A mitomania O ASTRAL E AS PROJEÇÕES MENTAIS ÚLTIMO TESTEMUNHO DE SAMAUEL AUN WEOR
ASSOCIAÇÃO GNÓSTICA DE ESTUDOS
ANTROPOLÓGICOS E CIÊNCIAS
PREFÁCIO
Este pequeno folheto pode chegar a auxiliar o estudante gnóstico
em muitos aspectos de seu trabalho interno, e muito em especial nos que se relacionam com o mundo da mente.
O V.M. Samuel, em seu afã de ajudar o discipulado a que veja
claramente o porque de muitas situações que se apresentam no caminho de seu próprio desenvolvimento, expões suas reflexões e experiências nesta pequena conferência e facilita ao estudante o entender as causas ou razões que nos mantêm no erro.
Este fator da Revolução da Consciência, que se refere a
dissolução do ego, ou negação de nós mesmos, é o mais difícil de trabalhar. São muitas as ocasiões em que nos encontramos inaptos para uma verdadeira eficiência em nosso particular trabalho. É então quando intervém oportuno auxilio do V.M. Samuel, abrindo-nos o caminho com conferências como a presente.
Aqui nos diz que a alteração das representações da mente é um
obstáculo para nosso avanço esotérico, e é isso precisamente o que devemos anelar para experimentar um dia a satisfação de haver vivido por uma justa razão: o conhecimento de nosso Universo interno. ISIS GOMEZ DE MALDONADO PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
Samuel Aun Weor, figura marcante do cenário cultural do
mundo moderno e precursor da Psicologia Revolucionária, esclarece nesta conferência assuntos importantes relacionados com o “trabalho interior”, a transformação do homem por si mesmo.
Acostumado ao conhecimento direto dos fenômenos da natureza
e do homem, através das faculdades superiores do Ser, faz um relato de suas experiências no processo do despertar radical da consciência, que nos permite o acesso à Ciência Objetiva Universal.
O homem moderno, no labirinto de tantas idéias e teorias, raras
vezes se lembra de procurar o verdadeiro conhecimento dentro de si mesmo.
Oferecemos esta pequena obra a todos os buscadores da luz
interior, aos rebeldes inteligentes, que, libertando-se da tirania do intelecto, lançam-se como intrépidos argonautas através do universo interno, para encontrar o Velo de Ouro interior, o inesgotável tesouro que surge das profundezas do Ser.
Virgilio Campos Novais
AS PROJEÇÕES DA MENTE
Já temos estudado distintos aspectos relacionados com a
mente. Hoje devemos seguir aprofundando no terreno prático desses interessantes estudos. Por si só, a eliminação dos agregados psíquicos resulta bastante difícil, não obstante, não é tudo. Há algo mais que necessitamos elucidar. Quero referir-me em forma enfática ás representações da mente. Para o mundo dos sentidos existem as representações físicas, que são os objetos que nos rodeiam, as criaturas viventes, etc. Mas também existem as representações da mente. Na mente há muitas representações que devemos ter em conta. Suponhamos que temos na mente a representação de um amigo a quem estimamos, alguém, não importa quem. Se nos falam contra esse amigo, se levantam contra ele toda classe de murmurações, calúnias, e se nós vamos dar ouvidos a toda essa fofoca, a imagem que temos de nosso amigo, a representação, fica de fato alterada. Já não vemos nele aquele sujeito amável que víamos, agradável, cheio de harmonia, etc, mas essa imagem assume em nosso entendimento a figura que outros lhe deram. Possivelmente a do ladrão, a do falso amigo. Já de modo algum sonharemos com harmonia. . . Veremos que ele nos ataca, veremos que o atacamos, sonhamos que o matamos, sonhamos que ele empunha uma arma contra nós, etc. Conclusão: fica completamente alterada a imagem do amigo. Uma representação que foi alterada. Pode dar-se ao caso de que aqueles que falaram contra o nosso amigo, o julgaram de maneira equívoca, o caluniaram consciente ou inconscientemente, etc. Mas a representação, da mente fica alterada, e isso é gravíssimo, porque essa representação se converte de fato em um demônio que vem obstruir nosso avanço esotérico, em um demônio que nos barra o caminho, em um demônio que é óbice para nosso desenvolvimento interior profundo. Eis aí o erro grave; dar ouvidos a fofoca, a calúnia, a murmuração, ao disse que disse, etc. Obviamente, dentro de nossa mente existem milhares de representações eu podem ser alteradas se tomamos parte em conversas negativas, se damos ouvidos a calúnia, se escutamos o disse que disse, etc. Por todas essas coisas não convém dar ouvidos às palavras negativas das pessoas. Isso é grave no fundo psicológico. De maneira que não apenas os agregados psicológicos constituem um fardo que em nosso interior carregamos. Não devemos jamais esquecer essa questão das representações do entendimento. Caminhantes da senda, por darem ouvidos a conversas negativas, por estarem em rodas onde só se escutam frases negativas, costumam deformar, não uma, mas muitas representações do entendimento, e essas no mundo da mente se constituem em verdadeiros demônios que formam um obstáculo ou uma série de obstáculos infranqueáveis para o despertar da Consciência. Assim podemos explicar o caso de muitos irmãos e irmãs gnósticas que nas noites costumam ter inúmeros sonhos do tipo negativo. As vezes sonham que matam ou que são mortos, que são perseguidos ou que perseguem, etc. O mais grave é carregar esses inimigos dentro de si mesmos, na própria mente. Obviamente, o mais indicado quando se tem representações de tipo negativo, é apelar ao poder serpentino anular que se desenvolve no corpo de asceta gnóstico. Há que invocar a Devi Kundalini Shakti para que elimine tais representações de tipoi negativo. No fundo, em meu modo de ver a entender as coisas; não deveríamos ter representações negativas ou positivas na mente. A mente deveria ficar quieta e serena, a disposição do Ser. Para isso seria necessário que a personalidade humana se tornasse passiva. Uma personalidade passiva é uma personalidade receptiva, recebe as mensagens que vem das partes mais elevadas do ser. Indubitavelmente, tais mensagens passam através dos centros superiores do Ser antes de entrarem na mente. Eis aí a vantagem de ter uma personalidade passiva. Mas não seria tampouco possível ter uma personalidade passiva quando esta se encontra controlada por elementos muito pesados, por agregados muito difíceis, relacionados com o mundo das 96 leis, isto é, com a região do Tartarus. A personalidade das pessoas é ativa porque está controlada por agregados do ódio, do orgulho, da inveja, dos abomináveis ciúmes, da espantosa luxuria, do egoísmo que tudo quer para si e nada para os outros, do querer sentir-se melhor que os outros, presunção sem fundamento, porque em verdade não som,os mais que míseros vermes do lodo da terra. Se conseguimos eliminar de nossa psique esses elementos psicológicos tão pesados, a personalidade humana se torna passiva. A mente se torna receptiva para as mensagens que descem da parte mais elevada do Ser através dos centros superiores de nossa psique. Agora vocês vão compreendendo, meus queridos irmãos, a necessidade de eliminar esses elementos que citei, que em si são pesados. Com Devi Kundalini Shakti, que é a serpente ígnea de nossos mágicos poderes, podemos de fato eliminar esses elementos tão pesados. Seria um triunfo, porque assim receberíamos diretamente as mensagens que vem da parte mais elevada do Ser. Para tudo isso, digo-lhes que é necessário trabalhar sobre si mesmos. Uma mente quieta, limpa, “unitotal”, receptiva, uma mente que não protesta, mas que recebe em vez de protestar, obviamente não teria o mau gosto de aceitar representações positivas ou negativas nos distintos fundos do entendimento. Somente assim olharia as mensagens que vem da parte mais alta de nosso Ser. Enquanto nós continuemos mal usando o verbo e as distintas representações do entendimento, é óbvio que a mente jamais estará passiva. Seria uma mente em pró e contra, uma mente em pró e contra em realidade está condicionada pelo tempo e pela dor. Analisando a fundo tudo isso veremos que não apenas devemos eliminar os agregados psíquicos indesejáveis, mas também temos um problema muito difícil com a questão das representações da mente. O problema difícil para a eliminação é que carregamos tantas representações dentro de nós, além dos agregados psíquicos inumanos. Se estudamos cuidadosamente a vida dos sonhos, encontramos nela muitas coisas incoerentes, imprecisas, vagas. Tantos aspectos subjetivos, tantas coisas absurdas, pessoas, fatos, e também realidades que se tornam incoerentes. Por tal motivo os sonhos devem nos convidar à reflexão. Queremos ver em nós clareza conceitual, idéias lúcidas, iluminação radical sem incoerentes, sem aspectos vagos, sem subjetivismos de espécies alguma. Mas desgraçadamente, as representações que em nosso interior carregamos, e os diversos agregados, condicionam de tal forma a consciência que realmente a mantém dentro da bitola nada agradável da subconsciência e até da infraconsciência e inconsciência. Convido-os a reflexão. Convido-os a compreender essas coisas tão indispensáveis para nossas vidas. No mundo oriental se fala muito em síntese. Por exemplo, o Budismo Zen-Chang nos diz que há que chegar à quietude e o silêncio da mente com o propósito de lograr um dia a irrupção do vazio iluminador. Nos é dito que no Satori há verdadeira felicidade. Procura-se, nas salas de meditação, conseguir a quietude da mente, por dentro, por fora, e no centro. Nos é dito que a mente deve ficar como um muro, absolutamente quieta. Me dou conta que nas salas de meditação no Japão é possível conseguir o Satori. Mas este dura tão só alguns minutos, opu no melhor dos casos uma ou mais horas, depois do que a mente volta a estar tão agitada como sempre. A pessoa sai daquele estado de felicidade, para apresentar-se no mundo, ditosa, embriagada pelo Samadahi. Claro, intervém o Guru, dando-lhe algumas bofetadas para tirá-la desse estado e conseguir que se equilibre, pois do contrário cairia na doença do Satori. Ao retornar a vida prática a pessoa volta a estar novamente neste incessante batalhar das antíteses, esta luta tão horrível dos opostos, características próprias do dualismo da mente. Não há paz em uma mente assim. Em uma mente que não seja íntegra, “unitotal”, não pode haver paz. Em uma mente que não seja estritamente receptiva e não projetiva, não pode haver paz, nem iluminação continua. Nós queremos algo mais, algo mais do que se pode conseguir em uma sala de meditação Zen ou Chang. Queremos um despertar também da mente, do centro mental. Queremos uma mente receptiva para os intuitos que vem lá de cima, do céu de Yrânia. Uma mente iluminada. Isto não seria possível se permitíssemos a nossos agregados psíquicos continuarem existindo em nossa psique. Isto não seria possível se nós déssemos ouvidos a fofoca, para alterar as representações que carregamos em nosso entendimento. Não seria possível se continuássemos dando hospitalidade às representações negativas ou positivas. A Blavatsky tem uma frase em sua “Voz do Silêncio” que é muito eloqüente: “Antes que a chama de ouro possa arder com luz serena, a lâmpada deve estar cuidada, abrigada de todo vento. Os pensamentos terrenos devem cair mortos às portas do Templo”. Essa frase é maravilhosa. Só assim seria possível que em verdade a mente ficasse quieta e em silêncio, por dentro, por fora e no centro. Não por um momento, em dentro de uma sala de meditação, mas em forma continua. Um mestre do Samadhi é alguém que logra uma consciência continua, alguém que logrou a quietude e o silencio da sua mente, em forma sempre perene. À medida em que alguém vai estudando estas dobras da mente, vai compreendendo também a quietude e o silencio total do entendimento. Estes não são possíveis enquanto a mente estiver ocupada pelos agregados psíquicos e pelas representações. Poderiam objetar-me dizendo que existem representações louváveis, chaves magníficas, mas isto não é o Ser. O importante é o Ser. Não vejo porque tenhamos que carregar dentro de nossa mente intrusos. Compreendi que na mente só deve estar o Ser. Que a mente deve converter-se em um templo onde oficie o Ser e nada mais que o Ser. Enquanto esse templo estiver cheio de elementos estranhos, representações, agregados, tem que existir sono profundo na consciência. Ao homem se conhece por seus sonhos, disse Platão. Realmente, a vida dos sonhos resulta importante. Os sonhos de cada um dizem o que cada um é. Ditoso o dia em que nós deixemos de sonhar, em que todas essas baratas que carregamos no cérebro se tornem pó, em que todas essas incoerências absurdas não excitam. Quando um homem deixa de sonhar, já triunfou. Mas existam os sonhos na mente, enquanto a pessoa se vá ao espaço psicológico a projetar sonhos, imprecisos e absurdos, isso nos indica que vai muito mal. Isso nos indica que temos uma mente cheia de muito lixo, de muita besteira. O verdadeiro iluminado não tem sonhos. Os sonhos são para os adormecidos. O verdadeiro iluminado, vive nos mundos superiores, fora do corpo físico, em estado de intensificada vigília, sem sonhar jamais. O verdadeiro iluminado, depois da morte do corpo físico, está desperto no espaço psicológico. Devemos pois refletir sobre a necessidade de chegar à quietude e ao silêncio da mente. O que podemos dizer sobre os três alimentos? Temos o primeiro, que é o alimento físico, o segundo, que é a respiração; mas há um terceiro alimento que é o das impressões. Ninguém pode viver sem impressões um minuto sequer. Ao estarem vocês aqui escutando-me, à mente de todos vocês chega uma série de impressões. Vocês vêm uma figura humana, vestida com uma túnica sagrada da Ordem dos Cavaleiros do Santo Grial, por exemplo. Isto chega a vocês através de impressões. Tudo isso são impressões para vocês. Desgraçadamente, o ser humano sabe selecionar suas impressões. Abre a porta a todas, sejam positivas ou negativas. O que vocês diriam, por exemplo se abríssemos a porta a uns ladrões, para que entrassem, e o guardião os acompanhasse a esse recinto. Pareceria-lhes correto que o guardião abrisse a porta um bando de ladrões? Obviamente, o guardião cometeria um absurdo, e vocês o admoestariam. No entanto, não fazemos o mesmo com as impressões? Sim, exatamente, pois abrimos a porta a todas as impressões negativas do mundo. Estas penetram em nossa psique e fazem destroços lá dentro. Transformam-se em agregados psíquicos e desenvolvem em nós o centro emocional negativo. A conclusão é que nos enchem de lodo. E apesar de tudo, abrimos-lhes as portas. Será isto correto? Ser´correto que, por exemplo, uma pessoa que esteja cheia de impressões negativas, que emanam de seu centro emocional negativo, seja acolhida por nós, que abramos as portas a todas as emoções negativas desta pessoa? É que não sabemos selecionar as impressões. Isto é o grave. Devemos aprender a abrir a fechar as portas de nossa psique às impressões. Abrir as portas às impressões nobres e limpas, fecha-la às impressões negativas e absurdas. As impressões negativas causam dano. Desenvolvem em nós o centro emocional negativo e nos prejudicam. Não devemos abrir nossas portas a este tipo de emoções. Vejam vocês o que faz uma pessoa estando em grupos ou multidões. Eu lhes asseguro que nenhum de vocês se atreveria a sair na rua jogando pedras em alguém. No entanto, em grupo talvez sim. Alguém pode infiltrar-se em uma grande manifestação pública, e estando excitado pelo entusiasmo, resulta jogando pedras com a multidão, ainda que depois