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CURSO DE PSICOLOGIA
UM ESTUDO DE CASO
UM ESTUDO DE CASO
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................06
2 REVISÃO DA LITERATURA...................................................................................11
2.1 Meditação............................................................................................................11
2.2 Hipertensão arterial sistêmica (HAS) ..............................................................19
2.3 Estresse..............................................................................................................21
2.4 Ansiedade...........................................................................................................24
2.5 Relação entre meditação, estresse, ansiedade e hipertensão arterial ........26
3 MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................30
3.1 Delimitação da pesquisa ...................................................................................30
3.2 Participantes / Local...........................................................................................30
3.3 Instrumentos.......................................................................................................31
3.4 Procedimentos para coleta de dados...............................................................35
3.5 Procedimentos para análise dos dados...........................................................39
3.6 Procedimentos éticos........................................................................................39
3.7 Retorno aos participantes.................................................................................40
RESUMO:
1 INTRODUÇÃO
SANTOS; SILVA, 2002). Se não for tratada, a HAS tende a se agravar e ocasionar
Hipertensão Arterial foi considerada como responsável direta por 17.880 óbitos
(7,8% dos óbitos). Além disto, considerando-se que a hipertensão arterial contribui
para morbi-mortalidade em 80% dos casos de AVE e por 40% dos casos de
envolvida de forma direta ou indireta em pelo menos 111.148 óbitos no ano de 1995,
[2006?]).
arterial (RIERA, 2000; SANTOS; SILVA, 2002). Por sua vez, estresse e ansiedade
7
ocorrências inofensivas.
ao estresse e a cura não pode ser obtida através de dispositivos externos e sim por
dados por ele quando algo não vai bem. De acordo com Benson (1998)
Sobel, que afirma em um artigo publicado no Mental Medicine Update, que “[...] 25%
sozinhos [se eles] [...] fossem dotados e melhor equipados para fazerem
diminuem em 35% e a estadia na área cirúrgica dos hospitais sofre uma redução de
1,5 dia. Consultas em virtude de problemas agudos de asma caem em 49%, artrite
Uma das formas que os pacientes podem utilizar para ter um papel mais ativo
em seus cuidados com a saúde é a prática meditativa. Goleman (1999) indica que a
de maior habilidade para lidar com situações estressantes, sendo vistas como um
GOLEMAN, 1999) relatam que a diminuição da pressão arterial pode ser obtida
(1998 apud CARDOSO, 2005) apontam a redução destes últimos, como um dos
benefícios da meditação.
nas fases iniciais de uma investigação sobre temas complexos, para a construção de
pode ser utilizado tanto para a prevenção quanto para o tratamento da hipertensão,
melhor qualidade de vida e uma grande economia para as pessoas e para o Estado.
estresse. Para isto, foi feito um estudo de caso com dois indivíduos com história de
2 REVISÃO DA LITERATURA
Este capítulo irá tratar da revisão da literatura que sustenta esta pesquisa.
2.1 Meditação
(CAIRO, 2005; ORNISH, 1998) e não se sabe exatamente como, onde ou quando
reconhecida. As pesquisas ocidentais dão agora amparo à idéia de que uma vida
meditação faz parte do dia-a-dia de várias pessoas sem que elas se dêem conta
disto. Ornish (1998, p.143) diz que “[...] seja o que for que você faça com
durante a prática esportiva. Essa experiência já foi descrita como “[...] momentos
12
evitando que ela disperse (GOLEMAN, 1999). Na visualização a atenção não fica tão
dispersa como no relaxamento nem tão concentrada como na meditação; ela tem
um certo limite, ou tema para onde ser dirigida, mas não pode fugir dele. Sendo
assim, meditação não se resume à concentração, mas esta última é uma prática
ser atingido com a meditação. Quando a mente se aquieta o corpo faz o mesmo.
Este processo é tão poderoso que a pessoa não precisa acreditar para que funcione.
Assim como a penicilina cura a garganta, o laser corrige a retina, seja qual for a
forma praticada para ativar tal resposta de relaxamento, ela acontecerá, acreditemos
nisso ou não. Felizmente, segundo Ornish (1998, p.143) “[...] não é necessário
dominar a meditação para se beneficiar dela. Basta praticar, pois o benefício está no
Mas o que seria então meditação? Embora seu conceito varie de acordo com
estes autores, eles sempre convergem para alguns pontos em comum como:
13
(1999, p. 69) a meditação “[...] é o método mais antigo para tranqüilizar a mente e
(1999) também são abordados respectivamente, por Weiss (1998) que afirma que a
meditação é um meio pelo qual se atinge, entre outras coisas, a paz interior e o
equilíbrio; e por Benson (1998) ao conceituar a meditação como uma técnica que
como resposta de relaxamento, sendo que todos os seres humanos têm capacidade
Outro autor que vem contribuir para a definição da meditação é Davis, que a
conceitua como
concordam com o fato da sua prática regular oferecer vários benefícios à saúde das
calma corporal – que pode ser obtida através da meditação – é um estado em que
para curar insônia, baixar a pressão arterial, perder peso, parar de fumar, combater
(WEISS, 1998).
Assim como Benson (1998) e Weiss (1998), Goleman (1999) salienta o fato da
meditação leva ainda a uma relação de maior empatia, pois o sujeito consegue
prestar uma “atenção especial” nas ações do outro, captando melhor as mensagens
ansiedade. Miller e Shapiro (1995; 1998 apud CARDOSO, 2005) também citam a
eficácia da técnica contra a ansiedade, sendo que este último – assim como
apontada por Benson, West (1974; 1979 apud CARDOSO, 2005) e Cairo (2005),
meditação.
Porém, para que a prática meditativa seja eficiente precisa ser exercida com
regularidade, de uma forma sistemática. Não é bem claro ainda a duração que deve
meditador e com a sua intenção para com ela. Segundo Cardoso (2005), os
ORNISH, [1998?] apud GOLEMAN, 1999) que apontam resultados, foram realizadas
muitas culturas, sendo praticada de várias formas. A razão desta variedade pode ser
justificada pelo fato das pessoas serem seres singulares com necessidades
da atenção, reexercitando-a.
iogue não se move, apenas examina mentalmente o corpo e faz cada parte relaxar
meditação (GOLEMAN, 1999). A quarta e última técnica que será descrita aqui é a
época de Buda.
17
que estas distrações ocorrerem deve-se voltar a atenção para a respiração, sem
Essa técnica consiste em examinar todo o corpo com a mente (testa, couro
cabeludo, nariz, boca, queixo, ombros, peito, braços, pés etc) uma parte de cada
Sempre que uma distração ocorrer, volta-se a atenção para o foco proposto.
seja respirando, observando, ouvindo etc. Em quase todas elas, deve-se ficar numa
estímulo proposto.
18
que surjam pensamentos, para então permitir que eles venham e vão naturalmente,
se tem ao caminhar.
concentração.
19
afeta cerca de 7% das crianças, 20% da população adulta e 65% dos idosos, e
ao coração, rins e sistema nervoso (AMODEO, 1995 apud SANTOS; SILVA, 2002).
O coração funciona como uma bomba, ele recebe o sangue das veias e
Chama-se de pressão arterial, aquela que o sangue exerce contra as paredes das
É sem causa conhecida, mas conta com forte componente genético, influenciado por
fatores ambientais.
20
tóxicos).
A hipertensão arterial ainda não tem cura, devendo ser acompanhada por
(INTERMÉDICA, [2006?]).
arterial como ter uma alimentação saudável, fazer atividade física regular, reduzir o
peso corporal para os que estão acima do limite saudável, diminuir a ingestão de sal
2.3 Estresse
físicas e psicológicas que preparam nosso corpo para uma situação de “luta ou
fuga”.
que hoje em dia. Eles deparavam-se com animais selvagens, cobras, aranhas entre
outros, e precisavam ter uma resposta rápida para sobreviver. Acredita-se que em
ao nosso organismo, “stress menores [...] aumentam nossa atenção, nos fazendo
nosso organismo libera “[...] adrenalina (ou dopamina) que nos dá força, vigor,
22
boca seca, nó no estômago [...] mãos frias e suadas” (LIPP; NOVAES, 1996, p. 41).
pode reagir com a mesma resposta de “luta ou fuga”. “O corpo humano se prepara
para lidar do mesmo modo com qualquer tipo de estressor” (LIPP; NOVAES, 1996,
p. 21). Toda mudança, independentemente se for para melhor ou para pior exigirá
contínuo propiciado pelo evento estressor, que não termina mesmo sem a presença
27).
sofre de todas estas moléstias; sendo que, a recuperação pode ser mais facilmente
O estresse pode ser causado por motivos diversos e sua presença e evolução
dependem da forma como a pessoa lida com ele. “As pessoas variam na sua
energia para lidar com novas situações, o estresse é um momento em que ele a
condições em que o corpo produz mais energia do que gasta, não dando vazão à
mantém funcionando numa aceleração muito maior que aquela para a qual fomos
físicas age também sobre os estados afetivos. Essas reações (físicas e emocionais)
afirmar que “Nenhuma doença ou condição, produz uma interação tão grande entre
24
o corpo e a mente como o stress” (1996, p. 18). Ainda segundo estas autoras,
ocorre quando a pessoa tenta identificar o que se passa com ela e qual a causa.
2.4 Ansiedade
sensação de que algo desagradável pode acontecer. Alguns outros sinais somáticos
podem ser considerados como um aviso de que algo não vai bem. “O início da
também auxilia a evitar o estresse que pode ser decorrente desta condição.
que refere-se a
reagir ansiosamente.
26
pesquisadores. Feld e Rüegg (2005) apontam uma pesquisa realizada com homens
estresse crônico, denominado “afeto negativo”, têm duas vezes mais chances de
porcos uma doença coronariana, depois bloqueou impulsos nervosos emitidos pelo
estresse intenso foram poupados das respostas desencadeadas nos outros porcos
partes do lobo frontal dos porcos, houve batimento cardíaco acelerado, arritmia e em
de uma forma rápida e fácil. Benson destaca que a prática meditativa é eficaz em
se mantém alerta. Isto faz baixar a pressão sanguínea e diminuir o ritmo do coração,
sanguínea –, pois esta última não surtia seu efeito usual nas pessoas que
Goleman (1999) cita outros acontecimentos que vêm contribuir para esta
centenas de hipertensos.
ansiedade. Neste seu trabalho ele pôde perceber que pessoas “[...] que meditavam
interna”, quando afirma que “Ao permitir ao corpo esse descanso, a inteligência
2005, p. 67).
29
Goleman (1999), quando em um de seus estudos, ele observou que pessoas que
formado por pessoas que não exerciam a prática meditativa. Todos estes voluntários
meditavam ou relaxavam em silêncio por vinte minutos, após esta sessão eles
maior estímulo inicial (batimentos cardíacos acelerados e suor) do que as que não
Este estudo leva a crer que a meditação pode funcionar com um agente terapêutico
psicossomaticamente.
30
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Esta pesquisa é um estudo de caso. Este, de acordo com Rizzini (et. al, 1999)
“[...] pode ser visto como técnica psicoterápica, como método didático ou como
método de pesquisa. Neste último pode ser definido como “[...] um conjunto de
dados que descrevem uma fase ou totalidade do processo social de uma unidade,
em suas várias relações internas e nas suas fixações culturais [...]” (YOUNG, 1960
tem as suas vantagens e desvantagens que devem ser analisadas à luz do tipo de
fenômeno não pode ser estudado fora do contexto onde naturalmente ocorre
(CAMPONAR, 1991).
idade. Ambos têm diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (ela tem há 10 anos
31
motivados a participar desta pesquisa. Sendo que a escolha dos participantes foi
ressaltar que estes participantes vivem juntos, como marido e mulher, há 35 anos.
dos participantes, sendo este um local apropriado, pois era um ambiente silencioso e
3.3 Instrumentos
1
Informações colhidas do trabalho de conclusão do curso de Psicologia de Eduardo Heuer,
intitulado: Os benefícios da meditação na redução do estresse e da ansiedade em atletas de
uma equipe de futsal juvenil feminino. 2005.
32
deve responder com base no presente e não no que normalmente sente a fim de
composto por um questionário com 60 questões, aferidos conforme uma escala com
costume" , 3) "um pouco mais do que de costume" até 4) "muito mais do que de
costume".
• O BAI2 foi criado em 1988 por Beck, Epstein, Brown e Steer. É uma escala de
2
Informações colhidas do trabalho de conclusão do curso de Psicologia de Eduardo Heuer,
intitulado: Os benefícios da meditação na redução do estresse e da ansiedade em atletas de
uma equipe de futsal juvenil feminino. 2005.
33
Tremores nas mãos; 13) Trêmulo; 14) Medo de perder o controle; 15) Dificuldade de
abdômen; 19) Sensação de desmaio; 20) Rosto afogueado; 21) Suor (não devido ao
calor). Os sujeitos devem responder a essas questões com base na última semana,
dados sobre a vida familiar e social, dados profissionais e outros dados relevantes.
aparelho é composto por uma peça auricular, tubo(s) condutor(es) das ondas
questões e foi realizada a fim de levantar dados sobre hábitos dos participantes que
possam estar relacionados com a pressão arterial. Segundo Gil (1991) esta
63).
Cardoso (2005), como a técnica meditativa mais indicada para praticantes iniciantes.
