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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTES


CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

Música na Renascença

Alunas:
Caroline Conte Brandalise

Prof. Abel Santos Anjos Filho


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO _________________________________________________ 3

1. MÚSICA RENASCENTISTA _______________________________________ 3

2. GÊNEROS RENASCENTISTAS _____________________________________ 4


2.1 MÚSICA VOCAL SACRA _______________________________________________________________ 5
2.2 MÚSICA VOCAL PROFANA _____________________________________________________________ 6

3. MÚSICA INSTRUMENTAL _______________________________________ 7


3.1 GÊNEROS DE MÚSICA INSTRUMENTAL ____________________________________________________ 15

4. COMPOSITORES DA ÉPOCA ____________________________________16

5. BIBLIOGRAFIA _____________________________________________22
Introdução

Música renascentista refere-se à música européia escrita durante a


renascença, ou seja, no período que abrangeu, aproximadamente, os anos de
1400 EC a 1600 EC. A definição do início do período renascentista é difícil
devido á falta de mudanças abruptas no pensamento musical do século XV.
Adicionalmente, o processo pelo qual a música adquiriu características
renascentistas foi gradual, não havendo um consenso entre os musicólogos,
que têm demarcado seu começo tão cedo quanto 1300 EC até tão tarde quanto
1470 EC.
No período da renascença grandes modificações ocorreram na história
da Europa Ocidental. Época de grandes descobertas e explorações e avanços
significativos na ciência e astronomia. Estas mudanças impactaram pintores,
escultores, escritores e músicos, os influenciando suas criações.
Duas circunstâncias podem ter contribuído para a criação do movimento.
Os cantores já estavam começando a ser incluídos no coro papal da França e
os candidatos atraídos pelas novas condições de Roma, seria naturalmente a
ocasião de um intercâmbio constante e circulação de idéias musicais na
Europa Ocidental.
As escolas franco-flamenga e italiana marcaram o começo da música
renascentista, enquanto a Reforma Protestante teve importância decisiva nas
músicas alemãs e inglesa, já na França sua influência foi menor.

1. Música Renascentista

● A música ainda se baseia em modos, mas estes são gradualmente tratados


com maior liberdade, à medida que vai aumentando o número de “acidentes”
introduzidos.
● Texturas mais cheias e ricas em músicas escritas para quatro ou mais vozes;
a parte do baixo vocal é acrescida à do tenor.
● Na textura musical, usa-se mais a combinação do que o contraste.
● Harmonia: maior preocupação com o fluxo e a progressão dos acordes, com
as dissonâncias sendo tratadas de forma menos rígida.
● Música sacra: algumas peças destinadas à execução a cappella,
frequentemente contrapontísticas, com muita imitação e nas quais os
elementos musicais estão combinados e entrelaçados de modo a se criar uma
textura de fluxo contínuo, sem remendos; outras músicas de igreja
acompanhadas por instrumentos – por exemplo, peças policorais em estilo
antifônico (“estéreo”), muitas vezes envolvendo fortes contrastes musicais.
● Música profana: rica variedade de músicas de anto, de danças e de peças
instrumentais – muitas copiando o estilo vocal, mas outras genuinamente
ligadas a instrumentos, não a vozes.
● Os timbres característicos dos instrumentos renascentistas – muitos
formando famílias (um mesmo instrumento em diversos tamanhos e tons).

Tanto na Idade Média como na Renascença, os instrumentos se


dividiam em dois grandes grupos: os instrumentos bas (“baixo” ou “suave”),
destinados à música doméstica, e os haut (“alto”), para serem tocados em
igrejas, grandes salões ou a céu aberto. Alguns poucos, pela qualidade do som
produzido, pertenciam as duas categorias.

