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R ESUMÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Princípios orçamentários são premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepção
e execução da lei orçamentária.
Princípio da legalidade
Refere-se às limitações ao poder de tributar do Estado, visando a combater arbitrariedades.
Desse modo, todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são encaminhadas pelo Poder
Executivo para discussão e aprovação pelo Poder Legislativo.

Princípio da anualidade/periodicidade
O orçamento deve ter vigência limitada a um exercício financeiro.

Princípio da unidade/totalidade
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve haver somente um orçamento para um exercício
financeiro, com todas as receitas e despesas.

Princípio da universalidade
O orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.

Princípio da exclusividade/pureza
A lei orçamentária não poderá conter matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das
despesas. Exceção se dá para as autorizações de créditos suplementares e operações de crédito,
inclusive ARO.

Princípio da especificação/especialização/discriminação Veda as autorizações de


despesas globais. As receitas e despesas devem ser discriminadas, demonstrando a origem e a
aplicação dos recursos. As exceções a esse princípio orçamentário são os programas especiais
de trabalho e a reserva de contingência (art. 5º, III da LRF).

Princípio da publicidade
Zela pela garantia da transparência e total acesso a qualquer interessado às informações
necessárias ao exercício da fiscalização sobre a utilização dos recursos arrecadados dos
contribuintes.

Princípio do equilíbrio
Visa a assegurar que as despesas não serão superiores à previsão das receitas.
Princípio do orçamento bruto
Estabelece que todas as receitas e despesas devem constar do orçamento em seus valores
brutos, sem qualquer tipo de dedução, de forma a permitir efetivo controle financeiro do
orçamento e universalidade.

Princípio da não-afetação (não-vinculação) das receitas Dispõe que nenhuma receita


poderá ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. Existem
exceções!

Princípio da programação
Dispõe que o orçamento deve ter o conteúdo e a forma de programação.
Princípio da clareza
Dispõe que o orçamento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa, embora diga
respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um instrumento
eficiente de governo e administração.

CICLO ORÇAMENTÁRIO NO BRASIL


O processo de elaboração do orçamento público no Brasil obedece a um “ciclo” integrado ao
planejamento de ações, que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, compreende o
Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual - LOA.

Ciclo orçamentário = processo orçamentário É um processo


contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora, aprova,
executa, controla e avalia a pro gramação de gastos do setor público
nos aspectos físico e financeiro. Corresponde ao período de tempo em
que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde
sua concepção até a apreciação final.

PLANO PLURIANUAL – PPA

O Plano Plurianual – PPA é o instrumento de planejamento estratégico das ações do Governo


para um período de 4 anos.

De acordo com o que dispõe o artigo 165, § 1º, da Constituição Federal, a lei que instituir o
plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
... de forma regionalizada: o planejamento da aplicação de recursos públicos para
diminuir as desigualdades entre as regiões brasileiras.

D..................diretrizes
O..................objetivos
M..................metas

... as diretrizes: princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a
alcançar os objetivos.

... objetivos: discriminação dos resultados que se quer alcançar com a execução de
ações governamentais.

... metas: quantificação, física ou financeira, dos objetivos.

... as despesas de capital: despesas realizadas com o propósito de formar e/ou


adquirir um bem de capital. Abrangem, entre outras ações, o planejamento e a execução
de obras, a compra de instalações, equipamentos, material permanente.

... outras delas decorrentes: despesas que ocorrem em decorrência das despesas de
capital, tais como despesas de manutenção.

... as relativas aos programas de duração continuada: despesa vinculadas a


programas com duração superior a um exercício financeiro.

MANDATO 1º ANO
CHEFE DO DO
1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO MANDATO
PODER
EXECUTIVO SEGUINTE

4º ANO
VIGÊNCIA DO
PPA 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO
DO PPA
ANTERIOR

A não-coincidência entre a duração do PPA e o mandato do chefe do Poder Executivo ocorre


para que não haja descontinuidade de programas governamentais na transição de um governo
a outro.

