You are on page 1of 188

Sistemas Dinâmicos Complexos

minicurso na UFF, 20 e 22/10/2009

Paulo Murilo Castro de Oliveira


pmco@if.uff.br

Instituto de Fı́sica, Universidade Federal Fluminense

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 1


O que são Sistemas Complexos?

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?
Cada unidade se adapta às influências que recebe,
minimizando os conflitos locais

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?
Cada unidade se adapta às influências que recebe,
minimizando os conflitos locais . . .
. . . mas esta adaptação modifica o ambiente de outra
unidade

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?
Cada unidade se adapta às influências que recebe,
minimizando os conflitos locais . . .
. . . mas esta adaptação modifica o ambiente de outra
unidade . . .
. . . que por sua vez se re-adapta, e assim por diante

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?
Cada unidade se adapta às influências que recebe,
minimizando os conflitos locais . . .
. . . mas esta adaptação modifica o ambiente de outra
unidade . . .
. . . que por sua vez se re-adapta, e assim por diante

Resultado

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?
Cada unidade se adapta às influências que recebe,
minimizando os conflitos locais . . .
. . . mas esta adaptação modifica o ambiente de outra
unidade . . .
. . . que por sua vez se re-adapta, e assim por diante

Resultado
evolução extremamente lenta

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2


O que são Sistemas Complexos?
Uma visão pessoal
Muitas unidades componentes . . .
. . . que se influenciam mutuamente, gerando conflitos

Como evoluem?
Cada unidade se adapta às influências que recebe,
minimizando os conflitos locais . . .
. . . mas esta adaptação modifica o ambiente de outra
unidade . . .
. . . que por sua vez se re-adapta, e assim por diante

Resultado
evolução extremamente lenta
multi equilíbrio, contingências iniciais determinantes
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 2
Exemplos de Sistemas Complexos

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo
Tecnologias de alto grau de integração

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo
Tecnologias de alto grau de integração
Conflitos sociais

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo
Tecnologias de alto grau de integração
Conflitos sociais
A guerra fria e a “globalização” que a sucedeu

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo
Tecnologias de alto grau de integração
Conflitos sociais
A guerra fria e a “globalização” que a sucedeu
A internet

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo
Tecnologias de alto grau de integração
Conflitos sociais
A guerra fria e a “globalização” que a sucedeu
A internet
Os terremotos

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Exemplos de Sistemas Complexos
A economia de mercado
A evolução das espécies biológicas
A evolução da cultura e da linguagem
A evolução do próprio universo
Tecnologias de alto grau de integração
Conflitos sociais
A guerra fria e a “globalização” que a sucedeu
A internet
Os terremotos
Os vidros

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 3


Uma visão mais respeitável

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments
. . . the word prediction plays a crucial role

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments
. . . the word prediction plays a crucial role . . . its meaning
has changed already in the past and it is still changing now.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments
. . . the word prediction plays a crucial role . . . its meaning
has changed already in the past and it is still changing now.
. . . three revolutions . . . which all went in this direction:

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments
. . . the word prediction plays a crucial role . . . its meaning
has changed already in the past and it is still changing now.
. . . three revolutions . . . which all went in this direction:
The introduction of statistical mechanics . . . Maxwell,
Boltzmann and Gibbs . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments
. . . the word prediction plays a crucial role . . . its meaning
has changed already in the past and it is still changing now.
. . . three revolutions . . . which all went in this direction:
The introduction of statistical mechanics . . . Maxwell,
Boltzmann and Gibbs . . .
The discovery of quantum mechanics . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Uma visão mais respeitável
“Complex Systems; a Physicist’s Viewpoint”
Giorgio Parisi, Physica A263, 557 (1999)
In a nutshell, physics is an experimental science in
which theoretical predictions are compared to experiments
. . . the word prediction plays a crucial role . . . its meaning
has changed already in the past and it is still changing now.
. . . three revolutions . . . which all went in this direction:
The introduction of statistical mechanics . . . Maxwell,
Boltzmann and Gibbs . . .
The discovery of quantum mechanics . . .
The study of complex systems . . . developed in these
last years.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 4


Parisi continua . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system. . . . it may display different types
of behavior

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system. . . . it may display different types
of behavior . . . a small perturbation is enough to switch
from one behavior to another.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system. . . . it may display different types
of behavior . . . a small perturbation is enough to switch
from one behavior to another.
. . . an animal may: sleep, dream, run, hunt, eat, play . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system. . . . it may display different types
of behavior . . . a small perturbation is enough to switch
from one behavior to another.
. . . an animal may: sleep, dream, run, hunt, eat, play . . .

dX  
= G X(t)
dt

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system. . . . it may display different types
of behavior . . . a small perturbation is enough to switch
from one behavior to another.
. . . an animal may: sleep, dream, run, hunt, eat, play . . .