2. Gêneros Renascentistas

Até o século XVI, as composições musicais eram quase exclusivamente


vocais. No Renascimento, a música vocal ainda se dividia entre a religiosa e a
profana – que passa a ter cada vez mais importância.
A valorização da música instrumental, em diversas formas, como novo
meio de expressão foi outro fenômeno característico do período renascentista.
Na Renascença, os compositores passaram a ter um interesse muito
mais vivo pela música profana, inclusive em escrever peças para instrumentos,
já não mais usados somente com a finalidade de acompanhar vozes.
Uma das diferenças mais marcantes entre os estilos medieval e
renascentista é a textura musical, a maneira como o compositor trabalho o
“tecido” de sua música.
Enquanto o músico da Idade Média procura um jogo de contrastes
construindo sua trama com fios distintos, dispostos um contra o outro, o
renascentista visa a um tipo de tecido com os fios todos combinados. Em vez
de uma textura em camadas, ele trabalha a peça gradativamente, atendendo a
todas as partes vocais ao mesmo tempo, de modo a obter uma malha
polifônica contínua.
O elemento-chave nesse tipo de textura é chamado imitação, ou seja, a
introdução, por uma voz, de um trecho melódico que, imediatamente depois
será repetido ou copiado por outra voz.
Embora, nessa música, o tecido polifônico seja o aspecto mais
importante, a harmonia, por seu lado, também começava a ganhar corpo, com
os compositores renascentistas cada vez mais conscientes do arcabouço
vertical dos acordes que suportam a trama horizontal do contraponto. O
tratamento dos acordes dissonantes, é uma das questões mais especiais deste
período. Houve ampliação do campo da expressão musical.

2.1 Música Vocal Sacra

A partir de 1450, as vozes dos cantores foram estabelecidas sob uma


denominação comum: superius (soprano), altus (contralto), tenor (tenor) e
bassus (baixo). A maior novidade consistia na adição da polifonia coral.
Boa quantidade dessa música devia ser cantada a cappella: era música
essencialmente coral, cantada sem o acompanhamento de instrumentos.
Na música medieval, cada parte da polifonia era executada por um
solista. No coro renascentista, ao contrário, são vários os cantores que entoam
cada parte. Na música religiosa, a execução coral, alternada com duos ou trios
de vozes solistas, constituiu a regra habitual. O normal era um coro de dez a
catorze homens (as vozes femininas estavam proibidas na igreja), que liam a
música no facistol, a estante onde se colocam os livros nos coros da igreja.
Nos países do norte da Europa, após a Reforma Protestante, a Igreja Luterana
não só permitiu a música em seus serviços, como também promoveu um
desenvolvimento musical magnífico nos séculos posteriores. As igrejas
protestantes abandonaram o latim e adotaram a língua nacional, sendo fácil de
lembrar e capaz de ser entoada por todos os fiéis nos ofícios religiosos.
As principais formas de música sacra continuaram sendo a missa e o
moteto, escritos no mínimo para quatro vozes, pois os compositores
começaram a explorar os registros abaixo do tenor, escrevendo a parte que
agora chamamos de “baixo”, e desse modo criando uma textura mais cheia e
rica.
Até 1550 as missas e motetos ainda tinham um cantus firmus a
fundamentá-las. No entanto, em vez de um cantochão servindo de base
melódica, os compositores passaram a usar canções populares.
Dois gêneros de música vocal se destacam no Renascimento:

● Moteto: gênero de caráter polifônico evoluído do organum pela Escola de


Notre-Dame, onde as vozes possuem textos diferentes.
● Missa: grande obra estruturada sobre textos litúrgicos divididos em várias
partes: Intróito, Kyrie, Glória, Gradual, Trato, Credo, Ofertório, Sanctus
Benedictus, Agnus Dei, Comunhão e Benedicamus Domino.

2.2 Música Vocal Profana

A música profana, que a partir desse período terá cada vez mais
importância em relação religiosa, baseia-se também na polifonia vocal. Sua
execução, porém, continuou a cargo de vozes solistas, ao contrário da música
religiosa, que privilegiou o coro. Foram cultivadas as seguintes formas vocais:

● Canção: composição de origem trovadoresca.


