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Adalmir Guimarães
Administração Financeira e Orçamentária
Administrar é gerir os serviços públicos - prestar serviços, executá-los, dirigir, governar, e exercer a
vontade com objetivo útil e que tenha o bem estar da coletividade como foco principal.
Administração Financeira e Orçamentária representa as ações de gerenciar as finanças e o orçamento do
setor governamental, que no Brasil divide-se em três esferas. União, Estados e Municípios, objetivando o
equilíbrio, a economia, a eficiência e a eficácia na gestão da coisa pública, envolvendo neste objetivo o
gerenciamento eficiente e eficaz de recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos.
a) Autarquias – são entidades autônomas criadas por lei específica, com personalidade jurídica de
direito público, possuindo Patrimônio e receitas próprios e atribuições específicas típicas da
Administração Pública.
b) Fundações – englobam entes que objetivam, principalmente, a realização de atividades não
lucrativas e que podem ser realizadas pelo setor público ou privado, mas que são de interesse
coletivo, as mesmas são criadas por lei específica ou autorizativa e registro em órgão competente,
possuem autonomia administrativa, patrimônio próprio funcionado com recursos obtidos junto a
administração direta para atuar em segmentos como educação, cultura, pesquisa, desenvolvimento
tecnológico, entre outros.
c) Empresa Pública – é uma organização com personalidade jurídica de direito privado e participação
exclusiva do Estado no seu capital e direção, portanto é de propriedade única do Estado. Por ser
pessoa jurídica de direito privado, não goza de privilégios estatais, salvo prerrogativas previstas em
lei.
d) Sociedades de Economia Mista – também considerada pessoa jurídica de direito privado, criado
por lei para o exercício de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações, que
permitem o direito a voto, pertencem em sua maioria ao Estado (50% + 1 ação com direito a voto).
Gestão na Administração Pública – conjunto de atividades que tenham por fim a movimentação do Patrimônio
Público no decorrer do exercício financeiro.
a) Econômica – visa à formação dos elementos patrimoniais constantes do Ativo e do Passivo registrados
no Balanço Patrimonial;
Serviço Público – conjunto de atividades e bens que são exercidos ou colocados a disposição da Sociedade
(coletividade), visando abranger e proporcionar o maior grau possível de “bem-estar social” ou da prosperidade
pública. Logo podemos dizer que serviços públicos são todos aqueles prestados pelo Estado ou delegados por
concessão ou permissão sob condições impostas ou fixadas por Ele, tendo ainda outro tipo de serviço já
permitido em definição constitucional.
1) Serviços Públicos Privativos do Estado – são aqueles que exigem a centralização e competem ao
Estado exclusivamente. Ex.: Relações Diplomáticas e Consulares; Defesa e Segurança do Território
Nacional; Emissão de Moedas; Controle e Fiscalização de Instituições Financeiras; Serviço Postal e
Correio Aéreo Nacional; Planos de Educação e Saúde Nacionais; Planos Regionais de
Desenvolvimento; Poder de Polícia e Segurança Pública; Justiça e outros.
2) Serviços de Utilidade Pública – são os serviços públicos prestados por delegação do Poder Público
por Delegação ou Concessão.
3) Prestação de Serviços Mista – é aquela prestada pela Administração Pública, por seu dever de
Estado e, entretanto, pode ser executada por pessoa física ou jurídica de caráter privado, independente
de delegação para tanto. Ex.: Educação – art. 205 / art 209 CF – “.... o ensino é livre a iniciativa
privada ..........”
1 – Patrimonialista – não havia distinção, por parte do Príncipe, entre os bens públicos e seus bens. (Res-
Pública = Res-Principis). Tinha como forte característica o nepotismo e a corrupção, os administradores públicos
d) Selecionar os candidatos aos cargos públicos federais, excetuados os das secretarias da Câmara dos
Deputados e do Conselho;
e) Promover a readaptação e aperfeiçoamento dos funcionários civis da União;
f) Estudar e fixar padrões e especificação do matera
3 – Gerencial – a administração gerencial caracteriza-se por decisões e ações voltadas para o resultado, tendo
como foco as demandas dos clientes/usuários, tendo como alicerces o planejamento permanente e realizando sua
execução de forma descentralizada e transparente.
Principais Características
• Engessamento do aparelhamento estatal: adoção de regras burocráticas rígidas;
• Perda de autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos;
• Instituição do Regime Jurídico Único, para os servidores da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios; e
• Retirada da flexibilidade operacional da Administração Indireta, ao atribuir às autarquias e
fundações, normas de funcionamentos que regem a Administração Direta
Principais Características
• Definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade;
• Garantia de autonomia do administrador na gestão de recursos humanos, materiais e financeiros
que lhe forem colocados à disposição;
• Controle e cobrança a posteriori de resultados;
• Competição administrada no interior do próprio Estado, concorrência entre unidades internas;
• Descentralização e redução de níveis hierárquicos;
• Ênfase em resultados, e não em processos ou procedimentos;
• Vê o cidadão como contribuinte de impostos e cliente de seus serviços;
• Fim da obrigatoriedade do Regime Jurídico Único, permitindo-se a volta de contratação de
servidores celetistas;
• Exigência de processo seletivo público para administração de celetistas e manutenção do
concurso público para admissão de servidores estatutários;
• Planos de carreiras estruturados em classes hierarquizadas, segundo a natureza e a complexidade
das tarefas;
• Limitação rígida dos proventos da aposentadoria e das pensões ao valor equivalente percebido
na ativa;
• Limitação rígida da remuneração dos servidores públicos e membros dos Poderes inclusive
vantagens pessoais, à remuneração dos Ministros do STF;
• Novas modalidades de organização: agências reguladoras / agências executivas e organizações
sociais.
Fins da Atividade Financeira está vinculada à satisfação de três necessidades básicas: prestação de
serviços públicos, exercício regular pelo poder de polícia e intervenção no poder público.
Déficit Público e Endividamento – o déficit púbico decorre do excesso de gastos do governo quando
comparado ao fluxo de ingressos financeiros. Existem duas formas de apuração desses resultados, que são:
“abaixo da linha” e “acima da linha”.
O critério de “abaixo da linha” leva em consideração apenas os itens de financiamento, apurando o
desempenho fiscal do Governo por intermédio do cálculo de variação do endividamento líquido em determinado
período. Já o “acima da linha” apura o desempenho fiscal do Governo mediante a apuração dos fluxos de
receitas e despesas orçamentárias em determinado período.
Acima da Linha
1. Déficit Nominal – gastos totais – Receitas Totais corresponde à diferença entre o total de receitas
arrecadadas e os empenhos emitidos no período.
2. Déficit Primário – gastos não-financeiros - receitas não-financeiras exclui do déficit nominal o
pagamento dos juros e das amortizações da dívida pública, entre outras despesas e receitas financeiras.
3. Déficit Operacional – déficit primário + pagamento de juros reais esta medida exclui do cálculo do
pagamento dos juros nominais da dívida pública os efeitos da correção monetária.
