Professional Documents
Culture Documents
° 2 • Setembro 2007
Corpo Editorial Editor Chefe – José Manuel Schiappa, Editores – José Crespo Mendes de Almeida (Editor Científico), José Augusto
Gonçalves (Editor Técnico), Jorge Penedo (Editor de Supervisão), Amadeu Pimenta, Eduardo Xavier da Cunha (Editores
Associados) • Conselho Científico A. Silva Leal, António Marques da Costa, A. Araújo Teixeira, C. Alves Pereira, Eduardo
Barroso, F. Castro e Sousa, Fernando José Oliveira (Presidente), Francisco Oliveira Martins (Secretário Geral), Jaime Celestino da
Costa, João Gíria, João Patrício, Jorge Girão, Jorge Santos Bessa, José Guimarães dos Santos, José Luís Ramos Dias, José M.
Mendes de Almeida, Rodrigo Costa e Silva, Vítor Passos de Almeida • Edição e Propriedade Sociedade Portuguesa de Cirurgia
– Rua Xavier Cordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa, Telefs.: 218 479 225/6, Fax: 218 479 227, E-mail spcirurgia@clix.pt • Redacção
e Publicidade SPOT Depósito Legal 255701/07 • Composição, impressão e acabamento G.C. – Gráfica de Coimbra, Lda.
ÍNDICE
Editorial /Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
ARTIGO DE REVISÃO
Controlo de qualidade em cirurgia colo-rectal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Control of Quality in colo-rectal surgery
Júlio Soares Leite
CONTROVÉRSIAS/CONTROVERSIES
Hernioplastia com prótese por via aberta: técnica quase ideal na abordagem das hérnias inguinais . . . . . . 23
Hernioplasty with mesh by open approach: almost ideal technique for inguinal hernias
Nuno Carvalho, Carlos Santos, Rui Lebre, João Gíria
Laparoscopic totally extra peritoneal inguinal hernia repair – our method to treat inguinal hernia . . . . . . 29
Tratamento da hernia inguinal por via Laparoscópica totalmente extraperitoneal – o nosso método de
tratamento das hérnias inguinais
Dulucq Jean-Louis, Mahajna Ahmad
Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Agenda
Informações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Information
Cirurgia e Qualidade
No número anterior foi publicado um texto que, ainda que indirectamente, tinha uma importantíssima
ligação à qualidade científica. Neste número voltamos a abordar o tema com um Artigo de Revisão sobre Padrões
de Qualidade em Cirurgia do cólon e recto.
Este tema, na sua forma mais geral, QUALIDADE, foi um assunto repetitivo em vários eventos em que
estive recentemente envolvido e que decorreram entre nós; em todos eles, esta discussão da Qualidade teve como
particularidade muito positiva o ter sido feita pelos profissionais de saúde mais directamente envolvidos, os médi-
cos, e sob perspectivas, também directas, da sua aplicação na prática clínica, bem como da respectiva aferição.
Os temas apresentados e discutidos nestes vários eventos relacionam-se, de uma maneira ou outra, com um
dos pontos mais importantes da nossa actividade, na medida em que a Qualidade deverá ser o fim a atingir quanto
à forma de prestação de qualquer dos cuidados da Cirurgia. Os vários modos como a podemos abordar e aplicar
é que, por várias razões, se encontram seja “esquecidos” seja encarados como assuntos menos prioritários.
O curso pré Congresso (da SPC, em Março) orientado pelo Prof. Abe Fingerhut, sobre a elaboração de tra-
balhos científicos, foi um destes eventos e foi com gosto que vi muitos jovens presentes, não só como participantes
activos mas também mostrando a absorção do que estava a ser transmitido e mesmo a posse de alguns desses
conhecimentos, permitindo a sua discussão mais frutuosa e questionando métodos de aplicação; espero que o
curso tenha sido proveitoso já que um dos pilares da Qualidade na nossa área se encontra aqui.
A Sociedade Portuguesa de Cirurgia, numa das suas concorridas e interessantes reuniões “Venha tomar café
connosco” abordou outro tema, muito discutido, defendido e atacado, mas que nunca foi na realidade observado
entre nós em profundidade, avaliando as suas vantagens e desvantagens e aplicabilidade; foi aí discutida a “Depar-
tamentação” que talvez, mesmo antes de ser aplicada de forma generalizada, já se encontre ultrapassada como con-
ceito, tendo a sua implementação comprometida. No entanto, muitos dos pontos que estão ligados ao conceito
geral da Departamentação podem ser importantes pelo que significam como modelos de responsabilização; os
conceitos de concentração de meios para que se obtenha melhor rentabilidade, de distribuição de recursos de
actuação por áreas de intervenção especializada, de gestão de recursos humanos de forma integrada e de referen-
ciação específica com avaliação constante de resultados, são uma grande parte do que é necessário implementar
– provavelmente em cenários diferentes – para que a nossa medicina hospitalar possa ver progressos substanciais
e aproximação aos resultados internacionais.
Outro evento na mesma linha foi uma reunião, muito participada, organizada pela Sociedade Médica dos
Hospitais (dos antigos HCL), onde se discutiram as Carreiras Médicas. Este ponto é, quanto a mim, funda-
mental. As Carreiras devem ser defendidas “contra tudo e contra todos” e sobre esta matéria temos que reflectir,
Editorial
4
de tentar explicar o inexplicável; trata-se de – em actuação consensual e orientada, se necessário, por profissio-
nais da área – antecipar as situações, evitando as falhas e anunciando os problemas e desvantagens de certas ati-
tudes das tutelas, antes que venham a ser anunciadas e promovidas.
Ainda que a primeira notícia seja sempre a que mais impacto tem, numa área como a Qualidade nos Hos-
pitais, em que o que está em causa é a prestação dos serviços de saúde, creio que o grande público entenderá as
nossas razões, se correctamente e atempadamente expostas. Não só não podemos deixar que outros tomem as deci-
sões que nos vão prejudicar, enquanto nos envolvemos em discussões estéreis, não nos empenhando, a fundo, na
discussão crítica para a elaboração de propostas fundamentadas, como não podemos ficar sem nos pronunciar
publicamente, através de vozes consensuais e formais. Há que promover as necessárias reuniões oficiais para que
as estruturas representativas possam vir a saber quais são os consensos e actuarem em conformidade quanto à sua
divulgação. Algumas tomadas de posição públicas dessas estruturas não têm sido as mais felizes nem represen-
tam os pontos de vista da maioria.
Muitas modificações que estão a acontecer são, no entanto, inevitáveis, quer o queiramos ou não, a bem ou
a mal, correctas ou incorrectas. Compete-nos a antecipação, a sua compreensão e a minimização dos prejuízos,
colaborando conforme possível para que venham a ser menos penalizantes e menos incorrectas. Não nos esque-
çamos que há 3 perspectivas da Qualidade: do doente, do fornecedor e do pagador. Ainda que a do doente e a
do pagador sejam importantes também para este contexto, fixemo-nos na do fornecedor e, mais precisamente na
dos cirurgiões.
Será que temos falta de “hábitos de Qualidade”? Será que as nossas condições de trabalho e opções de vida
levam a essa limitação? Em outros países, nos EUA e na Europa, por exemplo, também estão em curso muitas
das alterações que hoje sofremos. Talvez sejam aplicadas de outro modo, mas já há muito que são anunciadas
ou praticadas, e decorrem já há algum tempo, até porque não haverá actualmente muitas opções diferentes nos
quadros das políticas de saúde no mundo ocidental. O que acontece também é que muito do que se diz em rela-
ção a essas situações, é feito sem real conhecimento de causa. É verdade que em muitos desses países já existiam
bases científicas como laboratórios, programas de investigação, períodos obrigatórios dedicados à investigação
durante a fase de treino, regulares reuniões internas para discussão de temas científicos, verdadeiros “Journal
Clubs” e uma cultura de “produção científica”. Essa base cria os “hábitos de Qualidade” que acima menciono
e torna “natural” a sua passagem para a actuação clínica e para o dia a dia. Por outro lado, e também comple-
mentando esta situação, as Carreiras são naqueles países baseadas em pontos de vista e experiências diferentes;
são feitas progressões baseadas em avaliações continuadas e entrevistas, é certo, se bem que de modo substan-
cialmente diverso do que é praticado entre nós, mas grande parte da apreciação está relacionada com o traba-
lho real, recomendações, pesquisa e publicações. É talvez no ponto relacionado com a forma prática de progredir
nas nossas carreiras que reside a sua maior fraqueza: a burocracia, o recurso indiscrimanado aos tribunais e o
sentido de se permitir que sejam sobrepostos valores não profissionais ou não científicos aos que deveriam ser
a única base para as decisões.
A “Cultura de Qualidade”, que anteriormente existia, ainda que sob visões bem menos prosaicas quanto a
nomenclatura, baseia-se em muitos pressupostos que demoram a obter e a atingir. Possuíamos um dos elemen-
tos mais difíceis de conseguir, as Carreiras, e tínhamos o orgulho do trabalho produzido, se bem que a maior parte
das vezes com visões enviesadas. Perdemos boa parte desses elementos mas talvez não seja demasiado tarde para
evitar que a perda seja completa. Hoje em dia a “Cultura de Qualidade”, ainda que dependendo unicamente dos
profissionais, tem uma necessidade de apoio em estruturas de suporte, caras e difíceis de construir. Mas está
demonstrado – mesmo em Portugal – que essas estruturas podem existir, e até com grande prestígio internacio-
nal – desde que as correspondentes formas de mentalidade e de trabalhar estejam presentes; temos alguns desses
Editorial
6
Página dos editores
Boa Leitura!
27 de Setembro de 2007
“Abordagem endo vascular da patologia da aorta torácica”
Dr. Duarte Medeiros
Comentadores: Prof. José Fragata, Dr. Mota Capitão, SEDE
Prof. Fernandes e Fernandes
Sociedade Portuguesa de Cirurgia
15 de Novembro de 2007 Rua Xavier Cordeiro, 30
“Damage controle na isquemia intestinal – a propósito
de um caso clínico” 1000-296 Lisboa
Dr. Pedro Amado e Dr. Oliveira Martins Telefs.: 218 479 225/6
Comentadores: Prof. Dr. Pereira Alves e Dr. Ricardo Matos Fax: 218 479 227
13 de Dezembro de 2007 spcirurgia@clix.pt
“Hemorragia digestiva baixa maciça – a propósito de um caso clínico”
Dr. Pedro Amado e Dr. Oliveira Martins 21 horas
Comentadores: Dr.ª Maria João Bettencourt, Dr.ª Milene
Mendes, Dr. Pedro Duarte, Dr. Jaime Ramos
cinta é ajustável quando se faz passar a ponta da cinta com uma tesoura, a cerca de 10 mm abaixo do aperto
pelo interior da fivela (fig. 1B) e é fixada em posição da cinta (fig. 4). Fica, deste modo, uma pequena por-
pelo encravar duma das numerosas ranhuras da cinta ção excedente de tecido digestivo para impedir um
numa saliência no interior da fivela (fig. 1C). hipotético deslizar do tecido pelo interior da cinta. A
Depois de introduzir a cabeça da máquina circular mucosa digestiva deve ser bem visível a toda a volta
no segmento digestivo a anastomosar (fig. 2), envolve- deste excedente de tecido.
se o segmento digestivo com a cinta, passa-se a ponta Corta-se, agora, com uma tesoura o excedente da
da cinta pela fivela e começa-se a ajustar progressiva- cinta junto à fivela (fig. 5).
mente a cinta à parede do segmento digestivo. Para Procede-se, em seguida, à anastomose segundo a
fixar um segmento do tubo digestivo ao esporão da técnica habitual, tendo o cuidado de vigiar para que,
cabeça da máquina circular, a cinta deve ser apertada durante a aproximação da cabeça com o corpo da
junto à inserção do esporão na base circular da cabeça máquina, a fivela da cinta não seja apanhada pela zona
da máquina (fig. 3A). Nos locais de mais difícil acesso, onde vai ser feita a sutura com os agrafos.
esta manobra é facilitada se forem usadas duas pinças
de Bangolia: uma para puxar a ponta da cinta,
enquanto a outra faz contra-pressão na fivela e orienta RESULTADOS
o posicionamento da cinta (fig. 3B).
Uma vez a cinta bem apertada à volta do segmento No período que decorreu entre o início de Outu-
digestivo, secciona-se a parede do segmento digestivo bro de 2002 e 31 de Maio de 2007, usamos esta téc-
de aperto progressivo veio tornar simples, rápida e De igual modo é importante, particularmente
segura a fixação dos tecidos à cabeça da máquina, con- quando é utilizada uma máquina de diâmetro mais
tribuindo, deste modo, não só para melhorar a quali- pequeno (25 mm), que haja o cuidado de empurrar a
dade da anastomose, como para encurtar o tempo fivela da cinta para junto do esporão, enquanto os teci-
operatório. dos a anastomosar são aproximados, para impedir que
Contudo, para prevenir o deslizar da parede diges- a fivela fique na área de corte e sutura.
tiva a anastomosar, pelo apertar insuficiente da cinta, Em conclusão, a cinta prende com segurança os
o aperto deve ser verificado após o corte do segmento tecidos e é de aplicação não só fácil, como rápida.
digestivo, puxando novamente a extremidade da cinta Além do mais, é muito barata, pois pode obter-se uma
ao mesmo tempo que se fixa a fivela. Este pormenor, cinta pelo preço de um cêntimo (0.01 E). Por tudo
como sempre acontece com a aprendizagem de novas isto, pensamos que é uma pequena contribuição,
técnicas, deve merecer particular atenção no início da embora de importância significativa, para o avanço da
curva de aprendizagem de cada cirurgião que entra em sutura automática digestiva, com possibilidade de ser
contacto com a técnica. aplicada em cirurgia minimamente invasiva4,5.
1. Fékété F, Sauvanet A, Belghiti J. Results of 1000 Esophageal Resections with stapled anastomoses. In: Steichen FM, Welter R,
eds. Minimally Invasive Surgery and New Technology. St Louis: Quality Medical Publishing, Inc, 1994: 425-429.
2. Pimenta APA, Sousa JAP;Gouveia AMF,Alves JALO. Mechanical digestive anastomosis: a new technique to make it easier,
quicker and more reliable. Dis Esophagus 16: 126-129, 2003.
3. Pimenta A, Rodrigues J, Gouveia A, Sousa JP, Alves J, Ferreira A, Oliveira MC. A new technique to make circular digestive anas-
tomosis easier, quicker and more reliable. Video Rev Surg 21: 12-15, 2004
4. Köckerling F, Gastinger I. Resection of sigmoid colon. In: Kremer K, Platzer W, Schreiber HW, Steichen FM, eds. Minimally
invasive abdominal surgery. Stuttgart: Thieme, 2001: 348-356.
5. Steichen F. Mechanical sutures in esophageal replacement: fashion or resource ? Dis of Esophagus 2001; 14: 1-12.
6. Knight CD, Griffen FD. An improved technique for low anterior resection of the rectum using the EEA stapler. Surgery 1980;
88: 710-714.
Correspondência:
PROF. DOUTOR AMADEU PIMENTA
Serviço de Cirurgia Geral, Hospital de São João, 4200 - Porto, Portugal
Fax: 351 22 5505589
Phone: 351 22 5502100
amadeupimenta@hotmail.com
Controlo de qualidade
em cirurgia colo-rectal
Júlio Soares Leite
Volume Hospitalar
33 a 84 19,20
Cancro colo-rectal
7 a 13 21,22
Cancro do esófago
13 a 25 22,23
Duodenopancreatectomia
15 24
Hepatectomia
20 25
Transplante hepático
30 26
Aneurisma da aorta
1. Oliveira MC. Pós-graduação em Cirurgia. Rev Port Cirurgia 2007;II Série, nº 0:31-8.
2. Heald RJ. Total mesorectal excision. The new European gold standard. G Chir 1998; 19:253-5.
3. Enker WE. Total mesorectal excision. The new golden standard of surgery for rectal cancer. Ann Med 1997; 29:127-33.
4. Martling A, Holm T, Rutqvist LE et al. Impact of a surgical training programme on rectal cancer outcomes in Stockolm. Br J
Surg 2005;92:225-9.
5. Kapiteijn E, Marijnen CA, Nagtgaal ID et al. Preoperative radiotherapy combined with total mesorectal excision for resecta-
ble rectal cancer. N Engl J Med 2001;345:690-2.
6. Wibe A, Rendedal PR, Svensson E et al . Prognostic significance of the circunferencial resection margin following total meso-
rectal excision for rectal cancer. Br J Surg 2002;89:327-34.
7. Wibe A, Syse A, Anderson E et al. Oncological outcomes after total mesorectal excision for cure of cancer of the lower rec-
tum: anterior vs. abdominoperineal resection. Dis Colon Rectum 2004;47:48-58.
8. Denhi N, McFaden N, McNamara DA et al. Oncologic results following abdominoperineal resection for adenocarcinoma of
the lower rectum. Dis Colon Rectum 2003;46:867-74.
9. Holm T, Ljung A, Haggark T et al. Extended abdominoperineal resection with gluteus maximus flap reconstruction of the pel-
vic floor for rectal cancer. Br J Surg 2007;94:232-8.
10. Nagtegaal ID, van Krieken JH. The role of pathologists in the quality control of diagnosis and treatment of rectal cancer – an
overview. Eur J Cancer 2002;38:964-72.
11. Heald RJ. Total mesorectal excision is optimal surgery for rectal cancer: a Scandinavian consensus. Br J Surg 1995;82:1297-9.
12. Dent OF, Haboubi N, Chapuis PH et al. Assessing the evidence for an association between circumferential tumour clearance
and local recurrence after resection of rectal cancer. Colorectal Dis 2007;9:112-22.
13. Hall NR, Finan PJ, Al-Jaberi T et al. Circumferential margin involvement after mesorectal excision of rectal cancer with cura-
tive intent. Dis Colon Rectum 1998;41:979-83.
14. Nagtegaal ID, Van de Velde CHJ, Van de Worp E et al. Macroscopic evaluation of rectal cancer resection specimen; clinical
significance of the pathologist in the quality control. J Clin Oncol 2002;20:1729-34.
15. Iverson LH, Harling H, Laureberg S et al. Influence of caseload and surgical speciality on the outcome following surgery for
colorectal cancer: a review of the evidence. Part 2: long-term outcome. Colorectal Dis 2007;9:38-46.
16. Iverson LH, Harling H, Laureberg S et al. Influence of caseload and surgical speciality on the outcome following surgery for
colorectal cancer: a review of the evidence. Part 1: short-term outcome. Colorectal Dis 2007;9:28-37.
17. Schrag D, Panageas KS, Riedel E et al. Hospital and surgeon procedure volume following rectal cancer resection. Ann Surg
2002; 236:583-92.
18. Chowdhury MM, Dagash H, Pierro A. A systematic review of the impact of surgery and specialization on patient outcome.
Br J Surg 2007;94:145-61.
19. Marusch F, Koch A, Schmidt U et al. Hospital caseload and the results achieved in patients with rectal cancer. Br J Surg
2001;88:1397-402
20. Rogers SO Jr, Wolf RE, Zaslavsky AM et al. Relation of surgeon and hospital volume to process and outcomes of colorectal
cancer surgery. Ann Surg 2006;244:1003-11.
21. Kuo EY, Chang Y, Wright CD. Impact of hospital volume on clinical and economic outcomes for esophagectomy. Ann Tho-
rac Surg 2001;72:1118-24.
