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Ficha técnica do Livro: A Sociedade Contra o Estado

Autor: Pierre Clastres


Titulo: A Sociedade Contra O Estado, Pesquisas de Antropologia Politica.
Titulo original: La Société contre l’ Etat – recherches d’anthropologie politique
Editora: Cosac e Naify. Ano: 2003
Tradução: Theo Santiago
Prefácio: Tânia Stolze Lima e Marcio Goldman
Estrutura do livro: A obra esta composta pela somatória do prefácio, por onze capítulos,
uma entrevista com o autor e o índice onomástico.
Principais etnias citadas por Clastres: 1) Mbyá, 2) Guayaki, 3) Chulupi, 4) Guarani,
5) Kaingang, 6) Tupiniquim, 7) Abipones, 8) Chiriguano, 9) Toba, 10) Payaguá, 11)
Mbayá, 12) Bororo, 13) Cashibo, 14) Katukina, 15) Jivaro, 16) Omágua, 17) Ticuna, 18)
Tukano, 19)Yanomami, 20) Manao, 21) Apiaká, 22) Tupinambá, 23) Kayapô, 24)
Tremembé, 25)Apinayé, 26) Nambikwara, 27) Kayabi, 28) Bakairi, 29) Xerente, 30)
Kayapoó meredionais.
Site da Leitura:
file:///C:/Users/carla/OneDrive/Área%20de%20Trabalho/Livros/Clastres,%20Pierre%2
0-%20A%20sociedade%20contra%20o%20estado%20(completo).pdf

Prefácio ( Leitura esquemática dos parágrafos).


