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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

PROJETO 2

DIMENSIONAMENTO DE PRENSA MOTORIZADA PARA


COMPACTAR LATINHAS DE ALUMÍNIO

ABNER WESLEY GOMES DOS SANTOS


LUÍZA BOTTI RODRIGUES FERNANDES
RAFAEL DA SILVA VIANA MENEZES

São Cristóvão / SE
2017.1
ABNER WESLEY GOMES DOS SANTOS
LUÍZA BOTTI RODRIGUES FERNANDES
RAFAEL DA SILVA VIANA MENEZES

PROJETO 2

DIMENSIONAMENTO DE PRENSA MOTORIZADA PARA


COMPACTAR LATINHAS DE ALUMÍNIO

Projeto apresentado à Universidade Federal de


Sergipe, Centro de Ciências Exatas e Tecnologia,
Departamento de Engenharia Mecânica,
equivalente a disciplina Elementos de Máquinas I
(ENMEC0112), turma 01. Ministrada pelo
professor Dr. André Luiz de Moraes Costa.

São Cristóvão / SE
2017.1
2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 5
2.1. OBJETIVOS GERAIS ...................................................................................................................................... 5
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................................................. 5
3. ESCOLHA DAS RESTRIÇÕES ............................................................................................................................ 5
4. DIMENSIONAMENTO DO PARAFUSO DE POTÊNCIA ...................................................................................... 8
5. DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DA PRENSA .......................................................................................13
5.1. DIMENSIONAMENTO DA CÂMARA DE COMPRESSÃO ..............................................................13
5.2. DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA ..........................................................................................14
6. DIMENSIONAMENTO DAS JUNTAS SOLDADAS .............................................................................................22
6.1. JUNTA PARAFUSO DE POTÊNCIA – CHAPA ...............................................................................................23
6.2. JUNTA CHAPA-CHAPA ..............................................................................................................................25
6.3. JUNTA TUBO-CHAPA ................................................................................................................................26
6.5. JUNTA TUBO-TUBO REFORÇO ..................................................................................................................28
6.6. JUNTA DAS CHAPAS SUPERIOR E INFERIOR .............................................................................................29
7. DIMENSIONAMENTO E SELEÇÃO DOS PARAFUSOS FIXADORES ...................................................................30
7.1. ESCOLHA DO COEFICIENTE DE SEGURANÇA ............................................................................................. 30
7.2. PARAFUSOS DA UNIÃO MARTELO-PARAFUSO DE POTÊNCIA .................................................................. 30
7.3. PARAFUSOS DA UNIÃO CAIXA DE REDUÇÃO-CHAPA SUPERIOR .............................................................. 33
7.4. PARAFUSOS DO MOTOR-ESTRUTURA DA PRENSA ................................................................................... 34
8. CÁLCULO DA POTÊNCIA MECÂNICA DO MOTOR ..........................................................................................34
9. DIMENSIONAMENTO DO MARTELO .............................................................................................................35
9.1. RESISTÊNCIA A FLEXÃO ............................................................................................................................. 36
9.2. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO ............................................................................................................. 37
10. DIMENSIONAMENTO DA CHAPA SUPERIOR .............................................................................................38
11. SELEÇÃO DA DOBRADIÇA .........................................................................................................................39
12. SELEÇÃO DA ALÇA ....................................................................................................................................40
13. SELEÇÃO DO ACOPLAMENTO ...................................................................................................................41
14. ORÇAMENTO ...........................................................................................................................................42
15. CONCLUSÃO ............................................................................................................................................43
16. REFÊRENCIAS ...........................................................................................................................................45
17. ANEXOS ...................................................................................................................................................46
17.1. DEMONSTRAÇÃO PARA UM VASO DE PRESSÃO RETANGULAR ................................................................46
17.3. ANEXO 3 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA ÁREA DE TUBOS
QUADRADOS DA VALLOUREC .....................................................................................................................48

3
17.4. ANEXO 4 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA ESPESSURA DE
TUBOS QUADRADOS DA VALLOUREC COM LARGURA DE 60 E 70 MM .............................................48
17.5. ANEXO 5 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA ÁREA DE TUBOS
QUADRADOS DA VALLOUREC .....................................................................................................................48
17.6. ANEXO 6 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA ESPESSURA DE
TUBOS QUADRADOS DA VALLOUREC .......................................................................................................49
17.7. ANEXO 7 – ALGORITMO - JUNTA PARAFUSO-MARTELO .........................................................49
17.8. ANEXO 8 – ALGORITMO – JUNTA CHAPA-CHAPA ......................................................................49
17.9. ANEXO 9 – ALGORITMO – JUNTA CHAPA-COLUNA ...................................................................50
17.10. ANEXO 10 – ALGORITMO – JUNTA TUBO-TUBO .....................................................................50
17.11. ANEXO 11 – ALGORITMO - JUNTA TUBO-TUBO REFORÇO ..................................................50
17.12. ANEXO 12 – ALGORITMO – JUNTA DAS CHAPAS SUPERIOR E INFERIOR ........................50

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1. INTRODUÇÃO

Uma das características mais importantes do alumínio é sua reciclabilidade, é um produto


produzido infinitas vezes, sem perder suas qualidades no processo de reaproveitamento, ao
contrário de outros materiais. A sucata de latas de alumínio para bebidas transforma-se novamente
em lata após a coleta e refusão, e isso possibilita uma combinação única de vantagens para o
alumínio, destacando-se aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Este projeto faz parte da primeira etapa da reciclagem de latas de alumínio, a prensagem e
enfardamento. Assim, foi realizado o dimensionamento de uma prensa compactadora de latinhas
de alumínio, onde foram dimensionadas a estrutura, chapas, parafuso de potência, parafusos de
fixação, soldas, dentre outros.

2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVOS GERAIS

Dimensionar uma prensa com parafuso de potência para compactar latinhas.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Dimensionar e selecionar estrutura, chapas, parafuso de potência, parafusos de fixação, soldas,


dentre outros. Além disso, deve-se dimensionar todos os componente da prensa, analisando os
esforços que agem sobre cada componente, dimensionando por resistência, deflexão e flambagem.
Ou seja, utilizando principalmente os conhecimentos de estática, mecânica dos materiais e
elementos de máquinas.

3. ESCOLHA DAS RESTRIÇÕES

O processo de reciclagem utiliza apenas 5% da energia elétrica e, segundo dados do International


Aluminium Institute (IAI), libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa quando
comparado com a produção de alumínio primário [1] . Além disso, o Brasil é líder de reciclagem
de latas de alumínio desde 2001, reciclando 97,9% das latas vendidas, Segundo dados da
Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de
Alta Reciclabilidade (Abralatas).

5
Figura 1 - Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio. Fonte: Abal e Abralatas; The Japan Aluminium Can
Recycling Association; Cámara Argentina de la Industria del Aluminio y Metales Afines; The Aluminum
Association; European Aluminium Association – EAA. [2]

Foram 292,5 mil toneladas de sucata de latas recicladas, o que corresponde a 23,1 bilhões de
embalagens, o que corresponde a 63,3 milhões/dia, ou 2,6 milhões/hora. Atualmente, em
aproximadamente 60 dias, uma latinha de alumínio para bebidas pode ser comprada, utilizada,
coletada, reciclada, envasada e voltar às prateleiras para o consumo [3]. A latinha de alumínio
apresenta grande vantagem em comparação com as antigas latinhas de ferro, pois a latinha de
alumínio não ocorre corrosão, conserva melhor o sabor, aroma e textura, a bebida fica isolada de
agentes externos nocivos e a latinha de alumínio é mais leve e pode ser reciclada infinitamente
sem perder a qualidade. O processo de reciclagem é iniciado com o prensamento e enfardamento
das latas e esta etapa que compõe este trabalho. Deste modo, a primeira restrição foi a escolha das
latas de alumínio, devido principalmente a sua reciclabilidade e pelo Brasil ser o líder em latas de
alumínio. [4]
A segunda restrição foi a escolha da capacidade e da dimensão do fardo da prensa compactadora
de latas de alumínio. Segundo a empresa Ability que fabrica prensas enfardadeiras e e
equipamentos de reciclagem, suas prensas enfardadeiras verticais são ideais para o enfardamento
de papeis, papelão, plásticos, pet, sacarias, algodão, tecidos, bagaço de cana, latinhas em geral,
dentre outros fins [5]. Dentre os vários modelos de prensas verticais, foi gerada uma tabela com o
volume inicial e final do fardo, a variação do volume do fardo e carga em toneladas (Tabela 1).

MODELOS Volume Inicial Volume Final Variação do Volume Carga


ABILITY do Fardo (m³) do Fardo (m³) do Fardo (m³) (Ton)
PAV80 0,264 -0,168 0,096 10
PAV100 0,45 -0,3 0,15 12
PAV200 0,576 -0,384 0,192 15
PAV250 0,9 -0,6 0,3 20
PAV300 0,99 -0,66 0,33 25
PAV350 1,32 -0,88 0,44 30
PAV400 1,32 -0,88 0,44 35
Tabela 1 – Características das prensas enfardadeiras verticais da empresa Ability [5]

Com estes dados foi feito um gráfico entre a carga e a variação do fardo e foi realizado um ajuste
polinomial de segundo grau.

6
Figura 2 – Gráfico Carga versus variação do volume do fardo. [5]

Assim, as características da prensa deste projeto foram baseadas no modelo PAV200 da Ability.
[5] Com uma carga de 15 toneladas e dimensão do fardo de 600x800x800, conforme a seguinte
tabela.

Tabela 2 – Características da prensa. [5]

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4. DIMENSIONAMENTO DO PARAFUSO DE POTÊNCIA

O perfil de rosca escolhido foi a Acme. Segundo Norton [6], o dimensionamento da roca Acme é
uma derivação similar para o caso da rosca quadrada, e produzirá as seguintes expressões para os
torques de levantamento e abaixamento da carga.
𝑃𝑑𝑝 (𝜇𝜋𝑑𝑝 + 𝜇 cos 𝛼) 𝑑𝑐 𝑃𝑑𝑝 (𝜇𝜋𝑑𝑝 − 𝐿 cos 𝛼) 𝑑𝑐
𝑇𝑢 = + 𝜇𝑐 𝑃 e 𝑇𝑑 = + 𝜇𝑐 𝑃
2(𝜋𝑑𝑝 cos 𝛼 − 𝜇𝐿) 2 2(𝜋𝑑𝑝 cos 𝛼 − 𝜇𝐿) 2
Onde 𝑇𝑢 é o torque total para levantar a carga com uma rosca Acme, 𝑇𝑑 é o torque para abaixar a
carga, 𝑃 é a carga externa, 𝑑𝑐 é o diâmetro médio do colar axial ou encosto 𝑑𝑝 é o diâmetro
primitivo, 𝜇 é o coeficiente de atrito entre o parafuso e a rosca, 𝛼 é o ângulo radial de uma rosca
Acme é α = 14,5° , 𝜇𝑐 é o coeficiente de atrito no rolamento axial ou encosto, 𝐿 é o avanço. Na
tabela 3 tem os valores dos diâmetros, passo e área sob tração.
Segundo Norton [6] , pode-se adotar 𝜇 = 0,15 para o coeficiente de atrito em uma combinação
parafuso-porca lubrificada por óleo. O coeficiente de atrito em um mancal axial simples (que não
roda) é aproximadamente o mesmo que aquele em roscas. Se um mancal de elemento rolante for
usado como arruela axial ou como rolamento de esferas seu coeficiente de atrito será de cerca de
1/10 daquele de mancais simples (isto é, 0,01 a 0,02).

