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6.1.
Introdução
vezes, por meio destas adaptações, têm-se apenas análises qualitativas, em outras,
têm-se correlações entre os parâmetros das diversas técnicas visando à busca de
padrões que possam descrever o comportamento dos resíduos e produzir
metodologias de análise. Entretanto, devido à variabilidade nos resultados dos
parâmetros normalmente encontrados, este tipo de associação é difícil.
A questão inicial aqui é “Qual metodologia de interpretação de ensaios in
situ se adapta melhor para o contexto de RSU?”. No caso de ensaios com o cone e
o pressiômetro, as metodologias de interpretação disponíveis na literatura
distinguem-se para materiais coesivos e para friccionais, ou seja, foram
desenvolvidas para areias ou para argilas. Há ainda possibilidade de interpretação
de ensaios em meios não saturados, porém falar-se em determinação de sucção em
lixo não parece ser muito coerente. Sabe-se, ainda, que o RSU pode ser modelado
como um material constituído de duas parcelas: uma matriz básica, com partículas
finas, e outra matriz de reforço, constituída de plásticos, têxteis, madeira,
borracha, etc... (Jessberger et al., 1995). A matriz básica é responsável pela
parcela de resistência por atrito, enquanto que a matriz de reforço confere o
aspecto coesivo ao material (e.g. Kölsch, 1995; Jessberger et al., 1995; Manassero
et al., 1996; Mahler & Lamare Neto, 2000; Fucale, 2000). Para níveis de
deformação elevados a resistência coesiva é bastante mobilizada por conta da
Análise e Interpretação dos Resultados 180
30 30%
CPT 1 - CPT 2 - CPT3 - CPT4
frequência
25 percentual 25%
Percentual de Ocorrência
20 20%
Frequência
15 15%
10 10%
5 5%
0 0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
60 60%
CPT 1 - CPT 2 - CPT3 - CPT4
frequência
50 50%
percentual
Percentual de Ocorrência
40 40%
Frequência
30 30%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
20 20%
10 10%
0 0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Limite Superior da Faixa de R (%) a
100
Sanches-Alciturri et al. (1993)
80
Jessberger (1994)
60 Hinkle (1990) ; Siegel et al. (1990)
Carvalho (1999)
40
Oliveira (2002)
AREIA MUITO E sta pes qui sa
DENSA
Faixa de Valores Geral
20
MISTURAS Somente CPT4
DENSA SILTE - AREIA Média CPT1,2,3
Média CPT4
10 AREIA ARGILOSA
8 MED.
E ARGIL A
6
qc (MPa)
DENSA
SILTES SITO SA E
ARENOSA
4 ARGILA
INORGÂNICA
FOFA MUITO RIJA
NÃO FISSURADA
2
RIJA
1 M UITO
0.8 FIRME
FOFA ARG ILAS
0.6 O RGÂNICAS
E
0.4 MOLE MISTURA DE
SOLO
MUITO M OLE
0.2
0 1 2 3 4 5 6 7
Razão de Atrito - fs/qc (%)
Figura 116 – Classificação do RSU do aterro da Muribeca com ábaco de Schmertmann (1978)
Análise e Interpretação dos Resultados 182
Por intermédio das duas avaliações conduzidas foi possível reduzir a nuvem
de pontos de resultados de campo, porém a variabilidade ainda foi grande,
situando o RSU investigado como um material que vai desde uma areia
mediamente densa, passando por uma areia argilo-siltosa, até uma argila silto-
arenosa. Acredita-se que, dada a variabilidade observada, poder-se-ia justificar o
emprego de metodologias de interpretações usadas tanto para areias quanto para
argilas na interpretação dos ensaios PMT.
6.2.
Ensaios Pressiométricos
6.2.1.