35
1° dia • Anamnese
• Aplicação escalas BAI e QSG
• Aferição da pressão arterial
• Intervenção (prática meditativa) – 15 min
• Aferição da Pressão arterial
2°, 3° e 4° dias • Aferição da Pressão arterial
• Intervenção (prática meditativa) – 15 min
• Aferição da Pressão arterial
5° dia • Aferição da Pressão arterial
• Intervenção (prática meditativa) – 15 min
• Aferição da Pressão arterial
• Entrevista semi-estruturada
6°, 7°, 8° e 9° • Aferição da Pressão arterial
dias • Intervenção (prática meditativa) – 15 min
• Aferição da Pressão arterial
testes psicológicos, BAI e QSG. Então, foi aferida a pressão arterial dos
cadeiras com suas costas e braços apoiados; 3°- fechavam os olhos; 4°- recebiam
com a entrada do ar e contraindo-se com sua saída; evitar fazer julgamentos se está
durante o procedimento de medição; palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu
pressão arterial, repetiu-se por mais 19 dias (resultando num total de 20 sessões),
sempre às nove horas da manhã. Este horário foi escolhido em comum acordo entre
as partes, sendo que, o horário definido foi sempre o mesmo, pois sabe-se que a
pressão arterial pode oscilar durante o dia. Desta forma, com este procedimento de
3
Informações colhidas do artigo: Níveis pressóricos de escolares adolescentes e
indicadores de risco para hipertensão arterial, publicado no Online Brazilian Journal of
Nursing. Vol. 5, No. 1, 2006.
38
como adequado para que se verifique possíveis resultados. O prazo foi de vinte dias
por ser o tempo disponível que havia para execução desta parte da pesquisa.
para uma comparação posterior com a média final de PA obtida após as sessões de
realização das sessões nos dias previstos. Como também não foi possível a
segunda proposta supracitada, pois num primeiro momento o PSF indicou estes dois
participantes como portadores de registros de PA, mas após já ter sido iniciada a
intervenção foi constatado que eles não possuíam tais registros. Contudo, foi feito
vez por semana, com ambos os participantes, alguns hábitos dos mesmos, que
últimas entrevistas.
39
será nomeado X.
4.1 Anamneses
como variáveis que interferiram nos resultados obtidos durante a pesquisa. Contudo,
desta pesquisa.
X.
42
brevemente sobre o que conhecia sobre hipertensão, citando que esta doença é um
não a faz com freqüência e sim quando, através de sensações físicas, sente que a
mesma possa ter aumentado. Sendo que citou que uma destas sensações
percebidas por ele, quando sua pressão arterial se eleva, é o calor. Como agentes
situações estressantes, sendo que citou inclusive que em uma destas situações
Com relação aos recursos utilizados para lidar com esta doença, Y relatou se
prática sistemática. Ao se referir a seus exercícios físicos, Y citou que não gosta de
“ficar parado” (sic), tendo que ter sempre algo para fazer.
que este não tem um controle eficaz sobre sua dieta alimentar. Pois, embora Y faça
tentativas de ingerir menos sal ou gordura, não obtém êxito, ou seja, ele acaba
toda sua vida um medicamento para reposição hormonal. Desta forma, Y faz uso do
anos e ela há 12 anos). Y relatou estar gostando muito de sua aposentadoria, mas
que ficava se perguntando “como é que vai ser” (sic). Contudo, Y afirmou que
quando foi se adaptando a nova rotina a aceitou bem e que foi um período difícil,
(J), por este ser dependente químico e portador de uma doença crônica. Esta
seu pai faleceu aos 62 anos de idade, enquanto dormia, devido a um problema
Sobre a forma que está lidando com esta doença até o momento atual, X
100mg, AAS infantil e Hidrocloritiazida, e, de uma dieta alimentar com menos sal,
além de procurar não se estressar. X relatou também que não pratica exercícios
físicos e que já se submeteu a duas internações hospitalares, nos últimos três anos,
para controle de sua hipertensão arterial, sendo que, uma das internações durou
uma semana.
Com relação à sua alimentação, citou também que procura ingerir pouca
quantidade de gordura e carne, tendo uma dieta mais baseada em frutas e verduras,
e que tem sensibilidade à lactose e ao glúten, sendo que, mesmo que sinta mal-
estar costuma ingerir alimentos com essas substâncias. Contudo, citou que quando
arterial.
45
anos e ela há 12 anos). X relatou estar gostando muito de sua aposentadoria, pois
tem uma condição financeira tranqüila e pode desfrutar de seu tempo livre. O casal
tem quatro filhos e X também relata dificuldade no relacionamento com um dos filhos
(J), por este ser dependente químico e portador de uma doença crônica. Esta
situação tem sido motivo constante de estresse. X argumenta também, que esta
nervosismo.
com atividades sociais promovidas pela mesma, às quais ela se refere com muito
prazer.
profunda que a deixou acamada por alguns anos, antes de morrer, e, a morte do pai
segunda de “Reteste”.
46
moderado e grave.
pelo QSG. Os níveis de classificação dos sintomas, em ordem crescente são: baixo,
Teste Reteste
Y 16 Leve 7 Mínimo
X 15 Leve 11 Leve
Reteste, sendo que, a diminuição dos sintomas do participante Y foi mais intensa,
pois a classificação de seu nível de ansiedade foi reduzida de “Leve” para “Mínimo”.
47
Sintomas Participantes
Y X
quesitos distúrbios do sono e saúde geral obtiveram uma diminuição de seu escore,
quesito estresse psíquico. Desta forma, houve alterações nos quesitos: desejo de
A seguir será apresentada a análise dos dados obtidos através das entrevistas
intervenção (meditação).
Para uma melhor compreensão foram construídos dois quadros que apontam
intercorrências.
interpretação dos dados obtidos através da anamnese, pois como já foi citado, esta
CI = com intercorrências
1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana
SI = sem intercorrências
Hábitos da vida diária SI SI SI CI
Eventos significativos CI SI SI SI
Situações estressantes CI CI SI CI
Alimentação CI CI CI CI
Exercícios físicos CI CI SI CI
Medicamentos anti-hipertensivos CI CI SI SI
Outros medicamentos SI CI SI SI
Com relação aos hábitos de vida diária, Y relatou tê-los mantido como de
costume, sem muitas alterações, pois somente na última semana houve uma
duas intercorrências que o mobilizaram, uma relacionada ao seu filho J., que é
dependente químico e a outra foi o fato de ele ter presenciado em uma BR, um
preocupações de Y com o modo de vida de seu filho J., eram constantes e intensas.
semana, foi devido à ida a uma pizzaria no dia 10/10, onde além de comer pizza, Y
ingeriu cerveja (aproximadamente 600 ml), sendo que, dia 12/10 Y tomou cerveja
(350 ml) novamente. No final da segunda semana, mais precisamente no dia 17/10,
50
Y iniciou uma dieta alimentar com menos sal e gordura, para tratamento de uma
virose que ele contraiu. Na terceira, Y estava mantendo sua dieta da semana
anterior, porém com menos restrições, sendo que no dia anterior (25/10) a
gordura e sal, sendo que, X relatou na sua quarta entrevista que no dia anterior à
estado físico debilitado ocasionado pela virose. Na quarta semana, Y ainda não
tinha voltado ao seu ritmo habitual de exercícios levantado pela anamnese, porém
intervenção (05/10), porque havia emprestado o remédio para uma vizinha e ficou
19/10. Esta modificação foi indicada pelo Cardiologista de Y (consulta dia 16/10),
recomendação do médico, pois se sentiu mal e tomou uma dose menor do que a
receitada.
