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 TC  Tórax  -­‐    


-­‐  Lesões  elementares  /  padrões  fundamentais  -­‐  
-­‐  Terminologia  descri7va  -­‐    

Dr.  Mauro  Edelstein  


R3  Gustavo  Jardim  Dalle  Grave  
Abril  2012  
Aprisionamento  aéreo  
a) Inspiração b) Expiração

- Retenção de excesso de ar em todo ou parte do pulmão, especialmente durante a expiração


(ex. obstrução parcial ou completa de vias aéreas)

- Fase expiratória: redução da atenuação do parênquima pulmonar e ausência de redução de


volume / vascularização diminuida.
Padrão  de  atenuação  (perfusão)  em  mosaico  

Aparência em retalho de regiões


com atenuações distintas, que
pode representar enfermidade
obliterativa de pequenas vias
aéreas, afecção vascular oclusiva
(atenuação / perfusão) ou doença
parenquimatosa infiltrativa
(atenuação).  

Obliteração de vias aéreas e afecção vascular oclusiva: focos parenquimatosos de redução


da atenuação, acentuados na fase expiratória: áreas com atenuação diminuída são as anormais,
com vasos pulmonares em número e tamanho menor (vascularização diminuída). Parênquima
poupado pode ter atenuação normal ou aumentada (por causa do redirecionamento do fluxo
sanguíneo).
X
Alteração pulmonar parenquimatosa: opacidade em vidro fosco (áreas de maior atenuação
representam as regiões acometidas, e as zonas hipoatenuantes caracterizam porções de pulmão
preservado / circulação preservada).
Oligoemia  

Redução focal, regional ou


generalizada do volume
sanguíneo pulmonar.

Apresenta-se como uma


diminuição do calibre e do
número de vasos
pulmonares em regiões
específicas ou difusamente,
indicando que o fluxo
sanguíneo é menor que o
habitual  
Opacidade  (atenuação)  em  vidro  fosco  
DEFINIÇÃO:  aumento da
densidade do parênquima
pulmonar em que
permanecem visíveis os
contornos dos vasos e
brônquios no interior da área
acometida por um processo
patológico.

OBS: deve ser distinguida


de “consolidação”, na qual
os vasos não são
identificáveis na área
acometida..  

Este padrão está relacionado a espessamento do interstício, preenchimento parcial de


espaços aéreos, colapso parcial de alvéolos, aumento do volume sanguíneo capilar ou
ainda a uma associação desses mecanismos.
Atelectasia  
DEFINIÇÃO:  
Redução volumétrica do pulmão decorrente de uma menor aeração de uma parte ou de
todo o pulmão.

Manifesta-se como aumento da atenuação do parênquima pulmonar associado à redução


de volume, caracterizado pelo deslocamento das fissuras, das estruturas mediastinais ou
do diafragma e pela aproximação das estruturas broncovasculares envolvidas.

A distribuição pode ser subsegmentar, segmentar, lobar ou todo um pulmão.


ATELECTASIA, segundo a forma:

LAMINAR (Discóide): subsegmentar,


com configuração linear, quase sempre
se estendendo até a pleura, geralmente
horizontal ou oblíqua, com espessura
que pode variar de alguns milímetros a
mais de 1 cm.

REDONDA: forma arredondada ou oval


por aderência do parênquima pulmonar
adjacente à área de espessamento
pleural ( ex. doença pleural relacionada
ao asbesto ou na resolução de
empiema). Opacidade focal
arredondada para a qual convergem
estruturas broncovasculares (sinal da
cauda de cometa) com base pleural
junto à área de espessamento da
pleura. Apresenta realce homogêneo ao
contraste iodado endovenoso.
Banda  parenquimatosa  

Opacidade linear, geralmente periférica, na maioria das vezes em contato com a


superfície pleural, que pode estar espessada e retraída no local de contato. Usualmente
tem espessura de 1-3 mm e se estende por menos de 5 cm. Costuma ter distribuição
horizontal (perpendicular à superfície pleural), mas pode ser oblíqua. Geralmente traduz
fibrose pleuroparenquimatosa.  
Linha  curvilínea  sub-­‐pleural  

 Opacidade curvilínea de 1-3 mm de espessura, de localização subpleural, com


distribuição paralela a sua superfície. É um indicador não específico de
atelectasia, edema, fibrose ou inflamação.  
Opacidade  pendente  

 Opacidade curvilínea de 1-3 mm de espessura, de localização subpleural, com


distribuição paralela a sua superfície. É um indicador não específico de
atelectasia, edema, fibrose ou inflamação.  
Broncocele  

Dilatação brônquica com retenção de


secreções (impacção mucoide), geralmente
causada por obstrução proximal, que pode
ser congênita (ex. atresia brônquica) ou
adquirida.

Apresenta-se como uma imagem tubular ou


ramificada que se assemelha a um dedo de
luva.  
Broncolito  

Pequeno foco de calcificação dentro


da ou adjacente à via aérea, mais
frequentemente no brônquio do lobo
médio, relacionável a linfonodo
peribrônquico calcificado que erode
para o interior do brônquio
adjacente, geralmente secundário a
infecções por Histoplasma ou m.
tuberculosis .