Correção das Curvas Pressiométricas
(a) (b)
450 450
350 350
300 300
250 250
200 200
(e)
150 150 450
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100 400 média
50 50 350
0 0 300
0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80 250
Análise e Interpretação dos Resultados
350 350 50
300 300 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
250 250
εc (%)
200 200
150 150
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100
50 50
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80
εc (%) ε c (%)
Figura 117 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT1 – 2m – SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
183
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
300 300
Het 1 Het 2
250 250
200 200
150 150
(e)
100 100 300
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
média
50 50 250
0 0 200
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Análise e Interpretação dos Resultados
150
ε c (%) ε c (%)
(c) (d)
300 300 Pressão (kPa) 100
Het 3 Het 4
250 250 50
200 200 0
0 10 20 30 40 50
150 150 ε c (%)
100 100
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
50 50
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
ε c (%) ε c (%)
Figura 118 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT1 – 4m – SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
184
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
600 600
Het 1 Het 2
500 500
400 400
300 300
(e)
200 200 600
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
média
100 100 500
0 0 400
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30
Análise e Interpretação dos Resultados
300
ε c (%) ε c (%)
(c) (d)
600 600
Pressão (kPa) 200
Het 3 Het 4
500 500 100
400 400 0
0 5 10 15 20 25 30
300 300 ε c (%)
200 200
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100
0 0
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30
ε c (%) ε c (%)
Figura 119 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT1 – 6m – SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
185
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
350 350
Het 1 Het 2
300 300
250 250
200 200
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100 média
300
50 50
250
0 0
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30 200
Análise e Interpretação dos Resultados
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100
50 50
0 0
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30
ε c (%) ε c (%)
Figura 120 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT1 – 8m – SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
186
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
350 350
250 250
200 200
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100
300 média
50 50
250
0 0
0 10 20 30 40 50 60 70 0 10 20 30 40 50 60 70 200
Análise e Interpretação dos Resultados
Pressão (kPa)
100
50
0
0 10 20 30 40 50 60 70
εc (%)
Figura 121 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT2 – 2m – SP2: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e).
187
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
300 300
200 200
150 150
(e)
100 100 300
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
50 50 250 média
0 0 200
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
Análise e Interpretação dos Resultados
150
εc (%) εc (%)
(c) (d)
300
Pressão (kPa) 100
250 Het 3 50
200 0
0 10 20 30 40 50 60
150 εc (%)
SONDA SP2: 3 HETS APENAS
100
Pressão (kPa)
50
0
0 10 20 30 40 50 60
εc (%)
Figura 122 - Curvas pressiométricas corrigidas ensaio PMT2 – 4m -SP2: Hets independentes (a,b,c); média dos Hets (d)
188
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
450 450
350 350
300 300
250 250
200 200
(e)
150 150 450
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100 100 400 média
50 50 350
0 0 300
-5 0 5 10 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25 30 35 40 250
Análise e Interpretação dos Resultados
350 50
300 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
250
εc (%)
200
SONDA SP2: 3 HETS APENAS
150
Pressão (kPa)
100
50
0
-5 0 5 10 15 20 25 30 35
εc (%)
Figura 123 - Curvas pressiométricas corrigidas ensaio PMT2 – 6m -SP2: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
189
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
180
150 Het 2
120
90
HET 1 COM DEFEITO (e)
60 180
Pressão (kPa)
30 150 média
0 120
0 10 20 30 40 50
Análise e Interpretação dos Resultados
90
ε c (%)
(c) (d)
180 180
Pressão (kPa) 60
120 120 0
0 10 20 30 40 50
90 90 ε c (%)
60 60
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
30 30
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
ε c (%) ε c (%)
Figura 124 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT3 – 4m –SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
190
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
350
300 Het 2
250
200
150 (e)
HET 1 COM DEFEITO
350
Pressão (kPa)
100
300 média
50
250
0
0 10 20 30 40 50 200
Análise e Interpretação dos Resultados
εc (%) 150
(c) (d)
350 350
Pressão (kPa)
100
300 Het 3 300 Het 4
50
250 250
0
200 200 0 10 20 30 40 50
εc (%)
150 150
Pressão (kPa)
100 100
Pressão (kPa)
50 50
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
εc (%) εc (%)
Figura 125 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT3 – 5m –SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
191
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
250
200 Het 2
150
Pressão (kPa)
50
200 média
0
0 10 20 30 40 50 150
Análise e Interpretação dos Resultados
ε c (%)
(c) (d) 100
250 250
Pressão (kPa)
50
200 Het 3 200 Het 4
0
150 150 0 10 20 30 40 50
ε c (%)
