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EXÓRDIO
Umas das doutrinas menos pregadas nos púlpitos das nossas igrejas é a
Doutrina da Soberania de Deus, talvez a mais importante doutrina
revelada nas Sagradas Escrituras. Muito por falta de conhecimento, outras
vezes por medo de não serem bem aceitos e entendidos, ou por precaução
para com os seus próprios ministérios, os homens ordenados a pregar não o
fazem completamente ou em parte.
Quando Ele diz “eu sou Deus, e não há outro… não há outro semelhante a
mim...” , Deus está reafirmando a sua plena e completa autoridade individual,
intrínseca e particular. Ele não divide a sua glória com ninguém. Ao mesmo
tempo, Ele está afirmando a veracidade e certeza de suas palavras, que se
cumprirão absolutamente. Não há espaço para dúvidas, questionamentos,
indefinições. Ele é Deus, e o que Ele decretou vai acontecer.
O Senhor reitera seu aviso por meio do versículo em que diz por meio do
profeta: “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o
Senhor, faço todas estas coisas” (Isaías 45.7).
Mas, por quê Deus avisou sobre a destruição e de fato o fez? Por causa do
pecado consciente e constante do povo de Israel, a saber, pelo menos:
idolatria e assassinato de pessoas inocentes (ver II Reis 21:10-16);
práticas do mal (ver II Reis 24:18-20); ouvidos fechados à voz de Deus
(ver Jeremias 3:13); zombarias e desprezo para com os profetas de
Deus (ver II Crônicas 36:15-17); desonestidade, injustiças para com os
pobres, assassinatos, transgressões do Sábado, perseguições aos
verdadeiros profetas de Deus e cultos praticados ao deus sol
(Jeremias 9:14; 17:19-27; 22:1-5; Ezequiel 8:1-18).
Ciro (o Grande) assumiu o trono em 559 a.C. Ele foi criado por um pastor
depois que o seu avô, Astiages, rei dos Medos, ordenou que ele fosse morto.
Aparentemente, Astiages havia sonhado que Ciro o sucederia como rei antes
da morte do monarca. O oficial encarregado da execução, ao invés de
assassiná-lo, levou o menino para as colinas e o entregou aos pastores.
Quando adulto, Ciro organizou um exército persa (até então um povo
tributário dos Medos) e se revoltou contra o seu avô e pai (Cambises I).
Neve, chuva, frio, calor e vento, todos estes são obra de Deus. Então, quando
Jesus se encontra no meio de uma tempestade furiosa, ele simplesmente fala:
“Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança”
(Marcos 4.39). Não há vento, nem tempestade, nem furacão, nem ciclone,
nem tufão, nem monção, nem tornado sobre o qual Jesus não possa dizer:
“Aquieta-te”, e tal fenômeno não obedeça. O que significa que, se tais eventos
ocorrem, é a vontade de Deus que ocorram. “Sucederá algum mal na cidade,
sem que o Senhor o tenha feito?” (Amós 3.6).
E quanto aos outros sofrimentos desta vida? “E disse-lhe o Senhor: Quem fez
a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego?
Não sou eu, o Senhor?” (Êxodo 4.11). E Pedro disse aos santos sofredores na
Ásia Menor: “Que aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus confiem
suas almas a um Criador fiel enquanto fazem o bem” (1Pedro 4.19). “É
melhor sofrer por fazer o bem, se é que isso deve ser a vontade de Deus, do
que por fazer o mal” (1Pedro 3.17).
Quer soframos por uma deficiência ou pela maldade de outros, Deus é quem
finalmente decide se viveremos ou se morreremos. Deuteronômio 32.39:
“Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato,
e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão” .
Quando nos voltamos do mundo natural para considerar o mundo das ações
humanas e da escolha humana, a soberania de Deus ainda é incrivelmente
extensiva. Você deve votar nas eleições políticas — nos candidatos e nas
emendas. Porém não há ilusões que exaltem o homem como se meros seres
humanos fossem a causa decisiva em qualquer vitória ou perda. Somente
Deus terá esse papel supremo. “É ele quem muda o tempo e as estações,
remove reis e estabelece reis… o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos
homens” (Daniel 2.21, 4.17).
E não importa quem seja o próximo presidente, ele não será soberano. Ele
será governado. E devemos orar por ele para que saiba disso: “Como ribeiros
de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu
querer, o inclina” (Provérbios 21.1). E quando ele se envolver em assuntos
estrangeiros, ele não será decisivo. Deus o será. “O SENHOR frustra os
desígnios das nações e anula os intentos dos povos. O conselho do SENHOR
dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações”
(Salmos 33.10-11).
“Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram
escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando
nem um deles havia ainda” (Salmos 139:16).
5. APLICAÇÕES.
O que a soberania de Deus implica para as nossas vidas? Por que essa
doutrina é preciosa para nós? Porque Deus é soberano: