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ATUALIDADES E GEOGRAFIA PARA ABIN


PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES

Aula 12 – Questões Nacionais III

Olá, meus amigos, como estão os estudos?

Em meio a tantas aulas me dei conta de que havia pulado


aquela que estava agendada pra ser nossa aula 06 e acabei me
confundindo com a numeração de tudo!!

De todo modo, segue a aula que fala sobre o Brasil num


viés mais direcionado para políticas públicas segundo vem sendo
cobradas em prova CESPE e ESAF que pedem Realidade Brasileira.
Esses assuntos não constam no ultimo edital da ABIN, porém por
estarem frequentemente no edital dessa outra matéria (que é muiiiito
parecida com a nossa) achei por bem abordar esses tópicos também.

Então pessoal, vamos ao que interessa, vamos à nossa aula!


;-)

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Investimentos em infraestrutura e os aspectos sociais

Já faz algum tempo que as ações governamentais são


pautadas pelo entendimento de que investir em infraestrutura é a
condição fundamental para que o Brasil acelere seu desenvolvimento
de forma sustentável. Entende-se que dessa forma, o país poderá
superar os gargalos da economia e estimular o aumento da
produtividade e, consequentemente, diminuir as desigualdades
regionais e sociais ainda tão presentes no cenário brasileiro.

Apesar disso, uma das críticas mais recorrentes nos


cadernos econômicos dos principais jornais do país está relacionada
justamente ao tamanho do setor público. Isso quer dizer, mais
especificamente, uma crítica aos braços do Estado que se estendem
por diversas esferas as quais estão, segundo alguns, para muito além
do domínio público. Como assim?

Bem, pessoal, quem de nós nunca ouviu falar do PAC, ou do


programa bolsa família presente desde o primeiro mandato do
presidente Lula? Pois bem, desde o início do governo Lula um imenso
volume de recursos federais vem sendo destinados tanto para
programas sociais, quanto para programas de infraestrutura.

Com isso, o que mais se vê são inúmeros artigos críticos a


isso destacando a necessidade de “se cortar os gastos públicos”, indo
desde os programas sociais até o corte de pessoal. Segundo os
críticos, os programas sociais são injustificáveis, pois beneficiam
“clientelas específicas” e “fornecem recursos públicos em troca de
nada”.

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Alguns economistas, como o economista do IPEA, Fábio


Giambiagi, afirmam que o papel do governo brasileiro não deve ser o
de “transferir renda” através de programas sociais, mas o de
estimular a “criatividade” do indivíduo.

Ainda assim, a lógica oficial é outra bem diferente e se


legitima comparando os gastos públicos brasileiros com programas de
transferência de rendas com os países da OCDE - Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Ao fazer essa
comparação no surpreendemos ao encontrar uma realidade não
muito diferente nos países que a compõem, ainda que sejam países
ricos, observe o gráfico:

Pela análise do gráfico podemos constatar que a ação


governamental, principalmente na França, Dinamarca, e Suécia é
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fundamental para o controle da pobreza. Deste modo, programas de


transferência de renda, não são um “privilégio” do Brasil.

Os índices em vermelho mostram o nível da pobreza da


população quando o Estado fornece algum tipo de ajuda, enquanto a
coluna em azul aponta qual seria o índice caso os governos não
tivessem nenhum programa de transferência de rendas.

Vocês devem ter percebido, que até agora só dei uma


“palinha” sobre a existência de programas sociais, mas ainda não
falei nada sobre a relação dos investimentos em infraestrutura com a
diminuição das desigualdades, não é mesmo?

Para entendermos essa relação vejamos um pouco sobre os


investimentos que o governo tem feito nesse sentido nos últimos
anos!

Investimento brasileiro em infraestrutura

Bem, meus amigos, uma das confusões mais comuns nos


alunos ao falar da relação entre infraestrutura e desigualdade social
se dá pelo fato de poucos saberem o que, EXATAMENTE, pode ser
considerado infraestrutura!

Geralmente se associa infraestrutura apenas a parte


logística enquanto na realidade, pelo menos nos últimos dez anos,
investir nisso tem significado investir em três eixos decisivos:

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1- Infraestrutura Logística: que envolve a construção e


ampliação de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias etc;

2- Infraestrutura Energética: que corresponde a geração e


transmissão de energia elétrica, produção, exploração e transporte de
petróleo, gás natural e combustíveis renováveis;

3- Infraestrutura Social e Urbana: a menos conhecida de


todas e que engloba saneamento, habitação, metrôs, trens urbanos e
a universalização de alguns recursos.

Pois é, pessoal, então podemos dizer que quando o governo


investe em programas sociais ele também está investindo em
infraestrutura! É claro que, por si só, esses projetos são insuficientes
para dar conta de todas as necessidades de melhorias da população.
Por isso, o investimento nos outros tipos de infraestrutura como a
logística e energética - que geram empregos e renda para um
numero muito maior de pessoas – são fundamentalmente
complementares à diminuição da desigualdade tanto social e regional.

Assim, acho que podemos pensar que esses investimentos


podem ter uma relação direta ou indireta com a diminuição da
desigualdade social. Sendo que ele é direto quando o governo
promove programas como o bolsa família, bolsa gás, luz para todos
etc e indireta quando investe na infraestrutura logística e energética.

Durante muitos anos em nosso país falar em bases


estruturais para o país se resumia em falar de estradas. Tanto que
início do século XX, o então presidente do Brasil, Washington Luís,
afirmou que “Governar é construir estradas”. É claro que estávamos

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vivendo um momento bem diferente do atual, mas isso nos dá uma


ideia do quanto era conhecida a importância da infraestrutura de
transportes para o desenvolvimento da economia.

Isso porque boas estradas sempre significaram redução no


custo de transportes e, portanto, no preço final dos produtos,
tornando-os mais acessíveis ao consumidor e mais competitivos com
os concorrentes.

Além disso, quando as rodovias são boas elas acabam


influenciando para que a região se especialize nas atividades
econômicas para as quais tenham maior vocação seja agricultura,
pecuária, indústria ou qualquer outra. Independente do que for
produzido ali, haverá como escoar para todo o país e trazendo
ganhos de produtividade e qualidade para toda a economia.

A redução do tempo de viagem entre duas cidades permite


aumentar os laços econômicos e sociais, pois torna possível morar
em uma cidade e estudar, fazer compras e consultar médicos em
outra cidade, por exemplo! Assim, boas estradas acabam refletindo
diretamente no aumento do universo de escolha dos consumidores e
a concorrência entre as empresas.

Obviamente quando se fala em infraestrutura de transportes


não podemos pensar apenas em rodovias, já que existem outros
meios de transporte que vem tendo sua importância crescente no
país como o ferroviário, portuário e aéreo. Afinal de contas, portos
eficientes reduzem os custos das exportações aumentando a
capacidade das empresas nacionais para vender seus produtos no

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exterior, aumentando, consequentemente, a taxa de emprego no


país.

Mas, professora, como é que investimentos em


infraestruturas logística e energética reduzem as desigualdades
sociais e regionais?

Bem, essa resposta é simples: gerando mais oportunidades


de empregos e, portanto, de renda às pessoas que estão próximos
aos locais beneficiados.

Ora, os investimentos em infraestrutura acabarão tendo


importante impacto na redução da pobreza e na melhoria da
qualidade de vida da população de menor renda. Isso porque, ao
iniciarem os investimentos nesses setores um aumento direto da
oferta de empregos e salários, levando a um crescimento da
economia que se torna mais eficiente e competitiva.

Além disso, há um significativo aumento no valor de


mercado do patrimônio da população pobre quando a região de sua
residência passa a ser servida por rede de esgoto, água e telefone. O
mesmo ocorre na propriedade rural, a qual passa a valer mais
quando uma estrada facilita seu acesso à cidade mais próxima, não é
mesmo?

Investimentos nas mais diversas infraestruturas acabam


trazendo benefícios em áreas distintas, como a saúde, já que com a
expansão do saneamento básico acabamos vendo como consequência
uma significativa redução na incidência de doenças na população
pobre.

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Por outro lado, se há mais investimento em diversos meios


de telecomunicações eficientes, como telefones, internet e demais
sistemas de comunicação eficientes e baratos, mais negócios se
viabilizam. Isso porque torna-se comum que pequenos negócios
informais tenham custos operacionais baixos e possam crescer, já
que se torna barato e fácil construir uma ponte entre comprador e
vendedor.

Do mesmo modo, uma comunicação melhor permite agilizar


a pesquisa por matérias-primas de menor custo e aperfeiçoar as
condições de negociação de venda de safra pelo pequeno produtor
rural.

Enfim, amigos, poderíamos montar uma aula todinha


somente falando sobre os investimentos de infraestrutura e as
vantagens de se investir nisso. Acho que depois de compreendermos
os “poderes” dos investimentos estruturais, vocês devem estar se
perguntando porque o Brasil investe tão pouco nisso, então?

Para que os investimentos públicos em infraestrutura


realizem todo seu potencial benéfico à população é preciso que o
Estado tenha capacidade técnica para planejar e monitorar esses
investimentos já que eles acabam se tornando alvo fácil dos
corruptos de plantão!! :-/

Por isso, é fundamental que existam mecanismos de estado


que promovam avaliações independentes dos projetos por instituições
de controle, como o TCU e a CGU, para que haja uma checagem dos
projetos elaborados pelo governo. É visando evitar as fraudes que
temos seria importante uma lei de licitações que garantisse efetiva
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competição entre os candidatos a realizar a obra, evitando conluios e


cartéis, como vemos cotidianamente nos noticiários.

Falhas nesses quesitos acabam fazendo com que os


investimentos públicos em infraestrutura no Brasil pareça, muitas
vezes, uma fonte de desperdício de recursos, perdendo apoio entre
os eleitores.

