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Nos últimos anos de Médici houve aumentos econômicos significativos, PIB crescendo
a 14%, superávit orçamentário de 37,4%, expansão da base monetária de 46,8% entre outros
indicadores, porém em 1973 se perdeu o controle da situação, levando a um endividamento
externo alto, desaceleração do crédito, tensões inflacionárias, o que levou a Delfim usar práticas
de governos populistas para atuar na economia. Foi esse cenário então que o início do Governo
de Geisel se encontrava.
A linha de ação que se configurou foi uma primeira etapa de estabilização, seguida por
uma política contracionista nas áreas monetárias e fiscal. O que culminou a volta à disciplina. O
crescimento nominal dos gastos de governo de 38,7% implicou num modesto crescimento em
termos reais, fazendo com que a política fiscal buscasse reverter a escalada financeira.
Com a derrota nas eleições legislativas de novembro de 1974, fez com que Geisel
priorizasse o lançamento do II PND em 1975. A fase expansionista até 1976, deu lugar a uma
fase contracionista em 1976 e 1977, o que claramente afetou as taxas de crescimento do
produto industrial, com 5,8% em 1975, 12,4% em 1976 e caindo para 3,9% em 1977.
Com a crise internacional entre 1975 e 1976, as premissas originais do II PND se choca.
Algumas consequências desestabilizadoras foram: perda de dinamismo nas exportações, grau
de endividamento externo, reservas internacionais em queda, fluxos de IED ficaram aquém do
necessário para conseguir se materializar as metas ambiciosas de investimento. Dessa forma, as
metas que não se concretizaram conforme o planejado vitimou o projeto maior de grandeza
nacional.
O empresariado que apostou no II PND ficou numa situação incômoda de carregar uma
capacidade produtiva ampliada que se tornou excedente num ambiente de incerteza crescente,
levando a ingratidão do setor empresarial. A inflação sofre alta, atingindo 46% em 1976, o que
vinha de encontro ao perfil do ministro Simonsen. Além disso o financiamento externo se
desorganizou.