4. Déficit Público de Pleno Emprego – gastos estimados – receitas estimadas obtido pela diferença
entre os gastos e receitas estimados sob a hipótese de que a economia estivesse operando em níveis
normais de desemprego e de utilização da capacidade produtiva.
1. Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) - obtido pela soma das dívidas interna e externa do setor
público junto ao setor privado, incluindo a base monetária e excluindo-se ativos do setor público, tais
como reservas internacionais, créditos com o setor privado e os valores das privatizações.
2. Ajuste Patrimonial – item da DLSP que contabiliza a diferença entre os passivos do governo,
contraídos no passado e posteriormente reconhecidos, e os resultados das privatizações.
3. Dívida Fiscal Líquida (DFL) – obtido pela diferença entre a DLSP e o ajuste patrimonial.
4. Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) – corresponde ao conceito de déficit nominal
apurado pelo critério “acima da linha”. Refere-se à variação da DFL entre dois períodos de tempo.
5. Necessidade de Financiamento do Setor Público no Conceito Operacional – exclui das necessidades
de financiamentos nominais a correção monetária (efeito inflacionário) que incide sobre a DFL. Seu
correspondente pelo critério “acima da linha” é o déficit operacional.
6. Necessidades de Financiamento do Setor Público no Conceito Primário – exclui das necessidades de
financiamento nominais o pagamento de juros nominais que incide sobre a DFL. Equivale ao déficit
primário apurado pelo critério “acima da linha”.
Resultados
Arrecadação (Receita)
Impostos e Taxas
Impostos são contribuições obrigatórias cobradas pelo Governo (federal/ estadual e municipal), para
atender as despesas com obras e serviços públicos. Pagam impostos as Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas.
A diferença entre imposto e taxa é que o primeiro é o governo que cobra e aplica conforme suas
necessidades, e o segundo o governo cobra quando se exige um benefício ou serviço direto.
Contribuição de Melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Exemplo de Categorias Profissionais: CRC; CREA; OAB; SENAI; SENAC; SESC; SEBRAE e etc.
Taxas Estado: Coleta de Lixo, Combate a Incêndios, Conservação e Limpeza Pública, Emissão de
Documentos (Fed./Est./Municipal), Registro de Correio (Junta Comercial), Água e Esgoto e Expediente
Tipos de Orçamentos
1) Função Alocativa – oferecer bens e serviços públicos que não seriam oferecidos pelo mercado ou o
seriam em condições ineficientes e criar condições para que os bens privados sejam oferecidos no
mercado pelos produtores, por investimentos ou intervenções, corrigir imperfeições no sistema de
mercado (monopólios, cartéis, etc) e também corrigir os efeitos negativos de externalidades;
2) Função Distributiva – tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, através da
tributação e transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em
camadas mais pobres da população, etc.
3) Função Estabilizadora – ajustar o nível geral de preços, nível de emprego, estabilizar a moeda,
mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção
econômica.
Conceito de Orçamento peça que contém aprovação prévia da despesa e da receita de um período
determinado.
Podemos dizer ainda que o orçamento, é um instrumento de planejamento adotado pela Administração
Pública – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – realizado nas três esferas de poder –
Executivo, Legislativo e Judiciário – o qual prevê ou estima todas as receitas a serem arrecadadas e fixa
as despesas a serem realizadas no exercício financeiro seguinte, objetivando: continuidade, eficácia,
eficiência, efetividade e economicidade na qualidade na prestação de serviços.
O desvio na realização dos Gastos Públicos costuma ocorrer por meio dos seguintes expedientes:
Orçamento Clássico ou Tradicional enfatiza o objeto dos gastos. Simples detalhamento das receitas
a arrecadar e das despesas a executar, prevaleceu até 1960. Este tipo de orçamento não enfatizava o
planejamento de ação governamental.
Tinha como finalidade principal o controle político das ações governamentais.
Principais Características:
• O processo orçamentário é dissociado dos processos de planejamento e programação;
• Alocação de recursos visa aquisição de meios;
• O foco são as Unidades Organizacionais (decisões e elaborações orçamentárias);
• Ênfase aos aspectos contábeis de gestão;
• Os principais critérios classificatórios são: unidades administrativas e elementos;
• As decisões orçamentárias são tomadas, tendo em vista as necessidades das unidades
organizacionais;
• Inexistem sistemas de acompanhamento e medição do trabalho;
• O controle visa avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no
cumprimento do orçamento.
Características Principais:
• Todos os programas devem ser justificados detalhadamente a cada início de um novo
ciclo orçamentário, como se cada item ou despesa se tratasse de um nova iniciativa do governo,
cabendo-lhe justificar por que deve gastar os recursos;
• As solicitações de recursos não obedecem a nenhuma prioridade;
• Análise, revisão e avaliação crítica de todas as despesas de cada área, e estimando novos
custos para o exercício seguinte, partindo-se de uma nova base, ou seja, “Base Zero”.
• Cada administrador é obrigado a preparar um “pacote de decisão” para cada atividade ou
operação, e este pacote inclui uma análise de custo, finalidade, alternativas, medidas de
desempenho, conseqüências ou benefícios de não executar as atividades.
• Criação de alternativas para facilitar a escala de prioridades ou relevância na alocação
dos recursos, que serão levadas para decisão superior.
Orçamento Base Zero ou por Estratégia – neste orçamento todas as despesas dos órgãos ou entidades
públicas, programas ou projetos governamentais, são detalhadamente justificados a cada ano, como se
cada informação, representasse uma nova iniciativa do governo. Este processo exige que cada
administrador faça uma fundamentação da necessidade dos recursos totais solicitados, e em detalhes lhe
transfere o ônus da prova, a fim de que ele justifique a despesa. As operações devem ser identificadas e
relacionadas em ordem de importância, através de análise sistemática.
O Orçamento Base Zero baseia-se na preparação de “pacotes de decisão” e, conseqüentemente, na
escolha do nível de objetivo através da definição de prioridades.
Um pacote de decisão deverá ser preparado no nível de esforço mínimo, corrente e de expansão. O
mesmo deve conter conseqüências, alternativas, custos e benefícios, e medidas de desempenho.
Nível Mínimo - primeira alternativa apresentada no pacote de decisão, que se baseia no nível mínimo de
esforço, ou seja, o nível de esforço abaixo do qual a unidade de decisão não possui eficácia;
Nível Corrente de Esforço – identifica o nível de incremento de esforço acima do nível mínimo, que
permitirá a execução da função ou serviços presentes, isto é, no nível presente executado.
Nível de Expansão de Esforço – procura incrementos acima do nível corrente, cuja finalidade é a
permissão da execução de funções ou serviços adicionais aos existentes.
Orçamento Programa – caracteriza-se pelo fato da elaboração orçamentária ser feita em função do que
se pretende realizar no futuro, resumindo, é um instrumento moderno de planejamento que permite uma
fácil identificação dos programas de trabalho do governo, projetos, objetivos, metas, custos e resultados
alcançados.
É a modalidade de orçamento onde os recursos financeiros vinculam-se aos objetivos a serem
alcançados.
O Orçamento Programa é uma concepção gerencial de orçamento público.
