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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium


Curso de Pós Graduação “Lato Sensu “ em Fisioterapia
do Trabalho

Lucimara Candida Vasconcelos

EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA


LABORAL NO HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA,
NA DIMINUIÇÃO DE ABSENTEÍSMO DOS
COLABORADORES RELACIONADOS A DISTÚRBIO
OSTEOMUSCULARES

LINS – SP
2010
LUCIMARA CANDIDA VASCONCELOS

EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA


LABORAL NO HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA,
NA DIMINUIÇÃO DE ABSENTEÍSMO DOS
COLABORADORES RELACIONADOS A DISTÚRBIO
OSTEOMUSCULARES

Monografia apresentada a Banca


Examinadora do Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium, como
requisito parcial para obtenção do título de
especialista em Fisioterapia do Trabalho
sob a orientaçao do professor M.Sc.
Evandro Emanoel Sauro e da profª M.Sc.
Heloisa Helena Rovery da Silva.

Lins – SP
2010
Vasconcelos, Lucimara, Cândida
V45e Eficácia de um programa de ginástica laboral no Hospital Evangélico de
Londrina, na diminuição de absenteísmo dos colaboradores relacionados a
Distúrbio Osteomusculares/ Lucimara Cândida Vasconcelos. —Lins, 2010.
54p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano


Auxilium – UNISALESIANO, Lins, SP para Pós-Graduação “Lato Sensu” em
Fisioterapia do Trabalho, 2010

Orientadores: Evandro Emanoel Sauro; Heloisa Helena Rovery da


Silva

1. Ginástica Laboral. 2. Absenteísmo. 3. Distúrbios osteomusculares. I


Título.

DESCRIÇÃO
CDU 615.8
1° PARÁGRAFO
LUCIMARA CANDIDA VASCONCELOS

EFICÁCIA DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA


LABORAL NO HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA,
NA DIMINUIÇÃO DE ABSENTEÍSMO DOS
COLABORADORES RELACIONADOS A DISTÚRBIO
OSTEOMUSCULARES

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,


para obtenção do título de especialista em Fisioterapia do Trabalho.

Aprovado em ___/___/___

Banca Examinadora:

Prof. M.Sc Evandro Emanuel Sauro

Mestre em Medicina Experimental- Unimar- Marília

Profª M.Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva

Mestre em Administração pela CNEC/FACEA-MG

Lins - SP
2010
Dedico este trabalho em especial a Deus e a
todos os que militam para que a dignidade
humana seja algo real na vida dos empregados
e empregadores.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus.

A minha família, especialmente o meu pai e minha mãe, pela ajuda para
finalizar a pós graduação.

Agradeço também ao Prof. Dr. Eduardo, que me auxiliou com seus materiais,
de forma atenciosa.

Àquelas pessoas que me incentivaram a não desistir da minha caminhada para


crescimento, dedicação e realização de meu sonho: Elizabeth Vargas
Marcondes, Nair Marcondes Vasconcelos e Rubens Candido Vasconcelos e
meus irmãos e cunhadas.

Aos parentes e colegas, pelos momentos de companhia e alegria.


RESUMO

O presente trabalho realizado no hospital Evangélico de Londrina Paraná


teve como objetivo principal implantar o programa de ginástica laboral para
diminuição de absenteísmo dos colaboradores do setor de hotelaria. A
pesquisa foi realizada através de relatórios médicos onde se pode avaliar a
grande demanda de absenteísmo dos colaboradores relacionados a distúrbios
osteomusculares, no ano de 2007 apresentando-se 52,05% de afastamento ao
ano sem a existência do programa de ginástica laboral (GL). Com a
implantação do programa de ginástica laboral no ano de 2008 os resultados
foram satisfatório com 21,92% de afastamento anual em 2008 e no ano
seguinte 2009 com 17,53%, uma diminuição significativa de absentismo.
Aplicada uma avaliação simplificada do fator biomecânico no risco para
distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho onde constatou-se
através da avaliação os segmentos mais acometidos, para direcionar os
exercícios específicos. Na tabulação realizada constatou-se que o segmento
mais acometido é a região do ombro com 17% de queixas por dores
osteomusculares. Assim sendo, através dos resultados obtidos constatou-se a
necessidade da implantação do programa de ginástica laboral. Os
colaboradores foram orientados acerca do programa, bem como seus
benefícios promovendo a saúde mental, física e social do indivíduo. As
atividades de GL são aplicadas, próximo ao local de trabalho dos
colaboradores do setor de hotelaria, com duração de 15 minutos iniciando com
aquecimento, alongamento e relaxamento. Para cada procedimento realizado,
os colaboradores são orientados a realizarem dentro de seus limites.

Palavras-chave: Ginástica Laboral. Absenteísmo. Distúrbios


Osteomusculares.
ABSTRACT

This study conducted at the Evangelical Hospital Londrina Parana aimed


to deploy the gymnastics program work to decrease absenteeism employees of
the hospitality industry. The survey was conducted through medical reports
which can assess the demand for high absenteeism employee-related
musculoskeletal disorders in the year 2007 presenting 52.05% of removal a
year without the existence of the program of work (GL). With the implementation
of the program of gym work in 2008 the results are satisfactory with 21.92%
removal 2008 Annual% and the following year 2009 with 17.53%, a satisfactory
reduction absenteeism. Applied a simplified evaluation of the biomechanical
factor in risk for work-related musculoskeletal disorders direct the specific
exercises. Tabulation conducted found that the where was found by evaluating
the segments most affected to segment most affected is the shoulder region
with 17% of complaints about aches musculoskeletal. Thus, by the results
obtained it was found to need to implement the program of gym work. The
employees were told about the program and its benefits promoting mental,
physical and social conditions. The GL activities are implemented, close to the
workplace of employees of the hospitality industry, lasting 15 minutes starting
with heating, stretching and relaxation. For each procedure performed,
employees are oriented within their boundaries.

Key-words: Fitness. Absenteeism. Musculoskeletal Disorders.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CID Código Internacional de Doenças

DORTS Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

GL Ginástica Laboral

LER Lesões Por Esforço Repetitivo

OIT Organização Mundial do Trabalho

PIB Produto Interno Bruto

QV Qualidade de Vida
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................... 9

CAPÍTULO I – ABSENTEÍSMO NO HOSPITAL....................................... 12


1 ABSENTEÍSMO..................................................................................... 12
1.1 Índice de Absenteísmo....................................................................... 15
1.2 Ritmo de Trabalho e a Importância de Atividade Física..................... 15

CAPÍTULO II – IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA


LABORAL.................................................................................................. 17
2 A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA................... 17
2.1 Benefícios da Ginástica Laboral......................................................... 19
2.2 Breve Histórico da Ginástica Laboral.................................................. 20
2.3 Forma de Levantamento de Dados.................................................... 22
2.4 Principais Distúrbios Osteomusculares.............................................. 22
2.5 Fisiologia do Trabalho......................................................................... 24
2.5.1 Esforço estático e dinâmico............................................................. 24
2.6 Sintomas............................................................................................. 26

CAPÍTULO III – A PESQUISA DE CAMPO.............................................. 28


3 ANÁLISE DE DADOS........................................................................... 28
3.1 Forma de Avaliação............................................................................ 28
3.2 Tabulação de Dados........................................................................... 29
3.3 Análise dos Dados.............................................................................. 32
3.4 Resultados.......................................................................................... 33