Tabela 3 – Dimensões principais de roscas padrão Acme americano. [6]

A relação entre o coeficiente de atrito e o ângulo de avanço do parafuso determina a condição de


autotravamento. Um parafuso funcionará com autotravamento se:
𝐿 cos 𝛼
𝜇≥
𝜋𝑑𝑝

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Parafusos de potência e fixação utilizados em casos envolvendo cargas altas são normalmente
construídos de aço de alta resistência e geralmente são endurecidos. As porcas utilizadas nesses
casos podem também ser feitas de material endurecido para modificar a resistência à tração e ao
desgaste.
O parafuso de potência da prensa sofre cargas axiais compressão. Assim, segundo Norton [6] , a
tensão normal (𝜎) pode ser calculada com as seguintes equações:
𝑃
𝜎=𝜋 2
4 𝑑𝑟
Onde 𝑃 é a carga externa, 𝑑𝑟 é o diâmetro menor.
Quando um torque é transmitido através de uma porca de um parafuso de potência, uma tensão de
torção (𝜏) pode ser desenvolvida no parafuso. Para acomodar o pior caso de alto atrito nas roscas,
deve-se utilizar a seguinte fórmula:
16𝑇
𝜏=
𝜋𝑑𝑟3
Onde 𝑇 é o torque.
Segundo Von Mises:
𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜎𝑉𝑀 = √𝜎 2 +3𝜏 2 𝑒 𝜎𝑉𝑀 =
𝑓𝑠
Para a flambagem, deve-se utilizar as seguintes equações:
𝑃𝑐𝑟 𝜋 2 𝐸𝐼 𝜋 4
𝑐𝑓 = ; 𝑃𝑐𝑟 = 2 e 𝐼= 𝑑
𝑃 𝐿 64 𝑟
Onde, 𝑐𝑓 é o coeficiente de segurança, 𝑃 é a carga externa, 𝐸 é o módulo de elasticidade do
material, 𝐼 é o Momento de Inércia da seção circular, 𝐿 é o maior comprimento da barra lateral, 𝑑𝑟
é o diâmetro menor da rosca. A fórmula de 𝑃𝑐𝑟 é conhecida como a fórmula de Euler para
flambagem de colunas com extremidades arredondadas ou biarticuladas. Segundo a tabela 4, para
o aço 1045, o módulo de elasticidade é 206,8 𝐺𝑃𝑎.

Tabela 4 – Propriedades físicas de alguns materiais de engenharia. [6]

Os cálculos foram realizados no Excel com os dados da tabela 5, que resultou na tabela 6, onde
foram utilizadas as fórmulas anteriores para cada valor de diâmetro conforme a tabela 3.

Carga Módulo de Limite de Coeficiente Coeficiente Comprimento


Cos
Máxima elasticidade escoamento de atrito de atrito do parafuso pi
Alfa
(N) (Pa) (Pa) parafuso mancal (m)
150000 2,068E+11 310000000 0,15 0,04 0,9681 0,9 3,141592
9
Tabela 5 – Dados para o cálculo do parafuso de potência. (Excel)

Foi atribuído o valor de 0,04 porque na caixa de redução há dois rolamentos de esferas, e cada
rolamento contribui com 0,02 de atrito. A carga máxima é 15 toneladas que equivale a 150 kN,
considerando a gravidade como 10 m/s2. E foi adotado que o diâmetro do mancal é 2 vezes o
diâmetro primitivo, ou seja, 4,666”.

Tensão de Von

de Flambagem
Coeficiente de
levantamento

cisalhamento

abaixamento
primitivo (in)

Força Crítica
Compressão

Flambagem
tração (in2)
Roscas por

resistência
menor (in)

Mises (Pa)

segurança

segurança
Torque de

Tensão de

Tensão de

Torque de
maior (in)

Diâmetro
Diâmetro

Diâmetro
rosca (in)
polegada

Área sob
Passo de

Fator de
(Nm)

(Nm)
(Pa)

(Pa)

(N)
8,376E+ 1,39E 0,02222 0,00042 59,4450
0,25 16 0,063 0,219 0,188 0,032 137,69901 6,44E+09 64,313353
09 +10 263 88 7
5,097E+ 8,25E 0,03758 0,00115 80,4394
0,313 14 0,071 0,277 0,241 0,053 168,62678 3,74E+09 173,67525
09 +09 42 78 9
3,472E+ 5,57E 0,05569 0,00249 98,1274
0,375 12 0,083 0,333 0,292 0,077 201,2187 2,51E+09 374,28391
09 +09 391 52 1
2,362E+ 3,65E 0,08492 126,225
0,438 12 0,083 0,396 0,354 0,11 229,31223 1,61E+09 808,50517 0,00539
09 +09 992 5
1,85E+0 2,89E 0,10721 0,00878
0,5 10 0,1 0,45 0,4 0,142 264,18649 1,28E+09 1317,9827 139,984
9 +09 048 66
1,184E+ 1,85E 0,16744 0,02145
0,625 8 0,125 0,563 0,5 0,222 330,45612 8,22E+08 3217,7313 175,203
09 +09 958 15
8709574 1,4E+ 0,22141 0,03965 196,094
0,75 6 0,167 0,667 0,583 0,307 403,51952 6,33E+08 5947,6304
24 09 646 09 6
5905647 9,13E 0,33944 0,08624 251,842
0,875 6 0,167 0,792 0,708 0,442 459,25847 4,02E+08 12936,083
48 +08 687 06 8
4625450 7,23E 0,42884 0,14058 279,967
1 5 0,2 0,9 0,8 0,568 528,37298 3,21E+08 21087,724
75 +08 192 48 9
3459796 5,27E 0,58841 0,25127 335,751
1,125 5 0,2 1,025 0,925 0,747 584,14924 2,29E+08 37690,915
61 +08 828 28 1
2685068 4,01E 0,77341 0,41719 391,569
1,25 5 0,2 1,15 1,05 0,95 639,96267 1,72E+08 62578,76
91 +08 858 17 2
2338993 3,58E 0,86635 0,54977
1,375 4 0,25 1,25 1,125 1,108 716,23821 1,56E+08 82466,933 405,739
37 +08 756 96
1894584 2,85E 1,08807 0,83795 461,548
1,5 4 0,25 1,375 1,25 1,353 772,04207 1,23E+08 125692,63
63 +08 514 09 1
1315683 1,93E 1,60776 1,73757 573,228
1,75 4 0,25 1,625 1,5 1,918 883,71577 81378163 260636,23
77 +08 242 49 9
9666248 1,39E 2,22908 3,21907 684,965
2 4 0,25 1,875 1,75 2,58 995,44792 57726264 482860,8
1 +08 549 2 5
8055450 1,19E 2,61192 4,63518 727,124
2,25 3 0,333 2,083 1,917 3,142 1140,6951 50323670 695277,55
1 +08 695 37 7
6304000 91451 3,38977 7,56857 838,844
2,5 3 0,333 2,333 2,167 3,976 1252,4093 38250629 1135286,3
1 483 555 54 1
5067348 72612 4,26924 11,7134 950,596
2,75 3 0,333 2,583 2,417 4,909 1364,1579 30026433 1757018,6
0 407 285 57 5
4736461 71226 4,35230 13,4072 923,096
3 2 0,5 2,75 2,5 5,412 1544,0841 30712841 2011082,1
6 699 056 14 2
3289209 48203 6,43104 27,8011 1146,45
3,5 2 0,5 3,25 3 7,67 1767,4315 20344541 4170179,7
4 640 967 98 8
10,32 2416562 34767 8,91634 51,5051 1369,93
4 2 0,5 3,75 3,5 1990,8958 14431566 7725772,8
1 0 621 196 52 1
13,36 1850180 26253 11,8080 87,8655 1593,47
4,5 2 0,5 4,25 4 2214,4355 10753556 13179827
4 3 260 575 15 7
1461870 20521 15,1061 140,743 1817,07
5 2 0,5 4,75 4,5 16,8 2438,0267 8315148 21111535
9 493 132 57 2
Tabela 6 – Dados do parafuso de potência. (Excel)

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Figura 3 – Gráfico entre Coeficiente de Segurança por Resistência versus o Diâmetro Maior do parafuso de
potência. (Excel)

Foi escolhido o valor de 3 para o coeficiente de segurança para o cálculo de resistência, de acordo
com a tabela 6 e a figura 3, podemos observar que o diâmetro maior com coeficiente mais próximo
e maior que 3 é de 2,5”.

Figura 4 - Gráfico entre Coeficiente de Segurança por Flambagem versus o Diâmetro Maior do parafuso de
potência. (Excel)

O valor atribuído para o coeficiente de segurança para o cálculo de Flambagem também foi 3, de
acordo com a tabela 6 e a figura 4, podemos observar que o diâmetro maior com coeficiente mais
próximo e maior que 3 é de 2”.
Assim, o diâmetro maior foi definido pelo critério de resistência, pois se o parafuso falhar, será
devido à resistência primeiramente. O diâmetro maior é 2,5” com passo de 0,333, diâmetro
primitivo de 2,333”, diâmetro menor de 2,167” e torque de levantamento de 1252,41 Nm.
A eficiência (𝑒) dos parafusos Acme padrão para um coeficiente de atrito de 0,15 varia entre 18 e
36%,desconsiderando o atrito de colar, segundo Norton [6]. A eficiência pode aumentar se o atrito
de rosca puder ser reduzido.

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𝐿 𝜋𝑑𝑝 cos 𝛼 − 𝜇𝐿
𝑒= ×
𝜋𝑑𝑝 𝜋𝜇𝑑𝑝 + 𝐿 cos 𝛼
0,9 (𝜋 × 2,333 × 0,0254 × cos 14,5°) − (0,15 × 0,9)
𝑒= × = 0,2132
𝜋 × 2,333 × 0,0254 (𝜋 × 0,15 × 2,333 × 0,0254) + (0,9 × cos 14,5°)
A eficiência do parafuso de potência é 21,32%.
Na figura 5 podemos observar a geometria e as dimensões da rosca Acme do parafuso de potência
dimensionado e na figura 6 temos o parafuso de potência desenhado no Solidword. O parafuso
possui rosca em todo o seu comprimento de 0,9 m, exceto em uma de suas extremidades, onde
haverá uma solda para a fixação da chapa do martelo.