Programa

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto


de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,
mensurado por indicadores instituídos no plano, visando a solução de um problema ou o
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Os Programas são classificados em quatro tipos:

i) Programas Finalísticos: dos quais resultam bens ou serviços ofertados diretamente


à sociedade;
ii) Programas de Serviços ao Estado: dos quais resultam bens ou serviços ofertados
diretamente ao Estado, por instituições criadas para este fim específico;
iii) Programas de Gestão de Políticas Públicas: aqueles destinados ao planejamento
e à formulação de políticas setoriais, à coordenação, à avaliação e ao controle dos
demais programas sob a responsabilidade de determinado órgão; haverá um programa
de Gestão de Políticas Públicas em cada órgão; e
iv) Programas de Apoio Administrativo: aqueles que contemplam as despesas de
natureza tipicamente administrativa, as quais, embora contribuam para a consecução
dos objetivos dos outros programas, neles não foram passíveis de apropriação.

O programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO


A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO é instrumento de planejamento de curto prazo e tem
como funções básicas:

• estabelecer as metas e prioridades da Administração Pública federal para o exercício


financeiro seguinte;
• orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual - LOA;
• alteração da legislação tributária; e
• estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Deve ser elaborada em harmonia com o PPA e orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual
- LOA.

Estabelece as metas e prioridades da Administração, incluindo as despesas


de capital, para o exercício financeiro subseqüente.

M..................metas
P...................prioridades
... metas: quantificação, física ou financeira, dos objetivos.

... prioridades: são os programas e ações constantes do Anexo I da LDO, os quais terão
precedência na alocação dos recursos no projeto e na Lei Orçamentária Anual e na sua
execução, não se constituindo, todavia, em limite à programação da despesa.
... as despesas de capital: despesas realizadas com o propósito de formar e/ou
adquirir um bem de capital. Abrangem, entre outras ações, o planejamento e a execução
de obras, a compra de instalações, equipamentos, material permanente.

... para o exercício financeiro subseqüente: o exercício financeiro compreende 1º de


janeiro a 31 de dezembro.

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA

A Lei Orçamentária Anual - LOA discriminará os recursos orçamentários e financeiros para o


atingimento das metas e prioridades estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO
e compreenderá:

a) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público
(art. 165, § 5º, inciso I, da CF/88);

b) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,


detenha a maioria do capital social com direito a voto (art. 165, § 5º, inciso II, da CF/88); e

c) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo poder público (art. 165, § 5º, inciso III, da CF/88).

A LOA deverá estar compatível com o PPA e a LDO.

O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira, tributária e creditícia.

Os orçamentos fiscal e de investimento, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre


suas funções a de reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional.

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Deverá estar compatível com o PPA e a LDO.


Discriminará os recursos orçamentários e financeiros para o atingimento das metas e prioridades
da LDO e compreenderá:

- o orçamento fiscal;

- o orçamento de investimento; e

- o orçamento da seguridade social.

Os orçamentos fiscal e de investimento, compatibilizados com o PPA, têm entre suas funções a
redução das desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa. Não é incluída
nessa proibição de autorização de abertura de créditos suplementares e operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita (ARO).

PRAZOS PARA ENCAMINHAMENTO

ORÇAMENTO-PROGRAMA

Orçamento-programa é um instrumento de planejamento da ação do governo, por meio da


identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de
objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados. O
programa é o módulo comum integrador entre o plano e o orçamento.
CRÉDITOS ADICIONAIS

1 - Créditos Suplementares = destinados a reforço de dotação orçamentária.

São autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Dependem da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de


exposição justificativa.

2 - Créditos Especiais = destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.

São autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

Dependem da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de


exposição justificativa.

3 - Créditos Extraordinários = destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de


guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

São abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará imediato conhecimento ao Poder
Legislativo (Lei nº 4.320/64).

Na União, são abertos por medida provisória, devendo submetê-la de imediato ao Congresso
Nacional (art. 167, §3º, c/c (combinado com) art. 62 da CF/88).

Os créditos extraordinários não dependem da existência de recursos disponíveis para ocorrer a


despesa, tampouco fase de autorização ao Legislativo.

Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem abertos,
salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e extraordinários, se o ato
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.