CONCLUSÃO............................................................................................ 35

REFERÊNCIAS......................................................................................... 38

APÊNDICES.............................................................................................. 44

ANEXOS.................................................................................................... 48
9

INTRODUÇÃO

O trabalho é conceituado como um processo que se passa entre o


homem e a natureza caracterizando uma atividade intencional, que tem por fim
a produção de valores de uso e apropriação de elementos naturais
(GODELIER, 1986). Esse processo constitui condição geral de trocas entre o
homem e a natureza. Com base neste ponto de vista capitalista, o processo de
trabalho mostra que o trabalhador que trabalha sob o controle do capitalista, e
o produto deste trabalho pertence ao capitalismo. (BICALHO, 1990).
Na ideologia capitalista, o ser humano vale pelo que produz. No ato da
produção, o que interessa é a mão de obra que executa, e esta receberá o
valor determinado pelo mercado de trabalho. Pode com isso desconsiderar o
maior ou o menor empenho ou criatividade do trabalhador, uma vez que este é
visto como uma máquina e não como uma pessoa que trabalha. (TOLEDO e
GANCHO, 1997).
Na relação entre homem e máquina, as novas técnicas de produção do
início do século quase transformaram os trabalhadores em autômatos,
apresentando movimentos precisos e gestos ritmados pela cadeia de
produção. Foram realizados estudos sobre as reações instintivas, pois
acreditava-se que o homem tinha certo parentesco com a máquina. Essa
questão foi bem representada simbolicamente no filme, Tempos Modernos
(1936), Charles Chaplin, que pode ser considerado um documento histórico da
época. (CARMO, 1997).
O trabalho sempre ocupou posição de destaque na vida das pessoas
como necessidade de realização profissional e como de garantir a
sobrevivência. Pode- se considerar o trabalho como organizador da vida social,
que abre espaço para dominação e a submissão do trabalhador ao capital,
cabendo alguns direito de pensar e projetar o que deve ser executado por
outros, geralmente menos qualificados e inseridos na base de pirâmide social.
O presente trabalho tem por objetivo verificar o absenteísmo dos
colaboradores do hospital Evangélico de Londrina, propor sugestões que
possam melhorar a atividade laborativa dos colaboradores; aplicar exercícios
elaborados a cada função, aos membros acometidos, manter a prevenção de
distúrbios osteomusculares.
10

Através do programa de Ginástica Laboral, buscando através de


levantamento de dados por relatórios médicos, as patologias referentes às
doenças osteomusculares em especial o setor de hotelaria. No
desenvolvimento de suas atividades por apresentar maior variedade de risco
de acidentes e doenças ocupacionais relacionadas a Distúrbio
Osteomusculares e conseqüentemente maiores números de absenteísmo.
Os colaboradores do setor de hotelaria realizam suas tarefas, com uma
rotina de um modo geral como, lavações dos quartos e apresentam queixas
referentes a patologias nos membros superiores e costas, atribuída ao trabalho
de limpeza de janelas (postura) e manuseio de sacos de lixo e hamper de
roupas sujas.
No capítulo l, está enfocado sobre o absenteísmo no hospital, indicie de
absenteísmo e ritmo de trabalho e a importância da atividade física..
No capítulo ll, sobre a Implantação do programa de ginástica laboral, os
benefícios. Um breve histórico da ginástica laboral, forma de levantamento
de dados, os principais distúrbios osteomusculares, a fisiologia do
trabalho, o esforço estático e dinâmico e os sintomas.
No capítulo lll, quais as participantes e setor analisados, a forma de
avaliação, as tabulação dos dados, análise dos dados e os resultados.
A pesquisa de campo deu-se através de coleta de dados realizada por
meio de levantamento feito nos mapas de atendimentos e relatórios médicos
dos trabalhadores, para verificar o índice de afastamento nos anos de 2007,
2008 e 2009, com doenças relacionadas a DORT.
No relatório consta, os dias de afastamento, horas de afastamento,
função, setor e diagnóstico.
Enfocando diagnóstico sobre patologias relacionadas a doenças
osteomusculares.
Todos os funcionários foram submetidos a responder um questionário
para análise dos segmentos mais acometidos, para direcionar os exercícios
corretamente.
Através das tarefas executadas pelos colaboradores, aplicado uma
avaliação simplificada do fator biomecânico no risco para distúrbios
musculoesqueléticos relacionados ao trabalho onde constatou-se através da
avaliação os segmentos mais acometidos, para direcionar os exercícios
11

específicos. Na tabulação realizada constatou-se que o segmento mais


acometido é a região do ombro com 17% de queixas por dores
osteomusculares.
Várias pesquisas realizadas, observando-se que LER/DORT atinge o
trabalhador no auge de sua produtividade e experiência profissional ( 30 a 40
anos de idade). Outra pesquisa mostrou serem as mulheres as mais atingidas.
Pois como regra geral exerce as tarefas mais fragmentadas e repetitivas e são
ainda hoje a mão de obra mais barata em todo mundo.
Segundo o INSS as Lesões por Esforços Repetitivos são hoje a segunda
causa de afastamento do trabalho no Brasil (O’NEIL, 2000).
O estudo sobre as condições desse grupo profissional deve levar em
consideração a complexidade das relações entre saúde e trabalho, que
extrapolam a visão tradicional da saúde ocupacional.
Segundo a Organização Mundial do Trabalho (OIT) os países arcam
com custos médios equivalentes a 4% de seu Produto Interno Bruto (PIB), a
cada ano em decorrência de acidentes de trabalho, de tratamento de doenças
de lesões e de incapacidade relacionadas ao trabalho. (ANDRADE, 2000).
O termo LER/DORT refere-se à Lesão por esforços repetitivos ou
Doenças osteomusculares associadas ás atividades ocupacionais e as
condições de risco no trabalho. (POLETTO et al., 2007).
A pesquisa partiu do seguinte questionamento:
O programa de ginástica laboral é eficiente na diminuição de
absenteísmo dos colaboradores do hospital Evangélico de Londrina?
12

CAPÍTULO I

ABSENTEÍSMO NO HOSPITAL

1 ABSENTEÍSMO

O hospital é uma empresa constituída por vários subsistemas, que são


representados pelos diversos setores que a compõem, como laboratório,
almoxarifado, lavanderia e hotelaria, raios-X, setor de enfermagem e setor
médico, dentre outros. (MOURA, 1992).
Segundo Silva (1999), continua constantemente exposto aos riscos
ergonômicos, pela própria natureza da atividade que realiza, seja no cuidado
direto ao paciente no preparo e acondicionamento do material, no
carregamento de peso excessivo, com adoção de posturas inadequadas e a
utilização de bancadas de trabalho mal projetadas e outros.
Essa situação talvez possa ser mais bem compreendida com a
afirmação de Robazzi (1990) de que no hospital onde trabalha um grande
número de pessoas considera-se previsível que problemas como a não
equidade na distribuição de recursos humanos e/ou materiais e a freqüência do
absenteísmo ao serviço poderão proporcionar desde um atendimento
indesejável aos pacientes até acidentes e/ou problemas na execução de
tarefas por parte de seus trabalhadores.
Araújo (1987), em um estudo abordando as condições de trabalho de um
determinado grupo de trabalhadores de uma instituição hospitalar, identificou
que esses trabalhadores eram submetidos a longas jornadas de trabalho, sem
uma alimentação adequada quando fornecida pelo empregador, inexistência de
locais para descanso nas jornadas noturnas; baixa remuneração; e
equipamentos em precárias condições de uso, exigindo maior tempo no
desenvolvimento dos procedimentos, dentre outros fatores.
Condições inadequadas de o trabalho hospitalar é fontes geradoras de
doenças e agravos à saúde dos trabalhadores, pois as pessoas lançarão mão
de mecanismos de fuga, como absenteísmo-doença, já que o sofrimento
provocado pela situação de trabalho e pela insatisfação com a admiração
colabora para tal atitude. (SATO, 1994; MENDES, 1995).
13

O absenteísmo–doença no hospital é um fenômeno de importância


crescente, diante do enxugamento dos quadros de pessoal, e implica, não só
custos diretos, como o auxílio-doença pago aos trabalhadores faltosos segundo
Nogueira e Azevedo (1982), como também nos custos indiretos, difíceis de ser
mensurados, apontados por Robazzi (1990).
Segundo a OMS (1985), este desgaste provocado no trabalho é um dos
fatores mais significativos na determinação do estresse e, conseqüentemente,
no aparecimento de doenças .
Lima (1997) aponta que este desgaste apresenta riscos para a saúde do
trabalhador, colaborando tanto para o surgimento de doenças novas como para
o agravamento de outras já existentes entre trabalhadores, servindo de alerta
no sentido dos riscos ocupacionais.
Nas empresas, o problema do absenteísmo é fonte de preocupação para
todos os empresários nos diversos ramos de atividade, pois podem
desencadear problemas, tais: em locais onde o processo de trabalho é
realizado em série, a ausência de um trabalhador prejudica, na medida em que
reduz a produtividade da empresa aumentado o custo para a Previdência
Social, com o repasse das despesas para todos os seguimentos da sociedade
e diminuir custos de produção, que certamente irá refletir no custo do
consumidor diminui os rendimentos econômicos do trabalhador. Caso o
trabalhador se ausente por um período superior a um mês, ao retornar a
atividade laboral, perde em média 35% em sua rapidez na execução de
serviços. (COUTO, 1987).
Os trabalhadores da área hospitalar de diversos setores enfrentam
condições de trabalho, que agravam a sua saúde, dentre as quais tem
merecido destaque estão os problemas músculos esqueléticos. (MURUFUSE ;
MARZIALE 2005).
O risco de o trabalhador ser invadido por quadros de ansiedade intensa
e incontrolada está relacionado com a própria natureza do trabalho.
Este quadro poderá ser atenuado ou até estimulado, diante do próprio
processo tecnológico a que o trabalhador está exposto na sua atividade laboral
no hospital. (PITTA, 1990).
Dessa forma, o sofrimento psíquico passa a ser inerente e parte
integrante do ritmo de trabalho, a busca de qualidade, a repetitividade, o
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controle do horário para as refeições, as duplas jornadas de trabalho, a


pressão da chefia, as posturas inadequadas, o esforço físico, isso
conseqüentemente poderá levar a uma incidência maior dos casos de
LER/DORT. (VARELA; FERREIRA, 2004).
Teixeira (2001), confirma que entre trabalhadores brasileiros, de 80 a
90% das DORTS, desde 1993, estão relacionadas aos distúrbios
osteomusculares em virtude de problemas de trabalho. O mesmo autor relata
os valores de perda econômica decorrente de acidentes de trabalho, calculado
em 20 bilhões de reais, ou seja, 2% de PIB Nacional, sendo os DORT
responsáveis pela ocorrência de 70% das doenças ocupacionais.
Esses trabalhadores pouco sabem a respeito da sua doença e quando
sabem, por medo de perder o emprego não procuram ajuda de imediato nas
unidades de saúde o que leva o diagnóstico a ser confirmado às vezes
tardiamente, podendo resultar e uma incapacidade de caráter permanente ou
limitação dos movimentos tornando difícil a execução das atividades.
(VARELA; FERREIRA, 2004).
Estresse consiste nas respostas físicas da pessoa a determinados
fatores estressores, podendo estes ser físicos, psíquicos ou ambientais,
definições simples podem incluir, problemas de concentração, frustração ou
tensão muscular.
Um a das proposições para minimizar as tensões e estresses, advindos
do processo de trabalho nas instituições em geral e agora, na instituição
hospitalar é a GL, ou Ginástica de pausa Seyle (1965).
O trabalho que tornou possível a humanização do homem tem produzido
desafios para a área da saúde.
A relação trabalho e doença é vista nas duas mãos de direção: o
trabalho favorecendo a doença e a doença prejudicando o trabalho. De acordo
com Araújo (1987), os fatos relatados ao longo da história da humanidade
confirmam ser o ambiente de trabalho causador de incapacidade, doenças e
mortes dos seus trabalhadores.
Os fatores predisponentes á perda de saúde do trabalhador baseiam-se
na remuneração não condizente com o trabalho executado e com a exposição
aos riscos, mantendo nítida relação entre saúde e trabalho. Portanto, a forma
15

de inserção do homem no processo produtivo é fator determinante da sua


condição de saúde.
Atualmente um dos maiores problemas que assolam os países em
desenvolvimento são os relacionados à saúde do trabalhador. (OLIVEIRA,
2000). O processo de informatização e as mudanças no mundo do trabalho
incorporam ao cotidiano dos trabalhadores temas e realidades como
globalização, terceirizações, privatizações, desemprego, informatização dos
postos de trabalho exigências por produção e vida sedentária. (COSTA et al.,
1999).
Acrescentam-se também outras situações, ás vezes episódicas ou
emergenciais, que fazem parte do ambiente hospitalar, as quais obrigam o
trabalhador a subtilizar as horas de almoço ou lanche. Percebe-se, também,
em algumas instituições hospitalares a inexistência de um local adequado para
descansar, lanchar ou almoçar, (LOPES, 1992). O trabalho que tornou possível
a humanização do homem tem produzido desafios para a área da saúde.
A segunda causa de absenteísmo do trabalho no Brasil são as doenças
ocupacionais, as afecções musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho.
Fatores de riscos que podem causar doenças ocupacionais, por
exemplo, postura inadequada, falta de suporte dos supervisores fiscalizando o
trabalhador na jornada de trabalha (DURÃO, 1987).

1.1 Índice de Absenteísmo

Através de levantamento de dados, por mapas de atendimentos e


relatórios médicos constatou-se o índice de absenteísmo dos colaboradores do
setor de hotelaria do hospital Evangélico de Londrina, sendo 52,05% no ano de
2007 com afastamento de 190 dias ao ano, referente a dores osteomusculares,
lembrando que não havia o programa de GL.

1.2 Ritmo de Trabalho e a Importância da Atividade Física

Os plantões de doze horas constituem uma prática rotineira não só nos


finais de semana como também nos feriados, causando muitas vezes,
16

restrições á vida familiar e social, uma vez que nos encontros sociais se
realizam nestes períodos da semana.
Alves e Vale (1999a) afirmam que a falta de material básico para
executar o trabalho diário e a defasagem no quadro de recurso humanos vêm
sendo compensadas com a adoção do sistema de horas extras, provocando
insatisfação e sobrecarga para os trabalhadores desequilíbrio na relação entre
as necessidades originais do processo cuidar e a sua operacionalização,
conduzindo ao estresse, ao aumento do absenteísmo e á queda na qualidade
da assistência.
Segundo Fontes (2001), a GL é uma atividade física diária, realizada no
local de trabalho, incluindo exercícios de compensação para movimentos
repetitivos, para ausência e para posturas incorretas no local de trabalho.
Consiste em exercícios, alongamentos e relaxamentos musculares, bem como
a flexibilidade articular, que promove o fortalecimento de estruturas frágeis e,
principalmente, o relaxamento das estruturas sobrecarregadas.
A GL não sobrecarrega e não leva o funcionário a cansaço porque é leve
e de curta duração.
Antes de partir para a eficácia do incentivo das empresas à atividade
física, é importante distinguir a ginástica laboral da atividade física. Os
programas de atividade física consistem em incentivos a pratica de esportes ou
atividades que levem a um maior dispêndio energético e movimentação da
musculatura. Por sua vez, um dos objetivos da GL é a prevenção de doenças
ocupacionais, realizada durante a jornada de trabalho. Os benefícios da
ginástica laboral são incontestáveis, assim como qualquer atividade física
devidamente aplicada é vantajosa. (SOUZA; JÓIA, 2006).
17

CAPÍTULO II

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

2 A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

A implantação de programa de Ginástica Laboral busca despertar nos


trabalhadores a necessidade de mudanças do estilo de vida, e não apenas de
alteração nos momentos de GL orientada dentro da empresa. O mais
convincente dos argumentos, que se pode utilizar para demonstrar que a
atividade física constitui um importante instrumento de promoção da saúde e
da produtividade, é que vale a pena praticar exercícios físicos regularmente,
em virtude dos benefícios comprovados cientificamente. (POLETTO; AMARAL,
2004).
Para Kolling (1980), a Ginástica Laboral é um repouso ativo, que
aproveita as pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os
músculos correspondentes e relaxar os grupos musculares que estão em
contração durante o trabalho, tendo como objetivo a prevenção da fadiga.
A ginástica laboral atua na prevenção e no combate ao estresse, visto
que durante a atividade física é liberado um neurotransmissor chamado
endorfina, o que causa bem-estar e alívio das tensões. Além disso, Segundo
Silva Neto (2000), os exercícios ajudam a reavaliar o modo de pensar,
organizar seu tempo, espaço e atuação, compreensão, alimentação saudável,
descontração, fatores preventivos dos sinais de estresse. Os programas
quebram a rotina e relaxa o indivíduo, o ambiente de trabalho passa a ser
menos formal mais feliz e agradável.
Dentre essas iniciativas, pode-se citar a prática de atividades físicas nos
locais de trabalho, denominada ginástica laboral. E adaptações ergonômicas
no ambiente de trabalho.
A ginástica laboral está suprindo, ao menos em parte, esta necessidade
de um espaço de liberdade, de uma quebra de ritmo, na rigidez e na monotonia
do trabalho. Além disto, a organização do trabalho ataca primeiro e
maciçamente a vida mental os indivíduos. O desgaste neste aspecto é bem
maior devido a todo o esforço para manter-se sob controle. Assim ao
18