22. The Leapfroggroup – Evidence-based hospital referral. www.leapfroggroup.org
23. Gouma DJ, De Wit LT, Honegouwen MI et al. Hospital experience and hospital mortality following parcial pancreaticoduo-
denectomy in the Netherlands. Ned Tijdschr Geneeskd 1997;141:1738-1741.
24. Choti MA, Bowman HM, Pitt HA et al. Should hepatic resections be performed at high-volume referral centers? J Gas-
trointest Surg 1998;2:11-20.
25. Edwards EB, Roberts JP, McBride MA et al. The effect of the volume of the procedures at transplantation centers on morta-
lity after liver transplantation. N Engl J Med 1999;341:2049-53.
26. Dimick JB, Stanley JC, Axelrod DA et al. Variation on dead rate after abdominal aortic aneurismectomy in the United Sta-
tes: impact of the hospital volume, gender and age. Ann Surg 2002;235:579-85
27. Martling A, Cedermark, Johansson H et al. The surgeon as a prognostic factor after the introduction of total mesorectal exci-
sion in the treatment of rectal cancer. Br J Surg 2002;89:1008-13.
28. Milne AA, Skinner J, Browning G. Centralization of esophageal cancer services; the view from the periphery. J R Coll Surg
Edinb 2000;45:164-7.
Correspondência:
PROF. DOUTOR JÚLIO SOARES LEITE
Serviço de Cirurgia III
Hospitais da Universidade de Coimbra
3049 Coimbra Codex – Portugal
jsleite@simplesnet.pt
HÉRNIAS INGUINO-CRURAIS: ABORDAGEM CIRÚRGICA POR VIA ABERTA OU POR VIA LAPAROSCÓPICA?
Hernioplastia com prótese por via aberta: técnica quase ideal na abordagem das hérnias inguinais
25
rência na ordem dos 50 a 75 % e havia evidência de O custo hospitalar total da técnica de PerFix ® Plug
recuperação mais precoce e de menor taxa de dor per- foi 6 vezes superior à técnica de Lichtenstein. O autor
sistente (8 ). recomenda a técnica de Lichtenstein como gold stan-
Não se encontrou diferença significativa em relação dard para a reparação da hérnia inguinal até haver
com complicações operatórias ou parestesias persis- estudos de follow-up suficientemente longos que
tentes. demonstrem maior eficácia de outras próteses na pre-
As próteses não estão disponíveis em alguns países venção da recorrência (20).
devido ao custo adicional, mas o custo é compensado
pela prevenção da recorrência em 1 a 4 anos (8 ).
Em resumo, apesar da sua popularidade, as técnicas ABORDAGEM ABERTA OU LAPAROSCÓPICA ?
que utilizam tecido para reparação, como Bassini, Fer-
guson, McVay, Shouldice e outras, têm a desvantagem Após o sucesso da colecistectomia laparoscópica, as
de criar tensão na sutura. O denominador comum é o indicações para laparoscopia foram-se estendendo a
mesmo: dificuldade técnica, desconforto do doente, outros campos da cirurgia. A reparação das hérnias
reabilitação prolongada e taxa de recorrência elevada inguinais não foi excepção.
(18). Nos anos 90 houve um grande entusiasmo com a
As técnicas livres de tensão, são simples, reprodutí- utilização da laparoscopia na hérnia inguinal, com a
veis, minimamente invasivas, baixo custo, baixa taxa premissa de redução da dor, do desconforto pós-ope-
de recorrência e permitem a mobilização e retorno pre- ratório, melhoria cosmética, maior facilidade de repa-
coce do doente à actividade laboral (19). ração nas recorrências e como a prótese era colocada
As técnicas mais populares na reparação de hérnia em posição pré-peritoneal poderia reduzir a recor-
inguinal com prótese são a técnica de Lichtenstein e a rência (21). Foi renovado o debate sobre a questão
Mesh-Plug (Rutkow-Robbins), tecnicamente mais da melhor abordagem para a reparação da hérnia
simples de aprender e efectuar. Mais recente, a Prolene (22).
Hernia System (PHS ®), tem ganho popularidade A laparoscopia apresenta o risco de complicações
devido à sua eficácia e simplicidade (16). específicas, como lesão vascular ou visceral, a formação
Estas três técnicas foram avaliadas num estudo pros- de aderências , e a possibilidade de exposição intra-
pectivo randomizado, envolvendo 551 doentes (16). peritoneal de material protésico (21).
A taxa de complicações pós-operatórias foi semelhante Outra desvantagem é a dificuldade, ou contra-indi-
para os três grupos. A técnica de Mesh-Plug apresen- cação para futura cirurgia pélvica (17). A reacção infla-
tou um maior risco relativo de recorrência. Os autores matória e fibrótica intensa que desencadeia vai oblite-
,considerando que a técnica de PHS ® foi avaliada rar o espaço de Retzius, o que vai dificultar eventual
com duração inferior a 2 anos, recomendam a técnica cirurgia futura (17).
de Lichtenstein como a standard para a reparação da O EU Hernia Trialists Collaboration efectuou uma
hérnia inguinal sem tensão (16). revisão sistemática de 34 ensaios prospectivos rando-
Num estudo prospectivo randomizado, envolvendo mizados, envolvendo 6804 doentes, comparando a
141 doentes, Kingsnorth comparou a técnica de Lich- reparação de hérnias por via laparoscópica com os
tenstein com a técnica de PerFix ® Plug (20). métodos abertos (23).
Conclui que a técnica de PerFix ® Plug pode ser Concluiu que a reparação por via laparoscópica se
realizada com uma incisão menor, com menos tempo associava com menos dor no pós-operatório e permi-
operatório e com menos dor no pós-operatório. Não tia um retorno mais precoce à actividade normal. Mas
houve diferença no retorno à actividade normal e ao com maior duração de tempo operatório e aumento
trabalho. do risco de complicações raras, mas graves, como a
BIBLIOGRAFIA
Hernioplastia com prótese por via aberta: técnica quase ideal na abordagem das hérnias inguinais
27
17. Reuben B, Neumayer L. Surgical management of inguinal hernia. Advances Surgery 40 (2006) 299-317
18. Rutkow IM, Demographic and socioeconomic aspects of hernia repair in the United States in 2003. Surg Clin N Am 83
(2003) 1045-1051
19. Forte A, D Urso A, Palumbo P, Storto G, Gallinaro LS, Bezzi M, Beltrami V. Inguinal hernioplasty: the gold standard of her-
nia repair. Hernia (2003) 7: 35-38
20. Kingsnorth NA, Porter CS, Bennett DH, Walker AJ, Hyland ME, Sodergren S. Lichtenstein patch or Perfix plug-and-patch
in inguinal hernia: A prospective double-blind randomized controlled trial of short-term outcome. Surgery 2000; 127: 276-
83
21. Memon MA, Cooper NJ, Memon B, Abrams KR. Meta-analysis of randomized clinical trials comparing open and laparos-
copic inguinal hernia repair. Br J Surg 2003; 90: 1479-1492
22. Picchio M, Lombardi A, Zolovkins A, Mihelsons M, Torre G. Tension-free laparoscopic and open hernia repair: randomized
controlled trial of early results. World J Surg. 23, 1004-1009, 1999
23. EU Hernia Trialists Collaboration. Laparoscopic compared with open methods of groin hernia repair: systematic review of
randomized controlled trials. Br J Surg 2000, Vol 87 (7): 860-867
24. Vale L, Ludbrrok A, Grant A. Assessing the costs and consequences of laparoscopic vs open methods of groin hernia repair.
Surg Endosc (2003) 17: 844-848
25. Neumayer L, Giobbie-Hurder A, Jonasson O, et al. Open mesh versus laparoscopic mesh repair of inguinal hernia. N Engl J
Med 2004; 350: 1819-27
26. Jacobs DA. Mesh repair of inguinal hernias-Redux. New England J Med 350; 18 ,April 29, 2004, 1895-1897
27. Douek M, Smith G, Oshowo A, Stoker DL, Wellwood JM. Prospective randomized controlled trial of laparoscopic versus open
inguinal hernia mesh repair: five year follow up. Brit Med Journal , Vol 326, 10 May 2003, 1012-1013
HÉRNIAS INGUINO-CRURAIS: ABORDAGEM CIRÚRGICA POR VIA ABERTA OU POR VIA LAPAROSCÓPICA?
Inguinal hernia is the most common hernia, com- an early recurrence rate as high as 25% [2, 5]. How-
prising 90% of all spontaneous hernias. Inguinal her- ever, after a decade of experience in laparoscopic her-
nia repair is the most frequently performed operation nia surgery, this method gained worldwide acceptance
in general surgery; more than 700,000 groin hernia and became, in many centres, the first choice for
repairs are performed in the United States annually inguinal hernia repair. In their prospective randomised
[1,2]. controlled study, Bringman and co-workers, compared
Since Bassini’s report of inguinal hernia repair in three tension-free methods of hernioplasty and con-
1887 [3], numerous other techniques have been cluded that laparoscopic hernioplasty is superior to
described. During the first half of this century, the tension-free open herniorrhaphy with mesh-plug and
repairs were based on bringing together and suturing patch or Lichtenstien’s operation in terms of postop-
the edges of the defect. These techniques resulted in erative pain and rehabilitation [6]. Laparoscopic her-
high recurrence rates and postoperative morbidity due nia repair has several advantages over the conventional
to the tension on the suture lines. open methods as shown by prospective randomized
Two revolutions in inguinal hernia repair surgery trails comparing the two approaches. The major
occurred during the last two decades. The first was the advantages include postoperative pain reduction, short
introduction of tension free hernia repair by Lichten- recovery period, earlier return to work, better cosmetic
stein in 1989 which reduced significantly the recur- results and cost effectiveness [7,8]. In addition, the
rence rates [4]. Open anterior tension free mesh laparoscopic approach allows viewing the entire
repairs became the most common repairs over the myopectineal orifice and repairing any unexpected
world. The second, was the application of laparoscopic hernias and thereby, reduces the chance of recurrence
surgery for the treatment of inguinal hernia in the [9,10].