RECEITA PÚBLICA
1. Natureza da Receita

1.1. Categoria Econômica da Receita

1. Receitas Correntes
2. Receitas de Capital

1.2. Origem

Receitas Correntes

1. Receita Tributária TRIBUTA


2. Receita de Contribuições CON
3. Receita Patrimonial P
4. Receita Agropecuária A
5. Receita Industrial I
6. Receita de Serviços S
7. Transferências Correntes
9. Outras Receitas Correntes

Transferências Correntes/de Capital

Outras Receitas Correntes/de Capital

Receitas de Capital

1. Operações de Crédito
2. Alienação de Bens OPERA
3. Amortização de Empréstimos ALI
4. Transferências de Capital AMOR
5. Outras Receitas de Capital

1.3. Espécie
A espécie constitui um maior detalhamento da origem.
1.4. Rubrica
A rubrica é o nível que detalha a espécie com maior precisão, especificando a origem dos
recursos financeiros.

1.5. Alínea
A alínea é o nível que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro
pela entrada de recursos financeiros.

1.6. Subalínea
A subalínea constitui o nível mais analítico da receita, o qual recebe o registro de valor, pela
entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alínea.

2. Dívida Ativa
A Dívida Ativa constitui-se em um conjunto de direitos ou créditos de várias naturezas, em favor
da Fazenda Pública, com prazos estabelecidos na legislação pertinente, vencidos e não pagos
pelos devedores, por meio de órgão ou unidade específica instituída para fins de cobrança na
forma da lei.

Assim, como regra geral, no caso da União, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional – PGFN
é responsável pela apuração da liquidez e certeza dos créditos da União, tributários ou não, a
serem inscritos em Dívida Ativa, e pela representação legal da União.

A Dívida Ativa inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, e tem equivalência de prova
pré-constituída contra o devedor.

Ocorre a certeza do crédito quando não há controvérsia sobre sua existência; e a liquidez,
quando é determinada a importância da prestação (quantum).

DESPESA PÚBLICA
1.1. Programação Qualitativa

Classificação por Esfera, Classificação Institucional, Classificação Funcional e Estrutura


Programática:
1.2. Programação Quantitativa

A programação física define quanto se pretende desenvolver do produto, conforme a tabela a


seguir:

A programação financeira define o que adquirir, com quais recursos, de acordo com a tabela a
seguir:
2. Componentes da Programação Qualitativa – Programa de Trabalho

2.1. Classificação por Esfera Orçamentária

A esfera orçamentária tem por finalidade identificar se o orçamento é fiscal (F), da seguridade
social (S) ou de investimento das empresas estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165
da Constituição:

• o orçamento fiscal;

• o orçamento de investimento; e

• o orçamento da seguridade social.

2.2. Classificação Institucional

A classificação institucional reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental e


está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros
reservados à identificação do órgão e os demais à unidade orçamentária.

1º / 2º dígitos: identificam o órgão orçamentário; e 3º / 4º / 5º dígitos:


identificam a unidade orçamentária.

2.3. Classificação Funcional da Despesa

A classificação funcional, por funções e subfunções, busca responder basicamente à indagação


“em que” área de ação governamental a despesa será realizada. Trata-se de uma classificação
independente dos programas, e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios,
dos Estados, do Distrito Federal e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos
do setor público.

2.3.1. Função

A classificação funcional é representada por cinco dígitos. Os dois primeiros referem-se à função,
que pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor
público. A função está relacionada com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura,
educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos Ministérios.

2.3.2. Subfunção

A subfunção, indicada pelos três últimos dígitos da classificação funcional, representa um nível
de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar cada área da atuação
governamental, por intermédio da agregação de determinado subconjunto de despesas e
identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das funções.

Na base do SIDOR, existem dois campos correspondentes à classificação funcional, quais sejam:

3. Estrutura Programática

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual – PPA, que é de quatro anos.
3.1. Programa

O programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto


de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido,
mensurado por indicadores instituídos no plano, visando a solução de um problema ou o
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.

3.2. Ação

Os programas são compostos de ações, que, conforme suas características, podem ser
classificadas como atividades, projetos ou operações especiais.

Atividade

É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa,


envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das
quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.

Projeto

É um instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa,


envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto
que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de Governo. Exemplo:
“Implantação da rede nacional de bancos de leite humano”.

Operação Especial

Enquadram-se nessa classificação as despesas que não contribuem para a manutenção, a


expansão ou o aperfeiçoamento das ações de Governo, das quais não resulta um
produto e não gera contra prestação direta em bens ou serviços.