dX  
= G X(t)
dt
Deterministic Chaos:

X1 (0)−X0 (0) ∝ ǫ =⇒ X1 (t)−X0 (t) ∝ ǫ eλt → O(1)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5


Parisi continua . . .
A system is complex if its behavior crucially depends on
the details of the system. . . . it may display different types
of behavior . . . a small perturbation is enough to switch
from one behavior to another.
. . . an animal may: sleep, dream, run, hunt, eat, play . . .

dX  
= G X(t)
dt
Deterministic Chaos:

X1 (0)−X0 (0) ∝ ǫ =⇒ X1 (t)−X0 (t) ∝ ǫ eλt → O(1)

Complex System:

G1 [X] − G0 [X] = O(ǫ) =⇒ PG1 (X) − PG0 (X) = O(1)


Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 5
Novo paradigma, segundo Parisi

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6


Novo paradigma, segundo Parisi
In Biology, some proteins promote the production of
other proteins, while other proteins have a supressor effect.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6


Novo paradigma, segundo Parisi
In Biology, some proteins promote the production of
other proteins, while other proteins have a supressor effect.
For a given organism, in principle, we can use this
information to construct a model of the living cell, which can
be studied by lengthy computations on a computer
(thousand coupled differential equations, or more).

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6


Novo paradigma, segundo Parisi
In Biology, some proteins promote the production of
other proteins, while other proteins have a supressor effect.
For a given organism, in principle, we can use this
information to construct a model of the living cell, which can
be studied by lengthy computations on a computer
(thousand coupled differential equations, or more).
We could give up, and ask different questions, e.g. what
are the general properties of a living organism.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6


Novo paradigma, segundo Parisi
In Biology, some proteins promote the production of
other proteins, while other proteins have a supressor effect.
For a given organism, in principle, we can use this
information to construct a model of the living cell, which can
be studied by lengthy computations on a computer
(thousand coupled differential equations, or more).
We could give up, and ask different questions, e.g. what
are the general properties of a living organism.
# cell types ∝ (# genes)1/2

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6


Novo paradigma, segundo Parisi
In Biology, some proteins promote the production of
other proteins, while other proteins have a supressor effect.
For a given organism, in principle, we can use this
information to construct a model of the living cell, which can
be studied by lengthy computations on a computer
(thousand coupled differential equations, or more).
We could give up, and ask different questions, e.g. what
are the general properties of a living organism.
# cell types ∝ (# genes)1/2
# species in a island ∝ surf ace1/4

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6


Novo paradigma, segundo Parisi
In Biology, some proteins promote the production of
other proteins, while other proteins have a supressor effect.
For a given organism, in principle, we can use this
information to construct a model of the living cell, which can
be studied by lengthy computations on a computer
(thousand coupled differential equations, or more).
We could give up, and ask different questions, e.g. what
are the general properties of a living organism.
# cell types ∝ (# genes)1/2
# species in a island ∝ surf ace1/4
This approach is quite different from a reductionist one,
as far as it puts the stress on the behavior of the whole
system.
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 6
Conflitos

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 7


Conflitos
“What should I order? That is the
question for individuals in groups
that have agreed to split the bill
equally. An individual can get
a modest meal and lower the
everyone’s bill or get a sumptu-
ous meal and eat at other’s ex-
pense — but thereby increase
the chance that others, too, will
follow that strategy. The Dinner’s
Dilemma is typical of a class of
N.S. Glance, B.A. Huberman social problems in which indivi-
(Xerox, Palo Alto) duals must choose between co-
Scientific American operating with the group or de-
março de 1994 fecting for personal gains”.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 7


Gráficos em relevo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 8


Gráficos em relevo

“Evolution of a scalar field leads to many


inflationary domains, as revealed in this
sequence of computer-generated images.
In most parts of the universe, the scalar
field decreases (represented as depressi-
ons and valleys). In other places, quan-
tum fluctuations cause the scalar field to
grow. In those places, represented as pe-
aks, the universe rapidly expands, leading
to creation of inflationary regions. We live

Andrei Linde (Stanford) in one of the valleys, where space is no

Scientific American longer inflating”.

novembro de 1994

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 8


Curto e longo prazo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 9


Curto e longo prazo

Glance e Huberman, de novo:


“Stability function explains the dynamics of groups
confronting social dilemmas. No matter what a
group’s initial state may be, it quickly shifts into a
state of relative equilibrium, in which either many
or few people are cooperating (top). Small fluctua-
tions around this equilibrium point are routine (mid-
dle). Large fluctuations, however, which are rare,
can carry the group over a stability barrier. The
group will then very rapidly advance to a lower true
equilibrium state (bottom). In the long run, a group
will always settle into the lowest equilibrium state”.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 9


