem relativamente ao eixo da ordem dos 12m e
aplicam-se à utilização antes e depois das curvas
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 97 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 15m de espaçamento)
e luzes de barras de paragem em troços rectos destinados a sistemas de guiamento avançado e controlo de
movimento à superfície, nos quais se pretendam intensidades luminosas mais elevadas e quando possam ocor-
rer grandes desvios
(736)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Notas:
Estas coberturas de feixe normalmente são satisfatórias e consideram a possibilidade de desvios normais da posição de
pilotagem quando a roda exterior do trem principal está sobre o bordo do caminho de circulação.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 98 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 15m de espaçamento) e luzes
de barras de paragem de alta intensidade em troços rectos destinados a sistemas de guiamento avançado e controlo
de movimento à superfície, nos quais se pretendam intensidades luminosas mais elevadas
As luzes nas curvas com uma convergência de 17° relativamente à tangente à curva.
Ver notas colectivas das Figuras 92 a 101.
Figura 99 Diagrama de isocandela para luzes de eixo de caminho de circulação (com 7,5m de espaçamento) e luzes
de barras de paragem de alta intensidade em troços rectos destinados a sistemas de guiamento avançado e controlo
de movimento à superfície, nos quais se pretendam intensidades luminosas mais elevadas
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(737)
Notas:
Estas curvas referem-se às intensidades mínimas da luz vermelha.
O valor da intensidade no sector branco do feixe não deve ser inferior a 2 vezes a intensidade correspondente do sector
vermelho e pode chegar a ser até 6,5 vezes essa intensidade.
Os valores de intensidade indicados entre parêntesis referem-se ao APAPI.
Figura 103 Distribuição da intensidade luminosa do PAPI e do APAPI
Notas:
Ainda que as luzes funcionem normalmente em clarões, a intensidade luminosa é especificada como se fossem lâmpa-
das incandescentes fixas.
As intensidades especificadas são de luz amarela.
Figura 104 Diagrama de isocandela para cada lâmpada nas luzes de protecção de pista de baixa intensidade, con-
figuração A
(740)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Notas:
Ainda que as luzes funcionem normalmente em clarões, a intensidade luminosa é especificada como se fossem lâmpa-
das incandescentes fixas.
As intensidades especificadas são de luz amarela.
Figura 105 Diagrama de isocandela para cada lâmpada nas luzes de protecção de pista de alta intensidade, con-
figuração A
APÊNDICE 3 Pinturas Obrigatórias e de Informação
Nota 1. — Ver Parte K, 22.233.p) e 22.233.q), para especificações sobre a aplicação, localização e características das
pinturas obrigatórias e de informação.
Nota 2 — Este apêndice detalha a forma e proporções das letras, números e símbolos das pinturas obrigatórias e de infor-
mação, numa grelha de 20cm.
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(741)
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I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(743)
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I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(745)
Nota — quando instalado um painel de rodovia junto a pontos de reticula que se situam dentro do rectângulo que
um de designação de pista (Ver 22.237.c)22), o tamanho dos representa o painel.
caracteres será o designado para instruções obrigatórias. 7. A media e a media aritmética dos valores de luminân-
2. As dimensões das setas serão as seguintes: cia medidos em todos os pontos da reticula considerados.
Altura da indicação Traço Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos (Doe.
200mm 32mm 9157), Parte 4, contem informação sobre a média de lumi-
300mm 48mm nância dos painéis.
400mm 64mm 8. A relação entre os valores de luminância de pontos
3. A largura dos traços de uma letra apenas será a de reticula adjacentes não deve exceder 1,5:1. Nas áreas da
seguinte: placa frontal do painel nas quais a reticula seja de 7,5cm, a
Altura da indicação Traço relação entre os valores de luminância de pontos de reticula
200mm 32mm adjacentes não deve exceder 1,25:1. A relação entre os valo-
300mm 48mm res máximo e mínimo de luminância em toda a placa frontal
400mm 64mm do painel não deve exceder 5:1.
4. A iluminação dos painéis será a seguinte: 9. A forma dos caracteres, letras, números, setas, símbo-
a) Quando se realizem operações em condições de los, deve estar em conformidade com a Figura 112. A largura
alcance visual da pista inferior a um valor de dos caracteres e o espaçamento entre eles deve ser determi-
800m, a luminância média do painel deve ser no nada como indicado na Tabela 27.
mínimo: 10. A altura da placa frontal dos painéis será a seguinte:
Vermelho 30cd/m2 Altura da indicação Altura da placa frontal (min)
Amarelo 150cd/m2 200mm 400mm
Branco 300cd/m2 300mm 600mm
b) Quando se realizem operações em conformidade 400mm 800mm
com 22.237.a)7.ii) e iii) e 22.237.a)8, a luminân- 11. A largura da placa frontal dos painéis deve ser deter-
cia media do painel deve ser no mínimo: minada usando a Figura 119 excepto no caso da existência
Vermelho 10cd/m2 de um painel de instruções obrigatórias apenas de um dos
Amarelo 50cd/m2 lados da via, a largura da placa frontal não deve ser inferior:
Branco 100cd/m. a) 1,94m quando o número de código for 3 ou 4; e
Nota — em condições de alcance visual na pista inferior b) 1,46m quando o número de código for 1 ou 2.
a 400m, a eficácia dos painéis e afectada. Nota — O Manual de Projecto de Aeródromos
5. A relação de luminância entre os elementos vermelho (Doc. 9157), Parte 4, contem informação sobre o modo para
e branco de um painel de instruções obrigatórias deve situar- determinação de largura da placa frontal dos painéis.
-se entre 1:5 e 1:10. 12. Bordos
6. A luminância média de um painel calcula-se estabele- a) o traço vertical delimitador colocado entre painéis
cendo pontos de reticula segundo o indicado na Figura 111 de direcção adjacentes deve ter uma largura de
e utilizando os valores de luminância medidos em todos os aproximadamente 0,7 vezes a largura dos traços.
(746)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
b) o bordo amarelo de um painel de localização apenas deve ter uma largura de aproximadamente 0,5 vezes a largura
dos traços.
13. As cores dos painéis devem estar em conformidade com as especificações de cores e pinturas do Apêndice 1.
Nota — A luminância média de um painel calcula-se c) quando o último ponto de uma linha ou coluna da
estabelecendo pontos de reticula sobre a placa frontal com reticula esteja situado entre 22,5cm e 15cm do
inscrições típicas e cor de fundo apropriada (vermelho para bordo da placa frontal do painel (mas que não
os painéis de instruções obrigatórias e amarelo para os pai- os inclua), adicionar-se-á outro ponto a 7,5cm
néis de direcção e destino), da seguinte forma: desse ponto.
a) a partir do ângulo esquerdo da placa frontal do d) quando um ponto de reticula fique no limite entre
painel fixa-se um ponto de reticula de referência um carácter e o fundo, deve deslocar-se ligei-
ramente para que fique completamente fora do
a 7,5cm do bordo esquerdo e do bordo superior
carácter.
da placa frontal do painel.
Nota 2. — Pode ser necessário acrescentar pontos de
b) a partir do ponto de reticula de referência, forma-se
reticula para assegurar que cada caracter compreenda, pelo
uma reticula com separação horizontal e vertical menos, cinco pontos de reticula uniformemente espaçados.
de 15cm. Excluem-se os pontos de reticula que Nota 3. — Quando uma unidade compreenda dois tipos
fiquem a menos de 7,5cm do bordo da placa de painéis, deve ser estabelecida uma reticula para cada um
frontal do painel. dos tipos.
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I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(749)
(750)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
I SÉRIE — N.º 192 — DE 5 DE OUTUBRO DE 2011 4704(751)
(752)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
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Nota 1— Ver no Anexo 15,Apêndice 8 NTA 24, as ilustrações gráficas das superfícies de recolha de dados de obstáculos
e os critérios utilizados para indentificar obstáculos nas zonas definidas
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Nota 1— Ver no Anexo 15,Apêndice 8 NTA 24, as ilustrações gráficas das superfícies de recolha de dados de obstáculos
e os critérios utilizados para indentificar obstáculos nas zonas definidas.
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acordada dos SMS de cada prestador de serviços deve ser tadores de serviços, o desenvolvimento de uma cultura
periodicamente revista de modo a garantir que continua per- organizacional que promova SSP eficazes.
tinente e apropriada para os prestadores de serviços. APÊNDICE 8. Referencial para os Sistemas de Gestão
PARTE BB — Garantia da Segurança Operacional de Segurança Operacional (SMS)
C.001 Vigilância da Segurança Operacional (Ver Parte G, 22.130.d))
A República de Angola irá estabelecer mecanismos para Neste apêndice é apresentado um referencial para
assegurar a supervisão eficaz dos oito elementos críticos da implementação e manutenção de um sistema de gestão de
função de vigilância da segurança operacional. A República segurança operacional (SMS) por parte de um aeródromo
de Angola irá ainda criar mecanismos para garantir a detec- certificado. Um SMS é um sistema que uma organização uti-
ção de perigos e a gestão de risco da segurança operacional liza para a gestão de segurança operacional. O referencial
por parte dos prestadores de serviços se ajustam aos controlos inclui quatro componentes e 12 elementos que constituem
reguladores estabelecidos (requisitos, regulamentos de fun- os requisitos mínimos para a implementação de um SMS. A
cionamento específicos e políticas de implementação). Estes aplicação do referencial será directamente proporcional ao
mecanismos deverão incluir inspecções, auditorias e pesqui- tamanho da organização e à complexidade dos seus serviços.
sas para assegurar que os controlos reguladores dos riscos Neste apêndice inclui-se ainda uma breve descrição de cada
de segurança operacional se integram apropriadamente nos elemento do referencial.
SMS dos prestadores de serviços, que se desenvolvem na Política e objectivos de segurança operacional
prática de acordo com o planeado, e que tenham o efeito Responsabilidade e compromisso da administração
positivo nos riscos de segurança operacional. Responsabilidades relativamente à segurança operacional
C.003 Recompilação, Análise e Intercâmbio de Dados Designação de responsáveis pela segurança operacional
Sobre Segurança Operacional Coordenação do plano de emergência Documentação
A República de Angola irá estabelecer mecanismos para SMS
assegurar a recolha e armazenamento de dados sobre peri- Gestão de riscos de segurança operacional Identificação
gos e riscos de segurança operacional quer a nível individual de perigos
quer a nível global. A República de Angola irá ainda esta- Avaliação e mitigação de riscos de segurança operacional
belecer mecanismos para preparar informação a partir dos Garantia de segurança operacional
dados armazenados e para intercambiar activamente infor- Supervisão e medição da eficácia da segurança
mação sobre segurança operacional com os prestadores de operacional
serviços de outros países, quando aplicável. Gestão da mudança
C.005 Fixação de Objectivos em Função dos Dados de Melhoria contínua do SMS
Segurança Operacional para a Vigilância dos Elementos Promoção da segurança operacional Instrução e forma-
Mais Preocupantes ou que Requeiram Maior Atenção ção Comunicação da segurança operacional
A República de Angola irá estabelecer procedimentos PARTE DD — Política e Objectivos de Segurança
para estabelecer a prioridade das inspecções, auditorias e Operacional
investigações relacionadas com os elementos que se mani- A.001 Responsabilidade e Compromissos da
festem mais preocupantes ou que requeiram mais atenção, Administração
segundo o detectado na análise dos dados sobre perigos, as O aeródromo certificado deve definir a política de segu-
suas consequências nas operações e os riscos de segurança rança operacional da organização/empresa em conformidade
operacional avaliados. com os requisitos nacionais e internacionais pertinentes,
PARTE CC — Promoção da Segurança Operacional e a mesma deve ser assinada pelo funcionário responsá-
D.001 Instrução, Comunicação e Divulgação Interna vel por essa organização/empresa. A política de segurança
de Informação Sobre Segurança Operacional operacional deve reflectir os compromissos da organização
A República de Angola irá proporcionar instrução e relativamente à segurança operacional; deve incluir uma
fomentará o conhecimento e o intercâmbio de informação declaração clara acerca da provisão de recursos necessários
relacionada com a segurança operacional para reforçar, nas para o seu funcionamento; e deve ser comunicada de forma
organizações estatais de aviação, o desenvolvimento de uma visível, a toda a organização. Essa política deve incluir pro-
cultura organizacional que promova SSP eficazes. cedimentos de apresentação de informação em matéria de
D.003 Instrução, Comunicação e Divulgação Externa segurança operacional; deve indicar claramente quais os
de Informação Sobre Segurança Operacional tipos de comportamentos operacionais inaceitáveis; e deve
A República de Angola irá proporcionar educação e irá incluir as condições em que não se podem aplicar as medi-
promover o conhecimento relativamente aos riscos de segu- das disciplinares. A política de segurança operacional deve
rança operacional e intercâmbio de informação relacionada ser periodicamente revista de modo a garantir que é perti-
com a segurança operacional para reforçar, entre os pres- nente e apropriada para a organização.
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A.003 Responsabilidade Relativamente à Segurança O aeródromo certificado deve elaborar e manter um pro-
Operacional tocolo que garanta a identificação dos perigos operacionais.
O aeródromo certificado deve identificar o funcionário A identificação dos perigos deve basear-se numa combi-
que, independentemente de outras funções que tenha, é res- nação de métodos reactivos, previsores e de predição para
ponsável último e tem o dever de prestar contas, em nome recompilar dados sobre segurança operacional.
do aeródromo certificado, relativamente à implementação B.003 Avaliação e Mitigação de Riscos de Segurança
e manutenção do SMS. Complementarmente, o aeródromo Operacional
certificado deve identificar as responsabilidades de todos os O aeródromo certificado deve elaborar e manter um pro-
membros da administração, independentemente das outras tocolo que garanta a análise, a avaliação e o controlo de riscos
funções que desempenham, assim como as dos empregados, de segurança operacional nas operações de aeródromos.
relativamente à eficácia da segurança operacional do SMS. PARTE FF — Garantia da Segurança Operacional
As responsabilidades, a prestação de contas e as autoridades C.001 Supervisão e Medição da Eficácia da Segurança
de segurança operacional devem ser documentados e apre- Operacional
sentados a toda a organização e devem incluir uma definição O aeródromo certificado deve desenvolver e manter os
dos níveis de gestão que têm autoridade para tomar decisões meios necessários à verificação da eficácia da segurança
relativas à tolerância de riscos de segurança operacional. operacional da organização e para confirmar a eficácia dos
A.005 Designação de Responsáveis Pela Segurança controlos de riscos de segurança operacional A eficácia da
Operacional segurança operacional da organização deve ser verificada
relativamente aos indicadores e aos objectivos de eficácia da
O aeródromo certificado deve identificar o funcionário
segurança operacional do SMS.
de segurança operacional que será o responsável e elemento
C.003 Gestão da Mudança
de contacto para a implementação e manutenção de um SMS
O aeródromo certificado deve elaborar e manter um
eficaz.
protocolo para a identificação das mudanças dentro da
A.007 Coordenação do Plano de Emergência
organização que possam afectar os processos e serviços
O aeródromo certificado deve garantir que o plano de
estabelecidos, descrever as disposições adoptadas para
emergência permite a transição ordenada e eficiente da ope-
garantir uma boa eficácia da segurança operacional antes de
ração normal para a operação em emergência e o posterior
introduzir qualquer mudança e eliminar ou modificar os con-
restabelecimento da operação normal, e se coordena de
trolos de risco de segurança operacional que já não sejam
forma apropriada com os planos de emergência das orga-
necessários ou eficazes devido a alterações da componente
nizações com as quais deva interactuar durante a prestação
operacional.
dos serviços.
