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Aproveitar as oportunidades
E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo,
depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-Se oferecido uma vez […]
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que O aguardam para a salvação.
Hebreus 9:27, 28
Ninguém deseja morrer. Mesmo as pessoas que creem que vão para o Céu
no momento da morte buscam de todas as formas prolongar a vida aqui. A
morte é um encontro ordenado pelas circunstâncias da vida no planeta Terra.
Ela é o destino que todos partilhamos, e ninguém, exceto alguns vultos das
Escrituras, jamais escapou dela. Há os que não gostam de ouvir do realismo
da morte, mas seria tolice viver como se a vida aqui fosse durar para sempre.
Para colocar a questão em termos claros, o funeral é tão parte do casamento
quanto a lua de mel, embora quase nunca nos lembremos disso.
A Bíblia nos adverte e a natureza dá testemunho de que tudo aquilo que tem
início também tem um fim. O dia tem início com o nascer do sol. Mas o sol se
põe e surgem as sombras. E então esse dia está para sempre eliminado do
calendário, para nunca mais voltar. Nunca poderemos repetir o dia de hoje.
Assim é também conosco. Nascemos, vivemos a infância, juventude, vida
adulta e velhice. Então o tempo da partida chega para todos. A estatística da
morte tem um índice impressionante: 100%.
Steve Jobs, o gênio dos computadores, fundador da Apple, que morreu no
fim de 2011, mencionou que, aos 17 anos, deparou-se com uma frase que
dizia mais ou menos o seguinte: “Ao se olhar no espelho cada manhã, pense
que este pode ser seu último dia. Um dia você vai estar certo!” Num discurso
de formatura na Universidade de Stanford, em 2005, Jobs declarou que isso
causou enorme impressão nele. Saber que estaria morto destro de algum
tempo foi um dos mais importantes instrumentos da vida, disse ele. Isso o
ajudou a fazer grandes escolhas e a se libertar do medo e da
superficialidade. Se esse, de fato, fosse seu último dia, você ainda faria
algumas das coisas que está planejando fazer? Se a resposta for “não”,
talvez isso sugira a necessidade de algumas mudanças.
Mas o texto de hoje menciona outro encontro marcado também fora de nosso
controle: o retorno de Jesus. Essa é realmente a única certeza que pode dar
sentido à vida, encher-nos de alegria e paz, em um mundo em que tudo
muda rapidamente e morte. Essa é a grande motivação para vivermos hoje
em obediência, serviço e celebração.
3 de novembro
Atração fatal
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um
rico no reino de Deus. Lucas 18:25
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse
dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer. João 15:5
Idolatria
Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Salmos 115:4
Tendo ido Labão fazer a tosquia das ovelhas, Raquel furtou os ídolos do lar
que pertenciam a seu pai. Gênesis 31:19
A sacudidura na igreja – 1
A sacudidura na igreja – 2
Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será
arrancada. Mateus 15:13
Crença e prática
Igreja perfeita?
Dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes
que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Apocalipse 3:17
Deus e César
A Galácia era uma província do Império Romano. Foi visitada pelo apóstolo
Paulo em sua primeira viagem missionária. Ali não havia a herança judaica.
Em Gálatas 4:6-9, Paulo fala da antiga condição dos gálatas, alienados de
Deus, separados de Cristo, servindo o que por natureza não é Deus.
O apóstolo havia pregado acerca de Cristo com ênfase na cruz. Eles haviam
conhecido a Deus e descoberto a liberdade no evangelho da graça. A
Galácia representava os primeiros frutos da grande colheita das igrejas
gentílicas. Muitos tinham sido batizados em testemunho de sua aliança com
Cristo (4:3-5). Mas agora essa igreja estava sendo perturbada por mestres
judaizantes. Provavelmente fossem judeus cristãos ainda intoxicados com a
antiga fé, insistindo na circuncisão como um modo de garantir a salvação por
meio de obras humanas. Era como se, para tornar-se cristão, alguém
devesse tornar-se primeiramente judeu.
Paulo entende que tal ensino representa não apenas uma perversão, mas
uma ameaça ao próprio coração do evangelho. Um perigo à liberdade em
Cristo. Em consequência, ele escreve a Epístola aos Gálatas, uma das mais
belas e lúcidas exposições do evangelho. Na seção final (Gl 6:12-18), ele
contrasta duas justiças: uma é resultado da graça, a outra é baseada em
obras humanas. Essas duas justiças não apenas se opõem; elas se
contradizem e se excluem mutuamente. Se é pelas obras, não é pela graça.
Mas, se é pela graça, não há lugar para obras humanas meritórias.
Com toda a intensidade de que é capaz, Paulo insiste que as obras humanas
não têm qualquer valor como método de salvação, exceto aumentar a
arrogância e a justiça própria dos homens. Se o esforço humano pode
acrescentar qualquer coisa à obra perfeita de Cristo, então a salvação já não
é pela graça. O que realmente conta não é o que nós podemos fazer, mas
aquilo que Cristo fez de forma objetiva, perfeita, completa e final. O que
importa é o ato de fé em Cristo, que curva a cabeça e aceita tal obra em
nosso favor, abrindo assim o caminho para a nova vida. Para nossa
salvação, fazemos apenas uma única contribuição: entramos apenas com o
pecado, do qual devemos ser salvos.
