You are on page 1of 13

UNIVERSIDADE REGIONAL DA BAHIA

KEVIN LUÍS DA SILVA


MARCELLE BELENS SOUSA DA SILVA
RAÍLA LIMA MACIEL

ACÍDO SÚLFURICO

Trabalho avaliativo referente à primeira unidade da disciplina


de Processos Químicos ministrada pelo professor Márcio
Inomata. O mesmo tem a intenção de desmistificar os
conceitos de obtenção, criação, uso, entre diversos outras
informações acerca do Ácido Sulfúrico.

SALVADOR-BA
2016
1. INTRODUÇÃO
Pleno século XXI e a sociedade continua dependente do Ácido Sulfúrico. Ácido esse
que é forte e altamente corrosivo mas amplamente usado na indústria em reações
ou como auxiliar de reações que produtos importantes como:
- Fertilizantes. 60% do Ácido Sulfúrico produzido mundialmente é utilizado para a
produção de Fertilizantes Fosforados.
- Usado como eletrólito em baterias.
- Usado também na fabricação de Nylon

Mas de que maneira podemos o obter? Quais os métodos mais usados pela
indústria?
Esse trabalho tem justamente a intenção de desmistificar essas perguntas que a
maioria não sabe responder. Desde já, que comece o aprendizado!
2. ENXOFRE
O ácido sulfúrico é originado do enxofre, facilmente encontrado na natureza nas
rochas sulfurosas, mais conhecidas como calcita. Nesses depósitos naturais a
extração é feita de forma semelhante à extração do petróleo. No qual injeta-se ar
quente comprimido e água quente para fundir o enxofre (processo Frasch). [1] O
enxofre já era conhecido antigamente pelos alquimistas como amarelo místico, e era
usado em ritos pagãos antigos no qual era queimado para espantar os maus
espíritos, na natureza pode ser encontrado em zonas de vulcões, bacias de
evaporitos, domos salinos e fontes termais. Com o surgimento da química industrial
moderna, no século XX, o enxofre passou a ter maior aplicação no processo de
obtenção do ácido sulfúrico, o que levou à utilização de métodos com menores
custos de produtividade, trazendo maior viabilidade ao processo de obtenção do
ácido sulfúrico através do enxofre. Entre esses processos estão o Processo Frasch,
Processo Claus e o Outokumpu.
 Processo Frasch: é um método que consiste na injeção de vapor
superaquecido para fundir o enxofre, presente em rochas porosas, no subsolo
ou em jazidas marinhas, que, posteriormente é bombeado até a superfície
através do uso de ar comprimido. O enxofre obtido através desse processo
possui entre 99% e 99,9% de pureza, normalmente as impurezas presentes
são constituídas por pequenas quantidades de cinzas e ácido sulfúrico ou em
casos de proximidade a poços de petróleo pode haver também traços de óleo
ou material carbonoso. Quando a concentração desse óleo ou material
carbonoso não ultrapassa 0,02% o enxofre e então chamado de tipo “bright”
para valores maiores que isso o enxofre e comercializado como tipo “dark”
assim chamado por consequências de sua coloração escura; [2]
 Processo Claus: Processo que recupera enxofre na forma de sulfeto de
hidrogênio gasoso, o qual existe no gás natural, derivados da refinação do
petróleo e outros processos industriais. Primeiro recolhe-se o gás sulfídrico
libertado e após misturá-lo com quantidade adequada de ar, é queimado num
forno característico, o forno Claus, um forno cilíndrico que contém camadas
cujo constituinte principal é o óxido de ferro, que funciona como catalisador da
reação. A queima do sulfeto de hidrogênio tem como objetivo obter o dióxido
de enxofre para a produção de ácido sulfúrico, sendo possível converter o
enxofre recuperado conforme as reações:

2 H2 S (g) + 3 O2 (g) → 2 SO2 (g) + 2 H2O (l) (1)

SO2 (g) + 2 H2S (g) → 3S (l) + 2 H2O (l) (2)


O emprego do processo Claus aos efluentes gasosos permite produzir
enxofre com grau de pureza superior ao material obtido pelo processo Frasch.
 Processo Outokumpu: Processo que extrai o enxofre de pirites ferrosas. A
metalurgia dos minérios não ferrosos e das piritas converte o enxofre em
dióxido de enxofre, que é recuperado para a conversão em ácido sulfúrico ou,
ocasionalmente, liquefeito. A capacidade de recuperação de enxofre é
limitada nas fundições de cobre, pois parte dos gases têm baixo teor de
dióxido de enxofre fazendo com que a fabricação de ácido sulfúrico seja mais
econômica. Os fornos elétricos e a arco produzem dióxido de enxofre mais
concentrado, e são empregados na recuperação de enxofre elementar ou de
ácido sulfúrico. [2]

3. ÁCIDO SULFÚRICO
O H2SO4, conhecido como ácido sulfúrico, é o produto químico mais produzido no
mundo, com exceção à água. Classificado como um ácido forte mineral, por ser
derivado de enxofre que é presente em minérios e é um oxiácido derivado do
anidrido sulfúrico. Pode também ser chamado de, usando um linguajar mais técnico,
de Sulfato de Hidrogênio ou Tetraoxossulfato de hidrogênio. Também popularmente
chamado, apesar do nome estar entrando em desuso, de vitríolo, nome que origina
de seu conhecimento pelo alquimista medieval iraniano Jabir ibn Hayyan, que é
considerado o provável descobridor do mesmo.
A molécula desse ácido apresenta estrutura piramidal, e o enxofre é o centro,
cercado pelas quatro átomos de oxigênio. Os oxigênios que não estão fazendo uma
ligação dupla, estão ligados à um átomo de oxigênio. [4]

Tanto puro quanto concentrado, em temperatura ambiente apresenta-se como um


líquido incolor e límpido, e, a depender das variações da concentração de água,
possui viscosidade parecida a um óleo vegetal, por isso sendo sempre descrito
como oleoso. É também uma substância muito polar, sendo ainda capaz de produzir
a própria dissociação e a própria protonação (reação química que ocorre quando um
próton H+ liga-se a um átomo, uma molécula ou um íon), que ocorre, comparando,
numa escala dez vezes maior que com a água. [4]
Dados adicionais [4]:
 Ponto de fusão: 283,5 K (10,31 °C)
 Ponto de ebulição: 610 K (337 °C); 270°C
 Densidade: 1,8302 g/cm3 (solução 98,3 %) (25 °C e 1 atm); 1,8357
 Solubilidade: totalmente miscível em água, ou seja, é solúvel na água em
qualquer concentração; em álcool, quando acrescentado na forma de solução
concentrada em água, como a 98,3 %, produz desidratação resultando em
éter etílico.
 Viscosidade 26,7 cP a 20 °C

4. USOS E APLICAÇÕES
O ácido sulfúrico é bastante usado na indústria, tanto como matéria prima quanto
como ajudante em processos industriais. Assim, a grande produção dessa
substância em um país está diretamente ligada à sua escala e econômica e ao seu
desenvolvimento industrial. [4]
Segue alguns produtos que são produzidos, ou auxiliados, com este ácido [5]:
1. Fertilizantes: Cerca de 60% do total mundial de ácido sulfúrico produzido é
utilizada na produção por via úmida de ácido fosfórico, que é destinado a
produção de fertilizantes fosfatados e de trifosfato de sódio, que são
componentes de detergente.
2. Sulfato de Amônio: É produzido na reação entre amoníaco na reação do
Ácido Sulfúrico com o Hidróxido de Amônio e é usado na orodução de
fertilizantes sulfatados, porém em menores quantidades que os fosfatados.
3. Sulfato de Alumínio: Utilizado para tratamento de água na coagulação de
impurezas. Obtido na reação do Ácido Sulfúrico com o Óxido de Alumínio.
4. Baterias: As baterias, ou acumuladores, de chumbo-ácido presente em
veículos são recarregáveis e contêm como eletrólito o ácido sulfúrico.
5. Outras Aplicações:
a. No refino no petróleo
b. Na fabricação do ácido clorídrico, em reação com o cloreto de sódio.
c. Na fabricação de nylon.
d. Na elaboração de matéria prima para detergentes.
e. Na fabricação de explosivos nitrados, como trinitrotolueno.