C.005 Melhoria Contínua do SMS
A.009 Documentação SMS
O aeródromo certificado deve elaborar e manter um
O aeródromo certificado deve elaborar um plano de protocolo para a identificação das causas de uma actuação
implementação do SMS que conte com a aprovação da deficiente do SMS, para determinação das consequências
administração superior da organização e defina o enfoque da das deficiências do SMS nas operações e para a eliminação
organização relativamente à gestão da segurança operacional ou mitigação das causas identificadas.
de modos que cumpra com os objectivos da organização em PARTE GG — Promoção da Segurança Operacional
matéria de segurança operacional. A organização deve ela- D.001 Instrução e Formação
borar e manter actualizada a documentação relativa ao SMS, O aeródromo certificado deve elaborar e manter um pro-
a qual deve descrever a política e os objectivos do SMS, os grama de instrução em segurança operacional que assegure
seus requisitos, processos e procedimentos, a prestação de que o pessoal conta com a instrução e competências neces-
contas, as responsabilidades e as autoridades relativamente sárias para cumprir com as suas funções no âmbito do SMS.
a processos e procedimentos, bem como os resultados do O alcance da instrução em segurança operacional deve ser
SMS. Como parte integrante dessa documentação relativa adaptado ao grau de participação no SMS de cada pessoa.
ao SMS, o aeródromo certificado deve elaborar e manter D.003 Comunicação da Segurança Operacional
um manual de sistemas de gestão da segurança operacional O aeródromo certificado deve elaborar e manter um meio
(SMSM) destinado a comunicar a toda a organização o seu formal para a comunicação sobre segurança operacional
enfoque relativamente à gestão da segurança operacional. que assegure que todo o pessoal tenha conhecimento pleno
PARTE EE — Gestão de Riscos de Segurança do SMS, difunda informação crítica relativa a segurança
Operacional operacional e explique o porquê do desenvolvimento de
B.001 Identificação de Perigos determinadas medidas no âmbito da segurança operacional
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A decisão de dotar a pista de uma zona livre de obstá- aceleração-travagem, a massa de descolagem da aeronave,
culos (CWY) ou de uma zona de travagem (SWY) como as características da pista e as condições atmosféricas vigen-
outra forma de solucionar problemas relacionados com o tes no aeródromo. Normalmente, escolhe-se uma velocidade
comprimento da pista, dependerá das características físicas de decisão mais elevada quando a distância disponível de
da zona situada para além do fim da pista e dos requisitos aceleração-travagem é maior.
de performance das aeronaves que utilizem a pista. O com- B.010
primento da pista, da zona de paragem e da zona livre de Podem obter-se diversas combinações da distância de
obstáculos, devem, ser determinados em função da perfor- aceleração-travagem necessária e de distância de descola-
mance de descolagem das aeronaves, mas também deve ser gem necessária para uma determinada aeronave, tendo em
comprovada a distância de aterragem requerida pelas aero- conta a massa da aeronave, as características da pista e as
naves que utilizem a pista, a fim de assegurar que a pista tem condições atmosféricas vigentes. A cada combinação corres-
um comprimento adequado para a aterragem. Não obstante, ponderá um comprimento de corrida à descolagem.
o, comprimento de uma zona livre de obstáculos não pode B.013
exceder metade do comprimento de corrida à descolagem O caso mais frequente é aquele em que a velocidade
disponível.
de decisão é tal que a distância de descolagem necessária
B.003
é igual à distância de aceleração-travagem necessária, este
As limitações de utilização da performance da aero-
valor é denominado comprimento equilibrado de pista.
nave requerem que se disponha de um comprimento
Quando não existe zona de paragem nem zona livre de obs-
suficientemente grande para assegura que, uma vez iniciada
táculos, essas distâncias são iguais e iguais ao comprimento
a descolagem, possa parar-se com segurança a aeronave ou
de pista. No entanto, se ao momento se prescinde da distân-
concluir a descolagem sem perigo. Para efeitos de cálculo, cia de aterragem, a pista não deve constituir essencialmente
deve considerar-se que o comprimento da pista, da zona de a totalidade do comprimento equilibrado de pista, uma vez
paragem ou da zona livre de obstáculos do aeródromo ape- que o comprimento necessário para a corrida à descolagem
nas são suficientes para a aeronave que requer as maiores é, naturalmente, inferior que o comprimento equilibrado de
distâncias de descolagem e aceleração/travagem, tendo em pista. Assim, o comprimento equilibrado de pista pode con-
conta a sua massa à descolagem, as características da pista seguir-se através de uma pista complementada com uma
e as condições atmosféricas vigentes. Nestas circunstâncias, zona livre de obstáculos e uma zona de travagem de igual
para cada descolagem existe uma velocidade chamada velo- comprimento, em vez de ser constituído pela pista na sua
cidade de decisão; abaixo desta velocidade no caso de falha totalidade. Caso a pista se utilize para descolagem em ambos
de um motor deve interromper-se a descolagem e acima os sentidos, deve dotar-se cada extremidade da pista de um
dessa velocidade deve continuar-se a descolagem. Seria comprimento igual de zona livre de obstáculos e zona de
necessário um comprimento muito grande para concluir a paragem, assim a economia de comprimento de pista é con-
descolagem, no caso de falha de um motor antes de alcançar seguida à custa de um comprimento total superior.
a velocidade de decisão, devido à velocidade insuficiente e à B.015
redução de potência disponível, no entanto, não há qualquer Nos casos em que por razões de ordem económica não
dificuldade em parar a aeronave na distância de aceleração- se possa dispor de uma zona de paragem, e em resultado
-travagem disponível remanescente, sempre que se tomem apenas se disponha da pista e de uma zona livre de obstá-
as devidas medidas, assim a decisão correcta seria interrom- culos, o comprimento da pista (prescindindo dos requisitos
per a descolagem. de aterragem) deve ser igual à distância de aceleração-tra-
B.005 vagem requerida ou à distância de descolagem requerida (a
Por outro lado, caso um motor falhe depois de ter atin- maior destas duas). A distância de descolagem disponível
gido a velocidade de decisão, a aeronave terá velocidade e será o comprimento da pista mais o comprimento da zona
potência suficientes para concluir a descolagem com segu- livre de obstáculos.
rança na distância de descolagem disponível remanescente, B.017
complementarmente devido à grande velocidade, seria difí- O comprimento mínimo da pista e o comprimento
cil para a aeronave na distância de aceleração-travagem máximo da zona de paragem ou da zona livre de obstácu-
disponível remanescente. los a projectar, podem determinar-se com base nos valores
B.007 do manual de voo da aeronave mais crítica do ponto de vista
A velocidade de decisão não é uma velocidade fixa para dos requisitos relativos ao comprimento de pista:
uma aeronave, o piloto deve escolhê-la dentro limites com- (a) Se a zona de paragem for economicamente viável,
patíveis com os valores utilizáveis de distância disponível de os comprimentos a projectar devem ser os cor-
(774)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
D.005 Consideração das Inclinações Longitudinais e O acabamento da superfície da camada de desgaste (pavi-
Transversais mentos flexíveis) ou da parte superior da laje (pavimentos
Quando se projecte uma pista que combine os valores rígidos) deve ser de tal forma regular que, quando verifi-
extremos das inclinações e mudanças de inclinações permi- cado com uma régua de 3m colocada em qualquer parte e
tidos de acordo com a Parte I, 22.180.m) a 22.180.S), deve em qualquer direcção da superfície, não exista em nenhum
ser realizado um estudo para assegurar que o perfil da super- ponto, com excepção das linhas mais elevadas de transição
fície resultante não dificulta a operação das aeronaves. de inclinações ou das linhas de drenagem, uma separação de
D.007 Área de Funcionamento do Radioaltímetro mais do que 3mm entre a parte de baixo da régua e a super-
Para que possam utilizar o aeroporto, os aviões que efec- fície do pavimento.