early 90’s, which led to decrease in postoperative pain Several laparoscopic techniques have been described
and faster recovery along with low recurrence rates. to manage groin hernias [11-16]. Two laparoscopic
In the beginning of the 90’s, laparoscopic hernia techniques have become the most common procedures
repair was controversial since various studies reported to repair these hernias; the transabdominal pre-peri-
REFERENCES
1. Rutkow IM (1998) Epidemiology, economic and sociologic aspects of hernia surgery in the United States in the 1990s. Surg
Clin North Am 73:413-426
2. Fitzgibbons RJ, Camps J, Cornet DA (1995) Laparoscopic inguinal herrnioraphy: results of a multicenter trail. Ann Surg
221:3-13
3. Bassini E. Sulla cura radicle dell'erinea inguinale. (1887) Arch Soc Ital Chir 4:380
4. Lichtenstein IL, Shulman AG, Amid PK, Montllor MM. (1989) The tension-freehernioplasty. Am J Surg 157;188-93
5. Vogt DM, Curet MJ, Pitcher DE, et al. (1995) Preliminary results of a prospective randomized trial of laparoscopic versus
conventional inguinal herniorrhaphy. Am J Surg169:84-9
6. Bringman S, Ramel S, Heikkinen TJ, ET AL. (2003) Tension-free inguinal hernia repair: TEP versus mesh-plug versus Licht-
enstein – A prospective randomized controlled trail. Ann Surg 237:142-147
7. Heikkinen TJ, Haukipuro K, Koivukangas P, et al. (1998) A prospective randomized outcome and cost comparison of totally
extra-peritoneal endoscopic hernioplasty versus Lichtenstein operation among employed patients. Surg LaparoscEndosc 8:338-
344
8. Lal Pawanindra, Kajla RK, Chander J, et al. (2003) Randomized controlled study of laparoscopic total extra-peritoneal ver-
sus open Lichtenstein inguinal hernia repair. Surg Endosc 17:850-856
9. Barrat C, Surlin V, Bordia A, et al. (2003) Management of recurrent inguinal hernias: a prospective study of 163 cases. Her-
nia 7:125-9
10. Sayad P, Ferzli G. (1999) Laparoscopic preperitoneal repair of recurrent inguinal hernias. J Laparoendosc Adv Surg Tech A
127-30
11. Camps J, Nguyen N, Annabali R, et al. (1995) Laparoscopic inguinal herrnioraphy: transabdominal techniques. Int Surg
80:18-25
12. Felix EL, Michas CA, Gonzalez MHJ (1995) Laparoscopic herrnioplasty. Surg Endosc 9:984-989
13. Sosa JL, Puente I, Markley M, et al. (1994) A modified technique of laparoscopic hernioraphy: operative approach and early
results. Int Surg 79:300-303
14. Wishart GC, Wright D, O’Dwyer PJ (1995) Use of a Foley catheter to dissect the preperitoneal space for extraperitoneal
endoscopic hernia repair. J Laparoendosc Surg 5:27-29
15. Dulucq JL.(1992) Treatment of inguinal hernias by insertion of mesh through retroperitoneoscopy. Post Graduate General
Surgery 4:173-74.
16. Dulucq JL. (2000)Pre-peritoneal approach in laparoscopic treatment of inguinal hernia. J Chir . 137(5):285-8.
17. Khoury N. (1995) A comparative study of laparoscopic extraperitoneal and transabdominal preperitoneal herniorrhaphy. J
Laparoendosc Surg 5:349-55
18. Medical Research Council Laparoscopic Groin Hernia Trial Group (2001) Cost – utility analysis of open versus laparoscopic
groin hernia repair: results from a multicentre randomized clinical trial. Br J Surg 88:653-661
19. Liem MS, Halsema JA, Van der graaf Y, et al. (1997) Cost effectiveness of extraperitoneal laparoscopic inguinal hernia repair:
a randomized comparison with conventional herniorrhaphy. Coala trial group. Ann Surg 226:668-675
20. Swanstron LL (2000) Laparoscopic hernia repairs: the importance of cost as an outcome measurement at the century's end.
Surg Clin North Am 80:1341-1351
21. Bowne WB, Morgenthal CB, Castro AE, et al. The role of endoscopic extraperitoneal herniorrhaphy: where do we stand in
2005
Laparoscopic totally extra peritoneal inguinal hernia repair – our method to treat inguinal hernia
31
Address for correspondence
J.L. DULUCQ
MSPB Bagatelle, 203 Route de Toulouse, 33401, Talence, France.
Fax: 0033557123420
Tel.: 0033557123521
jld@ils-chirurgie.com
1. Miettinen M, Lasota J. Gastrointestinal stromal tumours – definition, clinical, histological, immunohistochemical and mole-
cular ganetic features and differential diagnosis. Virchows Arch 2001; 438: 1-12
2. Kosmadakis N, Visvardis EF, Kartsaklis P, Tsimara M, Chatziantoniou A, Panopoulos I, Erato P, Capsambelis P. The role of
surgery in the management of gastrointestinal stromal tumors (GISTs) in the era of imatinib mesylate effectiveness. Surg Onc
2005; 14: 75-84
3. Gouveia A, Capelinha F, Lopes JM, Pimenta APA, Oliveira, MC. Avaliação do tratamento cirúrgico primário em tumoures
estromais gastrintestinais (GIST). XXV Reunião da Sociedade Portuguesa de Cirurgia, Lisboa, 2005 (Abstract)
4. Benjamin R, Blanke CD, Blay JY, Bonvalot S, Eisenberg B. Management of Gastrointestinal Stromal Tumors in the Imati-
nib Era: Selected Case Studies. The Oncologist 2006; 11: 9-20.
5. Miettinen M, Sarlomo-Rikala M, Lasota J. Gastrointestinal stromal tumors: recent advances in understanding of their bio-
logy. Human Pathology 1999; 30: 1213-20
6. Blay J-Y, Bonvalot S, Casali P, Choi H, Debiec-Richter M, Dei Tos AP, Emile JF, Gronchi A, Hogendoorn PCW, Joensuu H,
Le Cesne A, Mac Clure J, Maurel J, Nupponen N, Ray-Coquard I, Reichardt P, Sciot R, Stroobants S, van Glabbeke M, van
Oosterom A, Demetri GD. Consensus meeting for the management of gastrointestinal stromal tumors. Report of the GIST
Consensus Conference of 20-21 Narch 2004, under the auspices of ESMO. Ann Oncol 2005; 16: 566-578
7. Ng EH, Pollock RE, Munsell MF, Atkinson EN, Romsdahl MM. Prognostic factors influencing survival in gastrointestinal
leiomyosarcomas. Ann Surg 1992; 215: 68-77
8. Aparicio T, Boige V, Sabourin J-C, Crenn P, Ducreux M, Le Cesne A, Bonvalot S. Prognostic factors after surgery of primary
resectable gastrointestinal stromal tumours. EJSO 2004; 30: 1098-1103.
9. Demetri GD, Benjamin RS, Blanke CD, et al.: NCCN Task Force Report: Optimal management of patients with gastroin-
testinal stromal tumors (GIST) – Expansion and update of NCCN Clinical Practice Guidelines. J Natl Comp Cancer Net-
work 2004; 2: S1-S26.
10. Fujimoto Y, Nakanishi Y, Yoshimura K, et al.: Clinicopathologic study of primary malignant gastrointestinal stromal tumor
of the stomach, with special reference to prognostic factors : Analysis of results in 140 surgically resected patients. Gastric Can-
cer 2003; 6: 39-48.
11. Miettinen M, Sobin LH, Lasota J.: Gastrointestinal tumors of the stomach: A clinicopathologic, immunohistochemical, and
molecular genetic study of 1765 cases wiyh long-term follow-up. Am J Surg Pathol 2005; 29: 52-68.
12. Clary BM, DeMatteo RP,Lewis JJ, Leung D, Brennan MF. Gastrointestinal stromal tumors and leiomyosarcoma of the abdo-
men and retroperitoneum: a clinical comparison. Ann Surg Oncol 2001; 8: 290-9.
13. Yao KA, Talamonti MS, Langella RL, Schindler NM, Rao S, Small Jr W, Joehl RJ. Primary gastrointestinal sarcomas: analy-
sis of prognostic factors and results of surgical management. Surgery 2000; 128: 604-12
14. Heinrich MC, Corless CL.:Gastric GI Stromal Tumors (GISTs): The role of Surgery in The Era of Target Therapy. J Surg
Oncol 2005;90: 195-207
15. Nickl N.: Decision analysis of Hypoechoic Intramural Tumor Study results. Gastrointest Endosc 2002; 56: S150 (abstract).
16. DeMatteo RP, Lewis JL, Leung D, Mudan SS, Woodruff JM, Brennan MF. Two hundred gastrointestinal stromal tumors.
Recurrence patterns and prognostic factors for survival. Ann Surg 2000; 231: 51-8
17. Pierie JP, Choudry U, Muzikansky A, Yeap BY, Souba WW, Outt MJ. The effect of surgery and grade on outcome of gas-
trointestinal stromal tumors. Arch Surg 2001; 136: 383-9
Paraganglioma gangliocítico
da ampola de Vater: Caso clínico
Gangliocytic paraganglioma of
ampulla of Vater: Clinical case
Isabel Mesquita1, Jose Maria de la Peña 2, Jaime Vilaça 2,
José Davide 3, Jorge Daniel 3, Luís Graça 3, Manuel Teixeira 4
1 Interna Complementar Cirurgia Geral 3.° ano, 2 Assistente Hospitalar,
3 Assistente Hospitalar Graduado, 4 Director de Serviço
O Paraganglioma gangliocítico (PG) é um tumor raro, que tem sido reportado de forma crescente desde que foi
descrito pela primeira vez em 1962.
