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 Ler o poema de Está o lascivo e doce passarinho comparando-o com Como quando do

mar tempestuoso
 Cupido e Psique
 Mulher amada – Natureza – Reflexão sobre o amor e expressão do amor
 Ler os textos iniciais dos dois poemas
 A tentação de Adão
 5. Este poema dá-nos uma visão tipicamente camoniana do
amor. Elabore um texto subordinado ao tema A vivência do amor
nos sonetos de Camões.
 6. Documente o seu texto com algumas referências aos sonetos
de que mais gostou.
 Segundo a Bíblia no Livro de Gênesis e o Alcorão, Adão e Eva foram o primeiro
casal criado por Deus.
 Adão (do hebraico ‫ אדם‬relacionado tanto a adamá, solo vermelho ou do barro
vermelho, quanto a adom, "vermelho", e dam "sangue") é considerado dentro
da tradição judaico-cristã e islâmica como o primeiro ser humano, uma nova
espécie criada diretamente por Deus. Teria sido criado a partir da terra à imagem e
semelhança de Deus para domínio sobre a criação terrestre.
 Tal como Adão, Eva, sua mulher, também foi criada directamente por Deus
da costela de Adão. Algumas pessoas consideram que a palavra tsella foi
erradamente traduzida por costela. O nome Eva deriva do hebraico hav.váh, que
significa "vivente", e teria sido dado pelo próprio Adão. No grego, é vertido por zoé,
que significa "vida", e não bios.
 Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden para ali viverem e encherem a
Terra com seus descendentes. Ambos, primeiramente Eva e depois Adão teriam
comido o fruto proibido da árvore da ciência (do "conhecimento do bem e do mal")
criada por Deus, e após o ocorrido, de acordo com o relato bíblico, toda a
humanidade ficou privada da perfeição e da perspectiva de vida infindável. Surgiria
aqui para os judeu, muçulmanos e cristãos a noção de pecadoherdado - tendência
inata de pecar - e a necessidade de um resgate da humanidade condenada
à morte. Após comerem do fruto proibido, Adão e Eva tiveram noção de que
andavam nus e por isso, esconderam-se ao notar a presença de Deus no Jardim
do Éden. Deus expulsou-os do jardim do Éden, e deu-lhes roupas provenientes de
pele animal.
 O texto é um soneto constituído por duas quadras e dois tercetos, em metro decassilábico,
com o esquema rimático: ABBA / ABBA / CDE / CDE, verificando-se a existência de rima
interpolada em A, emparelhada em B, interpolada em C, D, e E.
O soneto abrange o tema do Amor, especificamente os efeitos negativos que a visão da
mulher amada provoca.
O sujeito poético, ao longo das duas quadras, fala de uma metafórica aventura pelo mar
que se tornou violento e que provocou um naufrágio, do qual o marinheiro conseguiu
salvar-se: “… o marinheiro, lasso e trabalhado,/ de um naufrágio cruel já salvo a nado,
…”.
Embora este lhe tenha provocado medo, depois de se encontrar fora do mar, por
interesse, regressa: “só ouvir falar nele o faz medroso,…” ; “ jura (…) / não entrar nele
mais, mas vai, forçado / pelo muito interesse cobiçoso, …”. Esta metáfora – que acaba por
se tornar numa imagem – remete para o homem que, perdido de amores, jura não voltar
a amar, porém acaba por voltar a apaixonar-se.
No início da primeira quadra e do primeiro terceto, o sujeito poético utiliza termos de
comparação: “Como” (verso 1) e “Assi” (verso 9), estabelecendo uma relação de
semelhança entre o mar tempestuoso e a sua amada, o que permite a descodificação de
toda a metáfora do “mar tempestuoso” como relação amorosa.
Consciente de que ver a amada é uma “tormenta” (v.9), o poeta tenta salvar-se: “de vossa
vista fujo, por salvar-me” (v.10), no entanto, tal como o marinheiro que regressa ao mar,
também o sujeito lírico acaba por voltar ao convívio com a amada o que o leva ao
sofrimento: “minh’alma, que de vós nunca se ausenta,/ dá-me por preço ver-vos, faz
tornar-me/ donde fugi tão perto de perder-me”.
 Amor platónico, contemplativo;
 Amor-paixão;
 Conflito interior decorrente do conflito amoroso;
 Razão vs. desejo;
 Sujeito dominado pelo Amor.
 Gustave klint, o beijo
 Interrogação, camilo pessanha