4.2.1. Natureza de Despesa


A classificação por natureza de despesa informa a categoria econômica, o grupo a que pertence,
a modalidade de aplicação e o elemento.

Na base do SIDOR o campo que se refere à natureza de despesa contém um código composto
por seis algarismos:

1º dígito: categoria econômica da despesa;


2º dígito: grupo de natureza de despesa; e 3º /4º dígitos:
modalidade de aplicação; e 5º /6º dígitos: elemento de
despesa.

4.2.1.1. Categoria Econômica da Despesa


A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os
seguintes códigos:
(3) - Despesas Correntes: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital;

3.x.yy.zz

(4)- Despesas de Capital: classificam-se nessa categoria aquelas despesas que


contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

4.x.yy.zz

4.2.1.2. Grupo de Natureza da Despesa


É um agregador de elementos de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de
gasto, conforme discriminado a seguir:

1 - Pessoal e Encargos Sociais; w.1.yy.zz


2 - Juros e Encargos da Dívida;
3 - Outras Despesas Correntes;
4 - Investimentos; w.3.yy.zz
5 - Inversões Financeiras; 6 - w.4.yy.zz Amortização da
Dívida; e
w.5.yy.zz
9 - Reserva de Contingência.

4.2.1.3. Modalidade de Aplicação


A modalidade de aplicação destina-se a indicar se os recursos serão aplicados mediante
transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outras
esferas de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem
fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito
orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.

w.x.30.zz

w.x.90.zz

4.2.1.4. Elemento de Despesa


Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas,
juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma,
subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios,
amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins.

w.x.yy.01 w.x.yy.14 w.x.yy.30 w.x.yy.52 w.x.yy.61


ESTÁGIOS DA DESPESA
Estágios da despesa são etapas que devem ser observadas na realização da despesa pública.
São estágios da despesa pública o empenho, a liquidação e o pagamento.

O empenho é o primeiro estágio da despesa pública. É ato emanado de autoridade competente


que cria, para o Estado, obrigação de pagamento pendente, ou não, de implemento de condição.
É a garantia de que existe o crédito necessário para a liquidação de um compromisso assumido.
O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos. É vedada a
realização de despesa sem prévio empenho.

Modalidades de Empenho

1) Empenho ordinário: é o correspondente à despesa com montante perfeitamente conhecido,


cujo pagamento deva ser efetuado de uma só vez, após sua regular liquidação.

2) Empenho estimativo: é utilizado nos casos cujo montante da despesa não se possa
determinar, podendo o pagamento ser efetuado uma única vez ou parceladamente. Por essa
razão, estima-se um valor e se estabelece um cronograma de pagamento. Os empenhos
estimativos normalmente são aqueles utilizados para despesas tais como: energia elétrica,
telefonia, água, imprensa oficial e outras para as quais não se possa definir o valor exato da
fatura.

3) Empenho global: é o utilizado para atender despesas contratuais e outras, sujeitas a


parcelamento, cujo valor exato possa ser determinado. Exemplos: aluguéis, prestação de
serviços por terceiros etc.

A diferença entre o empenho estimativo e o global é que o estimativo permite o reforço já o


global não, tendo em vista que no empenho global já se sabe o valor total da despesa enquanto
que no estimativo não.

A liquidação é o segundo estágio da despesa pública. É o procedimento realizado sob a


supervisão e responsabilidade do ordenador de despesas para verificar o direito adquirido pelo
credor, ou seja, que a despesa foi regularmente empenhada e que a entrega do bem ou serviço
foi realizada de maneira satisfatória, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios
da despesa. Essa verificação tem por fim apurar: a) a origem e o objeto do que se deve pagar;
b) a importância exata a pagar; e c) a quem se deve pagar a importância, para extinguir a
obrigação.

