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Afetividade na Teoria de Henri Wallon e Vigostky

Todo ser humano é afetado por manifestações externas ou internas. Externas são os
objetos ou ações e reações de outros seres humanos. Interno são suas próprias emoções,
sendo essa condição chamada de afetividade.

Herri Wallon defende que a vida psíquica de um sujeito em três estágios: motora,
afetiva e cognitiva - atuando sempre de forma integrada. Toda pessoa nasce com um
equipamento orgânico, que lhe permite se desenvolver.

Segundo Wallon afetividade se manifesta no individuo de Três maneiras: emoções,


sentimento e paixão – sendo manifestações aleatórias que ocorre durante toda a vida. A
emoção é orgânica e não e afetada pela razão.

Sentimento são sensações que o sujeito sente ao falar de si mesmo, mais cognitivo.
Paixão é o controle em função do objetivo. O professor que souber observar seu aluno,
irá conseguir montar estratégias capaz de influenciá-lo na aprendizagem.

“O espaço não é primitivamente uma ordem entre as coisas, é antes uma qualidade das
coisas em relação a nos próprios, e nessa relação é grande o papel da afetividade, da
pertença, do aproximar ou de evitar, da proximidade ou do afastamento”. Henri Wallon
do livro ( Do ato ao pensamento).

Os conceitos da teoria de Walloniana para o desenvolvimento da criança em sala de aula


são:

Processo de integração em dois sentidos: Integração organismo-meio e Integração dos


conjuntos funcionais.

Concepção de afetividade: emoções, sentimentos e paixão.

Evolução da afetividade: o papel da afetividade nos diferentes estágios.

“ Estas evoluções de idade para idade não são improvisadas por cada individuo. São a
própria razão da infância que tende parra a edificação do adulto como exemplar da
espécie. Estão inscritas, no momento oportuno, no desenvolvimento que conduz esse
objetivo. As incitações do meio são sem duvida indispensáveis para que elas se
manifestem e quanto mais se eleva o nível da função, mais ela sofre as determinações
dele: quantos e quantas atividades técnicas ou intelectualidade são a imagem da
linguagem que para cada um é a dôo meio”. (Wallon, 1995, p.210)
O processo de ensino-aprendizagem é analisado como uma unidade, sendo a relação
interpessoal do professor-aluno determinante. A compreensão e afetividade durante este
processo é que aumenta a eficácia da aprendizagem.

Todo professor deve confiar na capacidade de seus alunos; compreender que o ato
ensinar promove um desenvolvimento no aluno e em si; desempenhar suas tarefas no
cotidiano escolar dentro de uma integração cognitivo-afetiva; ter consciência que as
emoções e os sentimentos podem variar de intensidade interferindo nas atividades de
acordo com o contexto apresentado.

Na aprendizagem temos os alunos que buscam a escola com motivações diferentes;


Segundo VYGOTSKY (1989), a aprendizagem tem um papel fundamental para o
desenvolvimento do saber, do conhecimento. Todo e qualquer processo de
aprendizagem é ensino-aprendizagem, incluindo aquele que aprende, aquele que ensina
e a relação entre eles. Ele explica esta conexão entre desenvolvimento e aprendizagem
através da zona de desenvolvimento proximal (distância entre os níveis de
desenvolvimento potencial e nível de desenvolvimento real), um “espaço dinâmico”
entre os problemas que uma criança pode resolver sozinha (nível de desenvolvimento
real) e os que deverá resolver com a ajuda de outro sujeito mais capaz no momento,
para em seguida, chegar a dominá-los por si mesma (nível de desenvolvimento
potencial).

Características individuais, conforme seu desenvolvimento; saberes próprios de acordo


com suas existências; desenvolvimento de forma integrada nas dimensões afetivas,
cognitivas, motora.

Não há um estudante igual a outro. As habilidades individuais são distintas, o que


significa também que cada criança avança em seu próprio ritmo. À primeira vista, ter
como missão lidar com tantas individualidades pode parecer um pesadelo. Mas a
pesquisadora garante: o que realmente existe aí, ao alcance de qualquer professor, é uma
excelente oportunidade de promover a troca de experiências.

Nas primeiras décadas do século 20, o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934)
já defendia o convívio em sala de aula de crianças mais adiantadas com aquelas que
ainda precisam de apoio para dar seus primeiros passos. Autor de mais de 200 trabalhos
sobre Psicologia, Educação e Ciências Sociais, ele propõe a existência de dois níveis de
desenvolvimento infantil. O primeiro é chamado de real e engloba as funções mentais
que já estão completamente desenvolvidas (resultado de habilidades e conhecimentos
adquiridos pela criança). Geralmente, esse nível é estimado pelo que uma criança realiza
sozinha. Essa avaliação, entretanto, não leva em conta o que ela conseguiria fazer ou
alcançar com a ajuda de um colega ou do próprio professor. É justamente aí - na
distância entre o que já se sabe e o que se pode saber com alguma assistência. Nas
palavras do próprio psicólogo, "a zona proximal de hoje será o nível de
desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse momento uma criança só
consegue fazer com a ajuda de alguém, um pouco mais adiante ela certamente
conseguirá fazer sozinha. Depois que Vygotsky elaborou o conceito, há mais de 80
anos, a integração de crianças em diferentes níveis de desenvolvimento passou a ser
encarada como um fator determinante no processo de aprendizado.