Com a implementação do PPA, o Orçamento Programa está completamente ligado ao mesmo, pois ele
tem o objetivo de concretizar o que está previsto no PPA.
Este vínculo esta caracterizado na Constituição Federal de 1988 nos artigos 165/166 e 167.
O Orçamento Programa permite um melhor aproveitamento dos recursos, determinando os meios e
finalidades em bases mais realistas e critérios objetivos de análise e decisão.
Fatores a serem observados no Orçamento Programa:
1 – Determinação da Situação;
2 – Diagnóstico da Situação;
3 – Apresentação de Soluções Alternativas;
4 – Estabelecimento de Prioridades;
5 – Definição de Objetivos;
6 – Determinar Recursos Humanos, Materiais e Financeiros
Conceito de Orçamento Programa é um sistema que tem maior foco no que o Governo
Realiza mais do que as coisas que ele Adquire
Exercício Financeiro (Ano Financeiro) é o período de tempo durante o qual se exercem todas as
atividades administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento.
Ano Financeiro “é o período em que se executa o orçamento”. Quando o ano financeiro não coincide
com o ano civil, existe a necessidade de um período adicional.
1 – Plano Plurianual Plano de Médio Prazo, que vigora por um período de 4 anos.
Ordena ações do Governo que levem aos atingimentos de objetivos e metas fixados para o período de 4 anos.
Doutrinariamente é considerado um Planejamento Estratégico de Médio Prazo.
Obs.: nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no PPA ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Podemos afirmar que o PPA constitui um planejamento estratégico de médio prazo, que contém os projetos
e atividades que o governo pretende realizar, durante 4 anos.
1.1 – Conceito
A lei que instruir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e metas da
Administração Pública para as Despesas de Capital e outras dela decorrentes, e para as relativas aos
programas de duração continuada.
1.2 – Objetivos
• Definir com clareza os objetivos, metas e prioridades da Administração, bem como resultados
esperados;
• Integração do planejamento e do orçamento;
• Organizar em programas, as ações que resultem em incremento de bens ou serviços;
• Facilitar o gerenciamento da administração, permitindo uma melhor avaliação do desempenho
dos programas, garantia da transparência;
• Explicitar, quando couber, a distribuição regional das metas e gastos do governo;
• Dar transparência à aplicação de recursos e aos resultados obtidos.
• Promover uma gestão empreendedora e estimular às parcerias;
• Gestão orientada para resultados com organização das ações do Governo em programas.
1.5 – Macro-Objetivos
Também indicam o que deve ser feito e o que não deve, mas seu foco consiste na definição dos alvos
setoriais a atingir.
• Programas de Serviços ao Estado – são aqueles que resultam em bens e serviços ofertados
diretamente ao Estado, por instituições criadas para este fim específico. Seus atributos básicos
são: denominação, objetivo, indicador(es), unidades orçamentárias e unidade responsável pelo
programa.
Ex.: Controle externo, Qualidade no Serviço Público, etc.
1.9 - Ação
Representa a realização de uma atividade orçamentária vinculada a um programa que viabilizará a
geração de um produto final, sejam eles bens ou serviços.
Conclui-se que toda a ação finalística do Governo Federal deve ser estruturada em programas,
orientados para consecução dos objetivos estratégicos definidos no PPA.
1.10 – Subtítulo
2 – Lei de Diretrizes Orçamentárias tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais.
(Orçamento Fiscal, Orçamento de Investimento de Empresas e Orçamento da Seguridade Social).
A LDO compreende as metas e prioridades da Administração Pública, incluindo as despesas de capital para
exercício financeiro subseqüente. Orientará a elaboração da LOA, e disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá sobre a política de aplicação das agências financeiras de fomento.
É o instrumento de conexão entre o plano estratégico das ações governamentais (PPA) e o plano operacional
a ser executado (LOA).
Integrará o projeto de LDO o Anexo de Metas Fiscais, em que são estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes e também deverá conter o Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem (art. 4º da LRF).
A LDO também serve para estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
como por exemplo: BNDES, Banco do Nordeste, CEF, etc.
A LDO tem por função principal o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no
orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das diretrizes, metas e objetivos
contemplado no PPA.
Obs.: a mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará, em anexo específico, os objetivos das
políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados
e variáveis, e ainda as metas de inflação para o exercício subseqüente.
Com a vigência da LRF, a LDO passou a ter mais relevância, e deverá dispor sobre:
• Equilíbrio entre as receitas e despesas;
• Critérios e forma de limitação de empenho, a ser verificado no final de cada bimestre;
• Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
• Demais condições e exigências para a transferência de recursos a entidades públicas e privadas.
A LRF ainda prevê que a LDO conterá o Anexo de Riscos Fiscais, no qual serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas,
caso se concretizem.
Riscos Fiscais – são as possibilidades de ocorrências de eventos ou fatos econômicos que venham a
impactar ou onerar de forma substancial e negativamente na contas públicas.
Os Riscos Fiscais são classificados em Riscos Orçamentários e Riscos da Dívida.
Riscos da Dívida – referem-se a possíveis ocorrências, externas à administração, caso sejam efetivadas
resultarão em aumento do serviço da dívida pública no ano de referência.
• Passivos Contingentes representam dívidas cuja existência depende de fatores imprevisíveis, tais
como resultados dos julgamentos judiciais.
3 – Lei de Orçamentos Anuais tem como objetivo a concretização das situações planejadas no Plano
Plurianual e transformá-las em realidade, obedecida a LDO.
Algumas Vedações
• Iniciar programas ou projetos que não estejam incluídos na LOA;
• Realizar despesas ou assunção de obrigação direta que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
• Concessão ou utilização de créditos ilimitados;
• Consignar crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada;
• Consignar dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que não esteja
previsto no PPA ou lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 176 da CF e art. 5º,
§ 5º da LRF.
PPA
LOA OI
OSS
OF Orçamento Fiscal
OI Orçamento de Investimento
OSS Orçamento da Seguridade Social
Orçamento Fiscal referente aos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário), seus fundos,
órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público.
Prazo de Envio prazo limite para o Poder Executivo encaminhar ao Poder Legislativo.
Prazo de Devolução prazo limite para o Poder Legislativo devolver ao Poder Executivo.
Obs.: Se o poder executivo não enviar dentro do prazo previsto a sua proposta para apreciação, caberá ao
Poder Legislativo proceder a apreciação, como se proposta fosse, da Lei de Orçamento vigente, conforme
o previsto no art. 32 da Lei 4.320.
Obs1.: Apesar de não constar na legislação, entende a doutrina que, se o Poder Legislativo não devolver o
projeto de lei aprovado para sanção do Chefe do Poder Executivo até o dia 31 de dezembro, tendo este
cumprido os prazos estabelecidos na Constituição, caberá, por “princípio da simetria” a promulgação por
parte do Poder Executivo, tal como enviou ao Legislativo, ignorando eventuais emendas.