tuam aproximações e aterragens com piloto automático E.003
acoplado (independentemente das condições meteorológi- Devem ter-se especiais cuidados aquando do encastra-
cas), é conveniente que as variações de inclinação do terreno mento de luzes de pista ou aquando da instalação de grelhas
se evitem ou se reduzam ao mínimo numa área rectangular
de drenagem na superfície da pista a fim de manter a regula-
de pelo menos 300m de comprimento antes da soleira da
ridade satisfatória.
pista para aproximações de precisão. A área deve ser simé-
E.005
trica relativamente ao prolongamento do eixo da pista e ter
Os movimentos das aeronaves e os assentamentos
120m de largura. Caso alguma circunstância especial o jus-
diferenciais ao longo do tempo tendem a aumentar as irregu-
tifique, a largura pode ser reduzida até um mínimo de 60m,
laridades da superfície. Os pequenos desvios relativamente
desde que estudos aeronáuticos indiquem que essa redu-
às tolerâncias acima mencionadas não devem afectar gran-
ção não afecta a segurança das operações de aeronaves. É
demente as operações de aeronaves. Na generalidade, são
conveniente porque estas aeronaves estão equipadas com
um radioaltímetro para o guiamento final de altura e arre- toleráveis irregularidades isoladas da ordem dos 2,5cm a
dondamento, e, quando a aeronave está sobre o terreno 3cm numa distância de 45m. Ainda que o desvio máximo
imediatamente anterior à soleira, o radioaltímetro começa varie com o tipo e a velocidade de cada aeronave, os limites
a proporcionar ao piloto automático informação para o arre- aceitáveis de irregularidades na superfície podem calcular-se
dondamento. Quando não se puderem evitar variações da razoavelmente. Na Tabela seguinte descrevem-se os limites
inclinação, o regime de variação das inclinações consecuti- máximos e os temporariamente aceitáveis. Caso sejam ultra-
vas não deve exceder os 2% em 30m. passados os valores máximos devem ser tomadas medidas
PARTE LL — Irregularidade da Superfície das Pistas correctivas logo que possível para melhorar a suavidade da
E.001 circulação. Caso sejam ultrapassados os temporariamente
A adopção de tolerâncias para as irregularidades da aceitáveis devem ser tomadas medidas correctivas imedia-
superfície da pista, a seguinte norma de construção aplica- tas nas partes da pista que manifestem tais irregularidades
-se a distâncias curtas da ordem de mais de 3m e ajusta-se às de forma a poder manter a continuidade das operações de
boas práticas de execução de engenharia. aeronaves.
Note-se que a “irregularidade da superfície” é aqui definida como os desvios isolados médios da elevação da superfície
relativamente a uma inclinação uniforme em alguma secção da pista. Para esta finalidade “secção de pista” entende-se como
um segmento da pista no qual prevalece uma inclinação ascendente, descendente, ou plana. O comprimento desta secção
geralmente é de 30 a 60m, dependendo do perfil longitudinal e da condição do pavimento.
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E.007 F.001
Na Figura 130 são comparados os critérios sobre irre- As operações necessitam de informação fiável e uni-
gularidade da superfície com os elaborados pela FAA, forme sobre as características de atrito das pistas cobertas
Administração Federal da Aviação dos Estados Unidos. de gelo ou de neve. Podem obter-se indicações precisas e
E.010 fiáveis sobre as características de atrito com recurso a equi-
A deformação da pista, pode também com o tempo levar pamentos de medição de atrito; não obstante, será necessário
à formação de poças. Poças de água com profundidades de ganhar mais experiência nesse domínio para correlacionar
apenas aproximadamente 3mm especialmente se situadas os resultados obtidos com esses equipamentos com a per-
em zonas da pista nas quais as aeronaves que aterram têm formance das aeronaves, devido às numerosas variáveis
grande velocidade podem conduzir à hidroplanagem, fenó- intervenientes, tais como a massa da aeronave, a sua velo-
meno que pode persistir na pista coberta por uma lâmina cidade, o mecanismo de travagem e as características dos
muito mais delgada de água. Tendo em vista o comple- pneus e do trem de aterragem.
mento das orientações relativas à extensão e profundidade F.003
das poças de água deverão ser desenvolvidas mais inves- Deve ser medido o coeficiente de atrito de uma pista que
tigações, que se tornam especialmente necessárias para a esteja, total ou parcialmente, coberta de neve ou gelo e nova-
prevenção da formação de poças de água caso exista a pos- mente medido após a alteração dessas condições. Devem ser
sibilidade das mesmas congelarem. feitas medições do coeficiente de atrito ou avaliações da efi-
PARTE MM — Determinação e Publicação do Atrito cácia da travagem noutras superfícies para além da pista,
de Superfícies quando sejam expectáveis condições de atrito pouco satisfa-
Pavimentadas Cobertas por Neve ou Gelo tórias nessas superfícies.
Nota — Note-se que estes critérios se referem a uma irregularidade isolada, não a efeitos harmónicos de onda larga nem
de ondulações repetidas da superfície.
(778)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
F.005 F.009
A medição do coeficiente de atrito de uma pista é o As condições de atrito de uma pista devem exprimir-se
melhor meio para determinar as condições de atrito da como “informação sobre eficácia de travagem” em função
superfície. Este valor de atrito da superfície deve ser o valor do coeficiente de atrito µ, medido, ou eficácia de travagem
máximo que se gera quando uma roda patina mas continua a estimada. Os valores numéricos específicos de µ estão for-
rodar. Podem utilizar-se diversos equipamentos de medição çosamente relacionados com o projecto e construção de cada
do atrito. Atendendo a que do ponto de vista operacional é equipamento de medição do atrito, assim como com a super-
necessário que haja uniformidade no método de avaliação e fície que é objecto da medição e a velocidade utilizada.
notificação das condições de atrito da pista, a medição deve F.010
ser feita preferencialmente por um equipamento que per- A Tabela e os termos descritivos conexos que se apre-
mita a medição contínua do atrito máximo ao longo de toda sentam seguidamente basearam-se apenas nos dados sobre
a pista. No Manual de serviços de aeroportos (Doc. 9137), atrito recolhidos em condições de neve compactada e de
Parte 2, são indicados procedimentos de medição e informa- gelo, por isso, não devem ser aceites como valores abso-
ções sobre as limitações de diversos dispositivos de medição lutos aplicáveis a todas condições. Se a superfície estiver
do atrito e sobre as precauções a ter. afectada por neve ou gelo e a eficácia de travagem se notifi-
F.007 car como “boa”, os pilotos não devem esperar condições tão
No Manual de serviços de aeroportos (Doc. 9137), Parte boas como as de uma pista limpa e seca (nas quais o coe-
2, é apresentado um gráfico que se baseia nos resultados dos ficiente de atrito pode ser bem superior ao necessário em
ensaios perpetrados sobre determinadas superfícies cobertas qualquer caso). A indicação “boa” tem, pois, um valor rela-
de gelo ou neve, no qual é mostrada a correlação existente tivo, e com ela se pretende expressar que as aeronaves não
entre certos equipamentos de medição do atrito em superfí- devem experimentar dificuldades de controlo direccional,
cies cobertas de gelo ou de neve. nem de travagem, especialmente durante a aterragem.