100 100
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
50 50
0 0
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
ε c (%) εc (%)
Figura 126 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT3 – 6m –SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
192
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
450
400 Het 2
350
300
250
200
HET 1 COM DEFEITO (e)
150 450
Pressão (kPa)
100 400 média
50 350
0 300
0 10 20 30 40 50 60 250
Análise e Interpretação dos Resultados
εc (%) 200
(c) (d)
450 400
Pressão (kPa) 150
350 50
300
300 0
250
0 10 20 30 40 50 60
250
200 εc (%)
200
150
150
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
100
100
50 50
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
ε c (%) εc (%)
Figura 127 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT3 – 7m –SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
193
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
200
175 Het 2
150
125
100
HET 1 COM DEFEITO 75
(e)
200
Pressão (kPa)
50
175 média
25
150
0
125
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Análise e Interpretação dos Resultados
100
εc (%)
(c) (d) 75
200 200
Pressão (kPa)
Het 4 50
175 Het 3 175
25
150 150
0
125 125
0 5 10 15 20 25 30 35 40
100 100
εc (%)
75 75
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
50 50
25 25
0 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
εc (%) εc (%)
Figura 128 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT4 – 2m –SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
194
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
180
160 Het 2
140
120
100
80
HET 1 COM DEFEITO (e)
60 180
Pressão (kPa)
40 160 média
20 140
0 120
0 10 20 30 40 50 60 100
Análise e Interpretação dos Resultados
ε c (%) 80
(c) (d)
180 180 60
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
40 40
20 20
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60
ε c (%) ε c (%)
Figura 129 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT4 – 4m –SP1: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
195
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
175
150 Het 2
125
100
75 (e)
HET 1 COM DEFEITO
175
Pressão (kPa)
50
150 média
25
125
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 100
Análise e Interpretação dos Resultados
ε c (%)
(c) (d) 75
175
Pressão (kPa)
50
150 Het 3
25
125
0
100 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
ε c (%)
75
SONDA SP2: 3 HETS APENAS
Pressão (kPa)
50
25
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
ε c (%)
Figura 130 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT4 – 6m –SP2: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
196
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
(a) (b)
300 300
Het 1 Het 2
250 250
200 200
150 150
(e)
100 100 300
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
média
50 50 250
0 0 200
0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 50
Análise e Interpretação dos Resultados
200 0
0 10 20 30 40 50
150 εc (%)
SONDA SP2: 3 HETS APENAS
100
Pressão (kPa)
50
0
0 10 20 30 40 50
ε c (%)
Figura 131 - Curvas pressiométricas corrigidas PMT4 – 8m –SP2: Hets independentes (a,b,c,d); média dos Hets (e)
197
Análise e Interpretação dos Resultados 198
6.2.2.
Avaliação Qualitativa das Curvas Pressiométricas
Pressão
Pressão movimento do eixo da sonda
areias rochas
B
argilas
dfuro<dsonda
C
A
dfuro>dsonda
curva ideal
Def. Cavidade
E
F Def. Cavidade
(a) (b)
PPF PAP
Pressão
Pressão
2 6
1 5
7
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3 8
4
Def. Cavidade Def. Cavidade
1 – curva clássica, instalação ideal 5 – curva clássica, instalação ideal
2 – dsonda > dfuro 6 – sonda parcialmente cravada
3 – dsonda < dfuro,dados questionáveis 7 – perfuração pouco excessiva
4 – dsonda <<< dfuro, sem informação 8 – perfuração excessiva com lavagem
(c) (d)
Figura 132 – Considerações sobre qualidade de ensaios pressiométricos segundo Clarke
(1995): (a) efeito da instalação no trecho inicial de curvas com PAP; (b) efeito do tipo de
solo nas curvas com PAP; (c) e (d) efeito da instalação no formato geral.
rigidez (metais, pedregulhos, madeira, etc.) que limitam a expansão ou, ainda, ao
arraste durante a cravação de grande quantidade de materiais plásticos e têxteis,
abundantes naquele furo, e acúmulo em um ponto ao longo do corpo ou ponteira
da sonda, aumentando a rigidez localizada. Acredita-se que a primeira hipótese
seja mais plausível, pois a ocorrência de zonas como estas eram esperadas no
aterro e até procuradas pela sonda para análise da variação do módulo de rigidez
que será discutida posteriormente. O segundo caso, pode ser explicado pela a
existência de grandes vazios dentro da célula, ou pela ocorrência de materiais
extremamente deformáveis ou, ainda, devido ao furo feito pela ponteira ser cerca
de 7% maior que o diâmetro da sonda. O fato do furo se manter com o diâmetro
igual ao da ponteira cônica após sua passagem explicaria o que ocorre na Figura
120(a) onde somente após cerca de 7% de deformações o meio oferece alguma
resistência à expansão da cavidade, configurando um comportamento típico de
ensaios em pré-furos de diâmetros maiores do que a sonda (overdrilling), o que de
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
certa forma, justificaria a curva atípica, distinta do que se esperava obter com
ensaios cravados.
Este furo foi realizado em uma célula diferente do que a anterior com lixo
mais recente e, portanto, com um material menos resistente, o que pode ser notado
ao comparar o nível de pressão de expansão exigido para mesmas profundidades.