Primeiro parágrafo: Os autores Tânia e Marcio iniciaram a escrita do prefácio expondo-
nos a fala de Ailton Krenak ( líder indígena) sobre o evento que ocorreu entre os
ameríndios e os europeus. Na fala do líder podemos encontrar a afirmação que alguns
povos indígenas são contra a forma-Estado. Além disso, Ailton declarou que foi Pierre
Clastres com sua convivência entre vários povos indígenas que teorizou, concluiu que
esses povos tinham como naturalidade agir contra a forma-estado.( Clastres, p. g 7)
Segundo parágrafo: Quando se diz que as sociedade indígenas são naturalmente contra
o Estado, não se afirma aí que existe uma natureza. O que se consta é uma organização
de um povo que é contra a forma-estado. E isso não se vincula a nenhuma ideologia, tudo
se passa pelo desejo de uma tribo .( Clastres, p. g 7)
Terceiro parágrafo: Tânia e Marcio faz uma incitação a esta edição. Tanto o discurso
de Krenak e como as falas de outros pesquisadores mostram-nos o quanto as obras e a
perspectiva de Pierre Clatsres são potentes, são provocadoras. E portanto, essas produções
de Clastres criam diversos afetos em quem se disponibiliza a ler as suas magnificas
escritas.( Clastres, p. g 7, 8)
Quarto parágrafo: A questão examinada por este livro, a saber: “A constituição politica
das sociedades indígenas” despertou e desperta uma multiplicidade de seres. Como por
exemplo, Gilles Deleuze, Ailton Krenak e muitos outros pesquisadores, mas mais do que
isso, despertou o interesse de pessoas que se quer são pesquisadoras. ( Clastres, p. g 8)
Quinto parágrafo: Por mais que a obra de Clastres tenha provocado afecções em
diversos sujeitos, não podemos esquecer que sua trajetória foi solitária. Pois, na época
das experimentações etnográficas de Pierre muitos desprezam seus estudos. As propostas
de Clastres causavam muita irritação em antropólogos tradicionais. ( Clastres, p. g 8)
Sexto parágrafo: Mesmo a obra do autor sendo articulada a antropologia politica , a
filosofia politica e as sociedade amazônicas não podemos reduzir essa multiplicidade de
criação em mera especialidade. Para Tânia e Marcio, Clastres parece ser mais um
intempestivo, isto é, Pierre e as suas obras vieram como um corte, uma irrupção profunda
em tudo que foi produzido anteriormente. ( Clastres, p. g 8, 9)
Sétimo parágrafo: Temos ilustrado nesta estrofe os dados a cerca do livro. Essa obra foi
uma somatória de dez artigos que já tinham sido compostos e o décimo primeiro capítulo
foi uma escrita especial de Clastres para o livro, nesse capitulo o autor intitula o nome
do livro. Clastres tinha apenas 28 anos quando o livro foi publicado ( 1974) pela primeira
vez. O primeiro capitulo apresentou-nos a critica que Pierre faz ao filósofo político, a
saber: Jean William Lapierre, a crítica insere no sentido de desmoronar o argumento que
diz-nos que as sociedade primitivas são sociedades sem Estado, porque, são ausentes de
algo, falta algo. Para Clastres esse argumento é tendencioso, as sociedades primitivas são
sociedades sem o Estado, porque recusam essa forma-estado, porque são contra a forma-
estado. Temos com a perspectiva de Pierre uma irrupção com a tradição política que infere
seu juízo as sociedades primitivas, inferiorizando-as. ( Clastres, p. g 9)
Oitavo Parágrafo: O livro é composto em linhas temática, a ser: Quatro capítulos sobre
organização social, três capítulos sobre linguagem, dois sobre filosofia política e uma
conclusão. O segundo capítulo Troca e poder (...) foi a primeira escrita publicada por
Clastres, nesta primeira aparição já constava o objeto investigativo de Pierre: Em que
condições as sociedades indígenas vivem fora da forma-estado? Ademais, neste capitulo
o autor averigua a chefia das sociedades indígenas, nessas tribos tinha-se um chefe que
era destituído da força coercitiva de um determinado poder. ( Clastres, p. g 9, 10)
Nono parágrafo: Pelo menos quatro capítulos desse livro refere-se as experiências que
Clastres teve com algumas tribos. Dentre essa tribos esta: Guayaki ( 1963,1964), Guarani
( 1965, 1966) e os Chulupi ( 1966, 1968). ( Clastres, p. g 10 ).
Décimo parágrafo: Os capítulos da obra lança-nos a uma construção de uma
antropologia política geral eu tem como perspectiva produzir uma discurso real sobre as
sociedades indígenas ( Clastres, p. g 10 ).
Décimo primeiro: Sabe-se que a área de investigação da antropologia política surge
tardiamente, mais especificamente no século de 1940. Esse campo nasce com os estudos
de alguns pesquisadores acerca das linhagens, descendências de tribos africanas, como
por exemplo os Neur, essas tribo foi averiguada por Evans Pritchard. E estudos sobre a
tribo dos Tallensi que foi pesquisada Meyer Fontes. No entanto, deve-se questionar esse
emergir tardio. Pois, se pegarmos a propostas de Clastres para uma antropologia politica
geral veremos que até os problemas são mais amplos, a saber: 1) Que o poder político, ou
seja , o que é a sociedade? 2) Como se passa do poder não-coercitivo ao poder-coercitivo.
Isto é, o que é a história? ( Clastres, p. g 10, 11 ).
Décimo segundo parágrafo: Tem que se duvidar do nascimento tardio da antropologia
política, porque, o problema cerne de toda a antropologia é um emblema de poder . E este
objeto se exprime pelas investigações de sociedades ditas evoluídas, essas sociedades têm
com organização social a forma Estado, sendo assim, temos nesse âmbito segundo Henry
Maine, sujeitos livres que fizeram um contrato para viver e transferir sua soberania a
formar Estado. Por outro lado, encontramos sociedades primitivas que faltam algo, que
faltam a forma evolutiva que é o Estado, por isso, elas se encontram em um nível inferior.
( Clastres, p. g 11).
Décimo terceiro parágrafo: Temos dois golpes, um que pretendeu tirar das sociedades
primitivas o poder político e por outro lado, uma armadilha que afastou do poder político
a antropologia nascente. Disso segue que a antropologia começou a averiguar as
sociedades primitivas pela ausência de poder, pela falta. Ademais, esta falta foi
articulada pela relação de parentesco, essas sociedades se exercem pela relação de sangue.
E nessa relação de parentesco percebeu-se a exogamia e o totemismo e nisso fez surgir
outro campo de investigação da antropologia, a religião. Mais adiante pela troca e
reciprocidade temos o nascimento da área da economia. E posteriormente, pelas linhagens
segmentares, a antropologia começou a perceber a questão do poder, por consequência
disso veio a emergir, finalmente o campo do poder. Esse foi o caminho percorrido pela
Antropologia. ( Clastres, p. g 11,12 ).
Décimo quarto parágrafo:

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