pergunte a si mesmo porque o fez. Em grupo o ser humano se comporta de maneira diferente. Faz coisas que nunca faria só. A que se deve isso? Isso é devido às impressões negativas às quais ele abre as portas, e resulta fazendo o que nunca faria só. Quando alguém abre as portas às impressões negativas, não apenas altera a ordem do centro emocional, que está no coração, mas também o toma negativo. Alguém abre suas portas, por exemplo, a emoção negativa de uma pessoa que vem cheia de ira porque outra a prejudicou, então termina um aliado dessa pessoa contra aquela que a prejudicou, sem sequer ter parte no assunto. Suponhamos que alguém abre as portas às impressões negativas de um bêbado, acaba aceitando um copo, logo dois, três, dez. A conclusão é que fica bêbado também. Suponhamos que alguém abra as portas às impressões negativas de uma pessoa do sexo oposto, muito provavelmente acaba também fornicando e fazendo toda classe de delitos. Se abrirmos as portas às impressões negativas de um viciado em drogas, resultaremos quiçá fumando maconha. Como conclusão virá o fracasso. Assim, os seres humanos contagiam-se uns aos outros dentro de ambientes negativos. Os bêbados contagiam aos bêbados. Os ladrões tornam outras pessoas ladrões, os homicidas contagiam a mais alguém, os viciados em drogas contagiam a outras pessoas e se multiplicam os viciados, os ladrões, se multiplicam os usuários, os homicidas, etc. Porque? Porque cometemos o erro de abrir sempre as portas às impressões negativas e isto nunca está correto. Selecionaremos as impressões. Se alguém nos traz impressões positivas de luz, de beleza, de harmonia, de alegria, de amor, de perfeição, abramos-lhe as portas de nosso coração. Mas se alguém nos traz emoções negativas, de ódio, de violência, de ciúmes, de droga, de álcool, de fornicação e de adultério, porque temos de abrir-lhe as portas de nosso coração? Fechemo-las, fechemos as portas às impressões negativas. Quando alguém reflete sobre tudo isso pode perfeitamente modificar-se, fazer de sua vida algo melhor. Porque alteramos as representações? Tomemos por exemplo a representação de um grande amigo que sempre nos serviu, bondoso, caridoso, maravilhoso. Logo, alguém cheio de impressões negativas, vem falar contra nosso amigo, e abrimos as portas a essas impressões negativas, ao que estão murmurando, ao que estão dizendo de nosso amigo. Que é um ladrão, um bandido, um assaltante de bancos, Emil coisas mais. Mas a representação que temos na mente, com essas impressões negativas, se altera. Dentro de nossa mente tal representação alterada se converte em um verdadeiro demônio que obstrui o trabalho sobre nós mesmos. Por tudo isso e muitas outras coisas verão vocês que isto de limpar o templo da mente é bastante difícil, mas não impossível. Necessitamos ter uma mente clara e um templo limpo, sem sujeiras, sem abominações de espécie alguma. Mas há que saber viver, é necessário saber viver. Na vida prática, desgraçadamente, as pessoas não sabem viver. Todos jogam nos outros a culpa de suas amarguras, seus sofrimentos, etc. E o único que verdadeiramente tem a culpa é a própria pessoa. Vejamos o caso de alguém que nos rouba uma quantidade de dinheiro. Suponhamos que um de vocês tem guardada certa quantidade de dinheiro em um móvel qualquer de sua casa, e alguém da família lhes rouba tal dinheiro. Claro que vocês sofreriam horrivelmente, o fato lhes causaria muita dor, chocariam, iriam a Policia, iniciariam uma demanda, ainda que fosse um familiar, ou talvez não procederiam assim por tratar-se de um familiar, mas por dentro carregariam o sofrimento. Mas porque sofrem e sofrem? Por um dinheiro roubado. Por isso sofrem. Se a pessoa não tivesse o eu do apego ao dinheiro, perderia esse dinheiro e ficaria rindo-se. Não sofreria. Suponhamos que um homem encontra sua mulher com outro homem. É um caso grave, sobretudo se a encontra em pleno adultério. Não há dúvida de que, confundido pela dor, possa sacar a pistola e baleá-la. Mas porque faz isso? Se justificaria ante as autoridades dizendo que a encontrou no próprio fato do adultério, e claro que diria ter razão. Isto é uma loucura. Completa loucura, porque se esse homem não tivesse o eu dos ciúmes, se esse homem não tivesse o eu dos apegos não haveria quem sofresse, simplesmente dá as costas e se retira. Pensaria no que é o seu mundo, e que cada um é cada um. Se sentiria livre disso, já que ela o substituiu, o retirou; e ao não ter ciúmes não há dor. Suponhamos que alguém nos insulta, fere nosso amor próprio. Nós sofremos horrivelmente, e respondemos o insulto com o insulto, mas se não há ninguém que se fira dentro de nós, quem responde? Suponhamos que o insulto leva palavras que venham ferir-nos o amor próprio, mas se o eu do amor próprio não existe, quem sofre? Suponhamos que as palavras tinham por objeto caluniar-nos e dizer que somos uns ladrões; se não se tem o eu do amor próprio, que tanto se fere, quem sofreria? Muitas vezes alguém sofre porque vê um amigo que tem uma linda casa e uma bela esposa, enquanto ele está sem um tostão no bolso. Isso na verdade se chama inveja, mas se não se tem o eu da inveja, porque sofreria? Ao contrário, se alegraria de ver bem a seu amigo. De maneira que os outros não podem causar-nos dor. A dor nós a causamos a nós mesmos. Esta é a crua realidade dos fatos. Desintegremos a dor. A beleza se transforma nisso que chamamos amor e felicidade. Então, ao chegar a essas alturas, mente está quieta. Já não e uma mente que projeta, já não é uma mente que se ofende, nem reage por nada, mas que recebe as mensagens que vêm das partes superiores do Ser. É uma mente cheia de plenitude. Mas repito, não apenas os agregados psíquicos devem ser eliminados. Esclarece que também devem ser eliminadas as representações da mente, tanto as positivas como as negativas. Necessitamos do templo da mente todo o lixo. Necessitamos que lâmpada arda dentro do templo da mente. Necessitamos que a chama de ouro possa arder com a luz perene dentro do âmbito do templo. Quando a mente está quieta, quando a mente está em silêncio, advém o novo. Dizer que esta senda é muito formosa, é fácil, mas que fazemos com as preocupações, que fazemos com os sofrimentos que nos causam os outros? Será impossível chegar a ter uma mente quieta e em silêncio quando vivemos em um mundo cheio de problemas e dificuldades? É possível, porque desintegrando os agregados inumanos que em nosso interior carregamos, os problemas e as dificuldades terminam. Assim sendo, o que necessitamos agora mesmo é deixar a preguiça mental e trabalhar muito duro sobre nós mesmos. Não obstante, me dou conta de que todos os irmãos não lograram apreender ou capturar plenamente o significado do que foi exposto. Em nome da verdade, dizemos que o mundo da mente é o depósito de todas as formas mentais, passadas, presentes e futuras. O mundo da mente natural e universal deve ser estudado a fundo, muito profundamente, se é que queremos entender algo sobre o ego e as representações. Já dissemos em forma enfática que os agregados psíquicos, todos em conjunto, constituem isso que se chama ego. Cada agregado psíquico é a vivíssima personificação de algum defeito de tipo psicológico. Dissemos também que dentro de cada agregado existe certa porcentagem de consciência íntima. Já esclarecemos que desintegrando esses agregados liberamos a consciência, já demos as técnicas a seguir, etc. Agora agregamos algo distinto, refiro-me em forma clara e precisa ao que são as representações da mente. Estudemos entre os agregados psíquicos e as representações. Dentro do terreno meramente prático da vida, uma pessoa é uma pessoa, um objeto dos sentidos, e a representação mental ou a imagem mental que tenhamos