As curvas obtidas (Figuras 128 a 131) parecem ter bom comportamento e
similar ao notado anteriormente para um resíduo mais antigo no que diz respeito
ao ganho de resistência com o nível de deformação, porém as inclinações são
menores levando a crer que o efeito de reforço de fibras é menos acentuado no
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
6.2.3.
Influência do Procedimento de Instalação nas Curvas p x εc
pressão
pL pressão limite
(b)
Figura 133 – Curva p x εc ideal de pressiômetros de cravação do tipo FDPM.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
SUPERFÍCIE SUPERFÍCIE
(I) (II)
6.2.4.
Determinação do Módulo Cisalhante - G
6.2.4.1.
Metodologia de Análise
Gurm. Nestes casos, os módulos Gur foram obtidos por meio do ajuste de todos os
pontos do ciclo conforme o exemplo ilustrativo da Figura 135, enquanto que os
módulos secantes Gr% foram determinados tomando-se como origem o menor
valor de deformação do ciclo e como pontos secundários, acréscimos de
deformação até o valor máximo do ciclo (Figura 135). Em ambos os casos, o
módulo foi calculado segundo a Equação 17 desconsiderando-se a relação r/r0. A
faixa média de ∆εc dos ciclos de descarregamento foi da ordem de 2,68%, com
máximo de 6%, enquanto que a ∆p no descarregamento foi de 47,50kPa, com o
máximo de 85kPa.
450 250
ajuste manual
400 média inclin. = 31,48 KPa/εc (%)
230
350 G=1,574 MPa Gur
210
Pressão (kPa)
Pressão (kPa)
300
250 190
200
170
150 Gr%
100 150
50 130
0
0 10 20 30 40 50 60 110
16 17 18 19 20
εc (%)
εc Média (%)
Figura 135 – Exemplo do procedimento para obtenção de Gur. e Gr.
Análise e Interpretação dos Resultados 207
6.2.4.2.
Variação de G em Profundidade
célula C4 (lixo mais antigo). O mesmo não ocorre na célula C5 com lixo novo.
No furo PMT1 (Figura 136(a)) há uma grande dispersão nos resultados dos
módulos pontuais para uma mesma profundidade teste, especialmente em 4m e
6m, refletindo a heterogeneidade do resíduo naquele local como identificado
anteriormente. Estes picos nos módulos podem ser endossados também pelos
valores elevados de resistência à cravação do pressiômetro (Figura 92) nas
mesmas profundidades. Além disto, os resultados do SPT1 (Figura 109(a))
mostram um aumento de resistência à penetração até 4m, quando o seu valor é
reduzido e torna-se errático.
A observação dos perfis erráticos da resistência de ponta durante a cravação
do PC-RSU e da resistência à penetração do SPT, associados à identificação de
materiais constituintes de maior rigidez durante a fixação dos trados de reação,
leva à crer que o aparelho foi eficiente na identificação de zonas pontuais bastante
rígidas, pois os valores máximos e mínimos do módulo foram respectivamente de
Het4 = 4,11MPa e Het2 = 1,18MPa em 4m ; Het2 = 5,97MPa e Het4 = 0,57 em
6m de profundidade, demonstrando a heterogeneidade e anisotropia do meio.
Análise e Interpretação dos Resultados 208
G (MPa) G (MPa)
0 1 2 3 4 5 6
0 1 2 3 4 5 6
0
0
PMT1 1 PMT2
1
2 2
3 3
4 4
Profundidade (m)
Profundidade (m)
5 5
6 6
7 7
8 8
Gur (Het individual) Gur (Het individual)
9 9
Gur (Het médio) Gur (Het médio)
10 Gur (média aritmética) 10 Gur (média aritmética)
Gr0.1% Gr0.1%
11 11
Gr1% Gr1%
12 12
(a) (b)
G (MPa) G (MPa)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0016545/CA
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
0 0
1 PMT3 1 PMT4
2 2
3 3
4 4
Profundidade (m)
Profundidade (m)
5 5
6 6
7 7
8 8
Gur (Het individual) Gur (Het individual)
9 9
Gur (Het médio) Gur (Het médio)
10 Gur (média aritmética) 10 Gur (média aritmética)
Gr0.1% Gr0.1%
11 11
Gr1% Gr1%
12 12
(c) (d)
Figura 136 – Variação do módulo cisalhante com profundidade nas células investigadas.
módulos.
