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Data: 19/07/2017 Tema: Heutagogia/Sala de aula invertida

“alguns temas que pensei para pesquisarmos mais: heutagogia, sala de aula invertida (conceito
Briefing: de método de aprendizagem)
algo mais prático, didático. Ou pesquisas recentes sobre isso” – Cláudia.

Título da Matéria: Heutagogia e Sala de Aula Invertida – Inovação no Ensino de Adultos

Locais de Distribuição: Facebook, Linkedin, E-mail Marketing e WhatsApp

TEXTO:

Provavelmente você já tenha ouvido a palavra “HEUTAGOGIA” por aí. Mas você sabe o que
ela realmente significa e qual a sua aplicabilidade no ensino de adultos? Não? Então continue a
leitura para aprender um pouco mais sobre o tema e algumas dicas para colocar em prática já!

A palavra “heutagogia” teve sua nomenclatura criada em 2000, pelos Drs. Hase e Kenyon
(Hase, S & Kenyon, C 2000, 'From Andragogy to Heutagogy) e incentiva que o indivíduo tenha
independência e autonomia no seu próprio processo de aprendizagem, tornando-o assim o maior
responsável pela gestão dos conhecimentos adquiridos. Ou seja, a pessoa é induzida e instruída a
buscar e construir o conhecimento por conta própria, o famoso “não dê o peixe, ensine a pescar”.

Atualmente, as empresas utilizam-se muito da Pedagogia e da Andragogia para transmitir e

ensinar algo novo aos seus colaboradores. Porém, com o crescimento acelerado do EAD (Ensino à
Distância), a heutagogia vem ganhando cada vez mais espaço, visto que o aluno aprende do seu jeito
e recorre ao professor/instrutor apenas como um “curador” do conhecimento. Estruturas
organizacionais e sociedades cada vez mais modernas exigem práticas e ensino e aprendizagem mais
flexíveis. O processo é muito benéfico para o adulto, visto que ele entende melhor do que ninguém
como funciona o seu próprio processo de aprendizagem, ou seja, como ele fixa melhor a informação.

A ideia é que o aluno possa adquirir o conhecimento teórico no ambiente virtual e que ao
chegar no ambiente presencial (sala de aula), ele esteja preparado e ciente do que irá acontecer e
dando início ao processo de interação professor-aluno, onde o conhecimento será fixado através de
debates, troca de experiências e atividades em grupo. O instrutor ficará no papel de direcionamento
e tirará todas as dúvidas dos participantes. O objetivo principal é tornar o ensino mais atrativo,
engajado e motivador, tendo em vista que o próprio aluno busca aquilo que QUER aprender.

Outra facilidade da heutagogia é que o aluno pode fazer a absorção do conhecimento de

qualquer lugar com acesso à internet, ou seja, da sua casa, trabalho, transporte coletivo ou onde ele
mais achar conveniente. Pesquisas mostram que a Criatividade ocorre apenas quando o indivíduo
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está totalmente relaxado e sem tensões para produzir algo. Salas de aula e de treinamento, muitas
vezes rementem à pressão de “tenho que aprender pois teremos prova no final”, bloqueando
totalmente a vontade própria do indivíduo de estar ali aprendendo o conteúdo. Murilo Gun, um dos
gurus da Criatividade no Brasil sugere o termo “Combinatividade”, onde nada é criado do zero e sim
uma combinação de conhecimentos que geram algo totalmente novo. A heutagogia propõe
exatamente isso, pois o aluno aprende sozinho via EAD (incubação das ideias), vem para a sala de
aula com várias ideias e dúvidas e discute com os demais colegas e professor (produção de algo
totalmente novo), onde a fixação das informações acontece.

