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Goiânia
-2003-
22
Goiânia
- agosto/2003 -
23
______________________________________
Prof. Ademir Aparecido do Prado, DSc. (UFG)
(ORIENTADOR)
______________________________________
Prof. Maurício Martines Sales, DSc. (UFG)
(CO-ORIENTADOR)
______________________________________
Prof. Daniel de Lima Araújo, DSc. (UFG)
(EXAMINADOR INTERNO)
______________________________________
Prof. Márcio Muniz de Farias, PhD. (UnB)
(EXAMINADOR EXTERNO)
24
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Bibliografia: f. 115-119
Inclui anexo
CDU: 624.155.113:624.131.384:519.6
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CESSÃO DE DIREITOS
GRAU/ANO: Mestre/2003
_________________________________
Flávio Ricardo Leal da Cunha
engfrlc@gmail.com
27
SUMÁRIO
RESUMO .....................................................................................................................19
ABSTRACT .................................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................21
1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................. 21
1.2 OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO ........................................................................22
1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .......................................................................23
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1 Discretização de uma estaca conforme o programa PILE99: (a) forças no
topo da estaca; (b) pontos de colocação na estaca; (c) parâmetros nodais
de deslocamentos.........................................................................................41
Figura 3.2 Representação do esquema para simulação de uma estaca isolada..............42
Figura 3.3 Resposta carga x recalque de uma estaca isolada segundo Randolph &
Wroth (1978) e Poulos & Davis (1980) em relação ao programa PILE99..42
Figura 3.4 Grupo com duas estacas flutuantes apresentado por Poulos & Davis
(1980) ..........................................................................................................43
Figura 3.5 Fator de interação (α) em função do espaçamento para estacas flutuantes
com três comprimentos relativos: (a) L/D=10; (b) L/D=50; (c) L/D=100..44
Figura 3.6 Resposta da variação do fator de correção (Nν) x espaçamento relativo
(s/D) em função do coeficiente de Poisson do solo (νs) ..............................45
Figura 3.7 Razão de recalque (RS) x s/D de um grupo com nove estacas simétricas
para três comprimentos relativos: (a) L/D=10; (b) L/D=25; (c) L/D=50....47
Figura 3.8 Esquema em planta das estacas analisadas segundo Butterfield &
Banerjee (1971): (a) estaca isolada; (b) grupo com quatro estacas; (c)
grupo com duas estacas; (d) grupo com nove estacas .................................48
Figura 3.9 Resposta carga x recalque de uma estaca isolada em comparação com os
resultados de Butterfield & Banerjee (1971)...............................................48
Figura 3.10 Resposta carga x recalque de grupo com quatro estacas em comparação
com os resultados de Butterfield & Banerjee (1971) ..................................49
Figura 3.11 Razão de recalque x espaçamento de um grupo com duas estacas em
relação a solução de Butterfield & Banerjee (1971)....................................50
Figura 3.12 Razão de recalque x espaçamento de um grupo com nove estacas em
relação a solução de Butterfield & Banerjee (1971)....................................50
Figura 3.13 Esquema em planta das estacas estudadas por Kuwabara (1989): (a)
estaca isolada; (b) grupo com nove estacas .................................................51
30
Figura 3.14 Resposta carga x recalque de uma estaca isolada em comparação com os
resultados de Kuwabara (1989) ...................................................................51
Figura 3.15 Resposta carga x recalque de um grupo com nove estacas em
comparação com os resultados de Kuwabara (1989) ..................................52
Figura 3.16 Razão entre o recalque imediato x recalque final de uma estaca isolada
em comparação com Kuwabara (1989) .......................................................53
Figura 3.17 Razão entre o recalque imediato x recalque final de um grupo com nove
estacas em comparação com Kuwabara (1989)...........................................53
Figura 3.18 Resposta carga x recalque de uma estaca isolada segundo Randolph &
Wroth (1978) e Poulos & Davis (1980) em relação ao programa ANSYS. 55
Figura 3.19 Malha empregada na modelagem tridimensional de uma estaca isolada:
(a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c) ampliação da vista de topo próximo à
estaca ...........................................................................................................55
Figura 3.20 Resposta carga x recalque numa estaca isolada com L=40m e H/L=1,5
como em Ottaviani (1975)...........................................................................57
Figura 3.21 Resposta carga x recalque numa estaca isolada com L=20m e H/L=1,5
comparando com Ottaviani (1975) ..............................................................57
Figura 3.22 Malha usada na modelagem de uma estaca isolada conforme Ottaviani
(1975): (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c) ampliação da vista de topo
próximo à estaca ..........................................................................................58
Figura 3.23 Condições de contorno e malha empregada na modelagem axissimétrica
de acordo com Ottaviani (1975) ..................................................................58
Figura 3.24 Resposta carga x recalque numa estaca isolada com L=20m e H/L=4,0
como obtido por Ottaviani (1975) ...............................................................59
Figura 3.25 Esquema de uma estaca carregada axialmente segundo Sales et al.
(1998)...........................................................................................................59
Figura 3.26 Bacia de recalque para H/L de 1,5 e 2,0 segundo Sales et al. (1998) ........60
Figura 3.27 Bacia de recalque para H/L de 5,0 e ∞ segundo Sales et al. (1998) ..........61
Figura 3.28 Influência do domínio lateral de uma estaca isolada .................................61
Figura 3.29 Malha utilizada na modelagem de uma estaca isolada segundo Sales et
al. (1998): (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c) ampliação da vista de topo
próximo à estaca ..........................................................................................62
31
Figura 3.30 Perfil das formas de travamento testadas no programa ANSYS: (A)
restrição normal em todas as direções; (B) restrição normal nas laterais e
totalmente restringido no fundo; (C) totalmente restringido em todas as
direções; (D) Restrição normal no fundo e totalmente restringido nas
laterais..........................................................................................................63
Figura 3. 31 Influência da forma de restrição no maciço ..............................................63
Figura 4.1 Esquema em planta e perfil de quatro casos: (a) estaca isolada carregada;
(b) duas estacas carregadas; (c) três estacas com duas carregadas; (d) três
estacas carregadas........................................................................................66
Figura 4.2 Resposta carga x recalque de quatro casos estudados para s/D=2,5 e
D=0,2m ........................................................................................................67
Figura 4.3 Representação em planta de cinco casos estudados: (a) estaca isolada; (b)
duas estacas; (c) três estacas; (d) quatro estacas; (e) cinco estacas .............67
Figura 4.4 Resposta carga x recalque de cinco casos distintos, para s/D=2,5 e
D=0,2m ........................................................................................................68
Figura 4.5 Resposta carga x recalque de dois grupos com duas e quatro estacas
carregadas, com s/D=2,5 .............................................................................68
Figura 4.6 Resposta carga x recalque em relação a s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0 ..........69
Figura 4.7 Vista em planta de três casos: (a) grupo de duas estacas carregadas; (b)
grupo de três estacas sendo duas carregadas; (c) grupo de nove estacas
com duas carregadas....................................................................................70
Figura 4.8 Resposta carga x recalque de duas estacas carregadas, três com duas
carregadas e nove com duas carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m ..............70
Figura 4.9 Resposta carga x recalque de dois grupos de três e nove estacas com duas
carregadas, para s/D=2,5 .............................................................................71
Figura 4.10 Resposta carga x recalque para três valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c)
5,0 ................................................................................................................72
Figura 4.11 Esquema em planta de três casos: (a) grupo de três estacas carregadas;
(b) grupo de cinco estacas com três estacas carregadas; (c) grupo de nove
estacas com três carregadas .........................................................................73
32
Figura 4.12 Resposta carga x recalque de três estacas carregadas, cinco estacas com
três carregadas e nove estacas com três carregadas, para s/D=2,5 e
D=0,2m........................................................................................................73
Figura 4.13 Esquema em planta de três casos: (a) grupo de quatro estacas
carregadas; (b) grupo de cinco com quatro estacas carregadas; (c) grupo
de nove estacas com quatro carregadas .......................................................74
Figura 4.14 Resposta carga x recalque de três diferentes grupos com quatro estacas
carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m ............................................................74
Figura 4.15 Esquema em planta de dois casos: (a) grupo de cinco estacas carregadas;
(b) grupo de nove estacas com cinco carregadas.........................................74
Figura 4.16 Resposta carga x recalque de dois grupos com s/D=2,5 e D=0,2m ...........75
Figura 4.17 Recalque (w) x L/D com D = 0,2m para dois casos de s/D: (a) 2,5; (b)
5,0 ................................................................................................................76
Figura 4.18 Resposta α x L/D, com s/D=2,5 e D=0,2m, em comparação com Poulos
& Davis (1980) ............................................................................................77
Figura 4.19 Resposta α x L/D para três valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0...........78
Figura 4.20 Resposta RS x L/D, com s/D=2,5 e D=0,2m, para três situações de
carregamento nas estacas: (a) duas carregadas; (b) três carregadas; (c)
quatro carregadas.........................................................................................79
Figura 4.21 Resposta RS x L/D para três valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0 .........80
Figura 5.1 Esquema em planta e perfil de quatro casos: (a) estaca isolada carregada;
(b) duas estacas carregadas; (c) três estacas com duas carregadas; (d) três
estacas carregadas........................................................................................83
Figura 5.2 Resposta carga x recalque de quatro casos estudados para s/D=2,5 e
D=0,2m ........................................................................................................84
Figura 5.3 Malha aplicada na modelagem tridimensional de um grupo com três
estacas carregadas: (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c) ampliação da vista
de topo próximo às estacas ..........................................................................84
