de Goiás como exigência parcial da nota da disciplina Introdução à Cenografia do curso de licenciatura em Artes Cênicas.
Inhumas- 2018 ENUNCIADO E ATIVIDADE
1 Leia o Capítulo 1 - O espaço na linguagem teatral, do texto Introdução à cenografia.
2 Envie arquivo único em formato PDF com fragmentos dramáticos (trechos de peças teatrais), que exemplifiquem a construção do espaço dramático pela diegése (espaço construído pela fala das personagens)e pelas rubricas (didascálias ou indicações cênicas do autor). Cite as referências dos fragmentos selecionados. 3 Comente cada fragmento de texto selecionado, estabelecendo conexões com o material Introdução à cenografia. Período: de 17 de maio a 27 de maio.
Frequência: 16h
Nota: 10,0 (dez pontos)
Critérios:
· Itens 1 e 2 - Envio de Arquivo Único em formato PDF com cabeçalho informando:
disciplina, professores, polo e estudante; 2 fragmentos de textos teatrais exemplificando: 1 Diegése e 1 Didascália, referências da obras citadas. Valor 5,0. Frequência 8h.
Item 3 - Comentário do estudante sobre os fragmentos selecionados de peças teatrais,
estabelecendo relações com o capítulo 1 do texto Introdução à cenografia e a criação do espaço dramático. Valor 5,0. Frequência 8h.
(Esplanada do castelo de Elsinor; Francisco, de sentinela; Bernardo entra)
BERNARDO: Quem está aí? FRANCISCO: Não; responda-me; pare e diga o nome. BERNARDO: Viva o rei! FRANCISCO: Bernardo? BERNARDO: Ele mesmo. FRANCISCO: Vindes exatamente na vossa hora. BERNARDO: Meia-noite, Francisco. Vai deitar-te. FRANCISCO: Muito grato vos sou por me renderdes. Que frio! Chega a doer-me o coração. BERNARDO: Foi calma a guarda? FRANCISCO: Não buliu nem rato. BERNARDO: Então, boa noite. Se vires por aí Marcelo e Horácio, dize-lhes que se apressem; estão ambos escalados comigo. FRANCISCO: Julgo ouvi-los. Olá! Não se aproximem. Quem está aí? (Entram Horácio e Marcelo.) H0RÁCIO: Amigos desta terra. MARCELO: E súditos do rei da Dinamarca. FRANCISCO: Boa noite para todos. MARCELO: Outro tanto te desejamos nós, meu bom soldado. Quem te rendeu na guarda? FRANCISCO: Foi Bernardo. Mais uma vez, boa noite. (Sai.) MARCELO: Olá, Bernardo! BERNARDO: Fale. Horácio está aí? HORÁCIO: Ele em pessoa. BERNARDO: Bem-vindo, Horácio; salve, bom Marcelo. MARCELO: E a tal coisa, esta noite apareceu? BERNARDO: Não vi nada. MARCELO: Horácio diz que tudo é fantasia; não quer acreditar no que contamos sobre a visão que duas vezes vimos. Por isso, o convidei a vir fazer-nos companhia nas horas desta noite. Desta arte ele confirma nossos olhos, se a aparição voltar, e fala com ela. HORÁCIO: Qual! Não vem! Não vem nada. BERNARDO: Bem, sentemo-nos; renovemos o assalto aos teus ouvidos, que tão fortes se mostram para a história do que vimos duas noites
Esse é um trecho sequencial, a abertura da peça Hamlet de Shakespeare. A ênfase em
vermelho é para diferencia as diégeses e rubricas que nos auxiliam a localizar essa temporalidade e espacialidade da peça. A primeira rubrica já indica o espaço cênico necessário, a ambientação da entrada de um castelo, com a disposição de um guarda em sentinela e outro se aproximando. Na próxima marcação vemos a temporalidade bem delimitada (meia noite) e a indicação da ação (troca de turno entre os guardas). Na terceira marcação vemos tanto a indicação da ação quanto uma rubrica que marca a entrada dos companheiros do novo turno. E a última marcação demilita o antecedente que marca a criação do enredo, ou seja, a aparição do rei Hamlet.