Jornais, revistas e dados oficiais, como os da ONU ou do IBGE,


apontam para o fato de que, nos últimos anos, o governo do Brasil se
aproximou, como nunca, dos mais pobres retirando,
aproximadamente, 28 milhões de brasileiros da pobreza absoluta e
inserindo outros 36 milhões na classe média.

Pois eh, pessoal, os números são mesmo animadores, o Brasil


ainda está entre os “top” dos mais desiguais do mundo, hein?
Mesmo com todo este avanço, 16 milhões de pessoas ainda
permanecem na pobreza extrema e a grande pergunta que sempre
fica na cabeça da gente é: como pode um país tão rico como o nosso
ainda possuir um número tão alto de pessoas vivendo em situação de
pobreza extrema, não é mesmo?

Bem, existem mil motivos pra isso, históricos, estruturais,


sociais e até mesmo culturais, para que a ação do Estado chegue (ou
não) até essas pessoas. Muita dessa pobreza, às vezes se esconde
numa espécie de realidade paralela – seja devido ao nosso imenso
território ou mesmo em zonas segregadas dentro das próprias
grandes cidades.

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Enfim, o fato é que estamos falando de pessoas tão


desfavorecidas que não conseguiram se inscrever, nem mesmo, em
programas sociais bastante conhecidos, como o Bolsa Família, e
tampouco conseguem ter acesso a serviços essenciais como água,
luz, educação, saúde e moradia.

Mas afinal o que nos mostram esses indicadores sociais? É


possível acreditar nesses dados?

Em 1990, a Organização das Nações Unidas - ONU promoveu


diversas conferências abordando as mudanças que vinham ocorrendo
no contexto das sociedades modernas. Em conseqüência disso, os
institutos nacionais de estatísticas acabaram desafiados a estruturar
e produzir, de forma sistemática, informações que contribuíssem para
a melhor compreensão da realidade de cada país.

Com esse intuito, o IBGE , passou a publicar com freqüência


uma Síntese de indicadores sociais como muitas vezes vemos nos
telejornais. Assim, temos uma boa noção das condições de vida da
população como um todo, seja no âmbito da saúde, da educação, da
fecundidade ou qualquer outra coisa que se relacionar a qualidade de
vida.

Os indicadores sociais são, na verdade , os meios utilizados


para designar os países como sendo desenvolvidos, emergentes ou
subdesenvolvidos. Assim, os organismos internacionais analisam os
países segundo vários pontos como:
• Expectativa de vida - média de anos de vida de uma pessoa em
determinado país
• Taxa de mortalidade - Corresponde ao número de pessoas que
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morreram durante o ano


• Taxa de mortalidade infantil - Corresponde ao número de
crianças que morrem antes de completar 1 ano.
• Taxa de analfabetismo - Corresponde ao percentual de pessoas
que não sabem ler e nem escrever
• Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de
poder de compra dos habitantes.

• Saúde - qualidade da saúde da população.


• Alimentação - quantidade mínima e qualidade dessa alimentação
• Condições médico-sanitárias - acesso a esgoto, água tratada,
pavimentação etc.)
• Qualidade de vida e acesso ao consumo - correspondem ao
número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à
internet entre outros.

Mas, vocês devem estar pensando “professora, nós veremos


todos esses indicadores??” De certa forma sim, mas não
especificamente.

Digo de certa forma, pois todos os itens do edital vistos até


agora foram tocando em alguns desses pontos, não é mesmo? Alguns
deles nós já vimos ao falar da dinâmica demográfica e social no
Brasil, mas muitos deles estão diretamente ligados a nossa
infraestrutura, perceberam?

Afinal, meus amigos, como podemos falar dos indicadores


sociais referentes a qualidade de vida, condições médico sanitárias ou
até mesmo alimentação sem observar as infraestruturas?

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Portanto, os indicadores estão completamente atrelados a elas


querem um exemplo? O indicador social que toca no nível de
escolaridade estará diretamente ligado aos investimentos feitos na
educação! Do mesmo modo, a renda nacional aos fatores que
movimentam a economia, e qualidade e quantidade da alimentação
brasileira aos investimentos estruturais no campo, estradas,
tecnologia etc.

Viram como falar de uma coisa é falar da outra? Preciso que


vocês tenham isso muito claro, pois essa aula trará muitos dados
que lhes permitirão compreender também a questão dos serviços
públicos básicos foi pedido no edital, ok?

Serviço público é um conjunto de atividades e serviços


ligados à administração do Estado que, através de seus
agentes e representantes, promovem o bem-estar da
população

Bem, essas atividades, prestadas pelo Estado para a sociedade,


são desempenhadas pelos funcionários públicos que estão integrados
nas entidades governamentais, tais como entidades político-
administrativas, de direito público , saúde e segurança pública.

Todavia, não é segredo pra nenhum de nós que o Estado não


tem dado conta de nos oferecer tudo o que nos é devido , tampouco
com a qualidade esperada como mostram os indicadores sociais a
cada ano.

Não podemos ignorar também, que as transformações


demográficas, sociais e econômicas pelas quais passa a sociedade

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brasileira impactam as condições de vida e saúde da população, ao


mesmo tempo em que geram novas demandas para o sistema de
saúde do País, pressionando-o no sentido de adaptar-se ao novo
perfil de necessidades.

Políticas de infraestrutura

Bem é importante que fique claro, pessoal, que o


investimento em infraestrutura por períodos relativamente longos é
condição necessária tanto ao crescimento econômico como
para ganhos sustentados de competitividade que vão
influenciar diretamente nos indicadores sociais.

Vejam que investir em infraestrutura não é um esforço


trivial e poucos países têm sido capazes de mobilizar recursos ao
longo de um horizonte que vai além de 20-30 anos, sem reduções
que comprometem a integridade e qualidade dos serviços.

De modo geral, e tendo por referência a experiência dos


países desenvolvidos e das economias emergentes que transitaram
mais recentemente e de forma acelerada para níveis mais elevados
de renda, observa-se que seriam necessários vários fatores donde
destacamos:
 Uma relação investimento/Produto Interno Bruto (PIB), em
infraestrutura, da ordem de 3,0% .
 Uma expansão para 4%-6% do PIB, investido ao longo de 20
anos, para alcançar os níveis observados atualmente na Coréia do Sul

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e em outros países industrializados do Leste da Ásia, ou mesmo


acompanhar o processo de modernização da infraestrutura da China.
 Uma mobilização de 5%-7% do PIB para impulsionar o
crescimento econômico e se aproximar dos padrões desses países –
que vêm melhorando continuamente – e cujas taxas de investimento
em infraestrutura se situaram nesse intervalo nos 20 anos que
compreendem o final das décadas de 1970 e 1990.

Brasil: investimentos públicos e privados em infra-estrutura – 2001-2007,


2008-2010 (projetado em R$ bilhões correntes)
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2001-2007 2008-2010
Energia elétrica 8,73 11,05 9,94 9,69 12,18 15,60 16,29 83,47 71,91
Telecomunicações 21,99 9,69 8,02 13,30 14,21 12,41 12,46 92,09 46,34
Transporte rodoviário 5,87 5,53 3,86 5,40 6,74 8,67 9,36 45,43 24,08
Transporte ferroviário 0,82 0,72 1,11 1,90 3,24 2,53 2,74 13,06 8,26
Aeroportuário 0,46 0,58 0,57 0,55 0,74 0,89 0,57 4,36 2,43
Portos 0,33 0,44 0,20 0,44 0,50 0,58 0,72 3,21 1,18
Hidrovias 0,20 0,09 0,05 0,08 0,10 0,11 0,13 0,77 0,61
Saneamento 4,82 4,43 3,74 4,46 6,4 4 8,28 9,76 41,92 28,34
Total 43,22 32,54 27,48 35,82 44,15 49,07 51,03 284,31 183,14
Fontes: Anexos A e B, Torres Filho e Puga (2007), PAC, Ipeadata, Banco Central
(BC) e cálculos próprios.

A tabela retrata a evolução dos investimentos em


infraestrutura no Brasil considerando os principais setores: energia
elétrica, telecomunicações, transporte rodoviário, ferroviário e
aeroportuário, portos, hidrovias, e saneamento. Tudo isso, amigos,
faz com que várias oportunidades de emprego sejam geradas e as
desigualdades sejam diminuídas.

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Se num primeiro momento da História do Brasil esses


investimentos eram feitos apenas no sul e sudeste do país, o que
vemos com as atuais políticas é uma segura tentativa de
descentralizar esses investimentos de forma a abranger o máximo
possível do território nacional.

Assim, regiões historicamente esquecidas também


passaram a receber um enorme volume de investimento em suas
estruturas para que grandes indústrias e empresas possam se
instalar também nesses locais.