● Ricercare: canção de estilo imitativo e repetitivo por entradas baseadas em
cânones. Existem ricercares que foram escritos de forma instrumental para
alaúde e instrumentos de teclado.
● Chanson: gênero criado por Machaut que predomina a voz soprano onde os
poemas são na maior parte a respeito do amor cortes.
● Villancico: gênero poético musical espanhol, consistindo de várias estrofes,
ligadas por um refrão.
● Villanella ou Villanesca: gênero musical popular na Itália, principalmente na
região de Nápoles que se distingue dos outros gêneros por ser homofônico.
● Madrigal: o grande gênero renascentista. Escrito para várias vozes, tendo
sua origem na Itália. A música se adapta ritmicamente a um texto em verso, de
tema geralmente amoroso, destacando seu valor descritivo ou sentimental. O
tema também podia ser bucólico e épico. Sua genialidade está nos sentimentos
do texto expressos na música. Exemplo: verso triste, música triste, verso
alegre, música alegre.

3. Música Instrumental

Até o século XVI, os instrumentos musicais eram utilizados apenas para


duplicações das partes cantadas ou para interpretar as transcrições da
polifonia vocal.
No Renascimento, formaram-se pequenos conjuntos de instrumentos
que interpretavam melodias escritas originalmente para eles, e não para a voz
humana, ainda que não tivessem total independência em relação à música
vocal. Os primeiros instrumentos para os quais foram compostas peças
musicais são os de teclado (órgão, cravo e clavicórdio) e o alaúde, o
instrumento favorito na Europa renascentista.
Os instrumentos de sopro perderam importância e sendo substituídos
pelos de corda. Isto ocorreu devido à necessidade de combinar os sons
(acordes).

● O órgão é um instrumento de sopro complexo que emprega um ou mais


teclados para operar válvulas que admitem ar para uma série de tubos
individuais, que fazem o som. Na época renascentista eles possuíam as mais
diversas cores e feitos, sendo o de tubos o mais comum e confeccionado em
papel (organ di carta), metal, madeira, porcelana. Como cada tubo de órgão
produz um único tom, os tubos são fornecidos em conjuntos chamados fileiras,
cada um com um timbre e volume em toda a extensão do teclado. Maioria dos
órgãos tem múltiplas fileiras de tubos de diferentes timbres e intensidades que
o músico pode empregar isoladamente ou em combinação com o uso de
controles chamados paradas.

Órgão - Basílica de São Marcos

● O alaúde é um instrumento de corda, com uma caixa abaulada e com as


cravelhas dobradas para trás, perpendicularmente ao braço. O braço do alaúde
renascentista foi entortado para trás, as cordas passaram a ser afinadas em
pares uníssonos e o instrumento recebeu trastes, filetes de metal que indicam
o lugar do dedos, tal como na guitarra.
● A vilhuela, de características semelhantes às do alaúde, com caixa plana e
braço curto, alcançou grande popularidade na Espanha.
● Violas, tinham tampo abaulado e fundo chato; seis cordas passando por um
braço dotado de pontos, as violas eram mais tocadas na posição vertical, à
frente do executante, do que sob o queixo.
Viola

● O cravo e o clavicórdio são instrumentos de teclados nos quais as cordas


são, respectivamente, tangidas e percutidas.

Cravo

● Clavicórdio: O clavicórdio (é um instrumento de tecla europeu com origens no


séc. XIV e amplamente utilizado nos séculos XVI a XVIII. As cordas são
percutidas por meio de lâminas de metal (tangentes) posicionadas no extremo
oposto da tecla. As vibrações são transmitidas através da ponte para o tampo.
O nome é derivado da Clavis palavra latina, que significa "chave"
(associado a mais clavus comum, que significa "prego, vara, etc) e corda (do
grego χορδή) que significa" corda, especialmente de um instrumento musical ".
O clavicórdio possui uma propriedade única, nessa família de
instrumentos, que é a de permitir diferentes nuances de toque. A desvantagem
é que isso reduz a potência sonora, limitando seu uso apenas a ambientes
pequenos e, basicamente, para ser executado solo. Os primeiros clavicórdios
tinham um teclado com apenas 4 oitavas de extensão, mas a partir do início do
séc. XVIII chegaram a construir-se instrumentos com 6 oitavas.

