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Teoria da asserção

Antes de entrar no mérito, deve ser feita a análise das preliminares de ilegitimidade
ativa e passiva arguidas pelo réu.

Pela adoção da teoria da asserção, as “condições da ação” – interesse de agir e


legitimidade das partes- são consideradas condições para o legítimo exercício do direito de
ação .

Desse modo, o Juiz deve fazer a análise da presença dessas condições em dois
momentos. No primeiro momento,a constatação da existênci de interesse de agir e da
legitimidade é feita levando em conta os elementos fornecidos pelo autor na inicial (in status
assertionis), considerando como verdadeiras as alegações da parte autora, de modo que se
constatar, meduante cognição sumária, a inexistência de uma das condições, caberá ao juiz
extinguir o processo sem resolução do mérito, em conformidade com o art. 485, VI do CPC.

Entretanto, se for necessária maior atividade cognitiva pelo juiz para constatar a
inexistência das condições, a falta dela se confunde com o mérito, de modo que ela gera uma
sentença de improcedência do pedido do autor, até porque, a demanda movida em face de
parte ilegítima não deixa de ser improcedente. Esse entendimento é corroborado pela
sistemática do CPC, que adotou o princípio da economia processual e da primazia da resolução
do mérito (art.488 do CPC), de maneira que a carência da ação constatada após a atividade
probatória leva ao julgamento com resolução do mérito da improcedência do pedido, até para
que seja possível a imutabilidade pela coisa julgada.

No caso em tela, pode ser aferido que o processo já ultrapassou a fase instrutória, não
havendo mais sentido no julgamento sem resolução do mérito da demanda, o que leva a
aplicação da teoria da asserção, de maneira que a ilegitimidade se confunde com o próprio
mérito da questão principal do processo.

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