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Financeira I
Aula 2 – Introdução às Finanças
Corporativas
Atividade 1
Acessar o site do IBGC: http://www.ibgc.org.br/
Estudar o conceito e a origem do termo “governança
corporativa”
Refletir sobre o papel do gestor financeiro e redigir
um texto (padrão ABNT) de 3000 a 5000 caracteres
(sem espaços) para a próxima aula
Área de Conhecimento: Finanças
Pode ser subdividida em três áreas de
conhecimento:
Mercado Financeiro
Finanças Corporativas
Finanças Pessoais
Área de Conhecimento: Finanças
O estudo de finanças organizacionais exige do
administrador a compreensão de contextos
complexos
Dentre as exigências estão a sofisticada
avaliação de riscos, novas formas de atuação
no mercado, gestão baseada em valor,
governança corporativa, fatores jurídicos, etc
Área de Conhecimento: Finanças
A crescente complexidade do mundo dos
negócios determinou, ainda, que o
responsável pela área de financeira
desenvolvesse uma visão mais integrativa da
organização e seu ambiente externo
Apenas o conhecimento técnico é
insuficiente, o gestor deve desenvolver
valores e competências estratégicas
Área de Conhecimento: Finanças
O gestor financeiro moderno deve possuir
uma visão do todo da empresa, destacando
suas oportunidades, tanto internas como
externas
Deve apresentar capacidade de interpretar
dados e informações para inferir o futuro da
organização e seu ambiente
Área de Conhecimento: Finanças
O processo de tomada de decisões reflete a
essência do conceito de administração
Administrar é decidir, administrar bem é ter
qualidade nas decisões tomadas
Área de Conhecimento: Finanças
Em finanças, implica em compreender as altas taxas
de juros brasileiras, carga tributária elevada, baixo
volume de crédito de longo prazo, intervenções nas
regras de mercado da economia, comportamento
das taxas de inflação, desafios para o crescimento da
economia, etc
Como complicador, conceitos financeiros
consagrados em outros ambientes financeiros
costumam encontrar dificuldades de adaptação a
realidade brasileira
Evolução das Finanças
Pode-se estabelecer uma relação entre a evolução
das finanças e a evolução da economia e da
sociedade
Os primeiros estudos, ainda em economia, que se
referiam à nascente teoria financeira iniciaram no
século XIX, um trabalho de destaque da virada para
o século XX foi o estudo de Louis Bachelier de 1900
intitulada “Theory of Speculation”
Evolução das Finanças
Pode-se estabelecer uma relação entre a evolução
das finanças e a evolução da economia e da
sociedade
Os primeiros estudos, ainda em economia, que se
referiam à nascente teoria financeira iniciaram no
século XIX, um trabalho de destaque da virada para
o século XX foi o estudo de Louis Bachelier de 1900
intitulada “Theory of Speculation”
Evolução das Finanças
Archer e D’Ambrosio (1969) propuseram três
abordagens no desenvolvimento do estudo de
finanças das empresas
Tradicional: estuda a vida e as operações
financeiras descontínuas das organizações,
segundo o ambiente da época. Seu foco é na
análise do impacto da macroeconomia sobre as
organizações
Evolução das Finanças
Administrativa: priorizava as práticas rotineiras
das organizações, atribuindo uma natureza
cotidiana, e não eventual, às atividades de
administração financeira, nesta fase surgem os
estudos de orçamento, previsão de vendas,
controles, etc
Evolução das Finanças
Teórica: estuda a relação entre os conceitos
teóricos e a aplicação nas organizações
Por exemplo: identifica a relação do conceito
Eugene Fama
Evolução das Finanças
Na década de 1980 amplia-se os investimentos
internacionais, as instabilidades econômicas
promovem o aumento dos juros
Merton (1997) comprova que a década de 80
(1988)
Evolução das Finanças