O resíduo do furo PMT4 (Figura 136(d)) apresentou baixo módulo
cisalhante e pequena variação até a profundidade investigada possivelmente
devido a idade e nível de degradação do lixo naquele local, conforme o percentual
de sólidos voláteis encontrados até a profundidade de 8m. Por sua vez, o ensaio do
cone (Figura 111) indicou um aumento de resistência de ponta antagônico ao
decréscimo de G para o trecho investigado, enquanto que o SPT4 (Figura 109(b)),
desprezando-se um pico logo abaixo dos 2m, mostra claramente valores
praticamente constantes de Nspt.
Levando-se em conta que nos três furos testes executados na célula C5
houve uma tendência visual de acréscimo no valor do módulo cisalhante
determinado com a profundidade, obteve-se uma equação de ajuste linear para
esta variação que está discriminada na Figura 137, tomando-se como referência os
valores de Gurm. O ajuste não foi muito bom (R2) considerando o espalhamento
dos resultados, porém fornece a possibilidade de estimar G em profundidade para
um lixo com idade de cerca de 4 anos (idade estimada até 8m), segundo a
Equação 41. Além disto, no gráfico da Figura 137 está traçada também a variação
do módulo cisalhante de Ménard (GM) com a profundidade segundo Cartier &
Baldit (1983), oriunda de uma investigação com PPF em um aterro controlado de
RSU na França com teor de matéria orgânica da ordem de 32%, cuja operação
Análise e Interpretação dos Resultados 210
G (MPa)
0 1 2 3 4 5 6
0
Gur - célula C5
1
ajuste Cartier e Baldit (1983)
2 ajuste linear Muribeca (C5)
4
Profundidade (m)
7
GM
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9
G ur
10
G ur = 0,27498.z(m)
11 2
R = 0,3074
12
Figura 137 – Avaliação da variação de G com a profundidade na célula C5.
A análise da Figura 137 mostra que há uma crescente diferença entre os dois
ajustes, que pode ser explicada pelas características operacionais e pelos seus
materiais constituintes, ambos distintos nos dois aterros. Sabe-se que no aterro da
Muribeca não há compactação mecânica, a cobertura de solo é somente final e o
percentual de matéria orgânica e de cerca de 60%, portanto, condições mais
favoráveis para que o módulo cisalhante seja realmente inferior àqueles
determinados no aterro da França. Além disto, a comparação emprega um valor de
ν de 0,33 e sabe-se que este valor pode ser maior para RSU, o que diminuiria a
Análise e Interpretação dos Resultados 211
20 C5 20 C4
40 40
Pressão Máxima do Ciclo (KPa).
60 60
80 80
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100 100
120 120
140 140
160 160
180 180
200 200
(a) (b)
Figura 138 – Aumento da rigidez cisalhante do resíduo com o nível de tensões.
4 80
Profundidade (m)
5 100
6 120
7 140
Faixa de Valores
8 160
G=f (E,D) em Lab
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10 200
Dixon e Jones (1998)
11 220 Muribeca - C5
Muribeca - C4
12 240
(a) (b)
Figura 139 – Análise comparativa da variação G com profundidade e nível de tensões.
6.2.4.3.
Perfil de variação de G com deformação
O estudo a seguir visa a avaliar se os valores G para RSU, similar aos solos,
são dependentes do nível de deformação. Para tanto, os gráficos (a) e (c) da Figura
140 apresentam o estudo da variação de Gr, normalizado para o valor de Gur, em
relação ao intervalo de deformação da cavidade no ciclo de descarregamento e
recarregamento (∆εc) em escala logarítmica, para as células C5 e C4. Cada curva
representa um ensaio para uma determinada profundidade. Pode-se observar que
há a tendência natural de Gr em igualar-se ao valor de Gur para valores próximos
da amplitude máxima de deformação do ciclo. Além disto, em ambas as células,
para uma mesma profundidade, a relação Gr/Gur varia pouco para intervalos de
deformação pequenos (<0.1%), todavia, a comparação entre os resultados em
diferentes profundidades mostra quem mesmo para ∆εc<0,1% a diferença relativa
Análise e Interpretação dos Resultados 214
pode ser grande. Por outro lado, a relação Gr/Gur somente apresenta pouca
variação para diferentes profundidades de ensaio quando ∆εc é maior que 1%.
Por sua vez, os gráficos (b) e (d) da Figura 140 apresentam a variação do
módulo cisalhante secante, normalizado em função do módulo para 0,1%, contra
∆εc do ciclo, para as duas células investigadas. Em todos os casos, curvas
hiperbólicas foram empregadas para melhor ajustar os comportamentos
observados, estando as mesmas reescritas nas Equações 43 a 46 a seguir.