Figura 5.4 Representação em planta de cinco casos estudados: (a) estaca isolada; (b)
duas estacas; (c) três estacas; (d) quatro estacas; (e) cinco estacas .............85
Figura 5.5 Resposta carga x recalque de cinco casos estudados com s/D=2,5 e
D=0,5m ........................................................................................................85
33
Figura 5.6 Comparação entre diferentes diâmetros com a mesma relação s/D=2,5
para duas e quatro estacas carregadas..........................................................86
Figura 5.7 Malha aplicada na modelagem tridimensional de um grupo com duas
estacas carregadas: (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c) ampliação da vista
de topo próximo às estacas ..........................................................................86
Figura 5.8 Resposta carga x recalque em função de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0 .........87
Figura 5.9 Vista em planta de três casos: (a) grupo de duas estacas carregadas; (b)
grupo de três estacas sendo duas carregadas; (c) grupo de nove estacas
com duas carregadas....................................................................................88
Figura 5.10 Malha aplicada na modelagem tridimensional de um grupo de nove
estacas sendo duas carregadas: (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c)
ampliação da vista de topo próximo às estacas ...........................................88
Figura 5.11 Resposta carga x recalque de três diferentes casos com duas estacas
carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m ............................................................89
Figura 5.12 Esquema em planta de três casos: (a) grupo de três estacas carregadas;
(b) grupo de cinco com três estacas carregadas; (c) grupo de nove com
três carregadas .............................................................................................89
Figura 5.13 Resposta carga x recalque de três estacas carregadas, cinco estacas com
três carregadas e nove estacas com três carregadas, para s/D=2,5 e
D=0,2m ........................................................................................................90
Figura 5.14 Comparação entre diferentes diâmetros com a mesma relação s/D=2,5
para três estacas carregadas ........................................................................91
Figura 5.15 Resposta carga x recalque em relação à s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0 ........92
Figura 5.16 Esquema em planta de três casos: (a) grupo de quatro estacas
carregadas; (b) grupo de cinco com quatro estacas carregadas; (c) grupo
de nove com quatro carregadas ..................................................................93
Figura 5.17 Resposta carga x recalque de três diferentes grupos com quatro estacas
carregadas com s/D=2,5 e D=0,2m .............................................................93
Figura 5.18 Malha usada na modelagem tridimensional de um grupo de cinco
estacas com quatro carregadas: (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c)
ampliação da vista de topo próximo às estacas ...........................................93
Figura 5.19 Esquema em planta de dois casos: (a) grupo de cinco estacas carregadas;
(b) grupo de nove estacas com cinco carregadas.........................................94
34
Figura 5.20 Resposta carga x recalque de dois diferentes grupos com cinco estacas
carregadas para s/D=2,5 e D=0,2m .............................................................94
Figura 5.21 Relação w x L/D com D=0,2m para três grupos distintos com três
estacas carregadas e dois valores de s/D: (a) 2,5; (b) 5,0 ............................95
Figura 5.22 Relação w x L/D com D=0,5m para três grupos distintos com três
estacas carregadas e dois valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5 ............................96
Figura 5.23 Resposta α x L/D para dois valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5.......................97
Figura 5.24 Resposta RS x L/D para grupos com duas e quatro estacas carregadas,
com D=0,2m e s/D=2,5 ...............................................................................98
Figura 5.25 Malha aplicada na modelagem tridimensional de um grupo de quatro
estacas carregadas: (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c) ampliação da vista
de topo próximo às estacas ..........................................................................99
Figura 5.26 Malha aplicada na modelagem tridimensional de um grupo com nove
estacas sendo quatro carregadas: (a) vista 3-D; (b) vista de topo; (c)
ampliação da vista de topo próximo às estacas ...........................................99
Figura 5.27 RS x L/D para três situações distintas com s/D=2,5 e D=0,2m..................100
Figura 6.1 Resposta carga x recalque de uma estaca isolada segundo Randolph &
Wroth (1978) e Poulos & Davis (1980) em relação aos programas
ANSYS e PILE99........................................................................................102
Figura 6.2 Comparação da resposta carga x recalque de uma estaca isolada e um
grupo de cinco estacas em relação aos programas ANSYS e PILE99, para
s/D=2,5 e D=0,2m .......................................................................................103
Figura 6.3 Comparação da resposta carga x recalque de um grupo de duas estacas e
outro de nove, analisados pelos programas ANSYS e PILE99, para
s/D=2,5 e D=0,2m .......................................................................................104
Figura 6.4 Comparação da resposta carga x recalque de um grupo de nove estacas
com três carregadas, com s/D igual a 2,5 e 5,0, calculados pelos
programas ANSYS e PILE99 ......................................................................104
Figura 6.5 Comparação da resposta carga x recalque de um grupo de três estacas e
outro de nove em comparação aos programas ANSYS e PILE99, para
s/D=2,5 e D=0,5m .......................................................................................105
35
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 Propriedade dos materiais usados pelo programa PILE99 ..........................65
Tabela 4.2 Relação do espaçamento relativo por parte .................................................65
LISTA DE SÍMBOLOS
Letras Gregas
α fator de interação
δG recalque de um grupo de estacas
δP recalque de uma estaca isolada
ζ transferência de carga
ζ* índice modifica da transferência de carga
η razão entre o raio da ponta pelo raio
θ ângulo entre R e a sua projeção vertical
λ razão de compressibilidade da estaca
µL parâmetro definido por Randolph & Wroth (1978) na previsão do recalque de
uma estaca isolada
ν coeficiente de Poisson
ν’s coeficiente de Poisson do solo drenado
νs coeficiente de Poisson do solo
ξ rigidez da estaca
ξ* índice modificado da rigidez da estaca
ρ razão entre o módulo cisalhante médio ao longo da estaca e o valor ao nível da
ponta
ρr deslocamento na direção x
ρz deslocamento na direção z, recalque no topo da estaca
ρi recalque imediato
ρTF recalque final
σz , σr , σt tensões normais
τrz tensão cisalhante atuante no plano xz
40
LISTA DE ABREVIATURAS
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
que a união entre as estacas e o pilar é feita por intermédio de um bloco de concreto
armado.
1.2 OBJETIVOS
A presente dissertação tem como objetivo fazer uma breve revisão sobre os
métodos existentes na análise da interação estaca-solo-estaca.
Em seguida, serão analisados casos de interações entre estacas, modelados pelo
MEC e MEF, comparando soluções analíticas conhecidas em casos simples, bem como em
casos apresentados na literatura, com a intenção de calibrar os programas PILE99 (MEC) e
ANSYS (MEF).
Por fim, pretende-se usar as duas metodologias para explorar situações com um
número maior de estacas, onde não existe solução analítica. Para estes casos, serão
23
CAPÍTULO II
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
o solo circundante para que seja mobilizado o atrito lateral. Portanto, o atrito lateral
depende não somente das propriedades intrínsecas do solo e do material constituinte da
estaca, mas também do nível de mobilização do atrito lateral.
Desta forma, nota-se que o comportamento de uma estaca quando na presença
de outros elementos de fundação próximos é diferente do comportamento de uma estaca
isolada.
Burland et al. (1977), apud Sales (2000), propuseram que na maioria dos
projetos de fundações em estacas apenas o critério de capacidade de carga era levado em
consideração em função dos pequenos recalques obtidos. No entanto, uma outra forma de
análise seria calcular as fundações com um número mínimo de estacas, as quais
garantissem um recalque aceitável, o que traria uma economia na fundação em questão.
Desta forma, foi adotado o termo “elementos redutores de recalque” para as estacas, nos
projetos de grupos onde prevalecesse o critério de recalque.
Assim, além de resistir ao carregamento, as estacas possuem outra função
importante, a de reduzir os efeitos de recalque, principalmente quando combinadas com
fundações superficiais em um número mínimo de estacas.
P
Kp = (2.1)
w
não deve ser confundido com a rigidez estrutural de um material qualquer, geralmente
representado pelo produto entre o módulo de elasticidade (E) e o módulo de inércia da
seção transversal (I).
Outro termo, definido em Poulos & Davis (1974) e utilizado no decorrer deste
trabalho, é a expressão “rigidez relativa de uma estaca”. A rigidez relativa (K) é a razão
entre o módulo de elasticidade do material da estaca e do solo, multiplicado por um fator
de área, como expresso na Equação (2.2). Esta relação indica a intensidade da
compressibilidade entre a estaca e o solo. No caso de uma estaca de seção regular cheia,
Ap=Ac.
Ep Ap
K= (2.2)
Es A c
recalques do grupo e de uma estaca isolada. Segundo definido por Poulos & Davis (1980),
a razão de recalque (RS) é o quociente entre o recalque médio de um grupo pelo recalque
de uma estaca isolada submetida a mesma média do carregamento do grupo.
Neste sentido, diversos autores propuseram correlações entre o recalque do
grupo e de uma estaca isolada. Descreve-se a seguir algumas correlações encontradas na
literatura.
Skempton (1953) apud Poulos & Davis (1980) propôs a relação em solos
granulares entre o recalque de um grupo de estacas (δG), com largura B em metros, e o
recalque de uma estaca isolada (δP), definida pela Equação (2.3):
2
δ ⎛ 4B + 3 ⎞
RS = G = ⎜ ⎟ (2.3)
δP ⎝ B + 4 ⎠
⎛ c⎞
c.⎜ 5 − ⎟
3⎠
RS = ⎝ 2
(2.4)
⎛ 1⎞
⎜⎜1 + ⎟⎟
⎝ nr ⎠
B
RS = (2.5)
D
Fleming et al. (1985) apud Sales (2000) sugerem que para um grupo com ‘n’
estacas utiliza-se a Equação (2.6):
28
RS ≈ nw (2.6)
O expoente ‘w’ da Equação (2.6) varia entre 0,4 e 0,6 na maioria dos casos. O
valor mais baixo corresponde às estacas de atrito, enquanto o mais alto corresponde às
estacas de ponta. Poulos (1993) propõe empregar o valor médio igual a 0,5.
Poulos & Davis (1980) propuseram ábacos para a determinação de RS,
considerando fatores de interação entre estacas, como o espaçamento e o comprimento em
relação ao diâmetro, além das propriedades elásticas do solo e das estacas. Estes ábacos
foram calculados pelo MEC, admitindo válido o princípio da superposição dos campos de
deformação para pontos vizinhos a várias estacas.
d eq = 1,27 A G (2.7)
d eq = 1,13 A G (2.8)
Ap ⎛ Ap ⎞
E eq = E p + Es ⎜⎜1 − ⎟
⎟ (2.9)
AG ⎝ A G⎠
29
a) Solução de Boussinesq
Boussinesq (1885) apud Poulos & Davis (1974) desenvolveu a solução geral
formal para um carregamento vertical superficial no meio semi-infinito usando a teoria da
elasticidade e a mecânica dos materiais. No estudo de fundações, as equações formuladas
para o caso da carga concentrada na superfície (Figura 2.1) fornecem as componentes de
tensão e de deslocamento em um ponto no interior do maciço semi-infinito, levando em
consideração que o material seja elástico-linear, homogêneo e isotrópico.