O universo, segundo Andrei Linde

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 10


O universo, segundo Andrei Linde
“Self-reproducing universe
in a computer simulation
consists of exponentially
large domains, each of
which has different laws
of physics (represented
by colors). Sharp peaks
are new ‘big bangs’; their
heights correspond to
the energy density of the
universe there.
At the top of the peaks, the colors rapidly fluctuate, indicating that the laws of physics there
are not yet settled. They become fixed only in valleys, one of which corresponds to the kind
of universe we live now”.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 10


Multi equilíbrio

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 11


Multi equilíbrio
“Florence Cathedral clock has hands that move
‘counterclockwise’ around its 24-hour dial. When
Paolo Uccello designed the clock in 1443, a con-
vention for clockfaces had not emerged. Com-
peting designs were subject to increasing re-
turns: the more clockfaces of one kind were built,
the more people become used to reading them.
Hence, it was more likely that future clockfaces
would be of the same kind. After 1550, ‘clockwise’
designs displaying only 12 hours had crowded
out other designs.The author argues that chance
W. Brian Arthur (Santa Fé) events coupled with positive feedbacks, rather
Scientific American than technological superiority, will often deter-
fevereiro de 1990 mine economic developments”.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 11


A matemática envolvida

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 12


A matemática envolvida
1000

distancia ao equilibrio
800

600

400

200

0
0 2 4 6 8 10
tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 12


A matemática envolvida
1000

distancia ao equilibrio
800

600

400

200

0
0 2 4 6 8 10
tempo

sistema simples: x ∼ e−λt = e−t/τ

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 12


A matemática envolvida
1000

distancia ao equilibrio
800

600

400

200

0
0 2 4 6 8 10
tempo

sistema simples: x ∼ e−λt = e−t/τ


τ é o tempo característico do decaimento
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 12
A matemática envolvida
1000

distancia ao equilibrio sistema complexo: x ∼ t−α


800

600

400

200

0
0 2 4 6 8 10
tempo

sistema simples: x ∼ e−λt = e−t/τ


τ é o tempo característico do decaimento
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 13
A matemática envolvida
1000

distancia ao equilibrio sistema complexo: x ∼ t−α


800
α é o expoente crítico,
600

400

200

0
0 2 4 6 8 10
tempo

sistema simples: x ∼ e−λt = e−t/τ


τ é o tempo característico do decaimento
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 13
A matemática envolvida
1000

distancia ao equilibrio sistema complexo: x ∼ t−α


800
α é o expoente crítico,
600
e τ →∞

400

200

0
0 2 4 6 8 10
tempo

sistema simples: x ∼ e−λt = e−t/τ


τ é o tempo característico do decaimento
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 13
Exponencial × Lei de Potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 14


Exponencial × Lei de Potência
1000
distancia ao equilibrio

100

10

0 2 4 6 8 10
tempo
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 14
Exponencial × Lei de Potência
1000
distancia ao equilibrio

100

10

simples
1

0 2 4 6 8 10
tempo
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 14
Exponencial × Lei de Potência
1000

complexo
distancia ao equilibrio

100

10

simples
1

0 2 4 6 8 10
tempo
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 14
Gráfico log × log

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 15


Gráfico log × log
1000
distancia ao equilibrio

100

10

1
1 10 100 1000
tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 15


Gráfico log × log
1000
distancia ao equilibrio

100

10

simples:
exponencial
1
1 10 100 1000
tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 15


Gráfico log × log
1000
distancia ao equilibrio

100
complexo:
lei de potência

10

simples:
exponencial
1
1 10 100 1000
tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 15


Gráfico log × log
1000
distancia ao equilibrio

100
complexo:
lei de potência

10

simples:
exponencial 
1
1 10 100 1000
tempo 

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 15


A evolução do universo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 16


A evolução do universo
“Temperature of the universe has
been falling since the big bang.
During the first microsecond, all
matter is though to have existed as
quark-gluon plasma. As the uni-
verse expanded and cooled, more
complex matter condensed out of
the plasma, eventually forming the
atoms observable today. Acce-
lerators now under construction
should be able to heat nuclei to
H. Gutbrot (CERN e Darmstadt) 2 × 1012 kelvins (200 million elec-
e H. Stöcker (Frankfurt) tron volts [MeV]), perhaps creating
Scientific American the much sought after primordial
novembro de 1991 quark matter”.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 16


A evolução biológica

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 17


A evolução biológica

“Number of cell types in organisms


seems to be related mathematically
to the number of genes in the orga-
nism. In this diagram the number of
genes is assumed to be proportional
to the amount of DNA in a cell. If the
gene regulatory systems are K = 2
networks, then the number of attrac-
tors in a system is the square root
of the number of genes. The actual
number of cell types in various orga-
S.A. Kauffman (Santa Fé) nisms appears to rise accordingly as
Scientific American the amount of DNA increases”.
agosto de 1991
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 17
O mapa logístico