Comissão Mista Permanente – é composta por 84 (oitenta e quatro) membros, efetivos e suplentes, sendo
21 (vinte e um) Senadores e 63 (sessenta e três) Deputados Federais, que tem por função receber, examinar e
emitir parecer sobre as emendas dos projetos de leis orçamentárias (PPA / LDO e LOA) e de créditos
adicionais (suplementares e especiais).
acompanha e fiscaliza a execução orçamentária;
emite parecer sobre as contas do Presidente da República.
Obs.: a omissão do Chefe do Executivo, pelo não envio da Lei Orçamentária – caracteriza-se como crime de
responsabilidade.
Obs1.: não existe previsão na Constituição Federal para rejeição das Leis Orçamentárias. Todas devem ser
devolvidas para Sanção.
3) Emendas – deverão estar compatíveis com o PPA e com a LDO, indicando os recursos necessários,
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, que não incidam sobre: dotações para pessoal
e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais, para os Estados,
Municípios e para o Distrito Federal.
4) Sanção – somente o titular do Poder Executivo, após aquiescência, pode sancionar o projeto se estiver
de acordo com o mesmo. (Art. 66 da CF/88)
5) Veto – caso o titular do Poder Executivo, não concorde com o projeto de lei aprovado pelo legislativo,
poderá vetá-lo total ou parcialmente, conforme Art. 66 da CF/88.
6) Promulgação – consiste no atestado da existência de uma lei. “É um ato declaratório e demonstra que a
lei é executável.
7) Publicação – somente após a publicação em Diário Oficial, a lei acabada se torna executável e
obrigatória.
Tipos de Orçamentos:
Elaboração do
Projeto
Acompanhamento/Avaliação Apreciação / Aprovação
Sanção / Publicação
Execução
1) Elaboração do Projeto – é de competência do Poder Executivo, sendo realizado com base na LDO,
fixando objetivos concretos para o período considerado. (recursos humanos, materiais e financeiros
necessários).
Ano Financeiro é o período em que se executa o orçamento. Quando o ano financeiro não coincide com
o ano civil, existe a necessidade de um período adicional.
1) Elaboração – fase onde as unidades gestoras apresentam uma proposta parcial de orçamento, que deve
ser consolidada em nível de órgão ou ministério. Todos devem encaminhar suas propostas ao órgão
central do sistema de orçamento, visando uma nova consolidação.
Obs.: Na elaboração do projeto de lei orçamentária, devem ser obedecidas as orientações contidas na
LDO.
Compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos
recursos humanos, materiais e financeiros, necessários a sua materialização e concretização.
2) Estudo e Aprovação – o projeto de lei orçamentária será apreciado pela Comissão Mista Permanente de
Orçamento (Poder Legislativo), composta por 84 membros (21 senadores e 63 deputados), que tem
como função examinar e emitir parecer sobre o projeto, além de acompanhar e fiscalizar a execução
orçamentária, pois o seu significado está configurado na necessidade de que o povo, através de seus
representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como a maneira de alcançá-las.
Após aprovação pelo plenário, o projeto deve ser devolvido ao Poder Executivo, que tem as opções de
sancioná-lo, ou propor vetos parciais ou totais. Havendo a sanção o Projeto de Lei Orçamentária deverá
ser encaminhado para publicação.
3) Execução – começa a ser executada pelos órgãos a partir do início do exercício financeiro, logo após a
publicação do Quadro de Detalhamento da Despesa, onde a Secretaria do Tesouro Nacional providencia
a consignação da dotação orçamentária a todos os órgãos e ministérios.
A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o
setor público, no processo de planejamento integrado.
4) Acompanhamento e Avaliação – etapa que pode ser considerada a fase de controle, que pode ser
classificado como interno, quando o mesmo é exercido pelo próprio órgão, ou externo quando realizado
pelo Poder Legislativo, auxiliado tecnicamente pelo Tribunal de Contas da União.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
2 – Unidade (Lei 4.320 – Art. 2º e C.F. Art. 165) os orçamentos de todos os órgãos autônomos que
constituem o setor público devem fundamentar-se em uma única política orçamentária e que se ajuste a um
método único. (evita a duplicação de função ou superposição de entidades na realização de atividades correlatas,
colaborando para a racionalização na utilização dos recursos). Cada orçamento se ajusta ao princípio da unidade
em seu conteúdo, metodologia e expressão. Caracteriza-se pela racionalização na utilização dos recursos.
Cabendo ainda ressaltar que a este princípio também está vinculada a idéia de que exista tão somente uma
única lei orçamentária, com o objetivo de facilitar a centralização financeira do Tesouro, consubstanciado no
chamado princípio de unidade de caixa.
Ainda a este princípio podemos vincular que a idéia de totalidade, determinação de que todas as receitas e
despeças constantes de três peças orçamentárias distintas, que são, orçamento fiscal, orçamento da seguridade
social e, orçamento de investimentos, devam constar de uma única Lei Orçament
3 – Universalidade (Lei 4.320 – Arts. 2º, 3º e 4º e C.F. Art. 165 § 6º) devem ser incluídos no orçamento
todos os aspectos do programa de cada órgão, principalmente o orçamento deve conter todas as receitas e
despesas compreendendo um plano financeiro global e também todos os aspectos financeiros ou econômicos.
(aspectos de programa de cada órgão). Está intimamente ligado com a programação. Tudo deve ser incluído,
como os objetivos e efeitos sócio-econômicos, que podem ser afetados negativamente pela não inclusão.
4 – Anualidade ou Periodicidade (Lei 4.320 – Art. 2º e C.F. Art. 165 e 166) convencionalmente, é
adotado o critério de um ano para o período orçamentário que coincide com o Ano Civil, que compreende o
período de 01 de janeiro a 31 de dezembro, texto definido na Lei 4.320 em seu Art. 34.
Quando os investimentos forem ultrapassar mais de um ano os mesmos não podem ser iniciados sem que
sejam incluídos no PPA.
6 – Clareza o orçamento deve ser expresso de forma clara, objetiva, ordenada e completa, permitindo
assim, seu entendimento por especialistas e também por pessoas que estejam interessadas nas informações
contidas nos documentos pertinentes. Está ligado diretamente ao aspecto formal.
8 – Publicidade (C.F. Art. 37) é garantido a qualquer interessado o acesso as informações que permitam
a fiscalização da utilização dos recursos. Este princípio fica caracterizado pela publicação dos orçamentos em
Diário Oficial.
9 – Legalidade (C.F. Art. 37) a Lei Orçamentária e a Lei que instrui Créditos Suplementares e especiais,
aprovados pelo legislativo, são os instrumentos legais que autorizam a aplicação dos recursos públicos. Não
pode haver despesa pública sem autorização legislativa prévia.
10 – Equilíbrio (C.F. Art. 166/167) o orçamento deverá manter o equilíbrio, do ponto de vista
financeiro, entre os valores de receita e da despesa. Favorecendo a uma Política Salutar Econômico Financeira.
A premissa básica deste princípio orçamentário refere-se que o montante das despesas não deve ultrapassar a
receita prevista para o período.