Figura 5 - Geometria e as dimensões da rosca Acme do parafuso de potência dimensionado. (Soliworks modificado)

Figura 6 – Desenho 3D do Parafuso de potência dimensionado. (Solidworks)

Este parafuso deve ser usinado com 2,5” de diâmetro maior, assim um tarugo da Gerdau de 3”
(figura 7) é suficiente, deve ser um pouco maior devido a retirada de cavaco.

Figura 7 – Barras redondas Gerdau. [7]

12
5. DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DA PRENSA

Para a estrutura primeiramente foi necessário analisar o que ocorre na compressão do alumínio,
foi adotado que ocorre uma pressão hidrostática na região de compressão. Depois os tubos da
estrutura foram dimensionados conforme os esforços que agem sobre ele.

5.1. DIMENSIONAMENTO DA CÂMARA DE COMPRESSÃO

Câmara de compressão foi o nome dado ao local onde as latas seriam comprimidas ou amassadas.
Foi utilizada as especificações técnicas da prensa PAV200 da empresa Ability [5], com uma carga
de 15 Ton para amassar latinhas, papelão e outros materiais.
Foi considerado que age uma pressão hidrostática, causada pela compressão das latas. Sendo assim
foi feito:
𝐹 𝑃∙𝑔
𝑝= =
𝐴 𝐴
Onde 𝑃 é a carga da prensa e 𝐴 é área do martelo. A aceleração da gravidade foi considerada como
𝑔 = 10 𝑚/𝑠², que torna o cálculo ainda mais conservador.
15 ∙ 103 ∙ 10
𝑝= = 312,5 𝑘𝑃𝑎
0,6 ∙ 0,8
Foi realizado uma modelagem para um vaso de pressão, totalmente fechado, com formato
retangular que foi demonstrado no ANEXO 1. Os valores encontrado para 𝜎1 e 𝜎2 foram:
𝑝 ∙ (𝐿1 − 2 ∙ 𝑡)
𝜎1 =
2∙𝑡
𝑝 ∙ (𝐿1 − 2 ∙ 𝑡) ∙ (𝐿2 − 2 ∙ 𝑡)
𝜎2 =
2 ∙ ((𝐿1 ∙ 𝑡) + (𝐿2 − 2 ∙ 𝑡))
Sendo assim, encontramos a tensão de Von Mises :
𝜎𝑉𝑀 = √𝜎1 2 + 𝜎2 2 − 𝜎1 ∙ 𝜎2 + 3 ∙ 𝜏 2
𝜎𝑉𝑀 = √𝜎1 2 + 𝜎2 2 − 𝜎1 ∙ 𝜎2 + 3 ∙ 02
𝜎𝑉𝑀 = √𝜎1 2 + 𝜎2 2 − 𝜎1 ∙ 𝜎2
Como o termo variável em nossa equação seria a espessura do vaso (𝑡), a tensão de Von Mises,
seria uma função da espessura, logo:
𝜎𝑉𝑀 (𝑡) = √𝜎1 2 + 𝜎2 2 − 𝜎1 ∙ 𝜎2
Como a chapa escolhida é de aço SAE 1045, com tensão de escoamento de 350 𝑀𝑃𝑎, o fator de
segurança a ser encontrado é:
𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑓(𝑡) =
𝜎𝑉𝑀 (𝑡)
Utilizando essa função, foram inseridos valores de espessuras de chapas grossas, estes valores
foram encontrados no catálogo do fabricante Paulisteel [8]. Foi plotado o gráfico que pode ser
visto (ANEXO 2) :

13
Figura 8 – Gráfico do Fator de segurança em função da espessura das chapas Vallourec. (Matlab)

É fácil observar que para espessuras pequenas, encontra-se coeficiente demasiadamente pequenos,
o que é normal visto que a tensão é pequena. Optou-se pela espessura de 1/2", pois além da força
de compressão, ele será transportado e estará sofrendo outros esforços. E também por aspectos
construtivos, para aparentar uma estrutura não muito frágil. Assim, optou-se por essa espessura
para as chapas e para a porta.

5.2. DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA

Foi considerado que a estrutura que receberia todos os esforços de tração, momento e
cisalhamento. Já para a câmara de compressão, chapas, há apenas as tensões provenientes da
pressão hidrostática. Sendo assim pensou numa estrutura, constituída de 4 colunas e 4 barras
superiores inferiores, conforme pode ser visto na figura abaixo.

Figura 9 – Estrutura da prensa. (Solidworks)


14
Caso acontecesse dos tubos ficassem muito robustos, seria repensada. Porém apenas no final da
modelagem e do dimensionamento isso seria perceptível. A força aplicada pelo parafuso de
potência, 15 ton, reage na estrutura, onde nas barras superiores e inferiores se divide em 4. Já no
tubo, a força de tração é a carga também dividido por 4, visto que as reações das barras superiores,
se somam nas colunas, é mais fácil de visualizar com os devidos diagramas de corpo livre.

Figura 10 – Distribuição das forças pela estrutura. (Solidworks modificado)

Sendo assim a modelagem para o tubo superior e para o tubo lateral foram feitos como biengastado,
como pode ser visto nos seguintes diagramas de corpo livre. Podemos notar que para a coluna
também há efeito da pressão hidrostática. Na figura 10 só está ilustrada a distribuição de forças
devido a carga P de 15 ton.

15
Figura 11– Diagrama de corpo livre para o tubo superior. (Ftool Modificado)

Figura 12 – Diagrama de corpo livre para o tubo lateral. (Ftool Modificado)

Foi verificado no livro de Análise Estrutural do Hibbeler [9] que o momento máximo ocorre
quando:
𝐹∙𝐿 𝑃∙𝐿 𝑃∙𝐿
𝑀𝑚á𝑥 = = =
8 8∙4 32
Onde 𝐿 = 0,8 𝑚, que é a maior dimensão lateral adotada (pois a dimensão do fardo é
0,8x0,6m2),e 𝑃 = 150 𝑘𝑁 , que é a carga de reação sobre a estrutura, que já foi explicado
anteriormente. Sendo assim o momento máximo nessa estrutura é:
150 ∙ 103 ∙ 0,8
𝑀𝑚á𝑥 = = 3750 𝑁
32
A cortante máxima é igual a :
𝐹 𝑃
𝑉𝑚á𝑥 = =
2 8
Verificando que um momento que causa uma tensão normal máxima na superfície e uma cortante
que causa uma tensão de cisalhamento máxima na linha neutra, como pode ser visto neste mapa
de tensões contido no Beer [10]:

16
Figura 13 - Mapa de tensões.[10]

Sendo assim verifica-se que quando a tensão normal for máxima a de cisalhamento será nula e
vice-versa. Por cisalhamento a análise fica:
4 ∙ 𝑉𝑚á𝑥
𝜏𝑚á𝑥 =
3∙𝐴
Foi utilizada tal equação, pois o perfil tubular adotado foi o quadrado, devido a sua facilidade das
chapas serem soldadas.
No catálogo adotado, da Vallourec [11], que informa o valor da área para tubos de larguras e
espessuras variadas, sendo assim foi feito que a tensão de cisalhamento estaria em função da área.
Para relacionar a tensão de cisalhamento com a de escoamento foi utilizado o princípio de Von
Mises:
𝜎𝑉𝑀 = √𝜎𝑥 2 + 𝜎𝑦 2 − 𝜎𝑥 ∙ 𝜎𝑦 + 3 ∙ 𝜏𝑥𝑦 2 → 𝜎𝑉𝑀 = √3 ∙ 𝜏𝑥𝑦
A tensão escolhida foi a do aço estrutural VMB 350, que como está descrito no catálogo que é um
aço com tensão de escoamento mínima de 350 𝑀𝑃𝑎, foi adotado o valor citado, devido ser o
mínimo garantido pela empresa. Sendo assim o fator de segurança ficaria:
𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑓(𝐴) =
𝜎𝑉𝑀 (𝐴)

Tabela 7 – Propriedades Mecânicas dos aços da Vallourec. [11]

Foi feito uma curva, com áreas variadas, onde a que alcança-se o fator de segurança 3 seria
escolhida, conforme o seguinte gráfico (ANEXO 3).

17
Figura 14 – Gráfico sobre o Fator de segurança em função da área de tubos quadrados da Vallourec. (Matlab)

É fácil observar que para uma área pequena já se obteve um fator de segurança bastante
conservador, também podemos notar o adotado para estrutura, 𝑓 = 3. Com os dados dos
resultadod obtidos pelo gráfico, verificou-se que um tubo com área 3,7129 𝑐𝑚² já se alcançava
um fator de 𝑓 = 3,001. Sendo assim o tubo a ser adotado por essa análise seria o 50𝑥50 𝑚𝑚 com
espessura de 𝑡 = 3,6 𝑚𝑚 e uma área de 6,41. Foi adotado esse, pois é o menor tubo quadrado
comercializado pela empresa.

Tabela 8 – Características do tubo quadrado 50x50 da Vallourec.[11]

Fazendo uma análise da tensão normal causada pelo momento, podemos utilizar as seguintes
equações:
𝑀∙𝑐 𝐿4 − 𝑙 4
𝜎𝑚á𝑥 = e 𝐼=
𝐼 12
𝐿
Onde 𝑐 = 2 é a distância da linha neutra até o centro, 𝐿 é a largura do tubo quadrado, 𝐼 é o
momento de inércia de um tubo quadrado e 𝑙 é a largura interna do tubo, como poder ser visto na
imagem:

18
Figura 15 – Dimensões de um tubo quadrado. (Soliworks modificado)

Sabe-se pela geometria que:


𝐿 = 𝑙+2∙𝑡 → 𝑙 =𝐿−2∙𝑡
Sendo assim a tensão normal máxima é:
𝐿
𝑀∙𝑐 𝑀𝑚á𝑥 ∙ 2 12 ∙ 𝑀𝑚á𝑥 ∙ 𝐿
𝜎𝑚á𝑥 = = 4 =
𝐼 𝐿 − (𝐿 − 2 ∙ 𝑡)4 2 ∙ (𝐿4 − (𝐿 − 2 ∙ 𝑡)4 )
12
Utilizando Von Mises, encontra-se que:
𝜎𝑉𝑀 = 𝜎𝑚á𝑥 (𝐿, 𝑡)
Sendo assim o fator de segurança fica:
𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑓(𝐿, 𝑡) =
𝜎𝑉𝑀 (𝐿, 𝑡)
Foi escolhido uma largura externa e para essa variava-se a espessura, foi feito isso para o tubo com
uma largura de 60 𝑚𝑚 mas não foi encontrado uma resultado satisfatório, na segunda tentativa
pode ser visto que com a largura de 70 𝑚𝑚 foi encontrado um resultado positivo, as duas tentativas
podem ser vistas nos gráficos abaixo. (ANEXO 4)

