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Curso Básico em Orçamento Público

Módulo
2 Fundamentos Legais

Brasília - 2017
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
Romero Jucá
Secretário-Executivo
Dyogo Henrique de Oliveira
Secretário de Orçamento Federal
Francisco Franco
Secretários-Adjuntos
Antonio Carlos Paiva Futuro
George Alberto Aguiar Soares
Cilair Rodrigues de Abreu
Diretores
Clayton Luiz Montes
Felipe Dariuch neto
Marcos de Oliveira Ferreira
Zarak de Oliveira Ferreira
Coordenador-Geral de Inovação e Assuntos Orçamentários e Federativos
Girley Vieira Damasceno
Coordenadora de Educação e Difusão Orçamentária
Rosana Lôrdelo de Santana Siqueira
Organização do Conteúdo
Fernando César Rocha Machado
Revisão do Conteúdo
Karina Rocha Martins Volpe
Luiz Aires Maranhão Cerqueira
Revisão Pedagógica
Janiele Cardoso Godinho
Revisão Gramatical e Ortográfica
Renata Carlos da Silva
Projeto Gráfico
Tiago Ianuck Chaves
Colaboração
Bruno Rodolfo Cupertino
Karen Evelyn Scaff
Nayara Gomes Lima

Informações:

www.orcamentofederal.gov.br
Secretaria de Orçamento Federal
SEPN 516, Bloco “D”, Lote 8,
70770-524, Brasília – DF, Tel.: (61) 2020-2329
escolavirtualsof@planejamento.gov.br
SUMÁRIO

1. Fundamentos Legais do Orçamento Público................................................. 5

1.1 Constituição Federal de 1988..................................................................... 6

Revisão do Módulo.......................................................................................... 8

Referências...................................................................................................... 9
Módulo
2 Fundamentos Legais

1. Fundamentos Legais do Orçamento Público

O orçamento público além de ser uma lei é também um instrumento de gestão utilizado para
organizar os recursos financeiros e, para isso, se baseia em regras, aprovadas pelo Poder
Legislativo, que devem ser cumpridas pelos gestores públicos e acompanhadas pela sociedade.
Essas regras são os fundamentos legais que o embasam.

A palavra fundamento pode ser entendida como: alicerce, base, apoio, entre outros significados.
O termo legal refere-se à lei, norma ou conjunto de regras aprovadas pelo poder legislativo,
que devem ser obedecidas pela sociedade.

Para o contexto do nosso curso, os fundamentos legais são as leis e os fundamentos infralegais,
ou seja, de nível hierárquico inferior às leis são os decretos e as portarias que organizam e
regulamentam o orçamento público no Brasil. Todas essas legislações devem estar de acordo
com a Constituição Federal de 1988.

Conhecer a legislação que rege o orçamento público é muito importante para todos os
cidadãos. Essas leis são as “regras do jogo” e existem para garantir que as previsões
orçamentárias (receitas e despesas) sejam cumpridas pelos administradores públicos.

Agora que você já sabe o que são fundamentos legais, vamos aprender quais são os fundamentos
que dão base ao orçamento público brasileiro? Observe cada um deles na imagem a seguir!

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1.1 Constituição Federal de 1988

A Constituição Federal de 1988 traz o tema “Dos Orçamentos” em seus artigos 165 a 169
(Título VI, Capítulo II, Seção II), os quais dispõem sobre as normas gerais do orçamento público
brasileiro. Portanto, todas as leis relacionadas ao orçamento público devem estar em harmonia
com esses dispositivos. Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm para conhecer esses artigos.

LEI N º 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964

Esta lei estabelece as normas gerais de direito financeiro para a elaboração e controle dos
orçamentos e dos balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Apesar
de ter sido elaborada em 1964, esta lei foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, ou
seja, seus dispositivos são aplicados na elaboração, execução e controle dos orçamentos até
os dias atuais. Em suma, esta lei descreve:

• a composição dos orçamentos;


• a classificação das receitas e despesas;
• o conteúdo e a forma da proposta orçamentária;
• o exercício financeiro;
• os créditos adicionais ao orçamento;
• a execução do orçamento;
• o controle da execução orçamentária;
• o controle e a contabilidade do orçamento.

Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320compilado.htm para


visualizar a lei na íntegra.

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967

Na década de 60 foi verificada a necessidade de modernização da Administração Pública


Federal, sendo concretizada pela publicação do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de
1967. No tocante ao orçamento público, o Decreto enfatiza a importância do planejamento,
promovendo as bases para implantação do Orçamento-Programa.

Em linhas gerais, a concepção do Orçamento-Programa esta ligada à ideia de planejamento.


Portanto, o orçamento deve considerar os objetivos que o governo pretende alcançar durante
um determinado período de tempo.

Com base nesta característica, o Orçamento-Programa ultrapassa a fronteira do orçamento


como simples documento financeiro, aumentando a sua dimensão no sentido de ser um
instrumento que busca viabilizar o alcance de resultados.

Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200compilado.htm


para visualizar o Decreto-Lei nº 200.

LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000- LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)

Antes de 2000, a administração pública convivia com elevado nível de endividamento dos
governos, cujas despesas eram maiores que as receitas, sobretudo nos estados e municípios.

Diante desse contexto, surgiu a necessidade de criação de vários mecanismos para melhoria da
gestão fiscal, consolidados na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, denominada
Lei de Responsabilidade Fiscal –LRF.