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 1. Indica o tema da composição poética, justificando a tua resposta.
 2. Identifica o recurso estilístico que serve de base ao desenvolvimento do poema e
esclarece a sua expressividade.
 3. Comprova, com recurso a passagens textuais, os efeitos contraditórios do amor sobre o
sujeito poético.
 4. Explicita a estrutura do texto, delimitando os diferentes momentos da sua organização
interna.
 5. Descreve formalmente o poema, no que diz respeito a estrofe, métrica e rima.
Redige uma exposição bem estruturada, de cento e vinte a cento e cinquenta palavras, sobre
 o tratamento da temática amorosa na poesia de Camões.

Grupo II
Lê com atenção o artigo de apreciação crítica que se segue.

Fados da vida
O novo álbum de Camané é um compêndio de corações
destroçados e de amores arrebatados e dramáticos.
Fado para gente vivida.
CAMANÉ DO AMOR E DOS DIAS · EMI

Carlos Vaz Marques já escreve quase tudo quando usa a palavra “decantação1” para
classi-ficar a arte de Camané. “A cada novo disco”, explica o homem de Pessoal &
Transmissível,
“tem vindo a fornecer-nos, gota a gota, fado a fado, palavra a palavra, as sílabas novas com
que poderemos inventar, cada um à sua maneira, um nome futuro e simultaneamente ances-
5 tral2 para o fado”. Isso e mais.
O novo álbum de Camané poderá mesmo intimidar quem nele quiser ouvir as palavras

de Cesário Verde e Alexandre O’Neill a Fausto Bordalo Dias e Sérgio Godinho, entre
outros
– como quem vê espelhos, temendo sempre encontrar o que não deseja. Episódios,
sobressal-
tos da vida impressos na memória, momentos em que os sismógrafos do coração registaram
10 abalos em escalas terríveis. O título não foi escolhido simplesmente para o distinguir do
ante-rior, Sempre de Mim. Do Amor e dos Dias porque do que o coração sente, vive e sofre
e do
tempo que mede as memórias e as feridas. Camané canta para homens e mulheres que têm
vida vivida, histórias e memórias. E por isso é um disco tão forte. “A meu favor”, escreveu
O’Neill e canta Camané, “tenho o verde secreto dos teus olhos / Algumas palavras de ódio
algu-mas palavras de amor”. É tão simples quanto isto: Camané canta a verdade e recorta
cada
15 pa-lavra para que não haja dúvidas, numa dicção séria de quem não se pode dar ao
luxo que algo
se perca, mesmo as vírgulas que não se cantam, mas que se respiram.
Não há nada de novo em Do Amor e dos Dias. José Mário Branco produz de forma
sabe-dora, com mão invisível, deixando o ar cristalino desprender-se das cordas – as das
20 guitarras,
violas e violoncelos e as da garganta de Camané – sem interferências de qualquer espécie.
Não
é purismo, é inteligência. Porque a voz de Camané contém tudo: vidas, desesperos e
tortuosas
paixões, saudades e mágoas que acreditamos serem sempre suas, mesmo reparando na
assina-tura dos poemas, porque este homem não sabe cantar sem sentir. De facto, podemos
inventar,
como defende Carlos Marques, um novo nome para o fado. Já se chamou Amália, agora
25 res-ponde a Camané.
ABREU, Rui Miguel, 2010. “Fados da Vida”. Blitz, n.º 52, outubro de 2010 (p. 88)

1. transvasar (passar de um recipiente para outro) um líquido a fim de o separar do sedimento;


 2. antigo, relativo aos antepassados.


o O amor a um ser angelical deixa o poeta insatisfeito.

o O amor a uma criatura terrena leva-o a sentir-se culpado.

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