5. ARMAZENAMENTO
Como o manuseio do ácido sulfúrico e muito perigoso é preciso ter técnicas e um
armazenamento apropriado como: locais com piso resistente a corrosão, inclinado
com valas de saídas, e local de retenção caso aja um escoamento. E preciso
também que seja um lugar com ventilação, porém fechado para que não tenha luz
nem calor.
O ácido sempre tem que estar em recipientes lacrados e fechados corretamente,
com etiquetas de informação por ter alta periculosidade. E os locais de
armazenamento tem que possui equipamentos para neutralizar o ácido em caso de
acidente. E importante que não tenha contato nenhum com água.

6. MEIOS DE PRODUÇÃO DO ÁCIDO SULFÚRICO


6.1. PROCESSO DE CONTATO

- Processo de contato: A 1ª etapa e a obtenção de SO 2 que se dá através dessa


fórmula:
S(g) + ½ O2(g) SO3 + Calor
A reação ocorre em uma câmara, o enxofre e vaporizado pelo calor da combustão.
Quando está em estado gasoso o enxofre irá reagir com ar, fazendo que a
temperatura se eleve. Na saída dessa câmara o gás será composto por N 2, O2, SO2
e um fração pequena de SO3, essa mistura e resfriada e desloca para o conversor,
onde irá ocorre reação de oxidação do SO2 com ajuda de catalisadores:
SO2(g) + ½ O2(g) SO3(g) + Calor
Nessa reação quanto menor a temperatura maior a concentração do SO 3.
A concentração de SO3 permanece constante quando as condições se aproximam
das propriedades de condições de equilíbrio da reação, chegando a esse estado e
retirado o SO3 do meio reacional, e as restantes variáveis do processo.
A última reação do processo de contato envolver a absorção do SO3, para que isso
ocorra a massa do conversor e borbulhada em uma ou mais torres contendo ácido
sulfúrico. A água presente no agente absorve o SO3 da seguinte forma:
SO3(g) + H2O(l)  H2SO4(aq) + Calor
O processo de obtenção do ácido sulfúrico pelo método de contato, usando como
matéria prima principal o enxofre tem como principais estágios: Purificação e
combustão do enxofre; conversão do SO2 e absorção do SO3.