PNLT- Plano Nacional de Logística e Transportes


Cumprindo minha promessa da aula 03, falarei agora um
mais sobre o Plano Nacional de Logística e Transportes, que foi
desenvolvido pelo Ministério dos Transportes em cooperação com o
da Defesa.
Bem, segundo o próprio site do Ministério dos Transportes o
objetivo central desse plano
“ é formalizar e perenizar instrumentos de análise,
sob a ótica logística, para dar suporte ao
planejamento de intervenções públicas e privadas na
infraestrutura e na organização dos transportes, de
modo a que o setor possa contribuir para a
consecução das metas econômicas, sociais e
ecológicas do País, em horizontes de médio a longo
prazo, rumo ao desenvolvimento sustentado.
“formalizar e tornar permanente os instrumentos de

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análise, sob a ótica logística, para dar suporte ao


planejamento de intervenções públicas e privadas na
infraestrutura e na organização dos transportes”

Por meio desse planejamento, o setor de transportes e


logística poderiam fomentar o crescimento econômico, social e
ecológico do Brasil. Ou seja, alcançar o objetivo, no médio e longo
prazo, de alcançar o desenvolvimento sustentado.
Segundo o programa do PNLT, as metas a serem atingidas
pelo Plano até 2023 são:
1) Retomada do processo de planejamento dotado de estrutura
permanente de gestão e perenização, com base em sistema de
informações georreferenciado;
2) Incorporação de todos os custos associados à cadeia logística
do processo estabelecido entre as origens e os destinos dos
fluxos de transporte;
3) Efetiva mudança na Matriz de Transportes do País, com maior
equilíbrio entre as modalidades, dando ênfase aos transportes
aqüaviário e ferroviário, integrados ao transporte rodoviário
Racionalização energética na produção de transporte, através
da multimodalidade e do uso intensivo de terminais de
integração e transbordo
4) Preservação ambiental, respeitando as áreas de restrição e
controle de uso do solo, tanto na produção de bens quanto na
implantação da infra-estrutura;
5) Uso intensivo da tecnologia da informação e da comunicação
nos serviços de transporte, buscando otimizar e maximizar a

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produtividade dos ativos do setor e tirando maior rendimento


do capital empregado;
6) Enquadrar e validar os projetos de transporte em vetores
logísticos estruturantes do desenvolvimento social e econômico
do País, considerando os seguintes objetivos:
• aumento da eficiência produtiva em áreas consolidadas
(AEP)
• indução ao desenvolvimento de áreas de expansão de
fronteira agrícola e mineral (IDF)
• redução de desigualdades regionais em áreas deprimidas
(RDR)
• integração regional sulamericana (IRS)

Entretanto, pessoal, o que podemos ver hoje é que muitas


da intenções do PNLT não saíram do papel e, dificilmente, a mudança
da matriz de transportes acontecerá no prazo previsto. Além disso, a
maior parte dos investimento do Ministério dos Transportes continua
sendo feita nas rodovias, o que não quer dizer que os problemas
foram sanados, pois, como todos sabem, os problemas na malha
rodoviária continuam em alta.

Uma breve comparação é suficiente para mostrar o quanto o


país está atrasado em termos de malha rodoviária.

O Brasil dispõe de apenas 1,7 milhão de quilômetros de


rodovias pavimentadas (13% do total), contra 6,5 milhões de
quilômetros de rodovias pavimentadas nos EUA (67% do total) e 3,7
milhões de rodovias pavimentadas na China (54% do total).

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Não bastasse a falta de investimentos efetivos no setor, o


país enfrenta outro problema, este ligado ao quadro político-
partidário, no qual não há continuidade nas políticas públicas e
econômicas de um governo para o outro.

PAC - Programa de Aceleração do Crescimento

Esse é o principal programa em andamento no país e tem


um foco muito voltado para o desenvolvimento nacional com base
nos investimentos infraestruturais que falamos no inicio da aula:
sociais, logístico e energético.

A primeira versão do Programa de Aceleração do


Crescimento foi um programa lançado ainda no governo de Lula, em
2007, e engloba um conjunto de políticas econômicas que tem como
objetivo acelerar o crescimento econômico do país.

Tem como uma de suas prioridades investir mais em


infraestrutura, em áreas como saneamento, habitação, transporte,
energia e recursos hídricos. Apesar das inúmeras críticas que recebe
este programa tem promovido significativas alterações nos dados
estatísticos que apontam a retomada do planejamento e execução de
grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética
do país. Como consequência disso, temos tido um desenvolvimento
acelerado e sustentável se comparado a outros países do mundo.

Pensado como um plano estratégico de resgate do


planejamento e de retomada dos investimentos em setores

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estruturantes do país, o PAC visa contribuir de maneira decisiva para


o aumento da oferta de empregos e na geração de renda, e elevou o
investimento público e privado em obras fundamentais.

Nos seus primeiros quatro anos, o PAC ajudou a dobrar os


investimentos públicos brasileiros (de 1,62% do PIB em 2006 para
3,27% em 2010) e ajudou o Brasil a gerar um volume recorde de
empregos – 8,2 milhões de postos de trabalho criados no período.

Teve importância fundamental para o país durante a grave


crise financeira mundial entre 2008 e 2009, garantindo emprego e
renda aos brasileiros, o que por sua vez garantiu a continuidade do
consumo de bens e serviços, mantendo ativa a economia e aliviando
os efeitos da crise sobre as empresas nacionais.

Em 2011, o PAC entrou na sua segunda fase, com o mesmo


pensamento estratégico, aprimorados pelos anos de experiência da
fase anterior, mais recursos e mais parcerias com estados e
municípios, para a execução de obras estruturais.

Um dos aspecto a se ressaltar é que esse programa vem


quebrando uma tendência histórica de que o investimento em
infraestrutura deva vir exclusivamente do bem público.

Deste modo, a fronteira entre o investimento privado e


público não é nítida e vem se movendo: mudanças tecnológicas,
econômicas e institucionais vêm viabilizando uma expansão do
investimento privado em infraestrutura e reforçando o conceito de
complementaridade entre o público e o privado.

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13) (CESPE – 2010 – IPAM – Assistente Social) A respeito das


mudanças sociais, econômicas e políticas que alteraram a
realidade brasileira nos últimos 20 anos, no Brasil, assinale a
opção correta.

a) A Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, determinou o


percentual do orçamento público que a União, os estados, os
municípios e o Distrito Federal podem destinar para o financiamento
das campanhas eleitorais.

b) O desemprego, apesar da expansão, não é significativo, pois


atinge, no ano de 2010, apenas 20% da população economicamente
ativa (PEA).

c) Consolidaram-se a produção e o consumo do biocombustível,


especialmente o etanol.

d) A popularização dos medicamentos genéricos fortaleceu a indústria


farmacêutica internacional, que garantiu suas patentes.

e) Criou-se o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),


destinado às ações de caráter emergencial na infraestrutura
industrial.

COMENTÁRIOS

Pessoal, como vocês podem ver a questão, apesar de


ampla, é muito fácil, pois seus erros são mos erros nas assertivas são
muito fáceis de achar. Vamos às alternativas!

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A alternativa A está incorreta, pois a Lei de


Responsabilidade Fiscal Estabelece, apesar de sua grande
importância, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal e não citam em nenhum momento o
financiamento público de campanhas.

A alternativa B está errada, pois informa que houve um


pequeno aumento no desemprego no ano de 2010, fato este não
ocorrido. Segundo o IBGE, o desemprego registrado no ano de 2010
da população economicamente ativa (PEA) foi de 7,9%.

A alternativa C fala da consolidação da produção e do


consumo do biocombustível, especialmente o etanol. Atualmente, o
Brasil é o país mais avançado, do ponto de vista tecnológico, na
produção e no uso do etanol como combustível, seguido pelos EUA e,
em menor escala, pela Argentina, Quênia, Malawi e outros. A
produção mundial de álcool aproxima-se dos 40 bilhões de litros, dos
quais presume-se que até 25 bilhões de litros sejam utilizados para
fins energéticos. O Brasil responde por 15 bilhões de litros deste
total. O álcool é utilizado em mistura com gasolina no Brasil, EUA,
UE, México, Índia, Argentina, Colômbia e, mais recentemente, no
Japão. De posse de todas essas informações, podemos concluir que a
afirmação está corretíssima.

A alternativa D também está errada, ao afirmar que a


“popularização dos medicamentos genéricos fortaleceu a indústria
farmacêutica internacional”, e que tal fato garantiu suas patentes.
Ocorreu exatamente o contrário. A origem dos medicamentos

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genéricos se deu justamente devido à expiração dos prazos das


patentes.

Como na maior parte dos casos os remédios genéricos são


mais baratos que os produzidos pelos grandes laboratórios,
atualmente vários países defendem a quebra de patentes de
remédios, o que contraria totalmente o interesse da indústria
farmacêutica internacional. Podemos ver a importância deste assunto
no cenário internacional pois até a presidenta Dilma Rousseff
defendeu a quebra de patente de alguns medicamentos em seu
discurso na abertura da Reunião de Alto Nível sobre Doenças
Crônicas, na sede da ONU, em Nova York, ocorrida em setembro de
2011. Ela afirmou que é favorável à quebra nos casos de remédios
para tratamento de algumas doenças crônicas não transmissíveis,
como diabetes e hipertensão, e acesso gratuito a medicamentos para
população de baixa renda para tratar essas doenças.

A alternativa afirma que o PAC é destinado às ações de


caráter emergencial na infraestrutura industrial. Como pudemos ver
aqui em nossa aula, o PAC é um apresenta medidas de curto, médio
e longo prazos, que procuram desenhar um horizonte mais favorável
aos investimentos e à aplicação dos recursos. Busca contribuir para
um ambiente econômico com previsibilidade, estabilidade e regras
mais claras para a realização de investimentos. Logo, a alternativa
também está errada. A resposta correta é, então, a letra C.

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Saúde Pública

Consultando os dados do IBGE tivemos como dados mais


recentes uma pesquisa realizada em 1998, ou seja um tanto
ultrapassada, né pessoal? Mesmo assim ela nos fornece os
indicadores que norteiam as políticas de saúde ainda hoje. :-/

Bem, em 1998 a população brasileira residente foi estimada em


158,2 milhões de habitantes. Destes, 79,1% auto-avaliaram o seu
estado de saúde como sendo "muito bom ou bom" e apenas 3,6%
como "ruim ou muito ruim".

Concentrando a análise nos que responderam "muito bom ou


bom" (as demais categorias obedecem a um padrão inverso), nota-se
um padrão bastante claro.

Assim, o perfil de necessidades em saúde no Brasil apreendido


em 1998 através das variáveis auto-avaliação do estado de saúde etc
permitiram ao governo confirmar aquilo que muitos de nós sabemos

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sem fazer nenhuma tipo de pesquisa: a saúde é proporcional a


renda!! Os dados mostraram que ass necessidades em saúde têm
um padrão de distribuição segundo a idade, sexo - os homens têm
mais problemas de saúde do que as mulheres. Mas, principalmente,
os estudos realizados indicam que a necessidade em saúde apresenta
forte ingrediente social e tende a ser desfavorável aos indivíduos
em posições sociais menos favorecidas.
Assim, é correto afirmar que o número de pessoas que referem
problemas de saúde diminui à medida em que a renda familiar
aumenta, definindo um padrão de marcadas desigualdades sociais em
saúde.

