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Texto informativo

Análise da Instrução Normativa nº 2, de 12 de setembro de


2018 – Ponto Eletrônico e Banco de Horas

Elaboração: Departamento de Estudos Técnicos

Brasília-DF, setembro de 2018


Diretoria Executiva Nacional Conselho Fiscal

Presidente Membros Titulares


Cláudio Márcio Oliveira Damasceno João Luiz dos Santos
a Armando Domingos Barcelos Sampaio
1 Vice-Presidente
Maria Cândida Capozzoli de Carvalho Elias Carneiro Júnior
2º Vice-Presidente
Luiz Henrique Behrens França
Secretário-Geral Membros Suplentes
Rogério Said Calil Marchezan Albuquerque Taveira
Diretor-Secretário Pérsio Rômel Macedo Ferreira
Pedro Egídio Alves de Oliveira Roney Sandro Freire Correa
Diretor de Administração e Finanças
Albino Dalla Vecchia DIRETORIA DE ESTUDOS TÉCNICOS
1º Diretor-Adjunto de Administração e
Finanças Wagner Teixeira Vaz
César Araújo Ramos Diretor de Estudos Técnicos
2º Diretor-Adjunto de Administração e Edison de Souza Vieira
Finanças Diretor-Adjunto de Estudos Técnicos
Cloves Francisco Braga
Diretor de Assuntos Jurídicos Equipe Técnica:
Sebastião Braz da Cunha dos Reis Álvaro Luchiezi Júnior
1º Diretor-Adjunto de Assuntos Jurídicos Economista, Gerente de Estudos Técnicos
Carlos Rafael da Silva Alexandre Rodriguez Alves Coelho
2º Diretor-Adjunto de Assuntos Jurídicos Economista, Assessor de Diretoria III
Sérgio Santiago da Rosa
Diretor de Defesa Profissional
Genidalto da Silva Paiva
Diretor-Adjunto de Defesa Profissional
Dagoberto da Silva Lemos
Diretor de Estudos Técnicos
Wagner Teixeira Vaz
Diretor-Adjunto de Estudos Técnicos
Edison de Souza Vieira Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da
Diretor de Comunicação Social
Receita Federal do Brasil
Pedro Delarue Tolentino Filho
SDS - Conjunto Baracat - 1º andar - salas 1 a 11
Diretor-Adjunto de Comunicação Social
Brasília/DF - CEP 70392-900
Leonardo Picanço Cruz
Fone (61) 3218 5200 - Fax (61) 3218 5201
Diretora de Assuntos de Aposentadoria,
www.sindifisconacional.org.br
Proventos e Pensões
e-mail: estudostecnicos@sindifisconacional.org.br
Nélia Cruvinel Resende
Diretor-Adjunto de Assuntos de
É permitida a reprodução deste texto e dos
Aposentadoria, Proventos e Pensões
dados nele contidos, desde que citada a fonte
José Castelo Branco Bessa Filho
Diretor do Plano de Saúde
Roberto Machado Bueno
Diretor-Adjunto do Plano de Saúde
Agnaldo Neri
Diretor de Assuntos Parlamentares
José Devanir de Oliveira
Diretor-Adjunto de Assuntos Parlamentares
Maíra Giannico
Diretor de Relações Internacionais e
Intersindicais
Luiz Gonçalves Bomtempo
Diretor de Defesa da Justiça Fiscal e da
Seguridade Social
Assunta Di Dea Bergamasco
Esse estudo trata da analise sobre o controle de assiduidade e
pontualidade por meio do controle eletrônico e sobre o banco de horas da
Instrução Normativa (IN) nº 2, de 12 de setembro de 2018, que versa sobre a
orientação, critérios e procedimentos gerais a serem observados pelos órgãos
e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal
– Sipec.
Base legal da referida IN: art. 19 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990 - Jornada de trabalho-, regulamentado pelo Decreto nº 1.590, de 10 de
agosto de 1995 e pelo Decreto nº 1.867, de 17 de abril de 1996, que dispõem
sobre o controle de frequência, a compatibilidade de horários na acumulação
remunerada de cargos, empregos e funções, aplicáveis aos servidores
públicos, em exercício nos órgãos e entidades integrantes da Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional.
Antes da analise da IN, ressalta-se que, no tocante ao controle de
assiduidade e pontualidade, o primeiro decreto regulamentar, no seu Art. 6º,
prevê as formas de controle de frequência serão realizadas por:
I - controle mecânico;
II - controle eletrônico; e
III - folha de ponto