11 – Orçamento Bruto (Lei 4.320 – Art. 6º) todas as despesas e receitas constarão da Lei Orçamentária
pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. “As contas de receita que uma entidade pública deva transferir a
outra, será incluída como despesa”. Ex.: do total do ICMS arrecadado pelo Estado, 25% cabem aos Municípios.
12 – Não Afetação da Receita (C.F. Art. 167/IV) “Nenhuma parcela da receita geral de impostos poderá
ser reservada ou comprometida para atender a certos determinados gastos”.
Exceção: (C.F. Art. 212) a União não pode deixar de aplicar, anualmente, menos de 18%, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, menos de 25% da receita resultante de impostos, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Obs.: as receitas de impostos não podem ser dadas como garantia às operações de crédito, com exceção
daquelas de antecipação da receita.
13 – Exatidão a exatidão envolve questões éticas e técnicas. “Realidade e efetiva capacidade do setor
público. Pelos encarregados da política orçamentária, e pelos órgãos executivos que solicitam recursos.
Programação Financeira – utiliza como parâmetro a previsão da receita, os limites orçamentários da despesa e
sua demanda, bem como a tendência do resultado financeiro. A Programação Financeira constitui o conjunto de
ações desenvolvidas no intuito de manter o fluxo de caixa do Tesouro, durante o exercício financeiro, com a
finalidade de assegurar às unidades orçamentárias os recursos financeiros suficientes e em tempo oportuno à
execução dos programas de trabalho, mantendo o equilíbrio entre as receitas e as despesas, evitando-se,
eventuais insuficiências de recursos que poderiam resultar em déficit de execução orçamentária.
Descentralização Financeira – consiste na movimentação de recursos financeiros e é realizada por meio dos
seguintes procedimentos, que são conhecidos como: Cota; Repasse e Sub-Repasse.
a) Cota – é considerada a primeira fase da movimentação dos recursos, e é liberada em consonância com o
cronograma de desembolso de cada ministério ou órgão. Estes valores são disponibilizados aos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, no Banco do Brasil por intermédio de ato da Secretaria do Tesouro
Nacional;
b) Repasse – consiste na descentralização de recursos financeiros vinculados ao orçamento, recebidos
anteriormente sob a forma de cota da Secretaria do Tesouro Nacional, sendo de competência dos órgãos
setoriais de programação financeira, que os transfere para outro órgão ou ministério. É a chamada
movimentação externa de recursos financeiros.
c) Sub-repasse – consiste na descentralização de recursos financeiros vinculados ao orçamento, realizado
pelos órgãos setoriais de programação financeira, para unidade orçamentária ou administrativa a eles
vinculadas, ou seja, que faça parte da estrutura do ministério onde se encontra o órgão setorial de
programação financeira. É chamado de movimentação interna de recursos financeiros destinados ao
pagamento das despesas orçamentárias.
Créditos Adicionais – os créditos adicionais são valores solicitados e utilizados pelo Poder Executivo como
um mecanismo de retificação do orçamento anual, por despesas não contempladas no mesmo ou ainda por
insuficiência de recursos na realização de despesas previstas na LOA.
Classificação – os créditos adicionais são classificados em: Créditos Suplementares, Créditos Especiais e
Créditos Extraordinários.
Estes possuem as seguintes características significativas descritas abaixo:
1. Crédito Suplementar – é utilizado como reforço de dotação orçamentária que se tornou insuficiente
no decorrer do exercício, e necessita de prévia autorização Legislativa (Lei Especial), podendo ser
incorporada na LOA. Este crédito deve ser aberto por Decreto do Poder Executivo, devendo
obrigatoriamente indicar a Origem e o Limite dos Recursos a serem utilizados. Possui uma vigência
restrita ao Exercício Financeiro em que foi aberto, jamais sendo admitida sua prorrogação.
2. Crédito Especial - é utilizado para atender despesas que não foram previstas para o exercício na
LOA, e necessita de prévia autorização Legislativa (Lei Especial). Este crédito deve ser aberto por
Decreto do Poder Executivo, devendo obrigatoriamente indicar a Origem e o Limite dos Recursos a
serem utilizados. Possui como vigência o Exercício Financeiro em que foi aberto, podendo ser
prorrogado para o Exercício Financeiro Seguinte desde que autorizado em um dos últimos quatro
meses do Exercício Financeiro em que foi aberto.
1. Superavit Financeiro apurado em Balanço Patrimonial do Exercício Anterior (Lei 4.320 - Art. 43);
2. Recursos Provenientes de Excesso de Arrecadação – (saldos positivos das diferenças, apuradas mês
a mês) – (Lei 4.320 – Art. 43);
3. Recursos resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais
(Lei 4.320 – Art. 43);
4. Operações de Crédito (Lei 4.320 – Art. 43);
5. Reserva de Contingência – (Decreto Lei 200/67 – Art. 91);
6. Recursos que em decorrência de Veto, Emenda ou Rejeição do projeto da LOA, ficarem sem
despesas correspondentes.
Quanto a Natureza:
Orçamentária são os recursos financeiros necessários para atender aos programas e despesas do
governo fixadas na LOA.
Fonte de recursos efetiva ou por mutação, pertencentes ao Estado, ou seja, não serão restituídos no
futuro, previstos ou não na lei orçamentária e que será utilizado no financiamento de despesas públicas.
A Receita Orçamentária fica consubstanciada no Orçamento Público e divide-se em: Corrente e De
Capital.
Ex.: receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços, operações
de crédito, alienação de bens, amortização de empréstimos concedidos e transferências correntes e de
capital.
São as receitas que na realidade pertencem ao Tesouro e não ao órgão que a está recebendo.
Receita Corrente é aquela que advém do poder impositivo do Estado (tributos em geral), e também
as decorrentes da exploração do seu patrimônio e as resultantes de exploração de atividades econômicas
(comércio, indústria, serviços e etc.);
São Receitas que não resultam na constituição ou criação de bens de capital, logo, não há acréscimo ao
Patrimônio Público.
São os recursos recebidos pessoas de Direito Público ou Privado, destinados aos gastos correntes ou de
consumo, obtidos nas transações efetivadas pelas entidades de Administração Pública, não resultantes de
sacrifício patrimonial.
Obs.: não resultam em sacrifício Patrimonial.
Exemplos – Tributárias (impostos, taxas e Contribuições de Melhoria); de Contribuições Sociais
(contribuições Sociais e Econômicas); Patrimonial; Agropecuária; Industrial; de Serviços;
Transferências Correntes; Outras Receitas Correntes.
a) Receita Tributária ou Derivada – é composta por Impostos, Taxas e Contribuições de Melhorias,
são as contribuições pagas pelos contribuintes em razão de suas atividades, suas rendas suas
propriedades e dos benefícios diretos e imediatos recebidos pelo Estado. Destina-se ao custeio de
atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades.
Obs.: o imposto é a subfonte da Receita Tributária.
b) Receita de Contribuições – é destinada a arrecadar receitas relativas a Contribuições Sociais,
Profissional e Econômicas, destinadas, geralmente, a manutenção dos programas e serviços sociais
de interesse coletivo.
Ex.: Previdência social, salário educação, tarifas de passagens aéreas domésticas.