começarem a participar da ginástica, os trabalhadores descobrem que é um


momento, talvez o único do dia. Onde podem ser eles mesmos de forma
integrada, expandindo o corpo, a mente e o espírito. É possível, então, relaxar
e abrir mão do autocontrole, livres de risco de acidentes, erros e tensão
decorrentes. Podem sair das posturas automatizadas, conversar com seus
colegas e desligar das pressões aliviando o estresse. A GL preenche também
uma carência de atenção e valorização das pessoas, sendo percebida como
uma diferença da empresa para com elas e um sinal de humanização do
ambiente de trabalho. (PAGLIARI, 2002).
A GL é baseada em exercícios de aquecimento, alongamento,
fortalecimento e relaxamento podem citar alguns dos benefícios dos exercícios
de alongamentos exemplo: eliminam e/ou reduzem encurtamento do sistema
muscular, evitam encurtamento do sistema músculo-tendíneo, reduzem
tensões musculares, aumentam e/ou mantêm flexibilidade, diminuem o risco de
lesão músculo - articular aumentam o relaxamento muscular e a circulação
sanguínea, melhoram a coordenação, a postura estática e dinâmica.
A GL tem como princípio a individualidade, para isso é feito uma análise
a fim de serem desenvolvidos exercícios laborais com intuito de evitar que se
instalem complicações para a saúde do trabalhador.
Sabe-se que muitas vezes, o trabalhador chega a seu local de trabalho
estressado devido às preocupações do dia. As características de uma pessoa
estressada são: cansaço, mau humor, dores pelo corpo e predisposição a
doenças. A GL segue uma rígida programação.
Todo programa é montado em conjunto com a empresa que irá
direcionar o horário mais adequado, sempre levando em conta sua rotina e
propósitos.
É aplicada o mais próximo possível dos postos de trabalho, para que
não haja necessidade de deslocamento, evitando perda de tempo e
conseqüente perda de produção. (LIMA, 1997).
Assim, vários programas empresariais, governamentais e comunitários
têm sido implantados com o objetivo de incentivar a prática de atividades
físicas, com o intuito de prevenir algumas doenças, proporcionando maior
qualidade de vida ao trabalhador. Quando são realizadas ações no ambiente
de trabalho, elas procuram verificar a quantidade e a qualidade da prática de
19

atividades físicas dos empregados, em geral, em funções sedentárias, e


incentivá-los a praticar esportes, andar a pé ou de bicicleta, dançar e outras
atividades que possam contrabalançar o sedentarismo e assim evitar as
doenças degenerativas associadas a ele. (COSTA, 2002).
Uma vez comprovada que a busca e necessidade das empresas na
procura da GL está e tende a aumentar consideravelmente: esse aumento
ocorre porque as companhias ao percebem que o funcionário feliz passa a
trabalhar com mais satisfação e isso também traz resultados positivos para o
processo produtivo. (BELFORTE, 2003).
Com relação ao desenvolvimento de atividades físicas das empresas,
um dos primeiros estudos sobre o tema foi feito pela Jonhson & Jonhson, nos
Estados Unidos. Eles calculavam, que para cada dólar investido com um
professor de atividade física dentro da empresa, 10 dólares eram poupados.
Isso no final da década de 60 hoje eles calculam que essa relação é de 1
para 15. No Japão e na China, já há tempo, são muito comuns atividades que
envolvam todos os funcionários, antes do horário de expediente. No Brasil,
trata-se de um pequeno universo e, por ser uma atividade em crescimento,
ainda é muito improvisada (CATAM, 2003).
Carmo (1997) denuncia a criação do que chama “de escravo feliz”, que
surge como um disfarce para tornar menos alienante. Segundo o autor, isso
tem por objetivo, na verdade, limitar as perdas causadas pela desatenção, pelo
tédio e pelo descontentamento que os trabalhadores sentem ao executar o seu
trabalho.

2.1 Benefícios da Ginástica Laboral

Faz-se claramente necessário que as capacidades físicas e mentais do


indivíduo estejam equilibradas para que ele possa desenvolver-se com o
máximo rendimento em todos os sentidos com atenção, agilidade e urgência,
qualidade, trabalho em equipe, produção, satisfação de clientes e motivação. É
esse equilíbrio das capacidades de seus funcionários, advindo da melhora na
qualidade de vida, a que as empresas visam quando implantam os programas
de ginástica laboral (MARCHESINI, 2002). Os programas promovem a saúde
20

mental, física e social do indivíduo. Alguns de seus benefícios, segundo


Pagliari (2002) estão listados a seguir:

a) Fisiológicos

- Provoca o aumento da circulação sangüínea em nível da estrutura


muscular, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e
diminuindo o acúmulo do ácido lático;
- Melhora a mobilidade e flexibilidade músculo articular;
- Diminui as inflamações e traumas;
- Melhora a postura;
- Diminui a tensão muscular desnecessária;
- Diminui o esforço na execução das tarefas diárias;
- Facilita a adaptação ao posto de trabalho;
- Melhora a condição do estado de saúde geral.

b) Psicológicos

- Favorece a mudança da rotina;


- Reforça a auto-estima;
- Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;
- Melhora a capacidade de concentração no trabalho.

c) Sociais

- Desperta o surgimento de novas lideranças;


- Favorece o contato pessoal;
- Promove a integração social;
- Favorece o sentido de grupo - se sentem parte de um todo;
- Melhora o relacionamento.

2.2 Breve Histórico da Ginástica Laboral

Os primeiros registros sobre a ginástica laboral são da Polônia, por volta


de 1925, onde funcionários de empresas se exercitavam em suas pausas
particulares. Em 1928, o Japão e países da Europa (França, Bélgica, Suécia e
21

Bulgária), além da antiga URSS, já estavam utilizando a ginástica laboral. No


Brasil, em 1973, a FEEVALE e sua escola de Educação Física elaboraram o
projeto Educação Física Compensatória e Recreação. Em 1978, ela e o SESI
elaboraram e implantaram o projeto Ginástica Laboral Compensatória e
Recreação. (LIMA, 2004).
Nos últimos anos houve diversas interrogações sobre o bem estar do
homem no trabalho. Alguns estudiosos afirmam o duplo caráter do trabalho
humano, como meio e como finalidade em si como meio, o trabalho dá
recursos ao homem para adquirir os bens necessários á vida, e como fim,
socializa o homem, coloca-o defronte do outro e, portanto, diante de si.
(SAMPAIO, 1999).
Para Faria Junior (1990), o trabalho moderno provocou um
subdesenvolvimento das funções orgânicas devido a pouca ou nenhuma
solicitação de certos órgãos. De acordo com esse autor, sendo o trabalho
moderno sedentário, raramente exigindo do individuo deslocamentos de seu
posto de trabalho, observam-se também alterações no seu metabolismo. Essa
hipocinesia marcada pelo sedentarismo, atualmente é predominante na maioria
das profissões e também em toda sociedade - sendo considerado pela
Organização Mundial, como um problema de saúde mundial, tem refletido não
só na saúde individual, mas também na das empresas
Neiva Mendes et al. (2004), declaram que a atuação da GL consiste em
duas fases: 1º na fase curativa, onde a doença já está instalada no organismo,
sendo o foco a reabilitação do individuo; e a 2º fase preventiva, onde a
atuação da laboral é prevenir o surgimento de doenças.
Segundo Gonçalves e Volarta (2004), o termo Qualidade de vida (QV)
envolve saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas
decisões que lhes dizem respeito e determinam o mundo ao dizer Qualidade
de vida, pode-se estar querendo indicar bem estar pessoal, posses de bens
materiais, participações em decisões coletivas e muito mais.
Pode se afirmar então que o termo QV é a percepção que o individuo
tem da posição que ocupa na vida, do contexto cultural e social em que está
inserido, bem como os objetivos, preocupações em sua vida.
É nesse contexto que a GL está inserida, ela se destaca como atividade
de auxilio á prevenção de lesões no ambiente de trabalho, visando melhorar a
22

flexibilidade e a mobilidade articular, diminuir a fadiga muscular decorrente de


tensão repetitividade que acometem os tendões, músculos, e nervos, bem
como promover o bem-estar individual por intermédio da consciência corporal
conhecendo, respeitando e estimulando o próprio corpo. (LIMA, 2005).