E porque estou falando tudo isso agora?

Porque o Plano Brasil Sem Miséria foi criado exatamente


para ir até onde essas pessoas estão, rompendo qualquer tipo de
barreira que segrega pessoas e regiões.

Plano Brasil sem miséria

Acredito, pessoal, que este item é particularmente importante


pra vocês devido ao cargo que estão pleiteando, então, eu arriscaria
dizer que é quase certo uma pergunta sobre esse plano na prova!
Como não dá pra adivinhar o quê exatamente será cobrado
buscaremos compreende-lo de forma geral, ok?

Pois bem, no dia 02 de junho de 2011 a presidente Dilma criou


o Decreto nº 7.492, responsável por instituir o Plano Brasil Sem

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Miséria. Com a meta de retirar 16,2 milhões de brasileiros da


situação de extrema pobreza, a presidenta Dilma Rousseff lançou
este plano que agrega transferência de renda, acesso a serviços
públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social,
saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva.

Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos


programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria
com estados, municípios, empresas públicas e privadas e
organizações da sociedade civil, o governo federal quer incluir a
população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte
crescimento econômico brasileiro.

O objetivo principal do plano é elevar a renda e as condições de


bem-estar da população, localizando e incluindo as famílias
extremamente pobres nos mais diversos programas federais de
acordo com as suas necessidades.

Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza


produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
e irá atrás dessas pessoas mais vulneráveis.

Mas vocês devem estar se perguntando “afinal, quem são


exatamente essas pessoas que o governo pretende atingir? Qual o
perfil exato delas?

Bem, o Plano Brasil Sem Miséria é direcionado,


especificamente, aos brasileiros que vivem em lares cuja renda
familiar é de até R$ 70 por pessoa. Pois é, pessoal, por mais difícil
que seja acreditar numa realidade dessas, de acordo com o Censo

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2010 do IBGE 16,2 milhões de brasileiros ainda estão nessa situação.


Assim, o governo criou uma estratégia para chegar até essas pessoas
que ganhou o nome de Busca ativa.

Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão


uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de
localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em
situação de pobreza extrema. Assim, amigos, podemos afirmar que,
entre outras coisas, esse plano busca identificar e inscrever pessoas
que precisam e ainda não recebem o Bolsa Família, além de ajudar
quem já recebe a buscar outras formas de renda e melhorar mais
suas condições de vida.

Além disso, essas equipes da busca ativa têm o objetivo de


identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações
para que essa população possa acessar os seus direitos.

Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas,


visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais são utilizados
neste trabalho, além da qualificação dos gestores públicos para o
atendimento à essa população extremamente pobre.

Essa nova estratégia, "Busca Ativa", acaba montando o mais


completo Mapa da Pobreza no país em que ela deixa de ser apenas
um número e ganha nome, endereço e sobrenome.
Conseqüentemente ela possibilita que se forme também um Mapa
Nacional de Oportunidades, identificando os meios mais eficientes
para estas pessoas melhorarem de vida.

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Ainda que muitos críticos entendam esses planos assistenciais


como uma forma de paternalismo e entrem na lógica do “ não
adianta dar o peixe, tem que ensinar a pescar” o governo vê essa
assistência como algo temporário. Isso porque cada pessoa que sai
da miséria é um novo produtor, um novo consumidor e, antes de
tudo, um novo cidadão disposto a construir um novo Brasil, mais
justo e mais humano.

Desta forma, podemos afirmar que o principal objetivo do plano


é romper a linha da miséria, não é mesmo, amigos?

Até onde os dados nos possibilitam saber o público alvo do


Brasil Sem Miséria, está localizado majoritariamente no Nordeste do
país onde estão 59%. Além disso, 40% dos 16,2 milhões de
brasileiros têm até 14 anos e 47% vivem na área rural.

Bem, que isso é uma tarefa complicada ninguém pode negar,


mas confio em vocês e tenho certeza que farão o melhor trabalho
possível como analistas de políticas sociais para contribuir com o
sucesso desse e de muitos outros planos que ainda virão! ;-)

Precisamos saber que o Plano Brasil Sem Miséria atua em três


eixos:

1. Acesso a Serviços: Área da Educação, Saúde,


Assistência Social e Segurança Alimentar;
2. Garantia De Renda: Bolsa Família e Benefício de
Prestação Continuada (BPC);
3. Inclusão Produtiva: Rural e Urbana.

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Que a miséria tem caras e necessidades bem diferentes


conforme a região, nos já sabemos, não é mesmo? Todavia, não
podemos esquecer também das diferenças existentes entre o campo
e a cidade. Por isso, o Brasil Sem Miséria também conta com ações
nacionais e regionais baseadas nesses três eixos: garantia de renda,
inclusão produtiva e serviços públicos.

Na zona rural, por exemplo, o plano incentiva o aumento da


produção por meio de assistência técnica, distribuição de sementes e
apoio à comercialização. Já na área urbana, o foco da inclusão
produtiva é a qualificação de mão-de-obra e a identificação de
emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias
do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) vão
sendo incluídas nestes programas de transferência de renda.

Portanto, é correto afirmarmos que o plano prioriza a expansão


e a qualificação dos serviços públicos em diversas áreas,
assegurando, por exemplo, documentação, energia elétrica,
alfabetização, medicamentos, tratamentos dentário e oftalmológico,
creches e saneamento.

Assim, enquanto no campo, o objetivo central será aumentar a


produção dos agricultores, na cidade, diz respeito a qualificar a mão
de obra e identificar oportunidades e emprego para essas pessoas
vulneráveis.

Pra ficar mais claro pra vocês compreenderem o que


exatamente esse plano prevê que tal pontuarmos uma por uma?

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Dentre as principais ações para aumentar e o aprimorar os


serviços ofertados pelo governo aliados à sensibilização, mobilização,
para a geração de ocupação e renda e a melhoria da qualidade de
vida, estão os seguintes pontos:

 Acesso a documentação;
 Expansão da rede de Energia elétrica;
 Combate ao trabalho infantil;
 Segurança Alimentar e Nutricional: Cozinhas comunitárias
e bancos de alimentos;
 Apoio à população em situação de rua, para que saiam
desta condição;
 Educação infantil;
 Saúde da Família;
 Rede Cegonha;
 Distribuição de medicamentos para hipertensos e
diabéticos;
 Tratamento dentário;
 Exames de vista e óculos;
 Assistência social, por meio dos Centros de Referência de
Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de
Assistência Social (CREAS).

Muita coisa, né? Por isso, pessoal, para atingir todas essas
metas o plano conta com vários outros programas públicos, muitos
inclusive nós já ouvimos falar como o Bolsa Família, a Previdência
Rural, o Brasil Alfabetizado, o Saúde da Família, o Brasil Sorridente, o
Mais Educação e a Rede Cegonha. É através desses programas que o

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Brasil sem miséria vai se materializando, já que os programas


estão sendo ampliados e aperfeiçoados em todo o país.

Bom, mas pra vocês não me acusarem de estar aqui fazendo


qualquer tipo de apologia ao governo X ou Y , é bom ressaltar que
todas essas informações aqui são de fontes oficiais e para efeito de
prova e a elas que temos que nos apegar, ok?

Além disso, o Brasil foi citado pela ONU em setembro de 2012


como referência no combate a pobreza e o plano Brasil Sem Miséria
entendido como o melhor experiência brasileira na área social por
mobilizar, de forma articulada, a estrutura do governo federal, dos
estados e municípios.

Em julho de 2013 o país novamente aparece nas citações da


ONU no que se refere ao Atlas do Desenvolvimento Humano que
aponta agora que 74% dos municípios brasileiros se encontram nas
faixas de Médio e Alto Desenvolvimento Humano, enquanto apenas
25% deles ficaram nas faixas de Baixo e Muito Baixo
Desenvolvimento Humano.

Os dados foram divulgados nos últimos dias de julho por


ocasião de mais um documento oficial, o Atlas Brasil 2013, em
Brasília, pelo PNUD. Lembrando pessoal, que as faixas de
desenvolvimento humano são calculadas tendo como base o Índice
de Desenvolvimento Humano (IDHM) dos 5.565 municípios
pesquisados pelo Censo de 2010, do IBGE.

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Bom, mas acho que a essa altura do campeonato vocês devem


estar se perguntando, mas será que isso tem funcionado mesmo?
Afinal, todos nós sabemos que a teoria é bem diferente da prática!!!

Bem, para nós que não pertencemos a esse grupo de extema


pobreza fica mesmo meio difícil vermos como ele está atuando
efetivamente, mas é importante lembrarmos que apesar desse
público ser o alvo principal p programa também o objetivo de
melhorar a qualidade de vida daquelas pessoas que não são
extremamente pobres, mas que podem e querem melhorar de vida!
Queria abrir um parêntesis aqui pra contar-lhes uma historinha,
posso?

Eu tenho uma priminha linda que sempre foi muito inteligente e


falante e agora, com 5 aninhos, quando entrou pra escola (pública)
começou a ficar extremamente calada. Recomendamos aos pais
procurar uma psicóloga pra ver o que estava acontecendo com a
nossa pequena e adivinhem onde foi que a mãe dela conseguiu um
psicólogo rapidamente? Num lugar chamado CRAS que ficava
próximo a casa da minha avó! Antes disso, eu mesma nunca tinha
ouvido falar desse lugar que foi onde, depois de apenas 3 sessões de
terapia, nós ficamos sabendo que a escola estava sendo muito pouco
pra ela que sempre havia sido uma menina muito voraz em aprender
coisas novas. Assim, a psicóloga recomendou que ela realizasse
atividades paralelas como brinquedoteca e dança que eram oferecidas
pelo próprio CRAS e gratuitamente.

