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Neste período imperial ocorreu à inserção definitiva do protestantismo no Brasil. Nessa fase,
predominou o protestantismo de imigração e o início de atividades missionárias,
principalmente de organizações britânicas, americanas e germânicas. Entretanto, o
protestantismo dessa época viu-se limitado pela constituição imperial de 1824 que, apesar de
dar liberdade de culto, reconhecia o catolicismo como oficial. Dessa forma, as perseguições
veladas ou consentidas pelo Estado tornaram difícil o enraizamento do protestantismo ao
largo da sociedade brasileira do século XIX.
As primeiras igrejas com atividade contínua chegaram ao Brasil quando, com a vinda da
família real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos a nações amigas por meio
do Tratado de Comércio e Navegação, comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja
Anglicana no país, em 1811. Seguiu-se a implantação de outras igrejas de imigração: alemães
trouxeram a Igreja Luterana, em 1824, imigrantes americanos trouxeram a Igreja Batista (em
1871) e a Metodista, e também a Igreja Adventista, em 1890. Os missionários Robert Kalley e
Ashbel Green Simonton trouxeram as Igrejas Congregacional (em 1855) e Presbiteriana (em
1859), respectivamente, estas voltadas ao público brasileiro.
Seguiram a implantação de igrejas de imigração: alemães trouxeram o luteranismo em 1824.
A primeira comunidade luterana foi a de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro organizada
em 1824 por Friedrich Oswald Sauerbronn, o primeiro pastor luterano no Brasil. O
luteranismo se estabeleceu e expandiu em solo brasileiro através da Imigração alemã no
Brasil. No Rio Grande do Sul o primeiro pastor luterano Georg Ehlers chegou com a terceira
leva de imigrantes a São Leopoldo também em 1824.
Em 1835, o reverendo Foutain Elliot Pitts foi enviado pela Igreja Metodista Episcopal,
dos Estados Unidos, com a missão de avaliar as possibilidades do estabelecimento de uma
missão metodista nas terras brasileiras. Chegando ao país com uma carta de recomendação do
então presidente americano Andrew Jackson, o rev. Pitts desembarca no Rio de Janeiro. Mais
tarde em 1836 e 1837, foram enviados o rev. Justin Spaulding e rev. Daniel Parish Kidder,
com suas respectivas famílias, para compor a missão.
Em 1855, Robert Reid Kalley, missionário autônomo escocês, fundou igrejas congregacionais
constituindo primeiro trabalho protestante permanente em terras brasileiras.
Mais tarde, em 1859, a Igreja presbiteriana foi fundada pelo rev. Ashbel Green Simonton no
Rio de Janeiro. Apesar de uma inicial desavença entre Kalley e Simonton, logo os dois
passaram a cooperar. Quando Kalley precisou partir do Brasil, providenciou a formação de
pastores brasileiros em um Seminário da Inglaterra (a Escola de Pastores do rev. Charles
Spurgeon) e, providenciou também que outro missionário independente, o batista Salomão
Ginsburg, fosse enviado para cá.
A igreja Adventista do Sétimo Dia chegou ao Brasil por intermédio de publicações alemãs
enviadas para Brusque em Santa Catarina, tendo o porto de Itajaí como porta de entrada, isso
em 1884, nessa época surgiram os primeiros conversos. Em maio de 1893, Alberto B. Stauffer
chegou ao Brasil como missionário e introduziu a colportagem no país. Em 1896 organiza-se
o primeiro templo adventista em Gaspar Alto. Também em 1896, em Curitiba foi fundada a
primeira Escola Adventista no país.
Brasil republicano