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CURSO: NUTRIÇÃO

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À ECONOMIA II


DOCENTE: FRANKLIN DIAS COELHO

BIANCA PEREIRA GOMES


TIAGO SANTOS DA SILVA

NITERÓI 2018
Crise Fiscal e Déficit Público na Macroeconomia

Crise Fiscal: Quando o que se recebe dos impostos não dá para atender as
demandas e gastos a serem quitados, dizemos que há uma Crise fiscal, onde a
mesma deverá ser revista.
Déficit Público: É o nome que se dá à relação na qual o valor total das despesas
públicas é maior que valor total das receitas públicas.

 Política Fiscal e Déficit Público: O Crescimento da Participação do Setor


Público na Atividade Econômica
Crescimento da renda per capita - gera um aumento da demanda de bens e serviços
públicos (lazer, educação superior, medicina, etc.);
Maior demanda por rodovias e infraestrutura;
Mudanças Populacionais – Com seu aumento, faz com que o Estado aumente sua
despesa com educação, saúde e etc.

Quando o governo incorre em déficit orçamentário, a poupança pública é negativa


e isso reduz a poupança nacional. Em outras palavras, quando o governo toma
empréstimos para financiar seu déficit, ele reduz o montante de fundos
emprestáveis disponíveis para financiar famílias e empresas.
A lição básica a respeito dos déficits orçamentais é uma decorrência de seus
impactos sobre a oferta e a demanda de fundos emprestáveis: quando o governo
reduz a poupança nacional mediante um déficit orçamentário, a taxa de juros
aumenta e o investimento se reduz. Como o investimento é importante para o
crescimento econômico de longo prazo, o déficit orçamentário do governo reduz a
taxa de crescimento da economia.
Ademais, a evolução das economias mundiais no século XX levou ao
desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio internacional, tornando
mais complexas as relações econômicas adicionando incertezas e especulação.
Portanto, a economia (sistema de mercado) não tinha mais condições de regular-se
automaticamente, ou seja, sem a atuação econômica do Setor Público. Ex.: O crack
da Bolsa de Nova York, em 1929. E com isso, mostram-se:
 Funções Econômicas do Setor Público:
- Função Alocativa
- Função Distributiva
- Função Estabilizadora

Função Alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e serviços


não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado (chamados bens públicos).
Bens públicos são bens de uso coletivo. Característica: impossibilidade de excluir
determinados indivíduos de seu consumo, uma vez delimitado o volume à
disposição do público. Ex.: meteorologia, defesa nacional e serviços de despoluição.
A Função Distributiva depende da distribuição de renda que dependerá da
produtividade de cada indivíduo no mercado de fatores de produção e também da
influência das diferentes dotações iniciais de patrimônio. A atuação do Governo
como agente redistribuidor se dá através de: Tributação progressiva, subsídios para
consumidores de baixa renda, gastos públicos para áreas mais pobres.
Já a Função Estabilizadora está relacionada com a intervenção do Estado na
economia, para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego, já que o
pleno emprego e a estabilidade de preços não ocorrem de maneira automática na
economia.

Conforme aponta Nicholas Gregory Mankiw (2004), as falhas de mercado podem ser
causadas pelo menos por dois fatores: externalidades e concentração de poder
econômico. A externalidade é o impacto das ações de alguém sobre o bem-estar
dos que estão em sua volta. Existem externalidades “negativas”, como a poluição, e
outras “positivas”, como uma descoberta científica por algum pesquisador. Com
relação às negativas, o governo pode combater para diminuir os males à sociedade
(um dos exemplos mais atuais seriam as questões ambientais e algumas medidas
tomadas em relação ao desenvolvimento sustentável). Com relação às positivas, o
Estado pode estimulá-las para que seus resultados alcancem cada vez mais
indivíduos (exemplo disso está no estímulo ao biodiesel, à exploração do pré-sal, da
criação de remédios genéricos, entre outros).
Já no tocante à concentração de poder econômico, é preciso que se diga que este
último se trata da capacidade que um indivíduo ou um grupo tem de influenciar
indevidamente os preços de mercado, contribuindo para a criação de monopólios.
Assim, o Estado poderá regular o preço para que não haja abuso, e, dessa forma,
haverá uma maior eficiência econômica (um bom exemplo são as concessionárias de
energia elétrica, as quais cada uma em determinada região exerce uma espécie de
monopólio).
Assim, o que se observa é que a “mão invisível” é incapaz de garantir a equidade na
prosperidade econômica. Devido a isso a importância das políticas públicas para
tentar diminuir as diferenças.
 Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária – Princípios de
Tributação
- Princípio da Neutralidade: quando os tributos não alterarem os preços relativos,
minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado.
- Princípio da Equidade: distribuição de maneira justa do ônus entre os indivíduos.
Pode ser dividida em dois tipos:
- Princípio do Benefício: o indivíduo pagaria o tributo para igualar o preço do serviço
recebido ao benefício marginal que ele recebe.
Problemas: Identificação do benefício que cada um atribui a diferentes quantidades
do bem ou serviço público; as pessoas não teriam motivo para revelarem suas
preferências (poderia aumentar sua contribuição), já que o bem é público.