Pela redação constante nos incisos do art. 6º, acima transcritos, o


legislador executivo vinculou a efetuação do controle e aferição da assiduidade
por meio dos três mecanismos ali arrolados.
Posteriormente ao decreto nº 1.590/95, foi editado o nº 1.867/96 que, em
seu Art. 1, estabeleceu que os órgãos e entidades da Administração Federal
direta, autárquica e fundacional deverão, para fins de registro de assiduidade e
pontualidade dos servidores públicos federais, adotar o controle eletrônico de
ponto.
Dito isto, amparada pelos decretos citados, a Instrução Normativa em
questão está estruturada em sete capítulos:

1) Disposições gerais;
2) Da jornada de trabalho;
3) Da compensação de horário e do plantão, da escala e do regime de
turnos alternados por revezamento;
4) Da jornada de trabalho reduzida com remuneração proporcional;
5) Do banco de horas e do sobreaviso;
6) Dos regimes de trabalho e das jornadas especiais; e
7) Das Disposições Finais

Trazendo à tona o estabelecido no decreto de 1996, o artigo da


Instrução Normativa, no seu Art 7º - Capítulo 2, seção III -, afirma que é
obrigatório o controle eletrônico de frequência do servidor público em exercício
na Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Ademais,
em seu segundo parágrafo, transcrito abaixo, afirma que o servidor que se
ausente do registro de frequência por conta de prestação de serviços externos
deverá solicitar que sua chefia imediata registre o horário não lançado,
seguindo os procedimentos fixados pelo órgão ou entidade, dando o mesmo
tratamento no caso de ausência do registro de frequência decorrente de
esquecimento ou de problemas técnicos no equipamento.

“Art. 7º É obrigatório o controle eletrônico de frequência do servidor


público em exercício na Administração Pública Federal direta,
autárquica e fundacional.

(...)

§ 2º Nos casos de ausência do registro de frequência por


esquecimento, problemas técnicos no equipamento ou prestação de
serviços externos, o servidor público deverá solicitar que sua chefia
imediata registre o horário não lançado, seguindo os procedimentos
fixados pelo órgão ou entidade (grifo nosso).”

Observa-se, entretanto, uma colisão entre a referida IN e o Decreto


1.867/96, que, conforme já frisado, estabelece o ponto eletrônico, mas
dispensa o servidor do registro do ponto eletrônico na prestação de quaisquer
serviços externos, desde que autorizados discricionariamente pela chefia
imediata. A partir da instrução normativa em análise, a dispensa do registro de
assiduidade e pontualidade para o servidor que exerce atividades fora do local
de trabalho estará vinculada a uma série de condicionantes, regulamentado
pela Instrução Normativa nº1, de 31 de agosto de 2017, que serão destacadas
a seguir.
O artigo seguinte, 8º, elenca os servidores que não estarão sujeitos ao
artigo anterior, ou seja, em outras palavras, enumera as exceções ao controle
eletrônico de frequência, que, em boa parte, são os servidores dispensados do
registro de assiduidade e pontualidade determinados desde o Decreto nº
1.590/95:

i) Ocupantes de cargos de natureza especial.