θ
σ
σ
τ
R = r2 + z2 (2.10)
30
3.Q.z 3 Q
σZ = = (3. cos5 θ ) (2.11)
2.π .R 5
2.π .z 2
(1 − 2.ν ).Q ⎡ z ⎛ 3 2 ⎞
σt = −
R ⎤
=
Q
.(1 − 2.ν ).⎜ cos θ − cos θ ⎟ (2.13)
⎢ ⎥ ⎜ 1 + cosθ ⎟⎠
2.π .R 2 ⎣ R R + z ⎦ 2.π .z 2 ⎝
(1 +ν ).Q.z
θ= (2.14)
π .R 3
3.Q.r.z 2 Q
τ rz = = (3.sen θ . cos 4 θ ) (2.15)
2.π .R 5
2.π .z 2
Q(1 + ν ) ⎡ z2 ⎤
ρz = ⎢2.(1 −ν ) + ⎥ (2.16)
2.π .E.R ⎢⎣ R 2 ⎥⎦
b) Solução de Mindlin
Mindlin (1936) apud Poulos & Davis (1974) desenvolveu, a partir da solução
de Boussinesq (1885), equações para tensões e deslocamentos a partir do pressuposto que a
carga concentrada ‘Q’ não atuava na superfície, mas a uma profundidade ‘c’ dentro do
31
1
r = (x2 + y 2 ) 2 (2.18)
1
R1 = (r + ( z − c) )
2 2 2
(2.19)
1
R2 = (r 2 + ( z + c) 2 ) 2 (2.20)
− Q ⎡ (1 − 2ν )( z − c) (1 − 2ν )( z − c) 3( z − c) 3
σZ = ⎢− + −
8π (1 −ν ) ⎢⎣ R13 R23 R15
− Q(1 − 2ν ) ⎡ z − c (3 − 4ν )( z + c) − 6c 4(1 −ν )
σt = ⎢ 3 + −
8π (1 −ν ) ⎢⎣ R1 R23 R2 ( R2 + z + c)
32
6c( z + c) 2 6c 2 ( z + c) ⎤
+ − ⎥ (2.23)
R25 (1 − 2ν ) R25 ⎦⎥
− Qy ⎡ (1 − 2ν ) 1 − 2ν 3( z − c) 2 3(3 − 4ν ) z ( z + c) − 3c(3z + c)
τyz = ⎢− + − −
8π (1 −ν ) ⎢⎣ R13 R23 R15 R25
30cz(z + c) 2 ⎤
− ⎥ (2.24)
R 72 ⎦
Q ⎡ 3 − 4ν 8(1 −ν ) 2 − (3 − 4ν ) ( z − c) 2 (3 − 4ν )( z + c) 2 − 2cz
ρz = ⎢ − + +
16π G (1 −ν ) ⎢⎣ R1 R2 R13 R23
6cz(z + c) 2 ⎤
− ⎥ (2.25)
R 52 ⎦
Randolph & Wroth (1978) apud Sales (2000) propuseram uma solução
aproximada para o processo de transferência de carga ao solo de uma estaca isolada com
carga axial, fundamentada na solução de Boussinesq, conforme Equação (2.27):
33
4η 2π tgh( µL) L
+ρ
PT (1 −ν )ξ ζ µL r
= (2.27)
GL .r.w 1 + 1 4η tgh( µL) L
πλ (1 −ν )ξ µL r
onde: PT = carga no topo da estaca;
w = recalque no topo da estaca;
GL = módulo cisalhante do solo a uma profundidade Z = L;
L = comprimento da estaca;
r = raio da estaca;
η = rb/r, rb = raio da ponta da estaca;
ξ = GL/Gb, Gb = módulo cisalhante abaixo da ponta da estaca;
__
__
G
ρ= , G = módulo cisalhante médio do solo no trecho penetrado pela
GL
estaca;
Ep
λ= , Ep = módulo de elasticidade do material da estaca;
GL
L 2
µL = .
r ζλ
Randolph & Wroth (1979) estenderam este trabalho para um grupo de estacas,
modificando os parâmetros de transferência de carga (ζ) e de rigidez da estaca (ξ), segundo
as expressões:
n
⎛s ⎞
ζ * = n.ζ − ∑ ln⎜ i ⎟ (2.28)
i=2 ⎝ r ⎠
⎡ 2 n r ⎤
ξ* = ξ ⎢1 + ∑ b ⎥ (2.29)
⎣ π i=2 s i ⎦
Poulos & Davis (1980) apresentaram uma solução aproximada para o caso de
uma estaca isolada dentro de um maciço de solo, submetido a um carregamento axial,
fundamentada na solução de Mindlin, conforme a Equação (2.30):
P.I
ρz = (2.30)
E P .D
I = I1.Rk.Rh.Rν (2.31)
I = I1.Rk.Rb.Rν (2.32)
mesma profundidade. O solo foi modelado como um material elástico, caracterizado por
possuir um módulo cisalhante que aumenta de forma linear com a profundidade, e
coeficiente de Poisson constante. O método foi obtido através dos parâmetros da retro-
análise de três ensaios de campo e comparado com os resultados dos mesmos. Segundo
avaliação dos autores, obteve uma boa precisão.
Kuwabara (1989) estudou os efeitos da interação solo-estrutura numa estaca
isolada e num grupo com nove estacas sob um radier, carregados axialmente, considerando
ora o radier em contato com solo ora sem contato. O problema foi resolvido através do
MEC de acordo com a solução elástica de Mindlin (1936), considerando o solo como um
semi-espaço elástico, homogêneo e isotrópico. Nestas análises, cada estaca foi dividida em
dez elementos iguais ao longo de seu comprimento e um único elemento foi usado na base.
Concluiu que a redução do recalque causada pela presença do radier é muito pequena, e
que o radier transmite de 20 a 40% do carregamento total diretamente para o solo.
Poulos (1993) examinou alguns métodos de previsão de recalque em grupos de
estacas e comparou com perfis de solo idealizados. A influência do comportamento dos
grupos para solos não homogêneos e a resposta estaca-solo não linear foram analisados. O
autor sugere, quando na utilização de métodos simplificados, usar o método do tubulão
equivalente para o caso de pequenos grupos (< 16 estacas) e o método do radier
equivalente no caso de grupos maiores (> 16 estacas).
Mendonça (1997) desenvolveu uma formulação híbrida para analisar o
comportamento estrutural da interação placa-estaca-solo, admitindo a solução fundamental
de Mindlin (1936) e considerando as estacas submetidas apenas ao carregamento axial e
totalmente imersas num semi-espaço, linear-elástico, homogêneo e isotrópico. Os
resultados foram comparados com o trabalho de Butterfield & Banerjee (1971) e obtiveram
uma boa concordância.
Poulos et al. (1997) classificaram em três categorias os métodos de análise e
projeto de radiers estaqueados, sendo eles: métodos simplificados de cálculo, métodos
aproximados e métodos numéricos rigorosos. Estes métodos foram avaliados através de
dois casos, um hipotético e um caso real publicado. Os autores chamam a atenção para as
diferentes respostas carga x recalque encontradas pelos métodos nas análises não lineares,
especialmente quando as estacas estão totalmente mobilizadas, e concluem que, para os
casos elásticos com carregamento axial, há uma razoável concordância entre os resultados.
39
CAPÍTULO III
VALIDAÇÃO DOS MODELOS NUMÉRICOS
3.1.1 Soluções analíticas propostas por Randolph & Wroth (1978) e Poulos & Davis (1980)
PILE99. Neste caso, Poulos & Davis (1980) apresenta sistematicamente recalques
inferiores, divergindo levemente das outras duas soluções.
H
D
20
16
12
P/ES.D.w
0
0 10 20 30 40 50
L/D
Figura 3.3 – Resposta carga x recalque de uma estaca isolada segundo Randolph & Wroth
(1978) e Poulos & Davis (1980) em relação ao programa PILE99.
43
Conforme proposto por Poulos (1968) e descrito em Poulos & Davis (1980), a
interação entre um grupo de estacas pode ser feita através do princípio da superposição dos
efeitos, desde que seja considerado que o solo permaneça puramente elástico e não haja
nenhum deslizamento ou escoamento da interface solo-estaca. Assim, para o caso de um
grupo com duas estacas idênticas, igualmente carregadas e distanciadas por um
espaçamento (s), conforme ilustra a Figura 3.4, pode ser estabelecido um fator de interação
(α) que mede, através do acréscimo de recalque, a influência da interação entre as estacas,
como mostra a Equação (3.1):
s
P P
D D
Figura 3.4 – Grupo com duas estacas flutuantes apresentado por Poulos & Davis (1980).
1,0
Valores PILE99
0,8
de K POULOS
0,6
α 1000 L/D=10
0,4
100
0,2
0,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
0,20 0,16 0,12 0,08 0,04 0,00
s/D D/s
(a)
1,0
Valores PILE99
0,8
de K POULOS
0,6
α 1000 L/D=50
0,4
100
0,2
0,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
0,20 0,16 0,12 0,08 0,04 0,00
s/D D/s
(b)
1,0
Valores PILE99
0,8
de K POULOS
5000
0,6
α L/D=100
0,4
1000
0,2
0,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
0,20 0,16 0,12 0,08 0,04 0,00
s/D D/s
(c)
Figura 3.5 – Fator de interação (α) em função do espaçamento para estacas flutuantes com
três comprimentos relativos: (a) L/D = 10; (b) L/D = 50; (c) L/D = 100.
45
valores encontrados para K=100. Para o último caso, os valores de K utilizados foram de
1000 e 5000, pois as curvas com os valores de K correspondentes a 100 e 1000 eram muito
próximas. Assim, no caso ‘c’, com L/D=100, é observada uma razoável concordância para
K=1000 e um pouco melhor para o K=5000.
Deste modo, nos casos analisados por meio da Figura 3.5, conclui-se que o
programa PILE99 alcança boa proximidade com os resultados encontrados por Poulos
(1968) para o caso de duas estacas, e ainda, destaca-se três conclusões. A primeira, que o
aumento do espaçamento entre as estacas causa uma redução no recalque do grupo, a
segunda, que o aumento da rigidez relativa (K) aumentam os recalques do grupo, e, por
último, que o aumento do comprimento da estaca também diminui o recalque do grupo.
