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07392016 1737
artigo article
desafios metodológicos de pesquisar “com”
Rosilda Mendes 1
Luciane Maria Pezzato 2
Daniele Pompei Sacardo 3
Abstract This article discusses the broadening Resumo Este ensaio discute a ampliação do sen-
of the meaning of intervention as a pathway for tido de intervenção como um caminho da pes-
research in health promotion and raises theoreti- quisa em promoção da saúde e pretende suscitar
cal-methodological reflections. Its presupposition indagações e reflexões de cunho teórico-metodo-
is that the set of health promotional practices con- lógico. Parte do pressuposto de que o conjunto das
stitute one of the most intriguing and necessary práticas de promoção da saúde constitui-se em um
methodological challenges in a field which seeks, dos mais instigantes e necessários desafios meto-
in a critical way, to strengthen the autonomy of dológicos de um campo que almeja, desde uma
the subjects, their participation, the institutional- perspectiva crítica, fortalecer a autonomia dos
ized movement’s value, the processes of subjectiv- sujeitos, a participação, a valorização de movi-
ization, and to give meaning to the experiences in- mentos instituintes, os processos de subjetivação e
volved. One important methodological guideline atribuir sentidos às experiências. Um importante
raises the question regarding what type of actions norteador metodológico parte da reflexão sobre
would best address the innumerable challeng- que tipo de ações melhor serviria para enfrentar
es of the pedagogical/professional fields and the os inúmeros desafios dos campos pedagógico e
creation of a collectivity as a catalyst of change. profissionais e a conformação de um coletivo como
Among recent studies on intervention-research um catalizador de mudanças. Entre as recentes
1
Departamento de Políticas
Públicas e Saúde Coletiva,
we focused on the theoretical-methodological ap- formulações acerca da pesquisa-intervenção des-
Universidade Federal de proach of Institutional Analysis and the writing tacamos a abordagem teórico-metodológica da
São Paulo campus Baixada of research diaries. Finally we consider that meth- Análise Institucional e o dispositivo da produção
Santista (Unifesp). R. Silva
Jardim 136, Vila Mathias.
odologies shaped by the principles of inclusion do de diários de pesquisa. Por fim, consideramos que
11015-020 Santos SP the following: abandon vertical, self-contained metodologias informadas por princípios da inclu-
Brasil. rosilda.mendes3@ approaches, bring out elements showing the desire são buscam romper com as abordagens verticais e
gmail.com
2
Departamento de Saúde,
to articulate, show the power of action in favor estanques e evidenciam elementos de que o desejo
Clínicas e Instituições, of dialog, highlight that interaction can produce de se articular, a potência de agir em favor do di-
Unifesp campus Baixada health and that it can activate new forms of con- álogo e interação podem produzir saúde e ativar
Santista. Santos SP Brasil.
3
Departamento de Saúde
structing health promotion practices. novas formas de construir práticas promotoras de
Coletiva da Faculdade Key words Health promotion, Intervention-re- saúde.
de Ciências Médicas, search, Participative research Palavras-chave Promoção da saúde, Pesquisa
Universidade Estadual de
Campinas. Campinas SP
-intervenção, Pesquisa participativa
Brasil.
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Mendes R et al.
“A intersetorialidade tem no campo do fazer Outro aspecto que nos parece relevante des-
significação semelhante à interdisciplinaridade tacar para que haja um deslocamento de uma
na construção do saber”12. Na prática cotidiana posição de isolamento disciplinar e setorial num
percebemos que grande parte dos projetos e pro- outro sentido em direção ao “inter/entre saberes
gramas de promoção da saúde tem forte cono- e práticas” diz respeito à instauração de novas ló-
tação disciplinar e setorial, refletindo a contínua gicas plasmadas numa “racionalidade aberta”14,
divisão social do trabalho e do conhecimento que buscam distanciar-se do modelo instrumen-
entre entes especializados. Diante da necessidade tal dominante na produção de conhecimento
de superar a fragmentação do conhecimento hu- científico, ao mesmo tempo em que assume a
mano, herança do projeto iluminista/positivista, irredutibilidade do acaso e da desordem, dando
em busca de visão e ação mais globalizadas, a in- lugar, assim, a uma incerteza que não se pode re-
terdisciplinaridade procura estabelecer o sentido solver15. Com isso, há que se aceitar a contradição
da unidade na diversidade, e promover a supera- (entre duas noções que se tornaram complemen-
ção da visão restrita de si mesmo, do outro e do tares, por exemplo), a possibilidade de plura-
mundo13. lidade e cognição múltipla, ou convivência de
Tais esforços de superação corresponderiam explicações diversas para um mesmo fenômeno.