17 de novembro
Certeza da salvação
Santidade ao Senhor
Buscavam apedrejá-Lo
Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo
para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. 1Timóteo 1:15
John T. Carroll menciona que, quando foi pastor numa cidade do estado de
Nova York, costumava colocar semanalmente uma frase no quadro externo
de anúncios para chamar a atenção de pessoas que passavam pela frente
da igreja. Em certa ocasião, a frase era a seguinte: “Esta igreja é apenas
para pecadores.”
No fim daquela semana, ele recebeu uma carta na qual um membro anônimo
escrevia indignado: “Eu estou chocado em saber que nossa igreja é apenas
para pecadores. Tenho sido membro dela por 25 anos, e nunca percebi que
eu estava no lugar errado e não era bem-vindo.” Na semana seguinte, o
pastor Carroll escreveu no quadro de anúncios um texto bíblico: “Todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23, ARC).
Na parábola do fariseu e do publicano, Jesus condenou todo elitismo
religioso daqueles que se julgam melhores. A conclusão da parábola de
Jesus deve ter estarrecido e irado muitos religiosos de Sua audiência. Um
piedoso judeu e um ganancioso publicano sobem ao templo para orar, mas é
o último que desce justificado. Qual o problema? O fariseu procurou
estabelecer sua justiça própria (Rm 10:3).
Portanto, perdeu de vista a justiça divina (Rm 9:30, 31). O coletor de
impostos, não tendo nada do que se gloriar perante Deus (Rm 4:2), confiou
nAquele que “justifica o ímpio” (Rm 4:5).
O escândalo da graça, expresso na parábola, é que o “justo” não está mais
perto de Deus do que o injusto que reconhece sua condição. Deus rejeita
todo desempenho humano erradamente motivado. Em última análise, mais
que “transgressão da lei”, o pecado tem uma dimensão relacional, que desce
ao nível das motivações. Como o apóstolo relembra, “tudo o que não provém
de fé é pecado” (Rm 14:23). Assim, a questão não é apenas o que fazemos,
mas por que o fazemos.
Alimentando ilusões a respeito de sua santidade, muitos pensam que são
superiores aos seus irmãos. Isso apenas revela que eles desconhecem a
Deus e a si mesmos. C. S. Lewis observa corretamente que, “quanto mais
um homem está se tornando verdadeiramente melhor, ele entende mais e de
modo mais claro o mal que ainda permanece nele. Quando um homem está
se tornando pior, menos ele entende sua própria malignidade”.
21 de novembro
Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus. Gênesis 45:8
As condições do discipulado
Amigos ou servos?
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor;
mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos
tenho dado a conhecer. João 15:15
Batizados no vinagre?
Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve,
porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?
Lucas 17:17, 18
Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco. 1Tessalonicenses 5:18
Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo.
1Timóteo 1:8
Milhões de cristãos creem que a lei de Deus foi abolida. Tal ideia, contudo,
não tem o apoio bíblico. No texto de hoje, vemos que a lei pode ser usada de
forma legítima ou de maneira inapropriada. A lei pode, assim, ser empregada
para fins nunca intencionados por Seu Autor. Esse foi o uso farisaico da lei.
Paulo, em sua experiência pré-cristã, julgou poder confiar na justiça da lei,
considerando-se “irrepreensível” (Fp 3:4-6). Segundo o farisaísmo, o homem
era justificado pelas obras de obediência. Mas, afinal, o apóstolo entendeu
que “ninguém será justificado […] por obras da lei” (Rm 3:20). No entanto, o
que é combatido não é a lei, mas o uso ilegítimo dela: a lei como método de
salvação. Como norma de conduta cristã, a lei é afirmada. Daí surge a
pergunta: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes,
confirmamos a lei” (Rm 3:31).
Paulo afirma ainda que a “lei é boa” (Rm 7:12). Boa para quê? Sabemos que
coisas boas podem ser usadas de maneira indevida. Nem Cristo nem o Novo
Testamento detratam a lei ou sua importância. Eles apenas buscam colocar
a lei em seu devido lugar. Antes de tratar da lei em Romanos 7, Paulo trata
da universalidade do pecado, concluindo que tal doença não pode ser curada
pela lei (Rm 3:20, 21). Esse argumento representa um poderoso golpe na
religião farisaica. A lei revela o pecado e a ira de Deus (Rm 4:15). Não há
justiça na lei (Gl 2:16; 3:10). Como um espelho, a lei apenas aponta a
seriedade de nosso problema, mas não oferece solução. Ela nos deixa com
nossa sentença (Gl 3:1-3).
O uso farisaico da lei a colocava em competição com Cristo. Qual, então, é o
propósito da lei? (1) Ela reflete o caráter de Deus. (2) Por meio dela o pecado
se torna conhecido (Rm 7:7). (3) Ela conduz o homem a Cristo, nossa única
esperança (Rm 3:28). (4) Ela age como guia moral. Assim, a lei nos conduz
continuamente ao evangelho para a salvação, e o evangelho nos conduz à
lei para a obediência. Lutero cria que Deus tem duas palavras ao homem:
uma na lei, a outra no evangelho. Calvino discordava: “Deus tem apenas
uma palavra ao homem: o evangelho.” O que é a lei? O reformador
respondia: “A lei é a face séria do evangelho.” A graça não anula a lei,
apenas nos dá uma nova motivação para a obediência. A graça nos diz que
devemos amar a Deus. A lei nos ensina como fazê-lo.
30 de novembro