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x
dt

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x =⇒ x(t) ∼ e−t/τ
dt

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x =⇒ x(t) ∼ e−t/τ
dt

com τ = 1/|1 − a|

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x =⇒ x(t) ∼ e−t/τ
dt

com τ = 1/|1 − a|

a = 1:

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x =⇒ x(t) ∼ e−t/τ
dt

com τ = 1/|1 − a|

dx ∼
= − x2
a = 1: dt

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x =⇒ x(t) ∼ e−t/τ
dt

com τ = 1/|1 − a|

dx ∼
= − x2 =⇒ x(t) ∼ t−1
a = 1: dt

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


O mapa logístico
xt+1 = a xt (1 − xt )

xt+1 − xt = (a − 1) xt − a x2t
dx
dt = (a − 1) x − a x2

a 6= 1:
dx ∼
= − |a − 1| x =⇒ x(t) ∼ e−t/τ
dt

com τ = 1/|1 − a|

dx ∼
= − x2 =⇒ x(t) ∼ t−1
a = 1: dt

com τ → ∞

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 18


Genética e linguagem

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 19


Genética e linguagem

L.L. Cavalli
-Sforza
(Firenze)

Scientific
American,
novembro 91

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 19


A evolução da linguagem

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 20


A evolução da linguagem
Scientific American
março de 1990
“Family tree of the Indo-European lan-
guages can be traced back to a pro-
tolanguage that flourished more than
6000 years ago. The protolanguage
split into dialects, which evolved into
distinct languages. Tocharian, a dead
language of Asia, has ties to Celtic,
an ancient European tongue. Similari-
ties between the Balto-Slavic and Indo-
Iranian families indicate that they influ-
enced each other before their speakers
T.V. Gamkrelidze e V.V. Ivanov moved north and south, respectively”.
(Moscou)
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 20
Nossa tataravó comum

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 21


Nossa tataravó comum
Scientific
American
abril de 1992
“African origin for all mo-
dern humans is indica-
ted by the genetic evi-
dence. A genealogy ba-
sed on 182 current mito-
chondrial DNA types (outer
edges) points to the exis-
tence of a common fe-
male ancestor who lived
recently in Africa”.
A.C. Wilson (Berkeley)
e R.L. Cann (Hawaii) ≈ 200 mil anos
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 21
Um modelo simples . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22


Um modelo simples . . .
“Why do Evolutionary Systems Stick to the Edge of Chaos”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0101170
versão menor em Theory in Biosciences 120, 1 (2001)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22


Um modelo simples . . .
“Why do Evolutionary Systems Stick to the Edge of Chaos”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0101170
versão menor em Theory in Biosciences 120, 1 (2001)

Uma população estável com 1000 indivíduos diplóides


é seguida no computador, geração após geração

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22


Um modelo simples . . .
“Why do Evolutionary Systems Stick to the Edge of Chaos”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0101170
versão menor em Theory in Biosciences 120, 1 (2001)

Uma população estável com 1000 indivíduos diplóides


é seguida no computador, geração após geração
Cada indivíduo é representado por duas tiras de 1024
bits cada (todos os bits 0 , no início)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22


Um modelo simples . . .
“Why do Evolutionary Systems Stick to the Edge of Chaos”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0101170
versão menor em Theory in Biosciences 120, 1 (2001)

Uma população estável com 1000 indivíduos diplóides


é seguida no computador, geração após geração
Cada indivíduo é representado por duas tiras de 1024
bits cada (todos os bits 0 , no início)
A cada passo, casais aleatórios geram filhos, com
cruzamento, recombinação e mutações

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22


Um modelo simples . . .
“Why do Evolutionary Systems Stick to the Edge of Chaos”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0101170
versão menor em Theory in Biosciences 120, 1 (2001)

Uma população estável com 1000 indivíduos diplóides


é seguida no computador, geração após geração
Cada indivíduo é representado por duas tiras de 1024
bits cada (todos os bits 0 , no início)
A cada passo, casais aleatórios geram filhos, com
cruzamento, recombinação e mutações . . .
. . . enquanto outros indivíduos morrem

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22


Um modelo simples . . .
“Why do Evolutionary Systems Stick to the Edge of Chaos”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0101170
versão menor em Theory in Biosciences 120, 1 (2001)

Uma população estável com 1000 indivíduos diplóides


é seguida no computador, geração após geração
Cada indivíduo é representado por duas tiras de 1024
bits cada (todos os bits 0 , no início)
A cada passo, casais aleatórios geram filhos, com
cruzamento, recombinação e mutações . . .
. . . enquanto outros indivíduos morrem . . .
. . . com maior probabilidade quanto maior for o número
de bits 1 homozogóticos no genoma (seleção)
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 22
. . . com linhagem familar