sobre a pessoa, é outra coisa. É algo similar a diferença que existe entre uma pessoa e sua fotografia. A pessoa é a pessoa a sua foto é sua foto. Sua foto é sua representação, o que a representa. Há fotos mentais também; uma coisa é realmente a pessoa e outra coisa é uma foto mental que tenhamos sobre a pessoa. A foto mental vem a ser a representação da pessoa, assim também os agregados psíquicos representam o que constitui o ego. Mas as representações são diferentes. Assim como existem objetos dos sentidos, também existem as representações mentais. Nos mundos esotéricos, nos mundos internos, no mundo da mente, a fraternidade Universal Branca as denomina efígies, e elas existem aos milhares. Citarei um caso concreto de formação de efígies ou representações. Faz muitos anos, tinha o mau costume de assistir aos cinemas. Um dia qualquer assisti um filme com um sabor mais bem luxurioso, aparecia um casal nesse tipo de cenas, etc. pois bem, vi aquele filme e depois o esqueci. Não pensei mais no tal filme. Mas no mundo da mente a coisa muda. Nesta região me encontrei em corpo mental dentro de um elegante são. Estava sentado junto a uma mesa, e havia ali também uma mulher muito elegante. Era a mesma que havia visto no filme, suas mesmas feições, seu mesmo modo de caminhar, de falar, etc. Obviamente, encontrava-me frente a uma representação da mente. Uma representação daquela figura da tela que havia ficado depositada em meu corpo mental. Houve um certo namorisco com aquela mulher mental, que não era mais que uma representação. Obviamente, havias um erro gravíssimo, eu havia criado essa representação, essa efígie. Logo, vi-me obrigado a descer ao mundo astral. Encontrei-me em um grande templo, frente a um grande mestre e um grupo de mestres. Ainda recordo-me de tudo isso, embora tenha sucedido a muitos anos. Aquele adepto enviou-me uma nota escrita com seu punho e letra. Eu a li, e dizia: - Retire-se imediatamente do templo, mas com INRI, isto é, conservando o fogo sagrado, posto que não havia tido propriamente fornicação. Estava bastante compungido de coração e compreendi meu erro. Dirigi-me à porta do templo, mas antes de sair, resolvi ajoelhar-me em um genuflexório que havia ali. Pedia perdão. Logo, avança novamente o que havia trazido a nota, era nada menos que o próprio guardião do templo, e me disse: - Senhor, foi-lhe ordenando que se retirasse, obedeça. Bom – respondi – é que desejo conversar com o Venerável. Agora não pode – replicou o guardião – Isso pode ser mais tarde. Neste momento está ocupado em examinar umas efígies. Não me restou mais remédio que retirar-me do templo, e lentamente voltei a meu corpo físico, compungido de coração. Quando entrei no veículo denso, concentrei-me no Cristo, pedindo perdão. Reconheci o erro de haver ido aquele filme, compreendi que havia fabricado com a mente uma efígie, e roguei ao misericordioso que me repetisse a prova. Fui escutado, porque houve uma verdadeira compulsão de coração. Na noite seguinte, em corpo mental, fui levado ao mesmo lugar. A mesma mesa, as mesmas cadeiras e a mesma mulher, que não mais que uma representação de tipo mental. Queria começar os namoriscos da noite anterior, mas recordei os meus propósitos de emendar-me e desembainhei de uma vez a espada flamígera a reduziram a cinzas. Concluído este trabalho, desci novamente ao mundo astral e penetrei dentro do meu corpo astral. Já de posse desse veículo, encontrei-me dentro de um lugar do templo, o mesmo da noite anterior. Fui então recebido com alegria e festa, fui felicitado. Posteriormente, meu Buda interior instruiu-me profundamente. Levou-me em corpo mental às salas de cinema para mostrar-me o que são tais salas. Descobri que estavam todas cheias de larvas, de representações criadas pelos próprios espectadores, formas mentais nesses antros de magia negra. O Buda interior instruiu- me sobre todos os perigos que implicava a ida aos cinemas. Disse-me que em vez de ir ao cinema devia repassar vidas anteriores, e até me fez repassar algumas. Depois pegou uma espada e partiu-a, dizendo-me: - Vejo o quer pode acontecer. Perderás tua espada se continuares assistindo a esses antros de magia negra. – Não, senhor não voltarei a esses antros, respondi, e jamais voltei. De maneira que uma coisa é os agregados psíquicos e outra as representações. Os defuntos comumente perdem muito tempo no Devachan. Eu não posso negar a vocês que o Devachan é um lugar de felicidade. Sim, o é. Desgraçadamente, as figuras que fazem agradável e prazeirosa para os defuntos a vida no Devachan são efêmeras, são meras representações viventes de seus familiares e amigos que deixaram na Terra. Em uma palavra, essas formas do Devachan, essas representações ou efígies viventes, são de natureza ilusória. Por isso digo que perdem muito tempo no Devechan. Mas, por outro lado, são felizes. Sentem-se acompanhados pelos seres queridos que deixaram na Terra. Nem remotamente percebem que esses que vêm lá não são mais que meras efígies metais. Se percebessem, o Devachan perderia todo o interesse para os defuntos. Na mente de cada um de nós vivem representações de nossos amigos, familiares, parentes, etc. É claro que se alguém nos diz algo contra um amigo e nós mudamos o bom conceito que tínhamos sobre ele, aquela figura fica alterada. Ao alterar-se, toma as novas características que lhe demos, de violência, um obstáculo para nosso trabalho esotérico. Nestes instantes recordo-me de David-Kneel. Parece um nome masculino, mas trata-se de uma senhora inglesa que esteve no Tibet. Ela se propôs criar de verdade e a vontade uma representação vivente, uma efígie mental, e deu a tal efígie a forma de um monge tibetano. Conseguiu até a cristalização daquele monge. Se chegavam pessoas a sua porta, quem ia recebe-las era o monge. Era visto fisicamente, tal o poder com que o havia materializado. Depois de algum tempo, aquela figura criada intencionalmente foi assumindo características perigosas. Já não obedecia, fazia o que queria. Começou a atacar todo mundo, até a própria senhora, etc. E é claro que a senhora e espantou. Consultou os lamas de algum monastério, que então dedicaram-se a destruir tal efígie. Mas estava tão fortemente materializada, que ainda os verdadeiros especialistas do mundo da mente gastaram cerca de seis meses de trabalhos contínuos para poder desintegrá-la. Esta é a materialização de uma imagem completa de uma efígie mental. É conveniente que aprendamos a viver inteligentemente. Só assim marcharemos pela via que há de conduzir-nos até a liberação final. É necessário cuidar a mente. A Blavatsky disse: “A mente é escrava dos sentidos e faz a alma tão inválida como o bote que o vento extravia sobre as águas”. Nós necessitamos controlar os sentidos e a mente. Muitos pássaros mentais, ou pensamentos, metem-se na jaula do entendimento a nos prejudicam. Refiro-me às representações negativas. Agora vocês compreenderão melhor o que estou dizendo. É necessário controlar os sentidos e a mente. Por exemplo, vocês Adam por uma rua qualquer, e logo encontram em uma esquina uma revista pornográfica. Podem olhá-la com algo de obscenidade e o resultado é a criação de uma nova representação mental. Essa nova representação mental é um pássaro de mau agouro, que se mete na jaula da mente para causar danos e fortificar as emoções negativas e a luxúria. Por isso, os sentidos devem ser controlados. Desgraçadamente, as pessoas não se recordam de controlar os sentidos e a mente e isto é gravíssimo. Em vez de ler revistas pornográficas, que a nada levam, a não ser a criação de novas efígies metais, mais vale a pena estudar os livros da Sabedoria, as Sagradas Escrituras, etc. Não há dúvida que o verdadeiro saber iniciático se