O pagamento é o último estágio da despesa pública. É quando se efetiva o pagamento ao ente


responsável pela prestação do serviço ou fornecimento do bem, recebendo a devida quitação.
Caracteriza-se pela emissão do cheque ou ordem bancária em favor do credor, facultado o
emprego de suprimento de fundos, em casos excepcionais. O pagamento da despesa só será
efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
CRIA OBRIGAÇÃO EMPENHO

RECONHECIMENTO DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO LIQUIDAÇÃO

PAGAMENTO PAGAMENTO

SUPRIMENTO DE FUNDOS

O regime de adiantamento, suprimento de fundos, é aplicável aos casos


de despesas expressamente definidas em lei com a finalidade de realizar
despesas que pela excepcionalidade, a critério do Ordenador de Despesa
e sob sua inteira responsabilidade, não possam subordinar-se ao processo
normal de aplicação, nos seguintes casos:

• para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e com


serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie;
• quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se
classificar em regulamento; e
para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo
valor, em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do
Ministro da Fazenda.
Limite máximo para concessão de SF
CARTÃO DE PAGAMENTO CONTA-CORRENTE

Limite de concessão

Obras e serviços de engenharia R$ 15.000,00 R$ 7.500,00


Compras e serviços R$ 8.000,00 R$ 4.000,00
Limite de despesa por NF
Obras e serviços de engenharia R$ 1.500,00 R$ 375,00
Compras e serviços R$ 800,00 R$ 200,00

É vedado o fracionamento de despesa ou do documento comprobatório,


para adequação dos valores constantes dos limites máximos para realização
de despesa de pequeno vulto em cada NOTA FISCAL/FATURA/RECIBO/CUPOM
FISCAL.

O valor do Suprimento de Fundos inclui os valores referentes às Obrigações


Tributárias e de Contribuições, não podendo em hipótese alguma ultrapassar
os limites estabelecidos quando se tratar de despesas de pequeno vulto.

Excepcionalmente, a critério da autoridade de nível ministerial, desde que


caracterizada a necessidade em despacho fundamentado, poderão se r
concedidos suprimentos de fundos em valores superiores aos fixados como
limites máximos.

A concessão de suprimento de fundos deverá respeitar os estágios


da despesa pública: empenho, liquidação e pagamento .

É vedada a aquisição de material permanente por suprimento de


fundos.

Ao servidor responsável por dois suprimentos é vedada a concessão de SF;


O servidor que tenha a seu cargo a guarda ou utilização do material a adquirir, como, por
exemplo, o responsável pelo almoxarifado, não poderá ser suprido, salvo quando não houver

outro servidor que possa sê-lo; Ao servidor declarado em alcance. Significa o servidor que
não prestou contas no prazo legal ou que teve suas contas recusadasou impugnadas em

virtude de prática de ato ilegal.

RESTOS A PAGAR
Os restos a pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que compõem a dívida
flutuante e podem ser caracterizados como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia
31 de dezembro de cada exercício financeiro.

Os Restos a Pagar distinguem-se em Processados e Não-Processados

Restos a Pagar Processados são as despesas legalmente empenhadas cujo objeto do


empenho já foi recebido, ou seja, aquelas cujo segundo estágio da despesa (liquidação) já
ocorreu, caracterizando-se como os compromisso do Poder Público de efetuar os pagamento
aos fornecedores.

Restos a Pagar Não-Processados são as despesas legalmente empenhadas que não foram
liquidadas e nem pagas até 31 de dezembro do mesmo exercício, ou seja, verifica que não
ocorreu o recebimento de bens e serviços no exercício de emissão do empenho.

DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA)

São as despesas relativas a exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo


consignava crédito próprio, com dotação suficiente para atendê-las, mas que não se tenham
processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os
compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente. Poderão ser
pagos, à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por elemento,
obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.

CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL

A criação de uma conta única teve o seu início com o advento da Lei nº 4.320/64, em seu artigo
56.

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio da unidade de tesouraria,
vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Conta mantida pelo Tesouro Nacional no Banco Central do Brasil e movimentada com concurso do Banco do
Brasil ou por agentes financeiros credenciados. Tem por finalidade centralizar todas as disponibilidades de
caixa da União que se achem à disposição das unidades gestoras do Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI).

LICITAÇÕES: MODALIDADE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE

Licitação DISPENSADA: a lei desobriga expressamente a


Administração do dever de licitar.

Licitação porém a lei determina quais as


hipóteses.
• DISPENSÁVEL: embora possível, não é obrigatória,

INEXIGIBILIDADE de licitação: é impossível pela inviabilidade


de competição.

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