Localiza-se frequentemente na segunda porção do duodeno, em particular na Ampola de Vater e apresenta como
manifestação clínica mais comum, a hemorragia gastrointestinal.
Histológicamente apresenta três tipos celulares, que variam na proporção entre si: epitelióides, fusiformes e gan-
glionares.
O PG é considerado uma neoplasia benigna, embora estejam descritos casos de metastização linfática regional.
A ampulectomia transduodenal surge como opção terapêutica para tumores ampulares benignos, já que entre
outras vantagens pode ser efectuada com baixa taxa de morbilidade e de recidiva.
Um seguimento prolongado destes doentes é aconselhado.
Palavras chave: Paraganglioma gangliocítico, Ampola de Vater, Ampulectomia transduodenal
First described in 1962, Gangliocytic Paraganglioma (GP) is a rare tumor that has been increasingly reported in the lite-
rature since then.
It almost occurs in the second part of the duodenum, often at the Ampulla of Vater and the most common presenting symp-
ton is, gastrointestinal bleeding.
Its characteristic histologic appearance consists of a mixture of three types in varying proportion: epithelioid, spindled and
ganglion cells.
Almost reported cases of GP has followed a benign course however, regional lymph node metastasis has been reported.
Transduodenal local resection is a good treatment for benign ampullary tumors and it can be accomplished with little mor-
bidity and a low recurrence rate.
Prolonged surveillance is indicated for local resections.
Key-words: Gangliocytic Paraganglioma, Ampulla of Vater, Transduodenal local resection
Isabel Mesquita, Jose Maria de la Peña, Jaime Vilaça, José Davide, Jorge Daniel, Luís Graça, Manuel Teixeira
38
A B
C D
Figura 3 – Histologia da lesão polipoide. A- Paraganglioma (Hematoxilina- eosina, 10x), B- Paraganglioma (Hematoxilina eosina, 20x), C- Para-
ganglioma (Enolase específica de neurónio, 20x), D- Paraganglioma (cromogranina 20x).
denotomia transversal na face lateral da segunda por- sung entre si e lateralmente à parede duodenal (Fig. 6,
ção do duodeno (Fig. 4) Ao expor a papila identifi- 7). Foi deixado um dreno justo à duodenorrafia.
cou-se a lesão tumoral residual com aproximadamente O pós-operatório decorreu sem intercorrências
1 cm de diâmetro. Efectuou-se a canulação da via tendo o doente iniciado dieta ao 5º dia e tido alta ao
biliar principal (Fig. 5) e do canal Wirsung utilizando 7º dia pós-operatório.
uma sonda nasogástrica pediátrica. A ampulectomia Dez meses passados mantém-se assintomático e sem
foi realizada com 1 cm de margem livre macroscópica qualquer evidência clínica, imagiológica e endoscópica
seguida de rafia medial da via biliar e do canal Wir- de recidiva tumoral (Fig. 8).
Figura 6 – Ampulectomia transduodenal com margem macroscópica Figura 7 – Visualização após rafia da via biliar e canal Wirsung entre si
e à parede do duodeno
A histologia da peça operatória evidenciou aspectos duodeno, nomeadamente na Ampola de Vater. Foi
morfológicos que confirmam o diagnóstico prévio, também documentado na terceira e quarta porções do
agora com margens cirúrgicas negativas. duodeno e raramente no jejuno proximal, piloro,1
apêndice,3 brônquios 4 e nasofaringe.5
Apresenta uma discreta prevalência no sexo mascu-
DISCUSSÃO lino (1,6:1) e a idade média de aparecimento é aos 54
anos (23-83 anos).1
Inicialmente descrito em 1962 por Taylor e Hel- A forma mais comum de apresentação é como
wig,2 o PG é um tumor raro do tubo digestivo que hemorragia gastrointestinal contudo, a severidade da
ocorre mais frequentemente na segunda porção do hemorragia pode variar desde uma anemia ligeira até
Isabel Mesquita, Jose Maria de la Peña, Jaime Vilaça, José Davide, Jorge Daniel, Luís Graça, Manuel Teixeira
40
ao choque hipovolémico. Outros sintomas incluem
dor abdominal e mais raramente icterícia.6 A lesão
pode ser totalmente assintomática, sendo o tumor
encontrado apenas como um achado imagiológico,
endoscópio ou post mortem.1
A lesão tumoral é classicamente polipoide (séssil ou
pediculada), de dimensões que variam os 0,5-10 cm.
É tipicamente uma lesão da submucosa, não capsu-
lada, bem circunscrita e que pode envolver a muscula-
ris propria.7
Histológicamente, observa-se um predomínio de
células epitelioides dispostas em ninhos e/ou trabécu-
las com um padrão morfológico que simulam outras
Figura 8 – Visualização endoscópica da via biliar e canal Wirsung ao
neoplasias de tipo neuroendócrino. 4º mês pós-operatório; sem evidência de recidiva.
A neoplasia pode ter um padrão de crescimento
infiltrativo com atingimento do músculo liso, mas não
é considerada como característica de malignidade.
Embora o tumor tenha características estruturais e um comportamento maligno e localmente agressivo.10
imunohistoquímicas de uma lesão neuroendócrina, Por este motivo, a orientação terapêutica de um doente
deve-se distinguir dos paragangliomas extra-adrenais, com um PG representa um desafio interessante
os quais geralmente não se observam células fusifor- mesmo para o cirurgião mais experiente.
mes e de tipo ganglionar. Várias opções de ressecção podem ser equacionadas
A composição celular pouco usual desde tipo de perante um PG ampular, como a ampulectomia trans-
tumor, tem gerado muita discussão quanto à sua his- duodenal, a duodenopancreatectomia cefálica ou a
togénese. Embora sem evidências definitivas até à data, polipectomia endoscópica.
foram propostas várias teorias quanto à sua origem, Parece no entanto consensual, que a ressecção cirúr-
por exemplo, na proliferação hamartomatosa de célu- gica local transduodenal é a mais apropriada opção de
las endodérmicas provenientes do desenvolvimento tratamento para a grande maioria destes tumores. Ape-
errático do pâncreas,8 tecido pancreático ectópico, sar de tecnicamente laborioso, este procedimento
crescimento neoplásico a partir de stem cells pluripo- cirúrgico cursa com uma baixa taxa de morbilidade e
tenciais, ou até mesmo do crescimento neoplásico a de recidiva. Além disso, possibilita, a realização de
partir do gânglio celíaco.9 exame extemporâneo da peça operatória no sentido de
As biópsias pré-operatórias têm uma elevada taxa de assegurar a negatividade das margens, bem como o
falsos negativos na discriminação entre diversos tipos his- envolvimento de outras estruturas como a via biliar,
tológicos colocados como diagnósticos diferenciais, em além de permitir a classificação do comportamento da
particular com os adenocarcinomas. Por este motivo, é neoplasia como benigno ou maligno. Em função da
preconizada a realização de uma ecoendoscopia, bem informação anatomopatológica, o cirurgião poderá
como de uma colangiografia com pancreatografia (para optar para o primeiro caso a realização apenas da
excluir envolvimento da via biliar) quando os achados ampulectomia ou decidir pelo procedimento de
macroscópicos encontrados sugerem malignidade.11 Whipple na evidência de malignidade.13,14
Globalmente estes tumores são considerados benig- Surgem recentemente registos de polipectomias
nos, embora estejam já identificados PG com metasti- endoscópicas efectivas realizadas em centros com grande
zação linfática regional e recidivas locais, o que sugere experiência que defendem que os doentes propostos a
BIBLIOGRAFIA
1. Meneghetti T, Safadi B, Stewart L, Way L. Local Resection Ampullary Tumors. J Gastrointestinal Surgery 2005;9:1300-1306
2. Taylor HB, Helwig EB, Benign nonchromaffin paragangliomas of the duodenum. Virchows Arch A Pathol Anat Histopat-
hol. 1962; 335:356-366
3. Van S, Offerhaus GJ, Peterse HL, Dingemans KP, Blaauwgeers HL, Gangliocytic paraganglioma of the appendix. Histopat-
hology 200; 36: 47-49
4. Hironaka M, Fukayama M, Takayashiki N, Saito K, Sohara Y, Funata N, Pulmonary gangliocytic paraganglioma: case report
am comparative immunohistochemical study of related neuroendocrine neoplasms. Am J Surg Pathol 2001; 25: 688-93.
5. Sinkre P, Lindberg G, Albores-Saavedra J. Nasopharyngeal gangliocytic paraganglioma. Arch Pathol Lab Med 2001; 125:1098-
1100.
6. Smithline AE, Hawes RH, Ropecky KK, Cummings OW, Kumar S. Gangliocytic paraganglioma, a rare cause of upper gas-
trointestinal bleeding. Endoscopic ultrasound findings presented. Dig Dis Sci 1993; 38: 173-7
7. Williams SJ, Lucas RJ, McCaughey RS. Paraganglioma of the duodenum: a case report. Surgery 1980; 87:454-8
8. Girgis P, Henthrne W. Pathologic Quiz Case: Mass at the Ampulla of Vater in a 43-year-old man. Arch Pathol Lab Med 2002;
126:1239-1240
9. Hashimoto S, Kawasaki S, Matsuzawa K, Harada H, Makuuchi M. Gangliocytic paraganglioma of the papilla of Vater with
regional pymph node metastasis. Am J Gastroenterol 1992; 87: 1216- 1218.
10. Inai K, Kobuke T, Yonehara S, Tokuoka S. Duodenal gangliocytic paraganglioma with lymph node metastasis in a 17-year-
old boy. Cancer 1989; 63:2540-2545
11. Kahaleh M, Shami V, Brock A, et al. Factors Predictive of Malignancy and Endoscopic Resectability in Ampullary Neopla-
sia. Am J Gastroenterol 2004; 99: 2335-2339.