Clavicórdio

● Cimbalo: É um instrumento de cordas tocado com um par de baquetas em


ambas as mãos, batendo nas cordas. É similar ao saltério e constitui um
aprimoramento do dulcimer. De origem incerta, acredita-se que os ciganos
levaram para a Europa Oriental em cerca de século XIII . É amplamente
utilizado na música de países como a Hungria, Roménia, Eslováquia, Ucrânia,
etc, música e persas do Irã , onde ele era conhecido como santur .
Címbalo

● Caixa Clara: é um instrumento de percussão que surgiu na Europa no século


XV e é muito utilizado em bandas militares. Assim como o tímpano, é um
instrumento que produz som através da vibração de membranas destendidas,
ou seja, um membranofone. A estrutura desse instrumento consiste em duas
membranas, que podem ser de plástico ou de couro, uma fixada na parte
superior e a outra na parte inferior de um corpo cilíndrico. A membrana superior
é usada para ser percutida e a inferior fica apoiada em vários fios de arames,
conhecidos como esteira. A esteira é composta por segmentos de arame,
esticados sob a membrana inferior. Essa esteira caracteriza o som do
instrumento, muito utilizado, inclusive nas orquestras, para o efeito de rufar.

Caixa Clara
● Cromorne, instrumento de madeira, com pequeno tampão encobrindo uma
palheta dupla, produzia um som suave, mas um tanto agudo.
● Cervelato, instrumento de palheta dupla e sons graves; tinha um tubo
comprido, enroscado dentro de um cilindro medindo aproximadamente 30
centímetros.
● Clavicórdio, pequeno órgão, utilizado pelos elisabetanos. As cordas deste
instrumento eram batidas por diminutas cunhas de metal (tangentes), ou um
Virginal, o mais popular dos instrumentos de teclado. Era uma forma
simplificada do cravo, pois, para cada nota, tinha uma só corda que corria
paralelamente ao teclado.
● Sacabuxa, foi o antepassado do trombone de vara; tinha, entretanto, uma
campana menos bojuda e produzia som mais melodioso e cheio.
● Tamboril, O tamboril se assemelha a um tambor mas com uma caixa mais
estreitas e alongadas. É constituído por um cilindro de madeira de cerca de 50
centímetros de altura, coberto nas duas bocas com camadas de pergaminho
com 25 a 30 centímetros de diâmetro ao ser esticado, e é modulado com um
efeito de laço pela vibração de uma ou mais cordas em contato com a pele na
parte dianteira, traseira ou ambos. O corpo cilíndrico pode ser feito a partir de
um tronco oco, um vazio ou um verniz que é dada uma forma cilíndrica. A pele
pode ser de cabra , ovelha ou mais raramente cão ou cervo. As peles são
tensionadas com cordas e braçadeiras de couro na época renascentista.
Geralmente é muito leve para o músico que pode levá-lo pendurado no braço
esquerdo e bater com uma única baqueta com a mão direita. Frequentemente
ao mesmo tempo, com a mão esquerda normalmente toca uma flauta. Na parte
inferior normalmente é colocado um laço ou corda que esfrega a superfície da
pele e vibra com ele.
Tamboril

● Trompete, na Renascença, seu tubo foi dobrado, fazendo voltas, ficando


assim mais fácil de ser manejado. Até o século XIX, enquanto ainda não havia
sido inventado o sistema de válvulas, foi instrumento de poucas notas, obtidas
exclusivamente através da pressão dos lábios.
● Os tímpanos (sempre no plural por serem tradicionalmente tocados com um
mínimo de dois tambores) são um instrumento musical de percussão não
temperado da família dos membranofones com som de altura determinada.
Em algumas músicas um só timpanista utiliza mais de cinco tímpanos,
além de músicas que necessitam mais de um executante. Ao contrário da
maioria dos instrumentos de percussão, que são orquestrados pela clave
própria (clave de percussão), os tímpanos obedecem à escala da clave de fá.
Tímpano

● Triângulos são instrumentos em latão forjado com sonoridade marcante e


luminosa. Muito presentes nas igrejas e festividades, marcadamente também
nos cancioneiros, testemunhos musicais caracterizados pela compilação de
poesia e música.
● O virginal foi um instrumento muito popular no norte da Europa e na Itália
durante os séculos XVI e XVII. Com uma corda por tecla, não produz o som
percutindo a corda mas sim tangendo-a com um plectro de couro ou de pena
de corvo:

Virginal Italiano, do início do séc. XVII


● Instrumentos de percussão, incluíam tamboril, tambor, tímpano, caixa clara,
triângulo e címbalo.
Muitos instrumentos como flautas, violas, charamelas e cromomes eram
produzidos em famílias, ou seja, o mesmo instrumento fabricado em diferentes
tamanhos de modo a haver, dentro de cada família, uma variedade de
registros, mas em diversas afinações.