2.3 Formas de Levantamento de Dados

O levantamento de dados se dá através de meio de mapas de


atendimentos e relatórios médicos dos colaboradores, onde constam os
afastamentos relacionados a dores osteomusculares no ano de 2007 á 2008 e
2009, onde através das estatísticas pode-se comparar a diminuição de
absenteísmo por LER/DORT.
Aplicado uma avaliação simplificada do fator biomecânico no risco para
distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, onde se detectou os
seguimentos mais acometidos e assim direcionando os exercícios mais
específicos.
Na tabulação realizada constatou-se que o seguimento mais acometido
é a região do ombro com 17% de queixas por dores osteomusculares.

2.4 Principais Distúrbios Osteomusculares

Alguns dos principais distúrbios osteomusculares relacionados ao


trabalho citados por Couto (1998) são: tendinite e tenossinovite dos músculos
dos antebraços, miosite dos músculos lumbricais e fasciíte da mão, tendinite do
músculo bíceps, tendinite do músculo supra-espinhoso, inflamação do músculo
pronador redondo com compressão do nervo mediano, cisto gangliônico no
punho, tendinite De Quervain, compressão do nervo ulnar, síndrome do túnel
do carpo, compressão do nervo radial, síndrome do desfiladeriro torácico,
epicondilite medial e lateral, bursite de cotovelo e ombro, síndrome da tensão
cervical e lombalgia.
Quando um indivíduo apresenta uma lesão ocasionada por sobrecarga
biomecânica ocupacional, os fatores etiológicos estão associados á
organização do trabalho envolvendo principalmente equipamentos,
ferramentas, acessórios e mobiliários inadequados; descaso com
23

posicionamento principalmente, técnicas incorretas para realização de tarefas,


posturas indevidas, excesso de força empregada para execução de tarefas,
sobrecarga biomecânica; uso de instrumentos com excesso de vibrações,
temperatura, ventilação e umidade inapropriadas no ambiente de trabalho.
(MOREIRA; CARVALHO, 2001).
Foi questionado, ainda, se os funcionários exercem outras atividades
que trabalhassem bastante com os braços, como outro emprego, trabalhos
domésticos ou atividades físicas. Segundo eles, 42% exercem outras
atividades. Pode-se dizer que essas pessoas que exercem outras atividades,
além da efetuada na empresa, podem desenvolver, mais facilmente, doenças
como LER, DORT, tendinites e outras já citadas.
No Brasil, as lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho (LER/DORT) começam a ser identificadas na década
de 1970. Em 1973, essa patologia foi identificada em lavanderias, limpadoras
e engomadeiras recomendando-se que fossem feitas pausas de trabalho.
(MAEMO; CARMO, 2005).
Os colaboradores do setor de hotelaria responderam em forma de
entrevista, perguntas sobre o programa de GL, relatam que após o programa,
sentem mais disposição para a jornada de trabalho, melhora de interação do
grupo, melhora na postura e qualidade de vida.
A literatura relata algumas formas de compensação da fadiga como
suplementação alimentar, a reposição hidroeletrolitica o descanso adequado-
sono e pausa durante o expediente de trabalho. A respeito das pausas que
ocorrem na jornada de trabalho. Martins e Duarte (2000) declaram que “é
cientificamente comprovado que as pausas realizadas no inicio desses
momentos de baixo rendimento- inicio da fadiga- tornam viável o retardo dos
sintomas improdutíveis, estabilizando, por conseguinte, o desempenho do
trabalhador em nível satisfatório.
Couto (1995) enfatiza a importância da pausa para o organismo
humano. Dentre os mecanismos que previnem as lesões, através da realização
de pausas em atividades repetitivas, desta que o fluxo de sangue normal retira
as concentrações acumuladas de ácido lático muscular, evitando assim
possíveis irritações nas terminações nervosas livres; os tendões retornam ás
suas estruturas normais, voltando a sua formação normal (viscoelastidade e
24

conformação); e lubrificação dos tendões pelo liquido sinovial, evitando atrito


interestetual.
Considera-se uma atividade de repetitividade se o tempo do ciclo
é de dois minutos ou menos e se repete por todo o turno de trabalho. Tarefas
consideradas altamente repetitivas têm um ciclo de 30 segundos ou menos. O
ciclo de 1.5 minutos é considerado ótimo para tarefas com alto ritmo de
trabalho. (GALDINO, 1998).

2.5 Fisiologias do Trabalho

A fisiologia do trabalho, explica sobre os esforços estáticos e dinâmicos.


Para Polito (2002), a ginástica laboral constitui-se de uma série de
exercícios diários, realizados no local de trabalho e durante a sua jornada,
prevenindo lesões ocasionadas pelo trabalho, normalizando as funções
corporais, e proporcionando momentos de descontração e sociabilização entre
os funcionários da empresa.
Iniciar uma jornada de trabalho, sem preparar as estruturas envolvidas
podem causar lesões osteomusculares, tanto no esforço estático como
dinâmico.

2.5.1 Esforço estático e dinâmico

A fisiologia do trabalho é um ramo das ciências fisiológicas. Está


orientada para um objetivo precípuo: o de investigar os ajustes fisiológicos às
condições de trabalho das diferentes atividades profissionais, enfocando, sob
distintos aspectos fisiológicos, os órgãos e sistemas que, em condições de
esforço físico, executem ou limitem a atividade física. É uma ciência básica, por
estudar de modo integrado a atividade de vários órgãos e sistemas, implicados
em um trabalho sistemático e profissional. Sendo uma ciência aplicada, ajusta
a atividade profissional às funções do homem, tornando essa atividade mais
conveniente e metódica, além de humanizá-la. (BAÚ, 2002).
Segundo Baú (2002), nos estágios iniciais de seu desenvolvimento
(1913), a fisiologia do trabalho incluía tanto o estudo do trabalho físico, em
25

atividades profissionais, quanto a fisiologia do exercício, relacionada ao


desempenho atlético, desportivo. Nesta época foi dada grande ênfase ao
estudo do custo energético do trabalho físico e à ingestão dietética de calorias,
à resistência e a postura durante o trabalho, à avaliação da capacidade
máxima de trabalho físico e à fração dessa capacidade, gasta no desempenho
da atividade profissional. Hoje, a fisiologia do trabalho direciona-se à área da
medicina industrial e da saúde ocupacional.
De acordo com Zilli (2002), no trabalho estático não há descontração da
musculatura, os músculos permanecem em estado de contração, tensão.
Durante a contração estática, a tensão das fibras e, em conseqüência, a
pressão intramuscular aumenta, diminuindo efetivamente o diâmetro dos
pequenos vasos, principalmente nas vênulas. Esse prejuízo no retorno venoso
impede, assim, a efetiva participação de estímulos químicos locais, que atuam
aumentando a irrigação dos músculos. No trabalho muscular estático, a
irrigação sangüínea é diminuída em proporção inversa à quantidade de força
aplicada, ou seja, se a força representa 60% da capacidade de força total, a
irrigação sangüínea fica quase totalmente interrompida. Portanto, fica claro que
qualquer esforço estático, dependendo de sua intensidade, acarreta fadiga
muscular.
Para Picoli e Guastelli (2002), na contração estática, os músculos
envolvidos deixam de receber aporte sangüíneo, porque o fluxo sangüíneo é
interrompido devido à pressão intramuscular. Portanto, o processo metabólico
que deveria ocorrer por via aeróbia passa a ocorrer por via anaeróbia, com
produção e acúmulo de ácido láctico.
No trabalho dinâmico efetuado nas várias atividades profissionais, o
que realmente importa, em termos fisiológicos, segundo Baú (2002), é a
alternância entre contração e relaxamento. Essa alternância é que permite,
durante a contração, um aumento na pressão intramuscular, que comprime os
pequenos vasos. Durante o relaxamento, esses vasos dilatam-se por influência
dos estímulos químicos locais (metabólicos acumulados). A atividade dessa
“bomba muscular” (contração-relaxamento) pode aumentar 10 a 20 vezes a
irrigação local, em relação aos valores de repouso, conforme o grau de
condicionamento físico do indivíduo. A relação entre o tempo de contração e de
relaxamento é muito importante e irá adequar a irrigação do músculo à
26

atividade desenvolvida. Se o esforço for leve a moderado, a relação 1:1


garantirá uma irrigação eficiente; contudo, se o esforço for intenso, o tempo de
relaxamento deverá ser superior ao de contração para prevenir a fadiga
muscular.
As LER ocorrem como Oliveira (1998), resultados do uso abusivo dos
músculos e tendões, por rápidos movimentos repetitivos e de força, em ações
estáticas e posturas inadequadas.
Portanto a LER, pode acometer as pessoas que realizam movimentos
repetitivos, independentes da classe de trabalho, sendo esta característica
pelos agentes força e repetição.