tados se possam correlacionar com um dos equipamentos em NOTAM. O INAVIC também irá definir em regula-
actualmente aceites. Os desacelerómetros não devem utili- mentação complementar um nível de atrito, para efeitos de
zar-se em neve solta ou fundente pois podem gerar valores manutenção, abaixo do qual se devem desenvolver acções
de atrito que induzam em erro. Outros equipamentos de de manutenção correctiva. Devem realizar-se medições do
medição do atrito também podem gerar valores que induzam atrito em intervalos que garantam a identificação de pistas
a erro em certas combinações de contaminantes e tempera- que precisem de manutenção ou de um tratamento especial
tura doar/pavimento. da superfície antes que o seu estado se agrave. O intervalo
F.017 de tempo entre as medições dependerá de factores tais como
O Manual de serviços de aeroportos (Doc. 9137), Parte 2, o tipo de aeronave e a frequência de utilização da pista, as
e contém orientação sobre a utilização uniforme do equipa- condições climatéricas, o tipo de pavimento e as necessida-
mento de ensaio para atingir resultados compatíveis e outras des de reparação manutenção do pavimento.
informações sobre a remoção da contaminação da superfície G.007
e sobre a melhoria das condições de atrito. Para efeitos de uniformização e para que possa ser rea-
PARTE NN — Determinação das Características de lizada a comparação com outras pistas, os ensaios de atrito
Atrito de Pistas Pavimentadas Molhadas das pistas actuais, das pistas novas ou das pistas repavimen-
G.001 tadas devem ser realizados com um dispositivo de medição
O coeficiente de atrito de uma pista pavimentada molhada do atrito em contínuo, que utilize um pneu de rasto liso. O
deve ser medido para: equipamento deve dispor de um dispositivo que forneça uma
(a) Verificar as características de atrito de pista novas lâmina de água de espessura uniforme e igual a 1mm.
ou repavimentadas quando estão molhadas G.010
(Parte 1,22.180.x)); Quando se tenham dúvidas sobre as características de
(b) Avaliar periodicamente em que medida é que atrito devido a deficiências do sistema de drenagem, devido
as pistas molhadas são escorregadias quando a reduzidas inclinações ou à existência de depressões, deve
molhadas (Parte P, 22.313.C)); ser realizado outro ensaio, nas circunstâncias normais repre-
(c) Determinar o efeito do atrito quando as caracte- sentativas da chuvada local. Este ensaio difere do anterior na
rísticas de drenagem são deficientes (Parte P, medida em que, na generalidade, a altura de água nas zonas
22.313.f)); e de drenagem deficiente é maior no caso da chuvada local.
(d) Determinar o atrito das pistas que podem ser Assim, é mais exequível, do que no caso do ensaio anterior,
escorregadias em condições excepcionais (Parte que os resultados permitam determinar quais são as áreas
H, 22.160.h)). problemáticas com valores de atrito baixos que podem con-
G.003 duzir à hidroplanagem. Caso as circunstâncias não permitam
As pistas devem ser avaliadas quando se constroem pela realizar ensaios em condições normais representativas da
primeira vez ou após a reconstrução da sua superfície, para chuvada local, essa situação poderá ser simulada.
determinar as características de atrito da superfície de pis- G.013
tas molhadas. Ainda que se admita que o atrito diminui com Ainda que se tenha comprovado que o valor do atrito
a utilização do pavimento, este valor correspondente repre-
seja superior ao nível estabelecido pelo INAVIC, para defi-
sentará o atrito na secção central relativamente extensa da
nir a pista como escorregadia, pode acontecer em condições
pista na qual não se tenham acumulado depósitos de bor-
excepcionais, como por exemplo após um longo período de
racha procedentes das operações das aeronaves e, por isso,
seca, que a pista se torne escorregadia. Sempre que se tenha
tem valor operacional. Os ensaios de avaliação devem ser
conhecimento destas situações, deve ser imediatamente rea-
feitos sobre superfícies limpas. Caso não possa proceder-se
à limpeza da superfície antes do ensaio, pode ser feito um lizada uma medição do atrito da pista.
ensaio sobre a parte da superfície limpa na secção central da G.015
pista, a fim de preparar um relatório preliminar. Quando os resultados de qualquer das medições previstas
G.005 indiquem que apenas se apresenta escorregadia determinada
Periodicamente devem ser efectuados ensaios de ava- parte da superfície da pista, serão igualmente necessárias
liação do atrito nas condições actuais da superfície, com a as medidas referentes à divulgação aeronáutica deste facto
finalidade de identificar pistas com atrito deficiente quando bem como ao desenvolvimento das acções correctivas, caso
estão molhadas. Antes de classificar uma pista como escor- aplicável.
regadia quando molhada, o INAVIC deverá definir em G.017
regulamentação complementar qual o nível de atrito mínimo Aquando da realização de ensaios de atrito em pistas
que consideram aceitável e publicar esse valor em AIP. molhadas, é importante observar que, contrariamente ao que
Quando se comprove que o atrito de uma pista é inferior acontece nas condições de neve compactada ou gelo, nas
a esse valor declarado, a informação deve ser publicada quais a variação do atrito em função da velocidade é muito
(780)4704 DIÁRIO DA REPÚBLICA
H.003 Objectos nas Faixas do nível da superfície da faixa. Os outros objectos cujas fun-
Devem tomar-se medidas para que quando a roda de uma ções não exijam que estejam ao nível da superfície devem
aeronave entre no terreno da faixa contígua à pista esta não ser enterrados a uma profundidade não inferior a 30cm.
embata numa superfície vertical dura (num bordo exposto). H.005 Nivelamento de uma Faixa em Pistas de
A este respeito, a montagem das luzes de pista ou outros Aproximação de Precisão
acessórios dispostos na faixa ou na intersecção com um Na Parte 1,22.187.h), indica-se a necessidade do
caminho de circulação ou outra pista pode apresentar pro- nivelamento de parte da faixa de uma pista de voo por ins-
blemas especiais. Tratando-se de pavimentos, como é o caso trumentos de número de código 3 ou 4, até uma distância
das pistas e dos caminhos de circulação, nas quais a super- de 75m do eixo da pista, no mínimo. No caso de pistas
fície deve ser concordante com a superfície da faixa, pode de aproximação de precisão, é conveniente a adopção de
eliminar-se o bordo vertical chanfrando a partir da parte uma largura maior caso o número de código seja 3 ou 4.
superior do pavimento até não menos do que 30cm abaixo Na figura 131 indicam-se a forma e as dimensões esque-
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máticas de uma faixa mais larga que pode ser considerada considerada a conveniência de deslocar a soleira
para as referidas pista. Esta faixa foi projectada recorrendo permanentemente.
a dados sobre aeronaves que saíram de pista. A parte a nive- (b) Para cumprir os objectivos da Parte J relativos à
lar prolonga-se lateralmente até uma distância de 105m do limitação de obstáculos, o melhor será deslocar
eixo, mas esta distância reduz-se paulatinamente até 75m, a soleira ao longo da pista, numa distância sufi-
em ambas as extremidades da faixa, ao longo de uma distân- ciente para isentar a superfície de aproximação
cia de 150m, contada a partir da extremidade da pista. da presença de obstáculos.