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Por isso, pessoal, acho que podemos entender que a prática


vem funcionando sim, e se nossa princesinha hoje está de volta ao
normal é graças, quem diria, ao plano Brasil sem miséria!!

É claro que o caso que contei só mostra que as coisas parecem


estar engrenando e que este plano parece estar mesmo conseguindo
criar, renovar, ampliar e, especialmente, integrar dezenas de
programas sociais.

Para isso o governo Federal conta com dois órgãos importantes


conhecidos pelas siglas CRAS E CREAS.

O CRAS - Centros de Referência de Assistência Social – já


possui sete mil unidades no país abrangendo todos os municípios e
com pretensão de se expandir a outros pontos quer ainda serão
criados. Ele é a unidade pública municipal da assistência social,
localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco
social. Nela, há a prestação de serviços socioassistenciais, como
cadastramento e acompanhamento das famílias, e acesso a
programas de transferência de renda, entre outros. É
preferencialmente a porta de acesso aos serviços e programas de
Assistência Social.

Além de ofertar serviços e ações de proteção básica,


o CRAS possui a função de gestão territorial da rede de assistência
social básica, promovendo a organização e a articulação das unidades
a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos nele envolvidos.

O outro órgão é o CREAS - Centro de Referência Especializado


da Assistência Social. Este é uma unidade pública estatal da

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assistência social que coordena e oferta serviços especializados e


continuados a famílias e indivíduos com direitos violados.

Podem ter abrangência municipal ou regional, proteção a


adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e
atendimento a idosos, pessoas com deficiência, famílias e indivíduos
que tenham sofrido violência física, psicológica, sexual (abuso e/ou
exploração sexual), indivíduos egressos de situação de tráfico de
pessoas, em situação de rua e mendicância ou abandono, trabalho
infantil ou outras formas de violação de direitos. Atualmente, o País
conta com 2.155 unidades espalhadas pelo território

Assim, podemos entender que o CRAS fica responsável por


prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, promover
ganhos sociais e materiais das famílias, acesso a benefícios diversos,
programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais.
Enquanto no CREAS As ações são mais voltadas a reconstrução
através de serviços especializados e continuados a famílias e
indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos como
violência física, psicológica, sexual, tráfico de pessoas, cumprimento
de medidas socioeducativas em meio aberto etc.

O Plano Brasil Sem Miséria completou um ano em junho de


2012 e teve todas as suas metas iniciais superadas, com destaque
para a busca ativa, que localizou e incluiu 687 mil famílias
extremamente pobres no Programa Bolsa Família, sendo que a
expectativa era de localizar 640 mil. Mas a meta continua sendo a
superação da extrema pobreza pelos 16,2 milhões de pessoas que se
encontram nessa situação até 2014.

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Para realizar um trabalho dessa grandeza houve a incorporação


do trabalho de vários ministérios que passaram a atuar de forma
diferenciada na cidade, no campo e nas várias regiões do país para
que se consiga beneficiar os 16 milhões de brasileiros mais pobres,
estejam eles onde estiverem.

Brasil Sem Miséria no Campo

Bem, amigos, é no campo que se encontra 47% do público alvo


do plano, e ali, a prioridade é aumentar a produção do agricultor seja
através de orientação e acompanhamento técnico ou por meio da
oferta de insumos e água.

Vamos dar uma conferida nas principais estratégias (eoricas


pelo menos) desse plano no meio rural:

1- Assistência Técnica

Os agricultores mais pobres terão acompanhamento continuado


e individualizado por equipes profissionais contratadas
prioritariamente na região pelo Governo Federal. Cada grupo de mil
famílias terá a assistência de um técnico de nível superior e de dez
técnicos de nível médio. Uma parceria com universidades e a
Embrapa vai introduzir tecnologias apropriadas a cada família e, com
isso, aumentar a produção.

2-Fomento e Sementes

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O plano vai apoiar famílias extremamente pobres tanto na


produção de alimentos quanto na comercialização dessa produção.
Cada família receberá um fomento a fundo perdido de R$ 2.400,
pagos em parcelas semestrais, durante dois anos, para adquirir
insumos e equipamentos. Até 2014, estima-se atender a 250 mil
famílias. Além disso, o plano também prevê outras ações
complementares ao fomento, como a oferta de sementes da Embrapa
e tecnologias apropriadas para cada região.

3-Programa Água para Todos

A meta, nesse quesito aqui, amigos, é atender a 750 mil


famílias com a construção de cisternas e sistemas simplificados
coletivos. Além disso, milhares de famílias são beneficiadas por
sistemas de água voltados para a produção.

4-Acesso aos mercados

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que já existia


desde o governo Lula, é um dos programas mais eficazes na
ampliação do mercado do pequeno agricultor. Através dele, o
Governo Federal compra a produção para doá-la a entidades
assistenciais ou para a formação de estoques. Com o Brasil Sem
Miséria, o PAA vem sendo será consideravelmente ampliado. Se hoje
ele atende a 66 mil famílias em situação de extrema pobreza, até
2014 beneficiará 255 mil.

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Esse programa de Aquisição de Alimentos (PAA), amigos, é


uma das ações do Fome Zero e promove o acesso a alimentos às
populações em situação de insegurança alimentar ao mesmo tempo
em que promove a inclusão social e econômica no campo por meio do
fortalecimento da agricultura familiar.

Ele também contribui para a formação de estoques estratégicos


e para o abastecimento de mercado institucional de alimentos, que
compreende as compras governamentais de gêneros alimentícios
para fins diversos, e ainda permite aos agricultores familiares que
estoquem seus produtos para serem comercializados a preços mais
justos.

A partir dele o governo pode adquirir alimentos de agricultores


familiares, com isenção de licitação,ou seja, sem burocracia e a
preços compatíveis aos praticados nos mercados regionais.

Na maioria das vezes esse produtos são destinados a ações de


alimentação empreendidas por entidades da rede socioassistencial;
Equipamentos Públicos de Alimentação e Nutrição como Restaurantes
Populares, Cozinhas Comunitárias e Bancos de Alimentos e para
famílias em situação de vulnerabilidade social. Além disso, esses
alimentos também contribuem para a formação de cestas de
alimentos distribuídas a grupos populacionais específicos - como
comunidades atingidas por enchentes etc.

Instituído pelo artigo 19 da Lei 10.696/2003, o PAA vem sendo


desenvolvido com recursos dos Ministérios do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) e tem

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suas diretrizes são definidas por um Grupo Gestor coordenado pelo


MDS e composto por mais cinco Ministérios.

5-Compra da Produção

Outra ação prevista no Brasil sem miséria é a ampliação das


compras públicas para hospitais, universidades, presídios, creches e
também para a rede privada de abastecimento, como supermercados
e restaurantes, que passarão a contar com a produção dos
agricultores mais pobres, ou seja, ampliação do PAA.

Brasil Sem Miséria na Cidade

Aqui estão localizados os outros 53% da população alvo do


plano e como o ambiente mudou as estratégias mudaram também.
No meio urbano, o objetivo central do Brasil Sem Miséria é gerar
ocupação e renda para os mais pobres, entre os 18 e 65 anos de
idade, mediante cursos de qualificação profissional, intermediação de
emprego, ampliação da política de microcrédito e incentivo à
economia popular e solidária, entre outras ações de inclusão social
que devem beneficiar dois milhões de pessoas. Para conseguir atingir
este objetivo as principais linhas de ação incluem:

1-Mapa de Oportunidades

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O Governo Federal, junto com Estados e prefeituras vem


levantando o conjunto de oportunidades disponíveis nas cidades para
incluir produtivamente as famílias identificadas pelo Mapa da Pobreza.
Assim, unindo esses dois instrumentos, o Brasil Sem Miséria vai
pretende promover um crescimento econômico mais inclusivo,
gerando novas oportunidades de trabalho e renda.

2-Qualificação de Mão de Obra

A meta do plano é inserir os beneficiários do Bolsa Família no


mercado de trabalho através de cursos de formação sintonizados com
a vocação econômica de cada região. Como assim? Escolas técnicas,
o Sistema S [SESI, SENAI,SENAC, SESC etc] e outras redes serão
mobilizadas para que seja possível oferecer mais de 200 tipos de
cursos gratuitos e certificados. O aluno receberá material pedagógico,
lanche e transporte.

3-Intermediação Pública de Mão de Obra

As ações de intermediação serão realizadas considerando o


conjunto de oportunidades mapeadas junto às empresas públicas e
privadas. Serão selecionados, prioritariamente, os beneficiários do
Bolsa Família e pessoas com idade entre 18 e 65 anos.

Bem, pessoal, como podemos notar são muitos programas que


se cruzam para fazer o Brasil sem miséria se materializar, mas, para
não ficar uma aula muito extensa falando muito de todos eles vamos
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partir pra questões e a partir delas nos aprofundar mais em alguns


dos mais importantes, ok?

(COHAPAR/PUCPR/2011) O governo federal lançou o


Plano Brasil sem Miséria, que agrega transferência de renda,
acesso serviços públicos, nas áreas de educação, saúde,
assistência social, saneamento e energia elétrica, bem como
inclusão produtiva. Para tanto, estão sendo empreendidos
esforços na relação entre as três esferas de governo. Os
diagnósticos realizados por institutos e órgãos de referência
indicam que a pobreza no Brasil possui particularidades
regionais que exigem estratégias diferentes para o campo e
para a cidade.

Sobre os aspectos essenciais da operacionalização do Plano


Brasil sem Miséria, analise as proposições a seguir:

I. A busca ativa será a estratégia utilizada para localizar,


cadastrar e inserir famílias no Plano.

II. A Bolsa Verde é uma estratégia definida para incentivar


crianças e jovens residentes em áreas rurais para que acessem a
escola e recebam uma bolsa.