converte em fogo, e por onde em poder. Em questão de sapiência, que se relaciona tanto com a mente, devemos entender que existe uma antítese. Refiro-me a essa cultura de tipo intelectualóide, com a qual as pessoas são alimentadas durante a idade preparatória. Certamente, essa cultura que a pessoa recebe desde o primário, pré-primário, secundário, pré-vestibular, universidade, vem a causar espantosos danos. Eu qualificaria essa cultura de magia negra da pior classe, porque esse tipo de cultura não guarda relação alguma com as distintas partes do Ser. Mais ainda, se relaciona fatalmente com os cinco cilindros da máquina humana e os falseia. O centro intelectual é o que piores danos recebem, seguido pelo centro emocional, e ainda o motriz, instintivo e sexual. De maneira que, ficando falseados esses centros devido ao tipo de alimentação que recebem durante a idade preparatória, já não detectam as ondas cósmicas do Universo. O resultado de tudo isso são os farsantes do intelecto, que atualmente têm o mundo em desgraça. Eles governam todos os países da Terra nesta idade negra do Kali Yuga, e já sabemos o estado desastroso em que se encontra a humanidade. Não me dói confessar a vocês que fui um péssimo estudante. Agora que estou aqui conversando com vocês, digo-lhes que estou contentíssimo com todos os zeros que me deram como nota. Graças a Deus, porque senão a esta hora todos os cilindros da minha máquina orgânica estariam bem fundidos, bem queimados. Mas pareciam-me áridos os estudos das escolinhas de primeiro, secundário, etc... Bocejava tremendamente durante a aula, e a última foi quando o professor de gramática pegou-me pelos cabelos e colocou-me com as patinhas na rua. Meus queridos irmãos, a verdadeira sabedoria é a sabedoria oculta, que, como lhes disse, este sim, converte-se em fogo, em fogo real, em fogo verdadeiro e universal. Eu quero que vocês entendam que o fogo é realmente um elemento desconhecido para os intelectuais. É um elemento do qual ninguém conhece a origem. Se friccionarmos um fósforo é produzido o fogo, qualquer um diria que é produto da combustão. Não é bem assim. Antes que tal combustão existisse, existia o fogo em nosso braço para que este pudesse mover-se, isso é óbvio, e depois da combustão o fogo continua. Eu diria melhor que, com o fósforo destruído, a chama sai a superfície. A nós, o que nos interessa, não é o fogo físico, mas sim sua assinatura astral, isto é, o fogo do fogo, a chama da chama. Tais poderes ígneos ou críticos, o próprio Logos Solar, isto é o que nos interessa. E sabemos que o verdadeiro conhecimento converte-se fogo solar. Mas uma coisa é o fogo aqui no mundo físico e outra coisa é o fogo durante a manifestação, ou no mundo das causas naturais, ou no caos. Ali nos encontramos diretamente com os senhores da chama, que é verdadeiro fogo. Ali encontramos que esse poder que se acha latente no caos é um poder eletrônico que induz toda vida no Universo. Isso é o que vemos nas esferas superiores da criação cósmica. O fogo latente é uma maravilha. Há doze ordens de adeptos neste cosmos, relacionados com os doze signos zodiacais. Não cabe dúvida que aquela ordem dos Leões do Fogo, ou Leões da Vida, é a mais exaltada, assim está escrito e assim é. Por todas essas e outras coisas, verão vocês a necessidade do estado dessa sabedoria cósmica ou universal, o estado da Gnose. Porque só este conhecimento, devido a que está relacionado com as devidas partes do Ser, pode converte-se em fogo, em fogo vivente e filosofal. Muito se tem falado sobre os Budas, e não há dúvida que existem Budas de Contemplação e Budas da manifestação, mas eles são criaturas que dominam a mente, que destruíram o ego, que não deram em seus corações entrada às emoções negativas, que não se deram ao mau gosto de criar efígies mentais em sua própria mente nem em mentes alheias, como fazem, muitos mitômanos de agora. Recordemos a Son Kapa. É o próprio Buda Sakiamuni, reencarnado no Tibet, ou seja, é o Buda manifesto Gautama Sakiamuni. Outra coisa é o Buda Amitaba, seu verdadeiro protótipo divinal. Amitaba é o Buda de Contemplação e Gautama é o Buda terrenal, ou Boddhisatwa. Não podemos negar que através de Gautama se expressava notavelmente Amitaba. Não podemos negar tampouco, que mais tarde Amitaba enviara a Gautama, seu Boddhisatwa ou Buda terrenal, a uma nova reencarnação tibetana, e então se expressou como Son Kapa. Estes Budas de Contemplação são amos da mente, criaturas que se liberaram da mente, senhores do fogo. É claro, todos esses Budas adoram ao grande Buda e lhe rendem culto, isto é, ao Logos. Olhando as coisas desde estes ângulos, desde estes pontos de vista, vamos compreendendo cada vez mais a necessidade de controlar os sentidos, de subjugar a mente, de liberar-nos da vida, de aprender a viver sabiamente, se é que em verdade queremos chegar a converter-nos em Budas de Contemplação. P tempo vai passando, meus queridos irmãos, e a medida que passa, devemos sentir a necessidade da liberação final. Do contrário, não seria possível a liberação. Em nome da verdade, devemos dizer que enquanto sejamos escravos do ego e das representações da mente, a liberação final continuará sendo algo mais que impossível. Porque os desencarnados perdem tempo, repito, pelas representações. Estas os acompanham no Devacghan, e ainda que gozem de uma aparente felicidade, estão perdendo o tempo miseravelmente. A humanidade perde muito tempo com as representações. A humanidade perde muito tempo com o ego, e tudo isso é verdadeiramente mais amargo que o fel. Chegou o momento de entender que a luz interior é o fundamental. O desejo em direção a luz se converte em luz incriada. Esta luz incriada se converte dentro das trevas profundas do NÃO-SER. Todos nós devemos anelar a luz, desejá-la, trabalhar com o propósito de nascer um dia realmente na luz incriada. Atualmente existem muitos Boddhisatwas no mundo. Sucede que nas épocas passadas da história de nosso planeta Terra, durante as idades de ouro, prata e cobre, muitos entraram nos mistérios e se fizeram adeptos. Em outros termos converteram- se em Budas. Mas quando veio a idade do Kali Yuga, o ego tomou uma força terrível em todos esses antigos iniciados, e tomou força porque eles não souberam viver, sucumbiram às tentações, se não, não haveria ressurgido o ego. Hoje andam pela face da Terra muitos Boddhisatwas caídos. Se cuidassem mais a mente, se desintegrassem o ego, se propusessem a não criar mais efígies, se poriam de pé, ressurgiram vitoriosos. Porque em Boddhisatwa, simplesmente, é uma semente, um gérmem, em outros termos, uma semente com um organismo etérico que pode desenvolver em mesmo um ser celestial. É claro, se o Boddhisatwa trabalha sobre si mesmo. Mas se o Boddhisatwa não o faz, não se desenvolve e perde a oportunidade. Seres gloriosos que viveram nas civilizações do Egito, da Índia, da Babilônia, da Pérsia, etc, encontram-se latentes agora mesmo nessas sementes que em alguns sujeitos se acham armazenadas, dentro das próprias glândulas endócrinas sexuais. Se tal semente, se tal organismo etérico conseguisse seu pleno desenvolvimento, esses seres ficariam novamente em posse de seu corpo, e seria uma benção para a humanidade. Mas, desgraçadamente, o pior inimigo que tem todos eles, todos esses irmãos caídos, todos esses destronados, é a mente. Por isso insisti tanto na necessidade de não abrir as portas de nossa mente às impressões negativas, que podem alterar algumas representações e obstruem nosso avanço para dentro e para cima. Espero, meus queridos irmãos, que reflitam sinceramente sobre o que significam as representações mentais, o ego, a mitomania e todas as explicações que foram dadas sobre esses problemas no mundo da mente.