Na Figura 3.6, para o caso de estacas flutuantes, onde L/D=50, K=1000 e
H/L=∞, expõe-se a variação do efeito do coeficiente de Poisson do solo, expresso pelo
fator de correção (Nν) em função do espaçamento relativo (s/D). O fator correção (Nν) é a
relação entre o fator de interação (α) pelo α0,5 (fator de interação para νs=0,5). Observa-se
a mesma tendência entre a variação do coeficiente de Poisson do solo ao se comparar os
resultados do programa PILE99 e Poulos & Davis (1980), porém os valores encontrados
pelo programa PILE99 são inferiores aos obtidos por Poulos & Davis (1980). Nota-se que
a diminuição do coeficiente de Poisson do solo (νs) aumenta o valor do fator de correção
(Nν), principalmente para valores mais altos do espaçamento, e ainda, para s/D ≤ 5, os
valores do coeficiente de Poisson apresentam pequenas diferenças.
1,6
1,5
PILE99
1,4
Valores
POULOS & DAVIS
do ν
Nν = α / α0,5
1,3
0,0
1,2 0,15
1,1
0,35
1,0
0,50
0,9
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
0,20 0,16 0,12 0,08 0,04 0,0
s/D D/s
Figura 3.6 – Resposta da variação do fator de correção (Nν) x espaçamento relativo (s/D)
em função do coeficiente de Poisson do solo (νs).
46
A Figura 3.7 expõe a relação entre a razão de recalque (RS) pelo espaçamento
relativo (s/D) para três valores de L/D num grupo simétrico de nove estacas com νs=0,5. A
razão de recalque (RS) é expressa na Equação (3.2):
Nos casos ‘a’ e ‘b’, uma boa proximidade é observada entre o programa
PILE99 e os resultados de Poulos & Davis (1980). Já no caso ‘c’, para o valor de K=100 o
programa PILE99 apresenta valores inferiores de RS aos Poulos & Davis (1980), mantendo
a boa tendência para os outros valores de K. Por fim, para todos os casos da Figura 3.7,
pode-se notar que a razão de recalque aumenta na medida que cresce o valor de K e existe
uma tendência de estabilização da RS com o aumento do espaçamento entre as estacas.
6,0
Valores
de K
5,0
4,0
∞
3,0
RS
10 100
2,0
PILE 99
1,0
POULOS & DAVIS (1980) L/D = 10
0,0
0 2 4 6 8 10
s/D
(a)
6,0
Valores
de K
5,0
∞
4,0
3,0
RS
100
10
2,0
PILE 99
1,0
POULOS & DAVIS (1980) L/D = 25
0,0
0 2 4 6 8 10
s/D
(b)
6,0
Valores
de K
5,0
∞
4,0
100
3,0
RS
1000
2,0
PILE 99
1,0
POULOS & DAVIS (1980)
L/D = 50
0,0
0 2 4 6 8 10
s/D
(c)
Figura 3.7 – Razão de recalque (RS) x s/D de um grupo com nove estacas simétricas para
três comprimentos relativos: (a) L/D=10; (b) L/D=25; (c) L/D=50.
48
D
D
s
(a) (b)
D
s
D
s
(c) (d)
Figura 3.8 – Esquema em planta das estacas analisadas por Butterfield & Banerjee (1971):
(a) estaca isolada; (b) grupo com quatro estacas; (c) grupo com duas estacas; (d) grupo
com nove estacas.
Tabela 3.2 – Propriedades dos materiais segundo Butterfield & Banerjee (1971)
Materiais
Propriedades Unidade
Solo Concreto
Módulo de elasticidade (E) 9 18000 MPa
Coeficiente de Poisson (ν) 0,5 - -
Diâmetro da estaca (D) - 0,2 m
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
20
40
P/GwD
60
80
PILE99
B&B
100
Figura 3.9 – Resposta carga x recalque de uma estaca isolada em comparação com os
resultados de Butterfield & Banerjee (1971).
49
L/D
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
0
20
40
P/GwD
60
80
PILE99
B&B
100
Figura 3.10 – Resposta carga x recalque de grupo com quatro estacas em comparação com
os resultados de Butterfield & Banerjee (1971).
8
PILE99
B&B
6
RS
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
s/D
Figura 3.11 – Razão de recalque x espaçamento de um grupo com duas estacas em relação
a solução de Butterfield & Banerjee (1971).
6
RS
2
PILE99
B&B
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
s/D
Figura 3.12 – Razão de recalque x espaçamento de um grupo com nove estacas em relação
a solução de Butterfield & Banerjee (1971).
A Figura 3.13 mostra o posicionamento em planta das estacas para cada caso
estudado por Kuwabara (1989), onde ‘D’ é o diâmetro e ‘s’, o espaçamento entre as
estacas. Os valores padrões adotados foram s/D=5, L/D=25, νs=0,5 e K=1000.
D
s
(a) (b)
Figura 3.13 – Esquema em planta das estacas estudadas por Kuwabara (1989): (a) estaca
isolada; (b) grupo com nove estacas.
Na Figura 3.14 apresenta-se a resposta carga x recalque para uma estaca isolada
para vários comprimentos relativos (L/D). Nota-se uma boa aproximação entre o programa
PILE99 e Kuwabara. Observa-se que no intervalo inicial até L/D=60, o programa PILE99
obtém recalques levemente inferiores aos de Kuwabara, invertendo a tendência a partir
deste ponto. Por fim, há uma disposição do recalque em estabilizar para valores de L/D
superiores a 100.
25
20
15
P/Es.D.w
10
PILE99
Kuwabara
5
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
L/D
Figura 3.14 – Resposta carga x recalque de uma estaca isolada em comparação com os
resultados de Kuwabara (1989).
(L/D). São utilizados três valores de espaçamento. No caso da relação s/D=3 ocorre uma
coincidência entre os valores do programa PILE99 e Kuwabara, mas para os outros dois
casos, s/D=5 e s/D=10, sistematicamente, o programa PILE99 apresenta valores de
recalques maiores do que os encontrados por Kuwabara. Novamente verifica-se que, a
partir de um determinado valor do comprimento da estaca, há uma tendência de estabilizar
o recalque.
80
70
Valores 10
do s/D
60 5
50
P/Es.D.w
3
40
30
PILE99
20
Kuwabara
10
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
L/D
Figura 3.15 – Resposta carga x recalque de um grupo com nove estacas em comparação
com os resultados de Kuwabara (1989).
Nas Figuras 3.16 e 3.17 é retratada a razão entre o recalque imediato (ρi) e o
recalque final (ρTF) em relação ao comprimento relativo L/D. O recalque imediato foi
calculado utilizando o módulo de elasticidade do solo drenado (Es) e coeficiente de Poisson
do solo igual 0,5, enquanto no recalque final foi usado o módulo de elasticidade do solo
não drenado (Eu) e o coeficiente de Poisson do solo drenado (ν’s). Esta relação encontra-se
representada na Equação (3.3):
3.E s
Eu = (3.3)
2.(1 + ν ' s )
Na Figura 3.16, para o caso de uma estaca isolada, foram utilizados dois valores
para o coeficiente de Poisson do solo drenado (ν’s), sendo estes iguais a 0,0 e 0,3. Nota-se
que o programa PILE99 apresenta valores inferiores em relação a Kuwabara, no entanto
53
seguindo a mesma trajetória, com exceção da parte final, onde a razão de recalque pelo
programa PILE99 segue uma tendência de estabilizar.
1,0
Valores
do ν 0,3
0,9
0,8
0,0
ρi/ρTF
0,7
0,6
PILE99
Kuwabara
0,5
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0
0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00
L/D D/L
Figura 3.16 – Razão entre o recalque imediato x recalque final de uma estaca isolada em
comparação com Kuwabara (1989).
No caso de um grupo com nove estacas, Figura 3.17, para os mesmos valores
do ν’s, o programa PILE99 alcança resultados muito próximos, ligeiramente inferiores aos
encontrados por Kuwabara, mas com a mesma tendência.
1,0
Valores
do ν
0,9
0,3
0,8
ρi/ρTF
0,7 0,0
0,6
PILE99
Kuwabara
0,5
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0
0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00
L/D D/L
Figura 3.17 – Razão entre o recalque imediato x recalque final de um grupo com nove
estacas em comparação com Kuwabara (1989).
54
3.2.1 Soluções analíticas propostas por Randolph & Wroth (1978) e Poulos & Davis (1980)
Conforme descrito no item 3.1.1, será feita a análise de uma estaca isolada com
carregamento axial (P) em seu topo, visando comparar os resultados encontrados pelo
programa ANSYS e pelos métodos de Randolph & Wroth (1978) e Poulos & Davis (1980).
As propriedades dos materiais e as relações geométricas utilizadas foram as mesmas
descritas na Tabela 3.1. O maciço foi modelado como um bloco com altura (H) igual a
cinco vezes o comprimento da estaca (L) e os limites laterais correspondentes a 3L para
cada lado. Os resultados são exibidos na Figura 3.18 e demonstram uma semelhança entre
os valores obtidos por Randolph & Wroth (1978) e o programa ANSYS. O resultado de
Poulos & Davis (1980) apresenta recalques inferiores, afastando um pouco das outras duas
soluções.
As malhas empregadas na modelagem tridimensional da Figura 3.18 variaram
de 11.431 a 20.364 elementos tetraédricos de 10 nós. A Figura 3.19 corresponde a malha
do ponto L/D = 20, composta por 13.338 elementos. Todas as malhas foram refinadas no
topo da estaca para uma melhor discretização desta região, conforme ilustra a Figura 3.19,
letras ‘b’ e ‘c’.
55
20
16
12
P/ES.D.w
8
RANDOLPH
POULOS
4
ANSYS
0
0 10 20 30 40 50
L/D
Figura 3.18 – Resposta carga x recalque de uma estaca isolada segundo Randolph & Wroth
(1978) e Poulos & Davis (1980) em relação ao programa ANSYS.
do grupo, o qual era suficiente para não influenciar os resultados, segundo Ottaviani.
Todos os deslocamentos normais as laterais e ao fundo do maciço foram restringidos,
ficando livre para movimentar apenas as outras duas direções.
Considerando dois planos de simetria na simulação da análise estrutural,
Ottaviani utilizou elementos prismáticos de oito nós num valor máximo de 2.700
elementos e 3.300 nós. Todas as estacas possuíam seção transversal quadrada de lado igual
a um metro. As demais propriedades dos materiais encontram-se na Tabela 3.3.
Para reavaliar os casos estudados por Ottaviani, além do ANSYS foi utilizado
outro programa comercial fundamentado no MEF denominado SIGMA/W, na versão 5.11
(GeoSlope). Neste programa, a estaca e o maciço de solo foram modelados considerando
um regime linear-elástico e analisados através de um modelo 2-D, axissimétrico. Nas
análises, foram utilizadas malhas variando de 8.250 a 14.300 elementos. Nestas análises
também foram apresentados os resultados encontrados pelo programa ALLFINE em Sales
(2000).