51
CI = com intercorrências
1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana
SI = sem intercorrências
Hábitos da vida diária SI SI CI CI
Eventos significativos CI SI CI CI
Situações estressantes CI CI SI CI
Alimentação CI CI CI CI
Exercícios físicos -- -- -- --
Medicamentos anti-
CI CI CI SI
hipertensivos
Outros medicamentos CI SI CI SI
semanas. Estas foram devido à ida a uma festa de aniversário na terceira semana e
também a uma viagem que X fez a Mato Grosso. Outros eventos como: passeios
serviços de casa, mantiveram seu curso habitual e por isso não foram considerados
como intercorrências.
semana. Na primeira semana X citou cinco eventos marcantes, sendo dois deles
Estes foram respectivamente: o fato de J, seu filho, ter voltado a utilizar drogas, a
notícia de que uma amiga teria que fazer alguns exames devido a um câncer que
na segunda, foram devido ao estado de saúde de seu marido. Sendo que, assim
como foi citado na análise dos dados de Y., durante todo o período de intervenção
constantes e intensas.
semanas. Na primeira, devido a ter almoçado por dois dias em restaurantes, ter
ingerido pizza e cerveja (aproximadamente 600 ml) no jantar do dia 10/10, ter
novamente tomado cerveja (350 ml) no dia 12/10 e ter comido doces e salgados em
uma festa de aniversário também no dia 12/10. X relatou inclusive ter engordado um
pouco, além de ter ingerido alimentos que possuem substâncias (glúten e lactose) as
semana (17/10), X iniciou juntamente com seu marido uma dieta alimentar com
menos gordura e sal, devido à virose contraída pelo mesmo. Na terceira semana, X
relatou ter ingerido mais carne que o habitual, ter comido salgadinhos e almoçado
um dia em restaurante. Vale ressaltar que X citou que quando vai a restaurantes ou
festas fica mais difícil controlar a alimentação, ou seja, manter uma dieta alimentar
mais saudável. Na quarta e última semana, X ingeriu doces e cerveja no dia 02/10
apresenta como hábito a prática de exercícios físicos nem antes, nem durante a
pesquisa.
primeiras três semanas. No entanto, X não citou nenhuma alteração nas duas
primeiras entrevistas, porém na terceira entrevista relatou ter parado de tomar seus
informar o dia exato. X relatou também ter tomado do dia 20/10 ao dia 30/10 os
o motivo disto. Na terceira semana, mais precisamente dia 26/10, começou a tomar
intervenção (meditação) durou vinte dias, nos quais a pressão arterial dos
54
Participantes
Y X
Ordem
dos Data PA (antes) PA (depois) PA (antes) PA (depois)
dias
1ª 1° 05/10/06 160 x 110 150 x 110 160 x 100 140 x 80
S 2°
E 10/10/06 160 x 90 140 x 90 162 x 90 150 x 90
M 3° 11/10/06 160 x 100 160 x 100 160 x 100 160 x 100
A
N 4° 12/10/06 160 x 110 150 x 100 150 x 90 150 x 90
A 5° 13/10/06 152 x 90 142 x 90 160 x 102 150 x 90
2ª 6° 16/10/06 152 x 86 144 x 86 184 x 102 162 x 90
S 7°
E 17/10/06 134 x 82 134 x 80 150 x 94 150 x 94
M 8° 18/10/06 118 x 80 118 x 80 166 x 98 162 x 92
A
N 9° 19/10/06 108 x 82 100 x 76 148 x 90 148 x 86
A 10° 20/10/06 94 x 74 94 x 72 172 x 96 142 x 86
3ª 11°
S 23/10/06 118 x 80 118 x 80 170 x 116 164 x 98
E 12° 24/10/06 108 x 74 108 x 74 152 x 82 144 x 80
M
A 13° 25/10/06 100 x 76 100 x 70 160 x 98 146 x 86
N
A 14° 26/10/06 122 x 74 120 x 74 152 x 82 152 x 82
15° 31/10/06 100 x 76 100 x 76 160 x 84 130 x 80
4ª
16° 01/11/06 110 x 76 110 x 76 144 x 84 144 x 80
S
E 17° 02/11/06 106 x 70 100 x 70 170 x 90 154 x 70
M
A 18° 04/11/06 116 x 76 112 x 72 160 x 88 160 x 88
N
19° 05/11/06 118 x 78 110 x 78 150 x 88 130 x 80
A
20° 06/11/06 128 x 80 128 x 80 150 x 90 150 x 90
Média da
Participantes 1ª semana 2ª semana 3° semana 4ª semana
PA
Antes 158,4 x 100 121,2 x 80,8 112 x 76 113 x 76
Y
Depois 148,4 x 98 118 x 78,8 111,5 x 74,5 110 x 75,3
Antes 158,4 x 96,4 164 x 96 158,5 x 94,5 155,7 X 87,3
X
Depois 150 x 90 152,8 x 89,6 151,5 x 86,5 144,7 X 81,3
56
200
190
Pressão sistólica em mmHg
180
170
160
150
140
130
Antes
120
110
Depois
100
90
80
70
60
50
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20°
Dias
150
140
Pressão diastólica em m m Hg
130
120
110
Antes
100
90
Depois
80
70
60
50 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20°
Dias
57
200
190
180
Pressão sistólica em mmHg
170
160
150
140
130
Antes
120
110
Depois
100
90
80
70
60
50
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20°
Dias
150
140
Pressão diastólica em m m Hg
130
120
110
Antes
100
90
Depois
80
70
60
50
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12° 13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20°
Dias
58
pressão arterial dos participantes antes e após cada sessão de meditação. Com
sessão de meditação no 1°, 2°, 4°, 5°, 6°, 9°, 14°, 17° , 18°, 19° dia, totalizando 10
diminuição da mesma após a sessão no 4°, 7°, 9°, 10°, 13 °, 18° dia, totalizando 6
dias com alterações. Sendo que, por 3 dias (4°, 9° e 18 °) as alterações foram
Outro dado que pode ser observado é que tanto a pressão sistólica, quanto a
diastólica tiveram seus picos nos primeiros dias, tendendo a se manter mais
mesmos na maioria dos dias. Constata-se que houve diminuição de sua pressão
sistólica após a sessão de meditação no 1°, 2°, 5°, 6°, 8°, 10°, 11°, 12°, 13°, 15°,
17°, 18° e 19° dia, totalizando 13 dias com alterações. Tratando-se da pressão
diastólica, também de H., observa-se diminuição da mesma após a sessão no 1°, 5°,
6°, 8°, 9°, 10°, 11°, 12°, 13°, 15°, 16°, 17°, 19° dia, totalizando novamente 13 dias
com alterações. Sendo que, por 11 dias (1°, 5°, 6°, 8° , 10°, 11°, 12°, 13°, 15°, 17° e
19°) as alterações foram conjuntas, ou seja, houve dimi nuição tanto da pressão
relação a Y, ou seja, não se mantiveram mais reduzidos nos últimos dias do que nos
coincidiu, foram 7 dias (1°, 2°, 5°, 6°, 17°, 18° e 19°) para a sistólica e 3 dias (9°, 10 °
arterial, sendo a de Y, 126,15 x 83,2 para antes das sessões e 121,97 x 81,65 após
93,55 antes da meditação e 149,75 x 86,85 após a meditação. Desta forma, verifica-
específica por serem agentes que podem estar relacionados à hipertensão arterial.