12. Burke AP, Helwig EB. Gangliocytic paraganglioma. Am J Clin Pathol 1989; 92: 1-9.
13. Branum GD, Pappas TN, Meyers WC. The management of tumors of the ampulla of Vater by local resection. Ann Surg
1996; 224:621-627.
14. de Castro SM, van Heek NT, Kuhlmann KF, et al.Surgical management of neoplasms of the ampulla of Vater: local resection
or pancreaticoduodenectomy and prognostic factors for survival. Surgery 2004; 136(5):994-1002.
15. Catalano MF, Linder JD, Chak A, et al. Endoscopic management of adenoma of the major duodenal papilla. Gastrointest
Endosc 2004; 59: 225-232.
Isabel Mesquita, Jose Maria de la Peña, Jaime Vilaça, José Davide, Jorge Daniel, Luís Graça, Manuel Teixeira
42
ARTIGO DE OPINIÃO
Consentimento informado
– uma sinopse
Jorge A. S. Melo
RESUMO: A prática do Consentimento Informado é recente quando comparada com a longa história da medicina.
Torna-se realidade quotidiana desde o estabelecimento da bioética, nos anos setenta do século vinte, e impõe repensar
os padrões tradicionais de relação médico-doente. Apesar de os fundamentos médicos e jurídicos terem mais de dois sécu-
los a sua implementação continua sujeita a tergiversações e erros. Por isso se justifica esta sinopse que de forma sucinta
passa em revista os dados fundamentais deste processo comunicacional que é o Consentimento Informado.
ABSTRACT: The practice of Informed Consent is quite recent and even new if the long history of medicine is considered. Alt-
hough the concept has been generalized after the birth of bioethics it’s roots come at least from the end of the xviii th century in
England and emply strong modifications on doctor-patient relatioships paterns. The fact that every day medical practice is no short
of informed consent doubts and problems justifies the present notes on that topic.
A PRÁTICA MEDICA TRADICIONAL. favor do doente, muitas vezes reduzido nas suas capa-
cidades.
A prática médica tradicional é ainda hoje herdeira O produto desta assimetria nítida entre quem sabe,
de princípios e práticas estabelecidas quando do nas- pode ajudar e tem deveres de excelência, e quem neces-
cimento da medicina grega clássica. Entre os aspectos sita e está diminuído pela condição de doença, é um
mais duradoiros dessa influência estão os padrões de padrão de relação muito desigual em que o médico é
relação médico-doente que se mantiveram inalterados levado a decidir o que é melhor para o doente. E fá-lo
durante mais de vinte e cinco séculos. Na essência, ao sem deliberação deste a propósito das intervenções ou
médico exigia-se que cumprisse os deveres de origem prescrições médicas. Assim nasce o paternalismo
hipocrática (respeito pela vida do doente, dever de pelo médico que dispensava a opinião do doente sobre as
menos não fazer mal, de sigilo absoluto - a manter decisões médicas. Aliás o ideal era o médico prescrever
mesmo para além da morte do doente -), ao que se e o doente obedecer, sem questão ou dúvida.
juntava o poderoso conceito platónico-aristotélico de Assim como os corpos teórico e de prática médica se
excelência, simultaneamente no saber fazer e na moral. mantiveram pouco alterados desde a fixação do humo-
Este conjunto de deontologia e excelência revertia a ralismo por Galeno, pelo menos até ao século xvi, tam-
Jorge A. S. Melo
44
A medicina no início do século vinte luta pela afir- dos direitos dos doentes, por outro que vão protagoni-
mação como ciência natural. É bem sucedida, em zar, perante desenlaces novos, resultados inesperados de
grande parte devido á importação para os Estados Uni- intervenções médicas, um fenómeno crucial: a desco-
dos da América do Norte do modelo científico de prá- berta de que a ética médica, na essência ainda a mesma
tica médica desenvolvido em França e na Alemanha dos tempos da origem grega clássica, apenas retocadas
no final do século XIX e início do século xx. País libe- com compaixão e simpatia por Gregory, já não bastava
ral, de responsabilização máxima e liberdade máxima, para uma axiologia do agir médico. A ética médica
os EUA são um local de expansão e aplicação dos direi- tinha-se mantido afastada de olhares estranhos à profis-
tos do cidadão e do doente que afirmam a sua auto- são e mesmo quando adquiriu um forte componente
nomia. Os diferendos entre médicos e doentes vão deontológico, no início do séc. XIX, com Thomas Per-
crescer em número e alterar-se quanto á tipologia geral cival, manteve-se um sistema interno da profissão.
das queixas. São vários os casos em que a disparidade entre as
expectativas de doentes ou famílias e os resultados
obtidos, em muitos casos desconhecidos também dos
O CONSENTIMENTO INFORMADO INSTALA-SE próprios médicos, suscitam revolta social, controvérsia
E DIFUNDE-SE legal e espanto filosófico. Perante a repetição deste tipo
de fenómenos, nos EUA, na década de sessenta inicia-
A medicina do século vinte, fruto de desenvolvi- se a convocação de uma multiplicidade de saberes,
mentos científicos e técnicos, bem como dos impul- externos à medicina, para, em conjunto com a ética
sos que as duas grandes guerras geraram, alterou-se médica, avaliara a eticidade e valores do agir médico.
substancialmente. A cirurgia viu resolvidas limitações Surge assim um novo corpo de saber que se vai trans-
que a tolhiam: em 1900 Landsteiner identifica os gru- formando em ciência nova – a bioética. Sobre a génese
pos sanguíneos abrindo a porta para o controlo da da bioética, que nasce como um fenómeno inicial-
hemorragia; a luta contra infecção ganha-se com os mente americano veja-se Albert Jonsen1.
antibióticos; e a reanimação avança uma vez disponí- A bioética não substitui a ética médica, integra-a.
veis os ventiladores. As guerras trazem à medicna a Mas gera um novo corpo teórico, em grande parte
noção de que tudo o que pensável é fazível, em espe- integrador de sabres e valores de várias ciências, da
cial no âmbito cirúrgico. E o consentimento e a infor- medicina á filosofia, passando pela teologia, jurispru-
mação ao doente? Continuam de aceitação difícil. dência, antroplogia, sociologia, entre outras. Da génese
Leiam-se as palavras de F. Cotton, em 1933: deste novo saber não está afastado o presidente dos
EUA que em mais de uma ocasião nomeara Comis-
“é muito eficaz fazer com que os doentes assinem sões Presidenciais para avaliar problemas na área da
um documento em que afirmam ter compreen- saúde, criados pelos novos desenvolvimentos. Essas
dido o tipo de tratamento proposto, os riscos que Comissões vão ter um enorme impacte com os relató-
envolve, os efeitos residuais que podem produzir rios que produzem e que são hoje história da bioética.
no carro de correr bem e a possibilidade de fra- Um dos mais conhecidos e importantes relatórios, o
casso parcial”ii Belmont Reportiii, produzido por uma vasta equipe
___________________
São o espírito médico da época e o desenvolvimento
1 Cf Albert Jonsen. The Birth of Bioethics. Oxford University
tecnológico por um lado e a consciência da cidadania e
Press,1998
iii The Belmont Report. National Commission For The Pro-
___________________ tectio of Human Subjects of Biomedical and Behavioral Research.
ii ibidem. 1978.
Jorge A. S. Melo
46
oposto, em caso de emergência, o doente está incapa- c) “A obtenção do consentimento informado abre
citado de emitir o seu parecer. Mas também se reco- a porta a conflitos de autonomias”. É claro que podem
nhece que actos médicos mais invasivos ou de maior surgir ocasiões em que o doente deseja ver realizados
risco a informação oral deve ser complementada com gestos técnicos que violam as boas práticas médicas e
um texto escrito adequado, claro, verdadeiro, a cuja , portanto deseje actos a que o médico tenha de se
leitura se segue um período para formulação de dúvi- opor. Mas essa é uma boa razão para deixar claro, por
das e esclarecimentos, só então se seguindo a expressão não consentimento, o que foi proposto.
da vontade do doente. d) Tomar a assinatura do Folheto de Consenti-
Em resumo, as modalidades possíveis são as de con- mento Informado como obtenção real de C.I.. Uma
sentimento presumido, de consentimento expressas qualquer assinatura, aposta num texto, mesmo que
(orais ou escritas). E em caso de incapacidade de deci- institucionalmente reconhecido, se não foi precedida
são do doente são aceitáveis os consentimentos por de um processo comunicacional correcto, não é um
delegação. Consentimento Informado.
e) O que fazer quando o doente não assina o
Folheto ou não aceita as propostas médicas? É neces-
PROBLEMAS sário relembrar que o processo comunicacional de
informação e que cria espaço para deliberação do
É necessário reconhecer que a prática quotidiana do doente, visa não que o doente concorde com as pro-
consentimento informado, tomado como expressão do postas, mas que o doente expresse a sua verdadeira e
respeito pelo doente enquanto Pessoa de pleno direito livre decisão. Que pode ser a decisão de Não Consen-
e na posse de todas as sua faculdades, tem problemas timento. Resta ao médico garantir que ela fvoi tomada
e padece de corruptelas. Citam-se alguns exemplos que de forma livre, consciente e que é coerente - e não
mostram a facilidade de correcção: pode violar a vontade expressa do doente.
a) “Pedir ao doente que assine uma folha de con-
sentimento reduz a responsabilidade médica”. Tal não
corresponde à verdade. A responsabilidade de uma CONCLUSÃO
decisão médica é sempre médica; e o doente apenas
decide sobre os que o médico, de acordo com o seu Foi pretensão deste texto curto, explicitar, de forma
julgamento e com as boas práticas, decidiu propor. sucinta, as fundações do Consentimento Informado,
b) “Pedir os doente que assine um texto reduz a con- deixando claros alguns aspectos da sua história e das
fiança do doente”. Mesmo tendo em conta um elevado suas características fundamentais. Espera-se que tenha
grau de ileteracia e um enraízado hábito de medo de resultado clara a forma como o respeito pela Pessoa
assinar documentos, que frequentemente se encontra, a doente, dotada de plenos Direitos e Deveres, sendo
verdade é que a explicação de que se trata da expressão um dado novo e relativamente recente na história da
de uma prática institucional que visa registar as práti- medicina, mudou a leitura ética da prática médica e
cas, e assumir as responsabilidades médicas, desfaz, em resulta num respeito acrescido pela condição humana
muitos casos a eventual desconfiança do doente. do doente.
The 17th World Congress of the International 70th Annual Colon and Rectal Surgery Conference.
Association of Surgeons, Gastroenterologists and University of Minnesota Division
Oncologists (IASGO) of Colon and Rectal Surgery.
5 a 8 de Setembro 24 a 27 de Outubro
Bucareste, Roménia Minneapolis, Minnesota, USA
www.iasg2007.ro
NOVEMBRO
16th SLS Annual Meeting (Society 15th International Laparoscopic Surgery Symposium
of Laparoendoscopic Surgeons) Société Française de Chirurgie Laparoscopique
5 a 8 de Setembro (SFCE) e Institut de Chirurgie Laparoscopique de
São Francisco, EUA Bordeaux (ILS)
8 a 10 de Novembro
CIRSE 2007 Annual Meeting and Postgraduate Paris, França
Course www.e-laparoscopy.com/spip.php?article87
8 a 12 de Setembro
Atenas, Grécia MEDICA 2007
www.cirse.org 14 a 17 de Novembro
Dusseldorf, Alemanha
2nd International Surgical Symposium on New www.messe-duesseldorf.de
Technologies Applied to Minimally Invasive Surgery.
European Institute of Telesurgery/Institut de 17th FELAC – Latin American Congress
Recherche contre les Cancers de l’Appareil Digestif. of Surgery
13 a 15 de Setembro 18 a 22 de Novembro
Lu-Kang, Taiwan Santiago, Chile
www.cirujanosdechile.cl
Agenda
48
DEZEMBRO MAIO
9th International Workshop on Therapeutic 30º Congresso Internacional da EHS (European
Endoscopy. European Society of Gastrointestinal Hernia Society)
Endoscopy/ American Society for Gastrointestinal 7 a 10 de maio
Endoscopy. Sevilha, Espanha
8 a 10 de Dezembro www.hernia2008.unicongress.org
Cairo, Egypt
JUNHO
16th International Congress of the European
Association for Endoscopic Surgery (EAES)
2008 11 a 14 de Junho
Estocolmo, Suécia
JANEIRO www.eaes-eur.org
XIV Congresso da SFCL
24 e 25 de Janeiro AGOSTO
Paris, França SMIT 2008
28 a 30 de Agosto
Pan-Pacific Surgical Association 28th Congress Viena, Austria
19 a 21 de Janeiro www.smit2008.com
Honolulu, Hawai, EUA
www.panpacificsurgical.org SETEMBRO
11th World Congress of Endoscopic Surgery
(incorporando a reunião da ELSA Endoscopic and
FEVEREIRO
Laparoscopic Surgeons of Asia)
AsianAmerican MultiSpecialty Summit. Laparoscopy
2 a 6 de Setembro
and Minimally Invasive Surgery.
Yokohama, Japão
6 a 9 de Fevereiro
Hilton Hawaiian Village Beach Resort and Spa.
17th SLS Annual Meeting and Endo Expo 2008.
Honolulu, Hawaii, USA
17 a 20 de Setembro
Hyatt Regency McCormick Place.
7th Annual Surgery of the Foregut Symposium &
Chicago, Illinois, USA
Endoscopy/Natural Orifice Surgery Workshop.
17 a 20 de Fevereiro
OUTUBRO
Cleveland Clinic Florida.
UEGW (United European Gastroenterology Week)
Coral Gables, Florida, USA
18 a 22 de Outubro
Viena, Áustria
8th World Congress IHPBA 2008
27 de Fevereiro a 2 de Março
Mumbai, India
www.ihpba2008.com
2009
FEVEREIRO
ABRIL EuroAmerican MultiSpecialty Summit IV Laparoscopy
Reunião Anual da SAGES (Society of American and Minimally Invasive Surgery.
Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons) 11 a 14 de Fevereiro
9 a 12 de Abril Disney’s Contemporary Resort.
Philadelphia, EUA Orlando, Florida, USA
Dear friend
I inform you that the The Scuola Superiore of the University of Catania in cooperation with the
Faculty of Medicine and Surgery of Catania, organises for the academic year 2007/2008 a II Level
International Postgraduate Master in “Mininvasive surgery and new technologies”, to be held
in Catania.
I would really like to involve you in this project as I think it would interest you.
The Master’s aim is to develop skills in mininvasive surgery and new technologies in order to
promote development of specific competences and skills in relation to equipment and technical
support, offering surgeons the opportunity to master mininvasive procedures.
For this reason, I would like to invite young surgeons from your country to join the Master in
order to acquire knowledge in different mininvasive applications as well as practical skills.
I send to you the internet link of the master where you could find more additional information:
http://www.scuolasuperiorecatania.it/masters_int/english/CALL_Surgery_07-08.pdf
Best regards
The master Coordinator is prof. Domenico Russello (professor of General Surgery at the Università
degli Studi di Catania).
An Organising Committee oversees the overall academic organisation of the course. It is composed
by the Master Coordinator, Prof. Emanuele Lezoch (Università La Sapienza, Rome) and Prof.
Gianluigi Melotti (Director of the Unità Operativa e Chirurgia Generale, Modena).
A Scientific Committee, composed by the Master Coordinator, the members of the Organising
Committee and a delegate from each of partner Universities, has scientific tasks.
The master trains experts in mininvasive surgery, with a wide knowledge of computer technologies
and equipment, and a vast scientific knowledge in different mininvasive applications’ as well as
practical skills. At the end of the master participants are able to perform the most delicate surgical
operations with mininvasive procedures while sharing the skills acquired during the course with other
professionals working in the same field.
During the course, short study and/or assistance periods could be held at partner Universities and
other Italian and foreigner Academic and Research Institutions.
In relation to the masters’ activities it is forbidden to practise the medical profession, for instance
autonomous diagnosis and operations. On the other hand it is allowed to make study diagnosis,
simulations on manikin or animals, and enter the operating room with the lecturer.
Art. 5 – Credits
The Master fulfilment grants 60 credits (Crediti Formativi Universitari - CFU), equal to 1500 hours:
450 hours of classes and seminars, 400 hours of internship and 650 hours of individual learning.
Students who pass all the intermediate and final tests, regularly attend the course, respect the rules
set by the Scuola in the “Disciplinare degli allievi dei Corsi post-laurea” (Rules for the post-graduate
students) and in the “Regolamento interno dei Master Universitari” of the Scuola Superiore
dell’Università di Catania (Internal Code about University Masters of the Scuola Superiore
dell’Università di Catania) will obtain the credits.
Informações
52
The Scuola is not responsible for failure or delay in communications caused by inaccuracies of the
contact information provided by the candidates or caused by their failure or delay in notifying any
change of address, telephone or fax number, or caused by any problem not attributable to the
Scuola.
The Scuola will inform the interested party, by any mean, even email address, about the
inadmissibility of their application.
The application form and the motivational questionnaire, must be filled and attached to the
application, both are available at the Scuola Superiore dell’Università di Catania, at the above
mentioned address, and on the website: www.scuolasuperiorecatania.it
Foreign EU citizens and non EU citizens regularly living in Italy, should apply directly through the
Scuola Superiore dell’Università di Catania.
Non EU citizens living abroad, according to the Fifth Part, Chapter one, of the M.I.U.R. circular letter
of the 21st March 2005, prot. n. 658, should:
- submit the application form and the requested documentation through the Italian Diplomatic
Representative of the residing country, which will address the documentation to the Scuola
Superiore dell’Università di Catania according to terms exposed in this call;
- at the same time, before deadline, send a copy of the application form and of the other
documents directly to the Scuola Superiore dell’Università di Catania.
The application form and the other documents can be sent also by fax to the following number: 0039
095 361054.
If the application form does not arrive on time, even if sent before deadline, and the selection has
taken place, it will not be considered valid.
Candidates who obtain at least 50/100 points will pass the selection gaining positions in a list ranking
the candidates. At the end of the selection the Commission will draw up one list ranking students
according to the result of the selection, and taking into account the places held in reserve as
mentioned in art. 2. The list will be posted at the Scuola and will also be published on the website of
the Scuola: www.scuolasuperiorecatania.it
The results of the selection will be communicated to the candidates admitted to the master course,
by any mean, email will also be used.
There will be only one list including both places held in reserve and not.
If a winning candidate renounces, candidates who are next in the lists can take part to the Master as
long as they have achieved a total evaluation of 50/100 points.
If the places held in reserve are not assigned, they may be offered to candidates considered suitable,
according to the list.
Five scholarship offered by the Foreign Affairs Ministry, Cooperation for the development, will be
awarded to students from non EU Mediterranean Countries, consisting of:
Informações
54
Seven scholarship offered by the Scuola Superiore di Catania, will be awarded to students from
Euro-Mediterranean Countries and will be equal to those awarded by the Foreign Affairs Ministry.
Further expenses and fees, not mentioned above, are at students own charge.
In order to be enrolled, selected foreign candidates have to submit to the Scuola Superiore di
Catania –Via San Nullo 5/i – 95123 Catania, the following documentation:
- confirmation of participation, (the application form has to be requested to the office of the Scuola)
signed by the candidate;
- degree diploma translated and legally recognised by the Italian Representation in their country,
with a declaration of value of the Italian Representation in the country in which the qualification
has been obtained, also stating the degree grade.