PAZ INVERENCIAL SAMAEL AUN WEOR
Pergunta: Mestre, que poderia dizer-nos sobre a quietude da
mente e a mente aquietada? R: Bom, naturalmente que há que diferenciar entre uma mente que está quieta e uma mente que esta aquietada, entre uma mente que esta em silêncio e uma mente que esta silenciada. Em nome da verdade, devemos dizer, enfaticamente, que a verdadeira quietude, e, silêncio da mente advém quando o Ego e as representações do entendimento estejam mortos. A mente esta descansada, em silêncio, a mente torna-se receptiva, fica nas mãos do Ser e só o Ser pode fazer. P: Mestre, qual a maneira mais prática? R: O mais prático é o sentido comum. Ainda que muitos digam que é o mais comum dos sentidos, eu diria que é o menos comum. Suponhamos que aqui chega um ladrão, e, alguém abre as portas para que ele entre, é claro que comete um absurdo. Mas se chega um irmão, bate ritmicamente na porta, com muito prazer vamos abrir. Por exemplo, chega um sujeito qualquer, trazendo emoções negativas. Está emocionado porque encontrou uma pessoa do sexo oposto, para sua luxúria, para sua fornicação, e começa a falar de pornografia. E se eu, muito contente, lhe abro as portas, estou abrindo as portas a uma emoção negativa. Ou se chega um drogado fumando maconha, e me diz que através da maconha teve tais ou quais percepções, que recebeu até mensagens transcendentais, e, emocionado, diz para que eu dê um “tapa” e, se eu dou um “tapa”, sou imbecil, não é verdade? Abri as portas a uma emoção negativa. Tudo isso é muito claro, não há necessidade de complicar as coisas. P: Mestre, quer dizer então que quando se fala de outra pessoa, seja bem ou mal, se está cometendo um erro, já que os críticos não transformam as impressões? R: Bem, não temos porque ocupar-nos das pessoas, para bem ou para mal, cada um é cada um. O melhor é respeitar a vida alheia e não abrir as portas a emoções negativas. P: Mestre, em lugar de representações negativas ou positivas, que devemos ter para atuar? R: Por enquanto, trabalhar, não resta outro remédio. Desde agora, dedique-se a trabalhar sobre si mesma. O dia em que você haja eliminado os agregados psíquicos, o dia em que haja eliminado as representações da mente, nesse dia as coisas se transformarão. Nesse dia você abrirá o coração, nesse dia você receberá as chispas que vem das partes superiores de seu próprio Ser, e será um indivíduo íntegro. Por enquanto, a trabalhar. P: Venerável mestre, quando se está no trabalho e se consegue ter determinadas percepções sem identificar-se com elas, isso é um produto da auto-observação? R: O sentido da auto-observação vai se desenvolvendo conforme a pessoa o vai usando. Obviamente, é necessário usá-lo, porque um órgão que não se usa, atrofia. A medida que alguém vá auto- observando-se cuidadosamente, esse sentido maravilhoso da auto-observação psicológica vai entrando em atividade. Mas a pessoa tem que estar, diríamos, em mística expectativa, para buscar, auto-observando-se, seus próprios erros. A medida em que alguém se auto-observa, o sentido de auto-observação psicológica vai se desenvolvendo. P: Devemos fazer práticas para despertar faculdades, estando assim, sem morrer em nós mesmos? R: O mais importante é a auto-exploração psicológica de si mesmo para auto descobri-se. Em todo auto-descobrimento, existe também auto-revelação. Quando alguém, admite que tem uma psicologia particular, individual , começa a auto-observar seus próprios erros. Quando alguém descobre que tem um erro, deve tratar de compreendê-lo profundamente, em todos os níveis da mente. Quando compreendeu o erro, pode dar-se ao luxo de reduzi-lo a poeira cósmica, com a ajuda da Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes. Refiro-me enfaticamente a Devi Kundalini Shackty, que se desenvolve na espinha dorsal. “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua Justiça, e os demais Ivos será dado por acréscimo”. P: Uma representação mental pode ser a origem de um agregado psíquico? R: Não confundamos a “gimnasia”com a “magnésia”. Uma coisa são as representações mentais e outra os agregados psíquicos. Representações mentais e outra os agregados psíquicos. Representações mentais existem de instante em instante, de momento em momento. Você mesmo, aqui, neste momento, está cheio de representações mentais. As representações da mente podem ser alteradas, converter-se em demônios perversos, mas são representações. Nenhuma representação poderia dar origem a um novo agregado. P: Venerável Mestre, esse demônio que resulta da representação, o método parta eliminá-lo seria o mesmo para eliminar os eus? R: Obviamente que sim. Se apelarmos a Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes para eliminar determinada representação, logo ela será reduzida a poeira cósmica. A mente deve estar clara, limpa, livre, deve ser um Templo, sem estados luxuriosos, onde arda unicamente a chama de Prajna, isto é, a chama do Ser. P: Mestre, então as representações são produtos dos eus? R: Não, senhor já disse que não há que confundir a “gimnasia” com a “magnésia”, que as representações são uma coisa e os agregados outra. Assim como no mundo dos sentidos os objetos são fundamentais, porque realmente os objetos estão situados no mundo dos sentidos, também há um mundo da mente. As representações dentro da mente, positivas ou negativas, são um laço terrível. P: Mestre, quando estamos tratando de fazer uma meditação, vêm a nós representações, de personagens sagrados, como será isso? R: Quando se está em meditação, geralmente chega muitas representações a mente. Mas se analisamos a questão, descobrimos que tais representações estão na mente, que aí estiverem sempre. É necessário libertar-nos, a mente deve ficar limpa, para que em lugar de representações possa chegar a nós as mensagens que vê, de cima, através dos centros superiores. Uma coisa é as mensagens que vem dos centros superiores, outra coisa são as formas mentais, as representações. As representações são uma coisa e as mensagens são outra. As mensagens, repito vem através das partes superiores do Ser, e chegam à Mente Superior, a mente cristalina. Tem um sabor novo, não são do tempo, estão além do tempo. Nós temos que abrir-nos ao novo. As representações jamais tem um sabor novo, as representações são do tempo. P: Mestre, quando surge uma representação, mas a pessoa não se identifica com ela, mas a estuda, que resultados obtém? R: Durante o sonho, por exemplo, sempre há representações de tipo subjetivo, incoerentes, vagas, imprecisas. Se a pessoa não se identifica e fortalece tais representações, mas as estuda, pode compreende-las e saber de que classes são essas representações. Geralmente, encontram-se relacionadas com muitos erros do passado, mas há que diferenciar claramente entre representações e agregados psíquicos. Uma pessoa pode ter na mente representações de todos os seus amigos de luxúria, são representações que mais cedo ou mais tarde tem que ser eliminadas. Os agregados são outra coisa, os agregados personificam nossos defeitos. As representações são simples formas mentais. A representação de uma pedra, a representação de um homem, a representação de um animal, são simples formas mentais. Devemos ter a mente livre, o Templo da Mente deve estar limpo, puro. P: Venerável Mestre, com relação às representações positivas ou impressões positivas, pode-se fazer o mesmo tipo de trabalho que foi ensinado com relação a transformação das impressões? R: É bom tratar de compreender uma representação antes de elimina-la, em forma similar a que se faz com os agregados psíquicos. Quando alguém compreende que uma representação não é mais que uma forma da mente, pois deve elimina-la, mas tem que compreender para logo eliminar, e a elimina com o fogo da Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes. P: Mestre, quando há transformação das impressões, pode haver representações? R: Pode-se digerir determinadas impressões, mas não se pode evitar que as representações que estão armazenadas na mente continuem existindo. Há que procurar compreende-las para depois elimina-las. P: Uma experiência dos mundos internos, até que ponto é uma representação mental? R: Enquanto subsista o Ego, não se é idôneo para investigações no espaço psicológico. Ninguém poderia conhecer os mundos internos do planeta Terra se antes não conhecesse seus próprios mundos internos. Não e poderia conhecer os mundos in ternos d galáxia em que vivemos, se antes não conhecermos nossos próprios mundos internos, particulares, individuais. Não se pode ser idôneo para a investigação psicológica dentro do espaço psicológico em que vivemos, enquanto não se haja desintegrado o Ego e acabado com as representações que emanam do mundo sensorial. Antes, de mais nada, é necessário aumentar a porcentagem de consciência, para podermos nos converter em verdadeiros investigadores idôneos do espaço psicológico. Necessitamos estar nos auto-explorando psicologicamente, e diariamente, até descobrir nossos erros e reduzi-los a poeira cômica. Só assim é possível conseguir, em realidade de verdade, o auto-despertar. Necessitamos deixar de lado tantas teorias, tantas coisas vagas, tantas incoerências que para nada servem, e converter-nos em indivíduos despertos. P: As efígies mentais retornam com o Ego ou se desintegram com a Personalidade? R: As efígies podem conservar por algum tempo, até que vão se debilitando pouco a pouco. Quando alguém perde o interesse em tal ou qual efígie ou representação, não podendo alimentar-se ela vai se dissolvendo. P: Mestre, nós fazemos representações boas e más. As representações boas formam efígies? R: Claro que há representações ou efígies positivas e negativas, mas são apenas meras formas mentais. Quando alguém aprende a viver de instante em instante, a possibilidade de criar tais formas desaparece, mas se a pessoa continua no tempo, as efígies continuam sendo criadas com o tempo. P: E a s efígies positivas, também deveriam ser eliminadas? R: Tanto umas como outras não são senão meras figuras fugazes, vãs, que não têm verdadeira realidade, portanto, é melhor desintegra-las. P: As efígies negativas são as que mais nos prejudicam? R: Obviamente, são as que mais prejudicam. Pode acontecer, que uma efígie positiva suponhamos, sobre um amigo, fosse adulterada, por haver dado ouvido, por exemplo, a maledicência. Então, essa efígie alterada assume a nova forma que nós lhe demos, e se converte em um inimigo interior que nos ataca e pode até nos fazer fracassar. P: A diferença entre uma representação e um agregado psíquico é que o agregado psíquico tem uma fração de Essência enfrascada e a representação não? R: Está correto, na representação não há Essência engarrafada. P: Venerável Mestre, a vaidade de crer-se um gnóstico é uma representação? R: Bom, aí a coisa muda de figura. Se alguém tem a vaidade de crer-se um bom gnóstico, isso já se deve ao Eu da vaidade, não dá alguma efígie ou representação. Simplesmente, tal pessoa se sente “a mamãe dos franquinhos”, ou o”papai do Tarzã”, isso é tudo. P: O método para eliminar o Ego, nós devemos assimilá-lo diariamente na prática. Para eliminar as efígies, que método é necessário? R: Assim como é acima, é também abaixo. Por meio da espada flamígera, das armas de Vulcano, podemos desintegrar um Ego que é tão pesado, alguns regidos por 96 leis, há os de 48, de 24, de 12, e também egos de 96 por 1, por 2, 3, 4, 5, 6, por 7, por 8, por 9. E, não obstante, podemos desintegra-los mediante o trabalho intenso na Forja dos Ciclopes, na frágua acesa de Vulcano. Que diria uma representação! Para desintegra-la, não é necessário tanto esforço, bastaria um pouquinho de atenção e um só trabalho na Forja, para desintegrar uma efígie. P: Que fazemos com aquelas efígies que temos desde a infância? R: Bom, parece que se está confundindo as Fitas Teleoginoras com as representações. E se é a representação de uma cena que se viu na infância, o procedimento é o mesmo que se utiliza para desintegrar o Ego, e não é necessário tanto trabalho para desintegrar uma representação. P: Porque se formam as representações? Será pelo Ego, ou pelo estado em que se encontra nossa mente? R: pelos sentidos, pois é claro que as formas dos sentidos penetram através dos sentidos e ficam depositadas na mente em forma de representações. Um Buda é uma criatura que não tem representações, por isso é um Buda, porque não carrega representações na mente, nem positivas, nem negativas. Por isso é um Buda, está íntegro, unitotal, iluminado. Desenvolveu em si mesmo a Luz incriada, a auto-realizou em si mesmo. P: Venerável Mestre, uma representação positiva pode servir para que uma pessoa se cure? R: Bom, essa representação que uma pessoa utiliza para curar- se, deve ser depois desintegrada, do contrário fica molestando na mente. P: Venerável Mestre, as representações da mente têm algo a ver com a imaginação mecânica? R: Quando a representação surge mecanicamente, está relacionada com a imaginação mecânica. Mas quando surge de forma intencional, indubitavelmente, trata-se da imaginação consciente que tomou parte para da forma a representação. P: Podemos fazer representações das outras pessoas, e podemos fazer representações de nós mesmos? R: Qualquer um pode criar a representação que quiser, recordem-se, daquela senhora que criou a representação do monge, que levou eis meses para ser desintegrada. P: Venerável Mestre poderá dar, um exemplo de uma representação que pudéssemos criar? R: Bom, você se imagina ser um super-homem, cheio de poder, e faz uma representação de si mesmo. Pode-se criar na mente representações positivas ou negativas. P: Mestre, os