2.5 2.5
y = 1/(0,20697*x + 0,63314) y = 1/(0,34758*x + 0,95001)
2 2
1 1
0.5 0.5
Célula C5 Célula C5
Ajuste Hiperbólico Ajuste Hiperbólico
0 0
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2 2
G r/G r0,1%
1.5 1.5
Gr/Gur
1 1
0.5 0.5
Célula C4 Célula C4
Ajuste Hiperbólico Ajuste Hiperbólico
0 0
0.01 0.1 1 10 0.01 0.1 1 10
∆εc (%) ∆εc (%)
(c) (d)
Figura 140 – Avaliação da variação do módulo cisalhante do resíduo com o nível de
deformação do ciclo: C5 (a) e (b); C4 (c) e (d).
Gr 1 ...(43)
= (célula C5)
Gur 0,20697 ⋅ ∆ε c + 0,63314
Gr 1 ...(44)
= (célula C5)
Gr 0,1% 0,34758 ⋅ ∆ε c + 0,95001
Análise e Interpretação dos Resultados 215
Gr 1 ...(45)
= (célula C4)
Gur 0,05890 ⋅ ∆ε c + 0,66256
Gr 1 ...(46)
= (célula C4)
Gr 0,1% 0,21000 ⋅ ∆ε c + 0,99990
...(48)
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Com isto tem-se que o módulo Gur é cerca de 19% do módulo máximo na
célula C5 e 13% na célula C4. A relação Gur/G0, como foi determinada, representa
um valor médio de uma camada de certa idade. A profundidade máxima teste nas
células foi de 8m e considerando as premissas apresentadas na Figura 141, esta
profundidade representa idades estimadas de 4,4 anos e 0,8 ano para as células C5
e C4, respectivamente.
Há de se aferir, ainda, a proporção sugerida entre os dois módulos através de
ensaios de campo do tipo cross-hole, porém não há dados sobre ensaios deste tipo
realizados no aterro da Muribeca. Sabe-se que a determinação das velocidades de
propagação de onda em RSU é muito influenciada pelas características do resíduo
como idade e densidade, portanto a comparação com dados da literatura deve ser
criteriosa.
6.2.4.4.
Influencia da Idade do Resíduo em G
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C5 Taxa de C4 Taxa de
enchimento enchimento
superfície superfície
Jan/2003 Jan/2003
2m – 2 anos 2anos 1m/ano
Jan/2001
Jan/1997 Jan/2002
em que,
Análise e Interpretação dos Resultados 217
3
y = 0.3113x + 0.3217
2.5 2
R = 0.5747
2
Gur (MPa)
1.5
1
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0.5
0
0 1 2 3 4 5
Idade (anos)
Figura 142 – Efeito da idade do resíduo no módulo cisalhante do ciclo nas células C4 e
C5 através de ajuste linear.
Ora, pode-se, então, obter uma correlação mais precisa entre Gur/G0 e a
idade do resíduo empregando os coeficientes das Equações 49, 50 e 53, sendo
representada pelo ajuste exponencial da Figura 143 e reescrita na Equação 54.
1
0.0911x
y = 0.129e
0.8 2
R =1
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0.6 Bandeirantes
Gur/Go
0.4
C5
C4
0.2
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Idade (anos)
Gur (MPa)
0 1 2 3 4 5 6
0
Muribeca - C4
1 Muribeca - C5
Bandeirantes
2
Equação 41
3
4
Idade (anos)
10
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11
12
Figura 144 – Comparação entre valores de Gur obtidos com pressiômetro no aterro da
Muribeca e adaptado de ensaios de cross-hole no aterro Bandeirantes.
6.2.5.
Tensão Horizontal (σh) e Coeficiente de Empuxo Lateral (Kr)
6.2.5.1.
Metodologia de Análise
tipos de pressiômetro.
Já foi discutido anteriormente que o tipo de metodologia de instalação da
sonda utilizada nas investigações aqui apresentadas produziu uma região
altamente amolgada de resíduo (Figura 134), portanto acredita-se que o efeito na
identificação do ponto de referência seja ainda maior neste caso, levando a valores
de σh pouco confiáveis. Todavia, para fins de avaliação do equipamento
desenvolvido será empregada a metodologia proposta por Marsland & Randolph
(1977) que foi desenvolvida com base no trecho inicial de carregamento de
ensaios com PPF em argilas rijas e tomando como base a resistência ao
cisalhamento de pico e pressão de escoamento. Segundo Clarke (1995), este
método também pode ser empregado com PAP e, considerando que nos ensaios
realizados no aterro da Muribeca obtiveram-se curvas similares a PAP, tentar-se-á
adaptar esta metodologia para interpretação dos mesmos.