ii) Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, iguais ou
superiores ao nível 4
iii) Direção - CD, hierarquicamente iguais ou superiores a DAS 4 ou
CD - 3
iv) Professor da Carreira de Magistério Superior do Plano Único de
Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos
v) Pesquisador e Tecnologista do Plano de Carreira para a área de
Ciência e Tecnologia

Além destes, já dispensados desde 1995, ficam também dispensados do


controle eletrônico de frequência os servidores participantes do programa de
gestão dos quais se encontram em situações especiais onde os resultados
possam ser efetivamente mensuráveis. Portanto, trata-se de um controle de
produtividade, não de frequência. Nesse caso, o Ministro de Estado poderá
autorizar a unidade administrativa a realizar programa de gestão, cujo teor e
acompanhamento trimestral deverão ser publicado no Diário Oficial da União.
(§2 do art. 8 da Instrução Normativa nº 2).
Sobre esse programa, a Instrução Normativa nº 1 é o dispositivo que
consubstancia os critérios e procedimentos gerais a serem observados pelos
órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração
Federal - Sipec para que se possa colocar em prática essa sistemática de
gestão que dispensaria seus servidores do ponto eletrônico.
De acordo com o parágrafo único do art. 7º da referida Instrução
Normativa, para que o órgão interessado possa estabelecer o programa de
gestão em experiência-piloto, fase experimental, deverá “realizar processo de
acompanhamento de metas e resultados” pelo período mínimo de seis meses,
onde consiga definir indicadores para aferir resultados, controlar efetivamente
as metas estabelecidas e mensurar os resultados da unidade.
Além disso, deverá elaborar um plano de trabalho, art 8º, a ser
desenvolvido pelo gerente da unidade, que deverá conter:
“I - o detalhamento e a descrição das atividades a serem
desempenhadas;
II - o quantitativo total de servidores públicos na unidade e o quantitativo
que poderá participar do programa de gestão em experiência-piloto;
III - as modalidades de execução de que tratam os incisos I, II e III do
caput do art. 9º;
IV - o perfil do servidor público participante adequado às atividades a
serem executadas em programa de gestão em experiência-piloto;
V - o prazo de antecedência mínima de convocação para
comparecimento pessoal do servidor público participante à unidade,
observada a razoabilidade, na hipótese prevista no § 2º do art. 9º;
VI - as metas a serem alcançadas e a periodicidade para
acompanhamento;
VII - o cronograma trimestral de entregas de resultados;
VIII - o cronograma de reuniões com o chefe imediato para avaliação de
desempenho e eventual revisão ou ajustes das metas, se necessários; e
IX - os resultados e benefícios esperados para a instituição.” (grifo nosso)

Concluído o extensivo conjunto de critérios condicionantes à


realização do plano de trabalho do programa de gestão, o órgão poderá
implementar 3 modalidades de execução do programa, transcritos a seguir, que
dispensariam seus integrantes (ou membros) do registro de ponto:
a) Por tarefa: “categoria de implementação do programa de gestão em
que o servidor público executa tarefa determinada e por prazo certo
fora ou nas dependências da unidade, mediante o uso de
equipamentos e tecnologias que permitam a plena execução das
atribuições remotamente, dispensado do controle de frequência e,
quando concluída, fica automaticamente desligado do programa de
gestão (...)”; (Inciso V, art.2º da IN nº 1)

b) Semi-Presencial: “categoria de implementação do programa de


gestão em que o servidor público executa suas atribuições funcionais
parcialmente fora das dependências da unidade, por unidade de
tempo, em dias por semana ou em turnos por dia, mediante o uso de
equipamentos e tecnologias que permitam a plena execução das
atribuições remotamente, dispensado do controle de frequência (...)”
(Inciso VI, art.2º da IN nº 1)

