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Disciplina: Pneumotologia
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O Espírito de intercessão (Rm 8.26,27) Se havia um texto bíblico a
que os puritanos davam proeminência na elucidação de sua doutrina
da oração, era Romanos 8.26,27. O destaque que essa passagem dá à
incapacidade de os crentes orarem como devem e ao gemido
intercessor do Espírito são ímpares nas Escrituras.
Segundo Owen, supor que o Espírito de fato ora pelos crentes torna
desnecessária a obra intercessora de Cristo.
Owen crê que isso também indicaria que o Espírito não é plenamente
Deus, pois "toda oração [...] é um ato de um ser inferior e dirigido
àquele ao qual se faz a oração".
É função [do Espírito] interceder por nós, orar por nós, isto é, fazer
nossas orações. Ele, por assim dizer, escreve nossas petições no
coração, e nós as fazemos; ele dita um bom assunto, e nós o
apresentamos. Aquela oração que (cremos) será aceita, é obra do
Espírito Santo; é sua voz, sua atividade, sua operação e, desse modo,
sua oração. Portanto, quando oramos, atribui-se a oração a ele, e
nossos gemidos são atribuídos a ele, e nosso desígnio e intenção na
oração são atribuídos a seu propósito (Rm 8.26,27).
Não se deve interpretar que o fato de o Espírito estar por trás de toda
oração autêntica signifique que, quando ora, o cristão é meramente
passivo nas mãos estimuladoras do Espírito ou que ele ou ela não
devam fazer nada até que o Espírito aja.
William Gurnall (1616-1679), afirma que o Espírito Santo "não sopra
em nós como alguém que sopra numa tromba ou num trompete, que
não passa de um instrumento passivo".
• Ele tem "nomes que são apropriados apenas a uma pessoa divina"
(At 5.3,4,9).
Neste último item, Owen assinala que se presta adoração não apenas
ao Pai e ao Filho, mas também ao Espírito Santo.