If the diploma does not show any grade, it will be necessary to infer the grade through a
document issued by the University in which the diploma has been obtained, the document must
include a list of taken exams and related grade together with the evaluation criteria applied;
- qualifications obtained and submitted for the evaluation;
- photocopy of a valid identification document;
- n. 2 passport sized photographs;
- certificate on plain paper issued less than six months before by the health authority of the
students’ municipality of residence indicating that they are healthy and immune from illness which
would prevent them from living in a community. This certificate must be translated in Italian;
- certificate declaring that the candidate has no legal convictions, or case pending, according to the
normative of the departing country. This certificate must be translated in Italian;
- certificate declaring that the candidates does not have criminal records, according to the
normative of the departing country. This certificate must be translated in Italian;
Foreign students must request a residence permit to the responsible authority within 8 days from
their arrival in Italy, they must also request a social security number.
The Scuola will communicate to the selected foreign candidates an enrolment deadline. If deadline
will not be respected, candidates will lose the right to attend the course. In this case other listed
candidates will be selected.
Art. 11 – Qualification
At the Master Course conclusion, a Diploma of International Postgraduate Master in “Mininvasive
Surgery and new technologies” (art. 3 comma 8 of D.M.3 November 1999, no. 509) is awarded to
the students who complete the master programme, attend the course and pass the intermediate and
final examinations.
President
Master Coordinator Enrico Rizzarelli Administrative Director
Domenico Russello Ettore Gilotta
INFO
Scuola Superiore di Catania
+39-095-351568 – Via San Nullo 5/i – Catania
postlaurea1@ssc.unict.it
relazioniesterne2@ssc.unict.it
www.scuolasuperiorecatania.it
Informações
56
Instruções aos Autores Instructions to Authors
A Revista Portuguesa de Cirurgia é o orgão oficial da Sociedade Portuguesa The “Revista Portuguesa de Cirurgia” is the official journal of the Portuguese
de Cirurgia. Society of Surgery
É uma revista científica de periodicidade trimestral que tem por objectivo a It is a scientific quarterly Journal which has as objective the scientific promotion
promoção científica da Cirurgia Portuguesa, através da divulgação de trabalhos of Portuguese Surgery, by divulgation of scientific work with that purpose.
que tenham esse propósito. Its editorial policy follows rigour and respects ethics and the deontologic and sci-
A sua política editorial rege-se pelos valores éticos, deontológicos e científi- entific values of surgical practice, education and research.
cos da prática, educação e investigação em Cirurgia. All texts published in “Revista Portuguesa de Cirurgia” have a known authorship.
Todos os textos publicados são de autoria conhecida. A Revista compromete- The Journal assumes the compromise of respect all statements made under direct
se a respeitar todas as afirmações produzidas em discurso directo, procurando “speech”, trying, when necessary to edit it by space reasons, to keep allits meaning.
quando seja necessário editá-las, por razão de espaço, manter todo o seu sentido. The “Revista Portuguesa de Cirurgia” assumes the compromise to respect and to
A Revista Portuguesa de Cirurgia compromete-se a respeitar e reproduzir reproduce all results obtained in the studies presented which fulfill publication crite-
todos e quaisquer resultados que sejam obtidos em trabalhos apresentados e que ria. All photos of individuals or products published will, except when specifically
cumpram os critérios de publicação. Todas as fotografias de pessoas e produtos mentioned, of own production. Any images of external production to be published will
que sejam publicados serão, salvo quando indicado em contrário, de produção have all authorization permits obtained beforehand.
própria. Em relação a imagens de produção externa todas as autorizações deve- The Journal publishes original and revision articles, clinical cases, introductory
rão ser obtidas antes da publicação, sendo a obtenção dessas autorizações da res- notes, controverises, technical issues, recommendations, image collections, general
ponsabilidade do(s) autor(es). information and other papers related with any subject respecting general surgery prac-
Publica artigos originais, de revisão, casos clínicos, editoriais, artigos de opi- tice, under either basic, advanced, theoric or applied form.
nião, cartas ao Editor, notas prévias, controvérsias, passos técnicos, recomenda- Papers for publication will be accepted in Portuguese, English, French or Span-
ções, colectâneas de imagens, informações várias e outros trabalhos desde que ish.
relacionados com quaisquer dos temas que respeitam ao exercício da cirurgia All papers which are not presented by Editorial invitation will be submitted to
geral, seja sob a forma básica, avançada, teórica ou aplicada. peer revision.
Os trabalhos para publicação poderão ser escritos em Português, Inglês, Fran- Papers will be reviewed to be accepted for publication under the assumption that
cês ou Espanhol. its contents have not been submitted simultaneously to another journal, have not
Todos os artigos enviados para publicação, serão submetidos a revisão cien- been accepted for publication elsewhere and have not already been published. Any
tífica prévia por revisores que serão pares profissionais. Os artigos realizados a attempt at dual publication will lead to automatic rejection and may prejudice
convite dos Editores não serão sujeitos a revisão por editores devendo, no entanto acceptance of future submissions. Please submit with your manuscript copies of any
cumprir as normas de publicação da revista. other papers you have written (published, in press or submitted for consideration else-
O parecer dos revisores levará a que os artigos submetidos sejam: where) that relate to the same subject.
• Aceites sem modificações; It is essential that you submit any other publications or submissions that use the
• Aceites após correcções ou alterações sugeridas pelos revisores ou pelo Con- same data set to allow assessment of any potential overlap. Indicate on the title page
selho Editorial e aceites e efectuadas pelos autores; whether the paper is based on a previous communication to a society or meeting.
• Recusados. • Peer review will lead papers submitted to be:
Os casos de tentativa de publicação dupla levam a rejeição automática. Junto • Accepted without any changes
com o manuscrito deverão ser enviadas cópias de outros artigos (publicados, • Accepted after corrections suggested by the Reviewers or by the Editorial Coun-
aceites para serem publicados ou apresentados para publicação) relacionados com cil and accepted by the authors
o mesmo tema ou que façam uso dos mesmos elementos e da autoria de qual- • Refused
quer dos co-autores. All papers sent and its illustrations become property of “Revista Portuguesa de
Deve ser indicado na página de título se o artigo é baseado em qualquer apre- Cirurgia”
sentação prévia, em comunicação oral ou poster. All papers published become full property of “Revista Portuguesa de Cirurgia”
Os artigos publicados ficarão da inteira propriedade da revista, não podendo and it cannot be reproduced in full or partially with permission of the Editors.
ser reproduzidos, em parte ou no todo, sem a autorização dos editores. A res- Authors take full responsibility by any statement made in their papers.
ponsabilidade das afirmações feitas nos trabalhos cabe inteiramente aos autores.
Style
Estilo All papers should have, as must as possible, a direct and precise style, avoiding ill
Os trabalhos deverão, tanto quanto possível, ter um estilo directo, conciso e know abbreviations as well as terms rarely or very restrictedly used. Its structure shall
preciso, evitando abreviaturas pouco conhecidas ou em excesso, bem como o allow reading and understanding by professionals dedicated to areas different than
uso de termos crípticos ou de uso muito restrito. Devem permitir uma leitura the ones mentioned in the paper. It shall allow a pleasant and easy reading and shall
agradável e rápida e não devem usar sub-entendidos nem fazer alusão a noções not use misstatements or allude to notions not clearly defined by the paper itself. All
que não estejam claramente definidas no próprio trabalho. Os capítulos devem chapters shall be well defined with the narration a logic progression. Image elements
estar bem definidos, seguindo a narração uma progressão lógica. Os elementos used shall be related to the paper and have an informative role.
de imagem usados devem fazer sentido informativo e estar bem relacionados
com o trabalho. Initial submission of the Manuscript
Authors must submit four copies of the original paper (including copies of tables,
Apresentação Inicial de Manuscrito figures and illustrations) to “Sociedade Portuguesa de Cirurgia c/o Editores da
Devem ser enviadas pelos Autores aos Editores: Revista Portuguesa de Cirurgia”, (R. Xavier Cordeiro, 30 – 1000-296 Lisboa /
1) Quatro cópias do artigo original (incluindo cópias das tabelas, quadros e http://revista.spcir.com)
ilustrações); Authors must also provide:
2) Uma cópia electrónica da versão final (ver parte relativa à apresentação em An electronic copy of the final version of the work (see below)
formato electrónico) A cover letter (or letters) signed by all authors, asking for publication of the paper.
3) Uma carta de pedido de publicação, assinada por todos os autores. Essa This letter must indicate which section of the Journal the authors believe is the most
carta deve indicar qual a secção onde os autores entendem que mais se enqua- appropriate for its publication, as well as the indication of the paper’s originality (or
dre a publicação, bem como a indicação da originalidade do trabalho (ou não, not, depending on the type of paper); it must also mention if any abstract of the paper
consoante o seu tipo); deve também indicar se algum abstract do trabalho foi ou has been published or not (please include all appropriate references). This letter (or
DIGITALIZAÇÃO SCANS
Original Modo de Digitalização Resolução Final Formato Original Scan mode Final resolution Format
Ilustração a cores RGB (24 bit) 300 dpi TIFF Colour illustration RGB (24 bit) 300 dpi TIFF
(foto ou diapositivo) (photo/transparency)
Ilustração a uma cor Escala de cinzento (8 bit) 300 dpi TIFF Monotone illustration Gray scale (8 bit) 300 dpi TIFF
(foto ou diapositivo) (photo/transparency)
Figura com linhas Linhas 800-1200 dpi EPS Black/white figure Line 800-1200 dpi EPS
A preto e branco
O original deve ser verificado, após ajuste de dimensão (redução ou amplia- Please check that your original, after scaling, has the resolution values in the
ção), se tem, pelo menos, os valores de resolução da tabela acima. Só se assim for table; only then will the print quality of the scan be sufficient. If in doubt, send us
é que a qualidade de impressão da imagem digitalizada será suficiente. your originals.