Em todas as análises feitas pelo programa ANSYS utilizaram-se elementos na
forma de um tetraedro com dez nós, simulando os casos sem considerar nenhum plano de
simetria.
A Figura 3.20 representa a resposta carga x recalque de uma estaca isolada com
40m de comprimento, para diferentes valores da rigidez relativa (K=EC/ES), inserida numa
camada de solo homogênea e com profundidade de uma vez e meia o comprimento da
estaca (H/L=1,5). Neste gráfico, os resultados dos programas ANSYS e ALLFINE são
coincidentes aos valores encontrados por Ottaviani. Apenas o programa SIGMA/W
apresenta recalques inferiores.
A Figura 3.21 traz a resposta carga x recalque para uma estaca isolada com
L=20m e H/L=1,5. Os resultados dos programas ANSYS e ALLFINE são um pouco
inferiores ao encontrado por Ottaviani, já o programa SIGMA/W apresenta o mesmo
comportamento rígido visto na Figura 3.20.
57
200
ANSYS
Ottaviani
150
ALLFINE
SIGMA/W
EC.w.D/P
100
50
0
0 500 1000 1500 2000
K
Figura 3.20 – Resposta carga x recalque numa estaca isolada com L=40m e H/L=1,5 como
em Ottaviani (1975).
200
ANSYS
Ottaviani
150 ALLFINE
SIGMA/W
EC.w.D/P
100
50
0
0 500 1000 1500 2000
K
Figura 3.21 – Resposta carga x recalque numa estaca isolada com L=20m e H/L=1,5
comparando com Ottaviani (1975).
200
ANSYS
Ottaviani
150 ALLFINE
SIGMA/W
EC.w.D/P
100
50
0
0 500 1000 1500 2000
K
Figura 3.24 – Resposta carga x recalque numa estaca isolada com L=20m e H/L=4,0 como
obtido por Ottaviani (1975).
s
L
D
H
Figura 3.25 – Esquema de uma estaca carregada axialmente segundo Sales et al. (1998).
60
Tabela 3.4 – Propriedades dos materiais e relações usadas por Sales et al. (1998)
Materiais
Propriedades / Relações Unidade
Solo Concreto
Módulo de elasticidade (E) 20 20.000 MPa
Carregamento (P) - 500 kN
Coeficiente de Poisson (ν) 0,35 0,25 -
Diâmetro (D) - 0,40 m
Comprimento (L) - 10,0 m
Rigidez relativa (K) 1.000
Na Figura 3.26 foram utilizados dois valores de H/L, 1,5 e 2,0. Uma boa
semelhança é observada entre os resultados dos programas ANSYS e SIGMA/W para
ambos os casos. Na Figura 3.27, para os casos de H/L iguais a 5,0 e ∞, também ocorre uma
boa semelhança entre os resultados, principalmente para o caso de H/L tendendo ao
infinito.
distância (m)
0 2 4 6 8 10
0
2
recalque (mm)
4
ANSYS H/L = 1,5
5 ANSYS H/L = 2,0
SIGMA/W H/L = 1,5
SIGMA/W H/L = 2,0
6
Figura 3.26 – Bacia de recalque para H/L de 1,5 e 2,0 segundo Sales et al. (1998).
2
recalque (mm)
4
ANSYS H/L = 5,0
ANSYS H/L = ∞
5
SIGMA/W H/L = 5,0
SIGMA/W H/L = ∞
6
Figura 3.27 – Bacia de recalque para H/L de 5,0 e ∞ segundo Sales et al. (1998).
distância (m)
0 2 4 6 8 10
0
4
recalque (mm)
12
62
Sales et al. (1998) concluíram que para valores do limite lateral inferiores a 2L
houve um aumento significativo no recalque, sendo assim recomendado utilizar para o
domínio horizontal um valor igual ou superior a 2L.
100
A B
C D
75
EC.w.D/P
50
25
0
0 500 1000 1500 2000
K
Figura 3.31 – Influência da forma de restrição no maciço.
diferença em torno de 16% no valor do recalque em relação a uma malha refinada. Porém,
da malha refinada (8.000 a 30.000 elementos) para uma malha muito refinada (> 30.000
elementos), a diferença caí para aproximadamente 5%.
CAPÍTULO IV
ANÁLISE PELO MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
D
P P P
D
2s
D
L
L
D
2s
(a) (b)
D D
P P P P P
s s D s s D
L
L
s s s s
(c) (d)
Figura 4.1 – Esquema em planta e perfil de quatro casos: (a) estaca isolada carregada; (b)
duas estacas carregadas; (c) três estacas com duas carregadas; (d) três estacas carregadas.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada carregada
60
Duas estacas carregadas
Figura 4.2 – Resposta carga x recalque de quatro casos estudados para s/D=2,5 e D=0,2m.
D D D
2s s s
D D Estaca carregada
s s
(d) (e)
Figura 4.3 – Representação em planta de cinco casos estudados: (a) estaca isolada; (b) duas
estacas; (c) três estacas; (d) quatro estacas; (e) cinco estacas.
A Figura 4.5 expõe a resposta carga x recalque de dois grupos de duas e quatro
estacas carregadas com o mesmo espaçamento relativo (s/D), mas valores distintos para o
diâmetro e o espaçamento. Observa-se, neste gráfico, uma excelente semelhança entre os
resultados dos mesmos conjuntos de grupos. Concluindo portanto, que a relação s/D é um
bom parâmetro adimensional de referência.
68
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
s/D=2,5
20
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
Figura 4.4 – Resposta carga x recalque de cinco casos distintos, para s/D=2,5 e D=0,2m.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
s/D=2,5
20
30
P/GwD
40
Figura 4.5 – Resposta carga x recalque de dois grupos com duas e quatro estacas
carregadas, com s/D=2,5.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10 s =1,0m
s/D=2,0
20
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
(a)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10 s =1,25m
20 s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
(b)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =1,0m
20
s/D=5,0
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
(c)
Figura 4.6 – Resposta carga x recalque em relação a s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0.
70
D D
s
D
2s s s s
Figura 4.7 – Vista em planta de três casos: (a) grupo de duas estacas carregadas; (b) grupo
de três estacas sendo duas carregadas; (c) grupo de nove estacas com duas carregadas.
Na Figura 4.8 encontra-se a resposta carga x recalque dos três casos citados na
Figura 4.7. Observa-se uma grande proximidade entre os valores de recalque dos três
casos, ressaltando que a presença de estacas próximas, descarregadas, não teve influência
no comportamento dos grupos, em relação aos resultados encontrados pelo programa
PILE99.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
60
Duas estacas carregadas
70 Três estacas / duas carregadas
Nove estacas / duas carregadas
80
Figura 4.8 – Resposta carga x recalque de duas estacas carregadas, três com duas
carregadas e nove com duas carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m.
71
A Figura 4.9 apresenta a resposta carga x recalque para quatro grupos, sendo
dois grupos de três estacas com duas carregadas, e outros dois, de nove estacas com duas
carregadas, para a mesma relação s/D = 2,5, porém com diâmetros e espaçamentos
distintos. Observa-se uma coincidência entre resultados dos grupos de mesma geometria e
uma semelhança no comportamento dos quatro casos. Confirmando a conclusão
encontrada na Figura 4.5, onde todas as estacas estavam carregadas, de que a relação s/D é
um bom parâmetro adimensional.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
s/D=2,5
20
30
P/GwD
40
A Figura 4.10 expõe a resposta carga x recalque dos três casos da Figura 4.7,
para três valores distintos do espaçamento relativo (s/D) correspondentes a 2,0; 2,5 e 5,0.
Nota-se, em todos os gráficos, uma boa semelhança entre as curvas e um pequeno aumento
da rigidez com o crescimento do espaçamento. Observa-se novamente que as estacas
intermediárias descarregadas nada influenciam nos resultados do programa PILE99.
A Figura 4.11 exibe o esquema em planta de três casos analisados, um grupo de
três estacas carregadas, um grupo de cinco com três carregadas e por último um grupo de
nove com uma das filas do meio carregada. O espaçamento entre as estacas é mantido
constante em todos os casos sendo igual a ‘s’. As estacas carregadas possuem o sinal de
uma cruz, enquanto as estacas sem carga não têm marca alguma.
Apresenta-se, na Figura 4.12, o resultado dos três grupos descritos na Figura
4.11. Mais uma vez, observa-se que os valores encontrados pelo programa PILE99
resultam na proximidade das três curvas, mostrando que as estacas circunvizinhas sem
carga não influenciaram na resposta carga x recalque.
72
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,0m
20
s/D=2,0
30
P/GwD
40
50
80
(a)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,25m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
60
Duas estacas carregadas
Três estacas / duas carregadas
70
Nove estacas / duas carregadas
80
(b)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =1,0m
20
s/D=5,0
30
P/GwD
40
50
Duas estacas carregadas
60
Três estacas / duas carregadas
70
Nove estacas / duas carregadas
80
(c)
Figura 4.10 – Resposta carga x recalque para três valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0.
73
D D
s
D
s s s s s
Figura 4.11 – Esquema em planta de três casos: (a) grupo de três estacas carregadas; (b)
grupo de cinco estacas com três estacas carregadas; (c) grupo de nove estacas com três
carregadas.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Três estacas carregadas
60
Cinco estacas / três carregadas
70
Nove estacas / três carregadas
80
Figura 4.12 – Resposta carga x recalque de três estacas carregadas, cinco estacas com três
carregadas e nove estacas com três carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m.
D
D
s
D
s s s s s
Figura 4.13 – Esquema em planta de três casos: (a) grupo de quatro estacas carregadas; (b)
grupo de cinco com quatro estacas carregadas; (c) grupo de nove estacas com quatro
carregadas.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
80
Figura 4.14 – Resposta carga x recalque de três diferentes grupos com quatro estacas
carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m.
D Estaca carregada
s
(a) (b)
Figura 4.15 – Esquema em planta de dois casos: (a) grupo de cinco estacas carregadas; (b)
grupo de nove estacas com cinco carregadas.
75
A Figura 4.16 mostra a resposta carga x recalque para os dois grupos citados na
Figura 4.15. Nota-se, outra vez, uma boa semelhança entre as duas curvas, demonstrando
mais uma vez, que o programa PILE99 não mede a interferência causada pelas estacas sem
carga.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
20
30
D=0,2m
P/GwD
40
s =0,5m
50
s/D=2,5
60
Cinco estacas carregadas
70 Nove estacas / cinco carregadas
80
Figura 4.16 – Resposta carga x recalque de dois grupos com s/D=2,5 e D=0,2m.