2.6 Sintomas

Os sintomas mais comuns das LER, segundo Settimi e Silvestre


(1995), são: perda de força nos membros superiores; dores constantes;
parestesias, sensação de pontada, agulha, dormência, ardor, fraqueza, peso,
fadiga e queimação, sensação de frio nos membros superiores, mais
especificamente em mãos e dedos; sensação de inchaço nos membros
superiores e ombros; sensação de enrijecimento muscular; sensação de
cãibras e vários graus de distúrbios do sono e repercussões psicológicas.
A dor músculo-esquelética na atualidade, já é considerada como um
importante problema de saúde publica, pela sua alta freqüência. O numero de
casos de afastamento do trabalho e aposentadoria por agravos no sistema
músculo- esqueléticos é cada vez maior no Brasil, representando assim
um alto custo social. Os gastos relacionados com aspectos médicos e sociais
dos sintomas músculos-esqueléticos têm crescido continuamente nas últimas
décadas e atingem atualmente cifras da ordem de bilhões de dólares em
vários países. (LEÃO ; SILVA, 2004).
Para Iida (2005), a GL é fundamental para a prevenção da ocorrência
ou reincidência de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho ou
causados por esforço repetitivo, seja por falta de preparo físico, por má postura
ou por más condições de trabalho.
A capacidade de trabalho está relacionada com a saúde do
trabalhador, podendo sofrer alterações diante das condições do ambiente a ele
27

oferecido. Com isso compreende-se que o trabalhador deve ser protegido das
injúrias á sua saúde no momento em que executa as suas tarefas. O adoecer e
o morrer por causa do trabalho geram situações evitáveis, e não se pode
aceitar passivamente que o trabalho seja causador de doenças ao trabalhador,
produzindo interferências na quantidade e qualidade de vida. (LIMA, 1997).
28

CAPÍTULO III

A PESQUISA DE CAMPO

3 ANÁLISE DE DADOS

Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizado no hospital Evangélico de


Londrina Paraná, situado na Avenida Bandeirantes nº 638, com o programa de
ginástica laboral com objetivo de diminuir o absenteísmo relacionada a DORTS
dos colaboradores do setor de hotelaria.
Para análise dos dados iniciou-se com os colaboradores do setor mais
críticos do hospital de ambos os sexo, sendo 72 do sexo feminino e 6 do sexo
masculino.
O setor para a pesquisa foi o setor de hotelaria, contando com 78
colaboradores, com um controle de participação, um livro de chamada, onde
consta o índice de participação, foram realizadas as mensurações dos
resultados trimestrais para correções necessárias e sucesso do programa de
ginástica laboral.

3.1 Forma de Avaliação

Serão aplicados questionários avaliações e entrevista trimestralmente


para verificar se houve eficácia no programa implantado
A coleta de dados foi realizada por meio de levantamento feito nos
mapas de atendimentos e relatórios médicos dos trabalhadores, para verificar o
índice de afastamento nos anos de 2007, 2008 e 2009, com doenças
relacionadas a DORT.
No relatório constam os dias de afastamento, horas de afastamento,
função, setor e diagnóstico.
Enfocando diagnóstico sobre patologias relacionadas a doenças
osteomusculares.
29

Todos os funcionários foram submetidos a responder um questionário


para análise dos segmentos mais acometidos, para direcionar os exercícios
corretamente.

3.2 Tabulação dos Dados

Após análise foram tabulados os dados referentes aos segmentos mais


acometidos como: região cervical, dorsal, ombro, braços, punho mão, lombar,
joelho/pernas/pés, sendo a região do ombro com 17% mais acometida.
Com o resultado da análise, foi possível direcionar exercícios
específicos para o colaborador.
O cronograma das atividades é apresentado aos colaboradores para
esclarecimento acerca do programa de ginástica laboral, bem como seus
benefícios e sobre as atividades propostas a serem realizadas serão
realizadas.
Na primeira semana foi realizada uma palestra sobre a importância da
ginástica laboral e seus benefícios.
O programa de ginástica laboral realizado de segunda a sexta feira com
colaboradores do período da manhã e da tarde e a duração será de 15 minutos
para cada grupo com exercícios de aquecimento, alongamentos, relaxamento,
massagens e palestras de conscientizações com temas direcionados a DORT
como: postura, tendinites, bursites, lombalgias, tenossinovites e outras.
Por ser um setor de trabalho amplo, as atividades foram preparadas de
uma forma que atendesse aos colaboradores mais próximo ao seu local de
trabalho. São previamente elaboradas seguindo um padrão na sua realização:
exercícios de aquecimento muscular e articular, posteriormente, alongamento
de estruturas mais utilizadas durante a jornada de trabalho e finalizando com
exercícios de coordenação ou exercícios de relaxamento da musculatura mais
utilizada no trabalho,ou até mesmo de atividades lúdicas e motivacionais,
sempre seguindo uma evolução quanto a complexidade, exigências físicas do
exercício e adaptação dos trabalhadores.
Os colaboradores no final das atividades ficam livres para tirar quaisquer
dúvidas em relação ás atividades proposta.
30

Realizado treinamento de postura, com panfletos explicativos e


ilustrativos mensalmente, e orientações periódicas o treinamento consistirá de
posturas como sentar, levantar, agachar, deitar, andar.
Realizar dinâmicas em grupo recorre a técnicas que estimulam as
pessoas a estarem em movimento através de jogos, brincadeiras,
exercícios, que proporcionam sentimentos e emoção da vida real onde os
membros do grupo poderão agir com autenticidade se auto-avaliando.
As atividades em grupo incluem: (dinâmicas, palestras, brincadeiras,
vivências). Os colaboradores saem da rotina do setor, assim ficando mais
dispostos ao retornarem as suas respectivas funções.
Para realização das atividades utiliza-se os seguintes materiais: bolas
de espuma, aparelho de som com CD para músicas, colchonetes, bastões,
corda, alteres, elásticos, cadeiras, bexigas, equipamentos de registros tais
como, caderno de campo caneta, questionários, panfletos explicativos, projetor
de slides, câmera fotográfica e gravador.
Serão aplicados questionários avaliações e entrevista trimestralmente
para verificar se houve eficácia no programa implantado.
Os exercícios serão elaborados e aplicados de acordo com as
exigências físicas laborais sobre as várias estruturas osteomusculotendinosas
dos trabalhadores.
O local onde são realizadas as atividades é próximo ao setor de
hotelaria.
A GL é dividida em preparatória, compensatória e relaxamento:

a) GL preparatória.
São exercícios realizados antes da jornada de trabalho, com objetivo
principal de preparar o indivíduo para o inicio do trabalho, aquecendo os
grupos musculares solicitados em suas tarefas, despertando-os para que se
sintam mais dispostos (ALVES e VALE, 1999; OLIVEIRA, 2006).

b) GL compensatória.
Tem sido definida por Kolling (1980), um dos precursores da GL no
Brasil, como a GL que tem por objetivo, precisamente, fazer trabalhar os
músculos correspondentes e relaxar os músculos que estão em contração
31

durante a maior parte da jornada de trabalho. Em um programa de GL


compensatória é necessário fortalecer os músculos mais fracos, ou seja, os
menos usados durante a jornada de trabalho, além de alongar os mais
solicitados, proporcionando, dessa forma, compensação dos músculos
agonistas para com os antagonistas, de forma equilibrada.

c) GL de Relaxamento.
É de grande importância desenvolver exercícios específicos de
relaxamento, principalmente em trabalhos com excesso de carga horária ou em
serviços de cunho intelectual. Nesse sentido, Mendes (2000) confirmam que a
GL de Relaxamento, praticada ai final do expediente tem como objetivo relaxar
o corpo e especificamente, extravasar tensões das regiões que acumulam mais
tensão.
Assim, exercícios praticados após o expediente de trabalho, têm como
objetivo proporcionar relaxamento muscular e mental aos trabalhadores.
(OLIVEIRA, 2006).
Os exercícios são desenvolvidos com plena consciência da importância,
sendo sempre lembrada a maneira correta da sua realização. Os benefícios da
GL são evidentes quanto comparados aos índices das queixas decorrentes
dos movimentos repetitivos.
A atividade iniciará da seguinte forma: para o aquecimento, serão
utilizadas atividades que preparam com o corpo para a prática dos exercícios
que virão em seguida. Na parte principal da aula, o foco serão os
alongamentos, os exercícios compensatórios (visando relaxar os músculos
sobrecarregados e ativar os músculos que ficam muito tempo inativos),
exercícios de equilíbrio corporal (com intuito de manutenção das capacidades
espaciais, que são degeneradas, gradualmente, com o passar dos anos),
dinâmicas de grupo (com o objetivo de interação social dentro do grupo) e
exercícios respiratórios.
O relaxamento, ao fim da aula, tem por finalidade, preparar os
praticantes para um retorno tranqüilo as atividades.
Durante e após a realização das aulas, é realizado um diálogo, com o
objetivo de visualizar a satisfação dos participantes bem como incentivá-lo a
32

corrigir as falhas que estariam, no momento, executando (feedback), utilizando


isso como referência para um aprimoramento maior da prática.
Também será estimulado o inter-relacionamento entre os setores,
procurando estreitar os laços afetivos entre os participantes. (PEDUZZI, 2008).
No simples exercícios de respirar você pode estar atento a você e a
vida, a análise do dado diálogo aponta para relevância das relações
interpessoais no trabalho em grupo enfocando a QVT, a observação das aulas
de GL revelou uma satisfação dos participantes em estar com o outro.
Freitas (1999) coloca que o encontro é uma experiência de
intersubjetividades, de comunicação entre pessoas, de modos de
relacionamento interpessoal. Pode se constituir em espaços de acolhimento,
de confluências, de partilhas, de sentimentos.
Segundo Martins e Duarte (2000) a prevenção de DORT/LER,
diminuição do estresse, atuação sobre os vícios posturais e melhoria do
relacionamento interpessoal.
A GL é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas
como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional.
Assim, a partir da diminuição do sedentarismo, do controle de estresse e da
melhoria da qualidade de vida, a GL destaca-se como atividade de auxílio á
prevenção de lesões no ambiente de trabalho. Visa anatomicamente melhorar
a flexibilidade e a mobilidade articular, diminuição a fadiga decorrente da
tensão e repetitividade que acometem tendões, músculos, fáscias e nervos,
beneficiando a postura do indivíduo em sua rotina de trabalho.

3.3 Análise dos Dados

A análise dos dados deu-se através de coleta de dados pelos mapas de


atendimentos médicos, onde verificou-se um grande índice de afastamento por
dores relacionadas ao trabalho.
A coleta deu-se através de tabulação dos dados, e anexados na
planilha, para verificar as porcentagens de absenteísmos.
Para a análise estatística dos cálculos de absenteísmo utilizou-se a
planilha do Excel utilizando de fórmulas contendo nº de colaboradores e dias
33

de afastamento relacionado ao trabalho por DORTS, assim apresentado os


resultados em forma de porcentagens.
Depois de preenchida a planilha, colocados em forma de gráficos para
análise de índice de absenteísmo com mais clareza, assim fazendo uma
comparação do ano de 2007, 2008 e 2009.

3.4 Resultados

A implantação do programa de GL obteve resultados satisfatórios,


apresentando diminuição de absenteísmo nos colaboradores do setor de
hotelaria.
Realizado uma pesquisa em forma de questionário aos colaboradores
para direcionar os exercícios para cada segmento específico, onde a região
mais acometida é o ombro com 17%, cervical 9%, lombar 7%,
joelhos/pernas/pés 7%, punho/mão 6% e braços 4%, os colaboradores foram
orientados acerca do propósito do questionário e acompanhados para
quaisquer duvidas em relação as respostas. Os resultados foram tabulados e
aplicados em forma de gráficos, observados no Apêndice C.
Já em análise de absentismo, utilizou-se os dados coletados pelo
serviço médico nos relatórios onde consta, os dias de afastamento, jornada de
trabalho, função e o diagnóstico CDI. (Código Internacional de Doenças).
Após levantamento de dados, realizado tabulação dos mesmos, sendo
utilizada uma planilha, contendo formulas onde apresentou os percentuais
referentes ao ano de 2007, 2008 e 2009.
No gráfico de Apêndice A, consta os percentuais do ano de 2007 com
grande índice de absenteísmo com 52,05% .
Após implantação da GL, no mês de maio de 2008 houve uma
comparação em relação ao ano de 2007, onde constata-se uma diminuição
significativa de absenteísmo referente a dores osteomusculares, analisando o
gráfico em Apêndice A houve uma porcentagem de 21,92%.
No ano de 2009, em análise comparativa ao ano de 2007 e 2008 os
resultados foram ainda mais satisfatórios com o percentual conforme Apêndice
A de 17,53% de absenteísmo ao ano.
34

Os resultados obtidos, principalmente quanto a prevenção de doenças


ocupacionais como LER/DORT foram bastante significativos. Houve
comprovação junto a Literatura que afirma que entre outros benefícios da GL,
há também a observação da redução de dores musculares, da fadiga mensal,
de afastamentos do trabalho, do stress, da ansiedade, da depressão e da
tensão. (ZILLI, 2002).
Os resultados apontam de uma forma geral, que com a implantação do
programa no ano de 2008 andou bem, e a ferramenta utilizada para realizar a
manutenção é a conscientização de todos para esse resultado manter-se
positivo.
Não esquecer a grande importância de ter nas empresas, profissionais
realmente qualificados ao invés de beneficiar a saúde do trabalhador,
infelizmente pode acabar prejudicando os funcionários.
Trazer métodos até a empresa para o trabalhador com o objetivo de
auxiliá-lo em sua qualidade de vida; irá beneficiar não apenas o mesmo; mas
também a empresa. Pois uma pessoa de bem com a vida; irá contagiar todas
as demais que convivem em seu meio social.
Devido a grande parte do tempo do homem ser tomado pelo trabalho, às
empresas começam a ter uma visão mais aberta, e tendem a dar apoio para a
saúde e a sua qualidade de vida para não estarem futuramente se afastando
do trabalho.
35

CONCLUSÃO

Podemos concluir que a GL atende a maioria dos participantes, pois


aos serem indagados acerca de suas perspectivas além da GL, muitos
mostram-se satisfeitos apenas com essa modalidade. O curto tempo para
realização da GL, 15 minutos (quinze) minutos pela manhã e 15 minutos à
tarde, é um fator mencionado em algumas respostas, sendo solicitado à
ampliação do tempo para 30 (trinta) minutos.
Pretendendo continuar trabalhando a consciência a expressão
corporal, através das modalidades sugeridas pelos colaboradores, que incluem
a dança, o relaxamento, a meditação e outras expressões artísticas, além da
GL. Sempre atendo aos momentos de troca e compartilhamento, tendo como
pano de fundo o relaxamento interpessoal e o fortalecimento dos laços
afetivos, como um dos aspectos fundamentais para a qualidade de vida no
ambiente de trabalho. Dentre as estratégias visando trabalhar o estresse,
planejamos também a elaboração de grupos de reflexão sobre tarefa
profissional, criando um ambiente suportivo para esses colaboradores através
de vivências que lhes possibilite contribuir e vivenciar um ambiente de apoio,
de sustentação ou de suporte, a partir da própria interação da equipe e
assim, enfrentem e superem as tensões da prática profissional. É nosso
desafio contínuo buscar apoio institucional para ampliar a participação dos
trabalhadores das unidades funcionais estudadas, bem como, encontrar um
espaço físico condizente para realização das atividades.
Cada vez mais o mercado promissor, busca melhora para o
trabalhador, seja qual for sua função, pois por mais leve que possa aparentar
seu trabalho pode estar tendo algum déficit em sua saúde sem nem menos
perceber.
O programa de GL, esta sendo implantado para que os colaboradores
possam ter uma qualidade de vida como um dos benefícios, e outros.
Podemos chegar na conclusão de que o programa de GL, realmente
obteve um resultado satisfatório.
Conforme mencionado no estudo, é inegável os benefícios resultantes
da GL para a saúde e qualidade de vida dos colaboradores.
36