PROCESSO DE APRENDIZAGEM SEGUNDO A HEUTAGOGIA:

CONHECIMENTO TEÓRICO CURADORISMO DO CONHECIMENTO FIXAÇÃO DO CONTEÚDO

Nos Programas de Desenvolvimento da Exodus utilizamos a combinação de Andragogia

(Ciência do ensino de adultos) com a Heutagogia enviando conteúdos chamados de “pré-work”,
onde o participante tem acesso a uma prévia do que será tratado durante o treinamento, podendo
assim se preparar para o ambiente, tendo tempo para anotar dúvidas e ideias para discutir em sala.
Nosso processo de conhecimento, se dá da seguinte forma:

Envio do Pré Work Aula Presencial e Envio do Pós Work

Curadorismo (atividades EAD)
(Fase 01 - Incubação)
(Fase 02 - Discussão) (FASE 03 - Fixação)

Essa dinâmica de aprendizado pode ser aplicada para transmitir e ensinar qualquer nova
informação que a empresa queira repassar aos seus colaboradores. Vamos usar o exemplo de um
multiplicador interno que ministrará um curso sobre “Comunicação” para uma turma 25 pessoas
que atuam no Atendimento ao Cliente da empresa. Neste caso o plano de ação ficaria da seguinte
forma:
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Disponibilização do material teórico via EAD para aprendizado prévio, anotações de

dúvidas, ideias e insights. Neste momento, é importante conscientizar os participantes
para a importância do aprendizado EAD, deixando- o ciente que na sala de aula haverá a
discussão do que já foi aprendido “em casa”.
A disponibilização deste conteúdo teórico pode ser feita em forma de apostilas, artigos,
fluxogramas, vídeos, textos e etc. Ou seja, o aluno vai poder absorver o básico de formas
variadas.

Após os participantes terem lido/assistido o material teórico, chegou a hora da “aula”

presencial propriamente dita. Neste dia, o participante já chegará com o conteúdo teórico
em mente e o papel do instrutor será o de tirar dúvidas, instigar novas ideias e fazer com o
que os participantes discutam entre si o que cada um aprendeu e como podem aplicar as
ideias obtidas no dia a dia. O intuito aqui é que os participantes saiam da sala com um
plano de ação e com total clareza de onde conseguirão aplicar o conteúdo aprendido nas
duas fases. O instrutor pode utilizar-se de dinâmicas e atividades práticas que estimulem a
prática do conhecimento.

Esta é a fase final do novo conhecimento que o participante do treinamento/curso acabou

de adquirir. Após ter absorvido o conhecimento teórico, tirado dúvidas e discutido as
ideias com os demais colegas, chegou a hora de colocar tudo isso em prática dentro da
empresa. A fase 3, chamada de Fixação poderá ser feita via EAD, onde cada um poderá
aplicar o conhecimento na sua área de atuação. O intuito da fixação é o participante enviar
ideias de novos procedimentos/processos para aprovação da empresa. Uma vez aprovada
a ideia, o aluno colocará em prática no seu dia a dia e o treinamento terá sido totalmente
eficiente e eficaz. O conhecimento adquirido estará sendo colocado em prática, trazendo
benefícios para a empresa.

Como sabemos, cada pessoa tem um método próprio de aprendizado. Algumas pessoas
aprendem vendo outras pessoas fazendo, outras aprendem praticando e outras ouvindo. Por isso é
tão importante que o instrutor disponibilize os materiais não somente em formato de leitura, mas
estimule também a visão, a audição e a prática dos seus alunos.
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Outra dica é pedir para que os participantes façam um TESTE DE SISTEMA

REPRESENTACIONAL que os ajude a descobrir qual seu canal sensorial mais apurado, o que facilita
a entenderem como captam informações e novos conhecimentos com maior facilidade. Clique aqui
para fazer o download de um exemplo de teste.

Como pudemos observar, a heutagogia aplicada no âmbito corporativo traz muitos resultados
positivos para o aluno que pode estudar de onde estiver, sem precisar estar necessariamente em uma
sala de aula, fazendo o ativar a sua criatividade, adquirir autodisciplina, gerar novas ideias e criar
ciência de que que é o responsável por definir um método, ritmo os objetivos que pretender alcançar.

Obrigado, e até a próxima!

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