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início
O nome de família materno é passado aos filhos

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início
O nome de família materno é passado aos filhos
Durante a evolução, uma primeira família se extingue,
depois outra, outra ainda, e assim por diante

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início
O nome de família materno é passado aos filhos
Durante a evolução, uma primeira família se extingue,
depois outra, outra ainda, e assim por diante
O número de famílias vivas diminui gradativamente

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início
O nome de família materno é passado aos filhos
Durante a evolução, uma primeira família se extingue,
depois outra, outra ainda, e assim por diante
O número de famílias vivas diminui gradativamente . . .
. . . de forma que uma única família sobrevive, após um
número suficientemente grande de gerações

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início
O nome de família materno é passado aos filhos
Durante a evolução, uma primeira família se extingue,
depois outra, outra ainda, e assim por diante
O número de famílias vivas diminui gradativamente . . .
. . . de forma que uma única família sobrevive, após um
número suficientemente grande de gerações
Toda a população é formada por descendentes de uma
mesma tataravó!

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


. . . com linhagem familar
Além do genoma, cada indivíduo tem um nome de
família, 1000 nomes distintos no início
O nome de família materno é passado aos filhos
Durante a evolução, uma primeira família se extingue,
depois outra, outra ainda, e assim por diante
O número de famílias vivas diminui gradativamente . . .
. . . de forma que uma única família sobrevive, após um
número suficientemente grande de gerações
Toda a população é formada por descendentes de uma
mesma tataravó!
Dentre os 1000 indivíduos da primeira geração,
apenas uma EVA deixa descendentes!

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 23


Resultado da simulação

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 24


Resultado da simulação

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 24


Uma função exponencial . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 25


Uma função exponencial . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 25


. . . e uma lei de potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 26


. . . e uma lei de potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 26


. . . e uma lei de potência

Kolmogorov (1938)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 26


Outra lei de potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 27


Outra lei de potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 27


Outra referência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 28


Outra referência
“Evolutionary Computer Simulations”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0108234
também em Physica A306, 351 (2002)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 28


Outra referência
“Evolutionary Computer Simulations”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0108234
também em Physica A306, 351 (2002)

Os seres vivos são classificados hierarquicamente:


indivíduo, espécie, gênero, família, ordem, classe,
reino.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 28


Outra referência
“Evolutionary Computer Simulations”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0108234
também em Physica A306, 351 (2002)

Os seres vivos são classificados hierarquicamente:


indivíduo, espécie, gênero, família, ordem, classe,
reino.
Interpretação conceitual da evolução biológica como
uma sucessão de transformações de escala . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 28


Outra referência
“Evolutionary Computer Simulations”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0108234
também em Physica A306, 351 (2002)

Os seres vivos são classificados hierarquicamente:


indivíduo, espécie, gênero, família, ordem, classe,
reino.
Interpretação conceitual da evolução biológica como
uma sucessão de transformações de escala . . .
. . . razão pela qual se observam todas as escalas.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 28


Outra referência
“Evolutionary Computer Simulations”
PMCO, arXiv.org cond-mat/0108234
também em Physica A306, 351 (2002)

Os seres vivos são classificados hierarquicamente:


indivíduo, espécie, gênero, família, ordem, classe,
reino.
Interpretação conceitual da evolução biológica como
uma sucessão de transformações de escala . . .
. . . razão pela qual se observam todas as escalas.
Em outras palavras, a evolução biológica é um sistema
livre de escalas, com seus característicos
comportamentos universais.
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 28
Ancestrais, via DNA mitocondrial

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 29


Ancestrais, via DNA mitocondrial
“Pedigree of one
individual illustrates
the difference
between the pat-
terns of nuclear
and mitochondrial
inheritance. All 32
ancestors from five
generations ago
contributed equally
to his nuclear DNA.
His mitochondrial
lineage (blue line)

leads back to only


Wilson e Cann, de novo one person in every
generation”.
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 29
Árvore genealógica

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 30


Árvore genealógica
“Universal maternal an-
cestor can be found for all
the members of any popu-
lation. The example tra-
ces the lineages of 15 fe-
males in a stable popu-
lation. In each genera-
tion, some maternal linea-
ges proliferate and others
become extinct. Eventu-
ally, by chance, one ma-
ternal lineage replaces all
others”.
Wilson e Cann, mais uma vez

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 30


Dinâmica de Markov

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
Xo

0 1 2 3 4 t t+1 tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt
Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo

0 1 2 3 4 t t+1 tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt
Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico

0 1 2 3 4 t t+1 tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt
Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico
λ < 0 : sistema simples
0 1 2 3 4 t t+1 tempo

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt
Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico
λ < 0 : sistema simples
0 1 2 3 4 t t+1 tempo complexo: λ = 0

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt [(t + 1)α + . . . ]


Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico
λ < 0 : sistema simples
0 1 2 3 4 t t+1 tempo complexo: λ = 0

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt [(t + 1)α + . . . ]


Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico
λ < 0 : sistema simples
0 1 2 3 4 t t+1 tempo complexo: λ = 0

Desafio: Sendo X t Markoviano, ∆X t também é ?