Figura 16 – Gráfico sobre o Fator de segurança em função da espessura de tubos quadrados da Vallourec com
largura de 60 mm. (Matlab)

É possível observar que para nenhuma espessura contida no catálogo alcança o fator de segurança,
𝑓 = 3.
19
Figura 17 – Gráfico sobre o Fator de segurança em função da espessura de tubos quadrados da Vallourec com
largura de 70 mm. (Matlab)

É possível ver que para a espessura de 𝑡 = 4,5 𝑚𝑚 alcança um fator próximo de 𝑓 = 3,011. Sendo
assim o novo tubo escolhido é com 70𝑥70𝑚𝑚 espessura de 4,5 𝑚𝑚 e área de 11,9 𝑐𝑚².
A intenção é confeccionar toda estrutura com um tubo de mesmo geometria e dimensões, sendo
assim, ainda falta fazer a análise da coluna e verificar se o requisito mínimo confere com
dimensionado até então.
Na coluna é possível ver no diagrama de corpo livre da figura 12 que há várias cargas combinadas,
o momento reação 𝑀𝑒 é o do tubo superior, o momento é o causado pela 𝑀𝐹𝑝ℎ força hidrostática,
e as reações de dois tubos superiores, somados com a força de tração totalizam a força de tração
𝑃
de 4 e 𝐹𝑝ℎ é a força hidrostática que causa o momento já citado.
Para fazer a análise da força 𝐹𝑝ℎ foi verificado duas situações, a primeira seria ela agindo nas
chapas da frente e atrás, que possuem a mesma área, e nas laterais, que também possuem mesma
área.
𝐹𝑝ℎ = 𝑝 ∙ 𝐴
A área das chapas frontal e posterior, possuem área 𝐴𝑝 = 𝐴𝑓 = 0,6 ∙ 1,7 = 1,02 𝑚². Já as laterais
possuem área 𝐴𝑙 = 0,8 ∙ 1,7 = 1,36 𝑚². Pela equação que determina a força hidrostática é
possível ver que nas áreas laterais, então o dimensionamento será feito utilizando as dimensões da
coluna e chapas laterais. Sendo assim para a área selecionada a força hidrostática fica:
𝐹𝑝ℎ = 312,5 ∙ 103 ∙ 1,36 = 425 𝑘𝑁
𝐹
Como são duas barras, em um lado a força utilizada é 2𝑝ℎ . Os momentos causados pela reação da
barra superior já foi calculado e o da força hidrostática foi calculado considerando como se a
coluna estivesse biengastada, sendo assim de forma análoga a já citada, fica:
𝐹𝑝ℎ ∙ 𝐿
𝑀𝑝ℎ =
2∙8
Onde 𝐿 é o comprimento da coluna o adotado foi 1,7 𝑚 que seria a altura da prensa. Sendo assim
o momento fica:
𝐹𝑝ℎ ∙ 𝐿 425 ∙ 103 ∙ 1,7
𝑀𝑝ℎ = = = 45.156,25 𝑁𝑚
16 16
O momento da reação do tubo superior e da força hidrostática se somam, causando a tração do
material, foi escolhida a tração pois a tensão normal causada pela tração seria critica, já que a uma

20
força tracionando o material. Sendo assim, o momento total ou resultante será a soma dos dois
momentos.
𝑀𝑇 = 𝑀𝑝ℎ + 𝑀𝑒 → 𝑀𝑇 = 45.156,25 + 3750 = 48.906,25 𝑁𝑚
A força hidrostática causa uma cortante, cujo valor máximo é:
𝐹𝑝ℎ
𝑉𝑚á𝑥 =
4
Essa cortante causa uma tensão de cisalhamento, como já foi citado e mostrado nos mapas de
tensão, é máxima na linha neutra e nula na extremidade:
4 ∙ 𝑉𝑚á𝑥
𝜏𝑚á𝑥 =
3∙𝐴
4 ∙ 𝐹𝑝ℎ 𝐹𝑝ℎ
𝜏𝑚á𝑥 = =
3∙4∙𝐴 3∙𝐴
Utilizando o critério de Von Mises chega-se a:
𝜎𝑉𝑀 = √3 ∙ 𝜏𝑚á𝑥
Onde o fator de segurança fica:
𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑓(𝐴) =
𝜎𝑉𝑀 (𝐴)
Utilizado método interativo similar ao usado anteriormente encontrou-se que o valor adequado
seria: (ANEXO 5)

Figura 18 – Gráfico sobre o Fator de segurança em função da área de tubos quadrados da Vallourec (Matlab)

É fácil ver que com uma área de aproximadamente 30 𝑐𝑚² teríamos superado o fator adotado, que
foi 3. E no tubo selecionado até o momento, que é o 70𝑥70 𝑚𝑚 espessura de 4,5 𝑚𝑚 e área de
11,9 𝑐𝑚². Estaria dentro das condições impostas pela tensão de cisalhamento, sendo assim essa
não é critério de seleção.
Porém resta verificar a tensão normal, causada tanto pelos momento resultante, ou soma dos
momento da reação e o causado pela força hidrostática e a força que traciona a coluna. Sendo
assim fica:
𝑀𝑇 ∙ 𝑐
𝜎𝑀 =
𝐼
De forma análoga ao que foi feito anteriormente para a parte superior chega-se a:
12 ∙ 𝑀𝑇 ∙ 𝐿
𝜎𝑀 (𝐿, 𝑡) =
2 ∙ (𝐿4 − (𝐿 − 2 ∙ 𝑡)4 )
E a tensão normal causada pela força que traciona o material:
21
𝐹 𝐹𝑝ℎ
𝜎𝑃 = =
𝐴 2 ∙ (𝐿2 − 𝑙²)
Como :
𝑙 =𝐿−2∙𝑡
Encontra-se:
𝐹𝑝ℎ
𝜎𝑃 (𝐿, 𝑡) =
2∙ (𝐿2
− (𝐿 − 2 ∙ 𝑡)²)
Como ambas tensões agem no mesmo eixo, e tem mesma natureza de tração, somando-as, resulta
em:
𝜎𝑇 = 𝜎𝑃 + 𝜎𝑀
A tenção de Von Mises fica:
𝜎𝑉𝑀 = 𝜎𝑇
De forma análoga a anterior, foi feito:
𝜎𝑒𝑠𝑐
𝑓(𝐿, 𝑡) =
𝜎𝑉𝑀 (𝐿, 𝑡)
Fixado um valor em 𝐿 e sendo feito varia alguns valores contido no catálogo da Vallourec, afim
de encontrar algum que satisfizesse o nosso fator de segurança adotado, que seria 3.
Sendo assim para valore como 𝐿 = 160 𝑚𝑚 e nem com a máximo espessura alcançou-se o fator,
porém com o tubo de 175𝑚 𝑚 foi alcançado o valor desejado, para a espessura de 14,2 𝑚𝑚 onde
a área é de 91,4 𝑐𝑚² (ANEXO 6). É possível ver na curva que ele satisfaz o fator adotado:

Figura 19 – Gráfico sobre o Fator de segurança em função da espessura de tubos quadrados da Vallourec (Matlab)

Verifica-se que é um tubo demasiadamente robusto, toda via, como o intuito é construir uma
prensa, o equipamento que precisa passar uma caractéristica de robustez, segurança e durabilidade,
optou-se em manter essa análise. Já que foi realizada da maneira mais conservadora possível, afim
de evitar falhas proveniente do mal uso. Dessa forma a análise conservadora para o tubo e dos
outros componentes, passa confiança do produto para os consumidores.

6. DIMENSIONAMENTO DAS JUNTAS SOLDADAS

Praticamente toda a estrutura é unida por solda. Assim, para cada solda foram analisados os
esforços e determinado os filetes de solda.
Para uma melhor compreensão, a seguinte figura ilustra a sequência de soldagem das chapas e
tubos na estrutura.
22
Figura 20 – Sequência de montagem das chapas e tubos da estrutura.

6.1. JUNTA PARAFUSO DE POTÊNCIA – CHAPA

Para a solda entre a chapa do martelo e o parafuso de potência há torção devido ao torque de
levantamento do parafuso e compressão do parafuso. A geometria do cordão de solda é circular.

Figura 21 – Solda parafuso – martelo (Solidworks)

23
Figura 22 – Solda parafuso – martelo detalhe (Solidworks)

Segundo o método adotado por Shigley [12], estes esforços produzem cisalhamento na solda. Com
seguintes fórmulas podemos dimensionar:
𝑇𝑟 𝐹 𝑑 0,577𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜏1 = ; 𝜏2 = ; 𝐽𝑈 = 2𝜋𝑟 3 ; 𝑟 = ; 𝜏𝑎𝑝𝑙 = √𝜏𝐶 2 + 𝜏𝑓 2 e 𝑓𝑠 =
0,707ℎ𝐽𝑈 1,414𝜋ℎ𝑟 2 𝜏𝑎𝑝𝑙
Onde 𝜏1 é parcela de cisalhamento devido ao torque, 𝜏2 é a parcela de cisalhamento devido a
compressão,𝐹 é a força de compressão (carga de 15 ton), ℎ é a garganta ou filete de solda, 𝐽𝑈 é o
segundo momento polar unitário de área, 𝑑 é o diâmetro maior do parafuso de potência (2,5”), 𝑟 é
o raio do parafuso, 𝑓𝑠 é o coeficiente de segurança, 𝑐 é a distância entre o centroide e a extremidade
da figura, 𝑇 é o torque de levantamento do parafuso (1252,41 Nm), 𝜏𝑎𝑝𝑙 é a tensão de cisalhamento
aplicada a garganta e 𝜎𝑒𝑠𝑐 a tensão de escoamento do material de solda. O 𝐽𝑈 e a área podem ser
encontrados na figura 23.

Figura 23 – Propriedades de torção de solda de filete [12]

O eletrodo deve ter uma resistência ao escoamento de 737 MPa (E120xx) para obter o menor filete
de solda possível.

Figura 23 – Propriedades mínimas metal-solda. [12]

Assim, foi escolhido o eletrodo 75.77 básico E 12018-G da ESAB [13] que tem as propriedades
gerais na figura 24.

24
Figura 24– Características do eletrodo E 12018-G. [13]

Consideramos o coeficiente de segurança como 3. Utilizando o EES (ANEXO 7) obtemos uma


garganta de 7,758 mm ou aproximadamente 8 mm. Assim, a espessura da chapa do martelo deve
ser maior que 20 mm (figura 25) .

Figura 25 – Tamanho mínimo de solda de filete. [12]

6.2. JUNTA CHAPA-CHAPA

Na solda somente a força hidrostática na parede de 425 kN na chapa de 1,7x0,8 m2, que a maior
área de chapa, ou seja, a mais crítica.