6.1.1. PURIFICAÇÃO E COMBUSTÃO DO ENXOFRE


E um estágio de purificação do enxofre por meios de fusão, sedimentação e
filtração, tudo isso com o intuito de retirar as impurezas. Esse processo de pureza
tem que ser feito com muito cuidado, pois o rendimento do processo pode ser
afetado pelas impurezas presente no enxofre. [2]
As impurezas mais comuns solúveis do enxofre são óleos, gases, arsênico, selênico,
e o telúrio, já as impurezas insolúveis são humidade, ácidos e matérias sólidos. Os
solúveis são mais complexos do que os insolúveis na separação. Essa humidade
proveniente de precipitação quando se tem em gases de combustão une-se ao SO3
e produz vapor de H2SO4, como esses vapores não são desejáveis pois exercem
uma ação corrosiva nos equipamentos quando condensados. Uma forma de retirada
dessa humidade e na fusão, onde a água e evaporada. [2]
Algumas partículas sólidas ligadas ao enxofre por intempéries físicas como chuva e
vento, se não forem removidas serão levadas para instalação pelos gases efluentes
do forno. Esses resíduos diminui a vida útil do aparelho, por isso se pode separa
essas partículas de duas formas: sedimentação e filtração. [2]
A sedimentação geralmente e feito ligado à o tanque de fusão, que e onde o liquido
do enxofre flui por gravidade, as partículas se depositam no fundo, enquanto o
enxofre e bombardeado para o processo. O que vai definir o tempo e a quantidade
de partículas presentes. [2]
O método de filtração e usado com o enxofre fundido, e os filtros utilizados são
sobre pressão. Esse método foi adotado por que depois da sedimentação ainda
restava resíduos. Hoje em dia nas indústrias se faz tanto a sedimentação quanto a
filtração permitindo eficiência na produção. Na fusão se adiciona cal para neutralizar
a corrosão. [2]
O enxofre é submetido a chamas de 250ºC, e queima facilmente em presença de ar,
produzindo uma chama azul e calor. Essa queima e feita em uma câmara isolada
termicamente chamada de “forno de enxofre”. Os processos de contato requerem
um gás com fluxo e concentração de SO2 constante. Por tanto o forno de enxofre
deve ser flexível para que as reações ocorram de diversas formas. [2]
Antes da conversão pequenas quantidades de SO 3 são formadas na combustão e
também nas tubulações. O trióxido de enxofre reage com a água presente no gás,
resultante da combustão de hidrocarbonetos contaminantes do enxofre, formando
ácido sulfúrico. Para evitar a condensação dos vapores, os fornos têm que operar de
forma continua, para que a temperatura não diminua a o ponto de condensação dos
gases. Operando a 12% o valor de ar diluído e menor, por isso o gás eleva sua
temperatura. Isso e favorável para a geração de vapor de água. Uma vantagem de
se ter maior concentração de SO2 e o volume de gás que e menor para ser
movimentado ao longo da instalação. [2]
O forno com grandes quantidades de SO2 tem uma desvantagem pois elevam a
temperatura nos leitos do conversor. Essas temperaturas afetam a vida útil do
catalisador e prejudicam a oxidação do SO2. Outra consequência ruim e a obtenção
de enxofre sublimado na massa gasosa, efeito da combustão incompleta do enxofre.
[2]
A combustão do enxofre e feita de duas etapas:
Primeiro o enxofre liquido vaporiza-se por absorção do calor contido na câmara, e
em seguida reage com o oxigênio do ar e forma o SO2. A forma de vaporizar
classifica os tipos de forno como: piscina, cascata e atomizador. O enxofre
vaporizado do tipo piscina pela ação do calor sobre o enxofre liquida contido em
uma ou mais piscinas localizadas no forno. Esse tipo de forno não se utiliza na
obtenção do ácido sulfúrico por que a vazão de gás não é constante. [2]
No forno tipo cascata, o enxofre flui de forma de cascata, e vaporiza-se pela
absorção de calor nas paredes e partes internas do forno. Ele é mais utilizado para
pequenas escalas de obtenção de ácido sulfúrico, com baixo grau de pureza. [2]
O atomizador e o forno que se caracteriza a vaporização do enxofre por uma nuvem
minúscula de gotinhas suspensa na massa gasosa. Ele e o mais usado na produção
do enxofre. [2]
O enxofre é atomizado por um ou mais orifícios (conhecidos como canhões de
enxofre) localizados junto à entrada ar, esses orifícios são encamisados, que permiti
a circulação do vapor de agua que fará a temperatura do enxofre permanecer (125-
140ºC) e evita o superaquecimento do canhão. A atomização do enxofre pode ser
provocada pela própria queda de pressão do material através das canções de
enxofre ou pela ação da agente atomização, como vapor de água ou ar comprimido.
[2]
O ar comprimido seco e bastante usado hoje em dia, onde se obtém melhores
resultados do que por queda de pressão de enxofre. [2]

6.1.2. CONVERSÃO DO SO2


Durante este estágio se converte o SO2 em SO3. Isso ocorre quando o gás
resultante da combustão de enxofre passa através de uma massa catalítica.
Quando este processo estava em desenvolvimento, várias massas foram colocadas
em teste para a oxidação do SO2. No fim apenas três chegaram a ser
comercializados, que foram a platina, o óxido de ferro e o pentóxido de vanádio. A
platina e óxido de ferro foram utilizados até a 1ª Guerra Mundial, sendo a mais
usada a platina. Porém por ser mais cara e de fácil contaminação, foi substituída
pelo Pentóxido de Vanádio.
No projeto e operação de um sistema de oxidação catalítica de SO 2, devem ser
consideradas as limitações do catalisador e a termodinâmica da reação.
Essa reação libera uma grande quantidade de calor, que causa um aumento da
temperatura na reação. Esse aumento interfere no consumo de SO 3, ou seja, reduz
a geração do produto. Mas o catalisador também aumenta a sua atividade com uma
temperatura mais elevada, logo, é necessário um equilíbrio entre os efeitos opostos
da velocidade de reação e do equilíbrio químico.
Acima de 400°C a velocidade dos catalisadores convencionais é praticamente nula,
e acima de 600°C a massa catalítica é danificada de maneira irreversível, logo
adota-se duas medidas para controlar as temperaturas:
- Arrefecimento Direto: No qual se reduz a temperatura injetando um gás frio no
conversor, geralmente ar seco. Devendo, porém considerar o fator limitante desta
prática, a quantidade de azoto inserida no conversor que ocasionará diluição dos
gases reagentes na reação, o que pode ser indesejável na eficiência do processo.
- Arrefecimento Indireto: No qual o calor gerado é removido da reação através de
trocadores de calor que podem estar localizados dentro ou fora do conversor. Utiliza
água, vapor de água ou ar como meio de arrefecimento.
Ao remover o SO3 da reação, o equilíbrio será deslocado de maneira a formar mais
SO3. Dessa forma, os processos de obtenção do ácido podem ser classificados
como Absorção Simples e Absorção Dupla.