Para Mankiw, os efeitos de um imposto:


Um imposto sobre um bem introduz uma cunha entre o preço que os compradores
pagam e o preço que os vendedores recebem. A quantidade vendida do bem
diminui. Um imposto sobre um bem reduz o bem-estar dos seus compradores e
vendedores e a redução dos excedentes do consumidor e produtor costuma ser
maior que a receita arrecadada pelo governo. A queda do excedente do produtor e
da receita tributária é chamada de peso morto do imposto.
Os impostos impõem um peso morto porque fazem com que os compradores
consumam menos e os vendedores produzam menos e essa mudança de
comportamento reduz o mercado, colocando-o um nível abaixo daquele que
maximiza o excedente total. Como as elasticidades da oferta e demanda medem o
quanto os participantes do mercado respondem às condições deste, altas
elasticidades implicam maior peso morto.
Com o crescimento das alíquotas, os incentivos se tornam cada vez mais distorcidos
e o peso morto, cada vez maior. A receita tributária primeiro aumenta com o
tamanho da alíquota. A partir de um determinado momento, contudo, um aumento
das alíquotas passa a reduzir a receita tributária porque reduz o tamanho do
mercado.
Política Fiscal e Déficit Público: Estrutura Tributária – Princípios de Tributação
Princípio de equidade: significa que os recursos advindos de uma riqueza estão
sendo distribuidos com justiça entre os membros da sociedade. Há um dicotomia
entre Eficiência e Equidade, A grosso modo, efciência se refere ao tamnho do
‘’bolo’’ econômico e equidade, à maneira com que esse bolo é dividido. Muitas
vezes quando se estão sendo formuladas as políticas de governo, esses dois
objetivos entream em conflito.
Princípios da capacidade de pagamento: Esse princípio leva a duas noções de
equidade.
Equidade Vertical e Equidade Horizontal. A primeira é a ideia de que os
contribuintes com maior capacidade de pagar deveriam pagar maiores montantes
de impostos. Ou seja, o valor pago tem que ser proporcional a sua condição
financeira. Da mesma forma, a equidade Horizontal, é a ideia de que os
contribuintes com capacidades de pagar semelhantes deveriam pagar montantes
semelhantes. Por exemplo, duas famílias com o mesmo número de dependentes e a
mesma renda, vivendo em diferentes regiões do país deveriam pagar o mesmo
montante de impostos federais.
Outro fator importante são os Efeitos de Poíticas Tributárias sobre a Atividade
Econômica.
Um dos objetivos do sistema tributário é não ter impactos negativos sobre a
eficiência econômica.
Os impostos podem ser usados de diferentes maneiras. Por exemplo, para correção
de ineficiências do setor privado. Eles estão divididos em algumas categorias como:
 Diretos: São aqueles que incidem diretamente sobre as pessoas. Assim sendo, os
impostos diretos oneram a renda e riqueza, refletindo em grande medida a
capacidade econômica do contribuinte.
 Indiretos: São aqueles que recaem sobre atividades e objetos. Estes, incidem
sobre a produção, consumo , vendas e posse de bens e mercadorias.
 Ad Valorem: É um tributo baseado em um percentual sobre o valor de um bem
móvel ou imóvel .
Estrutura tributária.
Podem ser progressiva ou Regressiva.
Quando a alíquita/taxa cobrada aumenta, quando a renda do contribuinte
aumenta é chamada de progressiva. Quando a renda do contribuinte dimunui, a
tributação será em proporção a sua renda, é chamada de regressiva.
Poupança do Governo ≠ Endividamento.
O déficit público em seu conceito mais simplificado deve ser entendido
como a diferença entre o investimento público e a pouoança do governo em
conta corrente.
Conceitos de Déficit Público e Formas de Financiamento
Esse déficit pode ser nominal: Essa medida indica o fluxo líquido de novos
financiamentos, obtidos ao longo de 1 ano pelo Setor Público não financeiro
em suas varias esferas : União, Governos, Estaduais e Municipais, Empresas
Estaduais e Previdência Social .
Deficit Operacional ou Necessidade de Financiamento do Setor Publico, é
medido pelo déficit primário acrescido de juros reais da divida passada.
Déficit Primário ou Fiscal, é medido pelo déficit total, é a diferença entre os
gastos publico e a arrecadação tributaria no exercício independente de juros e
correção.
Deficit de Caixa, omite as parcelas do financiamento do setor publico externo e
do resto do sistema bancário, é a parcela do déficit publico que é financiada pelo
BC, é o conceito de menor utilidade para efeito de avaliação da política
econômica.
Financiamento do Déficit.
Além das medidas tradicionais de política fiscal, aumento de impostos, corte de
gastos, o governo pode financiar seus déficit por meio de recursos extras fiscais.
Há duas fontes de recursos:
1) emitir moeda- o Tesouro Nacional, a União pede emprestado ao BC, este cria
moeda para financiar a divida do tesouro;
2) vender títulos da divida publica ao setor (interno e externo), o governo troca
títulos, ativos financeiros não monetários, por moeda já em circulação.

REFERÊNCIAS

MARKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: princípios de micro e macroeconomia.2 ed.-Rio de


Janeiro:Elsevier, 2001

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