Figura 26 – Solda chapa-chapa (Solidworks)

Segundo o método adotado por Shigley [12], este esforço produz cisalhamento na solda. Com
seguintes fórmulas podemos dimensionar:
𝐹𝐻 𝑑3 0,577𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜏𝑎𝑝𝑙 = ; 𝐼𝑈 = e 𝑓𝑠 =
0,707ℎ𝑑 12 𝜏𝑎𝑝𝑙
Onde ℎ é a garganta ou filete de solda, 𝐹𝐻 é a força hidrostática (425, kN), 𝐼𝑈 é o segundo momento
unitário de área, 𝑑 é o comprimento do cordão de solda (1,7m), 𝑓𝑠 é o coeficiente de segurança,
25
𝜏𝑎𝑝𝑙 é a tensão de cisalhamento aplicada a garganta e 𝜎𝑒𝑠𝑐 a tensão de escoamento do material de
solda. O 𝐼𝑈 podem ser encontrado na figura 27.

Figura 27 – Propriedades de flexão de solda de filete [12]

O eletrodo deve ter uma resistência ao escoamento de 345 MPa (E60xx). Assim, foi escolhido o
eletrodo 22.50 celulósico E 6010 da ESAB [13]que tem as propriedades gerais na figura 28.

Figura 28– Características do eletrodo E 6010. [13]

Consideramos o coeficiente de segurança como 3. Utilizando o EES (ANEXO 8) obtemos uma


garganta de 5,329 mm ou aproximadamente 6 mm. Assim, a espessura das chapas deve ser de 1 a
20 mm (figura 25), como as chapas tem 12,7 mm, então não ocorre problemas na dissipação de
calor na realização da solda.

6.3. JUNTA TUBO-CHAPA

Na solda há esforços de tração, momento da coluna e da força hidrostática (425 kN).

26
Figura 29 – União tubo-chapa (Soldworks)

Figura 30 – Detalhe da solda tubo-chapa

Com as seguintes fórmulas podemos dimensionar:


𝐹𝐻 𝐹 𝑀𝑇 𝑐 𝑑3 𝑑
𝜏2 = ; 𝜏1 = + ; 𝐼𝑈 = ; 𝑐=
0,707ℎ𝑑 0,707ℎ𝑑 0,707ℎ𝐼𝑈 12 2
0,577𝜎 𝑒𝑠𝑐
𝜏𝑎𝑝𝑙 = √𝜏𝐶 2 + 𝜏𝑓 2 e 𝑓𝑠 =
𝜏𝑎𝑝𝑙
Onde ℎ é a garganta ou filete de solda, 𝐹𝐻 é a força hidrostática (425, kN), 𝐼𝑈 é o segundo momento
unitário de área, 𝑑 é o comprimento do cordão de solda (1,7m), 𝐹 é a tração na coluna (37,5 kN),
𝑀𝑇 é o momento da coluna (48906,25 Nm), 𝐹𝐻 é a força hidrostática (425 kN), 𝑓𝑠 é o coeficiente
de segurança, 𝜏𝑎𝑝𝑙 é a tensão de cisalhamento aplicada a garganta e 𝜎𝑒𝑠𝑐 a tensão de escoamento
do material de solda. O 𝐼𝑈 podem ser encontrado na figura 27.
O eletrodo deve ter uma resistência ao escoamento de 345 MPa (E60xx). Assim, foi escolhido o
eletrodo 22.50 celulósico E 6010 da ESAB [13] que tem as propriedades gerais na figura 28.
Consideramos o coeficiente de segurança como 3. Utilizando o EES (ANEXO 9) obtemos uma
garganta de 5,945 mm ou aproximadamente 6 mm. Assim, a espessura das chapas deve ser de 1 a
20 mm (figura 25) e não ocorrerá problemas na dissipação de calor na realização da solda, pois as
chapas laterais já foram dimensionadas com 12,7 mm e o tubo com espessura de 14,2 mm.

6.4. JUNTA TUBO-TUBO

27
Na solda age a tração e momento da coluna. A geometria da solda é um quadrado com 175 mm de
largura.

Figura 31 – Detalhe da solda tubo-tubo (Soldworks)

O 𝐼𝑈 podem ser encontrado na figura 27 fazendo d=b, por terem lados iguais. Com seguintes
fórmulas podemos dimensionar:
𝐹 𝑀𝑇 𝑐 2𝑑 3 𝑑 0,577𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜏𝑎𝑝𝑙 = + ; 𝐼𝑈 = ; 𝑐 = ; 𝐴 = 2,828ℎ𝑑 e 𝑓𝑠 =
𝐴 0,707ℎ𝐼𝑈 3 2 𝜏𝑎𝑝𝑙
Onde 𝑑 é a largura do tubo quadrado (175 mm), 𝐹 é a tração na coluna (37,5 kN), 𝑀𝑇 é o momento
da coluna (48906,25 Nm).
O eletrodo deve ter uma resistência ao escoamento de 737 MPa (E120xx) para obter o menor filete
de solda possível. Assim, foi escolhido o eletrodo 75.77 básico E 12018-G da ESAB [13] que tem
as propriedades gerais na figura 24.Consideramos o coeficiente de segurança como 2,5. Utilizando
o EES (ANEXO 10) obtemos uma garganta de 14,41 mm ou aproximadamente 15 mm, que exige
uma chapa com espessura muito maior que a calculada, de acordo com a figura 25 a espessura
deve ser maior que 150 mm. Uma provável solução é a mudança os parâmetros de soldagem,
aumentando a corrente de soldagem, a solda terá uma maior penetração e não dissipará muito calor,
pois a energia de soldagem será a mesma.

6.5. JUNTA TUBO-TUBO REFORÇO

Na solda age a tração e momento da coluna. A geometria da solda é um quadrado sem o lado
inferior (conforme a segunda geometria da figura 27) com 175 mm de largura.

28
Figura 32 – Detalhe da solda tubo-tubo reforço (Soldworks)

O 𝐼𝑈 podem ser encontrado na figura 27 fazendo d=b, por terem lados iguais. Com seguintes
fórmulas podemos dimensionar:
2𝑑3 𝑏
𝐼𝑈 = − 2𝑑 2 𝑦̅ + (𝑏 + 2𝑑)𝑦̅ 2 ; com 𝑦̅ = e 𝑏 = 𝑑
3 3
2𝑏 3 2𝑏 2 𝑏 𝑏2 𝑏3
𝐼𝑈 = − + (𝑏 + 2𝑏) =
3 3 9 3
Assim:
𝐹 𝑀𝑇 𝑐 𝑏3 𝑏 0,577𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜏𝑎𝑝𝑙 = + ; 𝐼𝑈 = ; 𝑐 = ; 𝐴 = 2,121ℎ𝑏 e 𝑓𝑠 =
𝐴 0,707ℎ𝐼𝑈 3 2 𝜏𝑎𝑝𝑙
Onde 𝑏 é a largura do tubo quadrado (175 mm), 𝐹 é a tração na coluna (37,5 kN), 𝑀𝑇 é o momento
da coluna (48906,25 Nm).
O eletrodo deve ter uma resistência ao escoamento de 737 MPa (E120xx) para obter o menor filete
de solda possível. Assim, foi escolhido o eletrodo 75.77 básico E 12018-G da ESAB [13] que tem
as propriedades gerais na figura 24.Consideramos o coeficiente de segurança como 2,5. Utilizando
o EES (ANEXO 11) obtemos uma garganta de 25,86 mm ou aproximadamente 26 mm, que
também exige uma chapa com espessura muito maior que a calculada. Uma solução é a mudança
os parâmetros de soldagem, aumentando a corrente de soldagem, a solda terá uma maior
penetração e não dissipará muito calor, pois a energia de soldagem será a mesma.

6.6. JUNTA DAS CHAPAS SUPERIOR E INFERIOR

Na chapa superior só há influencia tração devido ao parafuso de potência, já para a chapa inferior
há a compressão devido ao parafuso e a força hidrostática (na mesma direção e sentido). Assim,
será dimensionado para o pior caso que é da chapa inferior. A geometria da solda é retangular.

29
Figura 33 – Detalhe da solda chapa inferior e superior (Solidworks)

O 𝐼𝑈 podem ser encontrado na figura 27 fazendo d = 0,6 m e b = 0,8 m. Com seguintes fórmulas
podemos dimensionar:
𝐹𝐻 + 𝐹 0,577𝜎𝑒𝑠𝑐
𝜏𝑎𝑝𝑙 = e 𝑓𝑠 =
1,414ℎ(𝑑 + 𝑏) 𝜏𝑎𝑝𝑙
Onde 𝑑 e 𝑏 são as dimensões da geometria da solda retangular, 𝐹 é a tração na coluna (37,5 kN)
e 𝐹𝐻 é a força hidrostática (425, kN). O eletrodo deve ter uma resistência ao escoamento de 345
MPa (E60xx). Assim, foi escolhido o eletrodo 22.50 celulósico E 6010 da ESAB [13] que tem as
propriedades gerais na figura 28. Consideramos o coeficiente de segurança como 3. Utilizando o
EES (ANEXO 12) obtemos uma garganta de 3,521 mm ou aproximadamente 4 mm, que exige
uma chapa com espessura de 6 a 12 mm de acordo com a figura 25, ou seja, não haverá problemas
na solda por dissipação de calor, por a chapa tem 12,7 mm.

7. DIMENSIONAMENTO E SELEÇÃO DOS PARAFUSOS FIXADORES

7.1. ESCOLHA DO COEFICIENTE DE SEGURANÇA

Os coeficientes de segurança à falha por separação de junta foram escolhidos como 3 para todas
as juntas devido a importância dos parafusos na integridade estrutural da prensa. E foram
escolhidos parafusos de cabeça sextavada de rosca grossa, devido à ausência de grandes vibrações
que poderiam vir a desenroscar o parafuso. Como as juntas serão raramente desmontadas,
escolheu-se para todos os parafusos uma pré-carga de 90% da carga de prova.

7.2. PARAFUSOS DA UNIÃO MARTELO-PARAFUSO DE POTÊNCIA

Serão utilizados 4 parafusos para unir a chapa soldada no parafuso de potência com o martelo,
para o cálculo das forças aplicadas nos parafusos foi considerado que na subida do martelo
(situação em que o parafuso estaria sendo tracionado) a prensa estaria presa nas latinhas e que uma
força de 150 kN seria usada para levantar o martelo, essa força será distribuída igualmente entre
os 4 parafusos, além dessa força de tração nos parafusos, eles terão que suportar um esforço
cortante devido ao torque do parafuso de potência, considerando a situação que ferrugem ou outros
fatores emperrariam o parafuso de potência.