PARTE PP — Áreas de Segurança de Extremidade (c) No entanto, o deslocamento da soleira relativa-
de Pista mente ao extremo da pista causa inevitavelmente
uma redução da distância disponível para aterra-
I.001
gem, e isto pode ser mais importante, do ponto
Quando, de acordo com a Parte I, se proporcione uma
de vista das operações, do que a penetração
área de segurança de extremidade de pista, deve ser con-
da superfície de aproximação por obstáculos
siderada a dotação de uma área com extensão suficiente
sinalizados e iluminados. Assim, a decisão rela-
para acomodar saídas de pista e aterragens antes da soleira tivamente ao deslocamento da soleira e a
resultantes de uma combinação, razoavelmente provável, de extensão desse deslocamento deve ser ponde-
factores operacionais diversos. Numa pista de aproximações rada de modo a obter o equilíbrio óptimo entre
de precisão, o localizador do ILS é normalmente, o primeiro uma aproximação livre de obstáculos e uma dis-
obstáculo e as áreas de segurança de extremidade de pista tância adequada para a aterragem. A decisão do
devem chegar até essa infra-estrutura. Noutras circunstân- deslocamento da soleira deve considerar os tipos
cias e numa pista para aproximações de não precisão ou de aeronaves para os quais a pista esteja desti-
de voo visual, o primeiro obstáculo pode ser uma estrada, nada, as condições limite de visibilidade e tecto
uma via-férrea, um edifício ou outra protuberância natural. de nuvens, a posição dos obstáculos em relação
Nessas circunstâncias, as áreas de segurança de extremidade à soleira e ao prolongamento do eixo de pista, e,
de pista devem prolongar-se até ao obstáculo. no caso de pistas de aproximação de precisão, a
I.003 importância dos obstáculos para a determinação
Quando as áreas de segurança de extremidade de pista do limite de desobstrução dos obstáculos.
obriguem ao atravessamento de áreas nas quais for parti- (d) Não obstante a consideração da distância dis-
cularmente proibida a sua implantação, O INAVIC poderá ponível para a aterragem, a localização que
reduzir as distâncias declaradas, caso considere que são se escolha para a soleira deve ser tal que a
necessárias áreas de segurança de extremidade de pista. superfície livre de obstáculos até à soleira não
PARTE QQ — Localização da Soleira tenha uma inclinação superior a 3,3% quando o
J.001 Generalidades número de código da pista seja 4, nem superior a
5% quando o número de código da pista seja 3.
(a) A soleira, normalmente, situa-se na extremidade
(e) No caso da soleira estar implantada de acordo com
da pista, caso não existam obstáculos que per-
os critérios relativos às superfícies livres de obs-
furem a superfície de aproximação. Nalguns
táculos acima mencionados, devem continuar a
casos, no entanto, devido a condicionamentos
satisfazer-se os requisitos da Parte L relativos à
locais, pode ser conveniente deslocar permanen-
sinalização de obstáculos, em relação à soleira
temente a soleira (ver ponto seguinte). Aquando
deslocada.
do estudo para implantação da soleira, deve (f) Dependendo do comprimento do deslocamento,
também considerar-se a altura de referência ILS, do RVR na soleira pode diferir do RVR ao prin-
e/ou a altura de referência da aproximação MLS, cípio da pista para as descolagens. A utilização
e a determinação do limite de desobstrução de de luzes de bordo de pista vermelhas com inten-
obstáculos (No Anexo 10, Volume I e NTA 26, sidades fotométricas inferiores ao valor nominal
são dadas as especificações relativas à altura de de 10 000cd para as luzes brancas potencia esse
referência ILS e à altura de referência de apro- fenómeno. O INAVIC deve avaliar o impacto de
ximação MLS). uma soleira deslocada nos mínimos de descola-
(b) Ao determinar que não há obstáculos que per- gem.
furem a superfície de aproximação, deve ser (g) As disposições deste Normativo, relativas à sina-
tomada em consideração a presença de objectos lização diurna e luminosa da soleira deslocada,
móveis (veículos nas estradas, comboios, etc.), bem como algumas considerações operacionais,
pelo menos dentro da parte da área de aproxi- figuram em 22.233 e 22.235.
mação compreendida numa distância de 1 200m PARTE RR — Sistemas de Iluminação de Aproximação
medida longitudinalmente desde a soleira, e com K.001 Tipos e Características
uma largura total, de pelo menos 150m. (a) Estas especificações definem as características
J.003 Soleira Deslocada básicas dos sistemas simples de iluminação
(a) Caso algum objecto perfure a superfície de de aproximação e os sistemas de iluminação
aproximação e não possa eliminar-se, deve ser de aproximação de precisão. Permite-se uma
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determinada tolerância no que concerne a prolongamento do eixo da pista, com uma tole-
alguns aspectos desses sistemas: por exemplo, rância máxima de ±15›.
relativamente ao espaçamento entre as luzes de (c) O espaçamento longitudinal entre as luzes da linha
eixo e as barras transversais. Nas figuras 133 e central deve ser tal que uma luz (ou grupo de
134 mostram-se configurações da iluminação luzes) de linha central esteja situada no centro de
de aproximação que têm sido adoptados geral- cada barra transversal, e as luzes de linha central
mente. Na figura 20 apresenta-se um diagrama intermédias estejam espaçadas da forma o mais
dos 300m interiores do sistema de iluminação de uniforme possível, entre duas barras transversais
aproximação de precisão de Categorias II e III. ou entre uma barra transversal e a soleira.
(b) Independentemente da posição da soleira, isto (d) As barras transversais e as barretes devem ser
é, quer esta esteja situada na extremidade quer perpendiculares à linha central do sistema de
esteja deslocada, deve ser instalada a mesma
iluminação de aproximação, com uma tolerância
configuração de iluminação de aproximação.
máxima de ±30›, caso se adopte a configuração
Em ambos os casos, o sistema de iluminação de
da Figura 134(A), ou de ±2°, caso se adopte a
aproximação, deve prolongar-se até à soleira da
configuração da Figura 134 (B).
pista. No entanto, no caso da soleira deslocada,
devem ser aplicadas luzes encastradas desde a (e) Quando uma barra transversal tenha que ser
extremidade até à soleira, a fim de obter a con- desviada da sua posição normal, as barras trans-
figuração especificada. Estas luzes encastradas versais adjacentes que possam existir devem
são projectadas de modo a que satisfaçam os desviar-se, caso seja possível, na medida apro-
requisitos estruturais especificados na Parte K, priada, com o intuito de reduzir as diferenças
22.235.a)9, e os requisitos fotométricos especi- dos espaçamentos entre as mesmas.
ficados no Apêndice 2, Figura 49 ou 50. (f) Quando uma barra transversal do sistema da Figura
(c) A figura A-5 apresentada as envolvente de tra- 134 (A) esteja desviada da sua posição normal,
jectórias de voo que devem utilizar-se para o deve ajustar-se o seu comprimento total, para
projecto das luzes. que seja igual a 1/20 da distância desde a barra
K.003 Tolerâncias de Instalação ao ponto de origem. No entanto, não é neces-
No plano horizontal sário o ajuste do espaçamento normal de 2,7m
(a) As tolerâncias dimensionais são indicadas na entre as luzes de barra transversal, mas as barras
figura 134. transversais devem continuar a ser simétricas
(b) A linha central do sistema de iluminação de apro- relativamente à linha central de iluminação de
ximação deve coincidir o mais possível com o aproximação.