à articulação de um amplo conjunto de saberes Nesse sentido, face à complexidade da promoção
e práticas advindos de diferentes disciplinas que da saúde, caberia não nivelar, mas articular as
se debruçam em torno de um campo teórico e contradições dos sujeitos, das instituições e seus
operacional particular, sobre a base de uma axio- discursos pela inclusão radical de diferentes ní-
mática comum, desenvolvendo um sistema de veis de realidade, comportando e dando lugar às
interação entre disciplinas que se articulam em fusões, sinergias, desvios, reorientações.
diferentes níveis, cuja coordenação se daria pelos As estratégias de conexão disciplinar e se-
enunciados e pelas finalidades também comuns. torial, mais do que a ampliação do diálogo pela
Isso significa considerarmos as ações e os proje- busca de uma maior articulação entre os compo-
tos de cunho interdisciplinar e/ou intersetorial nentes internos da ciência e dos setores, tornam
saúde dependentes da conjugação de uma ampla mais candentes o necessário (re)encontro da ci-
gama de elementos, dentre os quais, primeira- ência com a arte, a ética e a política. Apoiamo-
mente, o de estabelecer um movimento de apro- nos em Varela16 ao considerar que “há imanência
ximação de sujeitos e grupos de interesses em entre viver, conhecer e fazer”, que coloca a ex-
torno de definições de problemas construídos de periência, o conhecimento, o “experimentar-se”
modo processual e compartilhado. que constitui, também, um poder-fazer, ou seja,
Novamente, a convocatória para a constitui- um protagonismo nos movimentos de atuar que
ção de um “comum” se faz presente como força- determina autocriação. Esse tem sido nosso in-
motriz dos processos de pesquisa e de interven- vestimento no desenvolvimento de pesquisa-in-
ção no âmbito da promoção da saúde, de modo tervenção no campo da promoção da saúde. Os
que as energias, os recursos, as capacidades e as resultados se alinham com o processo de consti-
potencialidades de sujeitos e organizações sociais tuição de sujeitos e subjetividades, incluindo os
que se encontram dispersas, desarticuladas e em próprios pesquisadores implicados.
fragmentos sejam capazes de, pouco a pouco,
estabelecer articulações e tecer conjunta e cole-
tivamente um “plano comum”8. Na perspectiva Pesquisa-intervenção e implicação
dos autores, o “comum” interdisciplinar e inter-
setorial convocado na promoção da saúde é um O pensamento interdisciplinar e mais ainda, o
conceito eminentemente político. Não é dado a transdisciplinar, aquele que atravessa o plano da
prioristicamente, mas se enraíza na experiência, política, da pedagogia, da sociologia, da filoso-
se aprofundando e se enriquecendo com ela. fia, dentre outros, foi a linha seguida por Lourau
Devemos construir um comum que não é pau- quando propôs a Análise Institucional, rompen-
tado em relações de semelhança nem tampouco de do com as fronteiras disciplinares. A Análise Ins-
identidade, mas incluir o paradoxo e a instabilida- titucional (AI) emerge na França, nos anos de
de dos limites entre o que comuna e o que difere; 1960, com influência da psicoterapia institucio-
entre o que conecta os diferentes sujeitos e objetos nal, da pedagogia institucional, da psicossociolo-
no processo de pesquisa e intervenção e o que, nessa gia institucional, como também da psicanálise la-
conexão, tensiona, entre o que regula o conheci- caniana, constituindo-se de diferentes movimen-
mento e o que mergulha na experiência8. tos e tendências teóricas que foram compondo o
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pela experiência. Afetar não tem nada a ver com palavras a fim de evitar o vocabulário tradicional,
empatia, como nos diz Favret-Saad28. Ao relatar mas propor uma mudança conceitual, de modo
sua vivência antropológica a autora nos convoca que se distingam as práticas de pesquisa. Os da-
a pensar o lugar que ocupam as experimentações dos são produzidos pelos diferentes dispositivos
no processo investigativo: e por diferentes estratégias de pesquisa que fazem
“Ora, minha experiência de campo – por- ver, ou que fazem perceber, e que fazem falar.
que ela deu lugar à comunicação não verbal, não Tal tipo de argumentação faz sentido para
intencional e involuntária, ao surgimento e ao pensar que na pesquisa-intervenção, tanto em se
livre jogo de afetos desprovidos de representa- tratando da análise institucional ou da cartogra-
ção – levou-me a explorar mil aspectos de uma fia, são construídos dispositivos de intervenção.
opacidade essencial do sujeito frente a si mesmo. Esse tema se expressa em proposições de dispo-
Essa noção é, aliás, velha como a tragédia, e ela sitivo “grupo’ como um instrumento de análise
sustenta também, há um século, toda a literatura coletiva extraordinário, pois é a partir dele que
terapêutica”. se promove a fala, o encontro entre os inte-
Ao deixar-se afetar pela experiência e o que grantes do grupo32; a ideia de grupo-dispositivo
nos acontece nesta, nos coloca um desafio: pes- como uma “máquina aberta à diferença” que,
quisar sem a priori, deixando espaço para o acon- tomado como um dispositivo, “faz desencadear
tecimento. Foucault entende o acontecimento um processo de entrecruzamento, composição e
como a irrupção de uma singularidade única e decomposição, de redes sempre coletivas (múl-
aguda, a emergência de uma singularidade e, tiplas) e singulares”33; assim como a proposição
ao mesmo tempo, uma ruptura de evidências29. de dispositivo como agenciamento: “uma monta-
O que, dependendo da postura do pesquisador, gem ou artifício produtor de inovações que gera
permite uma abertura para o novo, o acontecer. acontecimentos e devires, atualiza virtualidades e
inventa o novo radical34.