30
Figura 34 – Detalhe do martelo com o parafuso de potência e parafusos. (Solidworks)

Primeiramente foi feito um cálculo considerando que cada parafuso estava sofrendo uma carga
externa de 37,5 kN.
Utilizando as fórmulas disponíveis no Livro do Norton [6].
𝐹𝑖
𝑁𝑠 = e 𝐹𝑖 = 𝑘 ∙ 𝑆𝑝 ∙ A𝑡
𝑃 ∙ (1 − 𝑐)
Obtém-se:
𝑆𝑝 × 𝑘 × A𝑡
𝑁𝑠 =
𝑃 × (1 − 𝑐)
Em que 𝑁𝑠 é o coeficiente de separação da junta, 𝐹𝑖 é a força de pré-carga, P é carga externa, 𝑐 é
a constante da junta, A𝑡 é a área sob tensão do parafuso e 𝑆𝑝 é a tensão de prova do parafuso e 𝑘 é
a razão entre a força de pré-carga e a carga de prova do parafuso escolhido.
A constante da junta foi considerada como 0,17 por ser o valor mais comum encontrado na prática
e a classe do parafuso escolhida foi a ISO 8.8, devido a sua boa disponibilidade no mercado.
Com os valores de 𝑆𝑝 = 600 𝑀𝑃𝑎, 𝑘 = 0,9, 𝑃 = 37500 𝑁, 𝐶 = 0,17 e 𝑁𝑠 = 3, e com o auxílio
do EES, obteve-se A𝑡 = 172,9 𝑚𝑚2. Escolhe-se o parafuso com área sob tração imediatamente
superior, assim o parafuso M18 X 2,5 (tabela 9) de classe ISO 8.8 (tabela 10) foi escolhido.

31
Tabela 9 – Dimensões principais de roscas de parafusos métricos padrão ISO. [6]

Tabela 10 – Especificações métricas e resistências de parafusos de aço. [6]

Posteriormente a escolha do parafuso, foi verificado o coeficiente de segurança contra escoamento


do parafuso através das fórmulas (disponíveis no Norton)[6]
𝑆𝑦 𝑆𝑦 ∙ A𝑡
𝑁𝑦 = = ; 𝐹𝑏 = 𝐹𝑖 + 𝑐 ∙ 𝑃 e 𝐹𝑖 = 𝑘 ∙ 𝑆𝑝 ∙ A𝑡
𝜎𝑏 𝐹𝑏
Em que 𝑁𝑦 é o coeficiente de segurança contra escoamento do parafuso, 𝑆𝑦 é a tensão de
escoamento do parafuso, 𝜎𝑏 é a tensão aplicada no parafuso, A𝑡 é a área sob tensão do parafuso,
𝐹𝑏 é a força aplicada no parafuso, 𝐹𝑖 é a força de pré-carga do parafuso, 𝑐 é a constante da junção,
𝑃 é a carga externa aplicada e 𝑘 é a razão entre a carga de prova e a pré-carga do parafuso escolhida.
Com os valores de 𝑆𝑦 = 660 𝑀𝑃𝑎, A𝑡 = 192,47 mm2 , 𝑘 = 0,9, 𝑆𝑝 = 600 𝑀𝑃𝑎, 𝑐 = 0,17 e 𝑃 =
37500 𝑁, obteu-se, com o auxílio do EES. 𝑁𝑦 = 1,152, 𝐹𝑖 = 103,934 𝑘𝑁, 𝐹𝑏 = 110,309 𝑘𝑁.

32
Figura 35 – Disposição e espaçamento dos furos na chapa.

Deve-se agora considerar o esforço cortante causado pela torção, devido a folgas não é possível
distribuir igualmente os esforços cortantes entre todos os parafusos, será então considerado que
dois dos quatro parafusos dividirão o esforço cortante, o cálculo do esforço cortante foi feito
através da seguinte fórmula.
2𝑉 ∙ 0,141𝑚 = 𝑇𝑢
Em que V é o esforço cortante e 𝑇𝑢 é o torque de erguimento de carga do parafuso de potência,
com 𝑇𝑢 = 𝑇 = 1.252 𝑁𝑚, obteve-se 𝑉 = 4428 𝑁.
Calcula-se então a tensão de cisalhamento sofrida pelo parafuso e com o 𝐹𝑏 calcula-se a tensão
normal sofrida pelo parafuso através da seguinte fórmula.
𝑉 𝐹𝑏
𝜏= e σ=
𝐴𝑡 𝐴𝑡
Onde que 𝜏 é a tensão de cisalhamento, 𝑉 é o esforço cortante, 𝐴𝑡 é a área sob tensão, σ é a tensão
normal e 𝐹𝑏 é a força normal. Com V= 4,428 𝑘𝑁, 𝐴𝑡 = 192,47 𝑚𝑚2 e 𝐹𝑏 = 110,309 𝑘𝑁, obtem-
se 𝜏 = 23,01 𝑀𝑃𝑎 e σ = 573 Mpa.
Encontra-se então a Tensão de Von mises através da seguinde fórmula.
𝜎𝑉𝑚 = 574,5 𝑀𝑃𝑎
Calcula-se um novo o coeficiente de segurança contra escoamento do parafuso através da seguinte
fórmula:
𝑆𝑦
𝑁𝑦 =
𝜎𝑉𝑀
Obtem-se que 𝑁𝑦 = 1,149, como este valor é aceitável, o parafuso previamente escolhido é
mantido.
O torque de aperto do parafuso foi encontrado com a seguinte equação
𝑇𝑖 = 0,21 ∙ 𝐹𝑖 ∙ 𝑑
Em que 𝐹𝑖 é a força de pré-carga do parafuso, 𝑑 é o diâmetro maior do parafuso e 𝑇𝑖 é o torque de
aperto do parafuso. Com 𝐹𝑖 = 103,934 𝑘𝑁 e 𝑑 = 18𝑚𝑚, obteu-se 𝑇𝑖 = 392,9 𝑁𝑚.

7.3. PARAFUSOS DA UNIÃO CAIXA DE REDUÇÃO-CHAPA SUPERIOR

Como os parafusos dessa união estão sujeitos a carga externa de tração de 150 kN que serão
distribuídos igualmente entre os 4 parafusos e a distância dos 4 parafusos ao centro de massa dos
parafusos.

33
Figura 35 – Disposição dos parafusos na chapa do redutor

São as mesmas que as dos parafusos da união martelo-parafuso de potência e eles estarão sujeitos
ao mesmo torque, no caso de travamento, e portanto ao mesmo esforço de cisalhamento, os
mesmos parafusos escolhidos para a união martelo-parafuso de potência serão usados na união
caixa de redução-chapa superior.

7.4. PARAFUSOS DO MOTOR-ESTRUTURA DA PRENSA

O furo no motor para o parafuso é feito para parafusos ISO M14, como esses parafusos não estarão
sujeitos a cargas externas durante a operação foi escolhida a classe 4,6.
O torque de aperto dos parafusos foi encontrado com as seguintes equações:
𝐹𝑖 = 𝑘 ∙ 𝑆𝑝 ∙ A𝑡
𝑇𝑖 = 0,21 ∙ 𝐹𝑖 ∙ 𝑑
Com o auxílio do EES, com 𝑘 = 0,9, A𝑡 = 115,44 𝑚𝑚2 , 𝑆𝑝 = 225𝑀𝑃𝑎, 𝑑 = 14 𝑚𝑚, obtêm-
se 𝑇𝑖 = 68,73 𝑁𝑚.

8. CÁLCULO DA POTÊNCIA MECÂNICA DO MOTOR

Para o cálculo da potência mecânica do motor, foi utilizado o torque que deve ser aplicado ao
parafuso de potência e foi definido o tempo de prensagem como de 60 s. O cálculo foi feito a partir
das seguintes equações.
𝐷
𝑉 =𝑝∙𝑅 ; 𝑉 = ; 𝑃 =𝑇∙𝑤 e 𝑤 = 𝑅 ∙ 2𝜋
𝑡
Em que 𝑉 é a velocidade linear do parafuso, 𝑝 é o passo do parafuso de potencia, 𝑅 é a rotação do
parafuso de potencia, 𝐷 é o deslocamento do parafuso de potencia, 𝑡 é o tempo de prensagem, 𝑃 é
a potencia e 𝑤 é a velocidade angular do parafuso.
1
Com 𝑝 = 4 𝑖𝑛, 𝐷 = 0,4 𝑚, 𝑡 = 60 𝑠 e 𝑇 = 1252 Nm, foi encontrado 𝑃 = 8,4 𝑐𝑣.
O motor escolhido foi o W22 IR2 de 8 polos, 10 hp de potência e rotação de 875 rpm da WEG.
[14]

34
Figura 36 – W22 IR2 de 8 polos, 10 hp de potência da WEG. [14]

Tabela 11 – Linha W22 da WEG. [14]

Para calcular a redução necessária, foi usada a seguinte equação:


𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 = 𝑅𝑣 /𝑅
Em que 𝑅𝑣 é a rotação do motor, e 𝑅 é a rotação do parafuso, com 𝑅 = 47,29 𝑟𝑝𝑚 e 𝑅𝑣 =
875 𝑟𝑝𝑚, a redução necessária é de 18,5. Ou seja, o redutor sem-fim deve ter esta relação de
redução.

9. DIMENSIONAMENTO DO MARTELO

O martelo é a chapa que irá comprimir as latinhas de alumínio e tem dimensões de 590x790 mm,
o material escolhido para a fabricação foi o aço SAE 1045, o cálculo da espessura da chapa foi
feito com o auxílio do Ftool, foi considerado que o martelo seria uma viga sujeita a uma força

35
concentrada de 150 kN e uma força distribuída com mesma direção e sentido oposto cuja resultante
é de 150 kN.

Figura 37 - Diagrama de corpo livre. (Ftool)

Figura 38 - Diagrama de Força Cortante (Ftool)

Figura 39 - Diagrama de Momento Fletor. (Ftool)

O cálculo da espessura mínima exigida foi calculada pelo critério de resistência a flexão e
resistência ao cisalhamento.

9.1. RESISTÊNCIA A FLEXÃO

Com o momento fletor máximo e utilizando as fórmulas de tensão devido a flexão


𝜎𝑒𝑠𝑐 𝑀𝑐 𝑏 ∙ ℎ3 ℎ
= ; 𝐼= e 𝑐=
𝑓𝑠 𝐼 12 2
Em que 𝜎𝑒𝑠𝑐 é a tensão de escoamento do aço escolhido, 𝑓𝑠 é o fator de segurança, 𝑀 é o momento
máximo na viga e 𝐼 é o momento de inércia com relação ao eixo X, 𝑐 é a distância entre a
extremidade superior da chapa e a linha neutra, 𝑏 é a base da seção transversal da chapa e ℎ é a
espessura.
Com 𝜎𝑒𝑠𝑐 = 310 𝑀𝑃𝑎, 𝑀 = 15 𝑘𝑁 ∙ 𝑚, 𝑓𝑠 = 3, 𝑏 = 0,59. Obteve-se ℎ = 38,4 𝑚𝑚, a chapa
deve ter 40 mm.
No catálogo da Paulisteel [8] há uma chapa de 41,28 mm e está foi a chapa selecionada. Essa é a
mesma chapa para a chapa superior.