A proposta é um método interativo que se apóia na premissa amplamente
apresentada na literatura técnica de que o ponto de início do escoamento (py –
onset of yielding) em argilas rijas é igual à soma de σh e Su, sendo identificado por
uma acentuada mudança na inclinação da curva. Segundo Marsland & Randolph
(1977) a resistência ao cisalhamento de pico pode ser obtidas conforme a Equação
55 calculada para a inclinação máxima da curva pressiométrica retraçada em
Análise e Interpretação dos Resultados 221
dp ...(55)
τ=
d [ln ∆V V ]
i.
de K0 conhecido;
ii. Com este valor, determina-se a respectiva deformação de cavidade
de referência (εc0) na curva teste;
iii. As novas deformações corrigidas (εcorr) são calculadas para o novo
diâmetro da cavidade segundo a Equação 56, onde εc0 é a
deformação de cavidade de referência no valor selecionado de σh e
εc0 é a deformação de cavidade medida no ensaio;
ε c − ε c0 ...(56)
ε corr =
1 + ε c0
iv. A resistência ao cisalhamento correspondente a py é obtida da
inclinação da curva p x ln(∆V/V) , onde a correlação entre εc e ∆V/V
é dada pela Equação 57 (Clarke, 1995);
∆V 1 ...(57)
= 1−
V (1 + ε c ) 2
6.2.5.2.
Variação de σh em Profundidade
σh (KPa)
0 10 20 30 40 50 60 70 80
0
1
PMT4 PMT3
2
PMT2 PMT1
3
4
Profundidade (m)
8
resultados
9 duvidosos
10 y = 0,0864x + 1,2554
11 R2 = 0,6683
12
6.2.5.3.
Coeficiente de Empuxo Lateral
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O gráfico (a) da Figura 146 ilustra a comparação dos valores das tensões
verticais e tensões horizontais obtidas com as duas metodologias. Com isto é
Análise e Interpretação dos Resultados 224
120
100
Tensão Vertical (KPa)
80
60
40
PMT4 PMT3
20
PMT2 PMT1
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0
0 20 40 60 80 100 120
Kr = σh / σv
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6
0
1
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4
Profundidade (m)
9
PMT4
PMT3
10 PMT2
PMT1
11 Média Muribeca
Dixon & Jones (1998)
12
1 1
Idade (anos)
Idade (anos)
2 2
3 3
4 4
PMT4 PMT4
PMT3 PMT3
5 5
PMT2 PMT2
PMT1 PMT1
6 6
(a) (b)
Figura 148 – Efeito da idade do resíduo na variação de Kr calculado.
Análise e Interpretação dos Resultados 226
6.3.
Ensaios SPT
N med
00 10
10 20
20 30
30 40
40/0 50
10 60
20 70
30 80
40/0 90
10 100
20 110
30 120
40/0 130
10 140
20 150
30 160
40
0
4
Profundidade (m)
10
12
14 Nmed = 7. Nmed = 6.
Nmed = 10. Nmed = 10.
16
SPT1 SPT2 SPT3 SPT4
40
35
o
φ
30
25
0 10 20 30 40 50
φº
20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
20 30 40 50/20 30 40 50/20 30 40 50/20 30 40 50
0
4
Profundidade (m)
10
12
16
SPT1 SPT2 SPT3 SPT4
Figura 151 – Ângulo de atrito do RSU calculado segundo correlação proposta para Nspt
de solos.
Análise e Interpretação dos Resultados 228
6.4.
Ensaios CPT
(Robertson & Campanella, 1993; Jamiolkowski et al., 1985; Baldi et al., 1986).
Na maioria destes casos, tem-se uma correlação para a determinação da densidade
relativa (Dr) como a proposta por Lancellotta (1985) e transcrita na Equação 60.