Entre a década de 1990 e o início do século XXI
um conjunto de eventos se destacam na história
das finanças:
Globalização e a consequente interdependência
econômica
Ativos intangíveis sendo determinantes na
criação de valor
Evolução das Finanças
Promoção de ações de governança corporativa
motivados por grandes fraudes
Teoria de agência influencia o surgimento do
Balanced Scorecard de Kaplan e Norton (1990)
Surgimento das discussões sobre finanças
comportamentais com Kanemann e Tversky
(1979)
A validade do CAPM e outros modelos é posta
em cheque
Evolução das Finanças
Finanças Pessoais
Vistas como uma das novas fronteiras de
estudos em finanças
Demandados pela sociedade em função do
Controle financeiro
Administração de ativos
Administração de passivos
Dinâmica das Decisões Financeiras
Decisões Financeiras em ambiente
inflacionário
Inflação e capacidade de compra da moeda
Processo de inflação não assume caráter
compensatório, ganhos nem sempre cobrem as
perdas
A inflação e as finanças corporativas
Características da economia brasileira
Gestão baseada em valor
Finanças corporativas: o valor ao
acionista pode ser afetado pelas
decisões financeiras:
Decisões de investimento corporativas
Decisões de financiamento corporativas
Estrutura do financiamento (tipo de
dívidas)
Gestão dos riscos
O propósito da gestão
financeira
Para que finalidade os decisores da
organização são contratados?
“A GM não está no negócio de fazer automóveis. GM é
um negócio de fazer dinheiro.”
Alfred P. Sloan
Possíveis objetivos: Tamanho,
participação de mercado, lucratividade
Os três propósitos do gestor financeiro:
Maximizar riqueza do investidor
Maximizar o valor das ações
Maximizar o valor da empresa
Princípios fundamentais
Investir em projetos que gerem taxa de retorno maior que o
custo de capital mínimo aceitavel
O custo de capital mínimo aceitável deve ser maior para projetos
mais arriscado, além de refletir o mix financeiro usado (WACC +
componente de risco específico do projeto, se for o caso)
Resultados dos projetos devem ser mensurados com base nos
fluxos de caixa gerados e no tempo destes fluxos de caixa, devem
considerar tanto os efeitos negativos quanto os positivos destes
projetos
Decidir pela estrutura de capital que minimize o custo de
capital e se adeque à natureza operacional da empresa
Se não houverem investimentos que superem o custo de
capital mínimo aceitável, devolva o dinheiro aos acionistas
A forma dos retornos pode ser dividendos, recompra de ações,
etc, vai depender da relação empresa-investidores
Minimize riscos financeiros desnecessários
Objetivo: Maximizar o valor da empresa
Os objetivos na tomada de
decisões
Nas finanças corporativas tradicionais, o
objetivo da tomada de decisão é maximizar o
valor da empresa
Um objetivo mais específico seria maximizar
a riqueza dos investidores. Quando for uma
organização de capital aberto em um
mercado eficiente, é equivalente a maximizar
o valor das ações
TODOS os outros objetivos da empresa são
objetivos intermediários que devem levar a
maximização do valor da empresa, ou são
restrições na maximização do valor
Críticas a maximização do valor
da empresa
Maximizar o preço das ações não é incompatível
com os interesses dos empregados. Em particular:
Quando os empregados são acionistas da empresa
Considerando que as empresas que maximizam o valor de
suas ações, são em geral firmas que tem consideração por
seus funcionários
Maximizar o preço das ações não significa que os
consumidores não sejam críticos para o sucesso. Na
maioria dos negócios, manter os consumidores
satisfeitos é a forma de maximizar as ações
Maximização do preço das ações não implica que a
empresa tenha de ser socialmente irresponsável
Porque maximizar a riqueza
do acionista?