Receitas Efetivas são aquelas que contribuem para o aumento do Patrimônio Líquido, pois estes
recursos se integram ao Patrimônio Público, como elemento novo e positivo (Fato Contábil Modificativo
Aumentativo), pois não surgirão quaisquer reservas, condições ou correspondência no Passivo;
Ex.: Receitas Correntes
Receitas por Mutações Patrimoniais são aquelas que não afetam o Patrimônio Líquido (Fato
Contábil Permutativo).
Ex.: Receita de Capital
Ordinárias são aquelas que ingressam com regularidades, por meio do normal desenvolvimento da
atividade financeira do Estado. Constituem fonte regular e permanente de recursos financeiros
necessários ao atendimento das despesas públicas;
Ex.: Arrecadação de impostos e taxas regulares.
Derivada é caracterizada por constrangimento legal para sua arrecadação, são aquelas provenientes
do poder de tributar, por parte do Estado.
Obs.: a arrecadação depende da obediência ao princípio da anterioridade.
Ex.: tributos, penas pecuniárias, o confisco e as reparações de guerra, empréstimos compulsórios e todas
as demais que decorram do poder coercitivo e dependem de disposição legal.
Constituição Federal:
Art. 157 Pertencem aos Estados e Distrito Federal, 21,5% do produto da arrecadação do imposto que
a União instituir no exercício de competência que lhe é atribuída pelo Art. 154;
Art. 158 Pertencem aos Municípios, 50% do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente a imóveis neles situados; 50% do IPVA; 25% do ICMS e de
transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Art. 159 A União entregará vinte e um inteiros e cinco décimos por cento do Fundo de Participação
dos Estados e Distrito Federal; vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação
dos Municípios e outros.
1. Previsão
A previsão da receita corresponde à estimativa incorporada a Lei Orçamentária do quanto se espera
arrecadar durante o Exercício Financeiro, que se originam de estudos de previsão.
Com o advento da Lei da Responsabilidade Fiscal, as previsões de receita observarão as normas técnicas
e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante, e serão acompanhadas de demonstrativos
de evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois anos seguintes àquele que se referirem, bem
como da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
2. Lançamento
É a identificação do devedor ou da pessoa do contribuinte e os respectivos valores devidos por tais.
Conforme a Lei 4.320/64 – define o “lançamento da receita como o ato da repartição competente que
verifica a procedência do crédito fiscal, a pessoa devedora e inscreve a débito dela”.
3. Arrecadação
A arrecadação da receita está ligada aos pagamentos, realizados diretamente pelos contribuintes à rede
bancária autorizada e às repartições fiscais. (tributos, multas ou qualquer outro crédito ou valor).
Cabe ressaltar que o regime contábil de caixa para receita, aplica-se com base nos dados da receita
efetivamente arrecadada “pertencem ao exercício financeiro as receitas nele legalmente arrecadadas”.
4. Recolhimento
Compreende a entrega do produto da arrecadação pelas repartições fiscais e estabelecimentos bancários
ao Banco do Brasil para crédito da Conta Única do Tesouro Público (Receita da União no Tesouro
Nacional).
“O recolhimento da receita far-se-á por estrita observância ao princípio da unidade de caixa, sendo
proibida a criação de caixas especiais”.
1) Anistia – abrange as infrações cometidas antes da vigência da lei que a concede, podendo ser
concedida em caráter geral ou limitado. Ressalta-se que atos criminosos, contravencionais ou
praticados com dolo, fraude ou simulação, bem como infrações resultantes de conluio, não
podem ser beneficiados ou contemplados com instituto da anistia.
2) Remissão – perdão da dívida, desonerando o devedor e seus co-responsáveis da obrigação de
pagamento.
3) Subsídio – incentivo, reforço ou auxílio e revela todas as ações que visam a socorrer
determinadas situações em que o Estado entenda imprescindível ao cumprimento de suas
obrigações constitucionais, “satisfação das necessidades públicas”.
4) Crédito Presumido – conversão de incentivo, consistindo em uma forma indireta de
exoneração fiscal.
5) Concessão de Isenção em Caráter Não-Geral – consiste em causa excludente do crédito
tributário que dispensa o sujeito passivo do pagamento do tributo devido. Este tipo de renúncia
obriga a autoridade administrativa competente a efetivá-la mediante despacho.
6) Alteração de Alíquota ou Base de Cálculo: Redução de Tributo ou Contribuição – as
reduções relativas a tributos ou contribuições, são realizadas nas bases de cálculos e das
alíquotas decorrentes do modo de calcular o conteúdo pecuniário do dever tributário,
determinando uma forma redutora parcial e liberatória do dever de pagamento à generalidade
dos contribuintes, como incentivo à atividade produtiva.
7) Outros Benefícios que Correspondam a Tratamento Diferenciado – conforme texto da
Constituição Federal, que determina o tratamento diferenciado ao ato cooperativo, ao prescrever
que: “cabe a lei complementar (...) III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre: (...) c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
praticado pelas sociedades cooperativas”.
Dívida Ativa – corresponde aos créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não, exigíveis
pelo transcurso do prazo de pagamento pelo contribuinte, constituindo-se, em direitos a receber
decorrentes de receitas tributárias ou não, que não foram arrecadadas no exercício.
1) Dívida Ativa Tributária – corresponde ao crédito da Fazenda Pública, proveniente de
obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas.
2) Dívida Ativa Não Tributária – são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como:
empréstimos compulsórios, multas de qualquer origem ou natureza (exceto as tributárias), foros,
aluguéis ou taxas de ocupação, custas processuais, serviços prestados por estabelecimentos
públicos etc.
Despesas Públicas
Quanto a Natureza: as despesas quanto a sua natureza são divididas em Orçamentárias e Não
Orçamentárias;
Orçamentária são as despesas fixadas e especificadas na LOA e/ou na Lei de Créditos Adicionais.
Estas despesas são divididas em dois grupos que são “Corrente” e de “Capital”.
São as despesas cuja realização depende de autorização legislativa.
Não Orçamentária ou Extra-orçamentária são as despesas oriundas de recursos financeiros
transitórios, obtidos sob a forma de Receitas Extra-Orçamentárias. (Restituição de Depósitos,
Restituição de Cauções, Pagamento de Restos a Pagar, Consignações, Resgates Relativos às Operações
de Créditos por Antecipação de Receita, Empréstimos e Financiamentos com Liquidação para prazo
inferior a doze meses e outras).
É a despesa paga à margem da lei orçamentária e, portanto, independe de autorização legislativa.
Despesas Correntes são as despesas que abrangem o Custeio, que correspondem às dotações para
manutenção de serviços anteriormente criados, obras de conservação e adaptação de bens imóveis, e as,
transferências correntes, que correspondem às dotações para despesas sem contraprestação direta em
Bens ou Serviços.
São os gastos de natureza operacional, realizados pela administração pública, para a manutenção e o
funcionamento dos seus órgãos.
Estas despesas possuem como característica, não produzirem acréscimo patrimonial, e muito pelo
contrário, geram diminuição do patrimônio, e são divididas em:
Despesas de Capital são aquelas que abrangem os investimentos que englobam planejamento e
execução de obras, as inversões financeiras (aquisição de imóveis, aquisição de títulos representativos de
capital de empresas em funcionamento e etc).
São os gastos realizados pela administração publica, cujo o propósito é o de criar novos bens de capital
ou mesmo de adquirir bens de capital em uso, como é o caso de inversões financeiras.
Contrariamente as Despesas Correntes, estas geram um aumento patrimonial, e são divididas em:
Quanto a Regularidade ou Periodicidade: para alguns autores as Despesas são classificadas em Despesas
Ordinárias e Despesas Extraordinárias e para outros em Despesas Produtivas, Reprodutivas ou Improdutivas;
Ordinárias são as que constituem, normalmente, a rotina dos serviços públicos e que são renovados
anualmente;
Ex.: despesas com pessoal, serviços de terceiros, material de consumo (exceto material de consumo para
estoque), encargos, e outras.
Produtivas limitam-se a criar utilidades por meio da atuação estatal (policial / jurisdicional e etc.)
Obs.: Este critério pode ser considerado como falho pois não só existem matérias de competência das três
esferas políticas (Art. 23 C.F.), como também aquelas de competência concorrente (Art. 24 da C.F.), levando a
superposição de serviços públicos, implicando na duplicação ou triplicação desses serviços para o mesmo fim.
Quanto a Afetação Patrimonial – estas podem ser classificadas em Efetivas e Por Mutações Patrimoniais
ou Não Efetivas
Efetivas são as despesas que alteram o Patrimônio Líquido do Estado, uma vez que contribuem para
o seu decréscimo, provocando um fato contábil permutativo, sem respectiva produção de mutação
patrimonial;
Ex.: despesas de custeio (pessoal, encargos e outras), despesas de capital destinadas a auxílio,
contribuições de capital, investimentos em bens de uso comum do povo, e outras.
Por Mutações Patrimoniais ou Não Efetivas são as despesas que não alteram o Patrimônio Líquido
do Estado, uma vez que possuem como fundamento um fato contábil permutativo.
Ex.: investimentos, inversões financeiras, amortização da dívida interna e externa, despesa corrente para
formação de estoque de material de consumo e outras
Fases da Despesa
2. Empenho - para efetuar uma despesa é o empenho, que cria para o Estado a obrigação de pagamento
pendente de implemento de condição (Art. 58 - Lei 8.429/92). O empenho visa garantir os diferentes
credores do Estado, na medida em que representa reserva de recursos na respectiva dotação inicial ou
saldo existente. O empenho materializa-se pela emissão da Nota de Empenho, na qual constará o nome
do credor, a representação e a importância da despesa (Art. 61 - Lei 8.429/92);
Modalidades de Empenho
Anulação de Empenho – a anulação do empenho poderá ocorrer de forma parcial (quando seu
valor exceder o montante da despesa realizada) ou de forma total (serviço não prestado, material
não entregue ou empenho emitido incorretamente).
Ainda deverá ser anulado o empenho, que no encerramento do exercício, referir-se a despesas não
liquidadas, salvo aquelas enquadradas nas condições de restos a pagar.
3. Liquidação - que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito (Art. 63 - Lei 8.429/92). É a comprovação, dada pela
Administração Pública, de que o credor cumpriu todas as obrigações constantes do empenho.
A Liquidação pode ser de três tipos: Ordinária ou Normal, Global e por Estimativa.
4. Pagamento – último estágio da realização da despesa, o pagamento consiste na entrega dos recursos
(numerário) equivalente à dívida líquida, ao credor, mediante ordem bancária ou ordem de pagamento,
caracterizado pelo despacho da autoridade competente (Ordenador de Despesas) determinando que a
despesa seja paga.
Restos a Pagar – também chamado de resíduos passivos, são as despesas devidamente empenhadas, mas não
pagas dentro do exercício financeiro
2. Inscrição – só devem ser inscritos em Restos a Pagar os empenhos “Processados”, pois aqueles não
liquidados devem ser devidamente anulados no dia 31 de dezembro do exercício vigente, exceto
quando:
Obs.: no Governo Federal, os empenhos não anulados, bem como os referentes a despesas já
liquidadas e não-pagas, serão automaticamente inscritos em Restos a Pagar no encerramento do
exercício, pelo valor devido, o no caso do valor não ser conhecido, pelo valor estimado.
É vedada a reinscrição de empenhos em restos a pagar.
Validade e Prescrição – os valores inscritos em Restos a Pagar terão validade até 31 de dezembro do
ano subseqüente. Findo este prazo, os saldos serão automaticamente cancelados, permanecendo em vigor,
o direito do credor por cinco anos, a partir da inscrição.
3. Pagamento – será automático, da mesma forma que ocorre com o pagamento de qualquer despesa
pública, exigindo-se apenas as observâncias legais.
4. Validade e Prescrição – a inscrição em Restos a Pagar terá validade até 31 de dezembro do ano
subseqüente. Após esta data os saldos remanescentes serão automaticamente cancelados,
permanecendo em vigor, no entanto, o direito do credor por cinco anos, a partir da inscrição.
1. Ocorrência
Suprimento de Fundos – consiste na entrega de numerário a servidor para realização de despesa precedida de
empenho ou dotação própria de despesa a realizar, que por sua natureza ou urgência, não possa subordinar-se
ao processo normal da execução orçamentária e financeira.
2) Vedação – não será concedido suprimento a servidor que se encontre em uma das seguintes situações:
3) Comprovação – os documentos comprobatórios das despesas efetuadas nessa categoria serão extraídos
em nome da repartição onde o suprido esteja em exercício, exigindo-se documento fiscal sempre que a
operação estiver sujeita à tributação.
Decorrido o período de aplicação, geralmente sessenta dias, o servidor possui trinta dias para prestar
contas do suprimento recebido. Se esta quantia for aplicada até o encerramento do exercício, a despesa
deverá ser comprovada até 15 de janeiro do exercício seguinte.
Diárias – destinada a servidor que se afastar da sede em caráter eventual e transitório, para outro ponto do
território nacional, em razão da exigência do serviço, fará jus a passagem e a diária, para cobrir despesas com
estadas em hotéis, alimentação e locomoção urbana.
1 – Concessão – o servidor fará jus à diárias correspondentes aos dias de deslocamento e somente a
metade do valor da diária quando:
2 – Pagamento – as diárias deverão ser pagas antes do deslocamento do servidor, de uma só vez, exceto
nas seguintes situações:
Codificação da Despesa - a codificação das despesas foi reformulada com base na Portaria Interministerial nº
163/2001.