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A LRF é um código de conduta para os governantes e administradores públicos de todo o País,
com o objetivo de promover a responsabilidade na gestão dos recursos públicos, por meio
de: ação planejada e transparente; prevenção de riscos e correção de desvios que afetem as
contas públicas; garantia de equilíbrio nas contas.

Essa lei é válida para todos os entes federativos, abrangendo os três poderes (Executivo
Legislativo e Judiciário).

Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm para conhecer


a LRF.

Vamos entender de maneira criativa como funciona a Lei de Responsabilidade Fiscal?


Acesse o endereço https://www.youtube.com/watch?v=Kg9tdOIR0GU e assista ao
vídeo elaborado pela TV senado sobre a LRF.

LEI COMPLEMENTAR Nº 131, DE 27 DE MAIO DE 2009

Como estudado anteriormente, a LRF instituiu mecanismos que permitem a participação social
na gestão dos recursos públicos. O art. 48 da referida lei trata da transparência na gestão fiscal,
mediante a divulgação dos planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias e relatórios
específicos.

Nesse sentido, para acrescentar dispositivos na LRF que promovam maior participação social
no acompanhamento das contas públicas, foi criada a Lei Complementar nº 131, de 27 de maio
de 2009. Com a finalidade de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

Acesse o endereço http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp131.htm para conhecer


essa Lei.

Nos anos 90, verificou-se a necessidade de melhorias na gestão pública do País, com
ênfase no aspecto gerencial, com o intuito de proporcionar um melhor atendimento
das demandas da sociedade.

Nesse contexto, iniciou-se em 1995 a Reforma da Gestão Pública que tinha como
objetivo: contribuir para a formação de uma administração pública forte e eficiente,
com reflexos na gestão orçamentária, resultando nos seguintes instrumentos: Decreto
nº 2.829/98, Portaria 42/99 e a Portaria 51/98.

Com esses instrumentos, houve uma mudança do enfoque até então vigente: o que
antes incidia para o controle das despesas, hoje é direcionado para a obtenção de
resultados das ações de governo.

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Você sabia que além da adoção do planejamento estratégico, baseado na ideia de que os
programas governamentais devem solucionar os problemas enfrentados pela sociedade e
vislumbrar oportunidades para o desenvolvimento do País, foi estabelecido um conjunto de
medidas capazes de melhorar a utilização do orçamento? Vamos conhecer que medidas são
essas?

• Acesso às informações;
• Fixação de metas para as ações;
• Adoção de indicadores de desempenho para medir a eficácia dos programas;
• Cobrança de resultados;
• Responsabilização de gestores.

Agora que você já reuniu algumas informações importantes sobre orçamento público, que tal
finalizar os estudos com um jogo bem interessante? Suponhamos que você seja o prefeito de
uma cidade e terá de alocar todo o dinheiro público em diversas áreas.

Quais delas seriam suas prioridades? O objetivo do jogo é mostrar como se planeja e se
executa as finanças publicas. Está preparado? Acesse o endereço http://www.plenarinho.gov.
br/diversao/reportagens-publicadas/jogo-do-orcamento e aproveite para refletir sobre os
conceitos aprendidos até agora! Vamos lá!

Revisão do Módulo

Este módulo reuniu informações essenciais sobre os fundamentos que dão base ao orçamento
público. Vamos recordar quais são eles:

A Constituição Federal de 1988 em seus artigos 165 a 169 (Título VI, Capítulo II, Seção II), os
quais dispõem sobre as normas gerais do orçamento público brasileiro. Portanto, todas as leis
relacionadas ao orçamento público devem estar em harmonia com esses dispositivos.

A Lei 4.320 de 1964 estabelece as normas gerais de direito financeiro para a elaboração e
controle dos orçamentos e dos balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

O Decreto Lei nº 200 enfatiza a importância do planejamento, promovendo as bases para


implantação do Orçamento-Programa.

A Lei de Responsabilidade Fiscal é um código de conduta para os governantes e administradores


públicos de todo o País, com o objetivo de promover a responsabilidade na gestão dos recursos
públicos.

Por fim, a Lei Complementar nº 131 tem a finalidade de determinar a disponibilização, em


tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

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Referências

BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças


públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
_______. Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009. Acrescenta dispositivos à Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar
a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
_______. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal.
_______. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras
providências.
_______. Decreto nº 2.829, de 29 de outubro de 1998. Estabelece normas para a elaboração e
execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da União, e dá outras providências.
_______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria nº 42, de 14 de abril
de 1999. Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1o
do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece
os conceitos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá
outras providências.
_______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal.
Portaria nº 51, de 16 de novembro de 1998. Institui o Subsistema de Cadastro de Atividades e
Projetos, do Sistema Integrado de Dados Orçamentários - SIDOR, da Secretaria de Orçamento
Federal, estabelece o recadastramento das atividades e projetos constantes do Projeto de Lei
Orçamentária para o exercício financeiro de 1999 e dá outras providências.
Lei de Responsabilidade Fiscal. TV Senado. https://www.youtube.com/watch?v=Kg9tdOIR0GU.
Acesso em março 2016.
Câmara dos Deputados – Plenarinho: http://www.plenarinho.gov.br/. Acesso em março 2016.
Presidência da República: http://www2.planalto.gov.br/.

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