Em seguida, a transformação de Dr em φ pode ser feita segundo propostas de
interpretação de SPT como a apresentada por de Mello (1971) e reescrita na
Equação 61.
qc ...(60)
Dr = −98 + 66 log
(σ 'v )0.5
(a) (b)
25 25
y = 1,1402x - 1,2412 y = 1,1455x + 1,4691
qc (MPa) 20 R2 = 0,1344 20 R2 = 0,6896
qc (MPa)
15 15
10 10
5 5
CP T1 CP T2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 2 4 6 8 10 12 14 16
Profundidade (m) Profundidade (m)
25
(c) 25
(d)
y = 1,2326x + 0,3734 y = 0,5451x + 1,5905
20 R2 = 0,8186 20
R2 = 0,6982
qc (MPa)
qc (MPa)
15 15
10 10
5 5
CP T3 CP T4
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 2 4 6 8 10 12 14 16
Profundidade (m) Profundidade (m)
(e) (f)
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25 25
y = 1,1071x + 1,0782
y = 0,9128x + 1,4152
20 R2 = 0,6046 20
R2 = 0,4785
qc (MPa)
qc (MPa)
15 15
10 10
5 5
CP T1/2/3 CP T1/2/3/4
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 2 4 6 8 10 12 14 16
Profundidade (m) Profundidade (m)
Figura 152 – Curvas de ajuste da variação de qc com profundidade nos ensaios CPT.
φº
30
30 35
35 40
40 45
45 50
50/30 55
35 60
40 65
45 70
50/30 75
35 80
40 85
45 90
50/30 95
35 100
40 105
45 110
50
0
4
Profundidade (m)
10
12
16
CPT1 CPT2 CPT3 CPT4
6.5.
Ensaios Laboratoriais – Teor de Umidade e de Sólidos Voláteis
De acordo com Palmisano & Barlaz (1996) uma faixa de 20% a 40% de teor
de umidade nas células de RSU é o percentual ótimo para a indução de processos
anaeróbios de decomposição orgânica, podendo propiciar a proliferação de
microorganismos e promover o transporte de nutrientes dentro da célula,
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Teor Percentual
00 10 20
20 30 40
40 50 60
60 70 80/0
80 90 100
20 110 120
40 130 140
60 150 80/0
160 170 180
20 190 200
40 210 220
60 230 80/0
240 250 20
260 270 280
40 290 300
60 310 320
80
0
2
teor médio de materia orgânica lixo in natura
teor médio de materia orgânica lixo in natura
10
12
14
Figura 154 – Variação dos teores de umidade e de sólidos voláteis nas células C4 e C5
6.6.
Algumas Análises Comparativas entre Ensaios
6.6.1.
Correlações entre Gur, qc e Nspt
encontrados nas células C4 e C5 estão ilustradas nas Figura 155 a 157. Os valores
de Gur e qc são dados em MPa.
2,5
Gur = 0,1641 ⋅ qc
2 R 2 = 0,5458
Gur (MPa)
1,5
0,5
C4 e C5
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
q c (MPa)
2,5
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G ur = 0,1382 ⋅ N spt
2 R 2 = 0,3198
Gur (MPa)
1,5
0,5
C4 e C5
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Nspt
25
qc = 0,6916 ⋅ N spt
20 R 2 = 0,2598
qc (MPa)
15
10
C4 e C5
0
0 5 10 15 20 25
Nspt
6.6.2.
Avaliação do efeito de %SV e %wr em Gur
60
50 0,0403x
y = 2,3519e
2
40 R = 0,6829
%SV
30
20
10 C4 e C5
Ajuste
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
%w r
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não devem ser empregadas em aplicações praticas sem que se utilizem mais dados
sobre diferentes teores de %w e %SV.
Análise e Interpretação dos Resultados 235
(a) (b)
2,5 2,5
z < 8m y = -0,4741Ln(x) + 0,2945 z < 8m y = 0,3523Ln(x) + 0,9878
2 2
2 R = 0,09 2 R = 0,9409
1,5 1,5
Gur
Gur
1 1
0,5 C5 0,5
C4
lixo < 5 anos lixo < 1 ano
0 0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
%SV / %MOMuribeca %SV / %MOMuribeca
(c)
2,5
z < 8m y = -0,338Ln(x) + 0,4402
2 R2 = 0,1135
1,5
Gur
0,5
C4
C5
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0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
%SV / %MOMuribeca
Figura 159 – Influência do %SV na variação dos módulos cisalhantes dos ciclo.
1,5 1,5
Gur
Gur
1 1
0,5 0,5
faixa ideal para faixa ideal para
z < 8m C5 C4
processos anaeróbios z < 8m processos anaeróbios
0 0
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100
w% w%
2,5 (c)
-0,4105
y = 3,8052x
2 2
R = 0,0406
1,5
Gur
0,5 C4
faixa ideal para
z < 8m processos anaeróbios C5
0
0 20 40 60 80 100
w%
Figura 160 – Influência do %SV na variação dos módulos cisalhantes dos ciclo.