Um dos critérios mais significativos constantes na LRF, foi a necessidade de se demonstrar a efetiva
disponibilidade financeira, evitando que gastos fiquem sem pagamentos.
a) Despesas com a Expansão da Ação Governamental – são destinadas a esse grupo as despesas, para
criação, expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental, devendo obedecer aos seguintes
requisitos:
b) Despesa Obrigatória de Caráter Continuado – são as despesas correntes derivadas de lei, medida
provisória ou ato administrativo, que fixem para o ente a obrigação de sua execução por período superior
a dois exercícios e atendam aos seguintes requisitos:
• Os atos que as criarem ou aumentarem deverão ser instruídos com a estimativa do impacto
orçamentário-financeiro, no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes,
acompanhado das premissas e metodologia de cálculo;
• Comprovação de que a criação ou o aumento da despesa não afetará as metas de resultados
fiscais previstos no Anexo de Metas Fiscais da LDO;
• Compensar seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, pelo aumento permanente de receita
proveniente de elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de
tributo ou contribuição, e, ainda, pela redução permanente de despesa.
Ex.: provimento de cargo público, aumento de salário, bolsa escola, bolsa família e outros.
c) Despesas com Pessoal – considera-se despesa total com pessoal o somatório dos gastos com ativos e
inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como: vencimentos e vantagens fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais,
gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como os encargos sociais e
contribuições recolhidas pelos entes às entidades de previdência. Exceto: verbas de caráter indenizatório,
como diárias e ajudas de custo, etc.
Limites para Despesa com Pessoal – os entes deverão observar o critério quanto a limites de gastos
com pessoal não podendo exceder a um percentual da Receita Corrente Líquida, conforme a seguir:
União – 50% de limite Global, sendo distribuído da seguinte forma: 40,9% com o Executivo; 2,5%
com o Legislativo + TCU; 6,0% com o Judiciário e 0,6% com o Ministério Público Federal.
Estados – 60% de limite Global, sendo distribuído da seguinte forma: 49,0% com o Executivo; 3,0%
com o Legislativo + TCE; 6,0% com o Judiciário e 2,0% com o Ministério Público Estadual.
Municipal – 60% de limite Global, sendo distribuído da seguinte forma: 54,0% com o Executivo;
6,0% com o Legislativo + TCM.
Obs.: não são computados para as despesas total com pessoal os gastos:
1) Decorrentes de indenização por demissão de servidores e empregados;
2) Relativos a incentivos a demissão voluntária – PDV;
3) Decorrentes da convocação extraordinária do Congresso Nacional, quando feita pelo Presidente da
República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ou a requerimento da
maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante;
Receitas Públicas
É o ingresso de dinheiro aos cofres do Estado para atendimento das suas finalidades.
É o capital arrecadado, coercitivamente, do povo, tomado por empréstimo ou produzido pela renda
dos seus bens ou pela sua atividade, de que o Estado dispõe para fazer face às despesas públicas.
Todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos, quer seja efetivado através de numerário ou
outros bens representativos de valores.
• Classificação Funcional e por Programas – a estrutura programática, no Brasil, surgiu com o advento
do orçamento programa na reforma administrativa de 1967.
O orçamento deve ser estruturado de forma a agrupar despesas e receitas, obedecidos determinados
critérios, que são definidos com o objetivo de atender às necessidades de informações.
Cada despesa possui uma função ou finalidade específica baseada em um objetivo original, que justifica
a sua criação.
Categorias:
- Características de um Projeto:
• Operações Especiais – são ações que não geram despesas que não contribuem para a
manutenção de ações do governo, e também não resultam em produtos e nem tão pouco
geram a contraprestação direta em bens ou serviços. Geralmente são denominadas
“encargos especiais”, que corresponde a um código vazio do tipo, “0000”.
Ex.: Amortização de Encargos, Aquisição de Títulos, Pagamento de Sentenças Judiciais,
Transferências a Qualquer Título, Fundos de Participação, Operações de Financiamento
(empréstimos) etc.
Estrutura do Código
1º ao 4º Dígitos – Programas;
5º ao 8º Dígitos – Projetos, Atividades ou Operações Especiais
Localização Espacial – está poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por regiões (NO,
NE, CO, SD e SL), por Estados ou Municípios ou, excepcionalmente, por um critério específico,
quando necessário.
Estrutura do Código
1º Dígito – categoria econômica da despesa;
2º Dígito – grupo de natureza da despesa;
3º e 4º Dígitos – modalidade de aplicação;
5º e 6º Dígitos – elemento de despesa.
5) Fontes de Recursos – as fontes de recursos compõem-se de três dígitos, sendo que o primeiro
indica o grupo e os dois seguintes, a sua especificação.
1 – Classificação dos Empréstimos – os empréstimos obtidos pelo governo podem ser classificados em
Compulsórios e Voluntários e em Internos e Externos.
2 – Dívida Pública Passiva – são as decorrentes dos empréstimos obtidos pelo governo, firmados por
contrato com terceiros, sejam nacionais ou internacionais. Contabilmente falando, a dívida pública
passiva consiste no reconhecimento da obrigação, no passivo, dos compromissos vinculados aos
empréstimos obtidos como juros, amortização do capital (curto e longo prazo), assumidos e devidos pelo
Estado.
• Operações de Crédito – deve ser formalizada por meio de pedido do ente interessado,
fundamentado em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, apresentando a relação custo-
benefício, o interesse econômico e social da operação, devendo atender as seguintes condições:
- Existência de prévia e expressa autorização para a contratação, na LOA, nos Créditos
Adicionais ou Lei Específica;
- Inclusão na LOA ou nos Créditos Adicionais, dos recursos provenientes da operação, exceto no
caso de operações por antecipação de receita;
- Observar os limites e condições fixados pelo Senado Federal;
- Quando se tratar de operações de crédito externo, o mesmo deve possuir autorização específica
do Senado Federal
- É vedada operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, salvo as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finalidade precisa e aprovados
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
• Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – é classificada como
despesa extra-orçamentária, consistindo em empréstimo bancário com o ônus do pagamento de
juros e demais encargos pelo ente público, e tem por finalidade atender a insuficiência e caixa
durante o exercício, devendo atender as seguintes condições:
- realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício financeiro;
- deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia 10 de cada ano;
- não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação,
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou a que vier esta a substituir;
- estará proibida, enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente
resgatada ou que se dê no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito.
- Quando as operações forem realizadas por Estados e Municípios as mesmas ocorreram por
processo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil, com a instituição financeira
vencedora realizando a abertura do crédito respectivo;
- Compete ao BACEN manter o sistema de acompanhamento e controle dos saldos credores
abertos, aplicando as sanções cabíveis, quando não forem observados os limites.
Transferências Legais – são as transferências definidas em leis específicas que disciplinam os critérios
de habilitação, formas de transferências, formas de aplicação e de prestação de contas. (Transferências
Automáticas, Programa Nacional de Alimentação Escolar e Programa Dinheiro Direito na Escola).
Fundos Especiais – pode-se afirmar que vem se destacando a modalidade fundo a fundo, onde os
recursos de um fundo federal são repassados para um fundo estadual ou municipal. Ex.: Fundo
Municipal de Saúde (repasse do SUS); Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental
(FUNDEF).
Transferências Constitucionais – são os recursos arrecadados pela União e transferidos para os Estados
/ Distrito Federal e Municípios. Ex: Fundo de Participação dos Estados; Fundo de Participação dos
Municípios etc.