A proposta que está sendo desenvolvida e as demais atividades


sugeridas nas entrevistas, certamente obteve uma diminuição significativa das
incidências por dores osteomusculares.
Com a implantação do programa, obteve uma diminuição significativa
das incidências por dores osteomusculares.
Colaboradores trabalhando com mais disposições, menos queixa de
dores.
Os benefícios físicos da ginástica laboral é algo incontestável, uma vez
que, toda e qualquer atividade física devidamente aplicada é vantajosa.
É necessário o incentivo constante associado á informações que
respondam “o porquê” de fazer a ginástica laboral.
O programa de GL proporciona aos colaboradores, momentos de
descontração, interação entre os grupos do próprio setor, que durante a
jornada muitas vezes, nem se encontram.
Sendo assim, podemos concluir que para o setor empresarial, a
atividade laboral manifesta efeitos secundários, uma vez que, com o
trabalhador primariamente saudável e disposto, sua produtividade e o seu
trabalho conseqüentemente melhorarão.
Considera-se que o absenteísmo-doença poderá ser reduzido com a
adoção de políticas preventivas.
Lembrando que o programa de ginástica laboral tem que se em
conjunto com outros fatores para que haja eficácia na diminuição total de
absenteísmo, tais como a conscientização, ergonomia e treinamentos.
Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho são
fundamentais para a elaboração de uma proposta ergonômica e cargas
cognitivas, psíquicas e física do trabalho, otimizando o desempenho da tarefa,
o rendimento do trabalho.
Antes da implantação do programa de ginástica laboral no ano de 2007
apresentava-se com 52,05% de afastamento totalizando 190 dias ao ano.
Com a implantação do programa de ginástica laboral no ano de 2008
obtivemos um resultado satisfatório com 21,92% de afastamento totalizando 80
dias ao ano.
Já no ano de 2009 apresentou 17,53% de afastamento totalizando
64 dias ao ano.
37

Os resultados apresentados em (Apêndices) mostram a eficácia do


programa de GL, e o percentual de diminuição.
Conclui-se, o programa de ginástica laboral no ambiente hospitalar é
eficaz na melhora da qualidade vida dos colaboradores, pois a empresa
apresentava um elevado índice de absenteísmo por patologia associados a
Ler/DORT.
38

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO Brasileira para Prevenção de Acidentes (2000). Doença ocupa


segundo lugar no ranking dos afastamentos do trabalho. SOS. Revista da
Associação Brasileira para prevenção de acidentes, 35, 210.

ALVES, S.; VALE A. Ginástica Laboral caminho para uma vida mais saudável
no trabalho. Revista CIPA. São Paulo: Phorte 1999a.

__________. Cipa. São Paulo: p.31-39, 1999b.

ALVES, M. Causas de absenteísmo entre auxiliares de enfermagem: Uma


dimensão do sofrimento no trabalho. São Paulo: Escola de Enfermagem da
USP, 1996.158p. (Tese, Doutorado em Enfermagem).

ARAÚJO, M.R.N. Considerações sobre salubridade do trabalho dos


enfermeiros no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas
Gerais, Belo Horizonte: Escola de Veterinária da UFMG, 1987. 71p.
(Mestrado em Epidemiologia): Disponível em:
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44

APÊNDICES
45

APÊNDICE A - Relatório de absenteísmo 2007, com 52,05% de afastamento


anual

Hotelaria

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro

Atestados/2007

Relatório de absenteísmo 2008, com 30,96%% de afastamento anual.


Hotelaria

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro

Atestados/2008

Relatório de absenteísmo 2009, 17,53%,de afastamento anual


Hotelaria

100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro

Atestados/2009

Fonte: Elaborada por (Lucimara, 2007).

Observação: Início da ginástica laboral no mês de maio de 2008.


46

APÊNDICE B – FICHA DE ENTREVISTA

ENTREVISTA

GINÁSTICA LABORAL HOSPITAL EVANGÉLICO

1. O que você sentia antes de participar do programa de ginástica laboral?

2. O que está sentindo participando do programa de ginástica laboral?

3. Você acha que é importante o programa de ginástica laboral para sua


saúde?

4. Coloque aqui as suas sugestões... suas idéias, o que você acha que temos
que acrescentar em nossa ginástica?

Sua opinião faz a diferença... você é muito importante!!!

Fisioterapeuta: Lucimara

Fonte: Elaborada por (Lucimara, 2007).


47

APÊNDICE C- Gráfico de segmentos osteomusculares

Gráficos dos segmentos

DORES OSTEOMUSCULARES SETOR HOTELARIA

CERVICAL

OMBRO

9%
BRAÇOS
17%
PUNHO MÃO

50% REG. DORSAL


4%
6% REC. LOMBAR
7%
7% 0%
JOELHOS/PERNAS/PÉS

TOTAL DOENÇAS
LOCALIZADAS

Fonte: Elaborada por (Lucimara, 2009).


48

ANEXOS
49

ANEXO A – IDENTIFICAÇÃO DO COLABORADOR E AVALIAÇÃO

QUESTIONÁRIO
Nome.....................................................................................................................
...............................................................................................................................
Idade....................Data de nascimento..................................................................
Endereço................................................................................................................
Bairro..............................................................Telefone.........................................
Meio de Transporte:...............................................................................................
Religião:.................................................................................................................
Estado civil:....................... Filhos ( )sim ( )não
Quantos....................................................
Peso:......................................................................................................................
Altura:.....................................................................................................................
Fumante? ( )sim ( )não Quanto
tempo................................................................................
Faz uso de algum tipo de bebida?( ) sim ( ) não Quanto tempo.......................
Fez alguma cirurgia ( ) sim ( )não Quanto tempo................................................
Do quê?.................................................................................................................
Trabalha a quanto tempo na empresa? Em quê em que setor?...........................
Carga horária:........................................................................................................
Qual sua função na empresa?...............................................................................
Aposentado? ( )sim ( ) não....................................................................................
Hipertenso? (pressão alta) ( )sim ( )não Há quanto tempo?................................
Antecedentes familiares.........................................................................................
Problemas cardíacos? ( ) sim ( )não Há quanto tempo.?....................................
Dor na coluna vertebral? ( ) sim ( ) não Há quanto tempo?...............................
Faz uso de algum medicamento? ( ) sim ( ) não Há quanto tempo?.................
Pratica exercícios físicos atualmente? Sim ( ) não ( )
Freqüência?..................................
Qual tipo de exercício?...................................................................................

Fonte: Elaborado por (Lucimara, 2007).


50

01 Descansado 1-2-3-4--5-6-7 Cansado

02 Boa Concentração 1-2-3-4-5-6-7 Dificuldade de


concentrar
03 Calmo 1-2-3-4-5-6-7 Nervoso

04 Produtividade Normal 1-2-3-4-5-6-7 Produtividade


comprometida
05 Descanso visualmente 1-2-3-4-5-6-7 Cansaço visual

06 Ausência de dores nos 1-2-3-4-5-6-7 Dor nos músculos do


músculos do pescoço e pescoço e
ombros Ombros

07 Ausência de dor nas 1-2-3-4-5-6-7 Dor nas costas


costas
08 Ausência de dor na 1-2-3-4-5-6-7 Dor na região lombar
região lombar
09 Ausência de dor nas 1-2-3-4-5-6-7 Dor nas coxas
coxas
10 Ausência de dor nas 1-2-3-4-5-6-7 Dor nas pernas
pernas
11 Ausência de dor nos 1-2-3-4-5-6-7 Dor nos pés
pés
12 Ausência de dor nos 1-2-3-4-5-6-7 Dor nos braços
braços
Fonte: Questionário Bipolar - Couto (1995, p.345)

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