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lizador ou o ecrã caso utilizado, perfure o plano barra transversa de 300m do sistema de ilumi-
de luzes. Nesses casos, a altura destas estruturas nação de aproximação. Contudo, é importante
deve manter-se a um mínimo e devem situar-se o assegurar que as luzes da barra transversal não
mais longe possível da soleira. Na generalidade, obstruídas também estejam em serviço a todo
a regra relativa às alturas permitidas é: 15cm momento.
por cada troço de 30m de distância que separe a (f) Os objectos existentes dentro dois limites do plano
estrutura da soleira; por exemplo, se o localiza- de luzes e que requeiram que se eleve o plano
dor estiver situado a 300m da soleira, permite-se a fim de satisfazer os critérios aqui expostos,
que o ecrã perfure o plano do sistema de ilumi- devem eliminar-se, rebaixar-se ou desviar-se
nação de aproximação até uma altura máxima de quando isso seja mais económico de que elevar
10 x 15cm = 150cm, mas de preferência deve o referido plano.
manter-se tão baixa quanto possível e compatí- (g) Nalguns casos podem existir objectos que não
vel com o funcionamento correcto do ILS. seja possível eliminar, rebaixar, nem desviar.
(e) Para implantar uma antena de azimute MLS, deve Estes objectos podem estar situados tão perto da
seguir-se a orientação que figura no Anexo 10, soleira que perfurem a inclinação de 2%. Nestas
Volume I, Anexo G e NTA 26. Este texto, que condições e quando não haja solução possível,
também proporciona orientação sobre a implan- pode exceder-se a inclinação de 2%, ou recorrer-
tação comum de uma antena de azimute MLS -se a um “degrau”, com a finalidade de manter as
com uma antena de localizador ILS, sugere que luzes de aproximação sobre os objectos. Esses
a antena de azimute MLS possa implantar-se “degraus” ou inclinações aumentadas apenas
dentro dos limites do plano de luzes quando não devem ser utilizados em último recurso, quando
seja possível ou não seja prático implanta-la não seja possível seguir os critérios normais
para além da extremidade exterior de iluminação relativos às inclinações, e devem reduzir-se ao
de aproximação. Se a antena de azimute MLS mínimo possível. Segundo este critério, nenhuma
estiver implantada sobre o prolongamento do inclinação negativa é permitida na parte mais
eixo da pista, deve estar o mais longe possível da exterior do sistema.
luz mais próxima da antena de azimute MLS no K.007 Consideração dos Efeitos das Extensões Reduzidas
sentido da extremidade da pista. Complemen- (a) Nunca será demasiado insistir na necessidade
tarmente, o centro de fase da antena de azimute de que exista um sistema de iluminação de
MLS deve estar pelo menos a 0,3m acima das aproximação suficiente para as aproximações
luzes mais próximas da antena de azimute MLS de precisão durante as quais o piloto necessita
no sentido da extremidade da pista. (Esta dis- de referências visuais antes da aterragem. A
tância pode diminuir a 0,15m se a implantação segurança e regularidade dessas operações
estiver livre de outros problemas importantes dependem dessa informação visual. A altura
relativos a trajectos múltiplos). O cumprimento acima da soleira da pista para a qual o piloto
deste requisito, cujo objectivo é assegurar que a decide que há suficientes referências visuais
qualidade do sinal MLS não seja afectada pelo para continuar a aproximação de precisão e
sistema de iluminação de aproximação, pode realizar a aterragem, variará segundo o tipo de
ter como consequência a obstrução parcial do aproximação efectuada e outros factores como
sistema de iluminação pela antena de azimute as condições meteorológicas, o equipamento
MLS. Para assegurar que a obstrução resultante terrestre de bordo, etc. A extensão necessária
não diminui o guiamento visual para além dum do sistema de iluminação de aproximação que
nível aceitável, a antena de azimute MLS não servirá para todos os tipos de aproximações de
deve estar situada a uma distância inferior a precisão é de 900m, e deve ser proporcionada
300m da extremidade da pista, e a localização essa extensão sempre que possível.
preferível será a 25m para além da barra trans- (b) Não obstante, existem pistas em lugares nos
versal de 300m (deste modo, a antena ficará a quais não é possível proporcionar os 900m de
5m atrás da luz situada a 330m da extremidade extensão dos sistemas de iluminação para as
da pista). Nos casos em que uma antena de azi- aproximações de precisão.
mute MLS seja implantada dessa forma, apenas (c) Nesses casos deve ser feito o possível para
será parcialmente obstruída uma parte central da implantar um sistema de iluminação o mais
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extenso possível. O INAVIC poder colocar (e) Perigo grave no caso de uma aterragem demasiado
restrições às operações em pistas dotadas de curta ou demasiado longa; e
sistemas de iluminação de extensão reduzida. (f) Turbulência anormal.
Existem muitos factores que determinam a que L.005
altura é que o piloto deve decidir continuar a A presença de outras ajudas visuais ou não visuais é um
aproximação até aterrar ou então efectuar uma factor muito importante. As pistas dotadas de ILS ou MLS
aproximação falhada. Deve entender-se que o devem receber, na generalidade, a última prioridade nos
que se refere à instalação de um sistema visual indicador da
piloto não faz um juízo instantâneo ao chegar a
inclinação de aproximação. No entanto, os sistemas visuais
determinada altura. A decisão propriamente dita
indicadores da inclinação de aproximação são ajudas à apro-
de3 continuar a aproximação até à aterragem é
ximação visual e, como tal, podem complementar as ajudas
um processo cumulativo que apenas se conclui
electrónicas. Quando existam perigos graves ou quando um
na devida altura. A menos que o piloto disponha
número considerável de aeronaves que não estejam equipa-
de luzes antes de chegar ao ponto de decisão, das para o ILS ou para o MLS utilize uma determinada pista,
o processo de avaliação visual é imperfeito e pode ser dada prioridade à instalação de um indicador visual
a possibilidade de que ocorram aproximações da inclinação de aproximação nessa pista.
falhadas aumentará consideravelmente. Há mui- L.007
tas considerações de ordem operacional que o Deve ser dada prioridade a pistas utilizadas por aerona-
INAVIC deve ter em conta ao decidir se é ou não ves a reacção.
necessário impor alguma restrição a qualquer PARTE TT — Iluminação de Áreas Fora de Serviço
aproximação de precisão, estas considerações e de Viaturas
são detalhadamente expostas no Anexo 6 e NTA M.001
10 e NTA 10 (H). Quando uma zona esteja temporariamente fora de ser-
PARTE SS — Prioridade de Instalação de Sistemas viço, pode sinalizar-se com luzes fixas de cor vermelha.
Visuais Indicadores de Inclinação de Aproximação Estas luzes devem indicar as extremidades da zona fora de
L.001 serviço que possam apresentar maior risco. Devem utili-
Considera-se praticamente impossível elaborar um texto zar-se, no mínimo, quatro luzes deste tipo, a menos que a
de orientação que permita efectuar uma análise totalmente zona em questão seja triangular, casos nos quais se podem
objectiva com a finalidade de determinar que pista de deter- usar três. O número de luzes deve aumentar-se caso a zona
minado aeródromo deve ter prioridade para a instalação de seja grande ou de formato irregular. Deve ser instalada uma
sistemas indicadores de inclinação de aproximação. Não luz, pelo menos, a cada 7,5m de distância ao longo da peri-
feria da superfície. Se forem direccionais, as luzes devem
obstante, para tomar essa decisão, devem ser tidos em conta
ser colocadas de modo a que os seus feixes estejam orien-
os seguintes factores:
tados, na medida do possível, para a direcção de onde
(a) Frequência de utilização;
procedem as aeronaves ou viaturas. Quando as aeronaves
(b) Gravidade do perigo;
ou viaturas possam vir para essa zona desde várias direc-
(c) Presença de outras ajudas visuais ou não visuais;
ções durante o exercício normal das suas operações, deve
(d) Tipos de aeronaves que utilizam a pista; e
considerar-se a possibilidade de agregar outras luzes ou de
(e) Frequência e tipo de condições meteorológicas
utilizar luzes omnidireccionais para que a zona em questão
desfavoráveis em que se utiliza a pista.
seja vista desde estas direcções. As luzes das áreas fora de
L.003
serviço devem ser frangíveis. A sua altura deve ser tal que
Relativamente á gravidade do perigo, pode utilizar-se
permita garantir a desobstrução das hélices e da fuselagem
como guia geral a ordenação a especificação de aplicação de
dos motores a reacção.
um sistema visual indicador de inclinação de aproximação,
PARTE UU — Luzes Indicadoras de Caminho de
da Parte K, 22.235.e)1.ii) a v), os quais se podem resumir a:
Saída Rápida de Pista
(a) Guiamento visual desadequado devido a: N.001
(b) Aproximações sobre a água ou sobre o terreno As luzes indicadoras de caminho de saída rápida de pista
desprovido de pontos de referência visual ou, de (RETIL) compreendem um conjunto de luzes unidireccio-
noite, por não haver luzes aeronáuticas suficien- nais amarelas instaladas na pista e adjacentes ao eixo. As
tes na área de aproximação; luzes devem ser dispostas numa sequência 3-2-1 em inter-
(c) Informação visual equívoca devida ao terreno valos de 100m antes do caminho de saída rápida de pista.
circundante; Destinam-se a proporcionar ao piloto dobre a localização do
(d) Perigo grave na aproximação; seguinte caminho de saída rápida de pista disponível.
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mesmo nas viaturas de salvamento e luta contra Q.007 Equipamento de Salvamento para Ambientes
incêndios, assim como em viaturas auxiliares Adversos
necessárias para atender aos acidentes ou inci- (a) Deve dispor-se de equipamento e serviços ade-
quados nos aeródromos onde a área abrangida
dentes aeronáuticos. Sempre que se considere
pelo serviço inclua extensões de água, zonas
conveniente, devem distribuir-se cópias do mapa pantanosas ou outros terrenos difíceis de ace-
aos organismos públicos de protecção. der, nos quais as viaturas normais de rodas não
(e) Preparar-se instruções coordenadas nas quais possam prestar os serviços adequadamente. Isto
se detalhem as responsabilidades de todos os é especialmente necessário quando uma parte
intervenientes e as medidas a tomar nos casos importante das operações de aproximação ou
descolagem se realize sobre essas áreas.
de emergência. A autoridade competente deve
(b) O equipamento de salvamento deve transportar-se
assegurar que essas instruções são promulgadas em embarcações ou outras viaturas tais como
e cumpridas. helicópteros e viaturas anfíbias ou aerodesli-
Q.003 Instrução zantes, aptas para operar na área em causa. As
O curriculum referente à instrução deve incluir a instru- viaturas devem estacionar-se de modo a pode-
ção inicial e recorrente que abarque pelo menos os seguintes rem entrar em acção rapidamente para intervir
aspectos: nas áreas às que se estende o serviço.
(a) Familiarização com o aeroporto; (c) Nos aeródromos próximos de extensões de
(b) Familiarização com as aeronaves: água, as embarcações ou outras viaturas pre-
(c) Segurança do pessoal de salvamento e luta contra ferencialmente devem estar estacionados no
incêndios; aeródromo, o qual deve dispor de ancoradouros
(d) Sistemas de comunicações de emergência do ou dispositivos de lançamento. Caso as viatu-
aeródromo, incluindo os alarmes relativos a ras estejam estacionadas fora do aeródromo,
incêndio de aeronaves; preferencialmente devem estar sob controlo do
(e) Utilização de mangueiras, bocas, torres e outros serviço de salvamento e luta contra incêndios do
dispositivos para cumprir com a Parte O,22.283; aeródromo, ou em caso de isto não ser possível,
(f) Aplicação dos tipos de agentes extintores requeri- sob o controlo de outro organismo competente,
dos para cumprir o Parte O, 22.283; público ou privado, que opere em estreita coor-
(g) Assistência para a evacuação de emergência das denação como o serviço de salvamento e luta
aeronaves; contra incêndios do aeródromo (tais como a
(h) Operações de extinção de incêndios; polícia, as forças armadas, os serviços de con-
(i) Adaptação e utilização de equipamentos estruturais trolo dos portos, entre outros).
de salvamento e extinção de incêndios para sal- (d) As embarcações ou outras viaturas devem ser
vamento e extinção de incêndios em aeronaves; tão velozes quanto possível a fim de poderem
(j) Mercadorias perigosas; chegar ao lugar do acidente no menor tempo
(k) Familiarização com as obrigações do pessoal possível. Com o intuito de reduzir a possibili-
afecto à extinção de incêndios conforme defi- dade de provocar lesões durante as operações de
nido no plano de emergência do aeródromo; e salvamento, é preferível dispor de embarcações
(l) Equipamento de protecção individual (vestuário e com propulsão hidrodinâmica, em vez de embar-
equipamento respiratório) cações com hélices, a menos que as hélices
Q.005 Nível de Protecção sejam de tipo canalizado. O material destinado a
(a) De acordo com o Parte O, 22.283, os aeródromos servirem extensões de água gelada durante uma
devem estar classificados em categorias para parte considerável do ano deve ser escolhido
efeitos de salvamento e luta contra incêndios, em conformidade. As viaturas utilizadas neste
e o nível de protecção disponibilizado deve ser serviço devem estar equipadas com balsas e
apropriado à categoria do aeródromo. coletes salva vidas em número que satisfaça as
(b) No entanto, no Parte O, 22.283.c), é permitida necessidades das aeronaves de maior tamanho
a disponibilização de um nível de protecção que normalmente utilizem o aeródromo, comu-
inferior durante um período limitado quando o nicação radiotelefónica bilateral e projectores
número de movimentos de aeronaves da cate- para operações nocturnas. Caso se prevejam
goria mais elevada que se prevê que utilize o operações de aeronaves em períodos de baixa
aeródromo seja inferior a 700 durante os três visibilidade pode ser necessário fornecer orien-
meses consecutivos de maior actividade. É tação às viaturas de emergência intervenientes.
importante que se perceba que isto apenas é (e) O pessoal designado para manipular o equi-
aplicável quando exista uma gama ampla de pamento deve estar adequadamente formado
diferenças entre as dimensões das aeronaves e treinado em missões de salvamento nesse
incluídas no total dos 700 movimentos. ambiente adverso.
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(3) Caso se desconheça a estrutura do pavimento tada pela água. Quando se realizem operações
aplique-se a limitação dos 5%; e de sobrecarga, os responsáveis pela manutenção
(4) O número anula de movimentos de sobrecarga do aeródromo devem examinar periodicamente
não deve exceder 5%, aproximadamente, tanto as condições do pavimento como os crité-
dos movimentos totais anuais de aerona- rios relativos a ditas operações, uma vez que a
ves nesse local. frequência excessiva de sobrecarga pode dimi-
(b) Normalmente esses movimentos de sobrecarga
nuir consideravelmente a vida útil do pavimento
não devem ser permitidos sobre pavimentos que
manifestem sinais de fadiga ou falha estrutural. ou exigir grandes obras de reparação.
Também deve ser evitada a sobrecarga durante S.003 ACN de vários tipos de aeronaves
todo período de degelo posterior a congelamento A título exemplificativo junto se anexam no Anexo C os
de poças de água ou quando a residência do resultados das avaliações de ACN de vários tipos de aerona-
pavimento ou sua fundação possa estar debili- ves para as quatro categorias de solo de fundação.
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