O preço das ações é facilmente observável e
constantemente atualizado (em lugar de outras
medidas de performance, que não são tão fáceis de
serem observadas e não são atualizadas tão
frequentemente)
Se os investidores são racionais (?), o preço das
ações reflete decisões adequadas no longo e curto
prazo
O objetivo da performance do preço das ações
provê teorias elegantes para:
Escolha de projetos de investimento
Como financiar os projetos
Quanto pagar de dividendos
Função objetivo clássico
Investidores
Contratam Maximizam
e demitem a riqueza
gestores
Emprestam Sem custo
Dinheiro social
Emprestadores
Garantem
Gestores Sociedade
Rastreiam
o pagto. o custo até
dos juros a empresa
Forncecer Em mercados
informação com eficientes e info.
honestidade e no afeta valor
tempo Mercado Financeiro
O problema de agência
Relação de agentes
Investidores
Os gestores irão seguir no
interesse dos acionistas? Board de
Custo de agência
Diretores
Governança corporativa
Gestores
Questões de incentivo
Alocação de
recursos
O que pode dar errado?
Investidores
Ter pouco Os interesses
controle dos dos gestores
gestores se sobreporem
aos acionistas Custos sociais
Aumento dos juros significativos
Emprestadores Gestores Sociedade
Inadimplência Incapacidade
de rastrear
gastos
Adiamento de Mercado
más notícias ineficiente
Mercado Financeiro
Atores Organizacionais
Classificação dos Stakeholders
Shareholders: denominação genérica de
proprietários e investidores
Internos: efetivamente envolvidos com o
monitoramento e geraçãod e resultados
Externos: integrados à cadeia de negócios
Entorno: engloba categorias não
integradas diretamente das cadeias de
geração de valor, mas influentes nas
decisões
Distinção: Shareholder x
Stakeholder
Shareholders: assumem voluntariamente
os riscos inerentes à atividade empresarial
e seu retorno é incerto, dependente do
êxito do empreendimento
Demais Stakeholders: não estão sujeitos
diretamente a riscos decorrentes de
investimentos, porém todos têm interesses
legítimos em jogo nas empresas
Shareholders
Detêm a propriedade da empresa
Incluem acionistas de empresas
constituídas na forma de sociedades
anônimas ou cotistas de sociedades
limitadas
Seu interesse básico é o máximo retorno
de longo prazo de seus investimentos,
auferidos por dividendos distribuídos ao
longo do tempo e ganhos de capital
Stakeholders Internos
Enquanto os shareholders compartilham
riscos e resultados de longo prazo, os
demais stakeholders são recompensados
por bases fixas de remuneração sendo que
seus interesses incluem:
Segurança em seus empregos, salários,
benefícios assistenciais e materiais,
reconhecimento e oportunidades de
desenvolvimento pessoal
Stakeholders Externos
Agentes integrados à cadeia de negócios das
empresas, como credores, fornecedores,
terceirizados, clientes, consumidores e usuários
dos produtos e serviços gerados pelas empresas
Tem como expectativa:
Bons resultados organizacionais, capacitando as
empresas a liquidar as dívidas contraídas com
credores, manter regularidade nas compras e
manter os serviços de seus terceirizados, assim
como gerar produtos e serviços conformes,
confiáveis e seguros
Stakeholders do Entorno
Comunidades onde estão situadas as
organizações, sociedade, governos, ONGs
demandam:
Contribuição das empresas para o
desenvolvimento socioeconômico das nações,
à geração de balanços sociais que
evidenciem relações benefícios/custos
positivos e adoção de práticas com
conformidade legal além de adesão a causas
ambientais
Abordagem Stakeholder
Contrapõe-se em certa medida à
shareholder, por defender que as
empresas devem atender não só à
maximização dos interesses de seus
proprietários como às dos demais grupos
Promove a conciliação dos objetivos
econômico-financeiros com objetivos
sociais e ambientais (triple bottom line)
Abordagem Stakeholder:
Argumentos Favoráveis
Propõe que as diretrizes estratégicas se voltem para
demais stakeholders, dando sustentação de longo prazo
às companhias
Está alinhada à concepção da empresa como feixe de
contratos, com múltiplos interesses envolvidos
Contém amplo apelo normativo
É consistente com a revisão da teoria de agência,
concebendo os gestores como agentes fiduciários do
conjunto de stakeholders, não apenas dos proprietários
Responde às pressões por pretações de contas não
limitadas aos balanços patrimoniais e de resultados
Abordagem Stakeholder:
Críticas
A maximização de uma função com diversos objetivos
conflitantes pode não produzir máximos, mas em
mínimos atendimentos de todas as demandas envolvidas
Não remove os grandes obstáculos metodológicos para
se estabelecerem critérios de contribuições dos
diferentes grupos com interesses em jogo nas empresas,
podendo implicar em injustiças
Torna mais difícil a avaliação do desempenho da direção
executiva das companhias, eximindo os gestores de um
critério central, único e objetivo de resultados
Abordagem Stakeholder:
Críticas
Os gestores assumem a função de agentes principais do
mundo corporativo em detrimento dos proprietários
Pode incorporar argumentos de ativistas que vivem à
margem do mundo corporativo, questionando e, no limite,
negando o direito de propriedade e outros direitos deste
derivados
Levada a extremos, cria mais conflitos do que realmente
maximiza uma função-objetivo de múltiplos interesses
Abordagem Shareholder
Abordagem Shareholder:
Argumentos Favoráveis
Objetivo utilitário que conduz a: medidas objetivas de desempenho sobre
capital investido e sistemas de gestão centrados na geração de valor
Foco equacionável, quantificável, transmissível a todos os níveis da
organização, passível de monitoramento e indicador consciente da eficácia
da gestão
Propósito alinhado aos fundamentos do direito de propriedade
Objetivo que transpõe dificuldades decorrentes de escolhas conflituosas: as
corporações com foco na geração de valor para os proprietários são mais
facilmente governáveis e mais adaptáveis a mecanismos de direcionamento,
homologação e monitoramento
Foco que evidencia com maior clareza eventuais conflitos e custos de
agência
Forte alinhamento com os fundamentos da literatura econômica
Abordagem Shareholder:
Dimensões Lógicas
Riscos assumidos pelos proprietários
Conflitos de agência
Operacionalidade da gestão
Macroeconômica
Abordagem Shareholder:
Críticas
Pode desconsiderar o gerenciamento do
ambiente de negócios como um todo, nas linhas
sugeridas pela teoria de sistemas e pela
administração estratégica
Pode tornar-se insensível à força crescente com
que se manifestam os defensores da
responsabilidade social empresarial
Pouca atenção a fatores não econômico-
financeiros que também afetam a reputação da
companhia podendo desaguar em
desprecificação do seu valor de mercado
Teorias Conciliatórias
“Teoria Iluminada” de Jensen
Abordagem Estratégica de Porter e
Kramer
“Teoria Iluminada” de Jensen
Segundo Jensen (2001): “a empresa não
maximizará o seu valor se ignorar o interesse de
seus stakeholders. Chamamos esta proposta de
maximização iluminada do valor, que se
fundamenta na concepção orientada para os
interesses dos shareholders, mas aceita que a
maximização do retorno total de longo prazo
deve ter como critério o trade-off dos interesses
dos proprietários com os de outras partes com
interesse nas empresas”
“Teoria Iluminada” de Jensen
Abordagem de Porter e Kramer
Atividade 2
A globalização da economia, conceito chave dos
anos 90, forçou as organizações a adotarem
estratégias mais apuradas para lidar com
finanças corporativas
Ao considerar risco e retorno, as organizações
passaram a empregar instrumentos mais
sofisticados como derivativos, opções, swaps e
hedges
Por que existe a necessidade na gestão de risco
de levar em consideração esses instrumentos
financeiros?
Atividade 3
Defina os termos abaixo, pertencentes à
dinâmica de decisões financeiras:
Planejamento financeiro
Controle financeiro
Administração de ativos
Administração de passivos
Atividade 4
Considerando as discussões apresentadas em relação a
gestão baseada em valor, assuma a defesa de uma das
abordagens (tradicionais ou novas) e enumere
vantagens e desvantagens desta sobre as outras