III. O Plano Brasil sem miséria é direcionado aos brasileiros que


residem em domicílios cuja renda per capita mensal é de R$ 70,00, o
que caracteriza a extrema pobreza, segundo o Ministério de
Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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IV. O Plano Brasil sem Miséria aprimorou o Programa


Comunidade Solidária, iniciado no governo de Fernando Henrique
Cardoso, e ampliou suas metas para erradicar a extrema miséria.

V. Os Centros de Referência de Assistência social foram


definidos como pontos de atendimento dos programas do Plano Brasil
sem Miséria.

Comentários

Vamos analisar cada item para chegar à resposta certa?

O item I se refere à busca ativa. Vamos relembrar um


pouquinho sobre ela. A Busca Ativa é uma estratégia do Plano Brasil
Sem Miséria e significa levar o Estado ao cidadão. A Busca Ativa
refere-se à localização, inclusão no Cadastro Único e atualização
cadastral de todas as famílias extremamente pobres, assim como o
encaminhamento destas famílias aos serviços da rede de proteção
social. Com base nessa informação, podemos concluir que o item I
está correto.

Para analisarmos o item II, precisamos reler sobre o programa


Bolsa Verde. O programa Bolsa Verde é voltado para famílias que
desenvolvem atividades de conservação em florestas nacionais,
reservas extrativistas entre outras. O programa une transferência de
renda com preservação ambiental. O benefício contribui para diminuir
a situação de vulnerabilidade das famílias e incentiva a conservação
dos recursos naturais e o desenvolvimento de atividades produtivas

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sustentáveis. Com base nessa leitura verificamos que o programa não


tem relacionamento nenhum com o acesso à escola, portanto o item
II está incorreto.

Já o item III está correto, pois o Plano Brasil Sem Miséria é


direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é
de até R$ 70 por pessoa. De acordo com o Censo 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estão nesta situação 16,2
milhões de brasileiros.

O item IV fala sobre o Programa Comunidade Solidária. Bem,


este programa realmente foi iniciado no governo de Fernando
Henrique,em 1995, mas foi encerrado em 2002 sendo substituído
pelo Programa Fome Zero. Portanto, o item IV está errado.

Vamos aproveitar o item V para recordarmos duas siglas


importantes: CRAS e CREAS. O Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS) é a unidade pública municipal da assistência social,
localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco
social. É preferencialmente a porta de acesso aos serviços e
programas de Assistência Social. Já o Centro de Referência
Especializado da Assistência Social (CREAS) é a unidade pública
estatal da assistência social que coordena e oferta serviços
especializados e continuados a famílias e indivíduos com direitos
violados. De acordo com a definição do CRAS, o item V está correto.

Assim, os itens corretos são I, III e V, logo a resposta certa é a


letra C.

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(COHAPAR/PUCPR/2011) Analistas, como Ricardo Paes


de Barros, consideram que houve uma evolução positiva dos
indicadores de desigualdade no Brasil, a partir de 2001, mas
significativa queda da pobreza a partir de 2003. (BARROS, Ricardo
P. [et. al]: In Políticas para o desenvolvimento social: superar a pobreza e
promover a inclusão. Brasília: DF: MDS/Unesco, 2010).

Sobre os fatores relacionados à redução da pobreza, analise as


assertivas abaixo:

I. O programa Bolsa Família permitiu redução da pobreza e da


extrema pobreza. Já os benefícios assistenciais, como o benefício de
prestação continuada, pouco incidem na redução da pobreza, já que
são destinados apenas aos idosos e pessoas com deficiência.

II. Políticas sociais de transferência de renda permitem a


redução da pobreza e extrema pobreza.

III. Políticas econômicas garantidoras do aumento progressivo


das rendas do trabalho contribuem para a redução da pobreza.

IV. Programas de transferência de renda não interferem na


redução da pobreza.

Comentários

Bem, pessoal, a melhor maneira de resolver questões desse


tipo é analisar atenciosamente cada item. Então vamos lá?

Vamos aproveitar este item I para falar um pouco mais sobre


um dos mais famosos programas de transferência de renda: o Bolsa
Família.
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Este é um programa criado para famílias com renda mensal


inferior a R$ 140 por pessoa. Assim temos duas faixas de família
recebendo o beneficio :

1- Famílias com renda mensal de até R$ 70, por pessoa, que


são consideradas extremamente pobres. Estas recebem um benefício
fixo de R$ 70, independente de terem ou não filhos. Se tiverem
filhos, elas podem receber também os benefícios variáveis.

2- Famílias com filhos e renda de até R$ 140 têm direito apenas


ao benefício variável de R$ 32 por criança de até 15 anos, que esteja
na escola, e é limitado a cinco crianças por família. Além disso,
conta com o benefício variável jovem de R$ 38 por cada jovem entre
16 e 17 anos na escola, limitado a dois jovens por família. É
importante lembrarmos que para manter o benefício, deve haver
freqüência escolar sendo 85% de presença das aulas para crianças e
75% para jovens além de acompanhamento em saúde de crianças
por meio do calendário de vacinas e das gestantes com o pré-natal.

Masss, agora que entendemos o porquê do bolsa família ter


mesmo permitido a redução da pobreza e da extrema pobreza,
vamos ler, uma pequena descrição sobre o benefício de prestação
continuada para entendermos melhor este item.

O Benefício de Prestação Continuada da Assistência


Social – BPC-LOAS, é um benefício da assistência social, integrante
do Sistema Único da Assistência Social – SUAS, assegurado por lei,
que permite o acesso de idosos e pessoas com deficiência às
condições mínimas de uma vida digna. Este tipo de benefício
realmente se destina somente a idosos ou pessoas com deficiência,
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entretanto este benefício auxilia a redução da pobreza, pois permite


que essas pessoas tenham uma vida mais digna. Portanto, este item
I está errado.

Depois de tudo o que vimos sobre o Bolsa Família ser um


programa de transferência de renda e ter auxiliado na redução da
pobreza e da extrema pobreza, so podemos afirmar que o item II
está correto.

Para analisarmos o item III, vamos precisar entender recordar


o que é o PRONATEC.

O PRONATEC - Programa Nacional de Acesso Técnico e


Emprego - tem como meta inserir os beneficiários do Bolsa Família no
mercado de trabalho através de cursos de formação sintonizados com
a vocação econômica de cada região. Fica claro então, que este tipo
de programa também ajudará para que as pessoas beneficiadas com
o Bolsa Família melhorem sua renda familiar através do trabalho mais
qualificado. Portanto, o item III está correto.

O item IV ficou bem fácil de ser analisado, vocês não acham?


Se já falamos que o item II, que trata da transferência de renda, está
correto, então, logicamente, o item IV está errado.

Concluindo: os itens corretos são os itens II e III, logo a


resposta certa é a letra C.

(CESPE/MPOG/2012- adaptada) Considerando os planos de


desenvolvimento recentemente formulados pelo governo
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brasileiro, podemos afirmar que a transferência de renda


constitui meta do programa Bolsa Família, enquanto a
promoção do acesso a serviços públicos integra o Plano Brasil
sem Miséria.

Bem, amigos, eu particularmente acho essa uma das questões


mais difíceis de acertarmos, pois ela traz uma casquinha de banana
que faz muitos concurseiros escorregar na resposta.

Num primeiro momento, depois de tudo o que já lemos sobre o


plano Brasil sem miséria e o programa Bolsa Família nossa tendência
é responder direto que ela esta certa não é mesmo? No entanto, ela
foi dada pela banca como errada!!

Então vamos aproveitar o tema dessa questão para falarmos


mais um pouco sobre pontos importantes do Programa Bolsa Família.

Em primeiro lugar é sempre importante lembrarmos que ele é


sim um programa de transferência direta de renda que beneficia
famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o
País. No entanto, a meta do Bolsa Família, que integra o Plano Brasil
Sem Miséria não se restringe a transferência de renda como afirma a
assertiva. Tanto que ele atua através de três eixos principais focados
na transferência de renda, nas condicionalidades e nas ações e
programas complementares.

A transferência de renda promove o alívio imediato da pobreza.


As condicionalidades reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas
áreas de educação, saúde e assistência social. Já as ações e
programas complementares objetivam o desenvolvimento das

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famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação


de vulnerabilidade.

Já a segunda parte da questão está correta, pois afirma que a


promoção do acesso a serviços públicos integra o Plano Brasil
sem Miséria - o que está correto já que o foco é retirar os 16
milhões de brasileiros com renda familiar inferior a R$ 70 mensais da
pobreza extrema garantindo-lhes acesso ao serviço publico.

(CESPE/MPOG/2012- adaptada) Considerando os planos de


desenvolvimento recentemente formulados pelo governo
brasileiro, podemos afirmar que o Plano Brasil Maior não
contempla o apoio às micro e pequenas empresas, entidades
já beneficiadas por outro plano do governo.

A assertiva está errada. Em agosto do ano passado, o governo


federal fechou um acordo com a Frente Parlamentar Mista das Micro e
Pequenas Empresas para desonerar os micro e pequenos
empreendedores brasileiros em até R$ 6 bilhões, entre tributos
federais, estaduais e municipais. Mas vamos aproveitar pra entender
um pouco mais sobre este plano?

O Plano Brasil Maior é a política industrial, tecnológica e de


comércio exterior do governo Dilma Rousseff que surgiu num
contexto conturbado da economia mundial entre a crise econômica
mundial, principalmente nos países mais desenvolvidos e o vigor
econômico dos países emergentes, liderados pelo crescimento chinês.

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O grande desafio do Plano Brasil Maior é, portanto sustentar o


crescimento econômico do Brasil num contexto tão adverso como o
de crise. Além de sair da crise internacional em melhor posição do
que entrou, ocasionando uma mudança estrutural do país na
economia mundial. Para tanto, o Plano tem como foco a inovação e o
adensamento produtivo do parque industrial brasileiro, objetivando
ganhos sustentados da produtividade do trabalho.

A estabilidade monetária, a retomada do investimento e


crescimento, a recuperação do emprego, os ganhos reais dos salários
e a drástica redução da pobreza criaram condições favoráveis para o
país dar passos mais ousados em sua trajetória rumo a um estágio
superior de desenvolvimento.