2,0
D=0,2m
Duas estacas carregadas
s =0,5m Três estacas / duas carregadas
1,6
s/D=2,5 Nove estacas / duas carregadas
1,2
w (mm)
0,8
0,4
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
2,0
D=0,2m
Duas estacas carregadas
s =1,0m
Três estacas / duas carregadas
1,6
s/D=5,0 Nove estacas / duas carregadas
1,2
w (mm)
0,8
0,4
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
Figura 4.17 – Recalque (w) x L/D com D=0,2m para dois casos de s/D: (a) 2,5; (b) 5,0.
1,00
D=0,2m
0,90 Duas estacas carregadas
s =0,5m Três estacas / duas carregadas
0,80
s/D=2,5 Nove estacas / duas carregadas
0,70 Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,60
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 20 40 60 80 100
L/D
Figura 4.18 – Resposta α x L/D, com s/D=2,5 e D=0,2m, em comparação com Poulos &
Davis (1980).
A Figura 4.19 traz a resposta do fator de interação (α) x L/D para três valores
de s/D iguais a 2,0; 2,5 e 5,0, os quais são comparados com os resultados de Poulos &
Davis (1980). Observa-se, em todos os gráficos, o mesmo comportamento para todas as
curvas, as quais crescem até o intervalo de L/D entre 25 e 40, e depois, invertem a
tendência, diminuindo para grandes valores de L/D. Porém as maiores variações de α
acontecem nas estacas curtas (L/D < 30). Os resultados de Poulos & Davis (1980) são,
sistematicamente, superiores aos encontrados pelo programa PILE99. Ocorre, em todos os
casos, uma diminuição no valor de α, quando se aumenta o espaçamento relativo (s/D).
Percebe-se, também, uma variação pequena entre as curvas do programa PILE99.
A resposta de RS x L/D é apresentada na Figura 4.20 para o valor de s/D = 2,5 e
D = 0,2m. Os três gráficos mostram que a razão de recalque (RS) é diretamente
proporcional ao nível de carregamento do grupo. Assim os maiores valores foram
encontrados na letra ‘c’ da Figura 4.20. Em todos os gráficos, nota-se uma boa
concordância entre as curvas dos grupos com mesmo carregamento.
A Figura 4.21 aponta a influência de RS para três valores de s/D correspondente
a 2,0, 2,5 e 5,0, em comparação com os resultados de Poulos & Davis (1980). O grupo de
quatro estacas obtém, em todos os gráficos, os maiores valores de RS em relação ao grupo
de duas. Isso acontece porque o grupo de quatro estacas possui o dobro do carregamento.
78
1,00
Duas estacas carregadas
0,90
Três estacas / duas carregadas
0,80
Nove estacas / duas carregadas
0,70 Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,60
α 0,50
0,40
0,30
D=0,5m
0,20
s =1,0m
0,10
s/D=2,0
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
1,00
D=0,5m
0,90 Duas estacas carregadas
s =1,25m Três estacas / duas carregadas
0,80
s/D=2,5 Nove estacas / duas carregadas
0,70
Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,60
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
1,00
D=0,2m
0,90 Duas estacas carregadas
s =1,0m
0,80 Três estacas / duas carregadas
s/D=5,0 Nove estacas / duas carregadas
0,70
Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,60
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(c)
Figura 4.19 – Resposta α x L/D para três valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0.
79
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m
Duas estacas carregadas s =0,5m
0,50 Três estacas / duas carregadas
s/D=2,5
Nove estacas / duas carregadas
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m
Três estacas carregadas
s =0,5m
0,50 Cinco estacas / três carregadas
s/D=2,5
Nove estacas / três carregadas
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m
Quatro estacas carregadas s =0,5m
0,50 Cinco estacas / quatro carregadas
s/D=2,5
Nove estacas / quatro carregadas
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(c)
Figura 4.20 – Resposta RS x L/D, com s/D=2,5 e D=0,2m, para três situações de
carregamento nas estacas: (a) duas carregadas; (b) três carregadas; (c) quatro carregadas.
80
3,00
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,5m Duas estacas carregadas
s =1,0m Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,50
s/D=2,0 Quatro estacas carregadas
Quatro estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
3,00
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m Duas estacas carregadas
s =0,5m Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,50
s/D=2,5 Quatro estacas carregadas
Quatro estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
3,00
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m Duas estacas carregadas
s =1,0m Duas estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,50
s/D=5,0 Quatro estacas carregadas
Quatro estacas carregadas (Poulos & Davis)
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(c)
Figura 4.21 – Resposta RS x L/D para três valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0.
81
Ainda na Figura 4.21, nota-se que os resultados de Poulos & Davis (1980),
foram, sistematicamente, superiores aos encontrados pelo programa PILE99. Observa-se
uma diminuição na razão de recalque (RS) quando se aumenta o espaçamento relativo
(s/D), e também para estacas com comprimentos exagerados (L/D > 60). Estas reduções
são mais acentuadas quanto menor o espaçamento relativo (s/D). Nas estacas curtas (L/D <
20) ocorrem as maiores variações de RS. Por último, nota-se uma semelhança entre todas
as curvas, indicando que a presença de estacas intermediárias não interferiram nos
resultados da interação estaca-solo-estaca encontrados pelo programa PILE99.
Como observado nos gráficos do fator de interação (α) e da razão de recalque
(RS), todas as curvas possuíram um comportamento semelhante, aumentando até o
comprimento relativo (L/D) entre o intervalo de 20 e 40, e invertendo a tendência para
grandes comprimentos. Este comportamento pode ser explicado analisando três situações.
A primeira situação, o caso das estacas curtas (L/D < 20), nota-se que as estacas vizinhas
recebem tensões em todo seu comprimento devido a carga aplicada numa estaca próxima,
sendo que a parte restante do carregamento se dissipa no solo abaixo destas estacas. Já no
caso das estacas de comprimento médio (20 ≤ L/D ≤ 40), a influência das tensões oriunda
de uma estaca próxima ocorrem totalmente ao longo do seu comprimento, vindo a alcançar
os maiores valores de α e RS. Por último, no caso das estacas compridas (L/D > 40), as
tensões proveniente de uma estaca vizinha, se dissipam até uma determinada altura da
estaca, restando ainda uma parte da estaca para ajudar a reduzir estes efeitos, diminuindo o
recalque. Assim, pode-se afirmar que a maior parcela da interação ocorre nas camadas
superiores.
Com base em todos os gráficos apresentados neste capítulo, nota-se que na
análise pelo programa PILE99 (MEC), que mostrou resultados semelhantes a outros
trabalhos clássicos da literatura, não incorpora o efeito da presença de estacas
intermediárias sem carga entre outras estacas carregadas, contrariando a lógica esperada!
82
CAPÍTULO V
ANÁLISE PELO MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS
estacas com o intuito de apurar os resultados. Para a malha da estaca isolada, grupos de
duas e três estacas foram utilizados entre 8.000 a 27.000 elementos. Já nas malhas mais
complexas, grupos de quatro, cinco e nove estacas, a quantidade de elementos usados ficou
na ordem de 11.000 a 49.000 elementos.
Conforme descritas no início do capítulo quatro, as análises foram divididas em
quatro partes contendo os mesmos conjuntos de grupos de estacas. Para cada uma foi
arbitrado um determinado valor de espaçamento e diâmetro, constante na Tabela 4.2.
A Figura 5.1 apresenta o esquema em planta e perfil de quatro casos estudados:
uma estaca isolada carregada; duas carregadas; três com duas carregadas e três estacas
carregadas. Nota-se nesta figura, que as estacas descarregadas não possuem nenhum sinal,
enquanto as carregadas têm o sinal de uma cruz. Quanto à geometria, observa-se no grupo
de duas um espaçamento igual a ‘2s’ do mesmo tamanho das estacas extremas dos grupos
com três. Esta geometria foi proposta com a intenção de estudar a interferência da estaca
intermediária.
A Figura 5.2 mostra o desempenho destes casos em função da resposta carga x
recalque. Ressalta-se que o valor da carga utilizada no eixo das ordenadas corresponde a
carga da estaca isolada. O grupo de três estacas com duas carregadas obtêm recalques
inferiores aos do grupo de duas, destacando assim, a influência na rigidez do sistema
causado pelo acréscimo de uma estaca descarregada.
P P P
3L D
3L
3L
D
L
D
L
3L D
3L 2s 2s 3L
H
(a) (b)
P P P P P
D D
3L
3L
D
L
D
L
s 3L s s 3L
3L s s 3L s s
H
(c) (d)
Estaca carregada Estaca sem carga
Figura 5.1 – Esquema em planta e perfil de quatro casos: (a) estaca isolada carregada; (b)
duas estacas carregadas; (c) três estacas com duas carregadas; (d) três estacas carregadas.
84
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
Estaca isolada carregada
10
Duas estacas carregadas
20
Três estacas / duas carregadas
40
50
D=0,2m
60
s =0,5m
70
s/D=2,5
80
Figura 5.2 – Resposta carga x recalque de quatro casos estudados para s/D=2,5 e D=0,2m.
A Figura 5.3 indica a malha utilizada pelo programa ANSYS, no ponto L/D =
50, na modelagem tridimensional do caso de três estacas carregadas conforme Figura 5.2.
A malha foi composta por 20.767 elementos tetraedros de dez nós e refinada na região em
torno do topo da estaca. As demais malhas usadas na Figura 5.2 foram similares a esta
apresentada na Figura 5.3.
O caso de uma estaca isolada e quatro grupos compostos por duas, três, quatro e
cinco estacas, todas carregadas, são apresentados na Figura 5.4. Observa-se nesta figura
que a geometria dos grupos com duas e três estacas se diferem apenas pela inserção da
estaca intermediária, o mesmo ocorrendo entre os grupos de quatro e cinco estacas.
85
D D D
2s s s
s
D D Estaca carregada
s s
(d) (e)
Figura 5.4 – Representação em planta de cinco casos estudados: (a) estaca isolada; (b) duas
estacas; (c) três estacas; (d) quatro estacas; (e) cinco estacas.
A Figura 5.5 mostra o resultado destes casos em relação a resposta carga versus
recalque para um valor s/D=2,5 e D = 0,2m. A figura aponta a tendência de redução da
razão carga/recalque à medida que aumenta o número de estacas, no entanto, a maior
variação ocorre entre a estaca isolada e o grupo de duas. Ainda nota-se que o recalque
tende a estabilizar-se na estaca isolada para valores de L/D superiores a 80. No caso dos
grupos, este comportamento é menos expressivo.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
Figura 5.5 – Resposta carga x recalque de cinco casos estudados com s/D=2,5 e D=0,5m.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
s/D=2,5
20
30
P/GwD
40
50
Duas estacas carregadas (D=0,2m)
60 Duas estacas carregadas (D=0,5m)
70 Quatro estacas carregadas (D=0,2m)
Quatro estacas carregadas (D=0,5m)
80
Figura 5.6 – Comparação entre diferentes diâmetros com a mesma relação s/D=2,5 para
duas e quatro estacas carregadas.
A Figura 5.7 expõe a malha usada pelo programa ANSYS, no ponto L/D = 30,
na modelagem tridimensional do caso de duas estacas carregadas com D=0,5m em
consonância com a Figura 5.6. A malha foi formada por 19.496 elementos e refinada na
região em torno do topo da estaca.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,0m
20
s/D=2,0
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
(a)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,25m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
(b)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =1,0m
20
s/D=5,0
30
P/GwD
40
50
Estaca isolada
60 Duas estacas
Três estacas
70 Quatro estacas
Cinco estacas
80
(c)
Figura 5.8 – Resposta carga x recalque em função de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0.
88
D D
s
D
2s s s s
Figura 5.9 – Vista em planta de três casos: (a) grupo de duas estacas carregadas; (b) grupo
de três estacas sendo duas carregadas; (c) grupo de nove estacas com duas carregadas.
A Figura 5.11 traz a resposta carga x recalque dos três casos da Figura 5.9. Observa-
se a formação de três curvas distintas, onde o grupo de nove estacas obtém os menores
89
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Figura 5.11 – Resposta carga x recalque de três diferentes casos com duas estacas
carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m.
D D
s
D
s s s s s
Figura 5.12 – Esquema em planta de três casos: (a) grupo de três estacas carregadas; (b)
grupo de cinco com três estacas carregadas; (c) grupo de nove com três carregadas.
90
A Figura 5.13 apresenta a resposta dos três grupos citados. Observa-se a mesma
tendência da Figura 5.11, onde ocorre a formação de três curvas distintas devido a
influência causada pelas estacas sem carga. Novamente, o grupo de nove apresenta valores
de recalque inferiores aos demais. Na mesma proporção, o grupo de cinco obtém recalques
menores do que o grupo de três estacas. Assim, através dos resultados do programa
ANSYS, percebesse aqui outra vez, a influência nos resultados das estacas próximas e
descarregadas.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Três estacas carregadas
60
Cinco estacas / três carregadas
70
Nove estacas / três carregadas
80
Figura 5.13 – Resposta carga x recalque de três estacas carregadas, cinco estacas com três
carregadas e nove estacas com três carregadas, para s/D=2,5 e D=0,2m.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
s/D=2,5
20
30
P/GwD
40
80
Figura 5.14 – Comparação entre diferentes diâmetros com a mesma relação s/D=2,5 para
três estacas carregadas.
A Figura 5.16 mostra o esquema em planta de três casos analisados com quatro
estacas carregadas: grupo com quatro; cinco e nove estacas.
A Figura 5.17 expõe o resultado dos três casos com quatro estacas carregadas.
Observa-se na Figura 5.16 a semelhança entre a geometria dos grupos de quatro e cinco, se
diferindo apenas por uma estaca centrada, daí a proximidade entre os seus resultados. No
entanto, pode-se notar a influência da estaca descarregada, pois o grupo de cinco obtém
recalques levemente inferiores ao de quatro estacas. O grupo de nove apresenta os menores
valores de recalque em relação aos demais.
A Figura 5.18 apresenta a malha usada pelo programa ANSYS, no ponto L/D =
80, na modelagem do caso de um grupo de cinco estacas sendo quatro carregadas de
acordo com a Figura 5.17. A malha foi composta por 12.075 elementos e refinada na
região em torno do topo da estaca.
92
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,0m
20
s/D=2,0
30
P/GwD
40
50
Três estacas carregadas
60
Cinco estacas / três carregadas
70
Nove estacas / três carregadas
80
(a)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,25m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Três estacas carregadas
60
Cinco estacas / três carregadas
70
Nove estacas / três carregadas
80
(b)
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =1,0m
20
s/D=5,0
30
P/GwD
40
50
Três estacas carregadas
60
Cinco estacas / três carregadas
70
Nove estacas / três carregadas
80
(c)
Figura 5.15 – Resposta carga x recalque em relação à s/D: (a) 2,0; (b) 2,5; (c) 5,0.
93
D
D
s
s
D
s s s s s
Figura 5.16 – Esquema em planta de três casos: (a) grupo de quatro estacas carregadas; (b)
grupo de cinco com quatro estacas carregadas; (c) grupo de nove com quatro carregadas.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Quatro estacas carregadas
60
Cinco estacas / quatro carregadas
70
Nove estacas / quatro carregadas
80
Figura 5.17 – Resposta carga x recalque de três diferentes grupos com quatro estacas
carregadas com s/D=2,5 e D=0,2m.
A Figura 5.19 representa, em planta, dois casos analisados com cinco estacas
carregadas, sendo um grupo de cinco e outro de nove estacas.
D Estaca carregada
s
s
D Estaca sem carga
s s s
(a) (b)
Figura 5.19 – Esquema em planta de dois casos: (a) grupo de cinco estacas carregadas; (b)
grupo de nove estacas com cinco carregadas.
A Figura 5.20 exibe a resposta carga x recalque de dois grupos com cinco
estacas carregadas. Observa-se que, sistematicamente, o grupo de nove apresenta os
menores recalques, mais uma vez. Destaca-se, portanto, a influência das estacas sem carga
na interação estaca-solo-estaca.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
80
Figura 5.20 – Resposta carga x recalque de dois diferentes grupos com cinco estacas
carregadas para s/D=2,5 e D=0,2m.
ambos os casos, observam-se a distinção de todas as curvas, onde o grupo com menor
número de estacas apresenta os maiores valores de recalque, enquanto o grupo de nove
obtém os menores recalques, devido ao enrijecimento do conjunto causado pelas estacas
sem carga. Outra situação observada é que o aumento do espaçamento, caso ‘a’ para o caso
‘b’, causa uma diminuição no recalque. Este fato pode ser atribuído à redução na
interferência da interação solo-estaca pelo aumento do espaçamento.
1,2
Três estacas carregadas
1,0 Cinco estacas / três carregadas
Nove estacas / três carregadas
0,8
w (mm)
0,6
0,4
D=0,2m
s =0,5m
0,2
s/D=2,5
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
1,2
Três estacas carregadas
1,0
Cinco estacas / três carregadas
0,6
0,4
D=0,2m
s =1,0m
0,2
s/D=5,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
Figura 5.21 – Relação w x L/D com D=0,2m para três grupos distintos com três estacas
carregadas e dois valores de s/D: (a) 2,5; (b) 5,0.
96
0,6
D=0,5m
s =1,0m Três estacas carregadas
0,5 Cinco estacas / três carregadas
s/D=2,0
Nove estacas / três carregadas
0,4
w (mm)
0,3
0,2
0,1
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
0,6
D=0,5m
Três estacas carregadas
s =1,25m
0,5 Cinco estacas / três carregadas
s/D=2,5
Nove estacas / três carregadas
0,4
w (mm)
0,3
0,2
0,1
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
Figura 5.22 – Relação w x L/D com D=0,5m para três grupos distintos com três estacas
carregadas e dois valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5.
97
1,00
D=0,5m Duas estacas carregadas
0,90
s =1,0m Três estacas / duas carregadas
0,80
s/D=2,0 Nove estacas / duas carregadas
0,70
Duas estacas carregadas (Poulos & Davis - 1980)
0,60
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(a)
1,00
D=0,5m Duas estacas carregadas
0,90
s =1,25m
0,80 Três estacas / duas carregadas
s/D=2,5 Nove estacas / duas carregadas
0,70
0,60 Duas estacas carregadas (Poulos & Davis - 1980)
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
Figura 5.23 – Resposta α x L/D para dois valores de s/D: (a) 2,0; (b) 2,5.
98
A Figura 5.24 mostra a relação RS x L/D com s/D = 2,5 e D = 0,2m. Em ambos
os casos, a mesma tendência das curvas é encontrada, porém o programa ANSYS obtém
resultados sempre inferiores aos Poulos & Davis (1980). Observa-se, ainda, que o grupo de
quatro estacas obtém diferenças maiores que as do grupo de duas, devido ao efeito
acumulativo das interações dentro do grupo.
3,00
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
Duas estacas carregadas
D=0,2m Duas estacas carregadas (Poulos & Davis - 1980)
0,50
s =0,5m Quatro estacas carregadas
s/D=2,5 Quatro estacas carregadas (Poulos & Davis - 1980)
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
Figura 5.24 – Resposta RS x L/D para grupos com duas e quatro estacas carregadas, com
D=0,2m e s/D=2,5.
A Figura 5.25 indica a malha utilizada pelo programa ANSYS, no ponto L/D =
10, na modelagem do caso de quatro estacas carregadas de acordo com a Figura 5.24. A
malha foi formada por 21.178 elementos tetraedros de dez nós e refinada na região em
torno do topo da estaca.
A Figura 5.26 mostra a malha usada pelo programa ANSYS, no ponto L/D = 30
da letra ‘a’, na modelagem tridimensional do caso de nove estacas com quatro carregadas
em consonância com a Figura 5.27. A malha foi constituída por 22.805 elementos e
refinada na região em torno do topo da estaca.
A Figura 5.27 apresenta a resposta da razão de recalque (RS) pelo comprimento
relativo (L/D), para o valor de s/D = 2,5 e s = 0,5m. Todas as curvas atingem um valor
máximo de RS para L/D em torno de 35. Assim observa-se que as maiores variações de RS
ocorrem nas estacas curtas (L/D < 30). Estacas com comprimentos excessivos (L/D > 50)
causam uma pequena redução nos valores de RS.