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt [(t + 1)α + . . . ]


Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico
λ < 0 : sistema simples
0 1 2 3 4 t t+1 tempo complexo: λ = 0

Desafio: Sendo X t Markoviano, ∆X t também é ?


SIM, caso λ 6= 0: ∆X t+1 = eλ ∆X t = g(∆X t )

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Dinâmica de Markov
O estado atual depende apenas do anterior X t+1 = f (X t )

∆Xt = ǫ eλt [(t + 1)α + . . . ]


Xo
ε ∆Xt ∆Xt+1
λ é o expoente de Lyapunov
Xo
λ > 0 : sistema caótico
λ < 0 : sistema simples
0 1 2 3 4 t t+1 tempo complexo: λ = 0

Desafio: Sendo X t Markoviano, ∆X t também é ?


SIM, caso λ 6= 0: ∆X t+1 = eλ ∆X t = g(∆X t )
1/α 1/α α
NÃO, se λ = 0: ∆X t+1 = ǫ + ∆X t = g(ǫ, ∆X t )

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 31


Lei de Kleiber (1932)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Lei de Kleiber (1932)
potência metabólica ∼ massa 3/4

em 27(!) ordens de magnitude, desde células até elefantes

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Lei de Kleiber (1932)
potência metabólica ∼ massa 3/4

em 27(!) ordens de magnitude, desde células até elefantes

“The Origin of Universal Scaling Laws in Biology”


Geoffrey B. West, Physica A263, 104 (1999)
originais em Nature e Science, para o transporte de sangue

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Lei de Kleiber (1932)
potência metabólica ∼ massa 3/4

em 27(!) ordens de magnitude, desde células até elefantes

“The Origin of Universal Scaling Laws in Biology”


Geoffrey B. West, Physica A263, 104 (1999)
originais em Nature e Science, para o transporte de sangue

rede de ramificações hierárquicas de veias

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Lei de Kleiber (1932)
potência metabólica ∼ massa 3/4

em 27(!) ordens de magnitude, desde células até elefantes

“The Origin of Universal Scaling Laws in Biology”


Geoffrey B. West, Physica A263, 104 (1999)
originais em Nature e Science, para o transporte de sangue

rede de ramificações hierárquicas de veias . . .


. . . com limite mínimo de diâmetro para os capilares
mais finos

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Lei de Kleiber (1932)
potência metabólica ∼ massa 3/4

em 27(!) ordens de magnitude, desde células até elefantes

“The Origin of Universal Scaling Laws in Biology”


Geoffrey B. West, Physica A263, 104 (1999)
originais em Nature e Science, para o transporte de sangue

rede de ramificações hierárquicas de veias . . .


. . . com limite mínimo de diâmetro para os capilares
mais finos . . .
. . . e otimização da energia livre

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Lei de Kleiber (1932)
potência metabólica ∼ massa 3/4

em 27(!) ordens de magnitude, desde células até elefantes

“The Origin of Universal Scaling Laws in Biology”


Geoffrey B. West, Physica A263, 104 (1999)
originais em Nature e Science, para o transporte de sangue

rede de ramificações hierárquicas de veias . . .


. . . com limite mínimo de diâmetro para os capilares
mais finos . . .
. . . e otimização da energia livre

resultado: expoentes múltiplos de 1/4

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 32


Outro modelo simples . . .

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 33


Outro modelo simples . . .
“Simple Bit-String Model for Lineage Branching”
PMCO, J. Sá Martins, D. Stauffer e S. Moss de Oliveira
PRE E70, 051910 (2004) arXiv.org cond-mat/0308617

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 33


Outro modelo simples . . .
“Simple Bit-String Model for Lineage Branching”
PMCO, J. Sá Martins, D. Stauffer e S. Moss de Oliveira
PRE E70, 051910 (2004) arXiv.org cond-mat/0308617

Uma população estável com 100000 indivíduos


haplóides (asexuados) é seguida no computador

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 33


Outro modelo simples . . .
“Simple Bit-String Model for Lineage Branching”
PMCO, J. Sá Martins, D. Stauffer e S. Moss de Oliveira
PRE E70, 051910 (2004) arXiv.org cond-mat/0308617

Uma população estável com 100000 indivíduos


haplóides (asexuados) é seguida no computador
Cada indivíduo é representado por uma tira de G bits
cada, com G = 32, 64, 128, 256, 512, 1024 ou 2048
(todos os bits 0 , no início)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 33


Outro modelo simples . . .
“Simple Bit-String Model for Lineage Branching”
PMCO, J. Sá Martins, D. Stauffer e S. Moss de Oliveira
PRE E70, 051910 (2004) arXiv.org cond-mat/0308617

Uma população estável com 100000 indivíduos


haplóides (asexuados) é seguida no computador
Cada indivíduo é representado por uma tira de G bits
cada, com G = 32, 64, 128, 256, 512, 1024 ou 2048
(todos os bits 0 , no início)
A cada passo, indivíduos morrem, com maior
probabilidade quanto maior for o número de bits 1 no
genoma (seleção)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 33


Outro modelo simples . . .
“Simple Bit-String Model for Lineage Branching”
PMCO, J. Sá Martins, D. Stauffer e S. Moss de Oliveira
PRE E70, 051910 (2004) arXiv.org cond-mat/0308617

Uma população estável com 100000 indivíduos


haplóides (asexuados) é seguida no computador
Cada indivíduo é representado por uma tira de G bits
cada, com G = 32, 64, 128, 256, 512, 1024 ou 2048
(todos os bits 0 , no início)
A cada passo, indivíduos morrem, com maior
probabilidade quanto maior for o número de bits 1 no
genoma (seleção) . . .
. . . e são substituidos por novos indivíduos, filhas de
mães aleatórias, com mutações
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 33
. . . que inclui especiação

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 34


. . . que inclui especiação
Quando uma filha tem menos bits 1 do que a mãe,
recebe um selo de potencial fundadora de uma nova
espécie

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 34


. . . que inclui especiação
Quando uma filha tem menos bits 1 do que a mãe,
recebe um selo de potencial fundadora de uma nova
espécie . . .
. . . o que apenas se concretiza caso esta fundadora
venha a ter um número mínimo So = 10 de
descendentes vivos em alguma geração futura: então
toda a sua linhagem descendente (inclusive ela) passa
a pertencer a uma nova espécie

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 34


. . . que inclui especiação
Quando uma filha tem menos bits 1 do que a mãe,
recebe um selo de potencial fundadora de uma nova
espécie . . .
. . . o que apenas se concretiza caso esta fundadora
venha a ter um número mínimo So = 10 de
descendentes vivos em alguma geração futura: então
toda a sua linhagem descendente (inclusive ela) passa
a pertencer a uma nova espécie
Extinções ocorrem quando morre o último indivíduo de
uma dada espécie

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 34


. . . que inclui especiação
Quando uma filha tem menos bits 1 do que a mãe,
recebe um selo de potencial fundadora de uma nova
espécie . . .
. . . o que apenas se concretiza caso esta fundadora
venha a ter um número mínimo So = 10 de
descendentes vivos em alguma geração futura: então
toda a sua linhagem descendente (inclusive ela) passa
a pertencer a uma nova espécie
Extinções ocorrem quando morre o último indivíduo de
uma dada espécie . . .
. . . ou quando todos os membros vivos desta espécie
são descendentes de uma potencial fundadora, e
transferidos para uma nova espécie

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 34


Resultado da simulação

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 35


Resultado da simulação
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048
P = 100,000 So = 10 b = 0.02

0
10

−2
probability density

10

−4
10

−6
10

−8
10
0 0.1 0.2 0.3 0.4
fraction of 1−bits in genome

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 35


Espécies vivas

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 36


Espécies vivas
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
−1
10

−2
10
# of living species/population

−3
10

−4
10

−5
10
0 200000 400000 600000 800000 1000000
time

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 36


Uma lei de potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 37


Uma lei de potência
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
−1
10

−2
exponent = −1.24
10
# species/population

−3
10

−4
10

−5
10
100 1000
genome length

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 37


Uma lei de potência
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
−1
10

−2
exponent = −1.24
10
# species/population

−3
10

−4
10

# espécies vivas ∼ (# gens)−5/4


−5
10
100 1000
genome length

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 37


Extinções

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 38


Extinções
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
1
10

0
10
# of extinct species/year

−1
10

−2
10

−3
10
0 200000 400000 600000 800000 1000000
time

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 38


Outra lei de potência

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 39


Outra lei de potência
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
7
10

exponent = −1.02
6
10
# extinct species

5
10

4
10
100 1000
genome length

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 39


Outra lei de potência
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
7
10

exponent = −1.02
6
10
# extinct species

5
10

# espécies extintas ∼ (# gens)−1


4
10
100 1000
genome length

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 39


Outra mais

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 40


Outra mais
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
6
10

5
10 exponents

−1.02
−1.07
4
10 −1.10

3
counts

10

2
10

1
10

0
10

0 1 2 3 4 5 6 7 8
10 10 10 10 10 10 10 10 10
species size
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 40
Outra mais
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02
6
10