íncubos e súcubos são uma variedade de efígies? R: Bom, se diz que esses íncubos e súcubos são uma variedade de efígies, mas eu iria mais longe. Penso que tais íncubos e súcubos são agregados psíquicos, criados a vontade pelo vício de seu progenitor. De forma que poderíamos denomina-los agregados íncubos na psique humana, isso é tudo representações. P: Estes agregados íncubos e súcubos requerem uma forma especial, uma técnica especial de destruição? R: Pois tenho refletido agora e vejo a necessidade de desintegra- los da mesma forma que se desintegra qualquer agregado psíquico, são agregados criados pelos que tem tal vicio. P: Nesse ponto, uma limpeza ajudaria? R: Aqui, o único que vale é a lança e um trabalho firme com a Divina Mãe Kundalini na Forja do Ciclopes. Os agregados psíquicos não se eliminam com limpezas. P: A Essência, fora do corpo, dos afetos e da mente, veria as coisas através das representações de forma mais complicada? R: Não, as veria dentro do cru realismo. Se alguém, por exemplo, no Samadi consegue viver nesse mundo de atman, ou nessa região em que se expressa Atman em todo seu poder, descobre que ali tudo é alegria, vê a Natureza tal como é. Uma coisa e ver uma foto e outra é ver um quadro da Natureza tal como é, e outra coisa é ver a fotografia deste quadro da Natureza. Nesse caso, a fotografia é a representação desse quadro da Natureza. P: Uma pessoa que haja morrido em si mesma, ainda que tenha veículo físico uma janela através da qual se comunica com este mundo físico, vai ver as coisas tal qual são? R: Tal qual são em si mesmas. Há que distinguir entre as coisas e as coisas. Isso já estabeleceu muito bem Emanuel Kant, o filósofo de Koenisberg, na “Crítica da Razão Pura”. P: Mestre, ao não transformar, as impressões, formamos novos agregados psíquicos, e, ao viver de acordo com a filosofia da momentaneidade, deixamos que penetrem representações em nossa mente? R: Quando alguém vive de acordo com a filosofia da momentaneidade, é claro que não fabrica representações, porque vive de instante em instante, isso é óbvio. Assim sendo, dissolver agregados psíquicos é melhor que aprender a viver de instante em instante. Conforme a pessoa vá eliminando agregados psíquicos, vai aprendendo a viver de momento em momento. Tenha-se em conta que os agregados psíquicos são temo, o Eu é tempo, é um livro de muitos tomos. Mas se nós desintegramos o Eu, desintegramos o tempo. É óbvio que, a medida que se vai eliminado os agregados psíquicos, se vai aprendendo pouco a pouco a viver de instante em instante. Foi- nos dito que Geopash é o pior tirano, e é verdade. Geopash é o tempo, e o tempo em nós é o Ego. Dissolvido o Ego está destruído Geopash. Então o tempo já não existe, e aprendendo a viver de segundo em segundo. P: Mestre, recomendaria uma representação para eliminar o Ego? R: Isso me parece em sentido. No sentido comum, seria como querer colocar em marcha um automóvel pisando nos freios. Obviamente, o automóvel não andaria. A representação para dissolver o Ego não funciona, porque o único eu serve para dissolver o Ego é o trabalho fecundo na Forja dos Ciclopes. P: Mestre, ver as coisas em si mesmas, e é algo que vamos conseguindo a medida em que vamos morrendo. Isso você mesmo nos disse. Para ver o Ego em si mesmo, não uma representação do ego, não um Ego imaginário, vê-lo através da emoção superior, só assim pode o Ego morrer. A prática da morte do Eu torna-se estéril, quando nós não vemos o Ego, tal que é, mas sim uma representação do Ego. R: Isso me parece simplesmente um jogo da psique, porque, em realidade de verdade, não poderíamos ver o Ego se não desenvolvemos o sentido da auto-observação psicológica. Só desenvolvendo tal sentido é possível ver o Ego. Ver o Ego com uma representação seria cair num círculo vicioso, uma forma de auto-engano. Interessa-nos dissolver isso que estamos sentido, isso que está pensando em nós em um momento dado, isso que em momento está ofendendo a outro, isso que em um momento está sentindo luxúria, isso que em um instante está queimando as carnes de lascívia. Isso é o que há que desintegrar. Necessitamos ser práticos. Não se trata de formar representações do Ego, mas de auto-observar-nos psicologicamente e desintegra-lo. P: A auto-observação tem relação com os centros superiores da máquina orgânica? R: Bom, obviamente que os centros superiores da máquina humana estão falseados, precisamente pela educação recebida. Assim, teremos que depurar esses centros da máquina humana, e precisamente por isso é tão difícil o trabalho da Auto- Realização íntima do Ser. Há duas coisas que estão nos prejudicando, que impedem a Auto-Realização. Referimo-nos precisamente a falsa educação recebida durante a idade preparatória e a parte herdada. Nosso pai terreno, nossa mãe terrena tinham, determinados hábitos, determinados costumes, equivocados ou não, mas tinham-nos. Eles, por sua vez, tinham essa herança nos gens, a tinham herdado de nossos avós. Nossos avós tinham os mesmos costumes porque os haviam herdado de nossos bisavós, e assim sucessivamente. De forma que, devido a herança que levamos nos gens, existe a tendência a repetir determinados erros de nossos antepassados, e estão tão arraigados em nós que nem sequer nos damos conta disso. Tanto isso como a péssima educação recebida durante a idade preparatória são obstáculos para a Auto-Realização Intima do ser. P: Mestre, as representações são sempre mentais ou também há efígies de tipo emocional, instintivo, sexual? R: Todas as efígies são mentais, porque, no fundo, são do mundo da mente. A mente é a Mente, e o Ser é o Ser. O Mundo Astral não é mais que Mente condensada, e o mundo físico não é mais que mente condensada. De forma que devemos pensar que as efígies são mentais, isso é óbvio. P: Quando escutamos a outra pessoa e por nós passa uma representação, que fazemos? R: Se, estamos tendo plena atenção, não tem porque vir essas representações, mas se não se tem plena atenção no que se está escutando, surgem na mente outras coisas, pensamentos negativos, recordações. Se a pessoa está plenamente concentrada, em forma natural e espontânea é impossível que surjam tais pensamentos negativos e recordações. Se surgem é porque não se está com a atenção posta sobre si. Então, há que por mais atenção. P: Quando uma pessoa está trabalhando com a imaginação, como faz para saber que não está formando efígies mentais? R: Bom, o adormecido, adormecido está. Que poderia saber? Que desperte, e depois saberá, esta é a crua realidade dos fatos. Um adormecido está adormecido, que vai saber? Há que despertar.
Ritual De Evocação Dos 72 Anjos-gênios Do Mercúrio. Clavícula Da Cabala Sagrada, Ou Verdadeiro Tratado Da Cabala, Pelo Qual Podemos Obter Dos Anjos Por Revelação Tudo O Que Pedimos A Deus Observando As Coisas Sagradas.