6.1.2.1. PROCESSO DE SIMPLES ABSORÇÃO


- Consumos típicos do processo
Tabela 1 - Consumos do processo de simples absorção
DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
Matéria Prima:
Enxofre (99,7%) t 0,336
Produtos Químicos Kg 0,12
Catalisador l 0,120
Aplicação
Energia Elétrica kWh 10,0
Vapor de Água (7kg.cm-2) t 0,10
Vapor de Água(35kg.cm-2) t 0,6
Água Tratada m3 1,31
Água de Processo m3 0,15
Água de Arrefecimento m3 47,0

O rendimento do processo, no estágio de oxidação do SO2, é de 98%, expresso em


termos de conversão da alimentação de enxofre filtrado a ácido sulfúrico, o
rendimento atinge 97,8%. Este processo, tal como o da dupla absorção, é
constituído por três etapas: Fusão e Combustão do Enxofre; Conversão Catalítica do
Dióxido de Enxofre e Absorção do Tri óxido de Enxofre.

6.1.2.2. PROCESSO DA DUPLA ABSORÇÃO


- Consumos típicos do processo
Tabela 2 - Consumos do processo de dupla absorção
DISCRIMINAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
Matéria Prima:
Enxofre (99,7%) t 0,331
Produtos Químicos Kg 0,12
Catalisador l 0,126
Aplicação
Energia Elétrica kWh 11,0
Vapor de Água (7kg.cm-2) t 0,10
Vapor de Água(35kg.cm-2) t 0,72
Água Tratada m3 1,31
Água de Processo m3 0,15
Água de Arrefecimento m3 53,0

O rendimento, na fase de oxidação do SO2, é de, aproximadamente, 99,7%,


contudo, expresso em termos de conversão da alimentação de enxofre filtrado a
ácido sulfúrico, o rendimento atinge os 99,2 %. O processo de dupla absorção pode
ser feito por dois processos distintos. Um dos processos compreende as seguintes
etapas: Fusão e combustão do enxofre; Conversão catalítica do enxofre e Absorção
do tri óxido de enxofre.
Na primeira etapa, o enxofre bruto sofre fusão e combustão. Na segunda etapa,
ocorre a formação do tri óxido de enxofre a partir do dióxido de enxofre por ação do
oxigénio. Na terceira etapa, o tri óxido de enxofre é absorvido pelo ácido sulfúrico.
No segundo processo as etapas são semelhantes excetuando a conversão
catalítica: no primeiro processo efetua-se a conversão catalítica do enxofre, todavia
no segundo procede-se à conversão do dióxido de enxofre.