Não pretendemos aqui desconsiderar os inú-
Sobre a produção de dados meros dispositivos de intervenção mediadores
de práticas de investigação comprometidas com
O trabalho de pesquisa é sempre acompanhado situações de interação, próprias de pesquisa de
de registros, o que exige desde o início a impli- caráter participativo, como a pesquisa-ação ou
cação e a atenção do pesquisador. As perguntas a pesquisa participante. Não pretendemos tam-
dos pesquisadores centram-se comumente na co- pouco descuidar de um percurso metodológico
leta de informações, nas formas de registro e no comprometido com a produção do conhecimen-
uso das informações, especialmente no que diz to e do caráter formativo inerente a ela. Que-
respeito à garantia da confidencialidade das pro- remos, no entanto, dar destaque sem desviar a
duzidas ao longo da pesquisa. Como e para quê atenção, do vigor que caracteriza os processos
registrar? O que fazer com os registros? A quem participativos. Uma combinação para a qual não
interessa os registros? Como tornar as análises há receitas ou prescrições, mas espaços para se
mais coletivas? descobrir modos de fazer mais apropriados às
A pesquisa-intervenção requer uma “políti- perguntas realizadas, o que requer certa abertura
ca da narratividade” conforme referem Passos ao risco e à intencionalidade de problematizar as
e Barros21. Kastrup30 enfatiza a atenção do pes- próprias práticas e, coletivamente, produzir algu-
quisador ou a do cartógrafo ao defender a ideia mas respostas críticas, reflexivas, mobilizadoras
de que se você está de fato como uma boa aten- e abrangentes de modo que interfiram nas rela-
ção, se você está de fato com corpo presente em ções, nas mentalidades e nas formas de intervir.
campo e valorizar aquilo que faz sentido então Nesse sentido, inspiradas pela noção de expe-
aquilo torna-se de fato relevante no processo de riência de Bondiá35, entendemos que a produção
pesquisa. Define, nessa direção, quatro gestos de de diários de pesquisa tornam-se potentes dispo-
atenção cartográfica: “o rastreio, o toque, o pouso sitivos que possibilitam o acontecer da experiên-
e o reconhecimento atento”. cia que “nos afeta, nos toca, nos atravessa”.
Desta perspectiva, não há uma “coleta de O diário é, pois, uma ferramenta de interven-
dados”, como tradicionalmente vem sendo no- ção que tem o potencial de produzir um movi-
meada a etapa de recolha de dados em uma pes- mento de reflexão da própria prática, na medida
quisa, mas desde o início apostamos em uma em que o ato da escrita do vivido, no âmbito in-
“produção dos dados”. Para Kastrup30 e Barros e dividual ou no coletivo, é o momento de reflexão
Kastrup31 não se trata de uma mera mudança de sobre e com o vivido, revelando o não dito e pres-
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que tendem à interação e à articulação e, con- ainda não foi, assim como com os efeitos desta
trariamente, ao isolamento e ao distanciamento. experiência, tanto no individual como no coleti-
Esses movimentos também são capturados por vo, no institucional e no organizacional. É, por-
aquilo que já está instituído e é hegemônico, for- tanto, com a análise das implicações primárias e
ças que tendem à repetição e à paralisia e resistem secundárias que poderemos realizar uma coletiva
às pulsões instituintes, a integração e a coopera- das condições da pesquisa, incluindo aqui seus
ção entre sujeitos que produzam transformações sujeitos e as instituições.
no modo de produzir saúde e ativem novas for- Ao trazermos para a reflexão questões que di-
mas de construir práticas promotoras de saúde. zem respeito ao “pesquisar com” nos referimos a
Reforçamos aqui que a ideia de que a pro- um repertório amplo de noções, “participação”,
dução de diários na perspectiva da pesquisa-in- “afetos”, “bons encontros”, “vínculos”, “escolhas”,
tervenção pode potencializar estes movimentos “potências”, “afetações”, “implicações” que foram
instituintes, uma vez que possibilitam outros compreendidos como valores que nos fazem ver
modos de relações presentes na pesquisa, trazen- vigorosos impulsos de juntar, e que portanto, de-
do a ideia da análise das implicações que nos faz vem ser estimulados e facilitados no âmbito das
refletir com o que foi possível produzir e o que investigações no campo da promoção da saúde.
Colaboradores
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Alegre: Editora Sulina; 2009. p. 17-31. Versão final apresentada em 23/03/2016