c) Teletrabalho: “categoria de implementação do programa de gestão


em que o servidor público executa suas atribuições funcionais
integralmente fora das dependências da unidade, mediante o uso de
equipamentos e tecnologias que permitam a plena execução das
atribuições remotamente, dispensado do controle de frequência, nos
termos desta Instrução Normativa; (Inciso VII, art.2º da IN nº 1)”.
A habilitação e desligamento do servidor do programa de gestão também
deverá cumprir um conjunto de critérios. Para habilitar-se ao programa de
gestão, nos termos do art. 26, o servidor público não deverá estar em estágio
probatório; deverá, no mínimo, ter seis meses de atuação na atividade
submetida ao programa de gestão; não estar compensando, por período igual,
afastamento concedido para estudo no exterior ou participação em programa
de pós-graduação stricto sensu no país; ocupar cargo em comissão do Grupo-
Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de Natureza Especial, ou
equivalentes, Função Comissionada do Poder Executivo - FCPE, Função
Gratificada - FG, inclusive em substituição destes, ou Função Comissionada
Técnica e, por fim, estará suspenso de habilitação, no prazo de doze meses, se
foi desligado de programa de metas por baixo desempenho.
Ademais, arrolado no art. 27 da IR nº 1, o dirigente da unidade desligará
o servidor nos seguintes casos:

“I por necessidade do serviço;


II - pelo descumprimento das obrigações previstas no plano de
trabalho e no termo de ciência e responsabilidade;
III - pelo decurso de prazo de participação no programa de gestão,
quando houver, salvo se deferida a prorrogação do prazo;
IV - em virtude de remoção, com alteração da lotação de exercício;
V - em virtude de aprovação do servidor para a execução de outra
atividade não abrangida pelo programa de gestão; e
VI - pela superveniência das hipóteses previstas no art. 26.”

Por fim, para tornar o programa piloto em definitivo, o Ministro de


Estado, após receber o relatório de acompanhamento do programa de gestão
em experiência-piloto, as manifestações técnicas da área de gestão de
pessoas e da área responsável pelo acompanhamento de resultados
institucionais, o plano de trabalho, reformulado quando for o caso, e o projeto
de ato normativo, deverá outorgar a anuência.

Ponto eletrônico – Outras Informações

Quanto ao prazo de adesão ao registro eletrônico, não consta nenhuma


data ou prazo de implementação.
Frise-se que o dispositivo permite a liberação do servidor público para
participar de atividades sindicais, sob a condição de compensar as horas não
trabalhadas.

Seção I do Capítulo V da IN - Do banco de horas

O legislador possibilita à Administração Pública, quando julgar oportuno,


a adequação da jornada de trabalho dos seus servidores mediante a
vinculação de tarefas, projetos e programas a um banco de horas, a serem
contabilizadas e aferidas no “sistema eletrônico de apuração de frequência
disponibilizado pelo Órgão Central do SIPEC. Com isso, os gestores poderão
solicitar que o servidor trabalhe além de sua carga diária. Essa ferramenta de
gestão, individualizada e autorizada pela chefia imediata, permite registrar
como crédito a parcela de tempo que excede a jornada regular do servidor,
bem como registrar como débito as horas não trabalhadas. Ressalta-se que o
registro no banco de horas acompanha a implementação do ponto eletrônico.
Ressalta-se que os créditos não poderão ser revertidos em pecúnia,
mas, sim, para fruição de “folga”. Ademais, o saldo de créditos a serem
revertidos em tempo livre estará limitado em:
a) 24 (vinte e quatro) horas por semana; e
b) 40 (quarenta) horas por mês.
E as horas acumuladas obedecerão aos seguintes limites:

a) 2 (duas) horas diárias;


b) 40 (quarenta) horas no mês; e
c) 100 (cem) horas no período de 12 meses.

