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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

90112 – GUILHERME LUCAS DE OLIVEIRA

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

MARINGÁ
2018
1. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
O empréstimo compulsório é uma espécie de tributo, de competência exclusiva da União.
Um tributo é uma obrigação de pagar, criada por lei, impondo aos indivíduos o dever de
entregar parte de suas rendas e patrimônio para a manutenção e desenvolvimento do Estado,
em áreas de interesse da sociedade, sobretudo, saúde, educação, segurança e etc.
Um tributo deve ser pago em dinheiro, não sendo possível a liquidação com outros bens,
salvo exceção de autorização legal, possibilitando o pagamento com imóveis.
De acordo como art. 3° do Código Tributário Nacional (CTN), temos:
“Tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”.
Os denominados empréstimos compulsórios são regulados pelo art. 15 do CTN e pelo
art. 148 da Constituição Federal (CF) de 1988. De acordo com a CF/88, apenas a União,
mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios. Este tributo nada
mais é do que um empréstimo obrigatório, forçado. Sendo assim, o cidadão será obrigado a
emprestar uma quantia monetária para o Poder Público, ou seja, os empréstimos compulsórios
são tributos pagos a título de empréstimo tendo a sua restituição obrigatória.
É um tributo criado para atender despesas extraordinárias em casos específicos, conforme
o art. 148 da CF/88, o tributo pode ser criado para atender:
1. calamidade pública;
2. guerra externa ou sua ameaça;
3. no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
A calamidade pública que pode originar um empréstimo compulsório decorre de algum
fenômeno da natureza em âmbito nacional, com isso, desastres naturais que ocorrem de forma
pontual em algumas regiões do país não são o suficiente para que a União exija o pagamento
do tributo desta espécie.
A segunda hipótese que autoriza a criação do tributo é com guerra externa ou sua ameaça.
Por guerra externa se entende o conflito internacional armado, e esta hipótese apenas ocorrerá
em caso de outro país ameaçar ou declarar guerra contra o Estado brasileiro, já que o Brasil
preza pela defesa da paz, impossibilitando o mesmo a declarar ou ameaçar outros países à
guerra.
A hipótese de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional,
aconteceria, por exemplo, em caso de alguma aplicação de importância para a nação
brasileira, onde, o capital necessário não poderia ser arrecadado no prazo necessário para
viabilizar a medida, com isso, o empréstimo compulsório poderia ser criado para a obtenção
deste capital em menor prazo.
O empréstimo compulsório deverá ser restituído já que esse tributo é pago a título de
empréstimo, como próprio nome sugere. Sendo assim, a lei complementar que tratar do
assunto deve estabelecer o prazo e a forma da devolução do valor que está sendo pago.
A devolução deve ser feita em moeda, da mesma forma em que foi feito o pagamento.
Além disso, a lei complementar deve, também, indicar o fato gerador da criação do tributo.
Quanto ao referido tributo, pode-se observar algumas características, dentre elas destaca-
se o seu caráter emergencial, já que só pode ser instituído pela União em casos de urgência,
este tributo é eventual, já que não possui continuidade posterior e também é restituível, pois
os valores são devolvidos. Observa-se também que os valores não poderão ser usados para
outras coisas a não ser para o que o gerou (fato gerador), isso é a chamada arrecadação
vinculada.
Sendo assim, conclui-se que os empréstimos compulsórios surgem como alternativa para
caso o governo precise atender despesas extraordinárias, previstas no art. 148 da CF/88,
evitando assim prejudicar o orçamento anual do estado.
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário esquematizado. 8. Ed. Rev., Atual. e ampl. –
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014, p.44.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:


Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

OLIVEIRA, Francisco Queilton de. Empréstimo compulsório: Breves apontamentos. 2014.


Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/33907/emprestimo-compulsorio-breves-
apontamentos>. Acesso em: 29 jun. 2018.

SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 4. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012,
p.481.

ZAPPELINI, Thiago Mondo. O que é empréstimo compulsório? 2015. Disponível em:


<https://politize.com.br/emprestimo-compulsorio/>. Acesso em: 29. Jun. 2018.

https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/431715006/o-que-e-emprestimo-compulsorio.

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