O Plano adota medidas importantes de desoneração dos


investimentos e das exportações para iniciar o enfrentamento da
apreciação cambial, de avanço do crédito e aperfeiçoamento do
marco regulatório da inovação, de fortalecimento da defesa comercial
e ampliação de incentivos fiscais e facilitação de financiamentos para
agregação de valor nacional e competitividade das cadeias
produtivas.

(FEMPERJ/VALEC/2012) Sobre os Planos Plurianuais avalie


as seguintes afirmativas:

I - O Plano Plurianual da União vigente atualmente é o que


compreende o período de 2010 a 2013 – PPA 2010-2013.

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II - O Plano Plurianual reflete as políticas públicas e organiza a


atuação governamental por meio de Programas temáticos e de
Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado.

III - Programas específicos e extraordinários como o Programa


de Aceleração do Crescimento – PAC e o Plano Brasil Sem Miséria –
PBSM não fazem parte do Plano Plurianual, sendo definidos por leis
complementares.

Está correto o que se afirma em:

a) .II, apenas; CERTA


b) .I E II, apenas;
c) .II e III, apenas
d) .I e III apenas:
e) .I,II e III.

Comentários

Bem, antes de qualquer coisa acho que precisamos


compreender o que é esse plano, não é mesmo? O Plano Plurianual, é
um plano com vigência de 4 anos e que estabelece, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada.

Esse programa deve ser elaborado no primeiro ano de governo


e conter o projeto de ação governamental, que se baseia, em tese,
nas promessas de campanha.
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Assim, podemos afirmar que o item I está errado, pois o atual


Plano Plurianual da União é o Plano Mais Brasil - PPA 2012 a 2015.

O item II pode ser verificado através de uma rápida leitura do


art. 5º da Lei 12.593/12, que institui o PPA 2012-2015.

“Art. 5º O PPA 2012 -2015 reflete as políticas públicas e


organiza a atuação governamental por meio de Programas Temáticos
e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, assim definidos:

I - Programa Temático: que expressa e orienta a ação


governamental para a entrega de bens e serviços a sociedade; e

II - Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado:


que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à
manutenção da atuação governamental.”

Portanto, o item II está correto ao afirmar que o PPA reflete as


políticas públicas e organiza a atuação governamental.

O item III pode ser respondido apenas pela lógica de tudo o


que vimos até agora, não é mesmo, pessoal? Se o plano Brasil sem
miséria é uma prioridade do governo Dilma, obviamente ele consta
no PPA de seu governo. No entanto vamos dar ver o que institui o
PPA 2012-2015 em seu artigo 19.

“Art. 19. São prioridades da administração pública federal o


Programa de Aceleração do Crescimento ‐ PAC, o Plano Brasil sem
Miséria ‐ PBSM e as definidas nas leis de diretrizes orçamentárias.”

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Portanto, o PAC e o PBSM não só fazem parte do PPA como são


prioridades do governo federal, logo este item está errado.

Sendo assim, podemos concluir que a resposta certa é a letra


A.

(SANEPAR/2004) As questões seguintes referem-se ao texto


abaixo.

O mundo inteiro reconhece e aceita: a educação é o caminho


mais eficiente e rápido para alcançar o desenvolvimento. Países
asiáticos, como Japão e Coréia, aprenderam essa lição há muito
tempo e foram aprovados com distinção. O Brasil, entretanto,
continua em recuperação. Entre nós, as tentativas oficiais de eliminar
o analfabetismo começaram em 1947, todas com nomes sonoros e
pretensões arrojadas. Uma a uma, porém, foram sendo substituídas
por outras igualmente ambiciosas e frustradas. O movimento mais
recente, lançado em 2003, chama-se Brasil Alfabetizado, e
representa um novo esforço de ensinar a ler e escrever um
contingente de brasileiros que ultrapassa a população de Portugal.

Apesar do otimismo oficial, no entanto, o Brasil Alfabetizado,


para setores críticos da sociedade, é apenas mais um nome na ampla
tradição brasileira de procurar atacar a questão do analfabetismo com
mirabolantes megaprojetos de alfabetização em massa. Desde 1947,
quando o Brasil saía do longo período da ditadura getulista, até hoje,
em que se consolidam as instituições democráticas, esse é o oitavo
programa de combate ao analfabetismo conduzido pelo governo

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federal. De todos, talvez o de maior notoriedade, até pelo longo


período em que vigorou, de 1967 a 1985, foi o Movimento Brasileiro
de Alfabetização, o Mobral, que, no auge do regime militar, chegou a
alardear a eliminação do analfabetismo no país. Na época, apenas
para efeitos estatísticos, era considerado alfabetizado o cidadão que
conseguisse escrever o nome de próprio punho.

Uma recente pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e


Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a partir de dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, chegou
à constrangedora conclusão de que cerca de um terço dos
analfabetos brasileiros, em algum momento de sua vida, já
frequentou um banco de escola. Ou seja, hoje, ir à escola não
garante sequer as informações básicas que permitam a leitura de
uma frase ou a realização de simples operações aritméticas, como
somar ou subtrair.

O levantamento feito pelos técnicos do Inep mostra que desses


35% de analfabetos que foram à escola, 82% frequentaram o ensino
fundamental e 13% participaram de cursos de alfabetização de
adultos. Os restantes 5% dividem-se entre passagem pela pré-escola
e por creches. Confrontada com os números, a SEEA (Secretaria
Extraordinária Nacional de Erradicação do Analfabetismo) confirma
haver indicadores que apontam a existência, sob muitos aspectos,
contraditória, de um grupo significativo de analfabetos com
experiência escolar. Segundo a secretaria, a maior causa dessa
situação é o abandono escolar (devido à necessidade de a criança,
adolescente ou adulto buscar colocação no mercado de trabalho para

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sustento próprio ou da família). (RIBAS, Oswaldo. Revista Problemas


Brasileiros. mar./abr. 2004.)

(SANEPAR/2004)Segundo o texto, os programas de


erradicação do analfabetismo implantados no Brasil desde
1947 têm como características comuns:

a) o otimismo e a inexperiência

b) a descentralização e a atenção prioritária aos adultos

c) o ensino da leitura e da matemática

d) a amplitude e a ineficiência

e) a descontinuidade e a evasão escolar

Comentários

Bem, amigos, este assunto é muito mais simples que os outros


que temos visto até agora. Entretanto, o texto pode ser bem útil para
também praticarmos um pouquinho de interpretação, que tem sido
tão importante inclusive pra compreendermos o que a banca pede em
realidade brasileira, não é mesmo?. Então, vamos lá.

A letra A fala em otimismo e inexperiência. Temos referência ao


otimismo oficial, mas como este é o oitavo programa de combate ao
analfabetismo, não podemos falar em inexperiência, portanto esta
letra está errada.

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A letra B cita descentralização e atenção especial aos adultos.


Em nenhuma parte do texto, achamos referência a estes itens,
portanto está letra também está errada.

Na letra C encontramos leitura e matemática. Vamos achar


referência a estes itens somente para dizer que ir à escola não
garante a leitura e noções básicas de matemática, não sendo
característica comum dos projetos, então, a letra C está errada.

A letra D traz amplitude e ineficiência. Encontramos no texto


alguns períodos bem significativos:

”Entre nós, as tentativas oficiais de eliminar o analfabetismo


começaram em 1947, todas com nomes sonoros e pretensões
arrojadas. Uma a uma, porém, foram sendo substituídas por outras
igualmente ambiciosas e frustradas.”

”Apesar do otimismo oficial, no entanto, o Brasil Alfabetizado,


para setores críticos da sociedade, é apenas mais um nome na ampla
tradição brasileira de procurar atacar a questão do analfabetismo com
mirabolantes megaprojetos de alfabetização em massa.”

Apenas relendo esses dois períodos, vamos encontrar amplitude


(arrojadas, ambiciosas, megaprojetos) e ineficiência ( frustradas,
mirabolantes), logo a letra correta é a letra D.

A questão da descontinuidade e da evasão escolar, tratada na


letra E, aparece como causa do analfabetismo e não como
característica dos programas de combate.

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(SANEPAR/2004) Segundo o texto, é correto afirmar:

a) O programa atual de erradicação do analfabetismo – Brasil


Alfabetizado – apresenta um avanço significativo em relação aos que
o antecederam.

b) Segundo os critérios vigentes atualmente, é considerado


alfabetizado o indivíduo capaz de escrever seu próprio nome.

c) A principal motivação para o aluno abandonar a escola antes


de se alfabetizar é a necessidade de trabalhar para se sustentar ou
garantir a sobrevivência da família.CERTA

d) O índice de analfabetismo no Brasil é maior que o de


Portugal.

e) Segundo uma pesquisa do INEP, um terço dos analfabetos


brasileiros nunca frequentou a escola.

Comentários

Vamos continuar com nossa interpretação de texto? Uma dica:


qualquer texto,seja ele pequeno ou grande, sobre qualquer assunto,
deve ser lido pelo menos duas vezes e devemos voltar a ele quantas
vezes forem necessárias, ok?

Voltando, então, no texto, vamos encontrar o seguinte trecho:

“Apesar do otimismo oficial, no entanto, o Brasil Alfabetizado,


para setores críticos da sociedade, é apenas mais um nome na ampla
tradição brasileira de procurar atacar a questão do analfabetismo com
mirabolantes megaprojetos de alfabetização em massa.”
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Basta reler para marcarmos a letra A como errada, pois em


momento algum fala que o novo programa apresenta avanço
significativo, muito pelo contrário.

Ainda assim, vamos aproveitar essa deixa pra ver um pouco


sobre os objetivos oficias desse programa?

Bem, criado em 2003, pelo governo Lula, o


Programa Brasil Alfabetizado é voltado à alfabetização de jovens,
adultos, idosos e à formação de alfabetizadores, com o objetivo
principal de universalizar o acesso à educação.

Agora, no governo Dilma o programa atua de forma integrada


ao Brasil Sem Miséria, levando apoio técnico para estabelecer e
garantir continuidade nos estudos, sempre com foco na educação
como maneira de combater as desigualdades socioeconômicas.

O PBA é parte integrante da política de Educação de Jovens e


Adultos (EJA), sendo considerado a porta de entrada para o ensino
fundamental de jovens, adultos e idosos. É desenvolvido em todo o
território nacional, por meio da transferência de recursos financeiros,
em caráter suplementar, aos entes federados que aderem ao
Programa e por meio do pagamento de bolsas-benefício a voluntários
que atuam como professores de alfabetização, coordenadores de
turmas e tradutores-intérpretes de libras (língua brasileira de sinais).

Atualmente, Brasil Alfabetizado está presente em 1.928


municípios e o governo afirma que ele já alfabetizou 12 milhões de
pessoas.

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A letra B fala em critérios vigentes atualmente. O critério de ser


alfabetizado quem sabia escrever o nome de próprio punho é da
época de 1967 a 1985, portanto da letra B também está errada.

A letra C fala em causa da evasão escolar e voltando no texto,


vamos encontrar o seguinte período:

“Segundo a secretaria, a maior causa dessa situação é o


abandono escolar (devido à necessidade de a criança, adolescente ou
adulto buscar colocação no mercado de trabalho para sustento
próprio ou da família).” Portanto, a letra C está correta.

A letra D é tranquilamente marcada como errada, pois não


houve este tipo de comparação entre Brasil e Portugal.

Na letra E há uma citação contrária a do texto, ou seja, no


texto fala que um terço dos analfabetos já frequentou a escola,
portanto letra E está errada.

Como vocês puderam ver, pessoal, essa questão era muito


mais de interpretação de texto do que de conhecimento sobre o
programa Brasil alfabetizado em si. Portanto, se aparecer algo do tipo
na prova fiquem atentos, hein?

(CESGRANRIO/SEPLAG/2010) O Brasil Alfabetizado é


desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento
prioritário a 1.928 municípios que apresentam taxa de
analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total, 90%
localiza-se na região Nordeste.O objetivo é ampliar as
oportunidades educacionais para aqueles que não tiveram

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acesso ou permanência na Educação Básica. MEC - SECAD

O programa Brasil Alfabetizado propicia acesso e


continuidade de estudos atingindo APENAS a seguinte faixa da
população:

(A) crianças de 6 a 14 anos.

(B) jovens com 15 anos.

(C) adultos e idosos de até 65 anos.

(D) jovens de 15 anos ou mais, adultos e idosos.

(E) idosos.

Comentários

Para responder esta questão vamos ler o que diz o Portal do


MEC sobre o objetivo do Programa Brasil Alfabetizado (PDA):

“Promover a superação do analfabetismo entre jovens com 15


anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do
ensino fundamental no Brasil. Sua concepção reconhece a educação
como direito humano e a oferta pública da alfabetização como porta
de entrada para a educação e a escolarização das pessoas ao longo
de toda a vida.”

Ficou fácil, não é? A letra correta é a letra D.

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(CESPE/MPOG/2012) O Brasil apresenta péssima distribuição


de renda, apesar de estar entre os dez países mais ricos do
mundo. Com relação a esse assunto, julgue os itens que se
seguem.

O programa Bolsa Família é o principal responsável pela


redução da desigualdade de rendimentos no Brasil

A assertiva está errada. Vamos recordar um pouquinho sobre o


Plano Brasil Sem Miséria. O Plano Brasil Sem Miséria une
transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de
educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e
inclusão produtiva. Ou seja, o Programa bolsa Família é um dos
responsáveis, não é o principal.

(FCC/MPE-SE/2009) Oferecer proteção integral às famílias e


seus membros, prevenir o rompimento dos vínculos familiares
e a violência no âmbito de suas relações são alguns dos
objetivos específicos:

a) da proteção social especial, realizada nos Centros de Referência


Especializados de Assistência Social.

b) do Programa Bolsa Família, acompanhado pelas Secretarias


Municipais de Assistência Social.

c) do Programa Atenção Integral à Família, desenvolvido nos Centros


de Referência de Assistência Social.

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d) da proteção social básica, realizada especialmente na rede


socioassistencial.

e) do Programa ProJovem Urbano, integrado à proteção social


especial.

Comentários

A letra A está errada, pois o Centro de Referência Especializado


da Assistência Social (CREAS), como vimos ao longo da aula,
coordena e oferta serviços especializados e continuados a famílias e
indivíduos com direitos já violados.

A letra B também está errada, pois o Programa Bolsa Família é


um programa de transferência de renda do Governo Federal.

A letra C está correta, pois o principal serviço ofertado pelo


CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif),
que é um trabalho continuado que visa fortalecer a função de
proteger as famílias.

A letra D também está errada, pois a Proteção Social Básica


tem como objetivo a prevenção de situações de risco e se destina à
população que vive em situação de fragilidade decorrente da pobreza,
ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos ou
fragilização de vínculos afetivos.

A letra E também está errada, pois a Proteção Social Especial


(PSE) destina-se a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal
ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Já o
Programa ProJovem Urbano tem como finalidade primeira
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proporcionar formação integral aos jovens, por meio de uma efetiva


associação entre formação básica, qualificação profissional e
participação cidadã.

Índice de Desenvolvimento Social -IDS

Será que nós sabemos o que significa esse índice? Em que ele
se baseia e pra que serve? Em primeiro lugar, precisamos tomar
cuidado pra não confundirmos esse índice com o famoso IDH - Índice
de Desenvolvimento Humano, hein pessoal?

Mas essa confusão é muito natural, até porque o IDS foi mesmo
inspirado no conhecido IDH. Enfim, esse novo índice é calculado pela
ONU (PNUD) para inúmeros países do mundo que, por sua vez tem
servido de base para a construção de uma série de outros índices
compostos.

Como o próprio nome já diz, a finalidade do IDS é medir o grau


de desenvolvimento social de uma determinada área geográfica em
comparação com outras de mesma natureza. Como qualquer índice
sintético do tipo, o IDS combina, de uma determinada forma,
algumas variáveis que melhor caracterizem diversas facetas do
fenômeno em estudo.

Assim, o Índice de Desenvolvimento Social é diferente, pois ele


é composto de vários outros índices como o INS (saúde), INE
(educação), ISB - Índice da Oferta de Serviços Básicos e o IRMCH -
Índice da Renda Média dos Chefes de Família.

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Como esse é um assunto bem pequenininho, vamos para as


questões compreender um pouco melhor esse tal de IDS ! ;-)

(ESAF /SEFAZ-SP/2009)Os indicadores sociais fornecem


informações que dizem respeito diretamente à qualidade de
vida da população de um país. Com relação a esses
indicadores, não se pode dizer que:

a) o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um índice que varia


de zero a um, sendo que quanto mais próximo da unidade, mais
desenvolvido é considerado o país.

b) o Índice de Gini ou coeficiente de Gini é uma medida de


desigualdade utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de
renda entre os indivíduos de uma economia.

c) o IDH é um índice resultante da média aritmética de três


indicadores: um indicador de renda, um indicador de saúde e um
indicador de educação.

d) o Índice de Gini mostra que quanto mais próximo da unidade,


menor será a concentração de renda do país.

e) o IDH é um índice criado pela Organização das Nações Unidas,


com o objetivo de buscar uma medida que retrate o desenvolvimento
social dos países.

Comentários

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Bem, pessoal, a primeira coisa que precisamos prestar bastante


atenção é na palavra NÃO no enunciado da questão, ou seja, estamos
procurando a letra que NÂO corresponde aos índices sociais. Então,
vamos lá.

a) Vamos aproveitar e recordar o que é o IDH. O Índice de


Desenvolvimento Humano (IDH) é um índice que serve de
comparação entre os países, com objetivo de medir o grau de
desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à
população e vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1
(desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais
desenvolvido é o país, portanto a letra A está correta.

b) Bem, o Coeficiente de Gini foi desenvolvido pelo matemático


italiano Corrado Gini e é um parâmetro internacional usado para
medir a desigualdade de distribuição de renda entre os países,
portanto a letra B também está correta.

c) Para verificar esta questão, vamos ver quais são os


indicadores que entram na média aritmética: educação (anos médios
de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e
Produto Interno Bruto per capita, portanto temos os três indicadores
citados na questão, logo a letra C está correta.

d) O coeficiente Gini varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais


próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja,
melhor a distribuição de renda. Quanto mais próximo do um, maior a
concentração de renda num país, logo a alternativa D está incorreta,
ou seja, ela NÂO corresponde às características dos indicadores
sociais.
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e) Mesmo já tendo descoberto a resposta, vamos continuar com


nossa análise. A letra E logicamente está correta, pois o relatório
anual de IDH é elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), órgão da ONU.

(ESAF/CVM/2010) Entre os indicadores utilizados para a


gestão de Qualidade de Vida no Trabalho, o Índice de
Desenvolvimento Social (IDS) é composto pelos indicadores
de:

a) alimentação, saúde, seguro de vida.

b) esperança de vida, grau de alfabetização, distribuição de renda.

c) condições de trabalho, segurança contra o crime, lazer.

d) conhecimento, participação econômica, participação cultural e


política.

e) longevidade, nível educacional, renda.

Comentários

Bem, para responder a esta questão basta verificar quais são os


indicadores do IDS. O Índice de Desenvolvimento Social é composto
dos seguintes Índices: INS - Índice do Nível de Saúde, INE - Índice
do Nível de Educação, ISB - Índice da Oferta de Serviços Básicos,
IRMCH - Índice da Renda Média dos Chefes de Família. Portanto a
letra correta é a letra B.

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Atente para o fato de que nível educacional e grau de


alfabetização são conceitos diferentes, portanto, a letra E, embora
semelhante, está errada.

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