60
MACGREGOR, 1999);
• Exercícios físicos: o exercício aeróbico feito de três a quatro vezes por semana,
SILVA, 2002).
hipertensivos.
61
pressão arterial.
62
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
identificadas em relação a cada um foram muito semelhantes, talvez pelo fato deles
etiologia primária, ou seja, sem causa conhecida. Por este motivo questões
Participantes
Variáveis
Y X
Nível de conscientização / Baixo Baixo
mobilização
Controle (verificação da Assistemático Assistemático
PA)
Cuidados com a medicação Inadequado Inadequado
Alimentação Inadequada Inadequada
Uso de álcool Inadequado Inadequado
Exercícios físicos Não pratica Não pratica
sistemáticos
Estresse Estressor constante Estressor constante
conseqüências da mesma. Porém sabe-se que a HAS é uma patologia perigosa que
alimentar adequada para o combate da HAS, sempre acabam ingerindo sal, gordura
e álcool em quantidades que aparentemente acabam por ter uma ação hipertensiva.
Além desta questão alimentar, outro fator que denuncia esta falta de
prescrição médica, e, também o fato dos mesmos não praticarem exercícios físicos
Vale ressaltar que quando Y se refere a seus exercícios físicos, cita que não
consegue “ficar parado”, ou seja, tem que estar sempre realizando alguma atividade.
Talvez, mais que uma estratégia de combate a HAS, este comportamento de Y seja
um reflexo de sua ansiedade. Esta possível relação defronta-se com o fato de que Y
praticou menos seus exercícios nestas quatro semanas de intervenção do que lhe é
habitual, e, foi constatado através do BAI que houve uma diminuição da severidade
começou a ser dedicada a sua HAS em função das verificações freqüentes de sua
medicamentoso.
confirma o que a literatura vem tratando como fator hipertensivo, pois no dia
normotenso desde o dia 17/10 até o final da intervenção, tanto antes quanto após
as sessões de meditação.
dia, porém sua pressão diastólica se apresentou por 6 dias dentro de tal nível.
dias, e, a pressão diastólica por 11 dias. Sendo que, nos dias que ela não estava
de questões relacionadas a J.
supracitada;
distúrbio psicossomático e saúde geral de Y, foram mínimas, parece não ter havido
mesmo acontece em relação a X, pois a maioria dos níveis medidos pelo QSG
Enfim, apesar da PA dos participantes não ter sido reduzida após a meditação
pois, esta se deu quase no mesmo período em que ele alterou a medicação. Apesar
da PA de X não ter sofrido a mesma estabilização, ela reduziu em mais dias do que
meditação possa ser utilizada, se não como tratamento principal para pessoas com o
coadjuvante. Contudo, como houve muitas variáveis, não ficou clara a relação entre
dentro da relação. Porém, estes dados não foram verificados ao ponto que fosse
tratamento.
• Outra questão emergente é o porquê que tais participantes, com uma aparente
pesquisa como esta. Uma pesquisa de intervenção quase que diária, sendo que,
esta intervenção é a meditação, uma prática que vem tendo seus benefícios
prática tem para os participantes? Talvez esta seja uma nova questão que mereça
a PA.
69
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARADOIS: comprimidos. Responsável técnico Dante Alario Júnior. Taboão da Serra, SP:
Biolab, 2006. Bula de remédio.
BENSON, H.; STARK, M. Medicina espiritual: o poder essencial da cura. 10 ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 1998.
CUNHA, J. A. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2001.
DIDONÊ, D. Meditar é viver mais e melhor. Revista Saúde é Vital, nº 263, ago 2005.
FELD, M.; RÜEGG, J. C. Cabeça quente. Revista Viver Mente e Cérebro, ano 13, nº 151,
ago 2005.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
Glossário dos termos médicos usados no web site do NIPE / UnB. NIPE UnB. [2006?].
Disponível em: <http://www.unb.br/fs/enf/nipe/glossindex.html>. Acesso em: 18/07/2006.
LIPP, M. N.; NOVAES, L. E. O stress: mitos e verdades. São Paulo: Contexto, 1996.
MAXICALC D-400 UI: comprimidos. Responsável técnico Emy Ayako Ogawa. Guarulhos,
SP: Aché, 2006. Bula de remédio.
71
PASQUALI, L. Questionário de Saúde Geral - QSG. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
PURAN T-4: comprimidos. Responsável técnico Mazieri Netto. Rio de Janeiro, RJ: Sanofi-
Synthelabo, 2006. Bula de remédio.
RIZZINI, I. et. Al. Pesquisando... guia de metodologias de pesquisa para programas sociais.
Rio de Janeiro: USU Ed. Universitária, 1999.
7 ANEXO A
APRESENTAÇÃO
responder a entrevistas semanais sobre fatores que possam influenciar sua pressão
arterial.
a) seus dados pessoais serão mantidos em sigilo, sendo garantido o seu anonimato;
e) você não terá direito a remuneração por sua participação, ela é voluntária;
IDENTIFICAÇÃO E CONSENTIMENTO
Eu __________________________________________________________
__________________________________________________________________
Declaro estar ciente dos propósitos da pesquisa e da maneira como será realizada e
pesquisa.
Endereço:___________________________________________________________
Telefone:________________
_________________ __________________
data assinatura
74
8 APÊNDICE A
ANAMNESE
Nome: A. R. (Y)
Idade: 57 anos
Sexo: Masculino
hipertensão é um incômodo constante. Depois fez menção ao que sua esposa havia
dito – ao responder a anamnese – “como ela falou, a gente sente né que dá uma
caloria e tal, aí já sabe que a pressão sobe né” (sic). Y relatou saber também que a
quando viaja para outras cidades. Porém, essa aferição não é freqüente e sim
quando Y acha que sua pressão arterial está maior do que geralmente.
75
medicamentoso:
“Tomando remédio, tomo até por sinal aquela caixinha, depois que eu saio do
quarto, já todo dia de manhã eu tomo. A gente parou uma época, entende, mas aí
eu vi que tinha que tomar” (sic). Parou de tomar a medicação por conta própria (sem
indicação médica), pois, segundo ele, estava se sentindo bem. No entanto, voltou a
tomá-la porque foi ao PSF (programa de Saúde da Família) próximo à sua casa e
exercitar frequentemente: “Eu caminho, eu pedalo, eu não páro, todo dia, todo dia,
vou lá para meia praia, ando por aí tudo de bicicleta, não páro” (sic). Contudo,
cada uma destas medicações por dia, no período da manhã. Y relata que o
hipertensão?
Não.
Y tem uma rotina alimentar: “De manhã eu tomo café, lá uma vez ou outra
como um pedaço de pão, uma fruta, fruta quase sempre, eu gosto de fruta. No meio-
dia almoço normal e à noite a gente tem que tá se cuidando né, uma que a gente se
janta pouco, a gente dorme melhor também, às vezes a gente sai pra jantar fora e a
gente percebe que dorme mal, então a gente tá se cuidando nessa parte aí” (sic).
Relata também não controlar a ingestão de sal tão bem quanto sua esposa: “Ela
torresminho, porque ela não vê, mas quando ela chega em casa ela come também”
(sic). Diz gostar bastante de cerveja, mas que só bebe em casa e que esse hábito é
freqüente, mas não diário, sendo geralmente nos finais de semana, cita também que
que o faz juntamente com sua esposa. Disse que acha necessário cuidar da
Y disse caminhar e andar de bicicleta todos os dias, mas esta não é uma
prática sistemática.
10- Você sabe relatar se o aumento de sua pressão arterial sofre influência de
77
agentes externos?
arterial aumenta: “Eu percebo sim, principalmente uma noite passada, um negócio
aí, me incomodei o, pensei de dar um infarte em mim, assim minha esposa não tava
em casa, fiquei apavorado, mas depois eu tentei me acalmar, não tomei nada e foi
filho J. que é dependente químico, sendo que os conflitos com ele se refletem em
sua pressão arterial. Ao ser indagado se sentia diferença na pressão arterial com a
mudança de temperatura climática, disse que não, que é mais quando se incomoda.
II-DADOS CLÍNICOS
Não, mas teve sua glândula tireóide retirada devido a um tumor na mesma.
Y foi submetido, ele deve tomar durante toda sua vida um medicamento de
Y foi internado quatro vezes, uma para cirurgia de hérnia, uma para
tireoidectomia total, uma devido a uma infecção no intestino e outra devido a uma
cirurgia no joelho.
ainda não gostar de tomar remédios: “Detesto tomar remédio, só em último caso,
tem que tomar, mas se não... mas se tem que tomar, tem que tomar, claro” (sic).
1- Composição familiar:
Y é marido de X, que é quatro anos mais velha que ele. O casal tem quatro
filhos, sendo que os dois mais velhos, uma filha de 40 anos de idade e um filho de
considera como seus filhos. Os dois filhos mais jovens, um de 33 anos de idade e
outro de 20, são frutos do casamento de Y com sua esposa H., sendo que o filho
mais novo, G., é adotivo. Y tem também quatro netos, um genro e uma nora. Porém
2- Dinâmica familiar:
Y e sua esposa são casados há 35 anos, ambos são aposentados, mas ele
79
trabalha de vez em quando (de caseiro, cuida de jardim etc). Y gosta de acordar
cedo (cinco e meia, seis horas) e fazer o café e X dorme até um pouco mais tarde. X
faz aula de pintura uma vez por semana. Y não gosta de ficar “parado” (sic) e adora
ir num determinado ponto de encontro ver os amigos, porém disse não ser
freqüentador de bar. O casal tem um bom relacionamento com três, dos seus quatro
filhos, sendo que, o único filho com o qual têm um relacionamento conflituoso é J. de
e sua esposa se preocupam muito com esse filho, relatando que ficam estressados
por causa dele. O filho que mora com Y e sua esposa é o mais jovem e o
relacionamento com ele é visto pelo casal como sendo “muito bom” (sic), este tem
3- Eventos significativos:
um acidente. X teve uma filha com o antigo marido que também já é falecida, esta
conversar com os amigos. Y não vai junto com sua esposa quando esta viaja para
compromissos da igreja, para ficar cuidando da casa, citando que faz isso para que
1- Escolaridade?
2- Profissão
Bombeiro aposentado.
padaria, na qual ficou por seis anos, ingressando após este período em uma olaria.
ofício até o ano de 1997. Y fala com grande orgulho de sua profissão de Bombeiro,
Y relatou que atualmente gosta muito de estar aposentado, mas que no início
ficava se perguntando “como é que vai ser” (sic), no entanto, afirmou que quando foi
tratada com chás. Y diz ter sido um período difícil, mas que agora já está superado.
81
ANAMNESE
Nome: H. V. R. (X)
Idade: 61 anos
Sexo: Feminino
hospitais, quando viaja para outras cidades. Porém, essa aferição não é freqüente e
sim quando X acha que sua pressão arterial está maior do que geralmente.
do controle da alimentação, além de tentar não ficar estressada: “Tomo remédio, né,
cuido muito da alimentação, procuro não me estressar muito, evito comida salgada,
83
que foi o que o médico pediu, cuido do peso também. X não pratica exercícios
físicos, no entanto citou ter tido o hábito da caminhada há algum tempo atrás,
por duas internações hospitalares nos últimos três anos: “Tive uma crise de pressão,
faz uns três anos, na época do carnaval, tive bem alta, fiquei uma semana internada
só cuidando da pressão, aí tive que tomar inclusive aquelas injeções que eles dão
Hidrocloritiazida também: “Um por dia, pra coagulação do sangue né, acho que
hipertensão?
Não.
84
que sua alimentação é mais a base de frutas e verduras. Porém, relatou que quando
vai a festas ou restaurantes é mais difícil manter uma alimentação saudável. Outra
isto tem uma alimentação “mais balanceada” (sic), com maiores restrições, mesmo
bolachas, uma fruta e às vezes pão; um almoço no qual tem uma “alimentação
normal” (sic) sem muitas restrições; e a uma alimentação normalmente mais leve no
jantar.
10- Você sabe relatar se o aumento de sua pressão arterial sofre influência de
agentes externos?
alguma bebida alcoólica em determinada quantidade sente que sua pressão arterial
aumenta: “Eu sempre gostei de uma cervejinha, mas se eu né, tomar um pouquinho
a mais, ou tomar um aperitivo e depois uma cerveja” (sic). Citou também o sal e
situações de estresse como potentes agentes externos que influenciam sua pressão
sua pressão arterial costuma permanecer mais alta do que verão: “Minha pressão
II-DADOS CLÍNICOS
reumatismo.
reumatismo, com os remédios: Maxicalc D-400 UI, Calmapax. Sendo que segundo
dores nos ossos” (sic). Fisioterapia também foi indicada pelo médico, porém X não
X foi submetida a quatro cirurgias: uma delas devido a uma apendicite; uma
tive que tirar o útero, tive uma gravidez de alto risco” (sic).