36
Tabela 12 - Tabela de chapa grossa de aço 1045 da Paulisteel [8]

9.2. RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO

Utilizando a fórmula de cisalhamento de viga de seção retangular.


3𝑉 𝜏
𝜏= ; 𝑓𝑠 = ; 𝐴 = 𝑏 ∙ ℎ e 𝜏𝑒𝑠𝑐 = 0,57 ∙ 𝜎𝑒𝑠𝑐
2𝐴 𝜏𝑒𝑠𝑐
Em que 𝜏 é a tensão de cisalhamento sofrida, V é o esforço cortante, 𝐴 é a área de seção
transversal, 𝑓𝑠 é o fator de segurança, 𝜏𝑒𝑠𝑐 é atenção de cisalhamento de escoamento, 𝑏 é a base
da seção transversal e h é a espessura da chapa.
Com 𝜎𝑒𝑠𝑐 = 310 𝑀𝑃𝑎, 𝑉 = 15 𝑘𝑁 ∙ 𝑚, 𝑓𝑠 = 3, 𝑏 = 0,59. Obteve-se ℎ = 1,845 𝑚𝑚, a chapa de
40 mm continuou apta.
Devido ao martelo não ser um corpo esbelto e as equações de mecânica dos materiais não serem
tão precisas para esse tipo de situação, foi feito uma simulação no solidworks. Aplicou-se uma
força uniformemente distribuída cuja resultante é de 150 kN.

37
Figura 40 – Simulação no Solidworks do martelo.

A tensão máxima encontrada foi de 140 𝑀𝑃𝑎, a tensão de escoamento do material é de 310 𝑀𝑃𝑎,
o coeficiente de segurança encontrado foi de 2,2. Apesar de menor que o coeficiente de segurança
estabelecido, devido a precisão do cálculo do método de elementos finitos e da simulação estar
conservadora, a área em q o martelo é fixa é maior que a área usada no solidworks, esse coeficiente
de segurança foi aceitável.

10. DIMENSIONAMENTO DA CHAPA SUPERIOR

Devido a complexibilidade da modelagem dessa chapa, que está soldada em toda a sua lateral e
possui um concentrador de tensão devido ao furo para a passagem do parafuso de potência, foi
escolhida uma chapa com mesma espessura e do mesmo material que a chapa do martelo e em
seguida foi feita uma simulação no solidworks, para verificar se a escolha é viável.
Foram aplicadas 4 forças iguais que juntas somam 150 kN, as forças estão aplicadas nas posições
em que estão os parafusos de fixação da caixa de redução.

38
Figura 41 – Simulação no Solidworks da chapa superior.

A tensão máxima encontrada foi de 96 𝑀𝑃𝑎, como a tensão de escoamento é de 310 𝑀𝑃𝑎, o
coeficiente de segurança foi de 3,2.

11. SELEÇÃO DA DOBRADIÇA

As Dobradiças que estão localizadas entre a porta e a estrutura não deve ser parafusada, pois isso
comprometeria a estrutura da prensa. Assim, foi selecionada a dobradiça 150-DB-P da Bakelitsul
[15]. É uma dobradiça interna fabricada em aço baixo carbono com pino central em aço baixo
carbono zincado branco trivalente. A fixação pode ser feita na porta através de rebites, solda ou
parafusos e porcas, de acordo com o fabricante.

Figura 42 – Dobradiça selecionada da Bakelitsul.[15]

39
Há duas portas com a espessura da chapa já calculada. A porta inferior tem 1,2 m, pois o início da
prensagem ocorre com essa altura. Já a porta superior tem 0,5 m de altura (pois a altura da chapa
lateral é de 1,7 m).
Assim, a dobradiça superior deve ter “C”, que é a altura da dobradiça segundo o catálogo da
Bakelitsul, igual a 0,5 m. Ou seja, o código 08346. Para a dobradiça inferior o “C” deve ser de 1,2
m , assim o código é 08349.

Tabela 13 – Dimensões das dobradiças da Bakelitsul[15]

12. SELEÇÃO DA ALÇA

Deve haver duas alças para manipular as portas. As alças selecionadas são indicadas para portas,
janelas, tampas ou qualquer outra superfície que necessite de movimentação, é um modelo com a
empunhadura anatômica e a fixação é através parafusos, porcas e arruelas que acompanham o
conjunto (os parafusos não podem ser retirados). A alça é de polímero plástico polipropileno
reforçado com 30% de fibra de vidro e os parafusos, porcas e arruelas em aço baixo carbono
zincado trivalente branco.

Figura 43 – Alça selecionada da Bakelitsul.[16]

40
Foi selecionada a Alça 015C-AL-B5 da Bakelitsul, com código 06272.

Tabela 14 – Dimensões da alça da Bakelitsul [16]

13. SELEÇÃO DO ACOPLAMENTO

Foi selecionado o Acoplamento Elástico da ECOTORK da fabricante The Power Transmission


Industries.

Figura 44 - Acoplamento Elástico da ECOTORK [17]

É um acoplamento torcionalmente flexível, o que permite a absorção de choques e vibrações


provenientes das máquinas acionadas e acionadoras. Permite ainda compensar desalinhamentos
angulares, radiais e axiais. Pelo fato de não necessitar ser lubrificado, é um acoplamento
“ecologicamente correto”. O torque é transmitido através da compressão dos elementos elásticos,
que podem trabalhar em temperaturas variando de -30°C até 85°C. O modelo TTXL-C / TTSC é
Acoplamento básico, composto por dois cubos padrão com garras e vários elementos elásticos
dispostos radialmente entre as garras e é indicado onde existe um mínimo afastamento entre as
pontas dos eixos.

41
Figura 45 – Características do acoplamento TTSC da Ecotork.[17]

Como o motor possui 875 rpm, o acoplamento deve ter a mesma rotação. A rotação mais próxima
e acima é a de 1900 rpm, assim o tamanho é 40. Ou seja, o acoplamento selecionado é
Acoplamento Elástico da ECOTORK modelo TTXL-C / TTSC tamanho 40 da empresa The Power
Transmission Industries [17]

14. ORÇAMENTO

Entramos em contato com diversos fabricantes de presas verticais que compactam latinhas de
alumínio. E apenas a empresa Fragmac deu mais informações sobre a Prensa Enfardadeira Modelo
P-100D. Esta é a uma prensa hidráulica que auxilia na fabricação e produção de materiais para
reciclagem, como fardos de papel reciclado, papelão, latinhas de alumínio, garrafa PET, entre
outros materiais.

42
Figura 46 - Prensa Enfardadeira Modelo P-100D da Fragmac. [18]

Tabela 14 – Características técnicas da Prensa Enfardadeira Modelo P-100D da Fragmac. [18]

Esta prensa custa 9.980,00 reais, vem incluso no custo do equipamento o Manual de instrução e
operação e a Entrega Técnica. Com este valor temos uma base para a prensa deste projeto.

15. CONCLUSÃO

Foi realizado o dimensionamento da estrutura, chapas, parafuso de potência, parafusos de fixação,


soldas, motor, dentre outros. Além disso, cada componente foi analisado conforme os esforços que
agem sobre cada um, dimensionando por resistência, deflexão e Flambagem, por exemplo. Ou
seja, utilizando principalmente os conhecimentos de estática, mecânica dos materiais e elementos
de máquinas.
43
Os principais elementos da prensa dimensionados e/ou selecionados são: Tubo quadrado com
largura de 175 mm com espessura de 14,2 mm ; Chapas com espessuras de 12,7 mm; Motor W22
IR2 de 8 polos, 10 hp de potência e rotação de 875 rpm ; Parafuso de potência com rosca Acme
cm 2,5” de diâmetro externo; Parafusos M18 X 2,5 de classe ISO 8.8 e M14 classe 4,6 e Soldas
com eletrodo E 12018-G e E 6010.
As figuras seguintes ilustram a prensa deste projeto.

Figura 47 – Prensa Compactadora de latinhas de alumínio (detalhe sem as portas). (Solidworks)

44
Figura 48 – Prensa Compactadora de latinhas de alumínio (detalhe em corte). (Solidworks)

16. REFÊRENCIAS

[1] ABAL. Por que Reciclar? Disponível em:


<http://abal.org.br/sustentabilidade/reciclagem/por-que-reciclar/>. Acesso em: 14 de ago. de
2017.
[2] ABAL. Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio (%). Disponível em:
<http://abal.org.br/estatisticas/nacionais/reciclagem/latas-de-aluminio/>. Acesso em: 15 de ago.
de 2017.
[3] ABAL. Latinhas Campeãs. Disponível em:
<http://abal.org.br/sustentabilidade/reciclagem/latinhas-campeas/>. Acesso em: 15 de ago. de
2017.
[4] PERES, Bruno Leonardo dos Santos ; PIRES, Vanessa Aline Anacleto; KROM, Valdevino.
Reciclagem de Latas de Alumínio No Brasil. Disponível em:
<http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2004/trabalhos/inic/pdf/IC6-20.pdf>. Acesso em: 15 de
ago. de 2017.
[5] ABILITY. Prensa Enfardadeira Vertical. Disponível em:
<http://www.enfardadeira.com.br/produtos/prensa-enfardadeira/prensa-enfardadeira-hidraulica-
modelos-vertical>. Acesso em: 9 de ago. de 2017.
[6] NORTON, ROBERT L. Projeto de máquinas : uma abordagem integrada. tradução:
Konstantinos Dimitriou Stavropoulos ... et al. 4. ed.: Porto Alegre: Bookman, 2013.
[7] GERDAU. Barras e perfis. Catálogo de bolso. 2013.
[8] PAULISTEEL. Catálogo de chapas, perfis, cantoneiras, trilhos e tubos.
[9] HIBBELER. Análide de estruturas. 8º ed. 2013.

45
[10] FERDINAND P. BEER; E. RUSSEL JOHNSTON, JR; JOHN T. DEWOLF et al. Mecânica
dos Materiais. 5 ed. 2008.
[11] VALLOUREC & MANNESMANN TUBES. Tubos Estruturais, Seção Circular, Quadrada e
Retangular.
[12] BUDYNAS RICHARD. Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia
Mecânica. 8 ed : Porto Algre: AMGH, 2011.
[13] ESAB. OK Eletrodo Revestido. 2005.
[14] WEG. W22: Motor Elétrico Trifásico. Catálogo Técnico. 2017
[15] BAKELITSUL. 150-DB-P- Dobradiça Piano Contínua Até 2 Metros Aço Zincado. Catálogo
Técnico.
[16] BAKELITSUL. 015C-AL-B5- Cabo Alça Plástica Tipo 3 Empunhadura Anatômica
Parafusos Fixos Injetados No Conjunto. Catálogo Técnico.
[17] THE POWER TRANSMISSION INDUSTRIES. Catálogo de Acoplamentos.
[18] FRAGMAC. Orçamento e condições de fornecimento. São Paulo.