5
10 exponents

−1.02
−1.07
4
10 −1.10

3
counts

10

2
10

1
10

0
10
# extinções ∼ (tamanho)−1
0 1 2 3 4 5 6 7 8
10 10 10 10 10 10 10 10 10
species size
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 40
Outra ainda

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 41


Outra ainda
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02

6
10
exponents
5
10 −2.11
−2.11
−2.09
4
10
counts

3
10

2
10

1
10

0
10

1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10
species life time

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 41


Outra ainda
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02

6
10
exponents
5
10 −2.11
−2.11
−2.09
4
10
counts

3
10

2
10

1
10

0
10 # extinções ∼ (duração)−2
1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10
species life time

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 41


Outra ainda
genome length = 32, 64, 128, 256, 512, 1024, 2048 from top
P = 100,000 So = 10 b = 0.02

6
10
# Duração mínima ∼ (# gens)−1/4
exponents
5
10 −2.11
−2.11
−2.09
4
10
counts

3
10

2
10

1
10

0
10 # extinções ∼ (duração)−2
1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10
species life time

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 41


Doenças recessivas

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


Doenças recessivas
“Éloge de la Différence: La Génétique et les Hommes”
Albert Jacquard, Éditions du Seuil, Paris (1978)

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


Doenças recessivas
“Éloge de la Différence: La Génétique et les Hommes”
Albert Jacquard, Éditions du Seuil, Paris (1978)

fenilcetonúria, hoje na França: x = 0.95%

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


Doenças recessivas
“Éloge de la Différence: La Génétique et les Hommes”
Albert Jacquard, Éditions du Seuil, Paris (1978)

fenilcetonúria, hoje na França: x = 0.95%

A. Jacquard: x = 0.90% em 6 gerações, um século e meio

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


Doenças recessivas
“Éloge de la Différence: La Génétique et les Hommes”
Albert Jacquard, Éditions du Seuil, Paris (1978)

fenilcetonúria, hoje na França: x = 0.95%

A. Jacquard: x = 0.90% em 6 gerações, um século e meio


x = 0.50% em 95 gerações, vinte séculos !!

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


Doenças recessivas
“Éloge de la Différence: La Génétique et les Hommes”
Albert Jacquard, Éditions du Seuil, Paris (1978)

fenilcetonúria, hoje na França: x = 0.95%

A. Jacquard: x = 0.90% em 6 gerações, um século e meio


x = 0.50% em 95 gerações, vinte séculos !!

A Natureza evita a perda do gen “defeituoso”,


adiando sua extinção para um futuro remoto.

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


Doenças recessivas
“Éloge de la Différence: La Génétique et les Hommes”
Albert Jacquard, Éditions du Seuil, Paris (1978)

fenilcetonúria, hoje na França: x = 0.95%

A. Jacquard: x = 0.90% em 6 gerações, um século e meio


x = 0.50% em 95 gerações, vinte séculos !!

A Natureza evita a perda do gen “defeituoso”,


adiando sua extinção para um futuro remoto.

anemia falciforme ou talassemia versus malária

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 42


De onde vem a lentidão ?

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 43


De onde vem a lentidão ?
casais prole frequência
NN + NN NN (1 − x)4
NN + Np NN 2 x (1 − x)3
Np 2 x (1 − x)3
Np + Np NN x2 (1 − x)2
Np 2 x2 (1 − x)2
pp x2 (1 − x)2 †

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 43


De onde vem a lentidão ?
casais prole frequência
NN + NN NN (1 − x)4
NN + Np NN 2 x (1 − x)3
Np 2 x (1 − x)3
Np + Np NN x2 (1 − x)2
Np 2 x2 (1 − x)2
pp x2 (1 − x)2 †

x 2 (1 − x)2
x2 =
(1 − x)4 + 4 x (1 − x)3 + 4 x2 (1 − x)2

Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 43


De onde vem a lentidão ?
casais prole frequência
NN + NN NN (1 − x)4
NN + Np NN 2 x (1 − x)3
Np 2 x (1 − x)3
Np + Np NN x2 (1 − x)2
Np 2 x2 (1 − x)2
pp x2 (1 − x)2 †

x 2 (1 − x)2
x2 =
(1 − x)4 + 4 x (1 − x)3 + 4 x2 (1 − x)2

xt ∼
simplificando: xt+1 = = xt (1 − xt )
1 + xt
Sistemas Dinâmicos Complexos – p. 43

You might also like