3.1 Gêneros de Música Instrumental

● Variação: composição que consiste na exposição de um tema que vai sendo


modificado ao longo da música. Baseadas em ostinato – melodia repetida
continuamente no baixo, com os elementos musicais variando na parte de
cima.
● Canzona: Preferência de muitos italianos, a canzona de sonar (canção para
instrumentos) em sua grande parte foram calcadas em canções já existentes,
ou quando não, foram pelo menos escritas em forma muito semelhante ao
estilo da música vocal, estruturada em partes curtas e contrastadas. As
canzonas, mais tarde, passaram frequentemente a ser escritas para dois ou
mais grupos de instrumentos, ao estilo do policoral veneziano usado na música
sacra.
● Tocata: peça para órgão ou cravo, de forma livre para exibir destreza e
virtuosismo no instrumento. A palavra deriva do verbo tocar, em italiano e exige
bastante habilidade nos dedos.
● Fantasia: peças contrapontísticas, com grande dose de imitação entre as
partes, em que a imaginação do compositor é livre sobre os estilos e formas
convencionais da época. Uma forma especial de fantasia era o In nomine,
peça de cantus firmus construída em torno do cantochão “Gloria tibi Trinitas”.
● Danças: obras para serem dançadas nos salões da nobreza da época de
caráter variável de acordo com a região. Era escrita em ritmos bem marcados e
frases bem delineadas, que geralmente se repetiam de modo a proporcionar
vários passos de dança. Já em outros tipos de música, a tendência dos
compositores era tomar como modelo peças de canto e tratar os instrumentos
como se fossem vozes. Formas: Estampie, Saltarello, Pavana, Galharda,
Courante, Allemande, Sarabanda, Bourrèe, Giga, Loure, Minueto, Passacaglia,
Passepied etc.

4. Compositores da época

Períodos e compositores do Renascimento Musical.

Dzhovanni Perluidzhi Palestrina tomou o nome do nome da cidade, perto de


Roma, onde nasceu e serviu como a principal organista da igreja e maestro.
sua data de nascimento é muito aproximados, mas ele morreu em 1594-m.
Para uma longa vida escreveu cerca de 100 200 missas e motetes. Sua "Missa
do Papa Marcellus" evocou a admiração do Papa Pio IV, e tornou-se um
modelo de música sacra católica. Giovanni – o mais proeminente representante
do canto vocal sem acompanhamento musical.
Palestrina

Guillaume Dufay (c. 1400-1474). Autor de mais de cento e cinquenta


composições entre missas, motetos e canções, trabalhou na capela papal do
Vaticano. Era um homem excepcionalmente instruído, pois frequentava a
escola de uma catedral e era doutor em Direito Canônico pela Universidade
Bolonha; se foi nomeado para cargos eclesiásticos importantes, não foi por
causa da sua música, embora fosse muito admirado enquanto compositor, mas
por causa da sua erudição.

ClementJanequin(c. 1485 –c. 1580): É especialmente reconhecido por


ter sido o primeiro a introduzir nas suas canções imitações de cantos de
pássaros, pregões, etc.

Guillaume Dufay
Johannes Ockeghem (c. 1425-1495). Grande mestre do contraponto, é
considerado uma das glórias de sua época. Exerceu muita influência na
produção musical da França, Itália e Alemanha.

Johannes Ockeghem

Josquin Desprez (c. 1450-1521). Foi chamado de “príncipe da música”


por seus contemporâneos. Praticou com sucesso todos os gêneros da época.