De acordo com o Art. 26 da IN, estão vedadas as convocações em


períodos noturnos, feriados ou pontos facultativos, salvo em cenário nos quais
a convocação seja justificada pelo Coordenador-Geral da unidade ou
autoridade equivalente, ou, ainda, em razão da própria natureza da atividade.
A matéria inova no sentido de incluir o banco de horas, admissível na
esfera privada - com seu contorno estabelecido na Lei 9.601/1998 -, na
Administração Pública. Sem margem no orçamento para realizar concurso, o
banco de horas em conjunto com o sobreaviso foram as medidas adotadas
pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão para que os
órgãos da administração pública pudessem ajustar a um quadro de
funcionários cada vez menor por falta de reposição.
Curiosamente, antes da publicação da medida, a própria Secretaria de
Gestão Pública, na condição de Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil –
SIPEC, sempre que consultada por outros órgãos sobre a possibilidade de
implementação do banco de horas, afirmava taxativamente que não havia
possibilidade de flexibilização da jornada regular por não haver previsão legal.
Na sua NOTA INFORMATIVA Nº 11/2015/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, cuja
solicitante foi o IBAMA, asseverou o seguinte no parágrafo 11º:
“(...) por se tratar de matéria já manifestada por esta Secretaria
de Gestão Pública, esta SEGEP informa que já se pronunciou
diversas vezes em casos de flexibilização da jornada de trabalho,
consolidando o entendimento pela sua impossibilidade, salvo
nos casos previstos no artigo 3º do Decreto nº 1.590, de 1995, e
nos casos de redução da remuneração proporcionalmente à
redução da jornada, assim como da adoção do banco de horas
por ausência de amparo legal, vez que sua utilização, sob a ótica
de gestão de pessoal e da legislação vigente, afronta os artigos
19 e 73 da Lei nº 8.112, de 1990 (grifo nosso). ”

Há de se observar se há respaldo legal para o banco de horas ser


implementado e se realmente ele não afronta o disposto na Lei 8.112/90 e no
decreto que regulamenta a jornada de trabalho – 1.590/95.
Considerações Finais

A ignorância é atrevida.
É cediço que, mesmo para os trabalhadores braçais, o controle do
tempo de confinamento no seu ambiente de trabalho é algo retrógrado e
contraproducente. Em se cuidando de trabalhadores cuja produção é
eminentemente intelectual, sequer cabem comentários.
O controle de horário em folha de ponto ou similares eletrônicos não é
controle de qualidade, mas apenas uma forma absolutamente ineficaz e
retrógrada de submissão e desvalorização de um dos cargos mais importantes
da República.
A referida Instrução Normativa n. 2, em seu art. 8 o., ao trazer o elenco
dos servidores que não estarão sujeitos ao ponto eletrônico, ignora o fato de
que não apenas os detentores de cargos em comissão (DAS 4 ou superior) e
outros poucos ali mencionados, desenvolvem, no Serviço Público Federal, um
trabalho eminentemente intelectual. É obviamente o caso da Classe dos
Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, que possuem as privativas
atribuições de exercer a fiscalização tributária federal, constituir o crédito
tributário, julgar processos fiscais, dentre outras.
Para tais classes, a Instrução Normativa é uma afronta. E um
desrespeito ímpar. A norma ignora que tratar igualmente os desiguais (no caso
pessoas que desenvolvem trabalho intelectual e que desenvolvem trabalho
braçal) é justamente transgredir o princípio da isonomia. Não o respeitar.
Por fim, salta aos olhos a claramente inconstitucional proibição velada
ao trabalho sindical. Ora, se as horas utilizadas no trabalho sindical deverão
ser compensadas, parte-se do pressuposto que o trabalho sindical,
ordinariamente, somente poderia ser realizado em finais de semana, ou à noite
(fora do horário de expediente) ou nas férias do sindicalista. Por evidente que
esta é mais uma afronta da mencionada norma infralegal, que ignora ser a
atividade sindical um direito garantido na Carta Magna.
Atos como esta norma minam e coroam o serviço público de ignorância,
na medida em que afastam cada vez mais dele os melhores e mais inteligentes
profissionais do mercado.
Se a intenção é esta, o caminho está correto.
***

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