pulmão, com o tratamento de pulmão, eu tive ah, mais de vinte, porque tinha crises
né, tinha crises de bronquite, uma bronquite que dava uma alergia de verão, uma
síndrome alérgica de verão, e aí eu tinha que ir pro hospital, pro oxigênio, aí depois
86
aí não tive mais internada, por esse motivo não” (sic). Esteve internada também
e, duas vezes devido à hipertensão arterial. Sendo que, as internações por causa da
1- Composição familiar:
X é esposa de Y, que é quatro anos mais novo que ela. O casal tem quatro
filhos, sendo que os dois mais velhos, uma filha de 40 anos de idade e um filho de
considera como seus filhos. Os dois filhos mais jovens, um de 33 anos de idade e
sendo que o filho mais novo, G., é adotivo. X tem também quatro netos, um genro e
2- Dinâmica familiar:
X e seu marido são casados há 35 anos, ambos são aposentados, mas ele
trabalha de vez em quando (de caseiro, cuida de jardim etc). Y gosta de acordar
cedo (cinco e meia, seis horas) e fazer o café e X dorme até um pouco mais tarde. X
87
faz aula de pintura uma vez por semana. Y não gosta de ficar “parado” (sic) e adora
ir num determinado ponto de encontro ver os amigos, porém disse não ser
freqüentador de bar. O casal tem um bom relacionamento com três, dos seus quatro
filhos, sendo que, o único filho com o qual têm um relacionamento conflituoso é J. de
e seu marido se preocupam muito com esse filho, relatando que ficam estressados
por causa dele. O filho que mora com X e seu marido é o mais jovem e o
relacionamento com ele é visto pelo casal como sendo “muito bom” (sic), este tem
3- Eventos significativos:
acidente. X teve uma filha com o antigo marido que também já é falecida, esta teve
Sim, X faz curso de pintura em telas, uma vez por semana, às terças-feiras.
Uma vez por mês, vai a reuniões da sociedade auxiliadora feminina, a reuniões
plenárias e ao jantar dos casais (todas estas atividades são vinculadas à igreja
1- Escolaridade?
2- Profissão
Professora aposentada.
exerceu por maior tempo o oficio de professora (por 23 anos), do qual diz ter
escolas, permanecendo na última por vinte anos. Sendo que, nos três primeiros
anos, enquanto professora, deu aulas de quinta a oitava série, trocando de escolas
porque não tinha uma vaga efetiva: “Depois que eu me efetivei fiquei vinte anos no
colégio” (sic).
aposentadoria: “Uma fase muito boa da minha vida, né, porque tendo um salário
razoável, que nós temos, graças a Deus, então a gente concilia o trabalho de casa
com essas atividades, também nós fizemos viagens, quando dá viagens maiores, se
89
também até Curitiba, que eu já conheço mais porque estudei lá né, e conhecemos
uma parte do Rio Grande, fomos até São Paulo, Rio de Janeiro e eu já cheguei até
relatou que até hoje não se acostumou completamente com o fato de seu marido
não exercer mais sua profissão. No entanto, X finalizou esta última observação
refletem no aumento de sua pressão arterial: “O problema com meu filho, né, que é
um caso a parte, né, a doença dele, a dependência química dele. Tem afetado um
pouco né, faz com que automaticamente a gente se estresse, se incomode, né, às
vezes vem uma dor de cabeça forte, às vezes deixa até de se alimentar, porque fica
Outro dado citado por X foi em relação a sua mãe já falecida, sendo que X
afirmou que a causa da morte foi uma depressão profunda, que deixou sua mãe
acamada por alguns anos, antes de morrer. O pai de X também já faleceu, devido a
um derrame.
90
9 APÊNDICE B
“Foi normal como os outros dias né, como sempre né. Acordo de manhã, ela [sua
esposa] fica na cama, dorme até umas nove, dez horas né, daí eu fico trabalhando,
tenho que levá café pra ela na... agora eu comprei um sininho ali né. Não, foi normal
né, como os outros dias” (sic). Foi indagado se o casal dorme no mesmo horário:
“Bom, foi o que a minha esposa falou né, por causa do guri [seu filho] né; e essa
semana eu fui pra Gaspar, no dia que ela fez a festinha ali, eu fui pra Gaspar na
casa do meu irmão, e houve um acidente muito feio na barra da Ilhota né, morreu
um cara de moto né, foi quarta-feira, mas aquilo ali também a gente já ta
acostumado né, com esse tipo de acidente né, mas o que chocou a gente foi isso aí”
(sic).
“Foi bem isso aí, isso aí me deixa bem estressante, me deixa bem, bem, vê ele no
bar, entende, não se dedicar à família, como ontem, dia das crianças né, não passou
o dia com as criança, passou o dia no bar, isso aí me deixa bem estressante, me
“A gente às vezes abusa um pouquinho né, mas bem pouquinho, mas porque a
gente saiu né, quando a gente come em casa então a gente controla um pouco
mais, ela controla, eu não né, ela me controla” (sic). Foi indagado se ingeriram
bebida alcoólica: “Sim, tomamos, nós tomamos no... na pizzaria nós tomamos duas
né, duas garrafas e ontem duas latinhas [de cerveja], no caso uma pra cada um né e
“Essa semana foi mais parado por causa desse tempo aí né, por causa no tempo
ruim, mas, mas, eu já acordei cedo hoje, já fui lá na outra casa lá, plantei umas
folhagens lá, já plantei aqui em casa, entende, mas eu gosto de... não to parado, me
acordo seis e meia, saio do quarto deixo ela dormir, ela gosta de dormir, já trabalhou
bastante, então, mas eu gosto de... não há meio de eu ficar na cama, pode ter
chuva, vento, sol, seja o que for eu na cama não fico, tenho esse hábito já do próprio
“Não” (sic).
92
“Eu durmo cedo e acordo cedo, normal” (sic). Foi indagado por volta de que horas
seria este “cedo”, ao que Y respondeu: “Nove horas nove e meia [vai dormir], cinco e
meia [acorda]” (sic). “Mas eu acordo cedo, eu gosto de acordar cedo, eu quando...
vejo as folhagens aqui, faço café, isso todo dia, não há meio de ficar na cama, à
“Não” (sic).
“Bastante, é ontem eu ainda comi salgado né, comi arroz, batata e frango, mas a
partir de hoje eu já não vou comer mais” (sic). A esposa de Y relatou que ele comeu
“Ah, eu gosto de caminhar, pedalar, mas essa semana andei menos né, ontem eu
fui dá uma pedalada me senti bem fraco vim embora né, se sente fraco porque a
(16/10). Porém ele não ingeriu a dose diária recomendada pelo médico, porque se
sentiu mal ao tomar os medicamentos pela manhã, ficando frio e tremendo, relaciona
isto ao fato de estar se sentindo fraco devido ao mal estar intestinal e também acha
que sua pressão arterial deve ter baixado excessivamente. Então diminuiu a dose
por conta própria. O médico receitou: um comprimido por dia de Propranolol 40 mg,
Propranolol (um pela manhã e outro à noite) e tomou três de Captopril (dois de
manhã e um à noite).
“Bom, apesar do problema meu que tem acontecido né, agora já tô começando a
voltou ao normal” (sic). Relatou ter ido dormir à noite e acordado pela manhã no
horário de sempre.
“Não” (sic).
“Não” (sic).
“Foi, teve uma alteração boa que agora a gente tá voltando ao normal” (sic).
Relatou ter ingerido menos gordura e sal, porém no dia anterior à entrevista (quarta-
tomando o dia todo ainda, porque eu tô tomando muitos remédio né, tô tomando
coração pra fazer né, um eletro e então eu vou começar a tomar normal” (sic). Y
infantil) normalmente.
“Não” (sic).
96
“Foi normal né, tô tomando os remédios, aumentei a dose, mas... não, normal,
normal não foi, não andei mais caminhando, não pedalei, porque não deu, eu
caminhei mas pouco assim sabe” (sic). Foi indagado sobre o horário de dormir e
“Não” (sic).
“Sempre tem né, teve” (sic). Y se estressou devido ao comportamento de seu filho
J.
“Não” (sic). Foi indagado se está continuando com a dieta de quando estava com
uma virose: “É, fiz aquela dieta né, mas agora já tá normal” (sic).
“Fiz o serviço da casa né, tenho feito o serviço da casa, quarta fiz uma faxina né,
uma faxina boa; assisti bastante televisão, que é o que eu gosto; fui passear no
Balneário de Camboriú, caminhamos lá por dentro de uma loja né, uma loja de
igreja, teve uma palestra sobre presente né, como dá presente, como recebê; depois
teve um lanche, que era aniversário também de uma senhora do nosso grupo.
Saímos nós dois, fomos na pizzaria, jantamos, também isso na terça-feira à noite.
Visitei a minha neta, levei uns presentinhos né” (sic). Foi indagado sobre o horário
de dormir, se tem dormido tarde: “Não, normalmente depois das dez, depois das
dez, dez, dez e meia, eu assisto a novela né, a mais um programinha, depois eu
“Foi a certeza de que meu filho voltou pras drogas, né, já que ele é um
dependente e também a notícia de uma amiga nossa, que já teve câncer e agora vai
ter que fazer uns exames novamente. Mas em compensação também tive uma
notícia boa, que a minha sobrinha tava bem doente, com uma grave infecção nos
rins e ela ta se restabelecendo né, também foi uma coisa que marcou bastante; e
também tive, domingo à noite tivemos um culto muito abençoado né, onde foi feito
orações, né foi lido o nome do meu filho, foi feito orações especiais pra ele né, toda
a comunidade da igreja; e a minha nora também fez uma festinha né, uma festa na
99
favela pras crianças pobres né, algumas ruas do bairro, algumas vizinhas ajudaram
né, não teve muito sucesso porque ainda tem aquele pobre orgulhoso, que não vai
buscá o que ganha, mas deu tudo certo, eu não fui mas ajudei né, a gente ajudou
com alguma coisa, mas ontem ela conversou, disse que deu tudo certinho né; foi
“É, com relação a meu filho né, só isso, com relação a meu filho né e... não, de
stress é só meu filho, no mais tudo certinho, porque tem sido uma semana mais né,
apesar desse problema dele, mas como a gente convive com esse problema, a
“Houve, é essa semana eu comi mais, eu comi duas vezes em restaurante, depois
jantei uma noite num restaurante e ontem comi muito doce lá na festa né, eu notei,
até hoje eu falei pra ele né [para o marido] eu disse: eu já engordei um pouquinho”
(sic). Foi indagado qual foi a festa: “Aniversário lá da menina, depois da reunião né,
teve um aniversário, com aquele grupo de senhoras, e é uma festa porque elas
fazem um banquete né, tinha melancia, salada de frutas, salgados, doces, tudo que
era bom, uma torta de morango muito grande, mesmo no meu caso que eu não
Não pratica.
100
“Acordei no horário né, entre oito e oito e meia e a comida normal também, fui
duas vezes na pintura e fiz o serviço caseiro né que é o meu hábito né, de manhã eu
arrumo a casa, faço almoço, de tarde sempre descanso um pouco, a tarde né, com
exceção de terça e quarta que eu fui na pintura, no mais foi tudo normal” (sic). Ao
ser indagada em que horário costumava dormir a noite respondeu: “Entre nove e
meia dez horas”. Classificou seu sono como “regular” (sic): “Essa semana eu me
acordei umas duas vezes assim, na noite, um dia eu me acordei quatro e meia, outro
dia me acordei... mais ou menos nesse horário, depois consegui voltar a dormir”
(sic).
“O problema de saúde dele né [de seu marido], essa infecção intestinal né, a
pressão dele também né ficou muito baixa, devido à dieta que ele fez né e
automaticamente ele faz dieta eu faço junto né pra não ter que cozinhar né, ontem
eu fiz peito de frango com batatinha, foi o que ele comeu e arroz... arroz branco né,
eu faço a dieta junto com ele assim né” (sic). Y irá ao médico esta manhã: “Ele não
tá bem, pode ser uma infecção né, uma virose mesmo e aí tem que tomar um
antibiótico né, quer dizer eu não vou comprar um antibiótico né, comprei só um
102
Enterofigon né, que é um... aqueles flaconetezinhos pro fígado, que ajuda né, mas
Não pratica.
“Não” (sic).
“Meio agitado porque né, os preparativos pra viagem, domingo também fui ao
aniversário do irmão dele, e aí sempre a gente come um pouquinho a mais né, tomei
duas cervejas, aí segunda-feira à tarde fui cozinhar na igreja, terça à tarde eu fui
cozinhar na igreja, não, terça não... é terça foi à tarde também, ontem eu fui fazer
compras em Itajaí e ontem eu comecei a tomar o Aradois novamente né, não tomei o
[70 mg], eu tomava e parei né, agora recomecei, é um por semana, é pra
cedo, cinco horas, limpei casa, lavei roupa, fiz pão, assei carne, fui fazer a unha”
(sic).
gente preparou na igreja, alguma coisa a gente vai levar pronta” (sic).
mais carne, semana passada eu fiz uma razoável, essa semana almocei, ontem eu
almocei fora e comi salgadinhos também, durante a semana, assim a mais” (sic).
104
Não pratica.
“É mudei, continuei, agora voltei” (sic). Relatou que ficou quase três semanas sem
ontem eu comecei a tomar o Aradois, aí eu não vou tomar mais o Captopril” (sic).
também já tinha receitado pra mim, mas fazia tempo, e o Aradois e vou começar a
tomar hoje também o Maxical C 400, que é um após o almoço, um por dia, sempre
“É, domingo e segunda né, foi alterado porque eu estava viajando, fui a Mato
Grosso, então a alimentação também né, uma alimentação leve, bem leve por sinal
e lá foi mais descanso né, foi uma viagem de trabalho, mas um trabalho leve, um
trabalho religioso, e, aqui tudo normal, em casa eu cheguei segunda e foi tudo
normal” (sic). Foi indagado sobre o horário de dormir e acordar: “Sim, mais ou
“Quarta-feira foi o aniversário da minha cunhada, né foi quarta agora né, foi uma
reunião de família, aí a alimentação lá foi como eu falei mais solta, tomei cerveja,
“Foi uma discussão com meu filho né, que alterou bastante a pressão, foi a vinte, a
“Não, em casa normal né, com exceção desses dias que eu saí né. Ontem a gente
sal também né” (sic). Foi indagado se ela ou o marido ingeriram bebida alcoólica
Não pratica.
“Não” (sic). Foi indagado se continuava a tomar os remédios que estava tomando
na última semana: “É, eu comecei a tomar desde a outra semana, já... tomava só...