6.1.3. ABSORÇÃO DO SO3


Nesse estágio, o gás que vem do converso e borbulhado contra a corrente do ácido
sulfúrico, pela torre recheada. O SO3 que está no gás reage com a água de diluição
do ácido, criando novas moléculas de ácido.
A absorção pode ocorre em contacto simples ou contacto duplo. A temperatura que
influencia a operação de absorção, junto com a concentração do ácido usado, a
humidade do gás a ser absorvido e a forma de distribuição de ácido no material de
recheio da torre.
As temperaturas baixas e melhor para absorção e a pressão de vapor do ácido e
proporcional a temperatura a quantidade do ácido no gás diminui, com o aumento da
eficiência da operação, a medida que a absorção do SO3 e levada a temperaturas
menores.
Estaticamente e comprovado que a pureza de 98% e 99% de ácido sulfúrico e mais
eficaz como agente absorvente do SO3.
No processo de duplo contacto os ácidos mais diluídos ou com grande presença de
humidade no gás cria a formação de gotas de ácido sulfúrico que e arrastada pela
parte da massa gasosa, representa um problema operacional, essas gotas agem
como núcleos de condensação de vapores de ácido sulfúrico.
Esse mecanismo e agravado à medida que esses gases cedem calor ao longo das
tubulações, sendo que isso proporciona o aumento das gotas e a ação corrosiva dos
equipamentos. Por isso tem que se remover as gotas por filtração e aquecimento
dos dutos de gás para evitar que isso aconteça. Como a remoção total dessas gotas
e difícil, se faz uma separação por partes, e basicamente um balanço econômico,
nos casos das unidades que e feita pelo processo contacto duplo, entre os custos
dos cascos dos trocadores de calor do sistema conversor-torre de absorção primaria
e de outros.
Outro fator que controla a eficiência de absorção e forma de distribuir o fluxo do
ácido sulfúrico sobre o recheio da torre. Isso e medido em volume de ácido por
unidade de área da seção transversal da torre, e deve oscilar entre um máximo que
é a função da perda de carga do gás, e um mínimo ditado pela prática operacional.
Os tipos de recheio de torres de absorção existem umas correlações empíricas, que
permite calcular o diâmetro, altura e perda de carga nos equipamentos com uma
faixa de precisão. O diâmetro da torre e determinado em função da perda de carga
máxima econômica, que é o resultado do melhor balanço financeiro entre o alto e
investimento e baixo custo operacional.
Em uma torre idêntica á de absorção de SO3 e feita a secagem do ar atmosférico,
usado na operação de combustão do enxofre em alguns casos como agente de
arrefecimento dos gases no converso catalítico.
Na operação de secagem, uma ventoinha que e ativada a uma turbina de vapor de
água, comprime o ar que borbulha em contracorrente com o ácido através do
recheio da torre. Sendo que a temperatura não pode ultrapassar 60º para evitar uma
grande pressão de vapor de ambos os compostos.
O ácido sulfúrico diluído pela humidade do ar é armazenado em um tanque que
recebe também o ácido da torre de absorção. Como o ácido do tanque com o passar
do tempo fica mais concentrado se coloca um diluente, de forma que não altere sua
concentração. Podendo ser água tratada ou o próprio ácido diluído.
Os dois procedimentos são exotérmicos, que liberam calor e aumentam a
temperatura dos ácidos efluentes das torres. A temperatura permanece constante no
sistema de circulação, o ácido e resfriado em trocadores de calor, por água bruta ou
á temperatura ambiente.
O ácido sulfúrico produzido e bombeado continuamente, por um sistema de
arrefecimento a água, para tanques de armazenagem de forma a manter constante
o nível do liquido no tanque.
O ácido sulfúrico obtido pelo processo de contacto, com uso de enxofre tipo "Bright",
como gerador do SO2, apresenta 98% de concentração.
PROCESSO DAS CÂMARAS DE CHUMBO
PROCESSO DE ACIDO SULFÚRICO POR CATÁLISE MOLHADA
APLICAÇÕES INDUSTRIAIS
REGENERAÇÃO DE ÁCIDO CONSUMIDO E PRODUÇÃO DE ÁCIDO
SULFÚRICO
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Quando se utiliza o ácido sulfúrico nas construções é preciso que os equipamentos
possuam algumas propriedades, de acordo com o guia de resistência química de
metais, ligas e resinas.
Nas industrias o material que é utilizado para manipular esse ácido é uma liga de
aço inoxidável, ele é uma composição que resiste a corrosão, seus componentes
estão na tabela abaixo: [2]

Composição %
Carbono 0,015
Níquel 17,5
Cromo 17,5
Silício 5,3

Tabela –Composição de uma liga de aço inoxidável (%)

EFLUENTES SECUNDÁRIOS

Os efluentes que são obtidos na produção de ácido sulfúrico pelo processo de


contato são os gases sulfurosos e os resíduos sólidos da purificação do enxofre.
Os gases sulfurosos que são dióxido de enxofre, trióxido de enxofre, nitrogênio,
oxigênio e vapor de água e gotículas de ácido sulfúrico, são lançados na atmosfera.
E os resíduos sólidos da purificação e o resíduo da filtração que é feita com uma
rocha sedimentar que tem como composição restos minúsculos de algas, junto com
crostas que sobrou das limpezas nos reservatórios da extração. [2]
CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS
[1] artigo mb
[2] mestrado
[4]: https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/acido-sulfurico
[5]: https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/acido-sulfurico/acido-
sulfurico-aplicacoes

You might also like