Com a troca de experiências, afetividade proposta por Vygotsky, o professor


naturalmente deixa de ser encarado como a única fonte de saber na sala de aula. Mas
nem por isso tem seu papel diminuído. Ele continua sendo um mediador decisivo, por
exemplo: na hora de formar equipes mistas - com alunos em diferentes níveis de
conhecimento - para uma atividade em grupo, criando com os alunos uma afetividade
entre professor – aluno, aluno – aluno. A principal vantagem de promover essa mescla,
na concepção vygotskiana, é que todos saem ganhando. Por um lado, o aluno menos
experiente se sente desafiado pelo que sabe mais e, com a sua assistência, consegue
realizar tarefas que não conseguiria sozinho. Por outro, o mais experiente ganha
discernimento e aperfeiçoa suas habilidades ao ajudar o colega.

Em algumas atividades, formar grupos onde exista alguém que faça a vez do professor
permite que o aluno trabalhe mais diretamente com quem não conseguiria aprender de
outra forma. “Deve-se adotar uma estratégia diferente com cada tipo de aluno: o que
apresenta desenvolvimento dentro da média, o mais adiantado e o que avança mais
lentamente.” Não se deve, porém, escolher sempre as mesmas crianças como
"ajudantes", deixando as demais sempre em aparente condição de inferioridade. "É
importante variar e montar os grupos de acordo com os diferentes saberes que os alunos
precisam dominar"

O educador também não pode se esquecer de outro ponto crucial na teoria de Vygotsky:
a zona de desenvolvimento proximal tem limite, além do qual a criança não consegue
realizar tarefa alguma, nem com ajuda ou supervisão de quem quer que seja. É papel do
professor determinar o que os alunos podem fazer sozinhos ou o que devem trabalhar
em grupos, avaliar quais atividades precisam de acompanhamento e decidir quais
exercícios ainda são inviáveis mesmo com assistência.

A zona de desenvolvimento proximal e uma das teorias de vigotsky aonde dizem que:
A zona de desenvolvimento proximal, possibilita a interação entre sujeitos, permeada
pela linguagem humana e pela linguagem da máquina, força o desempenho intelectual
porque faz os sujeitos reconhecerem e coordenarem os conflitos gerados por uma
situação problema, construindo um conhecimento novo a partir de seu nível de
competência que se desenvolve sob a influência de um determinado contexto sócio-
histórico-cultural. Wallon também acredita que o processo de construção do
conhecimento passa por conflitos, momentos de crises e rupturas.

A colaboração em um ambiente computacional torna-se visível e constante, vinda do


ambiente livre e aberto ao diálogo, da troca de idéias, onde a fala tem papel fundamental
na aplicação dos conteúdos. A interação entre o parceiro sentado ao lado, entre o
computador, os conhecimentos, os professores que seguem o percurso da construção do
conhecimento, e até mesmo os outros colegas que, apesar de estarem envolvidos com
sua procura, pesquisa, navegação, prestam atenção ao que acontece em sua volta, gera
uma grande equipe que busca a produção do conhecimento constantemente. Através
disso tudo a criança ganhará mais confiança para produzir algo, criar mais livremente,
sem medo dos erros que possa cometer, aumentando sua autoconfiança, sua auto-estima,
na aceitação de críticas, discussões de um trabalho feito pelos seus próprios pares.

As novas tecnologias não substituem o professor, mas modificam algumas de suas


funções. O professor transforma-se agora no estimulador da curiosidade do aluno por
querer conhecer, por pesquisar, por buscar as informações. Ele coordena o processo de
apresentação dos resultados pelos alunos, questionando os dados apresentados,
contextualizando os resultados, adaptando-os para a realidade dos alunos. O professor
pode estar mais próximo dos alunos, receber mensagens via e-mail com dúvidas, passar
informações complementares para os alunos, adaptar a aula para o ritmo de cada um.
Assim sendo, o processo de ensino-aprendizagem ganha um dinamismo, inovação e
poder de comunicação até agora pouco utilizados.

Portanto, é no ensino fundamental que deve começar o processo de conscientização de


professores e alunos no sentido de buscar e usar a informação, na direção do
enriquecimento intelectual, na auto-instrução. Isso significa que não podemos admitir,
nos tempos de hoje, um professor que seja um mero repassador de informações. O que
se exige, é que ele seja um criador de ambientes de aprendizagem, parceiro e
colaborador no processo de construção do conhecimento, que se atualize continuamente.
Assim com que o professor crie uma afetividade com o aluno, e o aluno-aluno, podendo
aprimorar o aprendizado.
Referências:

http://coral.ufsm.br/lec/02_00/Cintia-L&C4.htm
https://novaescola.org.br/conteudo/1972/vygotsky-e-o-conceito-de-zona-de-
desenvolvimento-proximal
https://psibr.com.br/desenvolvimento-e-educacao/afetividade-e-processo-ensino-
aprendizagem-contribuicoes-de-henri-wallon
https://novaescola.org.br/conteudo/264/0-conceito-de-afetividade-de-henri-wallon

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