Josquin Desprez

Nasceu provavelmente em Condé-sur-L´Escaut, Hainaut, província


pertencente à Holanda. Ainda que não se conheçam muitos detalhes de sua
vida, sabe-se que esteve a serviço do duque de Sforza (ducado de Milão), da
capela prontifícia de Roma (Vaticano) e do duque de Ferrar. Até o
aparecimento de Orlando di Lasso e Palestrina, poucos compositores como ele
gozaram de maior glória ou exerceram influência maior sobre seus
contemporâneos. Foi um mestre por sua capacidade de comover, transmitindo
por meio da música as idéias do texto. Seus motetos e suas missas são
considerados obras-primas máximas da música do Renascimento. Josquin era
um homem engenhoso. Certa vez, Luis XII, que tinha uma voz bastante ruim,
pediu-lhe que compusesse uma canção em que ele pudesse cantar. Josquin
compôs “Guillaume se va chauffer”, cuja parte destinada ao monarca contava
apenas de uma nota.

Contemporâneos de Josquin Desprez: Jacob Obrecht (1425 –1505),


Heirich Isaac(c. 1450 –1517), Pierre de la Rue(c. 1460 –1518), Alexander
Agricola(1446 –1506)

Orlando di Lasso (c. 1532-1594). Orlando deve ser considerado um dos


grandes músicos europeus de todos os tempos, pois seu estilo musical, de
caráter cosmopolita, corresponde a uma síntese de tendências diversas.
Cultivou todos os gêneros próprios de sua época e se interessou
especialmente pelas composições profanas, sendo o madrigal a forma na qual
alcançou maior virtuosismo.

Orlando di Lasso
Compositores ingleses: ThomasTallis(1505 –1585), WilliamByrd(1543 –
1623), ThomasMorley(1557 –1602), Thomas Campion.

JohnDowland (1562 –1626): Compôs música sacra, música secular,


obras para canto e instrumentais.[3] Sua música instrumental passou por uma
grande revitalização, tendo sido incluída no repertório de violonistas eruditos a
partir da segunda metade do século XX. Dowland foi um compositor e alaudista
muito famoso em seu tempo, tendo suas peças editadas e arranjadas diversas
vezes. Em 1597, Dowland publicou seu “Primeiro Livro de Canções” na
Inglaterra. Trata-se de 21 canções, para 4 vozes e um alaúde, e uma galliard.
Escreveu 220 obras. Maior compositor de música e canções para alaúde

JohnDowland (1562 –1626)

Carlo Gesualdo (c. 1561 –1613) Ele teve uma iniciação junto aos
melhores músicos do reino de Nápoles do século 16, na Renascença. Os seus
madrigais se tornaram conhecidos mundialmente pela sua aprimorada técnica
e pela sua linguagem poética, culta e sofisticada. Mas não foi apenas por isso
que as suas composições se tornaram tão populares. Esses madrigais
mostraram, desde as primeiras manipulações, que a intenção do seu autor, o
príncipe Carlo Gesualdo, era transformar todas as pequenas narrações
amorosas, por mais inocentes que fossem, em um drama.

Claudio Monteverdi (1567 –1643): Claudio Giovanni Antonio Monteverdi


(italiano: [ˈklaudjo monteˈverdi]) (15 de maio de 1567, batizado) - 29 de
novembro de 1643) foi um compositor italiano, instrumentista de cordas e
mestre de coro. O maior de todos os madrigalistas italianos. Compositor da
música secular e sacra e pioneiro no desenvolvimento da ópera, ele é
considerado uma figura crucial de transição entre os períodos renascentista e
barroco da história da música. Nascido em Cremona, onde realizou seus
primeiros estudos e composições musicais, Monteverdi desenvolveu sua
carreira primeiro na corte de Mantua (c. 1590-1613) e depois até sua morte na
República de Veneza, onde foi maestro di capella na basílica de san marco.
Suas cartas sobreviventes dão uma visão sobre a vida de um músico
profissional na Itália do período, incluindo problemas de renda, patronato e
política.

Claudio Monteverdi
5. Bibliografia

BENNET, Roy, Uma Breve História da Música, Rio de Janeiro, Zahar,


1989

GROUT, Donald J.; PALISCA, Claude V. História da Música Ocidental.


Tradução de Ana Luisa Faria. Lisboa: Gradiva, 1994

JUNIOR, Marco Aurélio Padovan. Compêndio De História Da Música


Geral E Brasileira. Clube de Autores, 2016.

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