Distalmente, pode existir impacção


de secreções, bronquiectasias ou
atelectasia.
Bronquiectasia  
-­‐  Dilatação  brônquica  irreversível,  focal  ou  difusa.    
-­‐  Cilíndrica,  varicosa  ou  sacular  (císDca).  

-­‐   Decorre   de   infecção   crônica,   obstrução   das   vias  


aéreas   proximais   ou   anormalidades   brônquicas  
congênitas.    

-­‐  Diâmetro  interno  do  brônquio  maior  do  que  o  da  


artéria   pulmonar   adjacente   (sinal   do   anel   de  
sinete);  

-­‐   Perda   do   afilamento   gradual   do   brônquio,  


definido   como   a   manutenção   do   calibre   por   mais  
que  2  cm,  distal  à  bifurcação  (aspecto  em  “trilho  de  
trem”);  

-­‐   IdenDficação   de   via   aérea   a   menos   de   1   cm   da  


superWcie  pleural.    

-­‐   F r e q u e n t e m e n t e   e m   a s s o c i a ç ã o   c o m  
espessamento   das   paredes   brônquicas,   impacção  
mucoide  e  alterações  de  pequenas  vias  aéreas.  
Bronquiolectasia  
-­‐  Dilatação  bronquiolar.    
-­‐  Análoga  às  bronquiectasias,  mas  
em  via  aérea  de  muito  menor  
calibre,  idenDficada  na  periferia  
pulmonar.  

-­‐  Estruturas  arredondadas  ou  


tubulares,  geralmente  na  periferia  
pulmonar,  com  paredes  espessadas  
ou  preenchidas  por  secreção  (árvore  
em  brotamento).    

-­‐  Também  podem  se  associar  a  


outras  opacidades  pulmonares  e  à  
distorção  do  parênquima  em  
situações  de  fibrose.  
Bronquiectasia  e  bronquiolectasia  de  tração  
-­‐   RespecDvamente,   dilatação   brônquica   e   bronquiolar,   causada   pela   retração   do   parênquima   em  
decorrência   de   fibrose,   geralmente   irregulares,   associadas   à   distorção   do   parênquima   e   a   outras  
alterações  pulmonares  como  opacidades  reDculares,  vidro  fosco  e  consolidação.    

-­‐   Aspecto   tubular,   císDco   ou  


microcísDco   (bronquíolos  
na  periferia),  a  depender  da  
relação  do  eixo  da  estrutura  
com   o   corte   da   TC.   Esse  
úlDmo   aspecto   pode   ser  
c o n f u n d i d o   c o m  
faveolamento.  
Cavidade  /  escavação  

- Espaço que contém gás, com ou


sem nível líquido, dentro de um
nódulo, massa ou consolidação
pulmonar.

- Geralmente ocorre pela


eliminação ou pela drenagem da
parte necrótica pela via aérea ou
espaço pleural.

- As paredes costumam ter


contornos irregulares e medir mais
de 1 mm de espessura.  
Bola  fúngica  

Colonização   fúngica   de   cavidades  


pulmonares   preexistentes,   geralmente  
secundárias  à  tuberculose  ou  à  sarcoidose,  
mas   pode   também   ocorrer   dentro   de  
cistos  (por  ex.:  cisto  broncogênico),  bolhas  
e  brônquios  dilatados.    

Geralmente   Aspergillus,   sendo   comum   o  


termo  “aspergiloma”.    

Enovelado   de   hifas   associado   a   muco,  


fibrina  e  restos  celulares.  

Imagem   de   uma   massa,   arredondada   ou  


oval,   com   tendência   a   mover-­‐se   para   uma  
localização   pendente   em   decúbitos  
diferentes.    

Outros  achados  comuns  incluem  a  presença  do  “sinal  do  crescente  aéreo”,  calcificação  amorfa  no  interior  da  
lesão,  aspecto  espongiforme  da  lesão  e  espessamento  pleural  adjacente.  
Massa  

- Lesão expansiva pulmonar,


pleural, mediastinal ou da
parede torácica, com
densidade de partes moles,
de gordura ou óssea, maior
que 3 cm, com contornos
pelo menos parcialmente
definidos, fora de topografia
cissural, independentemente
das características de seus
contornos ou da
heterogeneidade de seu
conteúdo.
Bolha  

Área focal hipodensa com


paredes bem definidas e
lisas que não ultrapassam
1 mm de espessura, com
conteúdo gasoso, mas
pode ocasionalmente ter
nível líquido.

Tipicamente mede 1 cm ou
mais de diâmetro.

Em geral, associa-se a
outros sinais de enfisema
pulmonar e apresenta
localização parasseptal

Bolhas menores que 1 cm, localizadas na pleura visceral ou na região pulmonar subpleural,
são denominadas de blebs na língua inglesa (vesículas). Estas, de localização apical são
frequentemente responsáveis pelo pneumotórax espontâneo primário.  
Enfisema  
- Áreas de baixa atenuação, tipicamente sem paredes visíveis,
correspondendo a aumento permanente do espaço aéreo distal ao bronquíolo
terminal, com destruição das paredes alveolares.

- Classificado de acordo com a região do ácino acometida: proximal (enfisema


centroacinar ou centrolobular), distal (enfisema parasseptal), ou todo o ácino
(enfisema panacinar ou panlobular).
- Bolhoso.
- Intersticial.

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