99
2,50
D=0,2m
s =0,5m
2,00
s/D=2,5
1,50
RS
1,00
(a)
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m
Três estacas carregadas
s =0,5m
0,50 Cinco estacas / três carregadas
s/D=2,5
Nove estacas / três carregadas
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(b)
2,50
2,00
1,50
RS
1,00
D=0,2m
Quatro estacas carregadas
s =0,5m
0,50 Cinco estacas / quatro carregadas
s/D=2,5
Nove estacas / quatro carregadas
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
(c)
Figura 5.27 – RS x L/D para três situações distintas com s/D=2,5 e D=0,2m.
101
CAPÍTULO VI
COMPARAÇÃO MEC x MEF
A comparação entre os dois métodos será discutida neste capítulo. Alguns casos
estudados anteriormente serão reproduzidos na íntegra, colocando em um único gráfico
cada caso, de modo a facilitar o confronto entre os resultados dos MEC e MEF.
A Figura 6.1 mostra o caso de uma estaca isolada, com D = 0,2m, comentado
nos itens 3.1.1 e 3.2.1. Observa-se nesta figura a semelhança entre os resultados obtidos
pelos programas PILE99 e ANSYS com a resposta de Randolph & Wroth (1978). Os
recalque previstos por Poulos & Davis (1980) foram sempre inferiores aos demais. Em
todas as curvas, com exceção de Poulos & Davis (1980), é notada a tendência de
estabilização do recalque para estacas de grandes comprimentos (L/D > 60). Conclui-se,
neste caso, que os dois softwares empregados, com base numérica diferente, alcançaram
resultados muito próximos.
20
16
12
P/ES.D.w
D=0,2m
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
Figura 6.1 – Resposta carga x recalque de uma estaca isolada segundo Randolph & Wroth
(1978) e Poulos & Davis (1980) em relação aos programas ANSYS e PILE99.
Apresenta-se, na Figura 6.2, a resposta carga x recalque de dois grupos com três
e cinco estacas, todas carregadas, para s/D = 2,5 e D = 0,2m, em consonância com as
103
Figuras 4.4 e 5.5. Neste caso, nota-se uma divergência entre os resultados dos programas
ANSYS e PILE99, apesar da mesma tendência de comportamento para as curvas. Observa-
se, ainda, que o programa ANSYS atinge recalques sempre inferiores aos obtidos pelo
programa PILE99.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,2m
10
s =0,5m
20 s/D=2,5
30
P/GwD
40
50
Três estacas carregadas (PILE99)
60
Três estacas carregadas (ANSYS)
70 Cinco estacas carregadas (PILE99)
Cinco estacas carregadas (ANSYS)
80
Figura 6.2 – Comparação da resposta carga x recalque de uma estaca isolada e um grupo
de cinco estacas em relação aos programas ANSYS e PILE99, para s/D=2,5 e D=0,2m.
A Figura 6.3 mostra a resposta carga x recalque para um grupo de duas estacas
carregadas e outro de nove com duas carregadas, de acordo com as Figuras 4.8 e 5.11, para
s/D = 2,5 e D = 0,2m. Observa-se, novamente, que o programa ANSYS obtém recalques
inferiores ao programa PILE99. As curvas encontradas pelo programa PILE99 são muito
próximas, ao contrário das obtidas pelo programa ANSYS, demonstrando assim, a pouca
interferência que as estacas descarregadas causam nas simulações feitas pelo programa
PILE99.
A Figura 6.4 traz a resposta carga x recalque do grupo de nove estacas com três
carregadas para dois valores de s/D correspondentes a 2,5 e 5,0, conforme Figuras 4.12,
5.13 e 5.15, letra ‘c’. Observa-se em ambos os casos que o aumento do espaçamento causa
uma pequena redução no recalque. Porém, a diferença encontrada entre os métodos é muito
superior à variação do recalque devido ao espaçamento. Assim, ressalta-se o cuidado que
se deve ter na escolha do programa antes de analisar algum problema. Outro fato a destacar
é que a diferença entre as curvas (s/D = 2,5 e 5,0) foram inferiores a 10%.
104
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
Duas estacas carregadas (PILE99)
10
Duas estacas carregadas (ANSYS)
20 Nove estacas / duas carregadas (PILE99)
30 Nove estacas / duas carregadas (ANSYS)
P/GwD
40
50
D=0,2m
60
s =0,5m
70
s/D=2,5
80
Figura 6.3 – Comparação da resposta carga x recalque de um grupo de duas estacas e outro
de nove, analisados pelos programas ANSYS e PILE99, para s/D=2,5 e D=0,2m.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
D=0,2m
20
30
P/GwD
40
PILE99 - s/D = 2,5
50
ANSYS - s/D = 2,5
60
PILE99 - s/D = 5,0
70
ANSYS - s/D = 5,0
80
Figura 6.4 – Comparação da resposta carga x recalque de um grupo de nove estacas com
três carregadas, com s/D igual a 2,5 e 5,0, calculados pelos programas ANSYS e PILE99.
efeito de grupo causada pelas estacas próximas, sem carga, ao contrário do programa
PILE99, onde as curvas são muito semelhantes.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
D=0,5m
10
s =1,25m
20
s/D=2,5
30
P/GwD
40
Figura 6.5 – Comparação da resposta carga x recalque de um grupo de três estacas e outro
de nove em comparação aos programas ANSYS e PILE99, para s/D=2,5 e D=0,5m.
fornece uma diferença bem inferior ao de nove estacas. Este fato traduz a interferência
causada pelas estacas descarregadas na análise pelo programa ANSYS. As formas de todas
as curvas são semelhantes, ocorrendo consideráveis reduções de recalques para estacas
mais curtas (L/D < 30) e uma variação mais branda para valores elevados de L/D.
L/D
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
10
20
30
P/GwD
40
1,2
Duas estacas carregadas (PILE99)
Duas estacas carregadas (ANSYS)
1,0
Nove estacas / duas carregadas (PILE99)
Nove estacas / duas carregadas (ANSYS)
0,8
w (mm)
0,6
0,4
D=0,2m
s =0,5m
0,2
s/D=2,5
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
A Figura 6.8 mostra outro caso analisado entre recalque (w) x L/D, para
D = 0,5m e s/D = 2,0, de acordo com a Figura 5.22, letra ‘a’. Os grupos de três e nove
estacas simulados pelo programa PILE99 alcançam resultados muito semelhante, oposto ao
programa ANSYS, onde as curvas apresentam um espaçamento contínuo ao longo de L/D.
Novamente, os recalques do programa ANSYS são inferiores aos resultados do programa
PILE99, mantendo a tendência de reduzir a diferença para estacas com grandes
comprimentos. Quanto à forma das curvas, existe uma semelhança para todos os casos,
sendo que nas estacas curtas (L/D < 30) ocorrem as maiores diferenças.
0,8
D=0,5m
Três estacas carregadas (PILE99)
0,7
s =1,0m Três estacas carregadas (ANSYS)
0,6
s/D=2,0 Nove estacas / três carregadas (PILE99)
0,5
Nove estacas / três carregadas (ANSYS)
w (mm)
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
Figura 6.8 – Comparação da resposta recalque (w) x comprimento relativo (L/D) de um
grupo de três estacas e outro de nove, calculados pelos programas ANSYS e PILE99, para
s/D=2,0 e D=0,5m.
duas e quando dentro de nove estacas, mas sempre com duas carregadas, para s/D = 2,0 e
D = 0,5m, de acordo com as Figuras 4.19 (a) e 5.23 (a).
Neste caso, os dois programas apresentam curvas distintas, com os grupos de
nove encontrando resultados inferiores aos de dois. No entanto, o programa ANSYS obtém
uma maior variação entre as curvas. O método de Poulos & Davis (1980) atingem os
maiores valores de α em relação aos demais métodos. Destaca-se, ainda, que para os
valores de L/D em torno de 35 há um crescimento no valor de α. A partir daí ocorre uma
inversão na tendência, vindo a diminuir o valor de α com o aumento do comprimento
relativo (L/D).
1,6
1,0
w (mm)
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
estrutura. Novamente, o fator de interação (α) cresceu, para todas as curvas, até L/D em
torno de 35, e depois passou a diminuir com o aumento do valor de L/D.
1,00
D=0,5m Duas estacas carregadas (PILE99)
0,90
s =1,0m Duas estacas carregadas (ANSYS)
0,80 Nove estacas / duas carregadas (PILE99)
s/D=2,0
Nove estacas / duas carregadas (ANSYS)
0,70
Duas estacas carregadas (Poulos - 1968)
0,60
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
Figura 6.10 – Comparação do fator de interação (α) x comprimento relativo (L/D) de um
grupo de duas estacas e outro de nove em comparação aos programas ANSYS e PILE99,
para s/D=2,0 e D=0,5m.
1,00
α 0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
Figura 6.11 – Comparação do fator de interação (α) x comprimento relativo (L/D) de duas
estacas carregadas, analisados pelos programas ANSYS e PILE99, para D=0,5m e s/D
igual a 2,0 e 2,5.
110
3,0
Duas estacas carregadas (PILE99)
2,5 Duas estacas carregadas (ANSYS)
Nove estacas / duas carregadas (PILE99)
Nove estacas / duas carregadas (ANSYS)
2,0 Duas estacas carregadas (Poulos)
1,5
RS
1,0
D=0,2m
0,5 s =0,5m
s/D=2,5
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
Figura 6.12 – Comparação da razão de recalque (RS) x comprimento relativo (L/D) de um
grupo de duas estacas e outro de nove em comparação aos programas ANSYS e PILE99,
para s/D=2,5 e D=0,2m.
3,00
2,50
2,00
1,50
RS
Figura 6.13 – Comparação da razão de recalque (RS) x L/D de um grupo de quatro estacas
e outro de nove, analisados pelos programas ANSYS e PILE99, para s/D=2,5 e D=0,2m.
A Figura 6.14 traz RS x L/D, de um grupo de cinco estacas com três carregadas,
conforme Figuras 4.20 (b) e 5.27 (b), para D=0,2m e dois valores de s/D iguais a 2,5 e 5,0.
2,5
2,0
1,5
RS
1,0
D=0,2m PILE99 - s/D = 2,5
ANSYS - s/D = 2,5
0,5
PILE99 - s/D = 5,0
ANSYS - s/D = 5,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
L/D
CAPÍTULO VII
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
7.1 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANSYS Release 6.1. U.S.A: SAS IP, Inc., 2002. CD-rom. Windows 2000.
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ANEXO A
Valores de db/d
Valores de L/d
K
Figura A.2 – Fator de correção devido à compressibilidade do material da estaca.
123
Valores de L/d
Valores de K Valores de K
Valores de K
Valores de K
Valores de K