17. ANEXOS

17.1. DEMONSTRAÇÃO PARA UM VASO DE PRESSÃO RETANGULAR

A figura 49 representa o vaso de pressão retangular, onde estão indicados os corte A-A e B-B.

Figura 49 – Representação do vaso de pressão retangular

Para o Corte A-A (figura 50, temos a seguinte análise com o somatório de forças em y.
∑ 𝐹𝑦 = 0
2𝜎2 (𝐿1 ∙ 𝑡) + 2𝜎2 (𝐿2 − 2𝑡) − 𝑝(𝐿1 − 2𝑡)(𝐿2 − 2𝑡) = 0
𝑝 (𝐿1 − 2𝑡)(𝐿2 − 2𝑡)
𝜎2 = ∙
2 (𝐿1 ∙ 𝑡) + (𝐿2 − 2𝑡)

46
Figura 50 – Corte A-A do vaso de pressão retangular

Para o Corte B-B (figura 51), temos a seguinte análise com o somatório de forças em z.
∑ 𝐹𝑧 = 0
2𝜎1 (𝐿3 ∙ 𝑡) − 𝑝(𝐿1 − 2𝑡)𝐿3 = 0
𝑝(𝐿1 − 2𝑡)𝐿3 𝑝
𝜎1 = → 𝜎1 = (𝐿1 − 2𝑡)
2𝑡𝐿3 2𝑡

Figura 51 – Corte B-B do vaso de pressão retangular

17.2. ANEXO 2 – ALGORITMO DA DETERMINAÇÃO DA ESPESSURA DA


CHAPA POR VASOS DE PRESSÃO

sigma_esc=350*10^6;
p=15*10^4/(0.6*0.8);
L_1=0.6;
L_2=0.8;
L_3=1.7;
t=[5.56 6.35 7.14 7.94 8.73 9.53 10.32 11.11 12.70 13.49 14.29 15.08 15.88
16.17 17.46 18.26 19.05 19.84 20.64 21.43 22.23 23.02 23.81 24.61 25.40 26.99
28.58 30.16 31.75 33.34 34.93 36.51 38.10 41.28 44.45 47.63 50.8 57.15 63.50
69.85 76.20 82.55 88.90 95.25 101.60 114.30 127 139.70 152.40 165.10];

47
t=t/1000;
sigma_2=(p.*(L_1-2.*t).*(L_2-2.*t))./(2.*((L_1*t)+(L_2-2.*t)));
sigma_1=(p.*(L_1-2.*t))./(2.*t);
sigma_VM=sqrt(sigma_1.^2+sigma_2.^2-sigma_1.*sigma_2);
t=t*1000;
f=sigma_esc./sigma_VM;
plot(t,f);
xlabel('Espessura do chapa (mm)');%Nomeando eixo x%
ylabel('Fator de Segurança ');%Nomeando eixo y%
title('\fontname{Arial} Fator de segurança em função da espessura das chapas
Vallourec','Fontsize',14);%Título do gráfico%

17.3. ANEXO 3 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA


ÁREA DE TUBOS QUADRADOS DA VALLOUREC

sigma_esc=350*10^6;
v=(15*10^4)/8;
A=linspace(0.0001,0.01,10000);
tau=(4/3).*(v./A);
sigma_VM=sqrt(3).*tau;
f=sigma_esc./sigma_VM;
A=A*(100^2);
plot(A,f);
xlabel('Área do Tubo quadrado em cm²');%Nomeando eixo x%
ylabel('Fator de Segurança ');%Nomeando eixo y%
title('\fontname{Arial} Fator de segurança em função da área de tubos
quadrados da Vallourec','Fontsize',14);%Título do gráfico%

17.4. ANEXO 4 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA


ESPESSURA DE TUBOS QUADRADOS DA VALLOUREC COM LARGURA
DE 60 E 70 MM

%Para um tubo com L=70mm obs:foi testado antes com 60mm, no de 60mm não tinha
a espessura de 10mm %
sigma_esc=350*10^6;
M=(15*10^4*0.6)/32;
L=70/1000;
t=[3.6 4.0 4.5 5.0 5.6 6.4 7.1 8.0 8.8 10];
t=t./1000;
l=L-2.*t;
sigma_apl=(6*M*L)./(L^4-l.^4);
f=sigma_esc./sigma_apl;
t=t*1000;
plot(t,f);
xlabel('Espessura do tubo (mm)');%Nomeando eixo x%
ylabel('Fator de Segurança ');%Nomeando eixo y%
title('\fontname{Arial} Fator de segurança em função da espessura de tubos
quadrados da Vallourec largura de 70mm','Fontsize',14);%Título do gráfico%

17.5. ANEXO 5 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA


ÁREA DE TUBOS QUADRADOS DA VALLOUREC

sigma_esc=350*10^6;
v=(425*10^3)/4;
A=linspace(0.0001,0.01,10000);
tau=(4/3).*(v./A);
sigma_VM=sqrt(3).*tau;
f=sigma_esc./sigma_VM;
A=A*(100^2);

48
plot(A,f);
xlabel('Área do Tubo quadrado em cm²');%Nomeando eixo x%
ylabel('Fator de Segurança ');%Nomeando eixo y%
title('\fontname{Arial} Fator de segurança em função da área de tubos
quadrados da Vallourec','Fontsize',14);%Título do gráfico%

17.6. ANEXO 6 – ALGORITMO - FATOR DE SEGURANÇA EM FUNÇÃO DA


ESPESSURA DE TUBOS QUADRADOS DA VALLOUREC

%Como o do último dimensionamento a largura mínima foi o de 80mm com


t=8mmm,utilizou a mesma largura como ponto de partida%
sigma_esc=350*10^6;
M=(15*10^4*0.8)/32;
F_ph=425*10^3;
M_F_ph=(F_ph*1.7)/16;
M_t=M+M_F_ph;
F=(15*10^4)/4;
L=175/1000;
t=[3.6 4.0 4.5 5.0 5.6 6.4 7.1 8.0 8.8 10 11 14.2 16];
t=t./1000;
l=L-2.*t;
sigma_M=(6*M_t*L)./(L^4-l.^4);
sigma_F=F./(L^2-l.^2);
sigma_VM=sigma_M+sigma_F;
f=sigma_esc./sigma_VM;
t=t*1000;
plot(t,f);
xlabel('Espessura do Tubo quadrado (mm)');%Nomeando eixo x%
ylabel('Fator de Segurança ');%Nomeando eixo y%
title('\fontname{Arial} Fator de segurança em função da espessura de tubos
quadrados Vallourec','Fontsize',14);%Título do gráfico%

17.7. ANEXO 7 – ALGORITMO - JUNTA PARAFUSO-MARTELO

{TENSÕES EM JUNÇÕES SOLDADAS - PARAFUSO-CHAPA DO MARTELO} {Em um tubo} {Shigley}


T=1252,41 {Torção do parafuso Nm}
F=150000 "Carga do parafuso de pot N"
d=2,5*0,0254 {m diametro maior (2,5in)}
r=d/2
fs=3
Sy=737000000 "tensão de escoamento em Pa do E60"

Ju=2*pi*(r^3) {segundo momento unitário de área}


fs=(0,577*Sy)/Tapl {fs é o coef de seg}
T1=(T*r)/(0,707*h*Ju)
T2=F/(1,414*pi*h*r)
Tapl=((T1^2)+(T2^2))^0,5

17.8. ANEXO 8 – ALGORITMO – JUNTA CHAPA-CHAPA

{TENSÕES EM JUNÇÕES SOLDADAS EM PRESSÃO HID - CHAPA-CHAPA}


{Shigley}
Fh=425000 "Força hidrostática em N na parede da chapa de 1,2X0,8m2"
fs=3
Sy=345000000 "tensão de escoamento em Pa do E60"
d=1,7 "largura externa do tubo quadrado em m"

Iu=(d^3)/12 {segundo momento unitário de área}


fs=(0,577*Sy)/Tapl {fs é o coef de seg}
49
c=d/2
Tapl=Fh/(0,707*h*d)

17.9. ANEXO 9 – ALGORITMO – JUNTA CHAPA-COLUNA

{TENSÕES EM JUNÇÕES SOLDADAS - TUBO-CHAPA LATERAL} {Em um tubo}{Shigley}


Mt=48906,25 {Nm}
F=37500 "N"
Fh=425000
fs=3
Sy=345000000 "tensão de escoamento em Pa do E60"
d=1,7 "largura externa do tubo quadrado em m"

Iu=(d^3)/12 {segundo momento unitário de área}


fs=(0,577*Sy)/Tapl {fs é o coef de seg}
c=d/2
T1=(F/(0,707*h*d))+((Mt*c)/(0,707*h*Iu))
T2=Fh/(0,707*h*d)
Tapl=((T1^2)+(T2^2))^0,5

17.10. ANEXO 10 – ALGORITMO – JUNTA TUBO-TUBO

{TENSÕES EM JUNÇÕES SOLDADAS EM MOMENTO E TRAÇÃO - TUBO-TUBO}


{Em um tubo} {Shigley}
Mt=48906,25 {Nm}
F=375000 "N"
fs=2,5
Sy=737000000 "tensão de escoamento em Pa do E120"
d=0,175 "largura externa do tubo quadrado em m"

Iu=(d^3)*(2/3) {segundo momento unitário de área}


fs=(0,577*Sy)/Tapl {fs é o coef de seg}
c=d/2
Tapl=(F/(2,828*h*d))+((Mt*c)/(0,707*h*Iu))

17.11. ANEXO 11 – ALGORITMO - JUNTA TUBO-TUBO REFORÇO

{TENSÕES EM JUNÇÕES SOLDADAS EM MOMENTO E TRAÇÃO - TUBO-TUBO REFORÇO}


{Em um tubo} {Shigley}
Mt=48906,25 {Nm}
F=375000 "N"
fs=2,5
Sy=737000000 "tensão de escoamento em Pa do E120"
b=0,175 "largura externa do tubo quadrado em m"

Iu=(b^3)/3 {segundo momento unitário de área}


fs=(0,577*Sy)/Tapl {fs é o coef de seg}
c=b/2
Tapl=(F/(2,121*h*b))+((Mt*c)/(0,707*h*Iu))

17.12. ANEXO 12 – ALGORITMO – JUNTA DAS CHAPAS SUPERIOR E


INFERIOR

{TENSÕES EM JUNÇÕES SOLDADAS - CHAPA INFERIOR E SUPERIOR}


{Shigley}
Fh=425000 {N}
F=37500 "N"
fs=3
Sy=345000000 "tensão de escoamento em Pa do E60"
50
b=0,8
d=0,6

fs=(0,577*Sy)/Tapl {fs é o coef de seg}


Tapl=(Fh+F)/(1,414*h*(b+d))

51

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