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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepção
e execução da lei orçamentária.
Princípio da legalidade
Refere-se às limitações ao poder de tributar do Estado, visando a combater arbitrariedades.
Desse modo, todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são encaminhadas pelo Poder
Executivo para discussão e aprovação pelo Poder Legislativo.
Princípio da anualidade/periodicidade
O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro.
Princípio da unidade/totalidade
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um orçamento para um exercício
financeiro, com todas as receitas e despesas.
Princípio da universalidade
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
Princípio da exclusividade/pureza
A lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das
despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito,
inclusive ARO.
Princípio da publicidade
Zela pela garantia da transparência e total acesso a qualquer interessado às informações
necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos
contribuintes.
Princípio do equilíbrio
Visa a assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas.
Princípio do orçamento bruto
Estabelece que todas as receitas e despesas devem constar do orçamento em seus valores
brutos, sem qualquer tipo de dedução, de forma a permitir efetivo controle financeiro do
orçamento e universalidade.
Princípio da programação
Dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação.
Princípio da clareza
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, embora diga
respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento
eficiente de governo e administração.
De acordo com o que dispõe o artigo 165, § 1º, da Constituição Federal, a lei que instituir o
plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
... de forma regionalizada: o planejamento da aplicação de recursos públicos para
diminuir as desigualdades entre as regiões brasileiras.
D..................diretrizes
O..................objetivos
M..................metas
... as diretrizes: princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a
alcançar os objetivos.
... objetivos: discriminação dos resultados que se quer alcançar com a execução de
ações governamentais.
... outras delas decorrentes: despesas que ocorrem em decorrência das despesas de
capital, tais como despesas de manutenção.
MANDATO 1º ANO
CHEFE DO DO
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO MANDATO
PODER
EXECUTIVO SEGUINTE
4º ANO
VIGÊNCIA DO
PPA 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO
DO PPA
ANTERIOR
Programa
Deve ser elaborada em harmonia com o PPA e orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual
- LOA.
M..................metas
P...................prioridades
... metas: quantificação, física ou financeira, dos objetivos.
... prioridades: são os programas e ações constantes do Anexo I da LDO, os quais terão
precedência na alocação dos recursos no projeto e na Lei Orçamentária Anual e na sua
execução, não se constituindo, todavia, em limite à programação da despesa.
... as despesas de capital: despesas realizadas com o propósito de formar e/ou
adquirir um bem de capital. Abrangem, entre outras ações, o planejamento e a execução
de obras, a compra de instalações, equipamentos, material permanente.
a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público
(art. 165, § 5º, inciso I, da CF/88);
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
- o orçamento fiscal;
- o orçamento de investimento; e
Os orçamentos fiscal e de investimento, compatibilizados com o PPA, têm entre suas funções a
redução das desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Não é incluída
nessa proibição de autorização de abertura de créditos suplementares e operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita (ARO).
ORÇAMENTO-PROGRAMA
2 - Créditos Especiais = destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
São abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder
Legislativo (Lei nº 4.320/64).
Na União, são abertos por medida provisória, devendo submetê-la de imediato ao Congresso
Nacional (art. 167, §3º, c/c (combinado com) art. 62 da CF/88).
Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários, se o ato
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.
RECEITA PÚBLICA
1. Natureza da Receita
1. Receitas Correntes
2. Receitas de Capital
1.2. Origem
Receitas Correntes
Receitas de Capital
1. Operações de Crédito
2. Alienação de Bens OPERA
3. Amortização de Empréstimos ALI
4. Transferências de Capital AMOR
5. Outras Receitas de Capital
1.3. Espécie
A espécie constitui um maior detalhamento da origem.
1.4. Rubrica
A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior precisão, especificando a origem dos
recursos financeiros.
1.5. Alínea
A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro
pela entrada de recursos financeiros.
1.6. Subalínea
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela
entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea.
2. Dívida Ativa
A Dívida Ativa constitui-se em um conjunto de direitos ou créditos de várias naturezas, em favor
da Fazenda Pública, com prazos estabelecidos na legislação pertinente, vencidos e não pagos
pelos devedores, por meio de órgão ou unidade específica instituída para fins de cobrança na
forma da lei.
Assim, como regra geral, no caso da União, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN
é responsável pela apuração da liquidez e certeza dos créditos da União, tributários ou não, a
serem inscritos em Dívida Ativa, e pela representação legal da União.
A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova
pré-constituída contra o devedor.
Ocorre a certeza do crédito quando não há controvérsia sobre sua existência; e a liquidez,
quando é determinada a importância da prestação (quantum).
DESPESA PÚBLICA
1.1. Programação Qualitativa
A programação financeira define o que adquirir, com quais recursos, de acordo com a tabela a
seguir:
2. Componentes da Programação Qualitativa – Programa de Trabalho
A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal (F), da seguridade
social (S) ou de investimento das empresas estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165
da Constituição:
• o orçamento fiscal;
• o orçamento de investimento; e
2.3.1. Função
A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função,
que pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor
público. A função está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura,
educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios.
2.3.2. Subfunção
A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível
de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação
governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e
identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções.
Na base do SIDOR, existem dois campos correspondentes à classificação funcional, quais sejam:
3. Estrutura Programática
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de quatro anos.
3.1. Programa
3.2. Ação
Os programas são compostos de ações, que, conforme suas características, podem ser
classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.
Atividade
Projeto
Operação Especial
Na base do SIDOR o campo que se refere à natureza de despesa contém um código composto
por seis algarismos:
3.x.yy.zz
4.x.yy.zz
w.x.30.zz
w.x.90.zz
Modalidades de Empenho
2) Empenho estimativo: é utilizado nos casos cujo montante da despesa não se possa
determinar, podendo o pagamento ser efetuado uma única vez ou parceladamente. Por essa
razão, estima-se um valor e se estabelece um cronograma de pagamento. Os empenhos
estimativos normalmente são aqueles utilizados para despesas tais como: energia elétrica,
telefonia, água, imprensa oficial e outras para as quais não se possa definir o valor exato da
fatura.
PAGAMENTO PAGAMENTO
SUPRIMENTO DE FUNDOS
Limite de concessão
outro servidor que possa sê-lo; Ao servidor declarado em alcance. Significa o servidor que
não prestou contas no prazo legal ou que teve suas contas recusadasou impugnadas em
RESTOS A PAGAR
Os restos a pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que compõem a dívida
flutuante e podem ser caracterizados como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia
31 de dezembro de cada exercício financeiro.
Restos a Pagar Não-Processados são as despesas legalmente empenhadas que não foram
liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro do mesmo exercício, ou seja, verifica que não
ocorreu o recebimento de bens e serviços no exercício de emissão do empenho.
A criação de uma conta única teve o seu início com o advento da Lei nº 4.320/64, em seu artigo
56.
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio da unidade de tesouraria,
vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Conta mantida pelo Tesouro Nacional no Banco Central do Brasil e movimentada com concurso do Banco do
Brasil ou por agentes financeiros credenciados. Tem por finalidade centralizar todas as disponibilidades de
caixa da União que se achem à disposição das unidades gestoras do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI).